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PCSP - Medicina Legal - Polícia Civil do Estado de São Paulo

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Medicina Legal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medicina Legal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livro Eletrônico 
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Introdução à Medicina Legal
MEDICINA LEGAL 
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INTRODUÇÃO À MEDICINA LEGAL
A medicina legal é uma disciplina que tem assumido uma grande importância no dia a dia 
dos concurseiros 1, principalmente para aqueles que estudam para as carreiras policiais 2. O 
motivo é simples: os policiais lidam com a medicina legal no seu cotidiano do trabalho. Por 
isso, é essencial que eles possuam um certo conhecimento da matéria, de modo a saber, 
numa cena de crime, se a vítima foi atingida por projetil de arma de fogo ou por uma faca 3.
MEDICINA LEGAL PARA OS CANDIDATOS – IMPORTÂNCIA
1) Concursos;
2) Prova Objetiva / discursiva;
• Em provas objetivas, as bancas normalmente cobram de 5 a 10 questões.
• Em provas discursivas, pode-se cobrar medicina legal ou criminalística.
3) Academia / prova;
• No curso de formação, a matéria de medicina legal é cobrada novamente. Por isso, 
deve-se estudá-la agora para evitar acumulação com as demais matérias tratadas no 
curso de formação. Além disso, saiba que a nota final obtida no curso de formação é 
essencial para: 
 – Determinar se você será chamado no início ou no final;
 – Determinar o local onde você irá exercer as suas funções.
4) Exercício profissional: requisitar perícias, interpretar laudos, rotina etc.
• O investigador de polícia, por exemplo, após a conclusão da investigação, elaborará um 
relatório e o enviará para o delegado de polícia tomar as medidas cabíveis.
• No exercício da profissão, o servidor público vai analisar uma série de documentos, 
como, por exemplo, laudo pericial de local de crime, laudo pericial de exame de corpo 
1 Alguns concursos de defensor público e promotor público cobram medicina legal.
2 Com exceção dos concursos para as carreiras policiais do Distrito Federal em que a cobrança é pouco frequente.
3 Quando o policial chega na delegacia, para fazer o registro do boletim de ocorrência, ele precisa descrever o tipo de ferimento.
5m
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Introdução à Medicina Legal
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de delito, laudo cadavérico, laudo de conjunção carnal, laudo de lesão corporal etc. Por 
isso, é fundamental o conhecimento sobre medicina legal para entender as conclusões 
expressadas nesses laudos e, consequentemente, fazer um relatório bem fundamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Não confunda medicina legal com o direito: o direito é uma ciência jurídica e a medicina 
legal é um ramo da medicina que é uma ciência técnico-científica. Por isso, as termino-
logias mudam e, principalmente, a forma de estudar muda. Em medicina legal, a leitura 
precisa estar associada à visualização das imagens 4, pois de nada adianta ler o con-
ceito de equimose sem ver o que é, de fato, uma equimose. 
1. FRANCA, Genival Veloso De. Medicina Legal. Guanabara Koogan;
• Professor da UFPB.
• Médico-legislativa da PC/PB.
• É o primeiro livro massivamente adotado pelas bancas.
 – Por isso, é essencial que você conheça a abordagem do professor França.
• As imagens usadas no livro são de qualidade mediana e, a maior parte, em preto e branco.
2. HÉRCULES, Hygino. Medicina Legal. Ateneu;
• É um livro pouco usado pelas bancas.
3. CROCE, Delton. Manual de Medicina Legal. Saraiva;
4. LUIZ, Celso. Medicina Legal. Campus Concursos. 
5. COSTA FILHO, Paulo Enio Garcia da. Criminalística e Medicina Legal para concursos.
4 O ideal é a visualização de imagens coloridas.
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Introdução à Medicina Legal
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ATENÇÃO
O aluno do GranCursos não precisa adquirir nenhum livro, pois o material fornecido já é 
suficiente para responder às mais variadas questões.
Obs.: � há imagens de qualidade de medicina legal no instagram da professora Plúvia Melo 
(@medicinalegalparaconcursos) e no site do professor Mathus Galvão (www.mal-
thus.com.br).
IMPORTÂNCIA DAS MATÉRIAS
A medicina legal, assim como as demais disciplinas, se divide em várias partes. A princí-
pio, todas as partes são importantes e, por isso, devem ser estudadas. Mas, caso você esteja 
sem tempo, se dedique à traumatologia forense e à tanatologia forense.
• Traumatologia forense 5: ramo da medicina legal que descreve o instrumento que causa 
determinado tipo de lesão.
 – A partir dos conhecimentos adquiridos nessa matéria, consegue-se identificar, por 
exemplo, o causador de determinado orifício (projétil de arma de fogo ou chuço).
• Tanatologia forense: conceitua a morte (violenta, natural, suspeita) e os fenômenos 
relacionais à morte (resfriamento, rigidez).
5 Ramo da medicina legal que descreve a lesão e o instrumento que a provocou.
4 www.grancursosonline.com.br
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Introdução à Medicina Legal
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Conforme a pesquisa da professora Plúvia Melo, das 603 questões analisadas, 202 ques-
tões cobraram a traumatologia e 99 questões, a tanatologia.
Embora a matéria de traumatologia seja a mais cobrada, é essencial o estudo de outras 
matérias, como, por exemplo, a sexologia forense que estuda o comportamento sexual des-
viante. Um dos objetos de estudo da sexologia forense são parafilias — doenças relaciona-
das ao comportamento sexual. São exemplos de parafilias: pedofilia 6, sadomasoquismo, fro-
terismo 7. 
CONCEITO
O conceito de medicina legal, antigamente, não era cobrado em provas, mas, desde 2018, 
as bancas estão abordando o tema.
A medicina legal nada mais é do que a aplicação dos conhecimentos da medicina à prática 
jurídico-legal, quer na aplicação da lei no dia a dia, quer na elaboração de leis.
6 Pessoas que sentem atração sexual por crianças e adolescente.
7 Pessoas que obtêm prazer sexual mesmo que ambos estejam vestidos.
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Introdução à Medicina Legal
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• Elaboração de leis.
 – Para estabelecer o conceito de lesão leve, grave e gravíssima, o legislador se baseou 
nos conhecimentos da medicina legal.
• Aplicação da lei.
 – O mesmo conhecimento médico exigido para elaborar a lei é necessário para aplicar 
a lei; pois, sem ele, o promotor ou o juiz, por exemplo, não conseguiria saber se a 
lesão causou debilidade permanente de órgão, sentido ou função 8.
Ciência que age na aplicação dos conhecimentos médico-biológicos, na elaboração e exe-
cução das leis que deles carecem (FÁVERO).
É Ciência e Arte 9 ao mesmo tempo. Ciência porque faz uso dos conhecimentos da Medi-
cina para explicar fatos de relevância jurídica. Arte porque depende de sensibilidade e de 
qualidades instintivas do perito para perceber e explicar determinados tipos de fenôme-
nos (FRANÇA).
A Medicina Legal é, em resumo, o emprego das ciências médicas no esclarecimento de 
questões do Direito.
• Esferas: penal, civil, administrativas, previdenciárias etc.
 – Se uma pessoa sofrer lesão por um erro médico, por exemplo, além das sanções 
penais aos quais o médico está sujeito, a vítima pode pleitear uma indenização cível. 
Mas, para tanto, precisará provar o erro por meio de uma perícia médica e, com isso, 
necessitará dos conhecimentos da medicina legal — no âmbito cível. O profissional 
responsável pelo erro também pode estar sujeito a sanções administrativas no âmbito 
do respectivo Conselho Profissional 10, por exemplo.
 – Imagine que um trabalhador sofra um acidente de trabalho e tenha a sua capacidade 
laborativa reduzida por um certo período. Para ter acesso ao benefício previdenciário, 
o trabalhador precisará ser submetido a uma perícia médica.Mais uma vez, então, há 
a necessidade de se utilizar os conhecimentos da medicina legal.
8 A vítima precisa ser submetida a um exame de lesão corporal que é realizado por um médico legista que aplicará os conceitos da medicina legal.
9 O professor França defende que a medicina legal não é só ciência como também é arte, pois depende do treinamento e da sensibilidade do médico para aplicar 
a medicina legal.
10 Aplicam-se, então, os conhecimentos da medicina legal no âmbito do direito previdenciário.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Laécio Carneiro. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Introdução à Medicina Legal II
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INTRODUÇÃO À MEDICINA LEGAL II
INTERDISCIPLINAR
Vale-se de outras ciências:
• Criminalística;
 – É o estudo dos vestígios físicos, químicos e biológicos deixados no local do crime.
• Balística Forense;
 – Relaciona-se com a traumatologia e o estudo dos instrumentos perfuro-contundentes 
(projéteis de arma de fogo).
