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MODELO DEFESA PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

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ILUSTRÍSSIMO (A) SENHOR (A) PRESIDENTE DA COMISSÃO PERMANENTE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR DA SANTA CASA DE MISERICÓRIA.
PORTARIA Nº 7/2020 - CPAD/GAP/PRES/CMP
Processo Administrativo nº: 2017/50
FRANCISCO, já qualificado nos autos do processo supracitado, vem apresentar sua
DEFESA EM PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
com fundamento no art. 5º, LV, da Constituição Federal e no art. 217, § 2º, da Lei Estadual nº 5.810/94 e súmula nº 05 do STF, em razão da acusação por infração funcional que lhe é imputada, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I – DA SÍNTESE PROCESSUAL:
Conta a portaria n° 557/2020, que ao referido servidor é atribuída a prática de ilícito administrativo por suposta violação aos artigos 177, incisos II e VI da Lei Nº 5.810/94 do RJU. 
 A Sindicância foi toda instruída, o sindicado foi ouvido em depoimento perante o Sr. Presidente e demais membros desta comissão e ao final foi editado o presente PAD.
II – PRELIMINARES
1. Da nulidade da citação
Diz o Art. 217, § 1° do RJU – Lei 5.810/94 que o indiciado será citado por mandato expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita (...), assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. Entretanto, conforme pode-se verificar em doc. anexo abaixo, que a assinatura que consta na citação não é a do Presidente da Comissão e nem da servidora designada como membro/secretária da sindicância eivando de vício o ato processual insculpido no artigo acima mencionado que por sua natureza é TAXATIVO. Importante frisar que não se trata de mero formalismo, mas de obediência aos princípios constitucionais processuais da Isonomia, do Devido Processo Legal, do Contraditório e da Ampla defesa.
1. Da prescrição
O fato que ensejou a abertura de sindicância ocorreu no dia 03/10/2017 e no dia 20/10/2017, a Diretoria Assistencial foi comunicada dos fatos através de memorando. A autoridade competente permaneceu, desde então, em perfeita inércia não tomando as medidas cabíveis conforme o que preceitua o art. 199 do RJU:
Art. 199. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. 
O art. 198 do RJU é taxativo quanto aos prazos prescricionais conforme podemos ler abaixo:
Art. 198 – A ação disciplinar prescreverá:
II – em 2 (dois) anos, quanto a suspensão;
III – em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à repreensão.
E somente a abertura da devida apuração interromperia a prescrição conforme o art 198 § 3° do RJU que diz: “a abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar INTERROMPE a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.” 
A Administração Pública, entretanto, ficou silente por quase 03 anos (TRÊS ANOS) e somente no final do ano de 2020 decidiu abrir a sindicância acusatória através da Portaria Nº 7/2020 - CPAD/GAP/PRES/CMP. 
Causando, assim, a prescrição de seu direito de aplicar uma penalidade administrativa ao servidor público em razão da demora em fazê-lo desde a descoberta dos fatos que justificariam esta sanção. Diz o parágrafo 1º do art. 198 do RJU que o prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido, no caso em comento, tornou-se conhecido no dia no dia 20/10/2017. 
O STJ conforme a Súmula N. 635 pacifica esse entendimento, senão vejamos:
Os prazos prescricionais previstos no art. 142 da Lei n. 8.112/1990 iniciam-se na data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo toma conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato de instauração válido – sindicância de caráter punitivo ou processo disciplinar – e voltam a fl uir por inteiro, após decorridos 140 dias desde a interrupção.
