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Apostila -Desenho Tecnico Anderson Rech

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LEITURA E INTERPRETAÇÃO 
DE DESENHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
1- INTRODUÇÃO. ............................................................................................................................... 6 
2- FORMATOS PADRONIZ ADOS DE PAPEL. .................................................................................. 12 
3- MARGENS. ................................................................................................................................... 14 
4- LEGENDA. ................................................................................................................................... 15 
5- CALIGRAFIA TÉCNICA. .............................................................................................................. 16 
6- IDENTIFICAÇÃO DE LINHAS. .................................................................................................... 18 
7- IDENTIFICAÇÃO DE VISTAS. .................................................................................................... 19 
8- SUPRESSÃO DE VISTAS. .......................................................................................................... 44 
9- IDENTIFICAÇÃO E LEITURA DE COTAS, SÍMBOLOS E MATERIAIS. ................................... 46 
10- REGRAS DE COTAGEM. ......................................................................................................... 47 
11- COTAGEM DE DETALHES. ..................................................................................................... 53 
12- SÍMBOLOS E CONVENÇÕES. .................................................................................................. 55 
13- SÍMBOLOS EM MATERIAIS PERFILADOS. ........................................................................... 56 
14- CONVENÇÕES PARA ACABAMENTO DE SUPERFÍCIES. ................................................... 56 
15- INDICAÇÃO DE ESTADO DE SUPERFÍCIE. ........................................................................... 60 
16- ESCALA. .................................................................................................................................... 65 
17- PERSPECTIVA. .......................................................................................................................... 66 
18- CORTES. .................................................................................................................................... 71 
19- HACHURAS. .............................................................................................................................. 74 
20- LINHA DE CORTE. .................................................................................................................... 75 
21- CORTE TOTAL. ............................................................................................................................... 76 
22- MEIO CORTE. ............................................................................................................................ 77 
 
23- CORTE PARCIAL. ..................................................................................................................... 78 
24- SEÇÕES. .................................................................................................................................... 79 
25- RUPTURAS. ............................................................................................................................... 80 
26- OMISSÃO DE CORTE. .............................................................................................................. 81 
27- VISTA AUXILIAR. ....................................................................................................................... 84 
28- VISTA AUXILIAR SI MPLIFICADA. ............................................................................................ 88 
29- ROTAÇÃO DE DETALHES OBLÍQUOS. ................................................................................. 90 
30- VISTAS PARCIAIS. .................................................................................................................... 91 
31- CONJUNTOS MECÂNICOS. ..................................................................................................... 93 
32- REPRESENTAÇÃO DE CONJUNTOS MECÂNICOS. .......................................................... 104 
 
 
 
Obs.: conteúdo extra intercalado e ao final da apostila. 
Desenho Técnico 
4 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
11-- IInnttrroodduuççããoo.. 
OO qquuee éé ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo?? 
Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar 
seus pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a 
mensagem fica conhecendo os pensamentos de quem a escreveu. Quando 
alguém desenha, acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o papel na 
forma de desenho. A escrita, a fala e o desenho representam idéias e 
pensamentos. A representação que vai nos interessar neste momento é o 
desenho. 
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de 
comunicação. E esta representação gráfica trouxe grandes contribuições para a 
compreensão da História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos 
antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até 
suas idéias. 
As atuais técnicas de representação foram criadas com o passar do tempo, 
à medida que o homem foi desenvolvendo seu modo de vida, sua cultura. Veja 
algumas formas de representação da figura humana, criadas em diferentes 
épocas históricas. 
 
 
Desenho das cavernas de Skavberg (Noruega) do período Mesolítico (6000-4500 
a.C.). Representação esquemática da figura humana. 
Desenho Técnico 
5 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Representação egípcia do túmulo do escriba Nakht, século XIV a.C. 
Representação plana que destaca o contorno da figura humana. 
 
 
 
Nu, desenhado por Miguel Ângelo Buonarroti (1475-1564). Aqui, a representação 
do corpo humano transmite a idéia de volume. 
Desenho Técnico 
6 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
Estes exemplos de representação gráfica são considerados desenhos 
artísticos. Embora não seja artístico, o desenho técnico também é uma forma de 
representação gráfica usada, entre outras finalidades, para ilustrar instrumentos 
de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas. E este tipo de desenho 
também sofreu modificações, com o passar dos tempos. 
QQuuaaiiss aass ddiiffeerreennççaass eennttrree oo ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo ee oo ddeesseennhhoo aarrttííssttiiccoo?? 
O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por 
profissionais de uma mesma área, como por exemplo, na mecânica, na 
marcenaria, na eletricidade. Vamos conhecer as principais características entre 
desenho técnico e artístico, observando as seguintes figuras. 
 
Cabeça de Criança, de Rosalba Carreira (1675-1757). 
 
Paloma, de Pablo Picasso (1881-1973). 
Desenho Técnico 
7 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
Estes são exemplos de desenhos artísticos. Os artistas transmitiram suas 
idéias e seus sentimentos de maneira pessoal. Um artista não tem o compromisso 
de retratar fielmente a realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a 
sensibilidade do artista que o criou. 
Já o desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com 
exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o 
desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas 
técnicas. Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem a normas 
técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu próprio 
desenho técnico, de acordo com as normas específicas. Observe alguns 
exemplos. 
 
 
Desenho técnico de arquitetura. 
 
 
Desenho técnico de marcenaria. 
Desenho Técnico 
8 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Desenho técnico mecânico.Nestes desenhos, as representações foram feitas por meio de traços, 
símbolos, números e indicações escritas, de acordo com as normas técnicas. 
No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
CCoommoo éé eellaabboorraaddoo uumm ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo.. 
Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho 
de vários profissionais. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou 
projetista. Primeiro ele imagina como a peça deve ser, depois representa suas 
idéias por meio de um esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. O esboço 
serve de base para a elaboração do desenho preliminar. O desenho preliminar 
corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto, 
que ainda pode sofrer alterações. 
Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto 
será executado pelo desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também 
chamado de desenho para execução, contém todos os elementos necessários à 
sua compreensão. O desenho para execução, que tanto pode ser feito na 
prancheta como no computador, deve atender rigorosamente a todas as normas 
técnicas que dispõem sobre o assunto. 
O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai 
executar a peça. Este profissional deve ler e interpretar o desenho para que 
possa executar a peça. Quando o profissional consegue ler e interpretar 
corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como será 
a peça, antes mesmo de executá-la. Para tanto, é necessário conhecer as normas 
técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da 
geometria descritiva. 
Desenho Técnico 
9 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
GGeeoommeettrriiaa ddeessccrriittiivvaa:: aa bbaassee ddoo ddeesseennhhoo ttééccnniiccoo.. 
O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido 
graças ao matemático francês Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de 
representação gráfica que existiam até aquela época não possibilitavam transmitir 
a idéia dos objetos de forma completa, correta e precisa. 
Monge criou um método que permite representar, com precisão, os objetos 
que tem três dimensões (comprimento, largura e altura) em superfícies planas, 
como por exemplo, uma folha de papel, que tem apenas duas dimensões 
(comprimento e largura), se desconsiderarmos a sua pequena espessura. 
Este método que passou a ser conhecido como método mongeano, é 
usado na geometria descritiva, e os princípios da geometria descritiva constituem 
a base do desenho técnico. Veja a seguinte ilustração. 
 