• Toxicologia Forense;
 – Exemplos: envenenamentos, dependências químicas, lesões causadas por agen-
tes químicos.
• Química Forense;
• Biologia e DNA Forense;
• Papiloscopia;
 – Quando o médico-legista está realizando a autópsia do corpo, há um policial fazendo 
a identificação do corpo por meio das papilas dérmicas 1. Antigamente, os papilosco-
pistas eram chamados de identificadores.
 - Posteriormente, vamos estudar os outros métodos de identificação dos corpos, 
além da papiloscopia, como, por exemplo, a arcada dentária, DNA, estudo dos 
ossos e regiões anatômicas do corpo.
• Direito;
• Psicologia e Psiquiatria;
• Segurança no trabalho;
 – A infortunística é o ramo da medicina legal que estuda as lesões provocadas pelo tra-
balho e pelos acidentes de trabalho.
1 Impressão palmar e plantar.
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Introdução à Medicina Legal II
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• Outras.
ÁREAS
1) Medicina Legal Geral:
• Deontologia Médica: direitos, deveres, obrigações, exercício da profissão, exercício 
legal/ilegal, segredo médico, responsabilidades e ética médica;
 – Em outras palavras, a Medicina Legal Geral diz respeito ao estudo das normas e dos 
aspectos éticos e deontológicos relacionados ao exercício da medicina legal e da 
profissão de médico. 
 – Embora a medicina legal seja exercida precipuamente por médicos 2, há outros pro-
fissionais que utilizam do conhecimento da medicina legal no exercício das suas fun-
ções. O perito criminal, por exemplo, precisa dos conhecimentos da medicina legal 
para proceder com o exame do local de crime 3.
Obs.: � o exame perinecroscópico pode ser feito por qualquer pessoa. Esse exame consiste 
na visualização e descrição das feridas do cadáver.
• Recentemente, as bancas têm cobrado a parte de ética médica para os cargos de 
investigador, escrivão e delegado de polícia.
 – Vide a última prova da PC/MG.
2) Medicina Legal Especial:
• Antropologia Forense: identificação do vivo, do morto, do esqueleto, por critérios téc-
nico-científicos: medidas, sexo, idade, defeitos, DNA.
2 A realização de exame cadavérico, de acordo com a legislação médica, é ato privativo de médico.
3 Ao chegar ao local do crime, o perito precisa saber identificar o instrumento que causou a lesão na vítima (ex.: arma branca, revólver, carabina), para que a 
autoridade policial proceda com a devida busca.
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Introdução à Medicina Legal II
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 – Ao se identificar uma ossada numa área rural, por exemplo, deve-se verificar:
 - se a ossada é de uma criança, de um adulto ou de um idoso;
 - se a ossada é de uma mulher ou de um homem;
 - se causa da morte foi um traumatismo crânio-encefálico.
 – Um problema comum na antropologia forense ocorre quando uma pessoa, com carac-
terísticas de um adulto, é detida, sem identificação civil, e se afirma menor de idade. 
Nessa situação, é imprescindível a correta identificação, pois o tratamento jurídico 
dado ao adulto 4 é complemente diferente daquele dado ao adolescente 5. É nesse 
momento que se aplica a medicina legal por meio da antropologia forense. 
A antropologia forense, com enfoque na antropologia craniométrica, é muito cobrada em 
provas da região Sudeste.
4 Irá para a penitenciária.
5 Irá para uma unidade sócio-educativa
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Introdução à Medicina Legal II
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• Traumatologia Forense: traumas e lesões corporais, com enfoque jurídico.
• Sexologia Forense: sexualidade sob a ótica normal, anormal e criminosa.
 – A sexologia forense é o estudo médico-jurídico do comportamento sexual desviante 
(qualidade e quantidade).
 - A medicina estudará o corpo da vítima para verificar o tipo de violência sexual pra-
ticada e os vestígios constatados (ex. gravidez, virgem, tipo de hímen).
IMPORTÂNCIA
• Profissionais do direito: médicos, peritos criminais, delegados, juízes, promotores, 
advogados;
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Introdução à Medicina Legal II
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• Saber quando requisitar a prova material;
 – Do ponto de vista legal, cabe à autoridade policial requisitar a prova pericial 6. Mas 
é fundamental que o escrivão e o agente policial saibam quando se deve reque-
rer a perícia para assessorar corretamente o delegado de polícia no momento da 
requisição.
• Interpretar a prova (rainha das provas);
• Elaboração de perguntas/quesitos corretamente;
 – Os quesitos são perguntas elaboradas pela autoridade policial ou judiciária e destina-
das aos peritos (médico-legista ou criminais) para responderem a eventuais dúvidas 
que surgirem ao longo do inquérito ou do processo.
 – Exemplos de quesitos:
 - Houve alteração fisiológica na vítima?
 - Houve lesão corporal?
 - A lesão corporal causou debilidade permanente de órgão, sentido ou função?
 - A lesão corporal causou incapacidade para o exercício das funções habituais por 
mais de 30 dias? 
• Peritos criminais: entendimento da dinâmica do crime, interpretando a cena, a partir das 
lesões observadas no cadáver.
6 Eventualmente, a perícia é requisitada pelo juiz ou membro do Ministério Público. É possível também a requisição por ordem de autoridade que preside 
inquérito militar.
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Introdução à Medicina Legal II
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DIRETO DO CONCURSO
1. (QUESTÃO INÉDITA/2020) Sobre a traumatologia forense, pode-se afirmar que este ramo 
da Medicina Legal estuda principalmente:
a. os crimes contra a dignidade sexual.
b. a gravidez, aborto e infanticídio.
c. questões voltadas ao vínculo entre familiares.
d. a identidade e identificação da vítima.
e. as lesões corporais e as energias causadoras do dano.
COMENTÁRIO
A traumatologia forense é o ramo da Medicina Legal que estuda os instrumentos, as feridas 7 
ou lesões e as energias causadoras do dano.
Observe o ramo da Medicina Legal que estuda as matérias citadas nas demais alternativas:
• Os crimes contra a dignidade sexual: sexologia forense.
• A gravidez, aborto e infanticídio: sexologia forense.
• Questões voltadas ao vínculo entre familiares: sexologiaforense.
 – O direito civil também estuda esse tipo de questão.
• A identidade e identificação da vítima: identificação médico-legal e antropologia forense.
2. (QUESTÃO INÉDITA/2020) Medicina legal é definida como: 
a. A ciência que investiga métodos, processos e técnicas de identificação da identidade.
b. Um conjunto de conhecimentos médicos destinados a servir ao direito e que cooperam 
na elaboração, interpretação e execução de dispositivos legais, no seu campo de ação 
de medicina aplicada.
c. A análise racional da participação da vítima na eclosão e justificativa das infrações pe-
nais.
d. A arte de fazer laudos médicos, segundo o cirurgião Ambroise Paré.
7 Toda ferida é uma lesão, mas nem toda lesão é uma ferida. Afinal, a ferida é uma lesão que expõe camadas inferiores do corpo da vítima — são lesões “san-
grantes”.
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Introdução à Medicina Legal II
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e. A ciência que estuda as doenças profissionais, os acidentes de trabalho, a higiene e a 
insalubridade laborais.
COMENTÁRIO
Medicina legal é definida como um conjunto de conhecimentos médicos destinados a servir 
ao direito e que cooperam na elaboração, interpretação e execução de dispositivos legais, 
no seu campo de ação de medicina aplicada.
Lembre-se de que a Medicina Legal brasileira tem forte influência das escolas de medicina 
da França.
3. (QUESTÃO INÉDITA/2020) Sob o ponto de vista didático, a medicina legal está dividida 
em medicina geral e medicina especial. A respeito da medicina legal especial, assinale a 
opção correta.
a. A antropologia forense é o estudo da identidade e da identificação, seus métodos, pro-
cessos e técnicas.
b. A infortunística trata da análise racional da participação da vítima na eclosão e justifica-
ção das infrações penais.
c. A tanatologia versa sobre os fenômenos volitivos, afetivos mentais, a periculosidade do 
alienado, as socioneuropatias em face de problemas judiciários, a simulação e a dissi-
mulação.
d. A vitimologia estuda os diferentes aspectos da génese e da dinâmica dos crimes.
e. A asfixiologia forense é o estudo dos cáusticos e dos envenenamentos.
COMENTÁRIO
A antropologia forense, ligada à medicina legal especial, é o estudo da identidade e da 
identificação, seus métodos, processos e técnicas.
Vejamos os erros das demais alternativas:
Letra “b”: quem trata da análise racional da participação da vítima na eclosão e justificação 
das infrações penais é a vitimologia.
