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Kalecki cap 6 Macroeconomia

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Kalecki
TEORIA DA DINÂMICA ECONÔMICA
Capítulos 6 e 7
A taxa de juros a curto prazo
A taxa de juros não pode ser determinada pela demanda e pela oferta de capital, porque o investimento automaticamente cria uma poupança de idêntico valor. Assim, o investimento se “autofinancia” qualquer que seja o nível da taxa de juros.
A taxa de juros, portanto, resulta da interação de outros fatores. Iremos tratar de demonstrar que a taxa de juros a curto prazo é determinada pelo valor das transações e pela oferta monetária por parte dos bancos; e que a taxa a longo prazo é determinada por previsões da taxa a curto prazo baseadas na experiência passada e por estimativas do risco envolvido na possível depreciação do ativo realizável, a longo prazo .
De fato, quanto mais alta a taxa a curto prazo, maior será o incentivo a investir dinheiro por períodos curtos ao invés de mantê-lo como reserva em caixa. Ou, de forma mais precisa: as transações podem ser realizadas com uma quantidade de dinheiro maior ou menor; contudo, o aumento dos meios de pagamento com relação ao volume de negócios significa em média uma realização mais suave e mais conveniente das transações. Por outro lado, quanto mais alta a taxa de juros a curto prazo, mais cara será essa opção em comparação com a alternativa de se investir em ativos realizáveis a curto prazo.
A relação entre a taxa de juros a curto prazo, ρ, e a velocidade de circulação, V, pode ser representada por uma curva com a forma traçada no gráfico. Quando V for alto, isto é, a retenção de dinheiro líquido for bem pequena com relação ao volume dos negócios, será preciso um aumento bastante grande da taxa de juros a curto prazo para motivar uma redução adicional do encaixe monetário. Dessa forma, nesse ponto será necessário um aumento bastante grande da taxa de juros a curto prazo para motivar um dado incremento da velocidade de circulação:
Modificações na oferta monetária por parte dos bancos
Com um dado valor de transações, T, um aumento na oferta de moeda, M, por parte do sistema bancário, provoca uma queda na taxa de juros a curto prazo.
O processo por meio do qual os bancos elevam a oferta monetária merece ser tratado em detalhe. Para simplificar, vamos supor que os depósitos bancários consistam apenas em contas correntes. Imaginemos que os bancos decidam reduzir sua razão de caixa (isto é, a razão entre a quantia de notas e contas no Banco Central e os depósitos) e comprar letras. O preço das letras irá aumentar e assim a taxa de juros a curto prazo irá cair ao nível em que o “público” estará pronto a somar às suas contas correntes a quantia que os bancos gastam em letras.
É interessante notar que a compra de títulos de crédito pelos bancos terá repercussões semelhantes. É verdade que inicialmente o preço dos títulos se elevará e o rendimento dos títulos irá cair a um nível que levará o “público” a abandonar os ativos realizáveis a longo prazo e preferir ativos realizáveis a curto prazo e dinheiro líquido. Mas haverá também uma tendência por parte do “público” a investir em letras o dinheiro adicional recebido pela venda dos títulos aos bancos; desse modo, o preço dos títulos irá subir e a taxa a curto prazo irá cair até o nível em que o “público” estiver disposto a reter o dinheiro adicional ao invés de investi-lo na compra de letras.
Modificações cíclicas na taxa de juros a curto prazo
As flutuações cíclicas na taxa de juros a curto prazo podem ser explicadas em termos da oferta de dinheiro por parte dos bancos referida às flutuações do valor das transações, T. Parece que em geral essa oferta de dinheiro flutua menos que o valor das transações, de forma que a velocidade de circulação e a taxa de juros a curto prazo aumentam na fase de prosperidade e caem na depressão.
Tabela: Taxa de Juros a Curto Prazo no Reino Unido e nos Estados Unidos, 1929/1940.
A taxa de juros a longo prazo
O investidor tenderá a comparar os resultados obtidos a partir do investimento nos diversos tipos de títulos no decorrer de alguns anos. Assim, ao fazer a comparação dos rendimentos obtidos, ele leva em consideração a média da taxa de desconto esperada para esse período, que indicaremos por ρe , e a taxa atual de juros a longo prazo (rendimento das Obrigações), r. Podemos agora examinar as vantagens e desvantagens de ambos os tipos de títulos, cujo resultado líquido explica a diferença r – ρe .
