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A Tecnologia e Outros Paradigmas da Gestão Escolar

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A Tecnologia e Outros Paradigmas 
da Gestão Escolar
W
BA
01
69
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1.
1
2/225
A Tecnologia e Outros Paradigmas da Gestão Escolar
Autora: Eliane de Siqueira
Como citar este documento: SIQUEIRA, Eliane de. A tecnologia e outros paradigmas da gestão 
escolar. Valinhos: [s.n.], 2016.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação 05
Unidade 2: Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação 32
Unidade 3: A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação 60
Unidade 4: Gerenciamento das Tecnologias da Informação e Comunicação no espaço escolar 88
Unidade 5: A formação docente e as Tecnologias da Informação e Comunicação 113
Unidade 6: A atuação do professor diante das Tecnologias da Informação e Comunicação 137
Unidade 7: Conceito de Ambiente Virtual de Aprendizagem 162
Unidade 8: Ferramentas Tecnológicas, Software educacionais e Portais Educativos 191
2/225
3/225
Apresentação da Disciplina
Como pensar no uso das tecnologias 
no processo educacional sem buscar a 
reflexão sobre o contexto da educação 
nos dias atuais. Todas as mudanças de 
concepções, paradigmas, propostas 
educacionais, não importa o nome dado, 
tiveram profundas transformações, o 
que inclui não só o perfil do profissional 
que atua na educação, como também as 
necessidades do público que frequenta 
as escolas e que buscam acompanhar as 
transformações da sociedade que está 
totalmente conectada.
Esse movimento para transpor os 
preconceitos que ainda existem por parte 
de alguns educadores no uso da tecnologia 
talvez seja um dos grandes desafios.
Mas de qual tecnologia estamos falando? 
Será que só o uso da internet e celular são 
suficientes para abordar esse assunto?
Essas e outras questões nortearão os 
estudos nesta disciplina que tratará 
também sobre o histórico das Tecnologias 
da Informação e Comunicação (TIC), bem 
como as Políticas Públicas e programas 
existentes para o trabalho com as TICs. 
Tudo isso precisa de um gerenciamento 
quanto ao seu uso e organização do espaço 
escolar para esse fim, o que também será 
objeto do nosso estudo que passa pela 
formação docente e reflexão sobre sua 
atuação no âmbito escolar.
Outro aspecto que faz parte desse 
estudo refere-se ao Ambiente Virtual de 
4/225
Aprendizagem – AVA, uma realidade para 
a formação a distância nos dias atuais. 
O tempo escasso para aperfeiçoar a 
formação e o grande número de cursos 
de ensino a distância fez com que novas 
ferramentas precisassem ser utilizadas e 
muitas vezes sem o tempo suficiente para 
aperfeiçoar e reconhecer a importância das 
mesmas.
Por fim, conversaremos sobre as 
ferramentas tecnológicas, softwares 
educacionais e portais educativos que 
podem potencializar a utilização das 
TICs como recurso pedagógico para os 
educadores.
5/225
Unidade 1
Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação
Objetivos
1. Conhecer o histórico da tecnologia e 
sua definição;
2. Conhecer o histórico do uso das TICs;
3. Citar as principais ferramentas 
utilizadas no processo educacional;
4. Demonstrar a importância do uso das 
TICs no contexto escolar.
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação6/225
Introdução 
Começaremos nossa abordagem com 
um trecho do livro “Novas Tecnologias 
e Mediação Pedagógica” (MORAN, 
MASETTO; BEHRENS , 2000).
Vamos refletir: com as mudanças na 
sociedade, as formas de ensinar também 
sofreram alterações, tanto os professores 
como os alunos percebem que muitas 
aulas convencionais estão ultrapassadas. 
É inevitável a pergunta: para onde 
mudar? Como ensinar e aprender em uma 
sociedade interconectada?
Podemos ainda acrescentar a esse 
questionamento: como centrar o 
processo só no educador e fazer tudo 
continuar sendo interessante? Será que 
esse é o modelo mais eficaz para que 
as aprendizagens sejam significativas e 
mobilizem o desejo por aprender?
A palavra educar é discutida por vários 
autores como o processo que conduz os 
indivíduos a algum lugar, sendo esse um 
processo construído diariamente e que 
deve permitir que as pessoas se apropriem 
de diversos saberes. Desenvolvimento, 
cultura, sociedade e todas as 
transformações sofridas ao longo do 
tempo também permeiam esse processo. 
Para além do educar, temos ainda o 
aprender e por que não pensarmos no 
apreender, na busca de saberes que 
acompanhem essas pessoas por toda a 
vida. Nesse sentido, as escolas precisam de 
grandes transformações para atender às 
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação7/225
necessidades do público que atualmente 
a frequenta. O educando passa a ter 
voz e o livro didático não é mais a única 
ferramenta capaz de sanar as curiosidades 
e anseios desse público.
Ao mesmo tempo em que temos 
alunos tecnológicos ao extremo, temos 
educadores resistentes ao uso das 
tecnologias em sala de aula, que limitam 
suas práticas às ferramentas tradicionais 
presentes no processo de ensino e 
aprendizagem e que precisam, a todo 
momento, ou pelo menos tentam mediar 
os conflitos que são estabelecidos com os 
educandos.
É um movimento muito complexo pois 
a mudança requer que também os 
educadores se apropriem desses novos 
saberes e isso nem sempre é tão fácil 
assim.
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação8/225
Para Behrens (2000) apud Moran (2000, p.67): 
A acelerada mudança em todos os níveis leva a ponderar sobre uma 
educação planetária, mundial e globalizante. Educar nesse tempo de 
mundialização instiga a refletir sobre o processo de globalização que tem 
passado a integrar os sistemas financeiros, econômicos, políticos e sociais 
das nações. Esse contexto toma as nações cada vez mais interdependentes e 
inter-relacionadas e, ao mesmo tempo, mais dependentes de uma estrutura 
econômica com uma versão neoliberal. Paralelamente, ocorre a transição 
da sociedade industrial, voltada para a produção de bens materiais, para a 
sociedade do conhecimento, voltada para a produção intelectual com uso 
intensivo de tecnologias. O processo de mudança paradigmática atinge 
todas as instituições, e em especial a educação e o ensino nos diversos 
níveis, inclusive e principalmente nas universidades. O advento dessas 
mudanças exige da população uma aprendizagem constante. As pessoas 
precisam estar preparadas para aprender ao longo da vida podendo intervir, 
adaptar-se e criar novos cenários.
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação9/225
Sair da “zona de conforto” e mudar rotinas, 
propostas, modelos e estratégias não é tão 
simples assim. 
Vale lembrar que não existe certo e errado, 
o que temos são práticas mais ou menos 
adequadas para atender o público na 
atualidade, e que as transformações estão 
inseridas em um contexto historicamente 
desenvolvido. 
Tudo acontece com uma dinâmica quase 
em tempo real. A fala do educador pode ser 
complementada muitas vezes ao mesmo 
tempo em que são socializadas com outras 
informações disponíveis na internet. 
Celulares modernos já fazem parte do 
material escolar dos educandos, as notícias 
rapidamente se multiplicam e se espalham 
pelas redes sociais e na frente de tudo isso 
temos o educador que se apoia no livro 
didático, na lousa e no giz como único 
recurso disponível.
O que é necessário então? Como 
compreender as TICs como mais 
um recurso disponível a serviço da 
aprendizagem?
1. Histórico das Tecnologias da 
Informação e Comunicação
O fenômeno da globalização impõe à 
escola novos posicionamentos que, por 
sua vez, implicam tensões múltiplas. Não 
se concebe mais uma educação disforme, 
com características próprias a cada escola. 
A característica inadiável e mundial que 
caracteriza uma educação globalizada 
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação10/225
somente poderá se consolidar com a 
superação de algumas tensões (ANTUNES, 
2014). Para o autor, entre essas tensões 
está a importânciade buscar o equilíbrio 
entre a tradição e a modernidade, 
construindo-se uma autonomia dialética 
que, sem negar a si mesmos, os alunos 
possam dominar e usufruir os progressos 
tecnológicos e científicos. 
O convite agora é para que possamos 
voltar no tempo, mas voltar mesmo, e 
analisarmos algumas transformações 
tecnológicas tão comuns nos dias de 
hoje que se incorporaram no cotidiano 
das pessoas naturalmente, e hoje não 
conseguimos sequer pensar em como foi 
possível viver sem elas. 
Tudo que é novo assusta e causa 
resistência. Vale lembrar que não se trata 
de substituir metodologias, mas adequá-
las ao contexto e usá-las em benefício da 
aprendizagem.
1.1 Aspectos históricos do 
desenvolvimento da tecnologia
O que você entende por tecnologia? 
Que objetos podemos considerar como 
tecnológicos? Do que você considera 
tecnológico, qual objeto ou qual tecnologia 
você não conseguiria mais ficar sem?
Vocês devem ter pensado em muitas coisas 
e por vários momentos nos tornamos 
reféns de algumas delas. Mas será que 
apenas objetos podem ser tecnológicos?
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação11/225
Muitos autores relatam entre os avanços 
tecnológicos da humanidade a invenção do 
fogo e até mesmo o desenvolvimento da 
escrita.
A origem da palavra é a junção de tekhne 
que se relaciona à técnica, ao ofício e à arte 
com logia = estudo.
