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RPA – REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE AERONAUTA Aeronauta – Profissional habilitado pelo COMAER (Comando da Aeronáutica) para exercer função a bordo das aeronaves civis brasileiras mediante contrato de trabalho regido pela legislação trabalhista. Para ser considerado aeronauta, pressupõe‐se que se deva estar vinculado a uma empresa aérea, por meio de um contrato de trabalho para exercer a função, ou seja:Comissário de Vôo é um Aeronauta apenas se estiver em uma empresa. * A profissão do Aeronauta é regida pela Lei 7.183 com a participação dos Ministros do Estado do Trabalho e da Aeronáutica. * Para ser um Aeronauta há a necessidade de ser brasileiro nato ou naturalizado. * O Aeronauta Brasileiro e Cia Aérea Estrangeira: ‐ Manterá a sua situação de aeronauta somente se: Quando o contrato de trabalho for regido por leis trabalhistas brasileiras. Mediante acordo bilateral de reciprocidade. * Cia Aérea Brasileira e a contratação de CMS estrangeiros: Somente para voar linhaNonternacionais, CMS estrangeiros não pode exceder 1/3 do total de CMS a bordo. Mediante acordo bilateral de reciprocidade. Tripulante – Profissional habilitado pelo COMAER para exercer função a bordo obtendo todas as licenças exigidas. COMANDANTE: ‐ È a autoridade máxima a bordo da aeronave ‐ É responsável pela operação e segurança da aeronave e de tudo que ela contenha. ‐ Exerce autoridade que lhe é inerente desde o momento que se apresenta para o vôo até o momento em que entrega a aeronave. ‐ Poderá desembarcar qualquer pessoa a bordo (pax ou trp) que esteja colocando em risco a segurança, boa ordem ou disciplina a bordo da aeronave. ‐ Adiar ou suspender a partida se julgar inseguro. ‐ Providenciar médicos ou autoridade policial na primeira escala em caso de mal súbito (medico) ou óbito (policia) de pessoas a bordo. ‐ No caso de 2 CMTE a bordo, assume o mais antigo e é denominado de Master ou Mor. Diário de Bordo: ‐ Marca, Nacionalidade e matricula da aeronave ‐ Nome do proprietário e explorador da aeronave ‐ Data do vôo, Nome da Trip ‐ Origem, Pouso, Decolagens, Datas, Horas, Nascimentos, Óbitos ‐ Incidentes, Observações. O CMTE pode delegar suas funções a bordo com exceção as relacionadas a SEGURANÇA DE VOO CO‐PILOTO: ‐ Piloto auxiliar do CMTE (eventual substituto em casos de Trip Simples) ‐ Substitui em casos de incapacidade física ou psíquica e na sua ausência. MECANICO DE VOO (Flight Engineer): ‐ Auxiliar do CMTE responsável pela operação e controle de sistemas diversos . INSPAC (Inspetor de Aviação Civil): ‐ Elemento do DAC civil ou militar que quando a bordo no exercício de sua profissão é considerado um TRIP. No COMISSARIO DE VOO: ‐ Auxiliar do CMTE responsável quanto ao cumprimento das normas relativas a segurança e atendimento aos passageiros. ‐ Documentos que ficam sobre sua responsabilidade durante o vôo: * Menores desacompanhados * Atestados Médicos de doentes e grávidas * DOCS de deportados * Formulário de quantidade de PAX e TRIP, atrasos, e lista de comissária. ‐ Durante pousos de decolagens CMS devem estar sentados o mais próximo possível das saídas de emergência que fiquem na mesma direção do piso e devem estar distribuídos ao longo da cabine da aeronave. ‐ Durante o taxi os CMS devem permanecer sentados em suas posições com cintos de segurança ajustados. TRIPULANTES TECNICOS:‐ CMTE, CO‐PILOTO, MEC, NAV, INSPAC TRIPULANTES NÃO TECNICOS OU COMERCIAIS:‐ CMS e OPERADOR TRIPULAÇÃO EXTRA: TRIP que se desloca a serviço a bordo de uma das aeronaves da empresa sem estar exercendo suas funções. Tripulação: Conjunto de tripulantes necessários para realização de um vôo que se dividem em Mínima, Simples, Composta e de Revezamento. O tipo de composição de determinado pelo COMAER considerando: condições de segurança, rota, características de vôo e programações de serem cumpridas. O numero de CMS é estabelecido de acordo com a segurança dos pax e o limite de jornada de trabalho dispostos no regulamento. 