Representação de um objeto de acordo com os princípios da geometria descritiva. 
À primeira vista pode parecer complicado, mas não se preocupe. 
Acompanhando atentamente nossos estudos você será capaz de entender a 
aplicação da geometria descritiva no desenho técnico. 
Desenho Técnico 
10 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
22-- FFoorrmmaattooss ppaaddrroonniizzaaddooss ddee ppaappeell.. 
A norma brasileira NBR 10068 recomenda o uso dos formatos da série A, 
que tem como máximo o formato A0 (11 89 x 841 mm) e como mínimo, o formato 
A4 (210 x 297 mm). A partir dos cortes sucessivos no formato A0, obtém-se os 
tamanhos menores na série. 
Veja nas figuras seguintes que a maior dimensão de um determinado 
formato corresponde a menor dimensão daquele que lhe é imediatamente 
superior e vice-versa. 
EExxeemmpplloo:: lado maior do A1 = lado menor do A0. 
 
Os lados de um formato qualquer guardam entre si a mesma razão que 
existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal. 
 
As áreas dos formatos derivados são múltiplos ou submúltiplos da área do 
formato básico (1 m2). Cada formato é representado pelas dimensões de seus 
lados em milímetros ou pelo respectivo símbolo. 
DDoobbrraammeennttoo ddaa ffoollhhaa.. 
Sendo necessário o dobramento de folhas, o formato final deve ser o A4, 
de mode a deixar visível o quadro destinado à legenda e facilitar o arquivamento 
em pastas. 
Desenho Técnico 
11 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
O dobramento das folhas pode ser efetuado da seguinte maneira. 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
12 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
OObbsseerrvvaaççããoo:: certos tipos de desenhos, por suas proporções, poderão melhor se 
acomodar em formatos especiais, que são obtidos pela adição ou pela supressão 
de módulos de dobraduras. 
 
33-- MMaarrggeennss.. 
O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens que 
variam de dimensões, dependendo do formato do papel usado. A margem da 
esquerda deve ser de 25 mm conforme a seguinte figura. 
 
 
 
Desenho Técnico 
13 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
Em seguida são apresentadas tabelas com os valores de formatos de 
papel padronizados e suas respectivas margens. 
 
 
 
 
 
44-- LLeeggeennddaa.. 
Toda folha desenhada deve ter, no canto inferior direito, um quadro 
destinado à legenda, constando no mesmo além do título do desenho, as 
indicações necessárias à sua interpretação. 
Na legenda devem constar as seguintes indicações, além de outras 
julgadas convenientes: nome da repartição, firma ou empresa; título do desenho; 
escalas; unidades em que são expressas as dimensões; número da folha para 
classificação e arquivamento; datas e assinaturas dos responsáveis pela 
execução; verificação e aprovação; indicação de substituição quando for o caso. 
Desenho Técnico 
14 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
Lista de peças, relação de materiais, descrição de modificações e 
indicações suplementares quando necessárias, devem ser colocadas 
normalmente acima da legenda. Observe as seguintes figuras. 
 
 
 
55-- CCaalliiggrraaffiiaa ttééccnniiccaa.. 
Na maior parte das legendas dos desenhos técnicos empregam-se letras 
de traço simples, de rápida execução e bem legíveis. O traçado destas letras 
pode ser vertical ou com inclinação para a direita de 65 a 75º com a horizontal, 
executado à mão livre ou com auxílio de instrumentos. 
Nossa imperfeita percepção visual produz deformações, fazendo por 
exemplo, com que uma linha horizontal situada no meio de um retângulo aparenta 
estar mais abaixo. Por isso, as letra B, E, K, S, X, A e os números 3 e 8 deverão 
sempre ser desenhados com a parte superior menor que a inferior. 
 
O primeiro requisito para o traçado das letras é a forma correta de segurar 
o lápis ou a lapiseira. A pressão deve ser firme e uniforme sobre o lápis. 
As linhas horizontas e oblíquas são traçadas da esquerda para a direita, e 
as verticais, de cima para baixo. Observe as seguintes figuras. 
 
Desenho Técnico 
15 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
Correto posicionamento e traçado com a lapiseira. 
As letras e os algarismos normalizados, verticais e inclinados, são 
mostrados a seguir. 
 
 
Ao representarmos as letras e os algarismos são utilizadas pautas. Estas 
pautas são constituídas por três linhas paralelas. A primeira linha é destinada à 
base; a segunda à parte superior das minúsculas; a terceira à parte superior das 
maiúsculas. No traçado das letras e algarismos, são caracterizados três grupos 
distintos: 
aa)) TTrraaççaaddoo ccoomm lliinnhhaass rreettaass:: são as letras H, F, E, I, L, N, T e o número 1. As 
letras A, V, M, W, K, Y, Z e os números 4 e 7 também são feitos com linhas retas, 
mas cada um com características próprias. 
bb)) TTrraaççaaddoo ccoommbbiinnaannddoo lliinnhhaass rreettaass ee ccuurrvvaass:: são as letras B, D, J, P, R, U e 
os números 2 e 5. 
cc)) TTrraaççaaddoo ccuurrvvoo:: são as letras O, Q, C, G, S e os números 3, 6, 8, 9 e 0. 
Desenho Técnico 
16 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
66-- IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddee lliinnhhaass.. 
A seguinte tabela mostra o emprego dos diversos tipos de linhas. 
 
Tipo Emprego 
 
 
Grossa 
 
1 
 
 
 
Arestas e contornos visíveis. Ex: 
circunferências de cabeça de 
engrenagens; cabeça de filetes de 
roscas, etc. 
2 
 
 
Plano de corte. 
 
 
 
 
 
Média3 
 
 
 
Fundo de filetes de roscas; 
circunferência de pé das 
engrenagens. 
 
 
4 
 
 
 
 
Seções rebatidas; peças colocadas 
diante do objeto representado; peças 
que possuem movimento ou 
posições variáveis em relação a um 
deslocamento; indicação de 
sobremetal para usinagem. 
5 
 
 
Arestas e contornos invisíveis. 
6 
 
 Linhas de ruptura. 
 
Fina 
7 
 
 
Linhas de chamada; cotas; hachuras. 
8 
 
 
Eixos de simetria; linhas de centro; 
linhas básicas de construção. 
 
