Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nome: Júlia Araújo de Castro 2º Período – Turma D Unidade Curricular: Habilidades Médicas – Práticas Laboratoriais Ano de Ingresso: 2020/1 Período: Integral Professora: Msc. Maria José Gomes de Aguiar e Marcílio Carvalho ATIVIDADES: SINAIS VITAIS – SSVV Caso Clínico: A.G.G.A, 46 anos, funcionária pública procurou UBS queixando hipertermia, tosse seca, coriza, dor periocular e algias nas articulações, dispneia e taquicardia. Na aferição dos sinais vitais, observou-se os seguintes parâmetros: PA 170x110 mm/Hg; temperatura 38.8ºC; pulso 126 bpm; respiração 24 rpm. A mesma é obesa (peso: 96kg/ altura: 1,50m), tabagista e negra. Diante desse quadro clínico, responda o que se pede sobre os sinais vitais: 1. Quais alterações o caso clínico apresenta? Hipertensão Hipertermia Pulso aumentado Frequência respiratória aumentada 2. Descreva os valores padrão da normalidade dos sinais vitais. Pressão Arterial Sistólica: < 130 mmHg Pressão Arterial Diastólica: < 85 mmHg Pressão de pulso: 30 a 50 mmHg Temperatura: Média oral/ timpânica- 37ºC/ Média retal- 37,5ºC/ Média axilar: 36,5ºC Pulso: 60 a 100 batimentos por minuto Frequência respiratória: 12 a 20 rpm 3. Descreva: - Pressão arterial: É a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos, sendo determinada pelo produto entre o débito cardíaco (volume sistólico x frequência cardíaca) e a resistência periférica (vasocontratilidade da rede arteriolar) e depende da elasticidade da parede dos grandes vasos, da viscosidade sanguínea e da volemia). - Pressão sistólica: Pico máximo de pressão quando a ejeção ocorre/ Aparecimento do primeiro ruído (fase I de Korotkoff). - Pressão diastólica: Pressão mínima exercida pelo sangue que permanecem nas artérias/ Desaparecimento de sons (fase V de Korotkoff). - Pressão de pulsação: Diferença entre a pressão sistólica e a diastólica (Exemplo, PA de 120/80 = Pressão de pulso de 40) 4. Quais fatores podem interferir na aferição dos parâmetros da Pressão Arterial (PA)? Idade: níveis normais de pressão arterial variam ao longo das faixas etárias (Bebês/ Crianças/ Adolescência/ Adulto/ Idoso) Estresse: ansiedade, medo dor e estresse emocional resultam em uma estimulação simpática, a qual aumenta s frequência cardíaca, o débito cardíaco e a resistência vascular. Etnia: incidência de hipertensão é maior em afro-americanos (negros) do que em euro-americanos (brancos). Sexo: não há diferenças clinicamente significativas dos níveis de PA durante a infância e adolescência, no entanto, após a puberdade, homens tendem a ter valores mais altos de PA. Variação diária: PA varia ao longo do dia, atingindo níveis mais baixos durante o sono entre meia noite e 3 horas da manhã. Medicamentos: alguns são responsáveis pela alteração dieta ou indireta da PA, anti-hipertensivos e analgésicos opioides abaixam a PA e vasoconstritores e volume excessivo de líquidos intravenosos promovem o aumento dela. Atividade e Peso: período de exercícios pode reduzir a PA por várias horas após a atividade e o aumento da demanda do organismo por oxigênio durante a prática da atividade aumenta a PA, além disso a obesidade é um fator que contribui para o desenvolvimento da hipertensão. Tabagismo: resulta em uma vasoconstrição, provocando um aumento da pressão arterial durante um período de aproximadamente 15 min. 5. Explique por que a escolha do local (ambiente), a eliminação da ingesta de café, o tabagismo e o estabelecimento de conforto e de repouso prévio podem interferir significativamente na aferição da pressão arterial. Os fatores citados exercem influência direta na variação da pressão arterial. Um ambiente calmo e silencioso é necessário pois caso o paciente tinha a percepção de um ambiente físico ou interpessoal estressante haverá alteração dos valores, além de favorecer a ausculta dos sons por parte do profissional de saúde. O estabelecimento do repouso e do conforto permite que o paciente relaxe, evitando leituras falsamente elevadas, devendo-se colocar o paciente em uma posição confortável, de preferência sentado e bem apoiado, e de repouso durante aproximadamente 5 minutos. A ingesta de café promove um aumento da pressão arterial, devido ao fato de o café ser termogênico e acabar acelerando a frequência respiratória e, consequentemente, a frequência cardíaca também é acelerada, efeito que dura em torno de 3 horas após a ingestão. O tabagismo gera a ativação do SNC, por ação da nicotina, provocando o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. 