Conhecido o fato, a Administração Pública deveria, por força do art. 199 do RJU, PROMOVER A APURAÇÃO IMEDIATA, mas essa ocorreu apenas no final de 2020 quando o jus puniendi no âmbito administrativo já estava prescrito conforme os incisos II e III art. 198 do RJU acima transcrito e os tribunais vem acatando e aplicando a inteligência da Referida Súmula:
Ementa.MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. TERMO INICIAL DO PRAZO PRESCRICIONAL. CONHECIMENTO DOS FATOS PELA ADMINISTRAÇÃO, MAS NÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE PARA APURAR A INFRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL PREVISTO NO CPB, POR INEXISTÊNCIA DE AÇÃO PENAL E CONDENAÇÃO EM DESFAVOR DO IMPETRANTE. APLICAÇÃO DO PRAZO QUINQUENAL PREVISTO NA LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA (ART. 142 DA LEI 8.112/90). INSTAURAÇÃO DE PAD. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. REINÍCIO APÓS 140 DIAS. TRANSCURSO DE MAIS DE 5 ANOS. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. ORDEM CONCEDIDA, EM CONSONÂNCIA COM O PARECER MINISTERIAL.1. O excepcional poder-dever de a Administração aplicar sanção punitiva a seus Funcionários não se desenvolve ou efetiva de modo absoluto, de sorte que encontra limite temporal no princípio da segurança jurídica, de hierarquia constitucional, uma vez que os subordinados não podem ficar indefinidamente sujeitos à instabilidade originada da potestade disciplinar do Estado, além de que o acentuado lapso temporal transcorrido entre o cometimento da infração e a aplicação da respectiva sanção esvazia a razão de ser da responsabilização do Servidor supostamente transgressor.[…]3. A Terceira Seção desta Corte pacificou o entendimento de que o termo inicial do prazo prescricional da Ação Disciplinar é a data em que o fato se tornou conhecido da Administração, mas não necessariamente por aquela autoridade específica competente para a instauração do Processo Administrativo Disciplinar (art. 142, § 1º da Lei 8.112/90). Precedentes.4. Qualquer autoridade administrativa que tiver ciência da ocorrência de infração no Serviço Público tem o dever de proceder apuração do ilícito ou comunicar imediatamente à autoridade competente para promovê-la, sob pena de incidir no delito de condescendência criminosa (art. 143 da Lei 8.112/90); considera-se autoridade, para os efeitos dessa orientação, somente quem estiver investido de poder decisório na estrutura administrativa, ou seja, o integrante da hierarquia superior da Administração Pública. Ressalva do ponto de vista do relator quanto à essa exigência. […]8. Ordem concedida, em conformidade com o parecer ministerial.” (MS nº 14159/DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de 10-02-2012).
Ante o exposto, fica clara a intenção do Legislador e dos Tribunais superiores de não expor os subordinados da Administração Pública, sejam eles Federais ou Estaduais, a instabilidade jurídica que deriva do poder disciplinar Estatal.
III – DOS FATOS 
Antes de adentrar nos aspectos jurídicos da questão suscitada, impõe-se um rápido relato sobre os antecedentes do fato com fito de desde logo, esclarecer que o defendente é vítima de assédio moral horizontal em decorrência de sua posição política que em nada afeta sua performance laboral ou degrada a instituição para a qual trabalha ou mancha a sua reputação ou a de seus colegas.
O defendente, é comentarista político e sempre publica críticas e fatos do cenário político regional em sua página e perfil pessoal do Facebook e outras redes sociais que nada tem a ver com Santa Casa de Misericórdia ou de alguma forma lhe traz prejuízo de qualquer espécie. O sr. Jesus, seguidor da página e perfil pessoal do defendente, acompanhava as publicações, sendo que o conteúdo de uma delas lhe causou tremendo desgosto e fez surgir no seu íntimo um sentimento de ódio e revanchismo que ultrapassou o seu bom senso, razão e profissionalismo quando trouxe para dentro do ambiente de trabalho toda a sua amargura, fazendo refletir em atos velados de assédio moral horizontal até resultar em uma ameaça à vida e a integridade física do sr. Francisco. Diante de uma ameaça não à vida ou sua integridade física, combinada com um meio ambiente laboral degradado em razão dos CONSTANTES assédios, não se pode esperar que uma pessoa, por mais equilibradaque seja, mantenha-se calma e fria como se nada estivesse acontecendo, como se não houvesse a possibilidade REAL de perder sua vida ou ser gravemente lesionado. O dever de urbanidade encontra em uma situação de perigo iminente, o seu maior limitador. 
Diante de tal circunstância, pedir que a VÍTIMA ficasse calada ou mantivesse uma postura de cordeiro sacrificial seria cruel e perverso, no mínimo, uma atitude sem empatia por parte da Administração Pública, portanto, NÃO SE PODE COBRAR E PUNIR A VÍTIMA que em sua LEGÍTIMA DEFESA, violou o dever de urbanidade e não agiu com a prudência que a ética e a moralidade administrativa, leis e regulamentos preceituam. Esta é a verdade dos fatos.
 
IV – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
A) DO ASSÉDIO MORAL
O sr. FRANCISCO foi candidato a vereança desta cidade de Belém do Pará, é comentarista político, crítico de políticos e ações políticas dos mais variados partidos há vários anos. Suas críticas sempre tiveram o objetivo de informar, noticiar, criticar e questionar fatos e ações do cotidiano político paraense, todavia, jamais trouxe sua militância e críticas para o ambiente de trabalho, visto que acredita que esse local deve ser neutro a fim de preservar e contribuir para a manutenção de um saudável e equilibrado meio ambiente de trabalho que é direito fundamental de todo trabalhador, resultando assim no respeito direto e indireto de seus colegas que podem ou não ter pontos de vista semelhantes e afinidades políticas.
