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SANGUE

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SANGUE 
→ ​meio de transporte 
→ ​leucócitos ​percorrem constantemente o corpo, atravessam por 
diapedese ​a parede das vênulas e capilares e concentram-se 
rapidamente nos tecidos lesionados ou atacados por 
microrganismos, nos quais desempenham suas funções 
defensivas. 
Leucócitos​: células que desempenham várias funções de defesa e constituem                   
uma das primeiras barreiras contra a infecção. 
Diapedése​: saída ativa de leucócitos do sistema circulatório, por movimentos                   
ameboides. 
→transporta oxigênio, ligado à hemoglobina dos eritrócitos 
(HEMÁCIAS), e gás carbônico (CO2 ), ligado à ​hemoglobina ​e a 
outras proteínas dos eritrócitos, ou dissolvido no ​plasma​.  
hemoglobina​: proteína existente no interior das hemácias, no plasma e em certas 
plantas e cuja principal função é o transporte de oxigênio  
plasma ​também transporta nutrientes e metabólitos dos locais de absorção ou 
síntese, distribuindo-os pelo organismo. Transporta scórias do metabolismo que são 
removidas do sangue por órgãos de excreção.  
→veículo de distribuição dos hormônios  
- sangue possibilita a troca de mensagens químicas entre órgãos 
distantes.  
→papel regulador na distribuição de calor, no equilíbrio 
acidobásico e no equilíbrio osmótico dos tecidos.  
 
COMPOSIÇÃO DO PLASMA:  
→solução aquosa  
→componentes de ​pequeno e de elevado peso molecular 
(que é 10% do seu volume).  
→As ​proteínas plasmáticas​ correspondem a 7%, e os sais 
inorgânicos, a 0,9%, sendo o restante formado por 
compostos orgânicos diversos, tais como aminoácidos, 
vitaminas, hormônios e glicose.  
Componentes de baixo peso molecular​ do plasma estão em equilíbrio, 
através das paredes dos capilares e das vênulas, com o líquido 
intersticial dos tecidos. Por isso, a composição do plasma é um 
indicador da composição do líquido extracelular.  
⇨​As principais proteínas do plasma são as albuminas, as alfa, 
beta e gamaglobulinas, as lipoproteínas e as proteínas que 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
participam da coagulação do sangue, como protrombina e 
fibrinogênio.  
Albuminas​ - são sintetizadas no fígado e muito abundantes no 
plasma sanguíneo, desempenham papel fundamental na 
manutenção da pressão osmótica do sangue. ​Deficiência em 
albuminas causa edema generalizado.  
Gamaglobulinas ​- são anticorpos e, por isso, também são 
chamadas de imunoglobulinas.  
→ O ​ sistema de coagulação ​, além das plaquetas, engloba uma cascata 
complexa de pelo menos 16 proteínas plasmáticas e algumas enzimas e 
cofatores enzimáticos envolvidos na formação do coágulo. Além disso, 
enzimas plasmáticas responsáveis pela destruição posterior do 
coágulo também são importantes para a restauração funcional dos 
vasos. 
 