Letra “c”: a tanatologia estuda o conceito de morte e os fenômenos relacionados à morte.
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Introdução à Medicina Legal II
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Letra “d”: a vitimologia estuda a vítima.
Letra “e”: a asfixiologia forense estuda o enforcamento, estrangulamento e a esganadura. A 
banca tentou enganar o candidato ao colocar a expressão “envenenamento”, pois existem 
venenos (ex.: monóxido de carbono) que ocasionam a morte por asfixia.
GABARITO
1. e
2. b
3. a
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preparada e ministrada pelo professor Laécio Carneiro. 
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Traumatologia Forense
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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TRAUMATOLOGIA FORENSE
FERIDAS PUNCTÓRIAS OU PUNTIFORMES
• Instrumentos perfurantes: pontiagudos, alongados e finos;
• Prego, sovela, “chucho”, furador de gelo, agulha, espetos para churrasco...;
• Agem por impacto e/ou pressão contra uma pequena superfície do corpo, afastando as 
fibras do tecido;
• Pouca hemorragia;
• Diâmetro da ferida menor que o diâmetro do instrumento – elasticidade da pele.
Qualquer objeto pode ser utilizado arma. Tecnicamente, arma é qualquer instrumento que 
aumente a capacidade de ataque ou de defesa. Temos armas próprias, que são instrumentos 
produzidos com a finalidade de serem utilizados como arma, como uma espada ou arma de 
fogo, por exemplo. Mas temos também armas impróprias, que não são produzidas com a fina-
lidade de servirem como arma, como agulhas, pregos, espeto para churrasco etc.5m
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Traumatologia Forense
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Obs.: � Esses instrumentos podem ser considerados como perfurantes, que produzem lesão 
punctória ou puntiforme. Mas dependendo da banca, podem ser considerados pérfu-
ro-contundente, que perfura por percussão, por contusão. Um espetinho para churras-
co, por exemplo, vai depender da forma que será operado. Se for operado penetrando 
na pele da vítima, vai produzir uma lesão puntiforme ou punctória e ele, mais adequa-
damente, deverá ser considerado um instrumento perfurante. Porém, se ele for intro-
duzido com força, será considerado um instrumento pérfuro-contundente.
FERIDAS INCISAS, CORTANTES OU DE AÇÃO CORTANTE
• Instrumentos de gume;
• Navalha, lâmina, bisturi, estilete, faca*, canivete*;
• “Ferida fusiforme”; (literatura se refere a Ferida Fusiforme)
• Agem por deslizamento da lâmina na superfície do corpo, abrindo por corte as fibras 
do tecido;
• Forma linear;
• Regularidade das bordas;
• Hemorragia abundante;
• Mais comprida que profunda;
• Afastamento das bordas;
• Cauda de escoriação;
• Centro das feridas mais profundo que as bordas.
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Traumatologia Forense
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Traumatologia Forense
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
FERIDAS MISTAS
Feridas anteriores combinadas:
• Contusa;
• Puntiformes;
• Cortante ou incisa;
• Cortocontusa; um machado, por exemplo. Ele tem um gume que não é operado desli-
zando. O gume opera por impacto;
• Pérfurocontusa; quando objetos perfuram sendo operados com força, com impacto 
(“chuchu”, espeto de churrasco, projétil de arma de fogo);
• Pérfurocortante; quando o instrumento entra cortando e perfurando. Ou seja, tem 
ponta e gume.
FERIDA CORTOCONTUSA
• Instrumentos que agem por impacto e que têm gume: facão, machado, cutelo, 
foice, enxada, guilhotina, rodas de trem;
• Transferência de energia cinética de forma mista: ação cortante + contundente.
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preparada e ministrada pelo professor Laécio Carneiro Rodrigues. 
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Traumatologia Forense II
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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TRAUMATOLOGIA FORENSE II
FERIDAS PÉRFUROCORTANTES
• Instrumentos que têm ponta e gume;
• Mecanismo misto: perfuram e cortam;
• Agem por pressão e por secção;
• Facas, canivetes, punhais (dois gumes), lima (três gumes);
• Ferimentos em forma de “botoeira” (casa do botão);
• Feridas mais profundas e sangrentas.
• Um gume;
• Dois gumes;
• Três gumes: formato triangular;
• Espessura: maior que a da lâmina;
• Comprimento: menor que o da lâmina.
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Traumatologia Forense II
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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FERIDAS PERFURO CONTUSAS: PAFS E ARMAS DE PRESSÃO
• Instrumentos que agem perfurando e por impacto/pressão/percussão.
• Exemplos: projéteis de arma de fogo (PAFs).
• A arma de pressão, diferente da arma de fogo, não é produzida por explosão, inflama-
ção de uma substância química. Na arma de pressão há um sistema de molas ou um 
sistema de ar comprimido que lança o projétil. Porém ambas as armas causam feridas 
perfuro contusas.
• Arma: instrumento que aumenta a capacidade de ataque ou de defesa;
• Arma de fogo: Aparelho arremessador + projétil + carga de projeção (química, reação 
de combustão);
• Munição: estojo (cápsula) + espoleta + PAF + pólvora;
• Bucha em alguns tipos.
15m
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Traumatologia Forense II
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Obs.: � A bucha é muito importante para determinar o calibre da arma utilizada.
FERIDAS PERFUROCONTUSAS POR PAF
• Efeitos primários e secundários.
Efeitos primários
• Ocorrem nos tiros a distância.
• Orifícios (OE/OS) e túnel (passagem do PAF).
Efeitos secundários
• Ocorrem nos tiros a curta distância e nos tiros de encosto.
20m
25m
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Traumatologia Forense III
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
TRAUMATOLOGIA FORENSE III
FERIDAS PERFUROCONTUSAS POR PAF
Efeitos Primários
• Independem da distância;
• Orifício de entrada (OE): rompimento da epiderme (orla ou zona de contusão) etc;
• A epiderme é deformada pelo PAF;
• A epiderme envolve o PAF;
• A epiderme limpa o PAF (orla de enxugo): remoção das impurezas do PAF na pele, ao 
redor do OE (orla de enxugo é a limpeza do projetil na borda da ferida);
• O PAF faz escoriação (orla de contusão): ausência de tecidos na entrada do OE;
• Aréola equimótica: rompimento de vasos ao redor do OE.
Orla de Enxugo e de Contusão
5m
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Traumatologia Forense III
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Aréola Equimótica
Efeitos Secundários
• Tiros encostados e à curta distância;
• Ação dos gases superaquecidos;
• Fumaça: pólvora combusta (queimada);
• Fuligem: combustão incompleta;
• Microprojéteis: pólvora incombusta.
10m
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Traumatologia Forense III
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Obs.: � Até os 15cm ainda se produz zona de esfumaçamento.
Zona de Esfumaçamento (Efeito Secundário)
Obs.: � Sai com a lavagem.
Zona de Chamuscamento
Obs.: � Não sai com a lavagem.
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Traumatologia Forense III
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Zona de Tatuagem
• Não sai com a lavagem;
• Microlesões em volta feitas pelos grânulos de pólvora.
Disparo Tangencial Transfixante
Obs.: � Nessa imagem, o projétil causou queimadura na orelha pela saída.
15m
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Traumatologia Forense III
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Orifício de Entrada (OE) de PAF – Características
Obs.: � Importante exame de vestes no momento da investigação.
 
Tiros à Distância
• Forma arredondada ou elíptica;
• Bordas regulares e invertidas;
• Orla ou zona de enxugo;
• Orla ou zona de contusão;
• Aréola equimótica.
Tiros à Curta Distância
• Forma arredondada (normal, comum) ou elíptica (tiros de “raspão”, tiros tangenciais);
• Bordas regulares e invertidas;
• Orla ou zona de enxugo;
• Orla ou zona de contusão;
• Aréola equimótica;
• Zona de tatuagem;
• Zona de esfumaçamento;
• Zona de chamuscamento.
Obs.: � Os três últimos itens podem não se apresentar a depender da roupa da vítima.
20m
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Traumatologia Forense III
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
Tiros de Encosto
• Forma irregular, estrelada;
• Bordas irregulares e evertidas;
• Zona de chamuscamento.
Obs.: � Anteparo ósseo faz com que os elementos “saiam”, por isso bordas evertidas. É o 
caso da imagem a seguir, que tem anteparo ósseo (crânio).
Obs.: � O sinal que se forma é chamado de sinal de câmara de mina de Hoffmann.
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Traumatologia Forense III
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Orifício de Saída (OS) de PAF – Características
• Forma irregular ou estrelada;
• Bordas irregulares e evertidas;
• Sem orla de enxugo nem equimose.