 
 
 
 
“9" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
 
“1 " 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
 
“11" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
 
“12" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
Desenho Técnico 
19 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
77-- IIddeennttiiffiiccaaççããoo ddee vviissttaass.. 
Uma peça que estamos observando ou mesmo imaginando, pode ser 
desenhada (representada) num plano. A esta representação gráfica dá-se o nome 
de “projeção”. 
O plano é denominado “plano de projeção” e a representação da peça 
recebe, nele, o nome de projeção. 
Podemos obter as projeções através de observações feitas em 
determinadas posições. Podemos então ter várias “vistas” da peça. 
 
 
 
 
Tomemos por exemplo uma caixa de fósforos. Para representar a caixa 
vista de frente, consideramos um plano vertical e vamos representar nele esta 
vista. 
A “vista de frente” é, por isso, também denominada “projeção vertical” ou 
“elevação”. 
 
Desenho Técnico 
20 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
Reparemos, na figura abaixo, as “projeções verticais” ou “elevações” das 
peças. Elas são as “vistas de frente” das peças para o observador na posição 
indicada. 
 
 
Voltemos ao exemplo da caixa de fósforos. O observador quer representar 
a caixa, olhando-a por cima. Então, usará um plano que denominaremos de plano 
horizontal. A projeção que representa esta “vista de cima“ será denominada 
“projeção horizontal”, “vista de cima” ou “planta”. 
 
 
Desenho Técnico 
21 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
A figura abaixo representa a “projeção horizontal”, “vista de cima” ou 
“planta” das peças, para o observador na posição indicada. 
 
 
O observador poderá representar a caixa, olhando-a de lado. Teremos uma 
“vista lateral”, e a projeção representará uma vista lateral que pode ser da “direita” 
ou da “esquerda”. 
 
 
Reparemos que uma peça pode ter, pelo que foi esclarecido, até “seis 
vistas”. Entretanto, uma peça que estamos vendo ou imaginando, deve ser 
representada por um número de vistas que nos dê a idéia completa da peça, um 
Desenho Técnico 
22 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
número de vistas essenciais para representá-la a fim de que possamos entender 
qual é a forma e quais as dimensões da peça. Estas vistas são chamadas de 
“vistas principais”. 
Ao selecionar a posição da peça da qual se vai fazer a projeção, escolhe- 
se para a vertical aquela vista que mais caracteriza ou individualiza a peça. Por 
isso, também é comum chamar a projeção vertical (elevação) de vista principal. 
As três vistas, elevação, planta e vista lateral (direita ou esquerda), 
dispostas em posições normalizadas pela ABNT, nos darão as suas projeções. 
A vista de frente (elevação) e a vista de cima (planta), alinham-se 
verticalmente. 
 
 
A vista de frente (elevação) e a vista de lado (vista lateral), alinham-se 
horizontalmente. 
 
 
Finalmente, temos a caixa de fósforos desenhada em três projeções. 
 
 
Desenho Técnico 
23 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
Por este processo, podemos desenhar qualquer peça. 
 
 
 
 
Na vista lateral esquerda das projeções da peça abaixo, existem linhas 
tracejadas. Elas representam as “arestas não visíveis”. 
 
 
 
 
Nas projeções abaixo, aparecem linhas de centro. 
 
 
Desenho Técnico 
24 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
Nas projeções abaixo, foram empregados eixos de simetria. 
 
 
As projeções desenhadas anteriormente apresentaram a vista lateral 
esquerda, representando o que se vê olhando a peça pelo lado esquerdo, apesar 
de sua projeção estar à direita da elevação. 
Nos casos em que o maior número de detalhes estiver colocado no lado 
direito da peça, usamos a vista lateral direita, projetando-a à esquerda da 
elevação, conforme exemplos abaixo: 
 
 
Desenho Técnico 
25 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Os desenhos abaixo mostram as projeções de várias peças com utilização 
de apenas uma vista lateral. De acordo com os detalhes a serem mostrados, 
foram utilizadas as laterais esquerda ou direita. 
 
 
 
Em certos casos porém, há necessidade de se usar duas laterais para 
melhor esclarecimento de detalhes importantes Quando isto acontece, as linhas 
tracejadas desnecessárias podem ser omitidas, como no exemplo abaixo: 
 
 
Desenho Técnico 
26 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
1- Complete à mão livre as projeções das peças apresentadas e coloque o nome 
em cada uma das vistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
27 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2- Complete à mão livre as projeções das peças apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
28 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
3- Desenhe à mão livre as plantas e as vistas laterais esquerdas das peças 
apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
29 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
4- Desenhe à mão livre as projeções das peças apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
30 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
5- Desenhe à mão livre as projeções das peças apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
31 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
6- Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada 
em perspectiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
32 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
7- Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada 
em perspectiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
33 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
8- Coloque abaixo de cada vista, as iniciais correspondentes: 
VF – vista de frente. 
VS – vista superior. 
VLE – vista lateral esquerda. 
VLD – vista lateral direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
34 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
9- Coloque abaixo de cada vista, as iniciais correspondentes: 
VF – vista de frente. 
VS – vista superior. 
VLE – vista lateral esquerda. 
VLD – vista lateral direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
35 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
10- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
36 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
11- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
37 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
12- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
38 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
13- Desenhe à mão livre a terceira vista das projeções apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
39 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
14- Complete as projeções abaixo: 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
40 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
15- Complete as projeções abaixo: 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
41 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
16- Procure nos desenhos abaixo as vistas que estão relacionadas entre si 
(elevação e planta), e coloque os números correspondentes como no exemplo 
número 1. 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
42 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
17- Procure nos desenhos abaixo as vistas que estão relacionadas entre si 
(elevação e lateral esquerda),e coloque os números correspondentes como no 
exemplo número 1. 
 
 
Desenho Técnico 
43 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
18- Complete as projeções abaixo desenhando a vista lateral direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
44 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
88-- SSuupprreessssããoo ddee vviissttaass.. 
Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas 
que melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais 
vistas, como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma 
única vista. Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas. 
Continuará havendo uma vista principal (vista de frente, no caso), e escolhida 
como segunda vista aquela que melhor complete a representação da peça. 
 
 
Nos exemplos abaixo estão representadas peças por meio de uma única 
vista. Neste tipo de projeção é indispensável o uso de símbolos. 
 
Desenho Técnico 
45 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciioo:: 
1- Empregando duas vistas, desenhe à mão livre as peças apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
46 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
99-- IIddeennttiiffiiccaaççããoo ee lleeiittuurraa ddee ccoottaass,, ssíímmbboollooss ee 
mmaatteerriiaaiiss.. 
Para execução de uma peça, torna-se necessário que seja acrescentado 
ao desenho (além das projeções que nos dão idéia da forma da peça) suas 
medidas e também outras informações complementares. A isto chamamos de 
‘’dimensionamento ou cotagem’’. 
A cotagem dos desenhos tem por objetivos principais determinar o 
tamanho e localizar exatamente os detalhes da peça. Por exemplo, para 
execução da peça a seguir necessitamos saber suas dimensões e a exata 
localização do furo. 
 