Nesse sentido, a tecnologia é um produto 
da ciência e da engenharia que envolve 
um conjunto de instrumentos, métodos 
e técnicas que visam à resolução de 
problemas (Disponível em: <www.
significados.com.br/tecnologia-2>. Acesso 
em: 12 out. 2016).
Tivemos muitas invenções cujo objetivo 
principal sempre esteve relacionado direta 
ou indiretamente, a melhorar as condições 
de vida das pessoas em sociedade, o que 
inclui também a produção dos bens de 
consumo, e portanto, as indústrias também 
foram favorecidas e tudo que aconteceu 
mudou e influenciou radicalmente a vida 
das pessoas.
Como pensar na ausência da eletricidade 
nos dias atuais? Agora imaginem isso em 
700 a.C. quando Tales de Mileto realizou 
suas primeiras experiências.
Vamos analisar algumas descobertas:
• 1400-1468 – Gutemberg desenvolve 
a prensa para impressão tipográfica;
• 1830 – Primeiro aparelho telégrafo 
é desenvolvido por Samuel Finley 
Breese Morse;
http://www.significados.com.br/tecnologia-2
http://www.significados.com.br/tecnologia-2
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação12/225
• 1831 – O pintor Louis Daguerre 
captura e reproduz a primeira 
imagem com o uso de uma câmara 
escura chamada daguerreótipo. 
Surge a fotografia;
• 1832 – Joseph Plateau descobre 
o princípio da composição e 
decomposição do movimento e em 
1895 realiza a primeira sessão de 
cinema;
• 1876 – Alexander Graham Bell e o 
telefone que permitiu a comunicação 
a longa distância.
Os inventos foram sendo aperfeiçoados, a 
demanda exigia cada vez mais.
• 1879 – Thomas Edison inventa a 
lâmpada elétrica;
• 1935 – Guglielmo Marconi 
apresenta os princípios do radar e da 
comunicação sem fio;
Link
Acesse o link abaixo e conheça o histórico do 
telefone:
Disponível em: <http://www.smartkids.com.
br/trabalho/evolucao-do-telefone>. Acesso 
em: 12 out. 2016.
http://www.smartkids.com.br/trabalho/evolucao-do-telefone
http://www.smartkids.com.br/trabalho/evolucao-do-telefone
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação13/225
• 1936 – A televisão, em tons de cinza e 
com imagens borradas, transmite os 
primeiros movimentos;
• 1949 – Surge a primeira tentativa 
de desenvolver um computador, 
chamado de ABC, e antes disso vale 
lembrar-se da invenção da primeira 
calculadora e máquinas de escrever.
Figura 1 | Réplica da máquina diferencial de Babbage, 
construída e exposta no Museu de História do Computador
Fonte: Wikimedia Commons
(https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:CHM_Babbage.JPG?uselang=pt-br)
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:CHM_Babbage.JPG?uselang=pt-br
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:CHM_Babbage.JPG?uselang=pt-br
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação14/225
Em 1969, a internet começa a ser usada 
para fins militares sendo esta vista como 
um sistema invulnerável.1
1 Os texto sobre “Aspectos Históricos da Tecnologia” foi 
desenvolvido com base nos artigos produzidos por Lucilene 
Cury, Ligia Capobianco, Heliana da Silva e Anair Altoé, cujas 
referências completas estão disponíveis no item Referências 
Bibliográficas desta aula.
Para saber mais
Charles Babbage é considerado o grande 
inventor das máquinas que antecederam os 
computadores. Por ficar desapontado com 
o ensino da matemática resolveu criar um 
mecanismo que aprofundasse o cálculo analítico. 
De acordo com o site TecMundo, naquela época, 
a taxa de erros humanos presentes em contas 
era muito grande. Isso estimulou a imaginação 
de Charles, que começou a pensar em alguma 
forma de mecanizar esse tipo de tarefa, 
eliminando as falhas e economizando o tempo 
das pessoas.
Link
Conheça o histórico completo de Charles 
Babbage e suas invenções no link abaixo:
Disponível em: <http://www.tecmundo.com.
br/historia/16641-charles-babbage-um-
cientista-muito-alem-de-seu-tempo.htm>. 
Acesso em: 12 out. 2016.
http://www.tecmundo.com.br/historia/16641-charles-babbage-um-cientista-muito-alem-de-seu-tempo.htm
http://www.tecmundo.com.br/historia/16641-charles-babbage-um-cientista-muito-alem-de-seu-tempo.htm
http://www.tecmundo.com.br/historia/16641-charles-babbage-um-cientista-muito-alem-de-seu-tempo.htm
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação15/225
Daí em diante, todas as tecnologias foram 
sendo aperfeiçoadas, modernizadas e 
ganharam um espaço muito significativo 
no mercado, no qual consumidores fiéis 
ficam ansiosos à espera das novidades que 
surgem de forma muito rápida, assim como 
a divulgação de informações pela rede que 
hoje a internet abrange.
1.2 As TIC e a atualidade
O ser humano, desde os tempos mais 
remotos, sempre teve a necessidade de 
comunicar-se. Emitir sons, realizar as 
pinturas rupestres, desenvolver o sistema 
de escrita, são apenas algumas das formas 
que a humanidade desenvolveu para 
interagir com o mundo.
Acompanhando essa evolução, surge a 
necessidade de ampliar ainda mais esse 
repertório, e comunicar-se ultrapassou 
fronteiras.
Surgem então as Tecnologias de 
Informação e Comunicação, também 
conhecidas e amplamente divulgadas 
por meio da siglas TIC/TICs, referem-se 
a toda e qualquer forma de comunicação 
que utilize de recursos tecnológicos para 
acontecer com objetivos bem definidos. 
Esses recursos permitem ampliar as 
estratégias de desenvolvimento, economia, 
relações sociais, bem como educação.
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação16/225
Diferentes termos, de origem então apenas 
muito recente, têm sido incorporados ao 
cotidiano de diversas pessoas em toda 
a parte do mundo: cibercultura, chip, 
download, educação a distância, era 
digital, e-mail, hacker, hardware, internet, 
link, on-line, redes sociais, sites, software, 
tecnologia wireless e WEB 2.0, são 
apenas alguns exemplos e a lista é longa 
(CARDOSO; AMORIM, 2011).
Para saber mais
Existem muitos artigos disponíveis que tratam 
das Tecnologias da Informação, cuja sigla é TI e 
muito se confunde com as TIC. As TIs referem-
se à uma área específica que usa o computador 
para realizar o manuseio, trabalho, transmissão e 
o uso das informações.
São recursos utilizados nas grandes 
corporações e na educação também. 
Quando seria possível, por exemplo, 
imaginarmos uma escola da região 
Nordeste dialogando por videoconferência 
com outros educandos de qualquer região 
do mundo?
Quando pensamos em tudo isso sob o 
ponto de vista educacional, é necessário 
que o educando do século XXI seja 
reconhecido e valorizado no seu papel 
de protagonista na construção do 
conhecimento. Esses alunos desejam 
mudanças e parte delas elesjá buscam 
e executam, porém fora do ambiente 
escolar. Muitos afirmam ser a escola um 
lugar restritivo no qual a criatividade 
nem sempre é possível de ser colocada 
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação17/225
em prática quando se busca o uso das 
tecnologias.
Link
Assista ao vídeo “A visão do K-12 estudantes de 
hoje” disponível no link abaixo:
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=PKzyGW-FIBw#t=106>. Acesso em: 
13 out. 2016.
2. As TICs e o processo 
educacional
Como discutimos anteriormente, as TICs 
devem ser pensadas como facilitadoras do 
processo de ensino e aprendizagem. 
Atualmente, os programas e ações do 
Ministério da Educação – MEC relacionados 
à Tecnologia a serviço da Educação Básica 
são: TV Escola, Portal do Professor, Salto 
para o Futuro, Banco Internacional de 
Objetos Educacionais (BIOE), Domínio 
Público e Guia de Tecnologias. No entanto, 
as discussões sobre a política pública 
para levar as tecnologias de informação 
e comunicação para a Educação Básica 
tiveram início nos anos 1980. No entanto, 
não basta que as escolas sejam equipadas 
com recursos tecnológicos para que o uso 
seja efetivo e a serviço do processo de 
ensino-aprendizagem. O trabalho com as 
tecnologias deve ser articulado e o sentido 
da aprendizagem resguardado (COSTA, 
2015).
https://www.youtube.com/watch?v=PKzyGW-FIBw#t=106
https://www.youtube.com/watch?v=PKzyGW-FIBw#t=106
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação18/225
Todas as ferramentas devem ser 
facilitadoras do processo. Muitos autores 
ressaltam a importância do uso desses 
recursos para permitirem, por exemplo, que 
os alunos conheçam por meio de imagens 
mais reais toda biodiversidade da Floresta 
Amazônica ou todo o acervo do Museu do 
Louvre. São movimentos enriquecedores 
para qualquer proposta pedagógica, mas 
não devem ser considerados como fins e 
sim como meios.
Altoé e Silva (2005) chamam esse 
movimento de “Imaginação Virtual”, o 
mais fantástico é que podemos realizar 
essa imaginação virtual por meio dos 
ciberespaços, isto é, nos diversos ambientes 
virtuais de comunicação existentes, 
sejam nas escolas, nas bibliotecas, nos 
cibercafés dos shoppings centers, sejam 
comunidades de bairros ou mesmo em 
nossas residências. 