25m
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Traumatologia Forense IV
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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TRAUMATOLOGIA FORENSE IV
FERIMENTOS ESPECIAIS: ESGORJAMENTO, DEGOLA, DECAPTAÇÃO
Esgorjamento
• Lesão cervical lateral ou anterior;
• Produzida por instrumento cortante (ou cortocontundente).
Causas de óbito:
• Choque hipovolêmico (hemorragia aguda) por lesão vascular (vasos: artérias, veias etc.);
• Parada cardiorrespiratória por lesão nervosa (sistema nervoso);
• Asfixia por entrada de sangue na árvore respiratória;
• Embolia gasosa: entrada de ar em veias.
Degola
• Lesão cervical posterior;
• Produzida por instrumento cortante (ou cortocontundente).
5m
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Traumatologia Forense IV
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Decaptação
• Lesão cervical completa;
• Separação da cabeça/tronco cortando o pescoço;
• Produzida por instrumento cortante (ou corto-contundente).
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Traumatologia Forense IV
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Esquartejamento
• Quando os membros superiores e membros inferiores são separados do tronco.
• Geralmente com intenção de ocultação do cadáver.
Espostejamento
• O corpo da vítima é cortado em postas.
Empalamento
• Introdução de objetos alongados na região genital da vítima ou pela boca, atraves-
sando o tronco.
ASFIXIA
Morte produzida por asfixia (enforcamento, estrangulamento, esganadura, sufocação, 
soterramento, afogamento).
• Energia de ordem físico-química;
• Impedimento da passagem de ar p/ vias aéreas;
• Composição bioquímica do sangue;
• Inibição da hematose;
• Hematose: conversão do sangue venoso em arterial;
• Ausência ou baixa concentração de O2 no sangue.
Enforcamento
• Uma das formas mais comuns de asfixia – suicídios;
• Constrição do pescoço pelo peso do corpo;
• Interrupção do ar até as vias respiratórias;
10m
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Traumatologia Forense IV
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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• Laço: corda, fio, arame, cinto, gravata, lençol...;
• Alça ou nó: corrediço ou fixo;
• Posição do nó: lateral ou posterior;
• Laços duros: cordas, fios, arames;
• Moles: lençóis, cortinas, gravatas;
• Semirrígidos: cintos de couro etc.;
• Suspensão típica ou completa;
• Suspensão atípica ou incompleta.
Aspecto do cadáver:
• Cabeça para frente ou para o lado;
• Face branca ou arroxeada;
• Língua cianótica e projetada;
20m
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Traumatologia Forense IV
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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• Punhos cerrados;
• Sulco no pescoço, quase sempre.
Obs.: � Enquanto no enforcamento a força que atua é a força “peso da vítima”, no estrangula-
mento a força que atua é a força muscular de terceiro, de outra pessoa que opera o laço.
Estrangulamento
• Asfixia com sintomas semelhantes ao enforcamento;
• Constrição cervical por “cordão” (fio, arame, cinto etc.);
• Acionado com as mãos do agressor;
• Atuação passiva do corpo;
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Traumatologia Forense IV
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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• Homicídio;
• Vítima vulnerável, pega de surpresa, mais frágil;
• Laço: toda a circunferência do pescoço.
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Traumatologia Forense V – Exercícios
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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TRAUMATOLOGIA FORENSE V – EXERCÍCIOS
Dando continuidade ao estudo de traumatologia forense, no último bloco, foi estudado 
sobre as asfixias, e neste bloco o foco serão as esganaduras, que é a modalidade de asfixia por 
constrição da região cervical, mais comumente usando as mãos, comprimindo os canais res-
piratórios, impedindo a entrada de oxigênio e a saída de gás carbônico. É por isso que ocorre 
a morte, ou se não ocorrer, dependendo do tempo, pode ocorrer alguma sequela cerebral.
No estrangulamento e na esganadura o corpo da vítima participa de forma passiva, a força 
que atua na asfixia é a força muscular de terceiro. Quando a esganadura ocorre com as mãos, 
ficam lesões na região do pescoço, equimoses, escoriações e, às vezes, marcas da unha do 
autor, chamadas de estigma ungueais. 
É comum haver lesões decorrentes da tentativa da vítima de resistir, de retirar as mãos do 
autor do pescoço. Isso quando é feito com as mãos, porque a esganadura pode ser feita de 
outras formas, como um "mata leão" ou, com a vítima rendida no chão, é comum o autor usar 
o joelho contra o pescoço da vítima. Normalmente é praticado contra vítimas mais vulneráveis, 
que oferecem menor capacidade de resistência ou limitação de força.
Esganadura
• Asfixia com sintomas semelhantes aos outros tipos de asfixia;
• Constrição cervical por mãos (braço ou perna) – homicídio;
• Vítima mais fraca que o autor; pega de surpresa;
• Escoriações no pescoço pelas mãos do agressor;
• Estigmas ou marcas ungueais.
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Traumatologia Forense V – Exercícios
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Sufocação (mais uma modalidade de asfixia, associada a homicídio)
Oclusão direta das narinas e da boca:
• travesseiros, panos, sacos, mãos etc;
• achatamento do nariz;
• petéquias na face (pontinhos roxos);
• face violácea (máscara equimótica) e congestão ocular (aumento do volume ou inchaço 
dos globos oculares, em razão da pressão);
• espuma em traqueia e laringe (se observa apenas com a necropsia ou autópsia);
• edema pulmonar;
• congestão das vísceras.
Obs.: os três primeiros sinais: o perito criminal pode conseguir visualizar no local do crime e 
no corpo da vítima; pelo exame de local e perinecroscópico (exame externo do cadá-
ver feito geralmente no local do crime pelo perito criminal).
Soterramento (outra modalidade de asfixia, que geralmente não está relacionada a homi-
cídio ou suicídio, mas sim a acidentes).
• Mecanismos de morte: compressão torácica (impedindo o movimento de respiração 
dos pulmões).
• Sufocação indireta.
• Peso/pressão sobre o tórax.
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Traumatologia Forense V – Exercícios
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
• Aumento da pressão intratorácica.
• Impedimento da expansão da caixa torácica.
• Intensa cianose da cabeça, pescoço e metade superior do tórax.
• MÁSCARA EQUIMÓTICA.
• Vestígios minerais (areia, terra, poeira, fragmentos de concreto, argamassa) nos pul-
mões/vias aéreas.
Afogamento (forma de asfixia comum, geralmente relacionado a acidente)
Asfixia por água em excesso no aparelho
respiratório:
• Enrugamento da pele – “mãos de lavadeira” (nas mãos e nos pés).
Pele anserina – pele arrepiada, em razão do estímulo provocado na musculatura pela 
baixa temperatura da água.
• Queda rápida de temperatura (T).
• Livores claros: hemodiluição (diluição do sangue), T baixa.
• Cianose da face.
• Cogumelo de espuma: boca e nariz.
• Lesões por atrito: leito, pedra, paus, galhos etc.
• Lesões pós morte por animais aquáticos.
• Água no estômago, ouvido e pulmões (apenas na autópsia).
• Algas nos pulmões (apenas na autópsia).
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Traumatologia Forense V – Exercícios
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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Pode-se observar, nas fotos acima, uma vítima de afogamento. Na primeira foto, a cianose 
da face e da boca e lesão no superior da face, decorrente do atrito do corpo com objetos que 
existem no fundo da barragem. Na segunda e quarta fotos, pode-se observar o que foi falado 
sobre "mãos e pés de lavadeira". Na segunda foto, que ele está sendo retirado da água, pode-
-se ver a face escura e o rigor cadavérico, com livores na região do tronco.
29. (PERITO/PR/17). Considere a Traumatologia para assinalar a alternativa correta sobre o 
tipo de lesão caracterizada por infiltração e coagulação do sangue extravasado nas ma-
lhas dos tecidos.
a. Equimose.
b. Escoriação.
c. Toda e qualquer contusão.
d. Escoriação puntiforme.
e. Crosta hemática.
COMENTÁRIO
Nada mais é do que a equimose.
Equimose
Extravasamento de sangue por rompimento dos vasos. Sangue infiltrado na malha do 
tecido. Superficiais ou profundas:
• coloração variável ao longo do tempo;
• Espectro Equimótico de Legrand du Saulle:
1 a 2 dias: vermelho;
2 a 3 dias: negra ou arroxeada;
3 a 6 dias: azul;
7 a 12 dias: verde;
13 a 20 dias: amarela;
20 dias acima: desaparecimento.
• Equimoses: petéquias, sugilação e sufusão.