   
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
COLORAÇÃO DAS CÉLULAS DO SANGUE:  
As células do sangue geralmente são estudadas em esfregaços                 
preparados pelo espalhamento de uma gota de sangue sobre uma                   
lâmina, onde as células ficam estiradas e separadas, o que facilita a                       
observação ao microscópio óptico. Esses esfregaços são corados               
com misturas especiais, que contêm eosina (corante ácido), azul de                   
metileno (corante básico) e azures (corantes básicos de cor púrpura).                   
São muito utilizadas as misturas de Leishman, Wright e Giemsa,                   
designadas com os nomes dos pesquisadores que as introduziram.                 
Com essas misturas de corantes, as estruturas acidófilas tornam-se                 
de cor rosa; as basófilas, de cor azul; e as que fixam os azures, ditas                             
azurófilas, de cor púrpura 
ERITRÓCITOS (​hemácias​) 
→anucleados  
→​grande quantidade de ​hemoglobina​- ​proteína 
transportadora de O2 e CO2 ​ (​Por serem ricos em hemoglobina, uma proteína 
básica, os eritrócitos são acidófilos, corando-se pela eosina) 
Em condições normais, esses corpúsculos, ao contrário dos               
leucócitos, não saem do sistema circulatório, permanecendo             
sempre no interior dos vasos.  
→Possui formato de disco bicôncavo, que           
proporciona ​grande superfície em relação         
ao volume, o que facilita as trocas de gases.  
Quando suspensos em soluções isotônicas, têm em média 7,5 μm de diâmetro, com                         
2,6 μm de espessura próximo à sua borda e 0,8 μm no centro.  
Seu formato é mantido por proteínas estruturais do               
citoesqueleto e ligadas à membrana da hemácia, como, por                 
exemplo, espectrina, anquirina, actina, proteína 4.1 e banda 3. Anormalidades                   
ou deficiências dessas proteínas levam à formação de eritrócitos deformados,                   
como ocorre, por exemplo, na esferocitose e eliptocitose hereditária.  
→​São flexíveis​, passando facilmente pelas bifurcações           
dos capilares mais finos, onde sofrem deformações             
temporárias, mas ​não se rompem​.  
A concentração normal de eritrócitos no sangue é de aproximadamente 4 a 5,4                         
milhões por microlitro (mm3 ), na mulher, e de 4,6 a 6 milhões por microlitro no homem. 
 
 
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
Reticulócitos são eritrócitos imaturos recém-saídos da medula óssea​, encontrados no 
sangue em pequenas quantidades ​(0,5 a 2,5% do número de hemácias em adultos).  
O número elevado de reticulócitos sugere uma vida curta dos eritrócitos e 
consequente resposta da medula óssea produzindo mais células​;​ possíveis causas 
seriam ​hemorragia ​ou ​hemólise (rompimento membrana hemácia) ​associada a uma 
parasitose ou doença autoimune, por exemplo.  
O número reduzido de reticulócitos sugere produção diminuída de eritrócitos;​ ​nesse 
caso, a morfologia dos eritrócitos no esfregaço sanguíneo é muito importante para o diagnóstico​. ​Eritrócitos 
normais são uniformes e apresentam 7 a 7,9 μm de diâmetro; células com diâmetro maior do que 9 μm são 
chamadas de macrócitos, enquanto as menores que 6 μm são denominadas micrócitos​.  
ANISOCITOSE​: GRANDE NÚMERO DE ERITRÓCITOS COM TAMANHOS VARIADOS. 
POIQUILOCITOSE​: APARECIMENTO DE FORMAS DIFERENCIADAS.  
ERITROCITOSE OU POLICITEMIA​: AUMENTO NA CONCENTRAÇÃO DE ERITRÓCITOS 
(​pode ser apenas uma adaptação fisiológica, como acontece com as pessoas que 
vivem em grandes altitudes, onde a tensão de O2 na atmosfera é baixa - certo grau de 
poiquilocitose também é observado nesses indivíduos).   
A ​policitemia ​pode ser associada a doenças com diferentes graus de gravidade. A 
policitemia ​acentuada aumenta muito a viscosidade do sangue e pode dificultar a 
circulação nos capilares.  
Na ​policitemia​, o ​hematócrito​ ( ​percentagem de volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou 
hemácias no volume total de sangue captado pelo aparelho centrifugador destinado a separar 
e contar os glóbulos vermelhos de determinada quantidade de sangue)​ ​está elevado, 
indicando o aumento no volume ocupado pelos eritrócitos. 
→​Usam energia derivada da glicose.  
Cerca de 90% da glicose são degradados pela via anaeróbia até o estado de lactato,                             
e os 10% restantes são utilizados pela via pentose-fosfato. Ao penetrarem a corrente                         
sanguínea, vindos da medula óssea vermelha, na qual são formados, os ​eritrócitos                       
imaturos (reticulócitos) contêm ainda certa quantidade de ribossomos. Quando                 
corados, apresentam uma cor azulada, devido à basofilia do ácido ribonucleico (RNA).  
A molécula da hemoglobina (proteína conjugada com ferro) é formada por quatro                       
subunidades, cada uma contendo um grupo heme ligado a um polipeptídio.  
 