Para saber mais
Ciberespaço é o termo usado para definir 
qualquer espaço onde a comunicação aconteça 
virtualmente. Sua característica principal é a 
comunicação instantânea.
Associado a esse ciberespaço temos também a 
Cibercultura, definida por Lévy (1999) como o 
comportamento sociocultural que provém da 
relação entre a sociedade, cultura e o espaço 
eletrônico virtual.
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação19/225
Todas as experiências foram válidas para 
alcançarmos o patamar que a tecnologia 
possui hoje nas escolas, e devemos ter 
plena consciência que muita coisa ainda 
precisa ser feita.
Se pensarmos que passamos pelo Instituto 
Universal Brasileiro, que o primeiro canal 
de TV, no Brasil, data de 1950, Telecurso 1º 
e 2º grau, Telecurso 2000 e tantos outros 
projetos que objetivavam a formação da 
população, percebemos que muita coisa 
se conquistou, muito se evoluiu, mas 
precisamos reconhecer que mesmo assim, 
ainda temos uma grande parcela excluída 
da “Geração Tecnológica”, entre os quais 
também temos educadores, que precisam 
transpor a barreira que as TICs impõem 
para muitos deles.
É necessário sentir-se atuante nesse 
ciberespaço para sabermos o que fazer 
com a informação disponível nele. 
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação20/225
Glossário
Paradigmas: é o mesmo que modelos ou padrões preestabelecidos.
Ambiente Virtual de Aprendizagem: é um local, concebido no meio virtual, onde as pessoas 
realizam cursos na modalidade EaD. Cada ambiente virtual pode utilizar uma plataforma 
montada e organizada para atender ao perfil de aluno que possui, por exemplo a plataforma 
chamada de Moodle.
Educação Planetária: aquela ligada à totalidade.
Questão
reflexão
?
para
21/225
Reflita sobre quais ferramentas tecnológicas estão 
presentes em sua vida e a importância delas. Após 
relacioná-las, pense em qual você substituiria e como 
faria a substituição. Por fim, escolha a que julga mais 
importante e experimente ficar sem ela por 3 horas do 
seu dia. Registre suas impressões.
22/225
Considerações Finais (1/2)
• A palavra educar é discutida por vários autores como processo que conduz 
os indivíduos a algum lugar;
• Para além do educar temos ainda o aprender e por que não pensarmos no 
apreender, na busca de saberes que acompanhem essas pessoas por toda 
a vida;
• Ao mesmo tempo em que temos alunos tecnológicos ao extremo, temos 
educadores resistentes ao uso das tecnologias em sala de aula;
• A acelerada mudança em todos os níveis leva a ponderar sobre uma 
educação planetária, mundial e globalizante (MORAN; MASETTO; 
BEHRENS, 2000);
• Nesse sentido, a tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que 
envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam 
à resolução de problemas (Disponível em: <www.significados.com.br/
tecnologia-2>. Acesso em: 13 out. 2016);
http://www.significados.com.br/tecnologia-2
http://www.significados.com.br/tecnologia-2
23/225
• TIC/TICs refere-se a toda e qualquer forma de comunicação que utilize de 
recursos tecnológicos para acontecer com objetivos bem definidos;
• Como discutimos anteriormente, as TICs devem ser pensadas como 
facilitadoras do processo de ensino e aprendizagem;
• É necessário sentir-se atuante nesse ciberespaço para sabermos o que fazer 
com a informação disponível nele.
Considerações Finais (2/2)
Unidade 1 • Histórico das Tecnologias da Informação e Comunicação24/225
Referências
ALTOÉ, A.; SILVA, H. da. O Desenvolvimento histórico das novas tecnologias e seu emprego na 
educação. In: ALTOÉ, A.; COSTA, M. L. F.; TERUYA, T. K. Educação e Novas Tecnologias, Maringá: 
Eduem, 2005, p. 13-25. Disponível em: <http://www.pucrs.br/famat/viali/doutorado/ptic/textos/
dhnt.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2016.
ANTUNES, C. Introdução à educação. São Paulo: Paulus, 2014.
CARDOSO, F. A.; AMORIM, M. A. A História a um clique: as tecnologias da informação e da 
comunicação, os documentos em suporte não convencionais e o ensino de História. Cadernos 
de História, Belo Horizonte, v.12, n. 17, 2º semestre, 2011.
COSTA, A. G. Tecnologias no processo educacional. Curso de Formação CEMEAD (Centro 
Municipal de Formação a Distância), PMG, 2015.
CURY, L.; CAPOBIANCO, L. Princípios da história das tecnologias da informação e 
comunicação grandes invenções. VIII Encontro Nacional de História da Mídia, Unicentro, 
Guarapuava – 28 a 30 abril de 2011.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 
Campinas: Papirus, 2000.
Disponível em: <www.significados.com.br/tecnologia-2>. Acesso em: 20 jun. 2016.
http://www.pucrs.br/famat/viali/doutorado/ptic/textos/dhnt.pdf
http://www.pucrs.br/famat/viali/doutorado/ptic/textos/dhnt.pdf
http://www.significados.com.br/tecnologia-2
25/225
1. Educar refere-se à:
a) Orientar educandos para o mercado de trabalho.
b) Estabelecer regras de convivência padronizadas e restritivas.
c) Criar metodologias padronizadas de atendimento a todos os educandos.
d) Processo que conduz os indivíduos a algum lugar, permitindo sua evolução.
e) Manter o padrão de desenvolvimento do ser humano.
Questão 1
26/225
2. Assinale V (verdadeiro) e F (falso) para cada alternativa abaixo:
( ) Apreender é a busca de saberes que possam acompanhar essas pessoas por toda a vida.
( ) Desenvolvimento, cultura, sociedade e todas as transformações sofridas ao longo do tempo 
também permeiam esse processo de educar.
( ) A aprendizagem deve ser sempre promovida de forma individual, pois cada educando é um 
ser único e não aprende com outras pessoas, apenas o educador tem essepapel.
( ) O apreender é exclusivo da ação docente.
A sequência correta é:
a) F, F, F, V
b) V, F, V, V
c) V, V, F, F
d) V, V, V, F
e) V, V, V, V
Questão 2
27/225
3. Tecnologia é:
a) É um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, 
métodos e técnicas que visam à resolução de problemas.
b) O uso de computadores e outros aplicativos com finalidade exclusivamente educacional.
c) Instrumentos que permitem a intervenção do ser humano no meio para facilitar sua 
exploração.
d) Documentos históricos que permitem o acompanhamento da evolução da humanidade.
e) Registros pretéritos que comprovam a origem e o desenvolvimento da sociedade moderna
Questão 3
28/225
4. Tecnologia da Informação e comunicação refere-se a:
a) É um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, 
métodos e técnicas que visam à resolução de problemas.
b) Toda e qualquer forma de comunicação que utilize de recursos tecnológicos para acontecer 
com objetivos bem definidos.
c) Documentos históricos que permitem o acompanhamento da evolução da humanidade.
d) Registros pretéritos que comprovam a origem e o desenvolvimento da sociedade moderna.
e) O uso de telefones e computadores para facilitar o dia a dia das pessoas.
Questão 4
29/225
5. Sobre o educando do século XXI é INCORRETO afirmar que:
a) Afirmam ser a escola um lugar restritivo onde a criatividade nem sempre é possível de ser 
colocada em prática.
b) Seja reconhecido e valorizado no seu papel de protagonista na construção do 
conhecimento.
c) Desejam mudanças.
d) Parte delas eles já buscam e executam, porém fora do ambiente escolar.
e) Fazem parte de uma sociedade conectada às tecnologias e ao mundo virtual.
Questão 5
30/225
Gabarito
1. Resposta: D.
Além das estratégias que permitem que a 
educação de fato aconteça, deve-se pensar 
na continuidade de tudo isso. Continuidade 
da sociedade, da cultura, das relações 
sociais estabelecidas etc. Sempre no 
sentido de conduzir algo para algum lugar.
2. Resposta: C.
As aprendizagens quando são pensadas 
de forma coletiva são significativas pelas 
trocas de experiências que permitem e o 
educador é o mediador de todo o processo.
3. Resposta: A.
Todas as invenções consideradas 
tecnológicas permitiram que a 
humanidade resolvesse seus problemas 
com mais facilidade. Independente da área 
de atuação, a tecnologia por si só tem esse 
objetivo.
4. Resposta: B.
Quando pensamos nas TICs os objetivos 
são mais específicos e estas têm 
direcionamentos com relação ao seu uso, 
o que inclui a educação como uma de seus 
focos.
31/225
Gabarito
5. Resposta: E.
Serem protagonistas de suas ações é 
uma das características desse novo 
educando, conectado às tecnologias e 
que precisa encontrar na escola propostas 
motivadoras.
32/225
Unidade 2
Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação
Objetivos
1. Citar as principais Políticas Públicas 
relacionadas às TICs;
2. Conhecer os Programas existentes 
para o uso das TICs;
3. Analisar o contexto atual da 
educação para o uso das TICs;
4. Exemplificar práticas satisfatórias 
com o uso das TICs.
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação33/225
Introdução
Desde o princípio da humanidade a preocupação em criar formas e mecanismos de 
comunicação entre indivíduos foi fundamental para o desenvolvimento da espécie. Para se 
comunicar com os outros elementos do grupo, o homem desenvolveu, no início, mecanismos 
de comunicação rudimentares, essencialmente gestuais, e, depois, mais elaborados, com o uso 
da oralidade. A comunicação a distância só foi verdadeiramente possível com o aparecimento e 
progresso da escrita (LAGO, 2004).