6. Descreva os métodos de medição ou aferição da PA com: - Método de dois passos Após o preparo, a medida em dois tempos preconiza a estimativa palpatória da pressão sistólica (primeiro tempo) e a determinação auscultatória da PA (segundo tempo). No primeiro tempo deve-se medir a circunferência do braço do paciente e selecionar manguito de tamanho adequado; colocar o manguito sem deixar folgas 2 a 3 cm acima da fossa cubital; centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; estimar o nível da pressão sistólica (palpar o pulso radial e inflar o manguito até o seu desaparecimento, desinflando rapidamente; o reaparecimento do pulso corresponderá à pressão sistólica). Após um minuto procede-se ao segundo tempo, que consiste em palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem compressão excessiva; inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica; proceder à deflação lentamente; determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff); auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar o seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa; se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar os valores da sistólica/diastólica. - Método de um passo Coloca-se as olivas do estetoscópio nos ouvidos e certifica-se de que os sons estejam claros e não abafados. Localiza-se a artéria braquial ou poplítea e coloca-se a campânula ou o diafragma da peça peitoral do estetoscópio sobre ela. Deve-se evitar que o diafragma toque o manguito ou as roupas. Fecha-se o bulbo da válvula de pressão no sentido horário até ficar apertado, infla-se rapidamente o manguito 30 mmHg acima do local pré-determinado durante a palpação. Solta-se lentamente o bulbo da válvula de pressão e deixa-se a agulha do manômetro cair a uma taxa de 2 a 3 mmHg/ segundo. Observa-se no manômetro o ponto em que escutar o primeiro som claro, o som irá aumentar de intensidade lentamente. Continua-se a desinflar o manguito, notando-se o ponto no qual o som abafado reduz ou desaparece. Continua-se a desinflar o manguito gradualmente, notando o ponto o som desaparece e escutar ainda 10 a 20 mmHg após o último som e então deixar o ar remanescente escapar rapidamente. 7. Quando a aferição da PA é contra indicada em membros superiores, devendo ser realizada nos MMII? A aferição nos membros inferiores deverá ser realizada no caso da presença de curativos, ataduras, cateteres intravenosos, fístulas ou desvios intravenosos nos membros superiores, tornando-os inacessíveis para a aferição da PA. Nesse caos, a artéria poplítea palpável atrás do joelho no espaço poplíteo, é o local escolhido e o manguito será posicionado na coxa do paciente, o qual deverá estar na posição de decúbito ventral. 8. A alteração da Pressão Arterial é um importante indicador fisiológico para algumas doenças. Cite pelo menos cinco patologias em que há: - Hipertensão Renais: glomerulonefrite difusa aguda, pielonefrite, uropatia obstrutiva, rins policísticos, doenças renovascularese outras. Endócrinas: síndrome de Cushing, feocromocitoma, acromegalia, síndrome carcinoide, hiperplasia adrenal congênita e aldosteronismo primário. Vasculares: coarctação da aorta Neurológicas: apneia do sono, hipertensão intracraniana, porfiria aguda e outras. Outros: toxemia gravídica (pré-eclâmpsia e eclâmpsia), alguns medicamentos (anticoncepcionais hormonais, anti-inflamatórios, descongestionantes nasais e outros), etilismo, tabagismo, hipoglicemia, intoxicações por metais pesados, neoplasias de ovário, testículo e cérebro. - Hipotensão Comuns: anemia, perda de sangue, repouso prolongado, desidratação, desnutrição, hipopotassemia e medicamentos. Neurológicas: AVE, doença de Parkinson, tumores cerebrais, neuropatia periférica e outras. Cardiovasculares: estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio e grandes veias varicosas. Endócrinas: insuficiência suprarrenais, diabetes insípido e hipoaldosteronismo. 9. O volume de sangue bombeado pelo coração durante 1 minuto é o débito cardíaco, ou seja, o produto da frequência cardíaca, tornando-se assim, um importante indicador fisiológico para algumas doenças, através da aferição ou mensuração do pulso. - Descreva os principais locais de aferição do pulso. Pulso radial: localização no pulso do antebraço, na letal radial ou no lado do polegar, utilizado para avaliar o pulso periférico e o estado da circulação para a mão. Pulso apical: localização no quarto e quinto espaço intercostal na linha clavicular média esquerda, usado para auscultar a fim de obter a pulsação apical. Pulso carotídeo: localização ao longo da extremidade medial do músculo esternocleidomastóideo no pescoço, facilmente acessível e usado durante o choque fisiológico ou na parada cardíaca quando os outros locais não são palpáveis. Pulso braquial: localização no sulco entre os músculos bíceps e tríceps na fossa antecubital, usado para avaliar a circulação abaixo do braço e ausculta da PA. Pulso femoral: localização abaixo do ligamento inguinal, a meio caminho entre a sínfise pubiana e a espinha ilíaca anterossuperior, usado para avaliar o pulso durante o choque fisiológico ou na parada cardíaca quando os outros locais não são palpáveis e para avaliar o estado da circulação na perna. Pulso poplíteo: localização atrás do joelho na fossa poplítea, usado para avaliar o estado da circulação na perna inferior. Pulso ulnar: localização no lado ulnar do pulso do antebraço, usado para avaliar o estado de circulação para a mão e para a realização do teste de Allen. Pulso temporal: localização acima do osso temporal da cabeça, acima e lateral ao olho, facilmente acessível e usado para crianças. Pulso tibial posterior: localização no lado interno do tornozelo, abaixo do maléolo medial, utilizado para avaliar o estado da circulação para os pés. Pulso da artéria dorsal do pé: localização ao longo da parte de cima do pé, entre a extensão dos tendões do dedo maior, utilizado para avaliar o estado da circulação para o pé. - Descreva a técnica de verificação do pulso radial. Empregam-se as polpas digitais dos dedos indicador e médio, variando-se a força de compressão até obter-se impulso máximo. O polegar fixa-se delicadamente no dorso do punho do paciente, determina-se a força do pulso e partir daí inicia-se a contagem da frequência durante o período de 1 minuto. Durante a aferição, o paciente deve repousar a mão no leito ou na mesa de exame em completa supinação. - Descreva a técnica de verificação do pulso apical. Coloca-se o paciente em decúbito ventral ou sentado e higieniza-se o estetoscópio. Localiza- se pontos anatômicos para identificar o ponto de impulso máximo (PIM), também chamado de impulso apical. Encontra-se o ângulo de Louis logo abaixo do entalhe supraesternal entre o corpo do esterno e o manúbrio. Passa-se os dedos em cada lado do ângulo para encontrar o 2º espaço intercostal. Move-se os dedos cuidadosamente para baixo do lado esquerdo do esterno até o 5º espaço intercostal e lateralmente para a linha média clavicular esquerda. Coloca-se o diafragma do estetoscópio na palma da mão por 5 a 10 segundos, de modo a promover seu aquecimento. Posiciona-se o diafragma sobre o PIM no 5º EIC à esquerda da LMC e realiza-se a ausculta para os sons cardíacos S1 e S2 normais (ouvidos como “lub-dub”). Quando S1 e S2 são ouvidos com regularidade, usa-se o relógio para contar a frequência: quando a mão teclar o número 12, começa- se a contar. Se a frequência apical for regular, faz-se a contagem durante 30 segundos e multiplica- se por 2. Caso esteja irregular, verifica-se o padrão de irregularidade. - Cite pelo menos cinco patologias em que há: . Taquicardia: frequência cardíaca anormalmente elevada, acima de 100 batimentos/ minuto em adultos. Patologias: hipertireoidismo, pneumonia, cardiomiopatia, ansiedade, derrame, AVC isquêmico, parada cardíaca, tromboembolia pulmonar e outras. . Bradicardia: frequência cardíaca lenta, abaixo de 60 batimentos/ minuto em adultos. Patologias: infarto agudo do miocárdio, hipotermia, hipoglicemia, hipotireoidismo, doença do nó sinusal, apneia do sono, hipóxia e outras. - Descreva as características do pulso. Frequência: varia de acordo com diversos fatores, como quando a uma mudança de uma pessoa, ficando sentada ou em pé. Ritmo: intervalo regular entre cada pulso ou batimento cardíaco, quando irregular aponta para uma disritmia. Força: reflete o volume de sangue ejetado contra a parede arterial a cada contração cardíaca e a condição do sistema vascular arterial levando ao local da pulsação. Igualdade: comparação entre as características de ambos os lados do sistema vascular periférico. - Descreva fatores que influenciam a frequência da pulsação. Exercício: quando de curta duração elevam a frequência do pulso e em condições de exercício prolongado resultam na diminuição do pulso de repouso e na aceleração da volta para o nível de repouso após o exercício. Temperatura: febre e calor elevam o pulso e hipotermia causa sua redução. Emoções: dor aguda e ansiedade aumentam a estimulação simpática promovem a elevação do pulso e uma dor persistente aumenta a estimulação do parassimpático provocando uma redução do pulso. Fármacos: cronotrópicos positivos, como a epinefrina, elevam o pulso e cronotrópicos negativos (digitálicos, beta-adrenérgicos e bloqueadores de canais de sódio) promovem a redução do pulso. Hemorragia: perda de sangue aumenta a estimulação do simpático provocando o aumento do pulso. Mudanças posturais: ficar em pé ou sentar promovem a elevação do pulso e deitar promove a redução do mesmo. Condições pulmonares: pobre oxigenação (asma e DPOC) promovem o aumento do pulso. 