 
 
LEUCÓCITOS: 
→são incolores, de forma esférica quando em suspensão no                 
sangue  
→​função de proteger o organismo contra infecções​. →produzidos               
na medula óssea (assim como os eritrócitos) ou em tecidos                   
linfoides  
→permanecem temporariamenteno sangue.  
→Diversos tipos de leucócitos utilizam o sangue como meio de                   
transporte para alcançar seu ​destino final, os tecidos.  
 
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
ANEMIAS​: caracterizadas pela baixa concentração de hemoglobina no sangue, ou pela presença 
de hemoglobina não funcional, o que resulta em oxigenação reduzida para os tecidos. Muitas 
vezes, a anemia é consequência de uma diminuição na quantidade de eritrócitos. As anemias 
podem ser causadas por:  
Hemorragia;  
Produção insuficiente de eritrócitos pela medula óssea;  
Produção de eritrócitos com pouca hemoglobina;  
Destruição acelerada dos eritrócitos.  
Cada uma dessas condições pode ter causas variadas, e, por esse motivo, muitas vezes as anemias 
são manifestações de outras doenças subjacentes.  
→São classificados em dois grupos:​ granulócitos e 
agranulócitos.  
Granulócitos: ​têm ​núcleo de forma irregular​ e mostram no ​citoplasma grânulos 
específicos​ que, ao microscópio eletrônico, aparecem envoltos por membrana. De 
acordo com a afinidade tintorial dos grânulos específicos, distinguem-se três tipos 
de granulócitos: ​neutrófilos, eosinófilos e basófilos.  
Agranulócitos: ​tem ​forma mais regular​, e o ​citoplasma não tem granulações 
específicas​. Há dois tipos de agranulócitos: os ​linfócitos e os monócitos. 
 
Portanto, existem 5 tipos de leucócitos no sangue humano. 
Os ​neutrófilos, eosinófilos ​e ​basófilos ​têm grânulos que se coram de 
maneira específica com certos corantes e são chamados granulócitos. Os 
linfócitos e monócitos​ são agranulócitos, apresentando grânulos azurófilos 
(lisossomos) encontrados também em outros tipos celulares. 
 
GLANULÓCITOS​: 
NEUTRÓFILOS​ ​(leucócitos polimorfonucleados): 
→ células arredondadas​ ​(com diâmetros entre 10 e 14 μm)​,  
→ têm núcleos formados por dois a cinco lóbulos (mais 
frequentemente, três lóbulos) ligados entre si por finas pontes de 
cromatina. 
→ ​célula muito jovem​ tem núcleo não segmentado em lóbulos​, 
sendo chamada de neutrófilo com núcleo em bastonete, ou, 
simplesmente, ​bastonete​ ​(nessas células, o núcleo tem a forma de um 
bastonete curvo). 
 
OBS: Nos ​núcleos ​dos neutrófilos em ​mulheres​, aparece frequentemente um pequeno 
apêndice, muito menor do que um lóbulo nuclear, com a forma de uma raquete. Essa 
raquete contém a cromatina sexual,​ constituída por um cromossomo X 
heterocromático (condensado) que não transcreve seus genes.  
 
