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Apostila da Disciplina de Docência no Ensino Superior Ementa da Disciplina: 1. Didática do ensino superior 2. O professor universitário 3. O estudante universitário 4. Planejar o ensino 5. Recursos tecnológicos no ensino superior 6. Como avaliar a aprendizagem dos estudantes. 2017 Autora: Professora Dra. Silene Fontana Planejamento e avaliação educacional no ensino superior Silene Fontana Resumo A didática pode ser entendida como uma disciplina que tem por propósito o desenvolvimento, a análise e a aplicação de práticas de ensino. Este artigo tem como objetivo dissertar sobre planejamento e avaliação educacional no ensino superior. Para tanto, foram abordados os seguintes temas: didática do ensino superior, professor universitário, estudante universitário, planejamento do ensino, uso de recursos tecnológicos no ensino superior e formas de avaliação da aprendizagem dos estudantes.Espera-se que esse material possa oferecer subsídios teóricos para a ressignificaçãode práticas pedagógicas no ensino superior com vistas à formação de cidadãos participativos, comprometidos, críticos, autônomos e reflexivos. Palavras-chave: Didática; planejamento; avaliação; recursos tecnológicos; ensino superior. Introdução A universidade é um espaço privilegiado de produção de conhecimento. Nos últimos anos, a expansão das instituições de ensino superior e o significativo aumento do número de alunos que buscam pelo curso superior têm atraído a atenção de pesquisadores voltados a estudar processos ou estratégias de ensino e aprendizagem, o que se traduz pelo termo didática. Durante muito tempo, perpetuou-se a crença de que bastava ao professor do ensino superior ter comunicação fluente e amplo domínio da disciplina a ser ensinada para ser considerado um excelente profissional. Esse pensamento derivava da ideia de que o aluno universitário já possuía uma bagagem educacional e uma personalidade formada e, assim, necessitava apenas que os professores lhe transmitissem os conhecimentos e sanassem possíveis dúvidas. Atualmente, esse pensamento tem mudado. O professor, além de um vasto conjunto de saberes e competências, também deve possuir habilidades pedagógicas suficientes para tornar o aprendizado mais motivador e eficaz. Porém, não é raro nos dias de hoje o aluno criticar o professor por sua “falta de didática”. Neste material também abordaremos quem é o professor e o aluno universitários, os quais, em face do advento da globalização, sofreram mudanças em seus comportamentos. Trataremos, ainda, da utilização de recursos tecnológicos no ensino superior– embora sejam uma realidade,há certa resistência por parte de alguns professores em adotá-los –e das diversas formas de avaliar o processo de ensino e aprendizagem do aluno. Vamos começar nosso estudo? Boa leitura! 1. Didática do ensino superior A história da didática, termo derivado do grego cujo significado é “arte de ensinar”, remete ao século XVII com as ações de Ian Amos Comênio (1592- 1670), que, considerado o “pai” da didática, tinha como objetivo reformar a escola e o ensino na intenção “ensinar tudo a todos”, deixando a formação de um homem ideal em segundo plano. A obra mais importante de Comênio, “Didactica Magna” ou “Tratado da arte universal de ensinar tudo a todos”, publicada em 1657, marcou o início da sistematização da pedagogia e da didática no Ocidente. Além disso, Comênio foi um dos primeiros a desenvolver livros didáticos para o ensino, entre os quais o mais famoso é “Orbis pictus” (“O mundo em imagens”). Segundo a “Didactica Magna”, ao ensinar um assunto, o professor deveria apresentar sua ideia de forma clara e breve, pois a concepção de ensino preconizada na obra previa que “os discentes aprendiam por meio dos sentidos, principalmente vendo e tocando. Era necessário, inclusive, mostrar a utilidade específica do conhecimento transmitido e sua aplicação no dia a dia” (FREIRE, 2016, p.13). Outros grandes nomes também tiveram influências relevantes na didática, como: Rousseau (defendeu o ensino baseado nas necessidades e interesse imediato da criança); Pestalozzi (proclamou a importância dos sentidos, enfatizou a observação, análise dos objetos e capacidade de linguagem do aluno); Herbart (elaborou quatro passos didáticos: clareza, associação, sistematização e método); e Dewey (enfatizou que a atividade escolar deve se centrar em situações de experiência nas quais são ativadas as potencialidades naturais da criança. No século XVIII, a partir do Iluminismo, o professor surgiu como o transmissor e detentor do conhecimentoe mantinha certa distância