Embora tenha o cuidado de não trazer para o ambiente laboral suas atividades políticas, suas opiniões e militâncias, essas são públicas e compartilhadas através das redes sociais PESSOAIS e essas podem gerar discordâncias e dissabor a certos colegas que o seguem em sua página e perfil, que não se limitam a sua esfera pessoal, mas que ultrapassa para a esfera profissional por uma incontinente ira, um sentimento de contrariedade e revanchismo que macula sua conduta profissional por não saber separar ambas as esferas (profissional e pessoal).
Para pessoas maduras e emocionalmente equilibradas, o descontentamento com a leitura de uma publicação que lhe desagrada seria facilmente contornado deixando-se de seguir o autor da publicação em suas redes sociais e mantendo a cordialidade e o profissionalismo no ambiente de trabalho, contudo, este não é o caso em razão do sr. Jesus sistematicamente agredir e achincalhar o defendente em suas redes sociais e trazendo sua amargura para o ambiente profissional até resultar na extrapolação de seu equilíbrio emocional ao ameaçar a vida do defendente com uma arma branca em razão de um desentendimento, que como já foi dito, de fácil solução. 
Ocorre, entretanto, que o sr. Jesus desde o início do conflito nas redes sociais vem praticando o mobbing horizontal, como é possível ler em seu depoimento, quando é perguntado: “então o senhor confirma que não revelou onde eu trabalhava nas redes sociais, me expondo pessoalmente; respondeu que não recorda”, mas conforme o anexo (p. ) o senhor Jesus vem sistematicamente causando microviolências hostis e persistentes que causam um desgaste psicológico na esperança, de desequilibrar emocionalmente o defendente. Importante frisar, que o acosso moral nem sempre é testemunhado ou observados pelos demais colegas como uma violência psicológica, visto que muitas vezes se concretiza através de gracejos zombeteiros, condutas e conversas intimidadoras, de cochichos pelos cantos, passar várias vezes em frente ao local de trabalho olhando e arrastando os pés de forma acintosa. 
Segundo Reginald Felker[footnoteRef:1], assediar é submeter alguém, sem trégua, a pequenos ataques repetidos com insistência, cujos atos têm significado e deixam na vítima o sentimento de ter sido maltratada, desprezada, humilhada, rejeitada. É uma questão de intencionalidade. A forma de agir do perverso é desestabilizando e explorando psicologicamente a vítima. O comportamento perverso é abusivo, é uma atitude de incivilidade. Os efeitos do assédio têm estilos específicos que devem ser diferenciados do estresse, da pressão, dos conflitos velados e desentendimentos. Quando o assédio ocorre é sempre precedido da dominação psicológica do agressor e da submissão forçada da vítima. A pessoa tomada como alvo percebe a má-fé e a intenção de que é objeto, é ferida em seu amor próprio, sente-se atingida em sua dignidade e sente a perda súbita da autoconfiança. (grifo nosso). [1: FELKER, Reginald. O dano moral, o assédio moral e o assédio sexual nas relações de trabalho. São Paulo: LTr, 2006, p. 172] 
Desde o início do conflito o sr. Jesus manteve uma postura provocadora que iniciou no ambiente virtual e resultou em uma ameaça à integridade física e psicológica do defendente no seio do ambiente laboral, após o sr. Francisco o ter encontrado no corredor do órgão e logo tentado conciliar com o propósito de fazer cessarem os ataques, além de pedir que o sr. Jesus parasse com as animosidades no ambiente de trabalho por conta de política. Deste ponto em diante o sr. Jesus passou várias vezes em frente à farmácia em notória atitude provocativa, o que aprofundou mais ainda a situação chegando ao seu nível crítico que foi a ameaça à vida do defendente. Se não fosse a interferência do sr. Juvenal Costa, a ameaça poderia ter evoluído para uma tentativa de homicídio, uma lesão corporal grave, na pior das hipóteses, o óbito do sr. Francisco. Fato este que evidencia a índole perversa do sr. Jesus e talvez uma premeditação.
Diante dos fatos aqui narrados e da oitiva das testemunhas que viram o sr. Jesus ameaçar a vida do defendente com uma faca no local de trabalho, não resta dúvidas que estamos diante de um assédio moral horizontal do qual o sr. FRANCISCO É VÍTIMA e que viola os deveres impostos aos servidores tais quais: 
a) a violação do dever de manter conduta compatível com a moralidade administrativa leis e regulamentos (artigo 177, inciso IV da Lei 5.810);
b) a violação do dever de tratar as pessoas com urbanidade (artigo 177, inciso II da Lei 5.810);
c) violação a proibição de referir-se de modo ofensivo a servidor público (artigo 178, inciso XI da Lei 5.810);
d) proibição de ofensa física, em serviço, a servidor (artigo 190, inciso VII da Lei 5.810); .
