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DIREITO GREGO – ESPARTA E ATENAS Geovanna Cristina de Oliveira Araújo A Grécia configurava-se como uma organização política com uma união de Cidades-Estados independentes entre si, possuindo alguns pontos em comum como por exemplo a crenças de que a Cidade-Estado era governada pela lei. No que diz respeito ao direito grego, as mais intrigantes e de extrema importância foram Esparte e Atenas. Esparta constituía-se com características voltadas primordialmente para a questão militar em especial a sua rigidez e disciplina. A sociedade espartana foi dividida em três camadas principais, os Espartiates eram os dórios, guerreiros, os Periecos eram aqueles que tinham boas condições, porém nenhum direito político e os Hilotas sendo os escravos do Estado. No que compete ao direito em si, os espartanos atribuíram a criação de sua constituição e leis ao legislador Licurgo. A obra do legislador tinha como um dos pontos chaves o refreamento quase total do crescimento de Esparta, as bases econômicas atribuídas por Licurgo eram voltadas a um “antienriquecimento” visto que não era permitido a realização de atividades lucrativas, além de uma fixação de distribuição de produtos necessários para a vida de forma igualitária afim de impedir a aspiração a riqueza. Além disso, Licurgo também implementou a educação militar, os jovens eram educados para viver para o Estado, a partir dos sete anos de idade já seriam educados para a atividade militar até os dezoito anos. A organização política espartana era extremamente centralizada e monopolizada dividia-se entre os Gerúsia sendo o concelho de anciões e os Éforos que eram cinco magistrados com função de educar as crianças espartanas, fiscalizar a vida pública e cuidar dos processos civis. Em contrapartida, Atenas constituía-se como uma Cidade-Estado voltada a economia, tanto rural como as atividades artesanais e comerciais. No entanto, apesar do crescimento e desenvolvimento econômico e político as camadas mais populares enfrentavam sérios problemas sociais. Em busca de solução formaram um Partido Popular questionando e buscando soluções contra a oligarquia, em resposta a oligarquia oferece reformas para acalmar e tentar solucionar alguns dos problemas. Para a realização das reformas surgem as figuras dos legisladores como os primeiros a redigirem leis em Atenas. Drácon foi o primeiro e o mais famoso, um ponto central das suas leis é a severidade e conservadorismo na qual em muitos pontos apenas escreve os antigos costumes sem alterações. O direito posto por Drácon é pautado nas religiões, qualquer delito cometido era visto como ofensas as divindades, por conseguinte visto como muito sério e passível de pena de morte. As leis desse legislador, no entanto, não conseguiram resolver os problemas econômicos e políticos, forçando o Partido Popular a buscar uma nova reforma. O segundo legislador, chamado Sólon, buscava resolver os problemas sociais com sua nova legislação. Como resultado, as leis de Sólon constituíram-se como uma grande revolução social na medida que basicamente todos seus artigos possuíam como um dos seus preceitos básicos é a eunomia entendido como uma igualdade de todos perante a lei afim de não haver mais uma distinção entre as camadas sociais atenienses. Em suma, a reforma de Sólon buscava diminuir a severidade das leis propostas por Drácon além de conseguir se estender nos campos político, econômico e social configurando-se como um incentivo ao desenvolvimento econômico de Atenas. REFERÊNCIAS CASTRO, Flávia Lages de. História do direito Geral e do Brasil. 13. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.
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