OObbsseerrvvaaççããoo:: a anotação “esp.8” refere-se à espessura da peça. 
Para cotagem de um desenho são necessários três elementos: 
- Linhas de cota. 
- Linhas de extensão. 
- Valor numérico da cota. 
 
 
Como vemos na figura anterior, as linhas de cota são de espessura fina, 
traço contínuo e limitadas por setas nas suas extremidades. As linhas de 
extensão são de espessura fina, traço contínuo, não devendo tocar o contorno do 
desenho da peça e devem se prolongar um pouco além da última linha de cota 
que abrangem. 
O número que exprime o valor numérico da cota pode ser escrito de duas 
maneiras diferentes: 
Desenho Técnico 
47 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
- Acima da linha de cota, eqüidistante dos extremos. 
 
- Num intervalo aberto pela interrupção da linha de cota. 
 
No mesmo desenho devemos empregar apenas uma destas duas 
alternativas. O valor numérico colocado acima da linha de cota é mais fácil de ser 
visualizado e evita a possibilidade de erros. 
1100-- RReeggrraass ddee ccoottaaggeemm.. 
Em desenho técnico normalmente a unidade de medida é o milímetro, 
sendo dispensada a colocação do símbolo junto ao valor numérico da cota. Se 
houver o emprego de outra unidade, coloca-se o respectivo símbolo ao lado do 
valor numérico, conforme indicado na figura a seguir. 
 
 
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da 
esquerda para a direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada. 
 
Desenho Técnico 
48 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a 
forma do elemento cotado. Devemos evitar a repetição de cotas. 
 
 
As cotas devem ser colocadas dentro ou fora dos elementos que 
representam, atendendo aos melhores requisitos de clareza e facilidade de 
interpretação. 
 
 
Nas transferências de cotas para locais mais convenientes, devemos evitar 
o cruzamento das linhas de extensão com as linhas de cota. As linhas de 
extensão são traçadas perpendicularmente à dimensão cotada. Em casos 
particulares, podem ser traçadas obliquamente, porém conservando o paralelismo 
entre si. 
 
Desenho Técnico 
49 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Evite a colocação de cotas inclinadas nos espaços inclinados a 30º 
conforme indicados na figura a seguir. 
 
Não utilize as linhas de centro e eixos de simetria como linhas de cota. Elas 
não devem substituir as linhas de extensão. 
 
 
Utilize a cotagem por meio de faces de referência (face A e B), conforme 
ilustrado na figura abaixo. 
 
 
Desenho Técnico 
50 
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A cotagem de “elementos esféricos” é feita conforme as figuras abaixo. 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
51 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
1- Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. 
Não coloque o valor numérico das cotas. Trace à mão livre, apenas as linhas de 
cota e as linhas de extensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
52 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2- Faça à mão livre a cotagem completa dos desenhos abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
53 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
1111-- CCoottaaggeemm ddee ddeettaallhheess.. 
As linhas de cota de raios em arcos levam setas apenas na extremidade 
que toca o arco. 
 
 
 
 
Conforme o espaço disponível no desenho, os ângulos podem ser cotados 
das seguintes maneiras. 
 
 
 
 
A cotagem de chanfros é feita como indicam as figuras abaixo. Quando o 
chanfro for de 45º, podemos simplificar a cotagem usando um dos sistemas 
apresentados nas figuras abaixo. 
 
 
Desenho Técnico 
54 
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A cotagem de círculos é feita indicando o valor do seu diâmetro por meio 
dos recursos apresentados nas figuras abaixo, que são utilizados conforme o 
espaço disponível no desenho. 
 
 
 
 
 
Para cotar em espaços reduzidos, colocamos as cotas como nas figuras 
abaixo: 
 
 
Desenho Técnico 
55 
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1122-- SSíímmbboollooss ee ccoonnvveennççõõeess.. 
A ABNT (Associação Brasileira de Norma s Técnicas), em suas normas NB- 
8 e NB-13, recomenda a utilização dos símbolos abaixo, que devem ser 
colocados sempre antes dos valores numéricos das cotas. 
 
 
 
 
Quando na vista cotada for evidente que se trata de diâmetro ou quadrado, 
os respectivos símbolos podem ser dispensados. 
 
 
Desenho Técnico 
56 
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1133-- SSíímmbboollooss eemm mmaatteerriiaaiiss ppeerrffiillaaddooss.. 
Os símbolos abaixo devem ser colocados sempre antes da designação da 
bitola do material. 
 
 
1144-- CCoonnvveennççõõeess ppaarraa aaccaabbaammeennttoo ddee ssuuppeerrffíícciieess.. 
 Superfícies em bruto, porém limpas de rebarbas e saliências. 
 Superfícies apenas desbastadas. 
 Superfícies alisadas. 
 Superfícies polidas. 
EExxeemmppllooss ddee iinnddiiccaaççããoo:: 
 
 
Desenho Técnico 
57 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
Para outros graus de aca bamento, devendo ser indicada a 
maneira de obtê-los. 
 Superfícies sujeitas a tratamento especial, indicado sobre a linha 
horizontal. Ex: cromado, niquelado, pintado, etc. 
EExxeemmpplloo ddee iinnddiiccaaççããoo:: 
 
 
Quando todas as superfícies de uma peça tiverem o mesmo acabamento, o 
respectivo sinal deve ficar em destaque. 
 
 
Se na mesma peça houver superfícies com graus de acabamento 
diferentes dos da maioria, os sinais correspondentes serão colocados nas 
respectivas superfícies e também indicados entre parênteses, ao lado do sinal em 
destaque. 
 
Desenho Técnico 
58 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeemmpplloo ddee iinnddiiccaaççããoo:: 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
1- Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. 
Não coloque o valor numérico das cotas. Trace à mão livre apenas as linhas de 
cota, de extensão e os símbolos necessários. 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
59 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2- Qual o tipo de acabamento utilizado nas superfícies indicadas pelas letras? 
 
 
A - 
B - 
C - 
D - 
E - 
F - 
 
 
3- a) Qual o tipode acabamento geral da peça abaixo? 
Resp. 
b) Qual o tipo de acabamento para as partes torneadas com 25 mm de diâmetro? 
Resp. 
 
