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TRANSFERÊNCIA DE CALOR PROF. PHILIPE PACHECO AULA 4 EQUAÇÃO DE CONDUÇÃO DE CALOR Prof. Philipe Pacheco 2 CONDUÇÃO EM CILINDROS Considere a condução de calor através de um tubo de água quente. O calor é perdido para o exterior através da parede do tubo. Assim, a Lei de Fourier para o cilindro pode ser expressa como: Prof. Philipe Pacheco 3 Fig.1: Transferência de calor no cilindro. Fonte: (Çengel, 2012) CONDUÇÃO EM CILINDROS Como A = 2.π.r.L e observe que a área muda em direção da transferência de calor. Temos: Prof. Philipe Pacheco 4 Fig.2: Seção do tubo. Fonte: (Çengel, 2012) CONDUÇÃO EM CILINDROS Considere agora o sistema composto. Prof. Philipe Pacheco 5 Fig.3: Distribuição de temperatura em parede composta. Fonte: (Incropera, 2014) Coeficiente Global de Transferência de Calor EXEMPLO 1. Vapor a T1∞,=320°C escoa em um tubo de ferro fundido (k= 80W/mK) cujos diâmetros internos e externos são D1 = 5cm e D2 = 5,5 cm, respectivamente. O tubo tem isolamento de lã de vidro de 3cm de espessura (k = 0,05 W/mK). O calor é perdido para o meio a T2∞ = 5°C por convecção natural e radiação, com coeficiente combinado de h2 = 18W/m²K. Sendo o coeficiente de convecção no interior do tubo igual a h1 = 60 W/m²K, determine a taxa de perda de calor por unidade de comprimento do tubo. Determine também a queda de temperatura da tubulação e do isolamento. Prof. Philipe Pacheco 6 Fig.4: Esquema. Fonte: (Çengel, 2012) CONDUÇÃO EM ESFERAS Podemos repetir a análise para uma camada esférica tomando A = 4.π.r² Prof. Philipe Pacheco 7 Fig.5: Condução em uma casca esférica. Fonte: (Incropera 2014) EXEMPLO 2. Um tanque de aço (k=40 kcal/hm°C), de formato esférico e raio interno de 0,5m e espessura de 5mm, é isolado com 11/2” de lã de rocha (k=0,04 kcal/hm°C). A temperatura da face interna do tanque é de 220°C e a face externa do isolamento é 30°C. Após alguns anos de utilização, a lã de rocha foi substituída por outro isolante, também com 11/2” de espessura, tendo sido notado então um aumento de 10% no calor perdido (mantiveram-se as demais condições. Determinar: a) Fluxo de calor pelo tanque com lã de rocha b) O coeficiente de condutividade do novo isolante c) A espessura (em polegadas) do novo isolante para que se tenha o mesmo fluxo de calor. Prof. Philipe Pacheco 8 RAIO CRÍTICO DE ISOLAMENTO O isolamento adicional aumenta a resistência de condução, mas diminui a resistência de convecção. Considere o tubo cilíndrico: Fazendo 𝑑 ሶ𝑄 𝑑𝑟2 = 0 Prof. Philipe Pacheco 9 Fig.6: Variação da taxa de TRC. Fonte: (Çengel, 2012) EXEMPLO 3. Um fio elétrico de 3mm de diâmetro e 5m de comprimento está firmemente recoberto com uma cobertura plástica de 2mm de espessura cuja condutividade térmica é k =0,15 W/mK. Medições elétricas indicam que uma corrente de 10A passa através do fio e há uma queda de tensão de 8V. Se o isolamento está exposto ao meio a T = 30°C, com coeficiente de convecção h =12 W/m²K. Determine a temperatura na interface entre o fio e a cobertura plástica. Determine também se, ao duplicar a espessura da cobertura, essa temperatura irá aumentar ou diminuir. Prof. Philipe Pacheco 10 Fig.7: Esquema. Fonte: (Çengel, 2012) ALETAS Uma alternativa para aumentar a taxa de transferência de calor seria aumentar a superfície, anexando superfícies estendidas chamadas aletas, feitas de materiais altamente condutores, como o alumínio. Prof. Philipe Pacheco 11 Fig.8: Aletas de radiador. Fonte: (Çengel, 2012) EQUAÇÃO DA ALETA 12 Prof. Philipe Pacheco Fig.9: Aleta. Fonte: (Çengel, 2012) EQUAÇÃO DA ALETA Prof. Philipe Pacheco 13 ALETA INFINITAMENTE COMPRIDA Nessa condição, a temperatura na ponta se aproxima da temperatura ambiente T∞ e, portanto, θ aproxima-se de 0. Prof. Philipe Pacheco 14 Fig.10: Aleta circular longa. Fonte: (Çengel, 2012) PERDA DE CALOR DESPREZÍVEL NA PONTA A superfície da ponta da aleta geralmente é uma fração desprezível da sua área total. Então, a ponta pode ser considerada adiabática. Prof. Philipe Pacheco 15 TEMPERATURA ESPECIFICADA Neste caso, a temperatura na extremidade da aleta é fixada TL. Prof. Philipe Pacheco 16 CONVECÇÃO A PARTIR DA PONTA As pontas das aletas, na prática, estão expostas aos arredores, portanto a condição de contorno adequada é a convecção, que também inclui os efeitos da radiação. Prof. Philipe Pacheco 17 COMPRIMENTO CORRIGIDO A solução para equação anterior é bastante complexa. Uma maneira de prática de contabilizar a perda na ponta, é utilizar o comprimento corrigido para o caso da ponta isolada. Prof. Philipe Pacheco 18 Fig.11: Comprimento corrigido da aleta. Fonte: (Çengel, 2012) EFICIÊNCIA DA ALETA Prof. Philipe Pacheco 19 Fig.12: Distribuição da temperatura ideal e real ao longo da aleta. Fonte: (Çengel, 2012) EFICIÊNCIA DAS ALETAS 20 Prof. Philipe Pacheco Fig.13: Eficiência. Fonte: (Çengel, 2012) EXEMPLO 4. Um bastão muito longo, com 5mm de diâmetro, tem uma de suas extremidades mantida a 100°C. A superfície do bastão está exposta ao ar a 25°C, com um coeficiente de transferência de calor por convecção de 100 W/m²K. Determinar a perda de calor se o bastão for construído em cobre puro (k = 398 W/mk). Prof. Philipe Pacheco 21 REFERÊNCIAS INCROPERA, Frank. P.; DEWITT, David. P.; BERGMAN, Theodore L.; LAVINE, Adrienne S. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. 7ª edição, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 2014. ISBN: 9788521625049. ÇENGEL, Yunus. A. Transferência de Calor e Massa: Uma abordagem prática. 3ª edição, McGraw-Hill, São Paulo, 2012. ISBN: 9788577260751. ALVES,T. A. Transferência de Calor. Notas de aula. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Prof. Philipe Pacheco 22
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