1 CMS para cada saída de emergência ao nível do piso da aeronave TRIPULAÇÃO MINIMA Trip mínima necessária para operação de aeronave Composta por:1 CMTE + 1 CO‐PILOTO Utilização: Vôos locais de instrução e vistoria. Obs: Não pode transportar pax! TRIPULAÇÃO SIMPLES Trip mínima necessária a realização de um vôo com pax Composta por: 1 CMTE + 1 CO‐PILOTO + CMS ouTRIP MINIMA + CMS Utilização: Vôos nacionais e internacionais de acordo com a regulamentação. TRIPULAÇÃO COMPOSTA Trip utilizada em vôos que devido a regulamentação não podem ser executados com tripulação simples. Composta por: 2 CMTE + 1 CO‐PILOTO + 25% CMS ouTRIP SIMPLES + 1 CTE + 25% de CMS Utilização: Vôos Nacionais e internacionais Obs: Deverão ser assegurados para os tripulantes acrescidos a trip simples poltronas com encosto reclinável. TRIPULAÇÃO DE REVEZAMENTO Trip utilizada em vôos em que não é possível realizar com trip. composta segundo a reg. Composta por: 2 CMTE + 2 CO‐PILOTO + 50% CMS ouTRIP SIMPLES + 1 CTE + 1 COP + 50% de CMS Utilização: Vôos internacionais Obs: Deverão ser assegurados para os tripulantes técnicos descanso na horizontal e para 50% do total de CMS poltronas com encosto reclinável. Escala de Vôo Escala Normal de Trabalho: É a que determina vôos de horário, reserva, sobreaviso, folga e demais situações. Escala Especial: É aquele em que o aeronauta é convocado para realizar cursos, exames etc. Escala de Convocação: Situações que envolvam necessidade de serviços inadiáveis, respeitando‐se a sua escala subseqüente. Escalas podem ser publicadas: Semanal (mínimo), Quinzenal ou Mensalmente. Escala deverá ser divulgada com antecedência de pelo menos dois dias antes do primeiro dia do mês e de 7 dias para as semanas subseqüentes. Escala deverá especificar todas as situações de trabalho nela contidas seja em vôo ou em terra. Devera ser feita respeitando o regime de rodízio em turnos compatíveis. Certificados Para CMS:‐ Aprovação no curso de formação homologado pela ANAC. ‐ CCF de 2ª classe válido ‐>CCF(Certificado de Capacidade Física) ‐ Aprovação na Banca da ANAC ‐>CCT(Capacidade de Conhecimentos Teóricos) ‐ Treinamento especifico quanto a aeronaves ‐>CHT (Certificado de Hab. Técnica) ‐ Licença de Vôo OBS: 1º TREINAMENTO NA EMPRESA/AVALIAÇÕES: Uma vez dentro da empresa os CMS farão treinamentos iniciais dos equipamentos que irão tripular, que envolvem curso teórico, treinamento pratico em mock up, diversos procedimentos de emergência, serviço de bordo, regulamento da empresa etc. Após esta etapa prestará uma avaliação na empresa ou na ANAC. 2º CHT PROVISORIO:Uma vez aprovados o CMS recebe por parte da ANAC um CHT provisório que dará direito ao vôo acompanhado por um CMS instrutor. Após 14h de vôo, é feito um vôo de CHECK por um INSPAC. 