Desenho Técnico 
60 
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1155-- IInnddiiccaaççããoo ddee eessttaaddoo ddee ssuuppeerrffíícciiee.. 
O desenho técnico além de mostrar as formas e as dimensões das peças, 
precisa conter outras informações para representá-lo fielmente. Uma destas 
informações é a indicação dos estados das superfícies das peças. 
AAccaabbaammeennttoo:: acabamento é um grau de rugosidade observado na superfície da 
peça. As superfícies apresentam-se sob diversos aspectos, a saber: em bruto, 
desbastadas, alisadas e polidas. 
SSuuppeerrffíícciiee eemm bbrruuttoo:: é aquela que não é usinada, mas limpa com a eliminação 
de rebarbas e saliências. 
SSuuppeerrffíícciiee ddeessbbaassttaaddaa:: é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são 
bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é facilmente percebida. 
SSuuppeerrffíícciiee aalliissaaddaa:: é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são 
pouco visíveis, sendo a rugosidade pouco percebida. 
SSuuppeerrffíícciiee ppoolliiddaa:: é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta são 
imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada somente por meio de aparelhos 
especiais. 
Os graus de acabamento das superfícies são representados pelos 
símbolos indicativos de rugosidade da superfície, normalizados pela norma NBR- 
8404 da ABNT, baseada na norma ISO-1302. Os graus de acabamento são 
obtidos por diversos processos de trabalho e dependem das modalidades de 
operações e das características dos materiais adotados. 
RRuuggoossiiddaaddee.. 
Com a evolução tecnológica houve a necessidade de se aprimorarem as 
indicações dos graus de acabamento das superfícies. Com a criação de 
aparelhos capazes de medir a rugosidade superficial em µm (micrômetro; 1 µm = 
0,001 mm), as indicações dos acabamentos de superfície passaram a ser 
representadas por classes de rugosidade. Assim, a rugosidade passou a ser 
considerada como erros micro geométricos existentes nas superfícies das peças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
Desenho Técnico 
61 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
A norma ABNT NBR-8404 normaliza a indicação do estado de superfície 
em desenho técnico por meio dos seguintes símbolos. 
 
SSíímmbboollooss sseemm iinnddiiccaaççããoo ddee rruuggoossiiddaaddee.. 
 
 
Símbolo Significado 
 
 
Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for 
complementado por uma indicação. 
 
 
 
Caracterização de uma superfície usinada sem maiores detalhes. 
 
 
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é 
permitida e indica que a superfície deve permanecer no estado 
resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo se esta 
tiver sido obtida por usinagem ou outro processo qualquer. 
 
 
 
 
SSíímmbboollooss ccoomm iinnddiiccaaççããoo ddaa ccaarraacctteerrííssttiiccaa pprriinncciippaall ddaa rruuggoossiiddaaddee RRaa.. 
 
 
Símbolo. 
A remoção de material ... 
 
Significado 
é facultativa é exigida 
não é 
permitida 
 
 
 
 
 
 
Superfície com uma rugosidade 
de um valor máximo: 
Ra = 3,2 µm. 
 
 
 
 
 
 
Superfície com uma rugosidade 
de um valor: 
Máximo: Ra = 6,3 µm. 
Mínimo: Ra = 1,6 µm. 
Desenho Técnico 
62 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
SSíímmbboollooss ccoomm iinnddiiccaaççõõeess ccoommpplleemmeennttaarreess:: estes símbolos podem ser 
combinados entre si ou com outros símbolos apropriados, dependendo do caso 
específico. 
 
Símbolo Significado 
 
 
 
Processo de fabricação: fresar. 
 
 
 
Comprimento de amostragem: 2,5 mm. 
 
 
 
Direção das estrias: 
projeção da vista. 
 
perpendicular 
 
ao 
 
plano 
 
de 
 
 
 
Sobremetal para usinagem: 2 mm. 
 
 
Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro 
de rugosidade diferente de Ra; por exemplo Rt = 0,4 
µm. 
A ABNT adota o desvio médio aritmético (Ra) para determinar os valores 
da rugosidade, que são representados por classes de rugosidade N1 a N12, 
correspondendo cada classe a um valor máximo em µm, como observamos na 
seguinte tabela. 
 
Classe de rugosidade 
Desvio médio 
aritmético (Ra) 
N12 50 
N11 25 
N10 12,5 
N9 6,3 
N8 3,2 
N7 1,6 
N6 0,8 
N5 0,4 
N4 0,2 
N3 0,1 
N2 0,05 
N1 0,025 
Desenho Técnico 
63 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeemmppllooss ddee aapplliiccaaççããoo:: 
 
IInntteerrpprreettaaççããoo aa)) :: “1” é o número da peça. 
 ao lado do número da peça, representa o acabamento geral, com a retirada 
de material, válido para todas superfícies da peça. 
“N8” indica que a rugosidade máxima permitida no acabamento é de 3,2 µm 
(0,0032 mm). 
 
IInntteerrpprreettaaççããoo bb)) :: “2” é o número da peça. 
 o acabamento geral não deve ser indicado nas superfícies. O símbolo 
significa que a peça deve manter-se sem a retirada de material. 
 
 
 
superfícies. 
dentro dos parênteses devem ser indicados nas respectivas 
 
“N6” corresponde a um desvio aritmético máximo de 0,8 µm (0,0008 mm) e “N9” 
corresponde a um desvio aritmético máximo de 6,3 µm (0,0063 mm). 
Desenho Técnico 
64 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser 
lidos tanto com o desenho na posição normal como pelo lado direito. Se 
necessário, o símbolo pode ser interligado por meio de uma linha de indicação. 
 
 
 
 
 
 
O símbolo dever ser indicado uma vez para cada superfície, e se possível, na 
vista que leva a cota ou que representa a superfície. 
 
 
Desenho Técnico 
65 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
1166-- EEssccaallaa.. 
Escala é a razão existente entre as medidas no papel de desenho e as 
medidas reais do objeto. 
EExxeemmpplloo:: representar o comprimento real de 20 metros de um dado mecanismo 
num formato de papel, usando a dimensão de 200 mm. Assim, a escala terá a 
seguinte correlação: 200 m / 20 m ou 200 mm / 20.000 mm ou 1/100. 
Pela divisão executada, uma unidade no papel corresponderá a 100 
unidades reais. A escala do desenho deverá, obrigatoriamente, ser indicada na 
legenda. 
As escalas de desenho podem ser: natural, de redução e de ampliação. 
 
Tipo de escala 
Notação da 
escala (ABNT) 
Emprego 
Natural 1:1 
Em desenho de objetos que são 
representados em seu tamanho real. 
 
Redução 
1:2 ; 1:2,5 
1:5 ; 1:10 
1:20 ; 1:25 
1:50 ; 1:100 
1:200 ; 1:500 
 
Usadas para o desenho de objetos de 
grandes dimensões. 
Ampliação 
2:1 
5:1 
10:1 
Usadas para o desenho de objetos de 
pequenas dimensões. 
Na régua milimetrada quando convenciona-se que 1 cm valerá 1 metro 
real, cria-se a escala de 1:100, ou seja, 1 cm do papel corresponde a 100 cm 
reais (ou 1 metro real). Na escala de 1:50, a fração duas vezes maior que 1:100, 1 
metro real seria representado por 2 cm. 
EExxeerrccíícciiooss:: 
1- Complete as lacunas com os valores correspondentes: 
 
Desenho Técnico 
66 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2- A peça abaixo está representada em escala natural. Marque qual das 
alternativas representa a mesma peça em escala 2:1. 
 