Castells (1999 apud QUIRINO, 2004) afirma ainda que: 
[...] a informação global, no acesso que praticamente todos os países do 
mundo hoje possuem, é uma das mais fortes expressões da globalização. 
É certo que nem todos os cidadãos gozam deste acesso irrestrito, seja por 
censuras ditatoriais, por falta de poder aquisitivo, por alienação cultural 
ou por rejeição escolhida, mas o acesso é tal modo extensivo e intensivo 
que nosso tempo tem sido caracterizado como a era da informação, o 
século do conhecimento.
Como tudo isso chega às salas de aula? A atuação docente seria então substituída pelo uso das 
tecnologias? O que regulamenta esse uso?
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação34/225
São questionamentos e anseios recorrentes 
desde que a tecnologia chegou à sala 
de aula. Como usar, o que fazer, como 
utilizá-la de fato a serviço da educação 
de crianças, jovens e adultos, são apenas 
algumas das muitas dúvidas que surgem 
quando se trata do uso das TICs.
Para Antunes (2014), negar a importância 
desses recursos representa posição 
tão ingênua quanto apregoar que seu 
crescimento possa excluir a ação do 
educador. Instrumento extremamente 
válido para transmitir as informações 
e propor desafios às competências, 
ampliando a aprendizagem de alunos e 
professores, não dispensa, entretanto, para 
os alunos, a intervenção mediadora dos 
professores, que os ajudam a aprender. 
As novas tecnologias propiciam diretrizes 
importantes que podem ajudar estudantes 
e professores a desenvolver competências 
necessárias, criando “ambientes de 
aprendizagem” que ampliam tecnologias, 
como livros, quadros-negros e outros. O 
que importa considerar, segundo o autor, 
é que, utilizada de forma inadequada, 
pode induzir alunos a passar a maior parte 
do tempo escolhendo tipos de fontes e 
ilustrações para relatórios e multimídias, 
em vez de efetivamente instigar pesquisa, 
planejamento, revisão, comparação entre 
ideias e criação de novas soluções. 
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação35/225
A mediação docente continua sendo 
indispensável para efetivar a utilização das 
tecnologias de informação e comunicação 
e atender objetivos claros e precisos. Não 
se trata de uma utilização mecânica, nem 
tão pouco a substituição de uma ou outra 
metodologia, mas sim da articulação de 
ideias e propostas em prol do crescimento 
e aprendizagem significativa dos 
educandos.
Esse é o olhar necessário para o uso das 
TICs no processo educacional.
Deve-se reconhecer que as metodologias 
utilizadas até então não satisfazem mais 
as necessidades dos educandos e não 
acompanham mais o desenvolvimento da 
sociedade conectada que temos hoje.
Para saber mais
Os ambientes de aprendizagem referem-se a 
espaços onde é possível interagir e vivenciar 
situações de aprendizagem. Em todo e qualquer 
local no qual o ser humano está exposto a 
situações de aprendizagem isso pode acontecer, 
tanto no âmbito formal quanto no informal. 
Os espaços formais são as escolas e demais 
instituições que trabalham com a educação, 
envolvendo profissionais habilitados para esse 
fim. Já os espaços informais são todos aqueles 
onde a interação e a troca de experiências 
acontece sem que para isso os envolvidos sejam 
formados e especializados para esse fim: uma 
praça, associação de moradores, entre outros, 
são exemplos desses espaços.
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação36/225
Como forma de orientar e organizar esse 
processo, as políticas públicas foram 
desenvolvidas e buscaram, mesmo com 
fragilidades, organizar o processo de 
implantação e utilização das TICs no 
espaço escolar. Assunto que vamos discutir 
nesta aula.
Para melhor compreensão do assunto, 
precisamos entender que uma política 
pública pode estar inserida na esfera 
federal, estadual ou municipal e a partir 
da integração destes planos obtêm-se a 
configuração de situações que permitam 
o alcance de seus objetivos de forma mais 
eficaz e duradoura.
As políticas públicas são diretrizes básicas 
estabelecidas pelo poder público que 
define metas e planos de ações. Considera-
se uma políticapública eficiente aquela 
que possui instrumentos para garantir sua 
legalidade por meio de instrumentos já 
existentes ou com a criação de outros.
Não se trata apenas de implantar o uso das 
TICs nas escolas, mas sim, de orientar essa 
implantação e fundamentá-la de acordo 
com o Projeto Político Pedagógico de cada 
Unidade Escolar.
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação37/225
Para saber mais
O Projeto Político Pedagógico reflete a identidade da escola e indica caminhos para a construção de um 
ensino de qualidade. De acordo com o site gestãoescolar.org.br: 
• É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
• É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e 
críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
• É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo 
de ensino e aprendizagem.
Link
Acesse o link abaixo e conheça mais sobre a construção de um Projeto Político Pedagógico. Nele você 
também encontrará um vídeo sobre “Como fazer um PPP funcionar”.
Disponível em: <http://gestaoescolar.org.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-
pratica-610995.shtml>. Acesso em: 17 out. 2016.
http://gestaoescolar.org.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml
http://gestaoescolar.org.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação38/225
1. Políticas públicas para o uso 
das Tecnologias de Informação 
e Comunicação
1.1 Aspectos gerais
Na introdução desta aula, traçamos 
um panorama geral sobre alguns 
questionamentos que norteiam a 
implantação e o uso das tecnologias em 
sala de aula. O que observa-se na fala de 
vários autores é a necessidade de mediação 
docente para que a “ferramenta” tenha 
sentido e possa ser usada na sociedade 
moderna de forma eficiente.
Políticas públicas são conjuntos 
de programas, ações e atividades 
desenvolvidas pelo Estado direta ou 
indiretamente, com a participação de entes 
públicos ou privados, que visam assegurar 
determinado direito de cidadania, de forma 
difusa ou para determinado seguimento 
social, cultural, étnico ou econômico. As 
políticas públicas correspondem a direitos 
assegurados constitucionalmente ou que 
se afirmam graças ao reconhecimento por 
parte da sociedade e/ou pelos poderes 
públicos enquanto novos direitos das 
pessoas, comunidades, coisas ou outros 
bens materiais ou imateriais (Disponível 
em: <http://www.meioambiente.pr.gov.br>. 
Acesso em: 17 out. 2016).
Vários autores afirmam que uma política 
pública é composta por planos, nos quais 
especificam-se os objetivos e prioridades; 
programas que abordam as especificidades 
http://www.meioambiente.pr.gov.br
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação39/225
determinadas nos planos, criando 
formações, por exemplo, para atender ao 
que foi objetivado; ações que trazem o 
detalhamento daquilo que de fato será 
executado para o alcance dos objetivos, e 
por fim, as atividades que relacionam-se às 
atitudes de forma concreta.
 Nesse cenário, políticas públicas do 
governo federal para o uso e presença 
das tecnologias nas escolas públicas 
fazem-se presentes desde a década de 
1990. Surgem a partir da definição das 
necessidades sociais as finalidades e 
objetivos que deverão ser alcançados pelo 
sistema educacional e fazem parte de um 
conjunto que enfatize a melhoria do ensino 
e da aprendizagem de alunos e professores 
(COUTO; COELHO, 2013).
1.2 Contexto das políticas 
públicas para o uso das TICs na 
educação
Como já dissemos anteriormente, a 
implantação ou o uso de uma TIC no 
processo educacional só será viável e 
se consolidará se estiver fundamentada 
e dialogando com o Projeto Político 
Pedagógico da rede a que pertence.
A chegada das Tecnologias de Informação 
e Comunicação (TIC) na escola evidencia 
desafios e problemas relacionados aos 
espaços e aos tempos que o uso das 
tecnologias novas e convencionais 
provoca nas práticas que ocorrem no 
cotidiano da escola. Para entendê-los e 
superá-los é fundamental reconhecer 
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação40/225
as potencialidades das tecnologias 
disponíveis e a realidade em que a escola 
se encontra inserida, identificando as 
características do trabalho pedagógico 
que nela se realizam, de seu corpo 
docente e discente, de sua comunidade 
interna e externa. Esse reconhecimento 
favorece a incorporação de diferentes 
tecnologias (computador, internet, TV, 
vídeo, entre outros) existentes na escola à 
prática pedagógica e a outras atividades 
escolares nas situações em que possam 
trazer contribuições significativas. As 
tecnologias são utilizadas de acordo 
com os propósitos educacionais e as 
estratégias mais adequadas para propiciar 
ao aluno a aprendizagem, não se tratando 
da informatização do ensino, que reduz 
as tecnologias a meros instrumentos 
para instruir o aluno. No processo de 
incorporação das tecnologias na escola, 
aprende-se a lidar com a diversidade, 
a abrangência e a rapidez de acesso 
às informações, bem como com novas 
possibilidades de comunicação e interação, 
o que propicia novas formas de aprender, 
ensinar e produzir conhecimento, que se 
sabe incompleto, provisório e complexo 
(Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/
seed/arquivos/pdf/2sf.pdf>. Acesso em: 17 
out. 2016).