10. A respiração é um importante fator fisiológico de sobrevivência humana. É responsável pela chegada de oxigênio até as células e remoção de dióxido de carbono delas. Responda: - Como ocorre o mecanismo da respiração? A respiração é o mecanismo que o corpo utiliza para troca de gases entre a atmosfera e o sangue e o sangue e as células, envolvendo a ventilação (circulação de gases para dentro e para fora dos pulmões), difusão (movimento do oxigênio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e as hemácias) e perfusão (distribuição das hemácias para os capilares pulmonares). A respiração é um processo passivo, tendo o centro respiratório localizado no tronco cerebral, o qual regula o controle involuntário da respiração. No entanto, há envolvimento muscular na movimentação dos pulmões e da parede torácica. A inspiração é um processo ativo, durante ela o centro respiratório envia impulsos ao longo do nervo frênico, causando contração do diafragma e os órgãos abdominais se movem para baixo e para cima, aumentando o tamanho da cavidade torácica para promover a entrada de ar nos pulmões. O diafragma relaxa durante a expiração (processo passivo), os órgãos abdominaisretornam a suas posições originais e o pulmão e a parede torácica voltam à posição relaxada. - Descreva as características da respiração. Frequência respiratória: a frequência respiratória varia de acordo com a idade. Profundidade ventilatória: uma respiração profunda envolve uma expansão completa dos pulmões com a exalação total. A respiração é superficial, quando apenas uma pequena quantidade de ar passa pelos pulmões e o movimento respiratório é difícil de ver. Ritmo Ventilatório: a respiração diafragmática resulta da contração e do relaxamento do diafragma. Homens e crianças saudáveis geralmente demonstram a respiração diafragmática. As mulheres tendem a usar os músculos torácicos para respirar. Respirações realizadas com dificuldade usualmente envolvem os músculos acessórios da respiração, visíveis no pescoço. Quando alguma coisa, como um corpo estranho interfere na entrada e saída de ar dos pulmões, os espaços intercostais se retraem durante a inspiração. Uma fase de expiração mais longa fica evidente quando o fluxo de saída de ar é obstruído - Descreva os fatores que influenciam a característica da respiração. Exercício: aumenta a frequência e a profundidade para atender à demanda extra do corpo por oxigênio e para eliminas gás carbônico do organismo. Dor aguda: paciente segura ou inibe o movimento da parede torácica quando a dor se localiza na área do tórax ou do abdome. Ansiedade: aumenta a frequência e a profundidade da respiração como resultado da estimulação simpática. Tabagismo: altera aas vias respiratórias pulmonares, resultando em aumento da frequência respiratória durante o repouso quando a pessoa não está fumando. Medicações: analgésicos, anestésicos gerais e sedativos-hipnóticos deprimem a frequência e a profundidade; anfetaminas e cocaína aumentam a frequência e a profundidade; broncodilatadores reduzem a frequência, causando a dilatação das vias respiratórias. Lesões neurológicas: lesão do tronco neural inibe o centro respiratório e, também, a frequência e ritmo da respiração. Função da hemoglobina: níveis diminuídos de hemoglobina (anemia) reduzem a capacidade transportadora de oxigênio de sangue, a qual aumenta a frequência respiratória; uma altitude elevada diminuí a quantidade de hemoglobina saturada, a qual aumenta a frequência e a profundidade da respiração. - Como é feita a avaliação da difusão e perfusão de oxigênio no sangue? Os processos de perfusão e difusão são avaliados medindo a saturação de oxigênio do sangue. A circulação sanguínea nos capilares pulmonares fornece hemácias para a fixação do oxigênio. Depois que o oxigênio se difunde dos alvéolos para a circulação pulmonar, a maior parte dele se fixa a moléculas de hemoglobina oxigenadas nas hemácias. As hemácias transportam as moléculas de hemoglobina oxigenadas através do lado esquerdo do coração e saem através dos capilares periféricos, onde o oxigênio se solta, dependendo das necessidades do tecido. O percentual de hemoglobina que se liga ao oxigênio nas artérias equivale ao percentual de saturação da hemoglobina (SaO2). - Quais os fatores que afetam a determinação da Saturação de Oxigênio de Pulso (SpO2)? A SpO2 é uma estimativa confiável de SaO2 quando este encontra-se acima de 70%. A interferência na transmissão de luz (fontes externas de