do aluno, considerado como um elemento passivo, ao qual cabiaouvir, decorar e obedecer. Esse predomínio do ensino sobre a aprendizagem constitui a essência da chamada didática tradicional, na qual o professor é quem ensina. [...] responsável por transmitir, comunicar, orientar, instruir, mostrar. É ele quem avalia e dá a última palavra. Ocupando lugar central, na sala de aula, assume, na maioria das vezes, uma postura autoritária em relação a seus educandos. (RODRIGUES; MORA; TESTA, 2011, p. 2) Esse tipo de educação, caracterizada pelo ato de transmitir, depositar ou transferir valores e conhecimentos ao aluno receptor, Paulo Freire (2002, p. 67) denomina de “bancária”, pois nela: a) O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; b) O educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; c) O educador é o que pensa; os educandos, os pensados; d) O educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; e) O educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; f) O educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos, os que seguem a prescrição; g) O educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam na atuação do educador; h) O educador escolhe o conteúdo programático; os educandos jamais são ouvidos nesta escolha, acomodam-se a ele; i) O educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que se opõe, antagonicamente, à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se as determinações daquele; j) O educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos. Em suma, a prática da didática na abordagem tradicional se resume a aulas expositivas ministradas pelo professor especialista e na consequente memorização dos conteúdos pelos alunos, “cabendo ao docente a tarefa de verificar se os conteúdos transmitidos em sala de aula foram reproduzidos rigorosamente em seus poucos instrumentos de avaliação de aprendizagens” (SANTO; LUZ, 2013, p. 62). Posteriormente, outros nomes se destacaram na didática, dentre eles: Libâneo (1994), que defendeu a ideia de que a didática se baseia numa concepção de homem e sociedade e, portanto, se subordina a propósitos sociais, políticos e pedagógicos; e Saviani (2005), que preconizou que os métodos deveriam vincular educação e sociedade. Segundo Libâneo (1994, p.26), cabe à didática: [...] converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. [...] trata da teoria geral do ensino. Gil (2015) afirma que a eficácia da didática no ensino superior depende de diferentes fatores, que podem ser agrupados em três categorias de variáveis: • Relacionadas aos alunos: refere-se às diferenças individuais relativas às habilidades que cada um possui, seu nível intelectual, suas aptidões específicas, seus conhecimentos e habilidades desenvolvidos anteriormente, bem como sua motivação,fatores que explicam em boa parte as diferenças de desempenho deles; • Relacionadas aos professores: diz respeito à efetiva prática do professor universitário quanto aos conhecimentos específicos relacionados à matéria, a suas habilidades pedagógicas e à sua motivação; • Relacionadas à organização do curso: refere-se principalmente ao objetivo do curso, ou seja, que profissional se deseja formar, quais são os conhecimentos e habilidades esperados dos alunos ao final de cada aula ou unidade de ensino. Também engloba fatores como a carga horária destinada à disciplina, o ano ou semestre em que é ministrada, as disciplinas já́ cursadas pelo aluno, a qualidade dos recursos instrucionais e o número de alunos em classe. No entanto, ainda hoje, a maioria dos docentes universitários planeja suas aulas de modo tradicional, não interagindo com os alunos ou associando recursos tecnológicos à sua prática educativa. Por outro lado, Morin (2006) ressalta que os alunos atuais já não mais aceitam o papel de sujeito passivo e exigem um processo de aprendizagem mais dinâmico, rápido e eficiente. 2. O professor universitário No Brasil, o professor do ensino superior é responsável pela formação de diversos profissionais, entre eles os liberais, os bacharéis e os tecnólogos. Porém, de acordo com Gil (2015),a relação de papéis do docente pode ser significativamente ampliada e apresenta 27 diferentes: administrador; especialista; aprendiz; membro de equipe; participante; didata; educador; diagnosticador de necessidades; conferencista; modelo profissional; modelo de professor; facilitador da aprendizagem; assessor do estudante; mentor; avaliador; assessor de currículo; preparador de material; elaborador de guias de estudo; líder; agente de socialização; instrutor; animador de grupos; pesquisador; pessoa; planejador de disciplina; coach; e conselheiro. Mas, quais são as características do professor universitário? Elaine McEwan (2002,citado por GIL, 2015, p.26-27) apresenta dez traços que caracterizam o professor altamente eficaz, relacionados a características pessoais (os três primeiros traços), aos resultados pretendidos (os quatro traços seguintes) e à vida intelectual (os três últimos). 