→ o citoplasma do neutrófilo apresenta predominantemente 
grânulos específicos e azurófilos​.  
- grânulos azurófilos​ (lisossomos) contêm proteínas e 
peptídios destinados a digestão e morte de microrganismos. 
Contêm em seu interior uma matriz rica em proteoglicanos 
sulfatados, importantes para manter os diversos 
componentes do grânulo em estado quiescente. Os grânulos 
azurófilos são maiores e mais elétron-densos do que os 
grânulos específicos 
- grânulos específicos​, além de apresentarem enzimas 
importantes no combate aos microrganismos, também têm 
componentes para reposição de membrana e auxiliam na 
proteção da célula contra agentes oxidantes.  
→ Grânulos atípicos ou vacúolos no citoplasma dos neutrófilos podem sugerir 
diferentes condições patológicas, como infecções bacterianas e inflamações 
sistêmicas. 
→ Os neutrófilos constituem a primeira linha de defesa do 
organismo, fagocitando, matando e digerindo bactérias e fungos. 
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
Chama-se ​leucocitose o aumento e ​leucopenia a diminuição do ​número de                     
leucócitos no sangue.  
A contagem diferencial de leucócitos circulantes, feita rotineiramente no                 
hemograma, pode indicar a existência de uma grande variedade de doenças; da                       
mesma maneira, a ​análise morfológica do núcleo e do citoplasma dos leucócitos                       
pode ser determinante para o diagnóstico de diferentes doenças e síndromes​. 
 
→ O neutrófilo é uma célula em estágio final de diferenciação e 
realiza uma síntese proteica muito limitada. Apresenta poucos 
perfis do retículo endoplasmático granuloso, raros ribossomos 
livres, poucas mitocôndrias e complexo de Golgi rudimentar. 
 
 
EOSINÓFILOS 
→ muito menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo 
apenas 1 a 3% do total de leucócitos.  
→ têm aproximadamente o mesmo tamanho dos neutrófilos, ou 
são ligeiramente maiores.  
→ seu núcleo, em geral, é bilobulado (headphone) 
→ retículo endoplasmático, as mitocôndrias e o complexo de Golgi 
pouco desenvolvidos. 
→ ​a principal característica para a identificação do eosinófilo 
são granulações ovoides que se coram pela eosina​ (granulações 
acidófilas), as quais são maiores do que as dos neutrófilos 
Paralelamente ao eixo maior do grânulo, encontra-se um 
cristaloide ou internum alongado, elétron-denso.  
→ principal componente é a proteína básica principal, rica em 
arginina, que constitui 50% das proteínas do grânulo e é 
responsável por sua acidofilia.  
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
O ​aumento do número de neutrófilos​ é denominado ​neutrofilia ​e 
geralmente indica uma infecção bacteriana. Uma forma de neutrofilia 
benigna, no entanto, frequentemente está associada a estresse, exercício 
físico intenso ou ingestão de certos medicamentos à base de epinefrina e 
cortisona. A ​diminuição do número de neutrófilos​ denomina-se ​neutropenia 
e é, em geral, causada por tratamento farmacológico prolongado ou 
infecção viral. 
A camada que envolve o internum é menos densa aos elétrons e denomina-se externum ou matriz. Ela 
é rica em proteína catiônica eosinofílica, peroxidase eosinofílica e neurotoxina derivada de 
eosinófilos. A proteína catiônica é uma ribonuclease com atividade contra parasitas, bactérias e 
alguns vírus, a qual promove o aparecimento de poros nas células-alvo (ação citotóxica), induz a 
desgranulação de mastócitos e basófilos, e modula negativamente a atividade linfocitária. A proteína 
básica principal tem atividades antibacteriana e antiparasitária. A neurotoxina eosinofílica é uma 
ribonuclease com ação antiviral muito efetiva; além disso, promove a maturação fenotípica e 
funcional de células dendríticas, que são apresentadoras de antígenos para os linfócitos. A 
peroxidase está envolvida na geração extracelular de substâncias oxidantes muito reativas, um 
importante mecanismo de defesa. No entanto, essas proteínas, quando liberadas, são também 
capazes de promover dano tecidual. Dentre outras substâncias secretadas pelos eosinófilos, estão 
citocinas (pelo menos 11 interleucinas [IL] diferentes e interferona, por exemplo) e mediadores 
inflamatórios lipídicos (leucotrienos), que exacerbam a resposta inflamatória. Sabe-se também que os 
eosinófilos apresentam antígenos para os linfócitos. 
→ Os eosinófilos fagocitam e digerem complexos de antígenos 
com anticorpos que aparecem em casos de alergia, como a asma 
brônquica, por exemplo. 
 