Para que uma política pública seja 
pensada e criada, deve apoiar-se em uma 
justificativa solidamente constituída. Nesse 
caso, o motivo mobilizador refere-se à 
própria transformação da sociedade que 
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/2sf.pdf
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/2sf.pdf
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação41/225
culturalmente passa por muitas mudanças 
e usa as TICs para inúmeras atividades 
cotidianas. Os espaços escolares precisam 
acompanhar essas mudanças, inovar suas 
práticas e dialogar com o público que a 
frequenta.
Cuban (2003 apud COLL & MONEREO, 
2010) afirma que dois em cada 10 
professores utilizam habitualmente (várias 
vezes por semana) os computadores em 
suas aulas. Três ou quatro são usuários 
ocasionais (utilizam computadores uma vez 
por mês). E o restante – quatro ou cinco em 
cada 10 – nunca utilizam computadores 
para ensinar. Quando se analisa o tipo de 
uso, resulta que essas potentes tecnologias 
frequentemente acabam sendo utilizadas 
como editores de texto e em aplicações de 
um nível baixo, que reforçam as práticas 
educacionais existentes em vez de 
transformá-las.
Qual o conflito que se estabelece?
Educadores que não estão, em grande 
parte, acostumados com a nova Era Digital 
e educandos que nasceram como “Nativos 
Digitais”, acostumados com botões e com o 
uso touch screen que com um simples toque 
viajamos para qualquer lugar do mundo.
Link
Leia o artigo “Nativos Digitais: eles andam por aí” 
e reflita sobre o que os próprios nativos digitais 
falam a respeito.
Disponível em: <http://www.maiseducativa.
com/2013/12/06/nativos-digitais-eles-
andam-ai/>.
http://www.maiseducativa.com/2013/12/06/nativos-digitais-eles-andam-ai/
http://www.maiseducativa.com/2013/12/06/nativos-digitais-eles-andam-ai/
http://www.maiseducativa.com/2013/12/06/nativos-digitais-eles-andam-ai/
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação42/225
1.3 Políticas Públicas e 
programas desenvolvidos 
para a inserção das TICs na 
educação
A relação entre educação e novas 
tecnologias requer novos posicionamentos 
ligados à política e à gestão da educação. 
Esses novos posicionamentos dizem 
respeito à delimitação clara do papel 
do Estado na educação; aos objetivos 
e finalidades da educação em facedas 
novas demandas sociais; à estrutura 
organizacional das instituições de ensino 
de todos os níveis; ao financiamento 
da educação; à universalização e à 
democratização do acesso a esses novos 
ambientes tecnológicos, por onde também 
se dá e se faz educação; às formas de 
valorização do magistério e às articulações 
com outras esferas sociais (que também 
oferecem educação) (KENSKI, 2012).
Historicamente, desde 1960, vários 
programas foram criados para facilitar 
e até mesmo potencializar a inserção 
da informática, como apoio às novas 
tecnologias no processo educacional. A 
Rede SACI, criada nesse ano tinha como 
objetivo criar uma rede via satélite para 
a transmissão de programas educativos, 
vídeos, e outros recursos que na época 
chamavam de teleducação.
A partir dessa proposta, em 1978, 
o Telecurso 2000 foi considerado o 
maior projeto de educação a distância 
implantado até então. De acordo com o 
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação43/225
site Educa Brasil (Disponível em: <http://
www.educabrasil.com.br/telecurso-2000/>. 
Acesso em: 17 out. 2016) o programa 
nasceu da experiência dos Telecursos 1º 
e 2º graus criados pela Fundação Roberto 
Marinho. Em janeiro de 1978, o Telecurso 
2º grau, produzido em parceria com a 
TV Cultura, estreou em todo o país por 
meio de 39 emissoras comerciais e 9 
TVs Educativas. O programa era voltado 
para pessoas com mais de 21 anos que 
pretendiam fazer os exames supletivos 
oficiais para obter certificado de conclusão 
do 2º grau. 
Em 1979, o Decreto 84.067, cria a 
Secretaria Especial de Informática 
(SEI) como órgão complementar do 
Conselho de Segurança Nacional com a 
finalidade de assessorar na formulação 
da Política Nacional de Informática (PNI) 
e coordenar sua execução, como órgão 
superior de orientação, planejamento, 
supervisão e fiscalização, tendo em 
vista, especialmente, o desenvolvimento 
científico e tecnológico no setor. Entre 
os seus membros, um representante do 
Ministério da Educação e Cultura.
Link
Acesse o link (Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/1970-1979/D84067.htm>. Acesso 
em: 17 out. 2016) e conheça o Decreto na íntegra 
com todas as competências destinadas na época 
para a SEI.
http://www.educabrasil.com.br/telecurso-2000/
http://www.educabrasil.com.br/telecurso-2000/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D84067.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D84067.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1970-1979/D84067.htm
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação44/225
Em 1984, a comissão especial de 
informática assume a responsabilidade 
sobre o Projeto EDUCOM que estava sendo 
desenvolvido em algumas instituições 
piloto desde 1983. Trata-se de um projeto 
de pesquisa direcionado para as escolas na 
busca de levantar dados que fomentassem 
o desenvolvimento de novas metodologias 
com o uso de tecnologias que tornassem o 
processo educacional mais significativo e 
a educação básica pudesse ser construída 
com mais qualidade.
O projeto FORMAR (1986) com a proposta 
de desenvolver a formação dos professores 
e técnicos da rede pública do Brasil para 
o trabalho com informática educativa 
instigou o debate entre os profissionais 
envolvidos com a educação e seus 
principais atores, os alunos, sobre o uso 
dos computadores nas escolas e de que 
forma poderiam de fato contribuir com a 
proposta pedagógica em desenvolvimento. 
Esse projeto foi criado em 1986 pelo 
Comitê Assessor de Informática na 
Educação (CAIE/MEC).
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação (LDB), no artigo 39 aborda 
sobre a educação tecnológica e reforça 
a importância de a mesma estar inserida 
nos diferentes níveis e modalidades de 
educação e as dimensões do trabalho, da 
ciência e da tecnologia. Acrescenta ainda 
no artigo 62 a formação dos professores 
que poderá acontecer com o uso desses 
recursos no artigo 80, afirma que “o Poder 
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação45/225
Público incentivará o desenvolvimento 
e a veiculação de programas de ensino 
a distância, em todos os níveis e 
modalidades de ensino, e de educação 
continuada”. Isso reforçou a importância 
de estruturar ainda mais as políticas 
públicas e os programas que envolvem 
o uso das tecnologias no processo 
educacional.
Nessa mesma época, em 1996, criou-
se a TV Escola. Segundo o relatório do 
Ministério da Educação (2002), a TV 
Escola é um canal de televisão dedicado 
aos educadores e alunos do ensino 
fundamental e médio. Sua finalidade é 
contribuir para a melhoria da educação 
e seus objetivos principais são auxiliar 
no desenvolvimento profissional dos 
professores e gestores, enriquecer o 
processo de ensino-aprendizagem 
e incentivar a aproximação escola-
comunidade.
O Programa Nacional de Tecnologia 
Educacional (PROINFO) é um programa 
educacional com o objetivo de promover 
o uso pedagógico da informática na rede 
pública de educação básica. Foi criado pelo 
Ministério da Educação pela Portaria nº 
522 em 09/04/1997. O programa leva às 
escolas computadores, recursos digitais e 
conteúdos educacionais. Em contrapartida, 
estados, Distrito Federal e municípios 
devem garantir a estrutura adequada 
para receber os laboratórios e capacitar 
os educadores para uso das máquinas e 
tecnologias (Disponível em: <http://portal.
https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=POR&num_ato=00000522&seq_ato=000&vlr_ano=1997&sgl_orgao=MED
https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=POR&num_ato=00000522&seq_ato=000&vlr_ano=1997&sgl_orgao=MED
http://portal.mec.gov.br/proinfo/proinfo
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação46/225
mec.gov.br/proinfo/proinfo>. Acesso em: 
18 out. 2016).
Outro marco significativo foi a criação do 
Projeto Um Computador por Aluno (UCA), 
criado em 2007 possibilitou a distribuição 
realizada pelo MEC de computadores 
portáteis para alunos de escolas públicas 
de todo o Brasil com o objetivo de ampliar 
o acesso a equipamentos, possibilitando 
o uso de tecnologias de informação e 
comunicação para além dos laboratórios 
de informática.
Vale lembrar que essas iniciativas de 
Políticas Públicas são desenvolvidas e 
pensadas no âmbito federal, porém, 
os estados e os municípios possuem 
governabilidade para desenvolver suas 
propostas atendendo às especificidades de 
cada região.
Essas são apenas algumas, das muitas 
estratégias criadas para favorecer a 
implantação e o uso das tecnologias de 
informação e comunicação no ambiente 
escolar.
Para conhecer os outros programas e 
políticas públicas para o uso das TICs, 
acompanhe a linha do tempo abaixo:
http://portal.mec.gov.br/proinfo/proinfo
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação47/225
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação48/225
Glossário
Touch screen: tela sensível ao toque; é um display eletrônico visual que pode detectar a 
presença e localização de um toque dentro da área de exibição, por meio de pressão. O termo 
refere-se geralmente ao toque no visor do dispositivo com o dedo ou a mão, que também 
podem reconhecer objetos, como uma caneta. (Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/
multitouch/177-o-que-e-touch-screen-.htm>. Acesso em: 18 out. 2016)
Nativos digitais: um nativo digital é aquele que nasceu e cresceu com as tecnologias digitais, 
tais como celulares, computadores, tablets etc.