 
1177-- PPeerrssppeeccttiivvaa.. 
A perspectiva, por ser um desenho ilustrativo, auxilia a interpretação das 
peças, embora em muitos casos, não seja capaz de mostrar todos os detalhes 
construtivos. 
 
Peça desenhada em perspectiva isométrica. 
Desenho Técnico 
67 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
PPeerrssppeeccttiivvaa iissoommééttrriiccaa.. 
A perspectiva isométrica (medidas iguais) é uma das mais simples e 
eficientes. É composta de parte de três eixos a 120º (isométricos), sobre os quais 
marcamos as medidas da peça. As arestas paralelas da peça são traçadas na 
perspectiva isométrica por meio de linhas paralelas também. 
 
 
 
 
Os quadros de 1 a 6 da seguinte figura mostram a seqüência do traçado, à 
mão livre, de uma perspectiva isométrica. 
 
 
 
 
“72" 
Conteúdo ext a! 
 
 
 
Desenho Técnico 
68 
Curso Técnico MecânicoEExxeerrccíícciioo:: 
1- Desenhe à mão livre as perspectivas isométricas das peças abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
69 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
PPeerrssppeeccttiivvaa ccaavvaalleeiirraa.. 
Outro tipo de perspectiva empregado em desenho técnico para auxiliar a 
representação e visualização das peças é a perspectiva cavaleira. Esta 
perspectiva é caracterizada por sempre representar a peça com sendo vista por 
frente. 
 
As medidas horizontais e verticais na perspectiva cavaleira normalmente 
não sofrem redução. O ângulo da perspectiva cavaleira pode ser de 30º, 45º ou 
60º. A medida marcada nesta linha inclinada sofrerá redução de 1/3 quando o 
ângulo for de 30º; de 1/2 quando o ângulo for de 45º e 2/3 quando o ângulo for de 
60º. 
 
Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem quando a peça 
apresenta superfícies curvas. Vejamos o exemplo do cilindro abaixo, 
representado pelos dois tipos de perspectiva. Na isométrica, o círculo é 
representado por uma forma oval, e na cavaleira, por um círculo. 
 
Desenho Técnico 
70 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciioo:: 
1- Desenhe à mão livre a perspectiva cavaleira das peças abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
71 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
1188-- CCoorrtteess.. 
Os “cortes” são utilizados em desenhos de peças e conjuntos para facilitar 
a interpretação de detalhes internos que, através das vistas convencionais, 
seriam de difícil entendimento para execução. Vimos que as vistas principais 
apresentam detalhes internos com linhas tracejadas, indicando os contornos e 
arestas não visíveis, como nos exemplos abaixo. 
 
 
Se empregamos o corte, tais detalhes internos passarão a ficar visíveis. 
Imaginemos que uma peça seja cortada no sentido longitudinal e a parte da frente 
seja retirada. Na projeção, teremos a elevação em corte. 
 
 
 
 
OObbsseerrvvaaççããoo:: o corte é imaginário. A parte hachurada na projeção corresponde a 
parte da peça que foi atingida pelo corte. A região não hachurada indica a região 
não atingida pelo corte. Observe as seguintes figuras. 
Desenho Técnico 
72 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
 
Imaginemos agora que a peça seja cortada no sentido transversal. Na 
representação, teremos a vista lateral em corte. 
 
 
 
 
A seguir temos outro exemplo em que a peça foi cortada por um plano 
horizontal, e a parte de cima foi retirada. Na representação teremos a planta em 
corte. 
Desenho Técnico 
73 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OObbsseerrvvaaççããoo:: pelo que foi dito até agora, vimos que as vistas que não são 
atingidas pelos cortes não sofrem alteração na sua representação. 
Desenho Técnico 
74 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
1199-- HHaacchhuurraass.. 
Hachuras são linhas finas paralelas (que normalmente são desenhas a 
45º), utilizadas para representar a parte cortada de uma peça. Todos os cortes 
executados devem sempre conservar o mesmo tipo de representação de hachura. 
Observe o exemplo abaixo; nele as hachuras distinguem claramente as 
partes que foram cortadas. 
 
Nos desenhos de conjunto, peças adjacentes devem figurar com hachuras 
diferindo pela direção ou pelo espaçamento. As hachuras também são 
empregadas para identificar de que material a peça será executada (norma ABNT 
antiga). 
 
De acordo com esta norma, as hachuras para os materiais mais usados 
nas indústrias são as seguintes. 
 
 
Desenho Técnico 
75 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Seções finas como guarnições, juntas, etc., em vez de hachuradas, devem 
ser enegrecidas. 
 
2200-- LLiinnhhaa ddee ccoorrttee.. 
O plano de corte é indicado no desenho por meio de linha grossa, com 
traço e ponto, denominada de “linha de corte”. O corte é indicado numa vista e 
representado em outra. Havendo necessidade de registrar no desenho o sentido 
em que é observada a linha de corte, este é indicado por setas nos extremos da 
linha de corte. 
 
Quando houver necessidade de identificarmos uma vista em corte e o 
respectivo plano, empregamos letras maiúsculas repetidas ou em seqüência (AA, 
BB, AB, CD, etc.), colocadas ao lado das setas nos extremos da linha de corte, 
escrevendo-se tais letras junto a vista em corte correspondente, como no exemplo 
abaixo. 
Desenho Técnico 
76 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
 
2211-- CCoorrttee ttoottaall.. 
O corte total ocorre quando a peça é cortada imaginariamente, em toda sua 
extensão. Deve ficar claro que, para o traçado da vista em corte, imaginamos 
retirada a parte da peça que impedia a visão; porém, para o traçado das outras 
vistas, a referida parte é considerada como não retirada. 
 
 
 
Desenho Técnico 
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Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
2222-- MMeeiioo ccoorrttee.. 
Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de empregarmos o 
corte total para mostrar seus detalhes internos. Podemos utilizar o “meio corte” 
mostrando a metade da peça em corte, com seus detalhes internos, e a outra 
metade em vista externa, conforme os exemplos abaixo. 
 
 
 
Desenho Técnico 
78 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
OObbsseerrvvaaççããoo:: por convenção, não se indicam os detalhes “não visíveis”, mesmo 
na parte não cortada. 
 