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Traumatologia Forense V – Exercícios
NOÇÕES DE CRIMINALÍSTICA
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GABARITO
 29. a
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Sexologia Forense
MEDICINA LEGAL
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SEXOLOGIA FORENSE
O enfoque da sexologia forense ou criminal são as relações sexuais não consentidas e as 
parafilias – por exemplo, a pedofilia, um distúrbio sexual no qual o adulto gera interesse por 
crianças ou adolescentes. A relação sexual que repercutir juridicamente – frequentemente 
de modo criminal – deixará vestígios no corpo da vítima ou do agressor que serão objeto de 
exame da medicina legal.
• Aspectos médico-legais da sexualidade – Penal (CP, CPP) ou Civil (CC, CPC);
• Crimes contra a liberdade sexual – Título VI, Capítulo I, C. Penal (art. 213...);
• Alterações da libido - parafilias;
• Aspectos legais: casamento, aborto, infanticídio, paternidade;
• Maior importância: crimes contra a liberdade sexual;
• Exames de conjunção carnal;
• Pesquisas dos vestígios de atos libidinosos. 
Antigamente, o Código Penal fazia distinção entre estupro e atentado violento ao pudor. 
O crime de estupro era previsto no art. 213 como a conjunção carnal entre homem e mulher, 
e o atentado contra a dignidade sexual era no previsto no art. 214 como o sexo oral, sexo 
anal ou toque no corpo da vítima sem o consentimento. O art. 214 foi revogado e os atos 
mencionados nele foram enquadrados no art. 213. A doutrina, portanto, faz a distinção entre 
a conjunção carnal (cópula de pênis e vagina) e outros atos libidinosos, mas ambos con-
figuram estupro.
CÓDIGO PENAL
Dos crimes contra a dignidade sexual:
• Art. 213. Estupro;
• Art. 215. Violação sexual mediante fraude;
• Art. 216-A. Assédio sexual;
• Art. 217-A. Estupro de vulnerável;
• Art. 218. Corrupção de menores;
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Sexologia Forense
MEDICINA LEGAL
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• Art. 218-A. Satisfação da lascívia na presença de criança ou adolescente;
• Art. 218-B. Favorecimento da prostituição
Obs.: o estupro, a violação sexual mediante fraude e o estupro de vulnerável deixam ves-
tígios suscetíveis de exame médico legal.
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção 
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor 
de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. 
Violação sexual mediante fraude
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante 
fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, 
aplica-se também multa.
Nesse dispositivo, enquadram-se:
• golpe “Boa noite, Cinderela”;
• atos sexuais com pessoa em coma;
• atos sexuais com pessoas com doenças mentais. 
Quando o ato ocorre com vítimas que não tenham condições de discernir ou consentir 
pela realização do ato, configura-se como relação sexual mediante fraude. Por exemplo, em 
casos do golpe do “Boa noite, Cinderela”, a vítima encontra-se desacordada devido à inges-
tão de uma substância depressora.
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Sexologia Forense
MEDICINA LEGAL
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Importunação sexual
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo 
de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.
Casos comuns, por exemplo, nos transportes coletivos – prática de froteurismo (prazer 
“em se encostar”).
Estupro de vulnerável
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 
(catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém 
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para 
a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2º (VETADO)
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se inde-
pendentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações 
sexuais anteriormente ao crime.
Elementos Periciais
No estupro, no estupro de vulnerável e na violação sexual mediante fraude tanto o 
homem quanto a mulher podem ser sujeitos ativos ou passivos. Principais elementos 
periciais a serem verificados (constatados):
Obs.: sujeito ativo: autor; sujeito passivo: vítima. 
1. Conjunção carnal – vulva/vagina;
 2. Ato libidinoso diverso da conjunção carnal – seios, boca, ânus, coxas etc.;
 3. Violência – lesões em geral;
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Sexologia Forense
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 4. Enfermidade ou doença mental que traga falta de discernimento e possibilite a posse 
sexual por fraude – estado mental e psiquiátrico.
Conjunção carnal:
1. Relação sexual;
 2. Introdução do pênis na vagina;
 3. Introdução completa ou incompleta;
 4. Com ou sem rotura himenal;
 5. Com ou sem ejaculação – sêmen ou esperma.
Obs.: rotura refere-se ao rompimento.
Paciente virgem:
• Na perícia não se detecta conjunção carnal;
• Não se evidencia cópula vaginal, recente nem tardia.
Hímen: 
• Hymen (grego): membrana ou véu;
• Hímen: Estrutura anatômica que separa a vulva da vagina;
• Óstio: Orifício da vagina. Permite o escoamento do fluxo menstrual.
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Sexologia Forense
MEDICINA LEGAL
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Hímen roto:
Quando da primeira relação, na maioria das mulheres, há o rompimento do hímen, o 
que depende da resistência dessa estrutura e das proporções do pênis. A rotura pode ocor-
rer em qualquer região do hímen.
Critério cronométrico – Lacassagne:
No critério cronométrico de Lacassagne, o médico analisará o hímen e descreverá a 
posição em que ocorreu o rompimento em analogia a um relógio – por exemplo, “o hímen 
encontra-se roto na posição, aproximadamente, 3h15”.
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Critério goniométrico – quadrantes, Oscar Freire:
O critério goniométrico de Oscar Freire descreve a vulva em quatro quadrantes, em ana-
logia ao plano cartesiano, sendo o ponto de visão de referência o corpo da pericianda – por 
exemplo, “houve rompimento do hímen na porção do quadrante inferior direito”. 
Hímen – rotura e entalhe:
• Rotura: rompimento com a primeira relação;
• Entalhe: particularidade anatômica; defeito estrutural;
• Rotura tardia: não se observa congestão, edema, hemorragia ocorreu cicatrização; 
nexo causal – inexiste o nexo causal com relações recentes;
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Obs.: rotura tardia refere-se a um rompimento antigo.
• Rotura recente: cicatrização não iniciada ou incompleta; esquimoses, áreas hemorrá-
gicas, coágulos; congestão, edema, hemorragia, não ocorreu cicatrização;
• Rotura tardia cicatrizada: média 12 a 14 dias; cicatrização precoce/retardada: 
5/20 dias;
• Rotura acidental: rara, mas possível. Não há comprovação de que pedalar, fazer 
ginástica ou cavalgar rompao hímen.
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Sexologia Forense II
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SEXOLOGIA FORENSE II
SEXOLOGIA FORENSE
Sinais de certeza da conjunção carnal:
• Rotura himenal, excluída a acidental – histórico;
• Achado de esperma no canal vaginal;
• Gravidez;
• Fosfatase ácida no canal vaginal (enzima da próstata);
• Antígeno prostático específico – PSA ou glicoproteína P30 no canal vaginal.
Sinais duvidosos ou sugestivos de conjunção carnal:
• Lesões leves na região genital ou anal: equimoses, sangramentos, escoriações, fissu-
ras, esgarçamentos etc.;
• DSTs.
Ato libidinoso diverso da conjunção carnal: 
Qualquer prática diversa da conjunção carnal, realizada para satisfazer, ainda que 
parcialmente, o desejo sexual (FRANÇA):
• Coito oral (felação);
• Coito anal;
• Introdução de dedos ou objetos na vagina/ânus;
• Auto masturbação na presença da vítima;
• Heteromasturbação sem o consentimento da vítima;
• Toques ou apalpações das mamas, genitais e coxas;
• Ejaculação em áreas corporais ou em peças íntimas.
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Sexologia Forense II
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Violência – outros elementos:
• Violência física efetiva no sentido de conter a vítima, imobilizá-la, impedir a reação;
• Vestígios gerais (exame das vestes) que não são na região genital – rotina pericial;
• Escoriações – braços, pescoço, seios, punhos etc.;
• Equimoses;
• Mordidas;
• Marcas ungueais – unhas;
• Marcas de algemas – sulcos por fios; punhos e tornozelos;
• Esganaduras – equimoses, escoriações, marcas ungueais no pescoço.
A perícia médico-legal nos casos de PSDs: 
1. Exame de local (perícia criminal):
a. Isolamento e preservação do local;
b. Descrição do ambiente e das alterações encontradas;
c. Procurar objetos pessoais da vítima e do agressor: peças íntimas, preservativos, aces-
sórios femininos (brinco, colar)...;
d. Procurar manchas de vestígios biológicos: esperma, sangue...