A atitude do defendente, primeiramente foi o de tentar apaziguar e passar por cima das rusgas em seu perfil e páginas pessoais do Facebook, mas todas essas tentativas foram infrutíferas pela notória intenção do senhor Jesus em manter o assédio na tentativa de desequilibrar emocionalmente o defendente. Atitude esta que pode ser considerada como CONDUTA INCONTINENTE a qual vem insculpida no art. 190 inc. V da Lei 5.810.
B) DA SINDICÂNCIA 
Da Sindicância concluiu-se, que o sindicado supostamente transgrediu o art. 177, incisos II e VI da Lei Estadual Nº 5.810 do RJU, entretanto, a r. Comissão de Sindicância não levou em consideração a perseguição da qual sr. Francisco é vítima levando-o a uma ação reativa que sob circunstâncias normais jamais praticaria ainda que provocado. 
Primeiramente, vejamos o teor da acusação;
Art. 177: são deveres do servidor:
II - urbanidade;
VI - observância aos princípios éticos, morais, às leis e regulamentos. 
Ínclito Julgador, diante das provas constantes nos autos e do que aqui foi narrado, é fácil perceber que se não fosse pelo acosso moral do qual o defendente é vítima, esse embate entre ambos jamais existiria. Se não fosse devido ao fato de o sr. Jesus acessar sistematicamente a página e o perfil pessoal do sr. Francisco a fim de proferir ameaças e desabono a sua imagem; não satisfeito, trazer seu dissabor e amargura para o seio do ambiente de trabalho com o claro propósito de desabonar, provocar e desequilibrar emocionalmente o defendente; por fim recusar, ainda que veladamente, a solicitação da vítima do assédio para que cessasse seus ataques e provocações, ainda assim o sr. Jesus manteve-se firme e reto em sua tentativa de abalar e desabonar o defendente até chegar ao ponto que é o objeto desta sindicância, senão a violação INVOLUNTÁRIA dos deveresdo servidor público insculpidos no art. 177, II e IV da Lei 5.810 do RJU. 
Ignorando-se o nexo de causalidade que levou o sr. Francisco a violar, ainda que involuntariamente, os deveres constantes nos incisos do supracitado artigo, ressaltamos que a mencionada capitulação ensejaria, apenas a pena de repreensão capitulada no Art. 183, I c/c o art. 188 do RJU, no mesmo ínterim passamos a ler a redação do Art. 188 da mencionada norma; 
Art. 188: A pena de repreensão será aplicada nas infrações de natureza leve, em caso de falta de cumprimento dos deveres ou das proibições, na forma que dispuser o regulamento. 
Neste mesmo diapasão se torna MISTER frisar o Art. 202 RGU, façamos a leitura;
ART. 202: Sempre que o ilícito praticado pelo servidor, ensejar a imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, demissão, cassação, de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
Do supramencionado, podemos afirmar com muita tranquilidade que não estamos diante de um caso ensejador de um PAD, resta sobejadamente provado que trata-se de um suposto caso de falta leve, passível de uma simples repreensão, não justificando de forma alguma a instauração deste PAD/CMP.
V – DO PEDIDO
a) Que a citação seja declarada NULA, por violar a inteligência o art. 217, §1º do RJU e os princípios constitucionais processuais da Isonomia, do Devido Processo Legal, do Contraditório e da Ampla defesa;
b) Que a presente Ação Disciplinar seja declarada PRESCRITA e TODOS OS SEUS ATOS SEJAM DECLARADOS NULOS E ARQUIVADOS, por violar a inteligência dos artigos do RJU: art. 198, caput e incisos, 198,§1º e 3º, art. 199, caput e Súm. 635 do STJ; em clara desobediência aos princípios constitucionais processuais da Isonomia, do Devido Processo Legal, do Contraditório e da Ampla defesa e da Segurança Jurídica.
b) Se ainda assim, não for este seu entendimento, pede-se a improcedência deste PAD, por desobediência ao Art. 188 e 202, PARAGRAFO ÚNICO do RJU, não restando outra alternativa ao Ilustre Presidente, senão declarar IMEDIATAMENTE a ABSOLVIÇÃO do servidor FRANCISCO e o consequente ARQUIVAMENTO do presente PAD., por ser medida de lidima JUSTIÇA. 
b) A juntada dos documentos anexos; 
c) A produção de todas as provas admitidas em direito.
 
Nestes Termos,
Pede o benigno Deferimento,
Belém, 26 de janeiro de 2020.
FRANCISCO 
Matr. nº:

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