1. É apaixonado e dirigido para a missão. Ele sente tanto uma vocação para ensinar quanto uma paixão para ajudar os alunos a aprender e a crescer. 2. É positivo e real. Ele demonstra qualidades de humanidade, empatia, respeito e justiça no relacionamento com estudantes, pais e colegas. 3. É um professor-líder. Ele afeta positivamente as vidas dos estudantes, dos pais e dos colegas. 4. Está constantemente alerta ao que ocorre na classe. Ele está permanentemente sintonizado com a classe, está ciente do que nela ocorre e detém completo controle de três aspectos críticos em sala de aula: administração e organização da classe, engajamento dos estudantes e administração do tempo. 5. Tem estilo. Ele manifesta um estilo pessoal e único, que é capaz de produzir drama, entusiasmo, vivacidade, humor, carisma, criatividade e romantismo no ensino. 6. É motivador. Ele confia em sua própria habilidade para fazer a diferença na vida dos estudantes e implacavelmente pressiona e persuade os estudantes a manter o comportamento e as expectativas no nível mais alto possível. 7. Apresenta eficácia instrucional. Ele é um comunicador competente, com um amplo repertório de habilidades essenciais, comportamentos, modelos e princípios que conduzem ao aprendizado mesmo os estudantes mais relutantes. Ele é competente para planejar as aulas, apresentar seu conteúdo, administrar o clima da classe e avaliar os estudantes. 8. Detém conhecimento teórico. Ele apresenta não apenas amplo domínio do conteúdo da disciplina, mas também dos resultados pretendidos pela escola e pela sociedade. 9. Possui a sabedoria das ruas. Ele possui aqueles conhecimentos sociais derivados da experiência do dia a dia. Conhece os estudantes, a escola e a comunidade em que leciona e utiliza esses conhecimentos para solucionar problemas no cenário educativo. 10. Tem muita capacidade intelectual. Ele é metacognitivo, estratégico, reflexivo, comunicativo e responsivo. O Quadro 1 traz algumas características requeridas do professor universitário. Dentre as pessoais, algumas são reconhecidas pela maioria dos especialistas em educação como desejáveis aos docentes. Quadro 1: Características requeridas do professor universitário Físicas e fisiológicas • Resistência à fadiga; • Capacidade funcional do sistema respiratório; • Clareza vocal; • Acuidade visual; • Acuidade auditiva. Psicotemperamentais • Estabilidade emocional; • Versatilidade; • Iniciativa; • Autoconfiança; • Disciplina; • Paciência; • Cooperação; • Estabilidade de ritmo; • Atenção difusa. Intelectuais • Inteligência abstrata; • Inteligência verbal; • Memória; • Observação; • Raciocínio lógico; • Rapidez de raciocínio; • Precisão de raciocínio; • Imaginação; • Discriminação; • Associação; • Orientação; • Coordenação; • Crítica. Fonte: GIL, 2011, p. 19. Além das características pessoais, outro ponto a ser abordado é a formação de professores para atuação no ensino superior, tema que passou a ser discutido a partir da década de 1960, quando se tornou imprescindível a formação de pesquisadores e docentes para atender ao contexto do ensino superior no Brasil.Assim, todos os que atuam nas instituições de ensino superior devem ter uma formação mínima, exigida por lei. Porém, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)– Lei n. 9.394/1996 –, a formação do professor do é tratada de forma pontual e superficial, como mostra o artigo abaixo. Art. 52. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: I – produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional; II – um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; III – um terço do corpo docente em regime de tempo integral.