Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Slides- Tóp. Esp. Doenças Hipermetabólicas DPOC Definição: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença pulmonar inflamatória crônica caracterizada por obstrução crônica das vias aéreas que interfere na respiração normal Associado a outras doenças sistêmicas, metabólicas: doenças cardiovasculares, disfunção muscular esquelética, câncer de pulmão e diabetes tipo 2 . Essas associações podem ser devidas a fatores como: envelhecimento, tabagismo, inatividade física e genética. A exposição a substâncias tóxicas, como fumaça de tabaco e poluentes inalados, induz uma resposta inflamatória contínua nos pulmões, que acumulam granulócitos, macrófagos e linfócitos neutrófilos. Fisiopatologia: Paciente DPOC apresenta: Aumento nas dimensões dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais com perda das paredes alveolares e recuo elástico dos pulmões → Enfisema; Secreção excessiva de muco em vias aéreas → BRONQUITE CRÔNICA; Enfisema = hiperinsulflação e aprisonamento de ar Estreitamento de vias aéreas brônquicas variável → ASMA Na combinação dos sinais e sintomas podem incluir: Dispnéia progressiva; Limitação progressiva aos exercícios; Alterações no estado mental; Diminuição do débito cardíaco – o resto do corpo pode sofrer de hipoxemia tecidual e caquexia respiratória. Eventualmente o portador de DPOC desenvolve diminuição da massa muscular e perda de peso. Tosse Crônica Produção de Muco qualidade de vida; tolerância para a prática de exercícios físicos; Disfunção muscular periférica; Bronquite Crônica: manifesta-se clinicamente por tosse e expectoração na maioria dos dias, por pelo menos 3 meses consecutivos por ano, em 2 anos sucessivos. Ocorre hipertrofia e hiperplasia das glândulas mucosas nos grandes brônquios e alterações inflamatórias crônicas nas pequenas vias aéreas Etiopatogenia Na DPOC, ocorre inflamação crônica das vias aéreas centrais e periféricas, do parênquima e dos vasos pulmonares em resposta à inalação de partículas e gases nocivos. Há acúmulo de macrófagos, neutrófilos e linfócitos que liberam mediadores que são capazes de lesar estruturas pulmonares e manter a inflamação neutrofílica, levando a um cíclico processo de destruição e reparação. A inflamação crônica causa remodelamento e estreitamento das pequenas vias aéreas. A destruição do parênquima pulmonar, leva à perda das conexões alveolares às pequenas vias aéreas e reduz o recolhimento elástico pulmonar. Tais alterações diminuem a habilidade das vias aéreas se manterem abertas durante a expiração. Slides- Tóp. Esp. Doenças Hipermetabólicas Inflamação sistêmica, DM 2 E DPOC Elevação de PCR, TNF α, IL-6, que são mediadores de DM 2 Citocinas inflamatórias presentes em escala semelhante, no DPOC, e DM2 Em 7 estudos de meta análise, 17% apresentou maior risco de DM2 na presença de DPOC. Complicações: Pneumonia recorrente, Depressão Desnutrição Pneumotórax Insuficiência respiratória Anemia Policitemia – Aumento de glóbulos vermelhos Nutrição A eficácia e a segurança da terapia hormonal com grelina sintética em pacientes com DPOC, que têm um desempenho físico gravemente diminuído e caquexia, estão sendo investigadas e há alguns resultados iniciais promissores. Terapia Nutricional visa corrigir as alterações de perda de massa magra e tecido adiposo com uso de suplementos e caso necessário nutrição enteral, para reposição de nutrientes. Dieta rica em calorias aumenta a produção de co2 e causa maior estresse ao sistema respiratório A dieta rica em gorduras leva a menor produção de co2 e pode ser benéfica Uma dieta rica em proteínas pode aumentar o consumo de o2 e aumentar a resposta ventilatória, hipoxemia pode levar a dispneia em pacientes com limitação respiratória, ainda necessita de mais estudos Reduza o consumo de gordura na confecção dos alimentos, preferindo os cozidos, grelhados e assados sem gordura Reduza o consumo de sal. O excesso de sal interfere na retenção de líquidos e na sua capacidade respiratória Contudo não esqueça que o peixe gordo (sardinha, cavala, atum, salmão) tem ómega 3, que deve ser consumido pelo menos 2 vezes/semana. Evite bebidas açucaradas e/ou com cafeína Beba cerca de 1,5L de água por dia. Pode substituir a água por chá ou infusões de ervas sem adição de açúcar. O consumo de líquidos facilita a expulsão das secreções, porque as torna mais fluidas Se sente desconforto após refeição deve: Comer lentamente mastigando bem os alimentos Comer refeições menos abundantes e mais vezes ao dia (6 refeições) Evitar bebidas gaseificadas Evitar alimentos que causam gás (ex: favas, feijões, brócolos, couve de Bruxelas... Se tem excesso de peso coma 6 refeições ao dia ingerindo pequenas quantidades de cada vez. Procure ingerir mais peixes e carnes brancas em vez de carnes vermelhas. Coma hortaliças em abundância. Não coma fritos. Evite excesso CHO simples. CASO CLÍNICO Um homem de 58 anos de idade, história de tabagismo 1,5 maços por dia a 40 anos, apresenta dispneia progressiva, tosse crônica e produção de escarro amarelado nos últimos 2 anos. Durante o exame físico, apresenta-se caquético e com desconforto respiratório moderado. As veias jugulares estavam levemente distendidas. O exame do pulmão revela um tórax, com sibilância inspiratória e expiratória moderada. Os exames cardíaco e abdominal estão dentro dos limites normais. Os membros inferiores exibem raros edemas depressíveis. Estatura - 1,76 m, e Peso atual de 59 Kg. EXAMES LABORATORIAIS HB: 10,9 g HT: 29 % GLIC: 155 mg UREIA: 35 mg CREATININA: 1,04 mg POTÁSSIO: 4,0 mg SÓDIO: 143 mEq
Compartilhar