 
 
2233-- CCoorrttee ppaarrcciiaall.. 
Corte parcial é o corte utilizado para mostrar apenas uma parte interna do 
objeto ou peça, possibilitando esclarecer pequenos detalhes internos sem 
necessidade de recorrer ao corte total ou meio corte. 
 
 
 
 
OObbsseerrvvaaççããoo:: neste corte, permanecem as “linhas de contorno” e as “arestas não 
visíveis”, não atingidas pelo corte parcial. 
Desenho Técnico 
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Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2244-- SSeeççõõeess.. 
As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou parte de peças, 
evitando vistas desnecessárias que nem sempre identificam a peça. 
 
 
Seção traçada acima da vista. 
 
 
 
Seção traçada dentro da própria vista. 
 
 
Seção traçada com a interrupção da vista. 
Desenho Técnico 
80 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
 
 
2255-- RRuuppttuurraass.. 
Seções traçadas fora da vista. 
 
Rupturas são representações convencionais utilizadas para o desenho de 
peças que, devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor 
aproveitamento de espaço no desenho. De acordo com a sua forma, obedecem 
as convenções abaixo. 
 
 
 
 
 
A representação de ruptura é empregada quando, na parte que se imagina 
retirada, não houver detalhes que necessitem ser mostrados. 
OObbsseerrvvaaççããoo:: o comprimento real da peça é dado pelo valor numérico da cota. 
 
Desenho Técnico 
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2266-- OOmmiissssããoo ddee ccoorrttee.. 
Nervuras e braços de peças não são atingidos pelo corte no sentido 
longitudinal, conforme os exemplos abaixo. 
 
 
Nos desenhos de conjunto, eixos, pinos, rebites, chavetas, parafusos e 
porcas também não são considerados cortados quando atingidos prelo corte no 
sentido longitudinal, conforme os exemplos abaixo. 
 
 
 
 
Entretanto, quando necessário, cortes parciais poderão ser empregados. 
Desenho Técnico 
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OObbsseerrvvaaççããoo:: eixos, quando cortados no sentido transversal, aparecem 
hachurados. 
 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
1- Assinale com um “x” a representação correta. 
 
 
Desenho Técnico 
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2- Assinale com um “x” a representação correta. 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
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2277-- VViissttaa aauuxxiilliiaarr.. 
A “vista auxiliar” é empregada para se obter a forma real de partes que 
estejam fora das posições horizontal e vertical. Obtém-se a vista auxiliar 
projetando-se a parte inclinada paralelamente à sua inclinação, conforme os 
seguintes exemplos. 
 
 
As vistas auxiliares são consideradas vistas parciais. Elas mostram apenas 
os detalhes que seriamrepresentados de maneira “deformada ou irregular” se 
empregássemos o rebatimento de vistas convencinal. Observe outro exemplo. 
 
 
 
Desenho Técnico 
85 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
1- Observe atentamente o seguinte desenho técnico e responda às questões: 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
86 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Item Pergunta Resposta 
 
1 
Que denominação é dada para as vistas 2 e 
4? 
 
 
2 
 
Qual é o valor da cota B? 
 
 
3 
 
Qual é o valor da cota D? 
 
 
4 
Que número na vista2 corresponde a letra G 
da vista 1? 
 
 
5 
Que letra na vista 1 corresponde ao número 3 
da vista 3? 
 
 
6 
Que número na vista 2 corresponde a letra E 
da vista 1? 
 
 
7 
Que letra da vista 4 corresponde ao número 3 
da vista 3? 
 
 
8 
 
Qual é o valor da cota C? 
 
 
9 
 
Qual é o valor da cota A? 
 
 
10 
Quantos furos de 5/16” serão broqueados 
(furados com broca) na peça? 
 
 
11 
 
Qual é a abertura da parte cilíndrica da peça? 
 
 
12 
Qual é o diâmetro do furo vazado na parte 
cilíndrica? 
 
Desenho Técnico 
87 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2- Desenhe a elevação, a planta em corte AB e uma vista auxiliar da superfície 
oblíqua (inclinada), da seguinte peça. Utilize a escala 1:1. 
 
 
 
Desenho Técnico 
88 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2288-- VViissttaa aauuxxiilliiaarr ssiimmpplliiffiiccaaddaa.. 
A “vista auxiliar simplificada”, pela facilidade de sua interpretação, é da 
maior importância no desenho técnico. Ela consiste em representar a peça em 
vista única, e por meio de linhas finas, completar o desenho com os detalhes que 
não ficaram esclarecidos na vista apresentada. Observe as figuras abaixo. 
 
 
 
Desenho Técnico 
89 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciioo:: 
1- Desenhe a peça abaixo em vista única, aplicando a vista auxiliar simplificada. 
Utilize a escala 1:1. 
 
Desenho Técnico 
90 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2299-- RRoottaaççããoo ddee ddeettaallhheess oobbllííqquuooss.. 
A “rotação de detalhes oblíquos” tem por finalidade evitar o encurtamento 
que resultaria da verdadeira projeção de detalhes inclinados. Faz-se a rotação 
destes detalhes de modo a projetá-los sem deformação. Observe o seguinte 
exemplo. 
 
 
 
 
corte. 
Este tipo de representação também é aplicado em peças mostradas em 
 
 
Desenho Técnico 
91 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciioo:: 
1- Complete a vista de frente e desenhe a vista lateral esquerda da peça 
apresentada. Aplique corte e utilize a escala 1:1. Os 3 furos de Ø13 e as 3 
nervuras de espessura de 6 mm são igualmente espaçadas (120º). 
 
 
3300-- VViissttaass ppaarrcciiaaiiss.. 
Certas peças, embora simples, necessitam devido a pequenos detalhes, de 
mais de uma vista para sua inteira compreensão. A representação destas peças 
pode ser simplificada, deixando-se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas 
apenas o detalhe. É o caso por exemplo, de uma peça com chanfro ou furo 
escareado. Oserve os seguintes exemplos. 
 
Desenho Técnico 
92 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciioo:: 
1- Desenhe a vista de frente e a vista parcial da peça abaixo. Utilize a escala 1:1. 
 
Desenho Técnico 
93 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
3311-- CCoonnjjuunnttooss mmeeccâânniiccooss.. 
Os “conjuntos mecânicos” geralmente são desenhados de duas formas: 
a) Desenho de detalhe: as peças são desenhadas separadamente. 
b) Desenho de conjunto: as peças são desenhadas em conjunto, dando uma idéia 
de montagem. 
Nos exemplos abaixo, estão desenhados detalhes e conjuntos de uma 
chave de fenda de hastes permutáveis (intercambiáveis). 
 
 
 
 
 
Desenho de conjunto. 
 