BASÓFILOS: 
→ núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular, geralmente 
com o aspecto da letra S.  
→ citoplasma é carregado de grânulos maiores do que os dos 
outros granulócitos, os quais muitas vezes obscurecem o núcleo 
→ ao microscópio eletrônico, os grânulos dos basófilos são muito 
elétrondensos e frequentemente contêm filamentos ou partículas 
alongadas.  
→ constituem menos de 2% dos leucócitos do sangue; por isso, é 
difícil encontrá-los nos esfregaços. Sua meia-vida no sangue é 
estimada em 1 a 2 dias. 
 
 
→ Seus ​grânulos ​medem 0,15 a 0,5 μm de diâmetro e, como os 
grânulos dos mastócitos, são ​metacromáticos​.  
→ Contêm histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos e 
neutrófilos, e heparina, que é responsável pela metacromasia do 
grânulo.  
→ membrana plasmática também apresenta receptores para a 
imunoglobulina E (IgE).  
→ Os basófilos liberam seus grânulos para o meio extracelular, 
sob a ação dos mesmos estímulos que promovem a expulsão dos 
grânulos dos mastócitos. No entanto, apesar das semelhanças, 
basófilos e mastócitos não são aspectosdiferentes do mesmo tipo 
celular, pois se originam na medula óssea de precursores 
diferentes. 
→ secretam citocinas (IL-4, IL-13, por exemplo) e leucotrienos, que 
são mediadores inflamatórios. Acredita-se que, por meio da 
secreção de citocinas, os basófilos modulem a função de 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
Embora os basófilos sejam os leucócitos menos abundantes na circulação, 
seu número se expande rapidamente na medula óssea em resposta a sinais 
inflamatórios, sendo mobilizados para o sangue, o baço, o pulmão e o 
fígado. O aumento persistente do número de basófilos no sangue, no 
entanto, é raro e denomina-se basofilia, que pode ocorrer devido a uma 
doença hematológica, como a leucemia mieloide crônica. Pode também 
estar associado a hipotireoidismo ou doença renal. 
determinadas populações de linfócitos T, tendo, portanto, uma 
ação imunomoduladora. 
 
LINFÓCITOS: ​são responsáveis pela defesa imunológica 
do organismo. 
- Reconhecem moléculas estranhas existentes em diferentes 
agentes infecciosos, ​combatendo-as por meio de resposta 
humoral (produção de imunoglobulinas)​ e resposta citotóxica 
mediada por células. 
- Constituem uma família de células esféricas, com diâmetro variável entre 6 e 8 μm; 
com essas dimensões, são conhecidos como linfócitos pequenos.  
- No sangue circulante há ainda uma pequena porcentagem de linfócitos maiores, 
que podem alcançar 18 μm de diâmetro. 
- ​O linfócito pequeno tem núcleo esférico, às vezes com uma 
chanfradura. Sua cromatina se dispõe em grumos grosseiros, de 
modo que o núcleo aparece escuro nos preparados usuais, 
característica que favorece a identificação do linfócito. 
- nucléolo do linfócito não é visível, mas pode ser demonstrado 
por meio de colorações especiais ou de microscópio eletrônico.  
- citoplasma é muito escasso e aparece nos esfregaços como um 
anel delgado em volta do núcleo.  
- apresenta basofilia discreta, corando-se em azul-claro. ​Pode conter 
grânulos azurófilos, que não são exclusivos dos linfócitos, pois aparecem também nos 
monócitos e granulócitos.  
- Ao microscópio eletrônico, o citoplasma dos linfócitos mostra-se 
pobre em organelas, contendo moderada quantidade de 
ribossomos livres. 
- O tempo de sobrevivência dos linfócitos é muito variável; alguns 
vivem apenas alguns dias, enquanto outros vivem durante muitos 
anos.  
- linfócitos B e T.  
- Ao contrário dos outros leucócitos, que não retornam ao sangue 
depois de migrarem para os tecidos, ​os linfócitos voltam dos 
tecidos para o sangue, recirculando continuamente​.  
 