3º CHT VÁLIDO POR 2 ANOS:Sendo aprovado no vôo de CHECK o CMS passa a integrar o numero normal de CMS assim que a ANAC liberar seu CHT definitivo válido por 2 anos. 4º LICENÇA DE VOO:Após aproximadamente 40h de vôo, considerado apto por seu instrutor é realizado um novo vôo de CHECK, se aprovado é então emitido sua LICENÇA DE VOO que é permanente. Dessa forma CMS para exercício da função deverão ser portadores de: ‐ Licença de Vôo ‐ CHT (máximo 4) ‐ CCF A responsabilidade pela revalidação dos certificados é do próprio aeronauta. A empresa deverá propiciar condições para que o aeronauta possa revalidar seus certificados O Aeronauta deve comunicar o vencimento de seus certificados com antecedência de 60 dias. A empresa não pode escalar tripulante com certificado vencido ainda que aguardando os resultados de exames de revalidação. Jornada: É o período de trabalho contado da apresentação no local de trabalho e a hora em que o mesmo é encerrado. A apresentação na base ou fora dela não será inferior a 30 minutos. O térmicoda jornada é considerado 30 minutos após o corte final dos motores ou encerramento dos serviços em terra. O registro d jornada é feito através da papeleta individual de serviços. A Papeleta deverá ser fornecida mensalmente ao trip que anotara diariamente inicio de termino da jornada, intervalos para alimentação e folgas. Atividades da Jornada:‐ Vôo ‐ Tarefas em terra ‐ Reserva ‐ 1/3 de sobreaviso ‐ Cursos ‐ Trip extra ‐ Outros LIMITE MÁXIMO DE JORNADA POR SEMANA: 60 HORAS LIMITE MAXIMO DE JORNADA POR MÊS: 176 HORAS Jornada Diurna = Compreendida entre o nascer do sol e o por do sol. Jornada Noturna = Compreendida entre por do sol e o nascer do sol. * Em terra considera‐se noturno a jornada executada ente 22h às 5h do dia seguinte. * 1h Noturna equivale a 52min30seg (Diferença de 7min30seg para hora diurna). Jornada Mista = Realizada em período noturno e diurnos ou que se iniciam em um período e terminem em outro. Ampliação dos limites de Jornada: O CMTE da aeronave em algumas situações poderá ampliar os limites de jornada de trabalho em 1h (60 min). Atrasos em escalas intermediárias por problemas meteorológicos ou manutenção. Inexistência de acomodações apropriadas para repouso dos trip. Motivos de Força Maior Toda vez que o CMTE acrescentar 1h ao limite de jornada se sua trip, no retorno de suaviagem a base, devera ser acrescido no repouso. Viagem: É o período de trabalho contado do momento da saída da base e retorno da mesma (base > base) * Uma viagem podem conter uma ou mais jornadas e Uma jornada pode também compreender uma ou mais viagens. Repouso: É o período de descanso ininterrupto após uma jornada em que o tripulante fica desobrigado da prestação de serviço junto à empresa. * O Repouso está diretamente relacionado ao tempo da jornada anterior! Se durante uma programação o aeronauta cruzar três ou mais fusos horários num dos sentidos de uma viagem, ele terá no retorno em sua base 2 horas a mais de repouso por fuso horário cruzado! * O percurso entre aeroporto – hotel –aeroporto NÃO é considerado como jornada, mesmo estando em condução da empresa. * Se ao termino da jornada fora da base não houver condução para transportar a tripulação para o hotel, o seu repouso somente terá inicio quando for disponibilizada a condução para levá‐la ao hotel. Hora de Vôo: É o período de trabalho contado desde o momento em que a aeronave começa a se deslocar por seus próprios meios, com intenção de vôo até o corte dos motores. Pousos: Levando‐se em conta os diferentes tipos de tripulação, os limites de pouso por jornada são: È previsto o acréscimo de 1 pouso aos limites estabelecidos se houver necessidade. No caso de trip. SIMPLESouMINIMApode ser acrescido 1 pouso a critério do empregador para atender necessidade de serviço, nesta situação a tripulação que for efetuar esta programação deverá ter o seu repouso acrescido de 1 HORA! Reserva: É o período de trabalho no qual o aeronauta fica a disposição do empregador em local e horários determinados pelo mesmo pronto pra assumir quaisquer atividades que lhe forem