2. Exame da vítima:
a. Qualificação;
b. Histórico fornecido pela vítima;
c. Exame subjetivo: condições psicológicas da vítima;
d. Exame objetivo genérico: aspecto físico geral do corpo da vítima, vestes, estado mental 
ou psicológico, alterações sugestivas de violência; 
e. Exame objetivo específico:
Coito vaginal: exame externo do genital; coleta de pelos pubianos (com uso de pinças); 
coleta de amostras de sêmen na pele (com uso de suabes), vulva, períneo, margem do ânus; 
lesões genitais externas; coleta de material biológico e lavado genital externo com soro; lesões 
ou rompimento do hímen; lesões, características, número, idade;
Coito anal: lesões locais, roturas, esgarçamentos das paredes anorretais e perineais; 
tônus muscular (anatômico ou alterado), coletas de pelos e amostras de sêmen, coleta de 
material biológico como sangue, saliva e esperma;
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Sexologia Forense II
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Coito oral: lesões gerais na boca; coleta de material biológico do lavado com soro fisioló-
gico estéril;
Traumas por objetos: lesões em vagina ou ânus;
Exames das vestes: sangue, sêmen e outros fluidos.
3. Exame do agressor:
a. Qualificação detalhada;
b. Vestes: desalinho, manchas biológicas, outros materiais;
c. Sinais gerais: defesa, luta, local, vítima, sangue, esperma;
d. Coleta de material subungueal;
e. Busca de lesões traumáticas nos braços, pescoço, rosto, genitais;
f. Avaliação psiquiátrica do agressor. 
4. Recomendações:
a. Examinar em local discreto (exame invasivo), higiênico, iluminado e equipado;
b. Exame detalhado. Evitar exame superficial;
c. Não fazer conclusões precipitadas ou intuitivas;
d. Descrever detalhadamente a localização e as características das lesões;
e. Valorizar/interpretar os exames subjetivo e objetivo genérico juntamente com os vestí-
gios e sinais específicos;
f. Registrar as lesões nos esquemas corporais;
g. Detalhar cada lesão: localização, tipo, dimensão, quantidade, tempo de existência;
h. Trabalhar em equipe; 
i. Ter o consentimento da vítima ou responsável;
j. Examinar com paciência e cortesia – pois a vítima está fragilizada;
k. Sigilo e discrição – ética médica;
l. Ao examinar menores, ter sempre um familiar, responsável ou testemunha presente 
(conselheiro tutelar, policial...);
m. Acatar a recusa ou limite do exame pela vítima;
n. Priorizar a assistência médica ao exame médico-legal;
o. Elaborar laudo claro, objetivo, direto, linguagem simples; 
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Sexologia Forense II
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Obs.: o laudo será lido pelo delegado, pelo escrivão, pelo promotor, pelo advogado e pelo 
juiz – pessoas leigas na área médica.
p. Coletar amostras em duplicata para contraprova;
q. Ter o devido cuidado na conservação e na preservação das amostras.
Obs.: os procedimentos de acondicionamento e preservação das amostras dependem do 
Instituto Médico Legal e do laboratório de biologia ou química forense do respectivo 
estado que fará a análise.
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preparada e ministrada pelo professor Laércio Carneiro Rodrigues. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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Sexologia Forense III
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SEXOLOGIA FORENSE III
SEXOLOGIA FORENSE
Laudo Médico-Legal de PSD:
1. Preâmbulo – introdução;
2. Objetivo do exame;
3. Histórico;
4. Identificação da equipe – médico, auxiliares, testemunhas;
5. Identificação da vítima – qualificação;
6. Descrição da vítima e das vestes (estado geral);
7. Lesões;
8. Sinais sugestivos de PSD;
9. Amostras ou materiais coletados;
10. Repostas aos quesitos;
11. Conclusão. 
Quesitos – POP/SENASP:
1. Houve conjunção carnal que possa ser relacionada ao delito em questão?
Obs.: resposta: sim, não ou prejudicado.
2. Houve outro ato libidinoso que possa ser relacionado ao delito em questão?
3. Houve violência para essa prática?
4. Qual o instrumento ou meio utilizado para a violência?
5. Da conduta resultou para o periciando(a):
• Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias?
• Perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido, função, aceleração de 
parto, incapacidade permanente para o trabalho, enfermidade incurável (DST – AIDS), 
perda ou inutilização de membro, sentido, função, deformidade permanente, aborto?
6. Tem o periciando(a) idade menor de 18 e maior que 14?
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Obs.: quesito se enquadra no art. 213.
7. Tem o periciando deformidade ou deficiência mental?
8. O periciando por qualquer outra causa não pode oferecer resistência?
9. A conduta resultou gravidez? 10. O agente transmitiu DST para o periciando? 
Quesitação – antiga:
1. Se há vestígios de ato libidinoso (em caso positivo especificar);2. Se há vestígios de violência, e no caso afirmativo, qual meio empregado;
3. Se da violência resultou para a vítima incapacidade para as ocupações habituais por 
mais de 30 (trinta) dias, ou perigo de vida, ou debilidade permanente de membro, sentido ou 
função, aceleração de parto, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade 
incurável, ou perda ou inutilização de membro, sentido ou função, ou deformidade perma-
nente e/ou aborto (em caso positivo especificar);
4. Se a vítima é alienada ou débil mental;
5. Se houve outro meio que tenha impedido ou dificultado a livre manifestação de vontade 
da vítima (em caso positivo especificar).
Parafilias – transtornos relacionados ao desejo sexual compulsivo
Eventualmente podem adquirir caráter obsessivo e culminarem na prática de crimes. Fre-
quentemente comuns no comportamento de criminosos sexuais. Mais comuns em homens:
• Erotismo: desejo sexual compulsivo, exagerado, obsessivo;
• Erotomania: desejo sexual compulsivo sem ser correspondido;
• Asfixiofilia: prazer sexual com asfixia própria ou do parceiro;
• Pedofilia: atração sexual por crianças ou adolescentes;
• Frotteurismo: prazer sexual ao se esfregar no sexo oposto;
• Lubricidade senil: desejo exacerbado manifestado em idosos por tocar as regiões 
genitais de crianças;
• Pregnofilia: atração sexual obsessiva por gestantes;
• Gerontofilia ou cronoinversão: atração sexual obsessiva por pessoas idosas;
• Cromoinversão: atração sexual obsessiva por pessoas de cor de pele diferente;
• Etnoinversão: atração sexual exacerbada por pessoas de outras etnias;
• Topoinversão: atração erótica por regiões do corpo que não sejam as genitais;
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• Sodomia: o indivíduo somente tem prazer com sexo anal;
• Necrofilia: compulsão por relação sexual com cadáver;
• Vampirismo: prazer sexual ferindo para sugar o sangue do parceiro;
• Sadismo ou algolagnia ativa: prazer sexual com o sofrimento físico e moral do outro.
CASAMENTO
Aspectos e interesses:
• Biológico (reprodução e satisfação sexual);
• Psicológica (afeto e amor conjugal);
• Moral e cultural;
• Social, lar, família.
Obs.: o casamento é importante para a Medicina Legal no que se refere aos aspectos civis 
e penais ou criminais. 
Conceito
“Contrato bilateral e solene pelo qual os cônjuges se unem, legalizando por eles as rela-
ções sexuais, estabelecendo a estreita comunhão de vida e de interesses, e comprometendo-
-se a criar e a educar a prole que de ambos nascer.” Clóvis Beviláqua
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e 
deveres dos cônjuges.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante 
o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Capacidade
Estão aptos:
• Maiores de 18 anos;
• Maiores de 16, com o consentimento dos pais.
Impedimentos
CC, Art. 1521. Não podem se casar:
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I – Ascendentes com descendentes, de parentesco natural ou civil;
II – Os afins em linha reta; 
Obs.: os afins em linha reta são os parentes de vínculo civil decorrente do casamento – so-
gro, sogra, genro, nora etc.
III – O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
Obs.: não podem se casar, por exemplo, a filha adotiva e o ex-cônjuge da mãe adotiva.
IV – Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até terceiro grau, inclusive;
Obs.: os demais colaterais são primos, sobrinhos etc.
V – O adotado com o filho do adotante;
VI – As pessoas casadas;
VII – O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio/tentativa de homicídio contra o seu 
consorte. 
Nulidades do casamento
Art. 1548. É nulo o casamento contraído:
I – Pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
II – Por infringência de impedimentos.
Obs.: o indivíduo é submetido à exame médico legal.
Art. 1550. É anulável o casamento:
I – de quem não completou a idade mínima para casar;
Obs.: a idade mínima para casamento é de 16 anos.
II – do menor de idade núbil quando não autorizado;
III – por vício da vontade, nos termos do art. 1556 e 1558;
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nu-
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bentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
• Erro essencial quanto à pessoa do outro: identidade, honra, fama, tornando o conheci-
mento ulterior a relação insuportável;
• A ignorância de crime anterior ao casamento;
• A ignorância de defeito físico irremediável – por exemplo, deformidade genital incorrigível;
• A ignorância de doença mental grave – por exemplo, esquizofrenia.
IV – Do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento.
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Tanatologia – Classificação das Mortes
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TANATOLOGIA – CLASSIFICAÇÃO DAS MORTES
Nessa aula, abordaremos a parte introdutória de Tanatologia Forense.