(BRASIL, 1996) Segundo a LDB, as instituições de educação superior se dividem legalmente em universidades, centros universitários e faculdades, e quesomente as universidades necessitam desenvolver a articulação entre os eixos de docência, pesquisa e extensão. Brito (2007, p.48), analisando os processos de formação docente, ressalta que: Delineia-se um novo paradigma de formação docente, baseado no pressuposto de que a qualificação docente deve articular teoria e prática, valorizando a atitude crítica reflexiva como elemento vital num fazer pedagógico situado enquanto prática social. Compreende-se, pois, a formação como um continuum, ou seja, como um processo que se constrói e se reconstrói na trajetória profissional, representando, nesse caso, um processo de construção de identidade pessoal e profissional. Nesse cenário, a função educativa do professor universitário requer autonomia e independência intelectual. Nóvoa (2009) sugere que a formação de professores deve assumir forte componente prático, centrado na aprendizagem dos alunos e em atividades práticas. Continuando nessa linha de pensamento, numa abordagem um tanto ou quanto prescritiva, o autor sugere que: • A formação de professores deve dedicar uma atenção especial às dimensões pessoais da profissão docente, trabalhando essa capacidade de relação e de comunicação que define o tacto pedagógico; • A formação de professores deve passar para dentro da profissão, isto é, devebasear-se na aquisição de uma cultura profissional, concedendo aos professores mais experientes um papel central na formação dos mais jovens; • A formação de professores deve valorizar o trabalho em equipe e o exercício coletivo da profissão, reforçando a importância dos projetos educativos da escola; • A formação de professores deve estar marcada por um princípio de responsabilidade social, favorecendo a comunicação pública e a participação profissional no espaço público da educação. (NÓVOA, 2009, p. 32) No entanto, toda essa mudança de paradigma não é tarefa fácil, visto que as qualidades esperadas de um bom professor universitário variam de acordo com o contexto histórico, cultural e social. Por outro lado, Anastasiou e Alves (2010, p. 78) trazem à tona dificuldades pessoais, pois “quando o professor é desafiado a atuar numa visão diferente em relação aos processos de ensino e de aprendizagem, poderá encontrar dificuldades, até mesmo pessoais, de se colocar numa diferenciada ação docente”. 3. O estudante universitário Iniciamos nossa conversa, questionando: “O que é ser estudante universitário?”. É estar na universidade? Quais são suas características? É se preparar para o mercado detrabalho? Na visão de Oliveira (2008, p.20), o estudante é “um ser inacabado, uma obra em construção”, e, por essa razão,se torna um estudante universitário, em busca de aperfeiçoamento, do sucesso acadêmico. Porém, entende-se que tal sucesso não se resume apenas ao recebimento do diploma, mas, segundo o autor, também é entendido como: “a construção de conhecimento, a tomada de consciência a respeito de questões sociais e de cidadania, de preparação para adquirir experiência profissional no mercado de trabalho e o desenvolvimento de sua capacidade de aprender” (OLIVEIRA, 2008, p.20). No entanto, muitas mudanças ocorreram. Os estudantes, antes vistos como sujeitos passivos, se tornaram hoje sujeitos ativos da aprendizagem.Gil (2015) apresenta alguns métodos para classificá-los: • Classificação de Mann – categoriza os alunos em oito tipos diferentes: complacentes, ansioso-dependentes, trabalhadores desanimados, estudantes independentes, heróis, franco-atiradores, estudantes que procuram atenção e silenciosos. • Classificação de Astin – identifica os alunos em sete tipos: sábios, ativista sociais, artistas, hedonistas, líderes, direcionados para o status e descomprometidos. • Classificação de Kuh, Hu e Vesper – divideosalunos em dez tipos: desengajados, recriadores, socializadores, acadêmicos, cientistas, individualistas, artistas, esforçados, intelectuais e convencionais. Enfim, o professor universitário tem que lidar com a diversidade de alunos no ensino superior. Reconhecer que são diferentes entre si e que essas diferenças podem, de certa forma, ser previstas representa um ponto muito importante em favor dele. 4. Planejar o ensino Planejar faz parte do cotidiano de todos os indivíduos da sociedade. Desde a hora em que acordamos, temos que planejar: o que vamos fazer? O que pretendemos realizar? Como vamos fazer? Como resolveremos determinado problema? Assim, nas mais simples e corriqueiras ações, o ser humano deve planejar a forma de atender a suas metas e a seus objetivos. Na visão de Barbosa (2011), o planejamento é a análise de dada realidade, a qual se reflete sobre as condições existentes e prevê ações para superar as dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Nesse contexto, toda aprendizagem, no ensino superior, precisa ser significativa para o aluno. Para tanto, é necessário considerar uma série de variáveis, tais como ideias, sentimentos, inteligência, cultura, profissão e sociedade. Isso exige que: • A aprendizagem do novo se faça a partir do universo de conhecimentos, experiências e vivências