designadas. DURAÇÃO MÁXIMA = 6 HORAS LIMITE POR MÊS = Não Há * Se a reservada for superior a 3 horas o empregador deverá assegurar local adequado para o aeronauta tirar a reserva. * As horas realizadas na situação de reserva deverão ser consignadas na escala de serviço e na papeleta individual de horário de serviço externo. Sobreaviso: É o período de trabalho no qual o aeronauta fica a disposição do empregador em horário determinado pelo menos e local da escolha do aeronauta dentro do perímetro urbano DURAÇÃO MÁXIMA = 12 HORAS LIMITE POR MÊS = 2 Semanais ou8 Mensais * Ao ser acionado o aeronauta terá até 90 minutos para comparecer no local de apresentação. * As horas de sobreaviso são contadas como 1/3 de jornada. * A hora de inicio e termino do sobreaviso devera ser consignada na escala de serviço e na papeleta individual de horário de serviço externo. Alimentação: Em vôo de 4h em 4h deverá ser servida Em terra, mínimo de 45 minutos e máxima de 60 minutos. Férias: O aeronauta tem direito a 30 dias corridos de férias anualmente (não pode vender!) A empresa deverá manter um quadro de rodízio entre os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e julho. O pagamento da remuneração das férias deve´ra ser efetuado até 2 dias antes do seu inicio. Remuneração: A hora de vôo noturno para efeito de remuneração é contada a razão de 52’30”. Não são considerados como salário: Vestuários Ajudam de custo, Diárias, Transporte, Alimentação, Hospedagem, Equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado. A remuneração do aeronauta é assim computada: Salário Base (garantido) = equivalente às 54h de vôo Horas Extras = O que exceder 54hv. Noturno, Domingo, Feriado = Ganha Dobrado. Folga: Período de descanso não inferior às 24h dentro se sua base no qual o aeronauta está desobrigado de quaisquer atividades junto à empresa. MINIMO DE 8 PERIODOS DE FOLGA POR MÊS! È obrigatória após o 6º período consecutivo de trabalho. Transferência: Situação na qual o aeronauta é deslocado de sua base por necessidade de serviço durante um determinado período passando a ser considerada base a localidade onde o mesmo está prestando serviços. Há dois tipos de transferências: Provisória e Permanente. PROVISORIA: Transferência na qual o aeronauta é deslocado durante um determinado período de tempo para prestação de serviços temporários, sem mudança de domicilio e ao término da incumbência que lhe foi atribuída retorna para sua base. * Deve ser comunicada 15 dias antes Duração Mínima: 30 Dias Duração Máxima: 120 Dias Responsabilidade da Empresa: Transporte do aeronauta até o local, Acomodação, Alimentação, Assistência Médica. * Uma transferência provisória pode ser tornar permanente. PERMANENTE: Transferência na qual o aeronauta é deslocado de sua base para prestar serviço em outro local por necessidade da empresa e que apresenta as seguintes características. * Deve ser comunicada 60 dias antes Duração Mínima: + de 120 Dias Característica Principal: Mudança de Domicilio Responsabilidade da Empresa: Transporte do aeronauta e dependentes até o local base, 4 salários baseados na media dos últimos 12 meses, 8 dias de folga remunerada. ‐ Entre uma transferência permanente e outra deverá haver um interstício de no mínimo 2 anos!! No caso de transferência o empregado receberá entre outras vantagens, o adicional de: 25% a mais do salário que recebia na base onde estava Disposições: Os aeronautas considerando ao que consta no Código Brasileiro de Aeronáutica que infringir as disposições constantes ficam sujeitos à multa de no mínimo 20 e no máximo 200 vezes o valor e referencia prevista no artigo.