O​ aumento da quantidade de linfócitos no sangue denomina-se 
linfocitose​ e frequentemente está associado a infecções virais; 
nesses casos, há um aumento de linfócitos com diâmetro maior e 
cromatina menos condensada. Na ​leucemia linfoide crônica​, há 
linfocitose, mas​ as células são pequenas e se rompem facilmente 
na confecção do esfregaço sanguíneo, deixando um aspecto 
“borrado​”. O ​número reduzido de linfócitos denomina-se 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
linfopenia​ ou linfocitopenia e geralmente​ está associado a 
terapia farmacológica prolongada ou imunodeficiência 
 
MONÓCITOS: ​são os maiores leucócitos 
circulantes, com diâmetro entre 15 e 22 μm. Têm o núcleo ovoide, 
em forma de rim ou de ferradura, geralmente excêntrico.  
Devido ao arranjo pouco denso de sua cromatina, o núcleo dos monócitos é mais 
claro do que o dos linfócitos. O núcleo do monócito contém dois ou três nucléolos, 
que, algumas vezes, podem ser vistos nos esfregaços comuns​.  
- tem pouco retículo endoplasmático granuloso e uma quantidade 
moderada de polirribossomos livres.  
 
O aumento da quantidade de monócitos circulantes denomina-se 
monocitose e pode sinalizar doença hematológica​ (como, por 
exemplo, a leucemia mielomonocítica crônica), infecção causada 
por alguns tipos de bactérias e parasitos ou doença autoimune. ​A 
diminuição do número de monócitos circulantes, denominada 
monocitopenia, é raramente observada, podendo ser ocasionada 
pelo tratamento com corticosteroides.  
 
 
- O citoplasma do monócito é basófilo e contém grânulos 
azurófilos (lisossomos) muito finos​, alguns dos quais estão no limite de 
resolução do microscópio óptico.​ Esses grânulos podem preencher todo 
o citoplasma, conferindo-lhe uma coloração acinzentada.  
- O citoplasma contém pequena quantidade de polirribossomos e 
retículo endoplasmático granuloso pouco desenvolvido.  
- Há muitas mitocôndrias pequenas, e o complexo de Golgi é 
grande, participando da formação dos grânulos azurófilos.  
- A superfície celular mostra muitas microvilosidades e vesículas 
de pinocitose.  
- Os monócitos do sangue representam uma fase na maturação 
da célula mononuclear fagocitária originada na medula óssea.  
Essa célula passa para o sangue, onde permanece apenas por alguns dias, e, 
atravessando por diapedese a parede dos capilares e vênulas, penetra alguns 
órgãos, transformando-se em macrófagos, que constituem uma fase mais avançada 
na vida da célula mononuclear fagocitária.  
- monócito faz parte do sistema mononuclear fagocitário ou 
sistema histiocitário  
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
PLAQUETAS: ​são corpúsculos anucleados, em 
forma de disco, medindo cerca de 2 a 4 μm de diâmetro, 
derivados de células gigantes e poliploides da medula óssea, os 
megacariócitos.  
- promovem a coagulação do sangue e auxiliam a reparação da 
parede dos vasos sanguíneos, evitando perda de sangue. 
Normalmente, existem 150 mil a 450 mil plaquetas por microlitro (mm3 ) de sangue. 
Esses corpúsculos permanecem no sangue por aproximadamente 10 dias.  
- Nos esfregaços de sangue, as plaquetas tendem a aparecer em 
grupos (aglutinação).  
 