Tanatologia é o capítulo da Medicina Legal que estuda os conceitos relacionados à morte 
e o conceito de morte em si. Tanatologia é, então, o estudo da morte.
Antes de adentrarmos no tema, por conta de importância, iremos abordar sobre a Trau-
matologia no parágrafo seguinte.
Para a prova, por ordem de importância, aproximadamente 30% da prova é reservado 
para o tema Traumatologia. Este é o capítulo mais importante da Medicina Legal. Ele visa 
descrever as lesões decorrentes de traumas devido a energias externas ao corpo. Por meio 
deste estudo, o médico legista, examinando uma lesão e estudando suas características, 
é capaz de descrever o tipo de instrumento causador da lesão, ainda que não tenha visto 
o crime acontecer. Ademais, ele é capaz de diferenciar, por exemplo, uma lesão produzida 
por um facão de uma lesão produzida por uma faca. De modo geral, o facão é operado de 
forma corto-contusa, por impacto e com o gume sendo impactado contra o corpo da vítima. 
Já a faca é operada de forma perfurocortante, em que se introduz a ponta da lâmina em um 
corpo, o perfurando e em seguida o cortando. Daí a importância da matéria, porque por meio 
de seu estudo os peritos e os médicos legistas podem saber a categoria de instrumento que 
foi operado em um crime.
Em primeiro lugar, faremos uma introdução à Tanatologia, em que trataremos dos con-
ceitos de morte e das causas jurídicas da morte. Em seguida, estudaremos os fenômenos 
cadavéricos, que são ocorrências que se dão com os cadáveres, tema também de abrangên-
cia da Tanatologia. Adiante, estudaremos sobre as perícias e os peritos, segundo arts. 158-a, 
158-b, 158-c, 158-d, 158-e e 158-f do Código de Processo Penal, que entraram em vigor com 
as alterações postas pelo Pacote Anticrime (23 de janeiro de 2020) e que tratam especifica-
mente de cadeia de custódia – os procedimentos relacionados à proteção da evidência até 
ao rastreamento do manuseio da evidência, desde o local do crime até o tribunal. 
Obs.: � Esta cadeia de custódia sóestava incluída na literatura criminalística e médico-legal. 
Com o Pacote Anticrime, ela deixa de estar reservada à literatura e passa a constar 
em nosso ordenamento jurídico, de forma a normatizar a cadeia.
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Tanatologia – Classificação das Mortes
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Por fim, mais adiante ainda, abordaremos os documentos médicos legais, Sexologia 
Forense e Antropologia Forense.
Vamos, então, à introdução à Tanatologia.
Conforme dito anteriormente, a Tanatologia é o capítulo da Medicina Legal que estuda 
os conceitos de morte e outros conceitos relacionados a ela e estuda as causas jurídicas da 
morte. Estudar as causas jurídicas da morte é saber se a morte é violenta ou natural, dentre 
outros conceitos que veremos.
Vamos a alguns conceitos compreendidos na Tanatologia.
• Tanatognose – estudo dos fenômenos cadavéricos;
• Cronotanatognose – fenômenos cadavéricos variáveis com o tempo (estimativa do 
tempo de morte);
Obs.: � A cronotanatognose estuda o tempo em que os fenômenos cadavéricos passam a 
ocorrer – como a rigidez, o resfriamento do cadáver, os livores (manchas que decor-
rem da cessação da circulação dos fluidos corpóreos) etc. 
CONCEITO DE MORTE
Tratemos, agora, do conceito de morte adotado pelo Tanatologia.
• Morte: cessação dos fenômenos (funções) vitais:
1. Função cerebral: ausência de respostas a estímulos; EEG isoelétrico;
2. Função cardíaca: ausência irreversível de batimentos; ECG isoelétrico;
3. Função respiratória ausente;
4. Ausência de consciência e de tônus; relaxamento do esfíncter/bexiga.
Logo, para a Medicina Legal, a lógica é a da exclusão: morte nada mais é do que a 
cessão da vida.
Note que os médicos detectam a morte por meio de exames clínicos e de exames com-
plementares, fazendo-se uso de equipamentos de tecnologia da Medicina, em que diagnos-
ticam os itens numerados acima.
No exame clínico, o médico verifica a ausência ou a presença de respostas a estímulos, 
por meio de toque no braço ou de lançamento de luz contra os olhos, por exemplo. Outras 
verificações são feitas também, como a ausência ou a presença de pulso e de movimento 
de respiração etc. Já o exame complementar pode ser um eletroencefalograma, por exem-
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Tanatologia – Classificação das Mortes
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plo, em que o indivíduo é conectado por meio de eletrodos a um equipamento que reproduz 
gráficos que correspondem aos estímulos elétricos que ocorrem no cérebro. Outro exame 
complementar pode ser, também, o eletrocardiograma.
Note que diagnosticar a ausência das funções citadas corresponde à parte inicial de um 
laudo do perito criminal ou do médico legisla. Observe que, no laudo do perito criminal, há um 
tópico chamado “perinecroscopia”, que é o exame do corpo da vítima, em que é descrita a 
ausência de vida de forma científica. Da mesma forma, dá-se com o médico legisla. Em outro 
nível, um agente de polícia deve entender a linguagem empregada nestes laudos, uma vez 
que ele deve relatar o ocorrido por meio do estudo dos laudos. 
TIPOS DE MORTE
Sigamos, agora, com as classificações das mortes.
• Natural: velhice, doença ou disfunção orgânica;
Obs.: � Um infarto é um exemplo de um tipo de morte natural. Note que nem sempre deter-
minadas doenças cardíacas são identificadas enquanto o indivíduo ainda está vivo, 
daí estes casos serem classificados como mortes súbitas.
• Violenta: assassinato, suicídio ou acidente; 
Obs.: � Infanticídio e aborto provocado pela gestante ou por terceiro também são classifica-
das como mortes violentas. Já o aborto espontâneo pode estar relacionado a algum 
problema de saúde da gestante ou do bebê, sendo categorizado como morte natu-
ral. Já sobre o aborto provocado pela gestante ou por terceiro, pode ser classificado 
legalmente como homicídio ou infanticídio, sendo que este último é a morte da crian-
ça recém-nascida, durante ou logo após o parto, provocada pela mãe, sob influência 
do estado puerperal.
• Suspeita (de causa suspeita): o exame externo não constata violência;
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Tanatologia – Classificação das Mortes
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Obs.: � Pode ser classificado como morte suspeita um corpo que é encontrado ao lado de 
uma caixa vazia de medicamento Fenobarbital, uma vez que é sabido que o consu-
mo exagerado desse medicamento é extremamente tóxico.
• IML x SVO.
Note que somente mortes violentas são encaminhadas para o IML, a pedido da Polícia 
Judiciária. Diante da notícia-crime, o escrivão, o investigador ou o agente policial é quem 
auxiliará a autoridade policial para definir um procedimento, daí a importância de saber as 
classificações das mortes.
Observe que o IML é de responsabilidade dos Estados; são órgãos de investigação de 
causa de morte violente.
Já as mortes naturais são encaminhadas para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), 
que é o órgão responsável por realizar necropsias para fins de estudos epidemiológicos, a 
fim de produzir dados para a Secretaria de Saúde do Município e do Estado e para o Ministé-
rio da Saúde, acerca das mortes naturais. Os SVOs são de responsabilidade dos Municípios. 
Tratemos, agora, um pouco mais de cada um dos tipos.
1. Natural: Em razão de doença ou do inevitável processo de envelhecimento. Exem-
plos: infarto, parada respiratória, hipertensão não controlada etc. Ausência de sinais de vio-
lência nos cadáveres, tanto internos como externos.
Note, nas figuras acima, que a vítima não possui lesões aparentes externas, mas há uma 
mancha em suas costas, que é chamada de livores.
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Tanatologia – Classificação das Mortes
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2. Violenta:
a. Acidente;
b. Suicídio;
c. Assassinatos.
Vamos a cada um dos subtópicos.
a. Acidente: A vítima nem terceiro interferiu de forma consciente para o crime; ninguém 
quis a morte; exemplos: acidentes de trânsito, de trabalho, com arma de fogo, com animais 
perigosos, afogamentos acidentais.
b. Suicídio: A vítima atua no sentido de tirar a própria vida; exemplos: enforcamentos, 
armas de fogo, venenos, precipitações.
Nas figuras acima, houve respectivamente suicídio por envenenamento de ácido sulfú-
rico (H₂SO₄), por arma de fogo e por envenenamento.
c. Crime, homicídio ou assassinato: Morte violenta; a vítima é exterminada por outrem; 
teve a intenção ou assumiu o risco de matar; exemplos: assassinatos por arma de fogo ou 
por armas eventuais; faca, porrete, enxada, automóvel, quando o condutor teve a intenção 
de atingir o atropelado.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE MORTES
Confira, a seguir, outras classificações de mortes.