luz, monóxido de carbono, movimentação do paciente, icterícia, esmalte de unha e pigmentos de pele escura) e interferências nas pulsações arteriais (doença vascular periférica, hipotermia no local, vasoconstritores farmacológicos, débito cardíaco baixo e hipotensão, edema periférico e sondas apertadas demais) são fatores que afetam a determinação da saturação de oxigênio de pulso. - Quais as alterações no padrão respiratório? Apneia: parada da respiração Dispneia: sucessão de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente Ortopneia: dificuldade para respirar na posição deitada, o que obriga o paciente a ficar sentado ou semissentado. Dispneia periódica ou respiração de Cheyne-Stokes: incursões respiratórias que vão ficando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima, seguindo-se movimentos respiratórios de amplitude progressivamente menores, podendo chegar à apneia. Respiração de Kussmaul: amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia. Respiração de Biot: movimentos respiratórios de diferentes amplitudes e com intervalos variáveis. Taquipneia: em adultos, frequência respiratória acima de 20rpm. Bradipneia: em adultos, frequência respiratória abaixo de 16 rpm. - Cite pelo menos 5 patologias em que há: . Taquipneia Asma Bronquite Pneumonia Enfisema pulmonar Edema pulmonar Asfixia Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Insuficiência cardíaca Peritonite Ansiedade - Bradipneia Alcalose Respiratória Lúpus Febre reumática Hipotireoidismo Apneia obstrutiva do sono Hemocromatose 11. A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor corporal produzido por processos orgânicos e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo. - Quais são os fatores que afetam a temperatura corporal? Idade: variação normal de temperatura declina gradualmente conforme o indivíduo se aproxima da idade adulta. Exercício: aumenta o metabolismo, aumentando a produção de calor e, consequentemente, aumentando a temperatura corpórea. Nível hormonal: variações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual causam flutuações na temperatura corpórea, fazendo com que as mulheres sofram flutuações maiores de temperatura corporal que os homens. Ritmo circadiano: durante o dia a temperatura aumenta regularmente, até alcançar um valor máximo em torno das 16 horas e então declina aos níveis observados pela manhã. Estresse: o estresse físico e emocional aumenta a temperatura do corpo através da estimulação hormonal e neural, as quais aumentam o metabolismo, o qual aumenta a produção de calor. Ambiente: temperaturas ambientais afetam bebês e idosos mais frequentemente porque seus mecanismos de regulação da temperatura são menos eficientes. Alterações na temperatura: alterações a temperatura do corpo fora da variação usual estão relacionadas com o excesso de produção de calor, perda excessiva de calor, produção mínima de calor, perda mínima de calor ou qualquer combinação dessas alterações. - O que vem a ser o tremor e a termogênese sem tremor? O tremor é uma resposta involuntária do organismo às diferenças de temperaturas corporais. O movimento do músculo esquelético durante o tremor requer uma energia considerável, causando um aumento de quatro a cinco vezes na produção de calor normal e esse calor produzido ajuda na equalização da temperatura corpórea e o tremor cessa. A termogênese sem tremor ocorre primariamente em recém-nascidos, pois como não são capazes de tremer, uma quantidade limitada de tecido vascular marrom, presente ao nascimento, é metabolizada para a produção de calor. 12. Pesquise a definição dos termos abaixo e aponte seus respectivos valores: - Hipertermia: valores acima dos normais com presença de fatores ambientais (insolação, vestimenta inadequada para a temperatura ambiental, atividade física extenuante) / temperatura corpórea elevada relacionada com a incapacidade do organismo de promover perda de calor ou de reduzir sua produção. Valores: acima de 38ºC - Hipotermia: valores abaixo dos normais Valores: abaixo de 35,5ºC - Febre: corresponde à temperatura corporal acima da faixa da normalidade/ deslocamento superior do ponto de ajuste hipotalâmico Febre leve ou febrícula: até 37,5ºC Febre moderada: 37,6 A 38,5ºC Febre alta ou elevada: acima de 38,6ºC - Febril: temperatura está um pouco acima do considerado normal, mas ainda não se caracteriza como febre Valores: até 37,8ºC - Afebril: ausência de febre Valores: entre 36,1ºC a 37,2ºC - Pirexia: sinônimo de febre - Insolação:exposição prolongada ao sol ou a temperaturas ambientais elevadas sobrepuja os mecanismos de perda de calor corpóreo. Valores: temperatura de 40ºC ou maus
Compartilhar