 
 
 
Quando a parede de um vaso sanguíneo é lesionada, inicia-se um processo 
denominado ​hemostasia​, que visa ​impedir a perda do sangue (hemorragia)​. A 
hemostasia é um fenômeno complexo que envolve a musculatura lisa do vaso 
lesionado, as plaquetas e diversos fatores do plasma sanguíneo que 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
As plaquetas têm um sistema de canais, o sistema canalicular 
aberto, que se comunica com invaginações da membrana 
plasmática da plaqueta. Assim, o interior da plaqueta 
comunica-se livremente com sua superfície, disposição que tem 
importância funcional por facilitar a liberação de moléculas 
ativas que são armazenadas nas plaquetas. Na periferia da 
plaqueta, fazendo parte do hialômero, observa-se o feixe 
marginal de microtúbulos, que contribui para manter a forma 
ovoide desses corpúsculos. O hialômero contém também 
microfilamentos de actina e moléculas de miosina, responsáveis 
pela contração das plaquetas. Esses corpúsculos contêm uma 
camada situada por fora da membrana, medindo 15 a 20 nm, 
rica em glicoproteínas e glicosaminoglicanos, responsável pela 
adesividade das plaquetas e que pode absorver compostos 
diversos. O granulômero, mais escuro, apresenta uma variedade 
de grânulos delimitados por membrana, algumas mitocôndrias 
e inclusões de glicogênio. Os grânulos densos ou delta têm 250 
a 300 nm de diâmetro e armazenam difosfato de adenosina 
(ADP) e trifosfato de adenosina (ATP). Os grânulos delta também 
contêm serotonina (5-hidroxitriptamina) retirada do plasma 
sanguíneo. Os grânulos alfa são um pouco maiores (300 a 500 
nm) e contêm fibrinogênio e fator de crescimento plaquetário, 
que estimulam as mitoses no músculo liso dos vasos sanguíneos 
e a cicatrização das feridas. Os grânulos menores (175 a 250 nm), 
chamados grânulos lambda, são lisossomos carregados com as 
enzimas usuais dessas organelas. 
promovem a coagulação do sangue. ​A contração do músculo liso é 
estimulada pela serotonina liberada pelas plaquetas​.  
- A participação das plaquetas na coagulação do sangue pode ser resumida 
da seguinte maneira:  
Agregação primária: descontinuidades do endotélio produzidas por lesão 
vascular são seguidas pela absorção de proteínas do plasma sobre o 
colágeno adjacente. As plaquetas também aderem ao colágeno,formando um 
tampão plaquetário  
Agregação secundária: as plaquetas do tampão liberam ADP, que é um 
potente indutor da agregação plaquetária, fazendo aumentar o número de 
plaquetas do tampão  
Coagulação do sangue: durante a agregação das plaquetas, fatores do 
plasma sanguíneo, dos vasos lesionados e das plaquetas promovem a 
interação sequencial (em cascata) de cerca de 16 proteínas plasmáticas, 
dando origem a um polímero, a fibrina, e formando uma rede fibrosa 
tridimensional, que aprisiona eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Forma-se, 
assim, o coágulo sanguíneo, mais consistente e firme do que o tampão 
plaquetário. Um defeito hereditário na formação de • • uma das proteínas do 
plasma (fator VIII) resulta na doença hemorrágica conhecida como hemofilia 
Retração do coágulo: inicialmente o coágulo provoca grande saliência para o 
interior do vaso, mas logo se contrai, graças à ação da actina, da miosina e 
do ATP das plaquetas Remoção do coágulo: protegida pelo coágulo, a parede 
do vaso se restaura pela formação de tecido novo. Então, o coágulo é 
removido principalmente pela enzima plasmina, formada pela ativação da 
proenzima plasmática plasminogênio pelos ativadores do plasminogênio 
produzidos pelo endotélio. Enzimas liberadas pelos lisossomos das plaquetas 
também contribuem para a remoção do coágulo. A quantidade elevada de 
plaquetas no sangue (trombocitose) geralmente sinaliza inflamação ou 
traumatismo, mas tem pouco significado clínico. Já a trombocitemia essencial 
é uma doença rara caracterizada pela produção descontrolada de plaquetas, 
sendo um distúrbio hematológico grave e potencialmente fatal. O baixo 
número de plaquetas, denominado trombocitopenia, é uma consequência 
comum do tratamento farmacológico prolongado e também de doenças 
infecciosas como a dengue hemorrágica, por exemplo, podendo ser fatal 
devido à propensão do paciente para lesões vasculares e hemorragias​.   
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
   