• Morte súbita: após o surgimento da causa, produz efeito imediato, de forma repen-
tina, rápida; ex.: cardiopatias; asma, varizes de esôfago e outras;
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Tanatologia – Classificação das Mortes
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Obs.: � Cardiopatias são as causadoras mais comuns de morte súbita. Já varizes de esôfago 
estão ligadas ao alcoolismo. No caso de o indivíduo ter varizes no esôfago, ele deve 
fazer uma cirurgia imediatamente. Isso ocorre porque, se elas romperem, ele terá 
uma hemorragia muito rápida, em que normalmente não haverá tempo de chegar ao 
hospital.
• Morte mediata: permite a sobrevivência por algumas horas, após o surgimento da 
causa; ex.: lesão hemorrágica no fígado por faca em que a cirurgia não a cessa; 
• Morte agônica: sobrevivência por dias ou mais; ex.: lesão de pulmão; sobrevida por 
dias; morte por insuficiência respiratória;
• Morte suspeita: sempre quehouver a possibilidade de não ter sido natural; ex.: ao 
lado do cadáver, em casa, uma cartela de medicamento barbitúrico faltando vários 
comprimidos;
• Morte indeterminada: quando não se consegue chegar de forma inequívoca à causa 
da morte; ex.: cadáver esqueletizado – esqueleto sem vestígios de violência.
Obs.: � Note que é possível não chegarmos à causa da morte. Se no exame do esqueleto 
não se detectou vestígio de morte violenta e no exame toxicológico não se detectou 
vestígio de veneno, então na certidão de óbito do cadáver será posta a informação 
“morte indeterminada”.
As mortes indeterminadas são exceções; a maioria das causas são determinadas.
• Premoriência: morte anterior de uma pessoa, em relação à de outra (ou outras) com 
ela relacionada(s);
• Comoriência: presunção legal de morte simultânea de duas ou mais pessoas ligadas 
por vínculos sucessórios, quando não se sabe quem morreu primeiro, presumem-se 
simultâneos.
Obs.: � Estes dois últimos conceitos são compartilhados pela Medicina Legal e pelo Direi-
to Civil, mas não têm aplicação penal. A aplicação destes conceitos é para fins de 
sucessão, para fins de recebimento de herança. 
No próximo bloco, trataremos da Tanatognose e seus fenômenos cadavéricos.
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Tanatologia – Fenômenos Cadavéricos
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TANATOLOGIA – FENÔMENOS CADAVÉRICOS
Anteriormente, observamos que a Tanatologia, a Traumatologia e o tema sobre as perí-
cias e os peritos são os três tópicos mais importantes do assunto, tanto para a Medicina 
Legal quanto para a Criminalística.
Isto posto, considere que a Tanatologia também diz respeito aos fenômenos cadavéricos, 
como a rigidez, os livores, a decomposição, a esqueletização etc. Estudaremos, então, os 
sinais de morte e as fases da decomposição de um cadáver a partir de agora.
Tratemos, portanto, da Tanatognose, que é o estudo do diagnóstico da morte.
TANATOGNOSE
Como visto, a Tanatognose é o estudo do diagnóstico da morte, que vem acompanhado 
dos seguintes sinais.
Fenômenos Cadavéricos
Obs.: � As bancas não costumam cobrar certas nomenclaturas como estas. 
1. Abióticos (avitais ou vitais negativos);
a. Imediatos
Para entendermos o que são sinais imediatos, imagine a situação em que um socor-
rista se aproxima de uma vítima. Ele irá buscar, primeiramente, a presença de respiração, 
de pulso e de resposta a estímulos – reflexo, luz, sensibilidade ao toque. Então, quando um 
socorrista se encontra com a vítima, ele conversa com ela, a toca e a examina – ele examina 
o peito, o pulso e se está ocorrendo a entrada e a saída de ar pelas vias superiores. Estes 
são os sinais imediatos. Quando ocorre a morte – a ausência de vida –, estes sinais cessam.
b. Consecutivos
São os sinais consecutivos aqueles que consecutivamente surgem aos sinais imediatos. 
Eles são: resfriamento cadavérico, evaporação tegumentar, hipóstase e rigidez.
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Tanatologia – Fenômenos Cadavéricos
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Tratemos um pouco do resfriamento cadavérico (algor mortis). Em razão da presença de 
vida, das reações bioquímicas que produzem calor, da circulação dos fluidos corpóreos que 
produzem calor (sangue, por exemplo), o corpo humano normalmente tem de 35ºC a 37ºC, 
o que são temperaturas ligeiramente superiores à temperatura do ambiente. Com a cessa-
ção da vida e, portanto, das reações bioquímicas – que são reações químicas semelhantes 
às reações de combustão que produzem calor –, o corpo humano para de produzir calor e 
tende a atingir a temperatura do ambiente. Então, ele sofrerá um resfriamento. É por isso que 
cadáveres são frios, em relação à temperatura de um corpo vivo. Vale notar que os corpos 
são conservados no hospital e na funerária, sendo refrigerados; é por isso que em velórios os 
cadáveres são ainda mais frios. No entanto, tenha em mente que, em condições normais, o 
cadáver atinge a temperatura de equilíbrio com o ambiente. Isso se dá da seguinte forma: na 
primeira hora após a morte, há uma queda de 1ºC em média; nas horas seguintes, a queda é 
de 1,5ºC, até atingir o equilíbrio com a temperatura ambiente. Uma última observação é que 
no passado era utilizado termômetro retal para estimar tempo de morte. Devido a constrangi-
mentos gerados pela prática, raramente se emprega esta técnica atualmente. 
Outro sinal consecutivo é a evaporação tegumentar (desidratação). Com a morte, o ser 
humano deixa de se hidratar; logo, a tendência é que o corpo perca água para o ambiente, 
se tornando desidratado. Isso causa nítida alteração na consistência dos tecidos. Na região 
dos globos oculares, a alteração fica ainda mais nítida: o globo ocular perde o brilho, ficando 
opaco; além disso, é comum aparecer manchas no globo ocular (fenômeno chamado de sinal 
de Sommer-Larcher). Confira nas figuras abaixo alguns desses sinais.
Outro sinal consecutivo de morte é a hipóstase ou o livor. São manchas vermelhas que 
surgem após a morte, conforme se vê abaixo.
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Tanatologia – Fenômenos Cadavéricos
MEDICINA LEGAL
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Com a cessação da vida, cessam-se as reações bioquímicas e o coração para de fun-
cionar. Sabe-se que o coração é um dos principais órgãos responsáveis pelo bombeamento 
de fluidos corpóreos, principalmente o sangue. Quando estes fluidos param de circular, com 
a ação da gravidade eles tendem a se acumular nas partes mais baixas do cadáver. Então, 
as manchas vermelhas nas figuras acima são sangue acumulado. Como o sangue está se 
concentrando nas partes mais baixas do corpo, as partes mais superiores tendem a ficar 
pálidas. Normalmente, estas partes pálidas correspondem às partes do cadáver que estão 
apoiadas no chão, na parede, na cama etc. Justamente porque onde está apoiado é a parte 
que está comprimida, então o sangue não ocupa a região. Nas horas iniciais, estes livores 
são móveis – na medida que movimentamos o cadáver, eles se movimentam também. Eles 
surgem entre 2 a 3 horas após a morte. Mas, com o passar do tempo, os livores tendem a se 
fixar após 12 horas da morte.
Por fim, temos a rigidez (rigor mortis), que é a dureza do corpo do cadáver. Essa rigidez 
se dá em razão da cessação da vida e do aumento da atividade microbiana nas células aci-
dificando as células. O acúmulo de ácido nas células musculares causa a rigidez do cadáver. 
A rigidez começa em 2 horas do momento da morte e permanece por até 12 horas. Ela se 
desfaz com o início da decomposição. A rigidez cadavérica ocorre no sentido craniocaudal 
(da cabeça para os pés). Assim, a mandíbula é a primeira a ficar rígida; em seguida, a nuca; 
os membros superiores (os braços); e, por fim, os membros inferiores. Há, ainda, o espasmo 
cadavérico ou “rigidez instantânea”, em que um cadáver permanece em uma mesma posição 
durante muito tempo até ser removido (confira as figuras abaixo).
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS TARDIOS OU DESTRUTIVOS
Os fenômenos transformativos tardios ou destrutivos são os relacionados à decomposi-
ção do cadáver.
A literatura divide essa decomposição em dois meios: autólise e putrefação.
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