Podemos em primeiro lugar considerar a possibilidade de uma perda de capital. A posse de letras garante a integridade do principal. Por outro lado, títulos de renda fixa podem sofrer uma depreciação de seu valor durante o período considerado. 
É importante salientar que o “coeficiente de risco” pode aumentar não só quando a depreciação dos títulos for considerada mais provável, mas também quando se eleva a proporção da posse de ativos realizáveis a longo prazo em comparação com a posse de ativos realizáveis a curto prazo mais numerário. É que, então, com igual probabilidade de depreciação no valor dos títulos, uma queda real significará uma perda maior relativamente ao valor de todos os ativos disponíveis. 
De fato, a diferença entre os rendimentos a longo prazo e os rendimentos a curto prazo está sujeita a tributação, mas a depreciação no valor dos títulos em geral não é computada — ou pelo menos não é computada integralmente — quando se faz o cálculo dos impostos. Isso apresenta uma desvantagem adicional para a posse de títulos em comparação com a de letras, de forma que o coeficiente g sofre um aumento correspondente.
Estabilidade da taxa de juros a longo prazo durante
o ciclo econômico
A taxa a curto prazo normalmente cai num período de depressão e sobe num de prosperidade, porque a oferta monetária sofre flutuações menores que as do valor das transações. Mas a taxa a longo prazo reflete essas flutuações apenas em certa medida. De fato, a taxa a longo prazo se baseia na taxa média a curto prazo esperada para os próximos anos, e não na taxa a curto prazo corrente; ademais, a taxa a longo prazo se modifica bem menos que a taxa a curto prazo esperada, porquanto sua elevação, isto é, a queda nos preços dos títulos, torna menos provável o risco de uma sua depreciação adicional.
Alguns autores têm atribuído um papel importante à taxa de juros entre as forças subjacentes às flutuações econômicas. Como é a taxa a longo prazo que é relevante no que diz respeito à determinação do investimento e portanto ao mecanismo do processo cíclico, os resultados acima obtidos são bastante significativos. Efetivamente, em vista do fato de que a taxa de juros a longo prazo, pelas razões acima expostas, não apresenta flutuações cíclicas pronunciadas, dificilmente poderia ser considerada um elemento importante no mecanismo do ciclo econômico.
Conclusões:
Kalecki, baseado em estudos econométricos sobre o comportamento da taxa de juros Norte Americana, entende que as taxas de juros no curto prazo são voláteis, mas, que a taxa de juros do longo prazo (que determina os investimentos) tem pouca oscilação ao longo dos anos podendo ser consideradas estável ou constante.
Assim, descartada na visão de Kalecki a influência da taxa de juros (e consequentemente uma abordagem monetarista) na definição de investimento, logo, torna-se decisivo para este fim a variação nos lucros da empresa.
Como é a taxa de longo prazo que é relevante no que diz respeito à determinação do investimento e, portanto ao mecanismo do processo cíclico, os resultados acima obtidos são bastante significativos. 
3 pontos sobre isso:
Efetivamente, em vista do fato de que a taxa de juros de longo prazo, pelas razões acima expostas, não apresenta flutuações cíclicas pronunciadas, dificilmente poderia ser considerada um elemento importante no mecanismo do ciclo econômico.
A segunda questão relevante como fator determinante do investimento é a acumulação interna do capital.
As variações no estoque de capital fixo. Desta forma, a capacidade de captar crédito para expandir seus negócios, está ligada as próprias variações no estoque de capitalfixo e está diretamente associada ao quanto à empresa acumula capital baseado em seus próprios lucros e esta expansão é o passaporte para acesso ao crédito que a empresa precisa para investimentos.
Somando estes três fatores a uma constante simbolizando as inovações tecnológicas; e uma função simbolizando a acumulação de estoque, chega-se à equação dos fatores que determinam a formação total de capital Kaleckiana.
Questões:
O que causa as crises periódicas?
O que seria a tragédia do investimento?
O que seria o risco de default? 
Qual o ponto em comum nas  teorias de Schumpeter e Kalecki?

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