anteriores dos universitários; • Haja preocupação em motivar e despertar o interesse do universitário pelas novas aprendizagens com o uso de estratégias apropriadas; • Exista incentivo à formulação de perguntas e questões que digam respeito ao seu interesse; • Permita-se ao universitário entrar em contato com situações concretas e práticas de sua profissão e da realidade que o envolve; • O universitário assuma o processo de aprendizagem como seu e possa fazer transferências do que aprendeu na universidade para outras situações profissionais. (BARBOSA, 2011, p. 80-81) É responsabilidade do professor o planejamento do ensino por meio da seleção e organização dos conteúdos a serem apresentados aos alunos. Para isso, Martins (2008, p.60) apresenta alguns critérios que devem ser considerados: [...] sequência lógica (coerente com a estrutura e o objetivo da disciplina); gradualidade na distribuição adequada em pequenas etapas (considerando-se a experiência anterior do aluno); continuidade (articulação entre os conteúdos); integração entre as diversas disciplinas do currículo. O autor apresenta, ainda, a seleção e organização dos conteúdos educacionais de acordo com diversas abordagens do ensino que fundamentam a prática do professor e da escola. Isso está sintetizado no Quadro 2. Quadro 2 - Seleção e organização dos conteúdos escolares de acordo com diversas abordagens do ensino Abordagem Seleção e organização de conteúdos Transmissão-assimilação - Científico e dogmático. Concebe conhecimento como produto. - Distanciado da experiência do aluno e das realidades sociais. - Enciclopédico e intelectualista, acumulativo e quantitativo. “Todo acervo acumulado pela sociedade”. - Seleção e organização obedecem a uma ordenação rigorosamente lógica. Aprender a aprender Aprender a fazer - Vinculado aos interesses e às necessidades dos alunos de acordo com seu estágio de desenvolvimento. - Concebe conhecimento como processo. Dá maior valor aos processos mentais e às habilidades do que a conteúdos organizados racionalmente. - Seleção e organização obedecem a uma ordenação psicológica. - Organização sistêmica, voltada para a integração horizontal e vertical dos conteúdos. - Em termos de conhecimento organizado, dilui-se nos objetivos operacionais. - Compartimentado e atomizado. Produtos específicos e operacionais. Sistematização coletiva do conhecimento - Vinculado à prática social dos alunos e determinado por ela. - Organiza-se a partir da problematização da prática social dos agentes dos processos (professor-aluno). - Voltado para mediatizar a compreensão dos problemas postos pela prática social. - Concebe conhecimento como um processo de produção e sistematização coletiva a partir da caracterização e da problematização da prática social dos envolvidos no processo. Fonte: MARTINS, 2008, p. 61. Corroborando Martins (2008), Gil (2015) ressalta que o planejamento precisa ser entendido como parte de um sistema mais amplo (superssistema) que abrange outros sistemas (subsistemas). Dessa forma, o planejamento pode ser visto no contexto de um processo que envolve: diagnóstico, planejamento, execução e avaliação. No entanto, o mesmo autor afirma que a maioria dos professores universitários reconhece a importância de planejar o ensino, porém nem todos planejam seus cursos de maneira criativa. Muitos não levam em conta a necessidade do aluno e reproduzem “sem muita reflexão os mesmos métodos de ensino e os mesmos procedimentos de avaliação” (GIL, 2015, p.94). 5.Recursos tecnológicos no ensino superior Após apresentar o modo como ocorre o planejamento do ensino, agora vamos buscar entender a inserção das novas tecnologias na educação universitária e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem. Por décadas, os principais instrumentos para o ensino foram olápis, o caderno, o livro, o giz, o quadro-negro e o professor. No mundo atual, os recursos tecnológicos conquistaram espaço no cotidiano das pessoas, inclusive no ambiente educacional, como facilitadores do processo de ensino e aprendizagem e como agente da inclusão social. Com isso, o professor passou a dispor de diferentes opções metodológicas para se comunicar com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente e avaliá-los (MORAN, 2007). As instituições de ensino da atualidade, em grande número, fazem uso das mais variadas formas de tecnologias, trabalham com laboratórios informatizados, softwares educativos, internet, videoconferência, sala de TV e muitas outras ferramentas que complementam as aulas. Santiago (2006, p.12) exemplifica alguns recursos tecnológicos que podem ser incorporados como