Rede SACI: Solidariedade, Apoio, Comunicação e Informação.
http://www.tecmundo.com.br/multitouch/177-o-que-e-touch-screen-.htm
http://www.tecmundo.com.br/multitouch/177-o-que-e-touch-screen-.htm
Questão
reflexão
?
para
49/225
Muitos programas e projetos para a implantação das 
tecnologias de informação e comunicação foramcriados. Seu desafio agora é pensar em uma linha do 
tempo, mas especificando a característica principal 
de cada programa e escolher o mais significativo 
dentro da especificidade de sua trajetória profissional. 
Justifique sua resposta.
50/225
Considerações Finais (1/2)
• Desde o princípio da humanidade a preocupação em criar formas e 
mecanismos de comunicação entre indivíduos foi fundamental para 
o desenvolvimento da espécie;
• Hoje vivemos na era da informação e no século do conhecimento;
• Uso das tecnologias a serviço da aprendizagem com a mediação 
docente dialogando com o PPP da escola; 
• Importância de diretrizes para sua implantação nos ambientes de 
aprendizagem;
• Surgimento das políticas públicas para organização do processo;
• Motivo mobilizador refere-se à própria transformação da sociedade 
que culturalmente passa por muitas mudanças e usa as TICs para 
inúmeras atividades cotidianas. Os espaços escolares precisam 
acompanhar essas mudanças, inovar suas práticas e dialogar com o 
público que frequenta esses espaços;
51/225
• Alguns conflitos são estabelecidos entre educadores e os nativos 
digitais;
• São exemplos de Políticas Públicas: Telecurso 2000, Projeto 
EDUCOM, Projeto UCA, Criação da TV Cultural etc.
• Vale lembrar que essas iniciativas de Políticas Públicas são 
desenvolvidas e pensadas no âmbito federal, porém, os estados 
e os municípios possuem governabilidade para desenvolver suas 
propostas atendendo às especificidades de cada região.
Considerações Finais (2/2)
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação52/225
Referências 
ANTUNES, C. Introdução à educação. São Paulo: Paulus, 2014.
COLL, C.; MONEREO, C. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as Tecnologias 
da Informação e Comunicação. Trad. Freitas, N. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
COUTO, M. E. S.; COELHO, L. Políticas Públicas para inserção das TIC nas escolas: algumas 
reflexões sobre as práticas. Revista Digital da CVA, Ricesu, v. 8, n. 30, dez. 2013. Disponível em: 
<http://pead.ucpel.tche.br/revistas/index.php/colabora/article/viewFile/242/184>. Acesso em: 
22 jun. 2016.
EDUCA BRASIL. Telecurso 2000. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/
telecurso-2000/>. Acesso em: 24 jun. 2016.
GESTÃO ESCOLAR. O que é o projeto político-pedagógico (PPP). Disponível em: <http://
gestaoescolar.org.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml>. 
Acesso em: 24 jun. 2016.
KENSKI, V.M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 9. ed. Campinas: Papirus, 2012.
LAGO, E. N. Internet: história e conceitos básicos. In: Construção da proposta pedagógica, v.1, 
Embrapa. HAMMES, V. S. (Ed. Técnica). São Paulo: Globo, 2004.
http://pead.ucpel.tche.br/revistas/index.php/colabora/article/viewFile/242/184
http://www.educabrasil.com.br/telecurso-2000/
http://www.educabrasil.com.br/telecurso-2000/
http://gestaoescolar.org.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml
http://gestaoescolar.org.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml
Unidade 2 • Políticas Públicas e Programas de Tecnologia da Informação e Comunicação53/225
MEIO AMBIENTE. O que são políticas públicas? Disponível em:
<http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/pncpr/O_que_sao_PoliticasPublicas.
pdf>. Acesso em: 22 jun. 2016.
PORTAL MEC. PROINFO. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/proinfo/proinfo>. Acesso em: 
24 jun. 2016).
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http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/2sf.pdf
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/2sf.pdf
54/225
1. Um dos principais recursos para o desenvolvimento da espécie humana foi:
a) Pinturas
b) Postura ereta
c) Comunicação
d) Visão frontal
e) Escrita cursiva
Questão 1
55/225
2. É correto afirmar que as tecnologias substituirão a atuação docente?
Questão 2
a) Não, as tecnologias são aliadas da atuação docente.
b) Não, mas ocupam local de destaque e podem ampliar esse espaço gradativamente.
c) Sim, pois tornam-se recursos mais interessantes.
d) Sim, pois oferecem maior repertório aos educandos.
e) Não, pois as tecnologias estão desatualizadas em relação à função docente.
56/225
3. Os ambientes de aprendizagem são:
Questão 3
a) Espaços formais de educação.
b) Espaços nos quais é possível interagir e vivenciar situações de aprendizagens.
c) Espaços informais de educação.
d) Espaços virtuais de aprendizagem.
e) Espaços tecnológicos para a efetivação de aprendizagens.
57/225
4. Uma das estratégias que permitem maior eficácia para o uso das TIcs 
refere-se a:
Questão 4
a) Ter equipamentos adequados para utilizar.
b) Adequação dos espaços físicos para o uso das tecnologias.
c) Mão de obra qualificada para sua utilização.
d) Estabelecer um diálogo com o Projeto Político Pedagógico da rede a que pertence.
e) Estabelecer um diálogo entre corpo docente e discente para o uso adequado dos 
equipamentos.
58/225
5. Uma das Políticas Públicas de utilização das TICs foi o projeto UCA que 
refere-se a:
Questão 5
a) Um Computador por Aluno que ofertou cursos profissionalizantes de informática para os 
alunos de escolas públicas.
b) Um Computador por Aluno que ofertou cursos profissionalizantes de tecnologia da 
informação para os alunos e outros membros da comunidade extraescolar.
c) Um Computador por Aluno que garantiu a inclusão digital dos alunos da rede pública.
d) Um Computador por Aluno que permitiu a formação dos nativos digitais entre os 
educandos das escolas públicas.
e) Um Computador por Aluno que possibilitou a distribuição realizada pelo MEC de 
computadores portáteis para alunos de escolas públicas de todo o Brasil.
59/225
Gabarito
1. Resposta: C.
A evolução das técnicas rudimentares 
de comunicação para processos mais 
contemporâneos favoreceu todo o 
desenvolvimento da humanidade.
2. Resposta: A.
As tecnologias precisam sempre ser 
pensadas como instrumento de apoio ao 
trabalho docente.
3. Resposta: B.
Todos os espaços nos quais é possível 
vivenciar situações de aprendizagem são 
considerados espaços de aprendizagem.
4. Resposta: D.
O diálogo entre o uso das tecnologias e o 
PPP da unidade escolar reflete as diferentes 
formas que se acredita ser o processo 
educacional, e essa relação não pode ser 
descartada.
5. Resposta: E.
O projeto objetivava a entrega de 
computadores portáteis aos alunos da rede 
pública como forma de potencializar o uso 
das TICs nos espaços educacionais.
60/225
Unidade 3
A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação
Objetivos
1. Citar as principais ações 
gestoras para a implantação e 
desenvolvimento das TICs nas 
escolas;
2. Demonstrar as adequações dos 
espaços e dos projetos das unidades 
de ensino para o uso das TICs;
3. Compreender o uso das TICs nas 
escolas e o apoio gestor às suas 
práticas.
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação61/225
Introdução
As Tecnologias de Informação e 
Comunicação, como temos discutido 
nas aulas anteriores, são ferramentas 
significativas nos dias atuais para 
manter os chamados “Nativos digitais” 
mobilizados na construção de propostasde trabalho e aquisição de saberes 
formais, porém, socializados de uma forma 
diferente.
Para saber mais
Os saberes formais referem-se àqueles 
compartilhados na educação formal. Esses 
saberes possuem uma fundamentação teórico-
científica e necessitam da transposição didática 
docente para que a mediação seja eficiente e de 
fato possam ser internalizados pelos educandos. 
São saberes previstos em uma base curricular e 
socializados nos espaços formais de educação.
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação62/225
De acordo com Belloni (2008, p.01):
a instituição escolar, que podemos definir como um conjunto de 
“Sistemas ensinantes” (CARMO, 1997) encontra-se diante de um grande 
desafio que tem dupla face: do lado dos conteúdos, o florescimento 
pletórico do conhecimento científico e tecnológico põe em questão 
os currículos consagrados e, com eles, os limites das disciplinas. A 
disseminação rápida das tecnologias de informação e comunicação exige 
transformações radicais nos modos de ensinar e aprender”.
Link
Acesse a base de dados da Scielo e conheça o artigo “Educação não-formal na pedagogia social” com 
importantes reflexões sobre os diferentes saberes que são compartilhados nesses espaços.
Disponível em: <http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MS-
C0000000092006000100034&script=sci_arttext>. Acesso em: 18 out. 2016.
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000100034&script=sci_arttext
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000092006000100034&script=sci_arttext
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação63/225
Isso não significa dizer que outras estratégias serão então descartadas, nunca mais usadas e 
que apenas o uso das TICs garante o sucesso do processo educacional. A mediação docente 
continua sendo indispensável para a efetivação de todo o processo.
Mas só o educador e o educando são responsáveis por tudo isso? Qual o papel da gestão 
escolar?