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
HEMATOPOIESE 
→ ​processo contínuo e regulado de produção de células do sangue, 
que envolve renovação, proliferação, diferenciação e maturação 
celular.  
As células do sangue têm vida curta e são constantemente renovadas pela 
proliferação mitótica de células localizadas nos órgãos hemocitopoéticos.  
 
 
Na vida pós-natal, os eritrócitos, granulócitos, linfócitos, monócitos e 
plaquetas originam-se a partir de células-tronco da medula óssea 
vermelha.  
Conforme o tipo de glóbulo formado, o processo recebe os seguintes 
nomes: eritropoese, granulocitopoese, linfocitopoese, monocitopoese e 
megacariocitopoese.  
Essas células passam por diversos estágios de diferenciação e 
maturação na medula óssea antes de passarem para o sangue. Os 
órgãos nos quais o desenvolvimento linfoide ocorre são classificados 
como primários (medula óssea e timo) e secundários (Sistema 
Imunitário e Órgãos Linfáticos).  
Todas as células são derivadas primariamente da medula óssea; 
l​infócitos B diferenciam-se na medula, enquanto linfócitos T provêm de 
células que migram da medula para o timo e ali se diferenciam ​. Em 
órgãos linfoides secundários, como baço, linfonodos e agregados 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
As primeiras células sanguíneas do embrião surgem muito precocemente (em torno 
do 19 o dia de gestação), no mesoderma do saco vitelino. Essa fase transiente da 
hemocitopoese, denominada mesoblástica, é caracterizada pelo desenvolvimento 
de eritroblastos primitivos (principalmente) e, em geral, ocorre no interior de vasos 
sanguíneos em desenvolvimento, prosseguindo até a 6 a semana de vida 
intrauterina (VIU).  
Entre a 4 a e a 6 a semana de VIU inicia-se a hemocitopoese definitiva, com a 
migração, para o fígado fetal, de células originadas dos vasos em desenvolvimento, 
da porção alantoide da placenta em desenvolvimento e da porção anterior do eixo 
aorta-gônada-mesonefro. Assim, o fígado funciona temporariamente como órgão 
hemocitopoético. Essa fase, denominada hepática, é caracterizada pelo 
desenvolvimento de eritroblastos, granulócitos e monócitos; além disso, as 
primeiras células linfoides e os megacariócitos aparecem. A hemocitopoese 
hepática, extravascular, é muito importante durante a vida fetal, com um pico de 
atividade em torno de 3 a 4 meses de gestação, declinando gradualmente até o 
nascimento. Outros órgãos em desenvolvimento, como baço, timo e linfonodos, 
também contribuem para a hemocitopoese, especialmente para a produção de 
linfócitos. Em contrapartida, no 2 o mês de VIU, a clavícula já passa a se ossificar, e 
começa a formação de medula óssea hematógena (vermelha) em seu interior, dando 
início à fase medular da hemocitopoese. À medida que a ossificação pré-natal do 
restante do esqueleto avança, a medula óssea se torna cada vez mais importante 
como órgão hemocitopoético, alcançando um pico de atividade no período próximo 
ao nascimento.  
linfoides em diferentes órgãos, os linfócitos T e B proliferam-se 
intensamente, em geral estimulados por antígenos 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021

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