uma interface nos processos pedagógicos, facilitando e enriquecendo o processo ensino-aprendizagem. [...] acesso à microinformática, ou seja, navegação na Internet, criação de arquivos para projeção em sala de aula em softwares editores de textos, planilhas eletrônicas e softwares de apresentações; recursos audiovisuais (TV e vídeo) na aprendizagem; aplicação de multimídia, hipermídia e edição de sons e imagens; uso de softwares educativos; ambientes virtuais de aprendizagem; robótica educacional; Inteligência Artificial na Educação e computação visual e realidade virtual, dentre outros. Gesser (2012) afirma alguns avanços que as novas tecnologias poderão viabilizar para os processos educativos, tais como: • Agilizar o acesso às informações mais recentes e atuais produzidas por meios científicos em todo o mundo, independentemente de espaço e tempo; • Possibilitar o desenvolvimento da autoaprendizagem, de acordo com os interesses e ritmo de cada aluno, por intermédiode diferentes meios que a tecnologia dispõe, nos espaços mais variados: bibliotecas, laboratórios, escritórios, residências, trabalho e em outros lugares ou espaços públicos em que se encontram disponibilizados os equipamentos necessários ao acesso às informações por meio de imagens, textos, som, filmes, documentários etc. • Orientar os alunos nas suas atividades em qualquer ambiente informal, em qualquer tempo e espaço em que se encontram(tanto eles quanto os professores); • Possibilitar a oferta de cursos inteiros ou parciais a distância sem que a qualidade do currículo ofertado seja negligenciada ou ignorada; • Possibilitar a flexibilização do currículo em relação a sua forma de organização, principalmente quanto à seleção de conteúdos, metodologias de trabalho e formas de avaliação das atividades desenvolvidas; • Perceber os professores como mediadores pedagógicos dos processos ensino-aprendizagem, e não mais como fontes únicas e exclusivas da construção e aquisição do saber; • Inovar as técnicas metodológicas, com vistas a superar as convencionais ainda aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem na educação superior e em outros níveis educativos, proporcionando, desse modo, atividades acadêmicas mais dinâmicas e condizentes com o contexto da atualidade e que desafia o aluno a buscar respostas cada vez mais rápidas e eficientes. Nesse contexto, no ensino superior, há, por um lado,alunos que possuem maior habilidade com as novas tecnologias, e por outro, parte dos docentes ainda reticente ao uso dos recursos tecnológicos. Gesser (2012) observa alguns limites na utilização dos recursos tecnológicos, tais como: • Dificuldade para mudar os modelos curriculares atuais nas instituições de ensino superior; • Vários profissionais da educação ainda são resistentes ao uso da tecnologia como instrumento de ensino-aprendizagem; • Falta de conhecimento tecnológico por parte de professores e alunos; • Facilidade de dispersão dos alunos em frente das tecnologias usadas; • Falta de apoio financeiro nas instituições de ensino superior. Porém, o desafio na educação é muito maior do que simplesmente a utilização de recursos tecnológicos. Apenas a introdução de computadores ou de quaisquer outros recursos tecnológicos não ésuficiente para se concretizar uma nova educação. O importante é refletir uma educação com tecnologia que possa ser oferecida com qualidade. 6. Como avaliar a aprendizagem dos estudantes A avaliação é um componente essencial no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, até a década de 1970, era determinada por notas obtidas por meio de provas. Os professores realizam quizzes1 para motivar os alunos a estudar, determinar se estavam desenvolvendo novas habilidades e conhecimentose ter uma ideia das dificuldades que estavam encontrando (RUSSELL; AIRASIAN, 2014). A avaliação do aluno era feita por meio de exames, notas, sucesso, fracasso, promoção e repetência. O tema não era discutido pelos teóricos e educadores. Funcionava assim: o professor ensinava, o aluno deveria aprender e o primeiro julgava (pesando e medindo) se o segundo havia cumprido o papel de aprendiz. Em outras palavras, as avaliações eram realizadas com base em: [...] pesos e medidas – o “peso da responsabilidade”, que recaía unicamente sobre os alunos, e a “medida dos seus conhecimentos”, representada pelos pontos conseguidos por eles em provas e trabalhos escolares, que eram considerados representativos do quanto conheciam ou desconheciam o conteúdo avaliado. (ALVES, 2013, p. 4) Ainda hoje, as provas padronizadas compõem o processo avaliativo do aluno, porém não são tidas mais como fontes