“O fenômeno da globalização impõe à escola novos posicionamentos 
que, por sua vez, implicam tensões múltiplas. Não se concebe mais 
uma educação disforme, com características próprias a cada escola, e 
já não mais se preparam alunos para o convívio restrito ao ambiente 
no qual nasceram e, provavelmente, passarão sua vida e exercerão suas 
competências. A característica inadiável e mundial que caracteriza uma 
educação globalizada somente poderá se consolidar com a superação de 
algumas tensões” (ANTUNES, 2014, p.23). 
Para o autor, uma dessas tensões refere-se ao equilíbrio necessário entre a tradição e a 
modernidade, construindo-se uma autonomia dialética que, sem negar a si mesmo, os alunos 
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação64/225
possam dominar e usufruir o espaço em 
que vivem. 
Link
Acesse o link abaixo para saber um pouco mais 
sobre a “Educação no contexto da Globalização”.
<http://www.hottopos.com/mirandum/
globali.htm>
Nesse sentido, o desafio em alguns 
espaços é ainda maior com a modernidade 
dos alunos e a tradicionalidade dos 
educadores. Como administrar tudo isso?
Segundo Kenski (2012), para que as novas 
tecnologias não sejam vistas como apenas 
mais um modismo, mas com relevância e 
o poder educacional transformador que 
elas possuem, é preciso refletir sobre o 
processo de ensino de maneira global. 
Antes de tudo, é necessário que todos 
estejam conscientes e preparados para 
assumir novas perspectivas filosóficas, 
que contemplem visões inovadoras de 
ensino e de escola, aproveitando-se das 
amplas possibilidades comunicativas e 
informativas das novas tecnologias, para 
a concretização de um ensino crítico e 
transformador de qualidade.
A escola, enquanto unidade, precisa ter 
claro quais são seus objetivos e quais 
as metas que vai estabelecer para que, 
coletivamente, esses objetivos possam ser 
alcançados.
É nesse cenário que o gestor, enquanto 
prática democrática, precisa estabelecer 
http://www.hottopos.com/mirandum/globali.htm
http://www.hottopos.com/mirandum/globali.htm
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação65/225
critérios e articular propostas educacionais 
contextualizadas para beneficiar 
educadores e educandos quanto ao uso 
das TICs em seus espaços.
1. Gestão democrática e a 
implantação das TICs nos 
espaços escolares
1.1 A escola e comunidades 
colaborativas
A incorporação das TICs na escola 
contribui para expandir o acesso à 
informação atualizada e, principalmente, 
para promover a criação de comunidades 
colaborativas de aprendizagem 
que privilegiam a construção do 
conhecimento, a comunicação, a formação 
continuada e a gestão articulada entre 
as áreas administrativa, pedagógica e 
informacional da escola. Ao explorar as 
potencialidades das TICs no seu cotidiano, 
principalmente com o acesso à internet, 
a escola abre-se para novas relações 
com o saber, vivenciando a comunicação 
compartilhada e a troca de informações 
com outros espaços do conhecimento 
que possuem os mesmos interesses. Essa 
abertura à articulação com diferentes 
espaços potencializa a gestão escolar 
e provoca mudanças substanciais no 
interior da instituição, na qual o ensino, 
a aprendizagem e a gestão participativa 
podem se desenvolver em um processo 
colaborativo com os setores internos e 
externos da comunidade escolar (ALMEIDA; 
RUBIM, 2004).
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação66/225
A participação e a articulação de todos 
nesse processo é indispensável. Faz-se 
necessário, além do envolvimento, a troca 
de saberes, a socialização de práticas e 
toda a organização do espaço de forma 
Para saber mais
As comunidades colaborativas se caracterizam 
pela afinidade de interesses, proporcionando 
ao aluno uma interação entre pessoas com 
diferentes entendimentos, pontos de vista 
alternativos e habilidades complementares. 
Os membros do grupo têm a oportunidade 
de buscar em conjunto, ideias, informações 
e referências para auxiliar na resolução de 
problemas (Biblioteca Virtual do NEAD/UFJF).
funcional para que os saberes possam ser 
praticados de forma eficiente.
“Faltou o cabo de som”, “a internet não 
funciona”, “o computador está quebrado,” 
são frases tão recorrentes nos espaços 
escolares que muitos educadores ficam 
desmotivados para modificarem e 
inovarem suas práticas. Parece que tudo 
fica mais difícil quando tentam sair do giz, 
lousa e saliva. Isso impede que propostas 
tecnológicas se tornem mais frequentes.
Mas quem é responsável por tudo 
isso? Quem precisa garantir que todos 
os recursos estejam funcionando 
corretamente?
Todos os envolvidos com a unidade escolar 
são corresponsáveis por tudo isso. Por 
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação67/225
esse motivo, quando se pensa em gestão 
das unidades escolares pensa-se na 
“Gestão Democrática do Ensino”. Cada um 
assumindo seu papel, porém, todos unidos 
em prol do mesmo objetivo.
1.2 Gestão democrática
O novo cenário no qual se insere a 
educação na atualidade não tem mais 
espaço para imposições nem tão pouco 
práticas tradicionais e descontextualizadas. 
Isso se deve não apenas à globalização, 
mas ao modelo de sociedade que temos 
hoje em todos os sentidos.
Muitas pessoas apostam todas as fichas na 
revolução tecnológica, no virtual e buscam 
na internet a cura para todos os males 
e a resposta para todas as dificuldades 
enfrentadas no dia a dia.
Já discutimos anteriormente que as TICs só 
farão sentido com a mediação adequada. 
Para Hargreaves (2004, p.34):
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação68/225
ensinar é uma profissão paradoxal. Entre todos os trabalhos que são, 
ou aspiram a ser, profissões, apenas do ensino se espera que gere as 
habilidades e as capacidades humanas que possibilitarão a indivíduos 
e organizaçõessobreviver e ter êxito na sociedade do conhecimento 
dos dias de hoje. Dos professores, mais do que de qualquer outra 
pessoa, espera-se que construam comunidades de aprendizagem, 
criem a sociedade do conhecimento e desenvolvam a capacidade para 
a inovação, a flexibilidade e o compromisso com a transformação, 
essenciais à prosperidade econômica. Ao mesmo tempo, os professores 
também devem mitigar e combater muitos dos imensos problemas 
criados pelas sociedades do conhecimento...”
Cabe-os então a pergunta: como mediar tudo isso? De que forma a gestão democrática dos 
espaços escolares pode contribuir com tudo isso?
A busca por uma efetivação da gestão democrática, com a participação ativa de todos os atores 
envolvidos no processo de ensino e aprendizagem é uma luta contínua das escolas públicas e 
um princípio presente na Constituição Federal desde 1988. A gestão democrática pressupõe a 
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação69/225
participação efetiva dos vários segmentos 
da comunidade escolar – pais, professores, 
estudantes e funcionários – em todos 
os aspectos da organização da escola. 
Essa participação incide diretamente 
nas mais diferentes etapas da gestão 
escolar (planejamento, implementação 
e avaliação), seja no que diz respeito 
à construção do projeto e processos 
pedagógicos, seja em relação às questões 
de natureza burocrática. Essa perspectiva 
de gestão está amplamente amparada pela 
legislação brasileira (VITAL, 2016).
Isso tem sido previsto desde 1988, porém, 
na prática, pouco evoluiu até perceberem 
de fato a necessidade de estabelecer um 
diálogo sólido e coerente com todos os 
envolvidos.
Em 1996, a lei de Diretrizes e Bases da 
Educação, reforçando o que já estava 
Para saber mais
A Constituição Federal, no seu artigo 206 fala 
sobre os princípios norteadores da educação, 
entre eles a questão da Gestão Democrática.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos 
seguintes princípios:
VI - gestão democrática do ensino público, na 
forma da lei;
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação70/225
previsto na Constituição Federal, reintera 
em seu artigo 3º:
O ensino será ministrado com base nos 
seguintes princípios:
VIII - gestão democrática do ensino 
público, na forma desta Lei e da legislação 
dos sistemas de ensino;
Somos todos sujeitos ativos no processo 
de transformação dos espaços e dentro 
desta gestão democrática temos a 
responsabilidade de deixar nossa 
contribuição.
2. Organização dos espaços 
para o uso das TICs
A apresentação oral em uma aula, seja 
ela feita por professores ou por aluno (nos 
tradicionais “seminários” ou no relato oral 
de trabalhos de grupo), mesmo quando 
acompanhadas de recursos tecnológicos, 
como o PowerPoint, por exemplo, pode ser 
muito interessante ou tremendamente 
cansativa e aborrecida (Kenski, 2007). Para 
a mesma autora, a tecnologia apesar de ser 
essencial à educação, muitas vezes pode 
levar a projetos chatos e pouco eficazes. 
Mas por que isso ocorre? A análise de 
vários casos mostra alguns problemas 
recorrentes, que estão na base de muitos 
dos fracassos no uso das tecnologias mais 
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação71/225
atuais na educação. Entre eles, a falta 
de conhecimento dos professores para o 
melhor uso pedagógico das tecnologias, 
seja ela nova ou velha. Na verdade, os 
professores não são formados para o uso 
pedagógico das tecnologias, sobretudo das 
TICs.
Diante de tantos desafios, como organizar 
os espaços e ainda assim contribuir com a 
formação docente para esse fim?