 
 
Lista de material. 
Desenho Técnico 
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Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
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Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico 
96 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
 
A escolha das vistas para os desenhos de conjunto obedece aos mesmos 
princípios utilizados nas projeções das peças. As peças componentes de um 
conjunto são identificadas, no desenho, por números colocados dentro de 
pequenas circunferências. 
Nos desenhos de conjunto existe uma tabela, colocada normalmente acima 
da legenda, que indica a quantidade, o número, o nome e o material de cada 
peça, além de outras informações que sejam necessárias. 
Desenho Técnico 
97 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
EExxeerrccíícciiooss:: 
1- Responda as seguintes questões referentes à “Bomba de Graxa”. 
 
 
Item Pergunta Resposta 
1 De quantas peças é composto este conjunto? 
 
2 Como é denominada a peça número 4? 
 
3 Que utilização terá a peça número 7? 
 
4 
De que material será confeccionada a peça 
número 8? 
 
5 Qual é o comprimento do embolo? 
 
6 
Descreva a denominação das linhas 
empregadas no desenho da bucha. 
 
7 
Qual é o limite superior no Ø14 mm do furo da 
peça número 2? 
 
8 
Quais são as dimensões da parte cônica da 
peça número 1? 
 
9 
Em que escala foi desenhado o detalhe da 
peça número 6? Porque? 
 
10 
Indique 
embolo. 
as dimensões do furo cego no 
11 
Quantas roscas internas terão que ser feitas 
neste conjunto e em quais peças serão 
executadas? 
 
12 
Indique as dimensões internas da peça 
número 2. 
 
13 
Qual é a profundidade do furo cego no apoio 
(peça número 3)? 
 
14 De que material será confeccionado o pistão? 
 
15 
Descreva os tipos de rosca e a posição 
destas na peça número 1. 
 
16 
O que tornou possível a representação da 
bucha em apenas uma vista? 
 
17 
Qual é o número de peças que será 
introduzido na peça número 5 (embolo)? 
 
18 
Descreva o motivo pelo qual será utilizado 
bronze ou latão na bucha (peça número 8). 
 
Desenho Técnico 
98 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
2- Estude cuidadosamente o desenho de conjunto abaixo (Prensa-Estopa) e 
responda às seguintes questões. 
 
Desenho Técnico 
99 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
 
Item Pergunta Resposta 
1 
Qual o material indicado para construção da 
peça 4? 
 
2 Qual a medida A? 
 
3 Qual a medida B? 
 
4 Qual a medida C? 
 
5 Qual a medida D? 
 
6 Quantas peças existem no conjunto? 
 
7 Qual o comprimento do flange 1? 
 
8 Qual o maior diâmetro da peça 3? 
 
9 Quanto mede o ângulo assinalado por F? 
 
10 Qual é a distância de centro dos prisioneiros? 
 
11 
Que comprimentos de roscas tem os 
prisioneiros? 
 
12 Qual a medida E? 
 
13 Qual é a altura da peça 3? 
 
14 
Qual o acabamento indicado para as partes 
internas que devem ser usinadas? 
 
15 Qual é a altura da peça 4? 
 
16 Quantos furos roscados tem a peça 3? 
 
17 
Quanto mede o diâmetro externo dos 
prisioneiros? 
 
18 
Qual o diâmetro do eixo onde será aplicado o 
conjunto? 
 
19 
Qual o diâmetro da circunferência que passa 
pelos 4 furos de fixação E? 
 
20 
Nos prisioneiros, qual o comprimento da parte 
com rosca grossa? 
 
Desenho Técnico 
100 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
3- Estude o conjunto da “Polia Tensora” abaixo e responda às seguintes 
questões: 
 
Desenho Técnico 
101 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Item Pergunta Resposta 
 
1 
 
Em que escala está desenhado o conjunto? 
 
 
2 
 
Quantos rolamentos existem no conjunto? 
 
 
3 
 
Quantos parafusos existem no conjunto? 
 
 
4 
Em função do diâmetro da polia, qual a letra 
do perfil padrão da correia? 
 
 
5 
Que tipo de arruela está representada no 
conjunto? 
 
 
6 
Qual o tipo de rolamento empregado no 
conjunto? 
 
 
7 
Qual o nome do tipo da cabeça dos parafusos 
indicados no desenho? 
 
 
8 
 
Quantas peças há no conjunto? 
 
 
9 
 
O eixo do conjunto é fixo ou rotativo? 
 
 
10 
 
Qual a rosca empregada no eixo? 
 
 
11 
 
Quantos graus mede o ângulo A? 
 
 
12 
 
Qual a utilidade da peça P? 
 
Desenho Técnico 
104 
Curso Técnico Mecânico3322-- RReepprreesseennttaaççããoo ddee ccoonnjjuunnttooss mmeeccâânniiccooss.. 
Um conjunto mecânico também pode ser desenhado apenas com o 
objetivo de mostrar os seus componentes e a nomenclatura destes, como é o 
exemplo do desenho da “Serra Alternativa tipo Mecânica” apresentada abaixo. 
Note que o conjunto foi representado em vista única e não houve preocupação 
com os seus detalhes, pois o objetivo era apenas em apresentar a nomenclatura 
das peças componentes da Serra Alternativa. 
Também poderia ter sido utilizada a representação em perspectiva, que 
nos mostraria o conjunto com suas três dimensões; no entanto, sempre que é 
possível, devemos evitar esta representação por ser de difícil e demorada 
elaboração. Estes desenhos de conjunto são mais utilizados em manuais de 
instrução e em catálogos. 
 
 
 
 
1- Manípulo da morsa. 
2- Arco da serra. 
3- Corrediça do arco. 
4- Suporte guia da corrediça. 
5- Contrapeso. 
6- Parafuso da morsa. 
7- Morsa. 
8- Lâmina. 
9- Suporte do contrapeso. 
10- Engrenagem de transmissão. 
11- Volante da biela. 
12- Capa da engrenagem. 
13- Polia. 
14- Pinhão de transmissão. 
15- Base da morsa. 
16- Peça. 
17- Desligador automático da chave 
elétrica. 
18- Manivela. 
19- Barramento. 
20- Motor elétrico. 
21- Pés. 
Desenho Técnico 
105 
Curso Técnico Mecânico 
 
 
 
 
 
Outro tipo de desenho de conjunto muito empregado é o da “Vista 
Explodida”, mostrando o conjunto como se estivesse desmontado, porém, 
fazendo uma correspondência às posições de cada detalhe no conjunto. 
Embora de difícil e demorada elaboração, é também muito usado em 
catálogos comerciais e em manuais de instrução. O desenho abaixo apresenta 
um exemplo de vista explodida. 
 
 
 
 
 
“329" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“33 " 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“331" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“332" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“333" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“334" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“335" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“336" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“35 " 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“351" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
 
“352" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“353" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“354" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“355" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“356" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“357" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“358" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“359" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“36 " 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“361" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“362" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“363" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“364" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“365" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“366" 
 Conteúdo ext a! 
 
 
 
 
“367" 
 Conteúdo ext a!

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