únicas. A avaliação em sala de aula ocorre de diversas formas e representa um processo contínuo que tanto auxilia 1Quiz: um tipo de jogo de questionários que tem como objetivo fazer uma avaliação dos conhecimentos sobre determinado assunto. os professores na tomada de decisões quanto ao planejamento e condução do ensino na sala de aula, assim como aos seus alunos. Atualmente, a avaliação assume dimensões mais amplas. Não tem mais como meta a atribuição de notas, mas, sim, avaliar uma série de objetivos que se traduzem em termos de mudanças de comportamentos dos alunos. Desse modo, o professor pode ajudá-los a avançarem na aprendizagem. Dessa forma, o processo de avaliação visa a determinar em que medida os objetivos educacionais foram realmente alcançados pelos alunos. Nesse contexto, iremos abordar as modalidades, funções e instrumentos avaliativos utilizados em sala de aula, que poderão contribuir na efetivação da aprendizagem entre os discentes. Inicialmente, identificam-setrês modalidades de avaliação, fundamentais em qualquer curso: diagnóstica, somativa e formativa. A avaliação diagnóstica é aquela que deve ser realizada no início do ano, do curso, de um período letivo, do semestre ou de uma unidade de ensino, com o propósito de constatar se os alunos possuem os conhecimentos básicos e imprescindíveis às novas aprendizagens. Para Haydt (2008), a avaliação diagnóstica possibilita ao professor identificar previamente a turma, definir quais conteúdos são pré-requisitos necessários para que o aluno consiga acompanhar a sua proposta de ensino. Ferreira (2002, p. 33) ressalta que a avaliação diagnóstica pode ser utilizada para: • conhecer o aluno, sua bagagem cognitiva e/ou suas habilidades; • identificar possíveis dificuldades de aprendizagem; • verificar o que o aluno aprendeu ou não aprendeu, identificando causas de não aprendizagem; • caracterizar o aluno quanto a interesses ou necessidades; • replanejar o trabalho. A modalidade de avaliação formativa é contínua, ou seja, realizada durante todo o período letivo, ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Assim, por meio desse tipo de avaliação é possível constatar se os objetivos estabelecidos foramatingidos pelos alunos, bem como levantar dados para que o professor possa realizar um trabalho de recuperação e aperfeiçoar seus procedimentos (HAYDT, 2008). Baseado em princípios construtivistas, esse tipo de avaliação requer instrumentos específicos que possibilitem aos alunos demonstrarem suas aquisições e déficit aos professores, tais como exercícios e questionários, seminários e exposições, portfólio ou webfólios, debates e autoavaliação. No entanto, é necessário que o estudante conheça os objetivos que deverá alcançar, bem como os critérios que serão utilizados para verificar e analisar seus avanços de aprendizagem. As avaliações somativas visam a classificar os resultados da aprendizagem alcançados pelos alunos ao final do processo (HAYDT, 2008). Consequentemente, elas ocorrem com muito menos frequência do que as avaliações formativas. Ao planejar uma avaliação somativa, o professor deve decidir: o que avaliar; que tipos de questões ou tarefas de avaliação devem ser incluídas; qual deve ser a duração da prova; e se deve usar uma prova feita por ele ou uma avaliação disponível no livro didático (RUSSELL; AIRASIAN, 2014). Russell e Airasian (2014) apresentam um quadro comparativo dos três tipos de avaliação, porém as denominam como: diagnóstica (como avaliação inicial), formativa (como avaliação instrucional) e somativa. É o que mostra o Quadro 3. Quadro 3: Comparação entre as três fases das avaliações em sala de aula Avaliação inicial Avaliação instrucional Avaliação somativa Propósito Dar ao professor uma rápida ideia e conhecimento prático das características dos alunos Planejar atividades educativas e monitorar o progresso da instrução Realizar os aspectos burocráticos do ensino como dar notas, agrupar os alunos e decidir seus lugares Período da avaliação Durante a primeira ou segunda semana de aula Diariamente ao longo do ano letivo Periodicamente durante o ano letivo Método de coleta de evidências Principalmente observação informal Observação formal e trabalhos dos alunos para planejamento; observação informal para monitoramento Provas, trabalhos, relatórios, quizzes e projetos formais Tipo de evidências coletadas Cognitivas, afetivas e psicomotoras Principalmente cognitivas e afetivas Principalmente cognitivas Forma de arquivar as informações Informações armazenadas na cabeça do professor; poucos relatórios escritos Planos de aula escritos; monitoramento não escrito de