É mais que necessário um olhar sensível 
para perceber quais são os desafios e as 
adequações necessárias para que esse 
procedimento seja motivador. Se cada 
vez que o educador planejar sua aula 
com o uso das tecnologias ele precisar 
adaptar seu plano de aula porque algo não 
funciona, pois a chave do espaço não foi 
localizada, ou qualquer outra intercorrência 
relacionada à organização e eficácia dos 
espaços, a desmotivação estará presente 
e dificilmente se sentirá à vontade para 
planejar algo assim novamente.
Além da sua utilização como ferramenta 
pedagógica para os educandos, as TICs 
também precisam ser pensadas enquanto 
ferramentas disponíveis para a formação 
docente. Nesse sentido, a organização dos 
espaços pode ser pensada de forma que 
se garanta momentos para discussão e 
formação continuada coletiva, e por que 
não, utilizando-se da EaD.
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação72/225
Para saber mais
A Educação a Distância (EaD) tem se consolidado como uma importante ferramenta para a formação de 
educadores. A mesma utiliza-se dos ambientes virtuais de aprendizagem nos quais disponibiliza, além de 
materiais de estudo, espaço para trocas de saberes com Fóruns e afins. De acordo com a Biblioteca Virtual 
do NEAD/UFJF, “Atualmente, estamos vivenciando um tempo de grandes informações tecnológicas que 
estão ao alcance de qualquer pessoa. Desde que a Internet se popularizou e devido ao grande avanço 
da EaD, faz-se necessário implementar ferramentas pedagógicas que possibilitem uma maior interação 
entre aluno e professor, tornando a ligação entre ambos mais estreita”.
Link
Conheça um pouco mais sobre a Evolução da EaD assistindo ao vídeo no link abaixo:
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4Gz7bxSdygY>. Acesso em: 18 out. 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=4Gz7bxSdygY
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação73/225
A gestão escolar constitui uma dimensão 
e um enfoque de atuação que objetiva 
promover a organização, a mobilização 
e a articulação de todas as condições 
materiais, humanas e tecnológicas 
necessárias para garantir o avanço 
dos processos socioeducacionais dos 
estabelecimentos de ensino, orientados 
para a promoção efetiva da aprendizagem 
pelos educandos, de modo a torná-los 
capazes de enfrentar adequadamente os 
desafios da sociedade globalizada e da 
economia centrada no conhecimento. 
Entende-se, por efetiva, à proporção que 
ocorre a superação dos objetivos traçados, 
de acordo com as necessidades de 
transformação socioeconômica e cultural, 
mediante a dinamização da competência 
humana, sinergicamente organizada (LIMA, 
2008).
Vários autores analisam as adequações 
necessárias e sugerem reflexões que 
podem favorecer o uso das TICs. Entre elas 
estão:
a) Garantia do acesso
A gestão escolar precisa ter consciência 
da importância do uso das TICs em toda 
unidade escolar e deixar os recursos 
dispostos de forma a facilitar seu uso e em 
condições de serem usados.
b) Domínio Técnico
Para este fim, como já falamos, é 
indispensável saber usar. O que observa-
se é que essas ações ficam concentradas 
em um único educador, ou em um 
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação74/225
grupo restrito que deixa o trabalho de 
sua turma por exemplo, para ir ligar o 
equipamento em outra turma. A formação 
é indispensável para usar esses recursos, 
bem como para buscar sua formação 
continuada com o uso deles.
c) Garantir o domínio pedagógico e 
gerencial
A tecnologia é um instrumento facilitador e 
enriquecedor da prática pedagógica e deve 
ser facilitadora do processo.
d) Soluções inovadoras
Toda comunidade escolar precisa estar 
integrada e dialogar sobre as inovações. 
Trabalhar em rede, por exemplo, é uma 
forma de inovar.
De acordo com Almeida e Rubim (2004) 
as TICs podem ser usadas para oferecer 
suporte em diferentes ações coordenadas 
pelo gestor escolar:
• Possibilitar a comunicação 
entre os educadores da escola, 
pais, especialistas, membros 
da comunidade e de outras 
organizações; 
• Dar subsídios para a tomada de 
decisões, a partir da criação de um 
fluxo de informações e troca de 
experiências; produzir atividades 
colaborativas que permitam o 
enfrentamentode problemas da 
realidade escolar; 
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação75/225
• Desenvolver projetos relacionados com a gestão administrativa e pedagógica; criar 
situações que favoreçam a representação do conhecimento pelos alunos e de sua 
respectiva aprendizagem.
Para Imbérnom (2010, p.36):
para que o uso das TICs signifique uma transformação educativa que se 
transforme em melhora, muitas coisas terão que mudar, muitas estão nas 
mãos dos próprios professores, que terão que redesenhar seu papel e 
sua responsabilidade na escola atual. Mas outras tantas escapam de seu 
controle e se inscrevem na esfera da direção da escola, da administração 
e da própria sociedade”.
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação76/225
Glossário
Nativos digitais: pessoas conectadas às novas tecnologias e que fazem uso das mesmas no seu 
dia a dia.
Sistemas ensinantes: espaços nos quais é possível a socialização dos saberes formais.
Descontextualizadas: práticas sem sentido, sem significado efetivo com a realidade.
Questão
reflexão
?
para
77/225
Que solução inovadora poderia ser pensada nos 
espaços escolares para mobilizar o uso das TICs de 
forma mais efetiva?
78/225
Considerações Finais (1/2)
• Grande desafio dos sistemas escolares para a implantação das tecnologias 
de informação e comunicação;
• Importância da gestão democrática;
• Todos os envolvidos no processo devem mobilizar saberes para esse fim; 
• Equilíbrio necessário entre a tradição e a modernidade, construindo-se 
uma autonomia dialética que, sem negar a si mesmo, os alunos possam 
dominar e usufruir o espaço em que vivem;
• A gestão democrática pressupõe a participação efetiva dos vários 
segmentos da comunidade escolar – pais, professores, estudantes e 
funcionários – em todos os aspectos da organização da escola;
• Necessidade da organização dos espaços para o uso das TICs;
79/225
• Uso enquanto ferramenta pedagógica, mas também uso para a formação 
docente;
• É mais que necessário um olhar sensível para perceber quais são os 
desafios e as adequações necessárias para que esse procedimento seja 
motivador;
• Necessidade de adequações que envolvem: garantia do acesso, domínio 
técnico, domínio pedagógico e gerencial e soluções inovadoras;
• Uso adequado permite muitas possibilidades.
Considerações Finais (2/2)
Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação80/225
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Unidade 3 • A Gestão Escolar como apoio às Tecnologias da Informação e Comunicação81/225
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82/225
1. Um dos desafios enfrentados pela disseminação rápida das tecnologias 
refere-se a:
a) Transformações dos equipamentos disponíveis.
b) Transformações nos modos de ensinar e aprender.
c) Adequações no mobiliário para o uso das TICs.
d) Formação especializada para lidar com as novas tecnologias.
e) Linguagem informatizada para compreensão do universo digital.
Questão 1
83/225
2. Uma das tensões enfrentadas para a implantação das TICs nos espaços 
escolares é:
a) Estabelecer a contextualização com as práticas.
b) Garantir que todos tenham acesso aos equipamentos.
c) Estabelecer o diálogo entre o moderno e o contemporâneo.
d) Garantir que as escolas tenham espaço para receber todas as tecnologias que precisam ser 
utilizadas.
e) Estabelecer o diálogo do professor com a equipe gestora para favorecer todo o processo.
Questão 2
84/225
3. Com relação às TICs e o papel da escola, enquanto unidade, a mesma 
precisa ter claro:
a) Quais são seus objetivos e quais as metas que vai estabelecer para que, coletivamente, 
esses objetivos possam ser alcançados.
b) Quais são os equipamentos necessários e quais os profissionais serão selecionados para 
trabalhar.
c) Quais os horários e em qual parte do currículo a mesma precisa ser usada.
d) De que forma o trabalho individual permitirá o alcance dos objetivos.
e) Como os espaços interferem na otimização do uso, independente da relação curricular 
estabelecida.
Questão 3
85/225
4. Entre os benefícios para a incorporação das TICs nas escolas destaca-se:
a) Possiblidade de criação de comunidades colaborativas de aprendizagem que privilegiam a 
construção do conhecimento.
b) Possibilidade de trabalho de pesquisa sendo feito com o uso da internet.
c) Ampliar o repertório tecnológico de professores e alunos.
d) Revisitar conteúdos já trabalhados por causa dos arquivos que podem ficar armazenados.
e) Tornar o espaço escolar mais interessante para os educandos.
Questão 4
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5. Para o sucesso do processo de implantação e uso efetivo das Tics nas 
escolas temos:
a) Participação da gestão.
b) Participação do corpo discente.
c) Participação do corpo docente.
d) Participação do coletivo.
e) Participação da comunidade extraescolar.
Questão 5
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Gabarito
1. Resposta: B.
O uso das TICs requer um novo olhar sobre 
a prática docente, bem como a reflexão 
sobre como se aprende.
2. Resposta: C. 
A evolução tecnológica fez com que tudo 
tentasse acompanhar seu desenvolvimento 
e nem sempre as adaptações foram 
possíveis. Por este motivo, o conflito entre 
aquilo que o educando deseja e o que 
o professor mais contemporâneo está 
acostumado a fazer é um grande desafio.
3. Resposta: A.
Quando os objetivos são claramente 
definidos e socializados com a equipe 
escolar, qualquer estratégia escolhida tende 
a um resultado mais satisfatório.
4.

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