informações Relatórios formais no livro do professor ou nos arquivos da escola Fonte: RUSSEL; AIRASIAN 2014, p. 18. Avaliação do processo de aprendizagem é algo que deve ser constante, a fim de verificar os progressos e as dificuldades de cada estudante. No entanto, Libâneo (1994, p. 195) assinala que a avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas, pois [...] a mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico‐didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar. Hoffmann (2009a) também questiona se a capacidade da avaliação classificatória como instrumento garante a melhoria na qualidade do ensino. Para a autora, esse sistema é vago porque não é capaz de apontar as falhas no processo de aprendizado dos alunos e nas práticas de ensino do professor. Como alternativa a esse tipo de avaliação, Hoffmann (2009b) propõe a avaliação mediadora que, fundada na ação reflexiva, se desvincula da concepção de verificação de respostas certas/erradas e vai ao encontro de um sistema investigativo e reflexivo do professor sobre as manifestações dos alunos, valorizando a investigação, a troca de ideias, os questionamentos, a formulação de hipóteses, o desafio e a pesquisa. Desse modo, a avaliação mediadora se fundamenta na ação reflexiva, promovendo melhoria na situação, valorizando não somente o professor, mas principalmente o aluno como o centro de toda a aprendizagem, aceitando os seus pré-conhecimentos. Nessa perspectiva, o professor não é mais aquele que tem a verdade absoluta. A avaliação mediadora oportuniza discussões entre professor e alunos a partir de algumas situações desencadeadas em sala de aula, por meio de jogos, textos ou outras atividades interativas. Não há uma relação hierárquica do professor em relação aos alunos. Por outro lado, não há os habituais trabalhos em grupos que, muitas vezes, constituem uma verdadeira “colcha de retalhos”, na qual cada componente reescreve um trecho de um livro ou artigo qualquer e, posteriormente, são “costuradas” as diferentes partes sem qualquer tipo de discussão e submetidas à avaliação do professor (HOFFMANN, 2009a). Além das atividades em grupo, as tarefas também devem englobar a observação individual de cada estudante. Desse modo, é possível acompanhar os alunos durante a construção de seu conhecimento, possibilitando o uso de ações alternativas mais eficazes para superação das dificuldades e problemas (HOFFMANN, 2009a). Em síntese, cada um dos tipos de avaliação tem uma função específica e pode ser usado em diferentes momentos do processo avaliativo. Suas funções dependem da forma de uso e dos objetivos que se busca atingir. Considerações finais É notório que os recursos tecnológicos trouxeram avanços na área da educação, em especial no ensino superior, com metodologias empregadas para se fazer ensino nas diferentes formas de materialização do currículo, de aquisição ou de acesso às informações para a efetivação da aprendizagem. Por outro lado, também está evidente a necessidade de que os educadores estejam preparados para interagir com as novas tecnologias no ambiente de trabalho, estimular e facilitar a difusão da informática educacional, fornecer subsídios para a elaboração de projetos pedagógicos de acordo com a disciplina e o nível escolar dos alunos, propiciar condições de aprimoramento quanto ao uso da informática no processo de ensino e aprendizagem de todos os alunos. A avaliação deve ser um processo dinâmico e sistemático que acompanha o desenvolvimento e dificuldades do aluno dentro de um processo pedagógico. É um exercício permanente de reflexão e ação. Em síntese, o professor da atualidade precisa dispor de conhecimentos e habilidades pedagógicas, que podem ser obtidas e aperfeiçoadas por meio de formação continuada. É tido hoje como um excelente profissionalaquele capaz de estabelecer relação com o que está sendo aprendido (teoria) e a realidade que o aluno enfrentará na vida profissional (prática), bem comoplanejar o ensino de modo a prever ações para que os objetivos estipulados sejam alcançados. Para isso, precisa dispor de diversos métodos de ensino e recursos tecnológicos, bem como fazer uso de técnicas de avaliação formativa, a qual se desenvolve ao longo do processo letivo e facilitao processo de ensino e aprendizagem por parte do aluno. Esperamos que este material ofereça subsídios teóricos para que vocêpossa ressignificar as práticas pedagógicas no ensino superior com vistas à formação de cidadãos participativos, comprometidos, críticos, autônomos e reflexivos. Referências ANASTASIOU, L.; ALVES, L. 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