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An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. Ponto dos Concursos www.pontodosconcursos.com.br Atenção. O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado, cujo nome e CPF constam do texto apresentado, sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição. É vedado, também, o fornecimento de informações cadastrais inexatas ou incompletas – nome, endereço, CPF, e-mail - no ato da matrícula. O descumprimento dessas vedações implicará o imediato cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de valores pagos - sem prejuízo da responsabilização civil e criminal do infrator. Em razão da presença da marca d’ água, identificadora do nome e CPF do aluno matriculado, em todas as páginas deste material, recomenda-se a sua impressão no modo econômico da impressora. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 1 www.pontodosconcursos.com.br AULA 4 7.7 CLASSIFICAÇÃO Classificações de atos existem as mais variadas. Cada autor focaliza de uma forma diferente o agrupamento de características que julgam importantes. Traremos aqui um conjunto que julgamos útil para o fim de concursos públicos, reafirmando que não há a intenção de esgotar o tema, tampouco de colacionar toda sorte de classificações existentes. Então, veremos o que mais tem sido cobrado em provas anteriores. QUANTO AO CONTEÚDO I – concretos: são atos produzidos visando a um único caso, específico, e nele se encerram, como a nomeação ou concessão de férias a um servidor. II – abstratos: chamados também de normativos, são os que, disciplinando determinada matéria de modo geral e abstrato, atingem um número indefinido de pessoas, e que podem continuar sendo aplicados inúmeras vezes, como os regulamentos. São adstritos aos comandos legais e constitucionais. QUANTO À FORMAÇÃO DE VONTADE I – ato simples: nasce da manifestação de vontade de apenas um órgão, seja ele unipessoal (formado só por uma pessoa) ou colegiado (composto de várias pessoas). É simples o ato que altera o horário de atendimento da repartição pública, emitido por uma única pessoa, bem assim a decisão administrativa do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda, órgão colegiado, que expressa uma vontade única. Outro exemplo de ato colegiado encontramos no caso da direção das Agências Reguladoras, nos termos do art. 4º, Lei nº 9.986/20001. II – ato complexo: para que seja formado, necessita da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos diferentes, sem hierarquia entre eles, de tal forma que cada um, de forma independente, não pode produzir validamente tal ato: enquanto todos os órgãos competentes não se manifestarem, o ato não estará perfeito, não podendo criar direitos ou atribuir deveres. Assim, tem-se a união de várias vontades que se juntam para formar apenas uma. Como exemplo, cite-se a nomeação de Ministro do Supremo Tribunal Federal, feita pelo Presidente da República, após aprovação da maioria absoluta do Senado (art. 101, CF/88), a nomeação de Diretor de 1 Art. 4º As Agências serão dirigidas em regime de colegiado, por um Conselho Diretor ou Diretoria composta por Conselheiros ou Diretores, sendo um deles o seu Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 2 www.pontodosconcursos.com.br Agência Reguladora, também feita pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal (art. 52, III, ‘f’, CF/88 e art. 5º, Lei nº 9.986/2000), o ato assinado pelo Presidente da República, referendado pelo Ministro de Estado (art. 87, parágrafo único, I, CF/88) e a celebração dos tratados internacionais e sua posterior incorporação à ordem jurídica interna, que resultam das vontades do Presidente da República e do Congresso Nacional (CF/88, art. 49, I, e art. 84, VIII). Outro exemplo é o decreto assinado pelo Governador e referendado por algum Secretário. Por fim, veja que não é possível impugnar o ato antes de completo seu ciclo de formação, ou seja, antes de todas as partes terem manifestado suas vontades, pois que antes disso ele inexiste. Acrescente-se, ainda, o caso da concessão inicial de aposentadoria ou pensão: nas palavras do ilustre relator no MS 24.7422, Ministro Marco Aurélio, o ato de concessão inicial de aposentadoria “mostra-se complexo, com o implemento da aposentadoria pelo órgão de origem, a fim de não haver quebra de continuidade da satisfação do que percebido pelo servidor, seguindo à homologação pelo Tribunal de Contas da União”. Bem por isso – ser o ato complexo –, “não se tem o envolvimento de litigantes, razão pela qual é inadequado falar-se em contraditório3 para, uma vez observado este, vir o Tribunal de Contas da União a indeferir a homologação”. 4 III – ato composto: é aquele que nasce da vontade de apenas um órgão. Porém, para que produza efeitos, depende da aprovação de outro ato, que o homologa. Repita-se: a vontade é de apenas um órgão, o segundo apenas o confere, dando-lhe exeqüibilidade. Diz- se, então, que um é instrumental em relação ao outro, pois há, aqui, dois atos, um principal e outro acessório. Exemplifique-se com a dispensa de licitação, que depende de homologação pela autoridade competente. Tendo em vista que se torna difícil distinguir esse tipo de ato do procedimento, alguns autores negam sua existência. Aqui, há dois atos, um principal, outro secundário. No procedimento, há um principal e vários secundários. Em qualquer dos casos, estando viciado um dos acessórios, inválido será o principal. QUANTO AOS DESTINATÁRIOS 2 STF, MS 24.742/DF, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 11/03/2005. STF, Súmula Vinculante 3, de 30/05/2007: “Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade doato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.” 3 STF, MS 25.409/DF, relator Ministro Sepúlveda Pertence, publicação DJ 18/05/2007: “Contraditório, ampla defesa e devido processo legal: exigência afastada nos casos em que o Tribunal de Contas da União, no exercício do controle externo que lhe atribui a Constituição (art. 71, III), aprecia a legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão, só após o que se aperfeiçoa o ato complexo, dotando-o de definitividade administrativa”. Por outro lado, no caso de não se tratar de ato complexo, o TCU deve zelar pelo devido processo, dando oportunidade para o contraditório e a ampla defesa, pois o ato por ele revisto já se encontra pronto e acabado: STF, MS 26.353/DF, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 17/09/2007. 4 STF, MS 24.742/DF, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 11/03/2005. No mesmo sentido - STF, MS 26.085/DF, relatora Ministra Cármen Lúcia, publicação DJ 13/06/2008: Ato administrativo complexo, a aposentadoria do servidor, somente se torna ato perfeito e acabado após seu exame e registro pelo Tribunal de Contas da União. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 3 www.pontodosconcursos.com.br I – individuais: são aqueles que têm destinatários certos, nominados, como no caso da nomeação de servidores, ou delegação de atribuições a um subordinado. Pode ser para apenas uma pessoa (singular), como na desapropriação, ou para várias (plural), como na nomeação de vários servidores no mesmo ato. O importante é que se sabe exatamente a quem se dirige o ato. II – gerais: os destinatários são muitos, inominados, mas unidos por uma característica em comum, que os faz destinatários do mesmo ato abstrato. Para produzirem seus efeitos, já que externos, devem ser publicados. É geral o ato que fixa novo horário de atendimento ao público pela repartição, que afeta a todos os usuários daquele órgão, bem assim os decretos regulamentares, instruções normativas etc. QUANTO AOS EFEITOS I – constitutivo: gera uma nova situação jurídica aos destinatários. Pode ser outorgando um novo direito, como permissão de uso de bem público, ou impondo uma obrigação, como cumprir um período de suspensão. II – declaratório: simplesmente afirma ou declara uma situação já existente, seja de fato ou de direito. Não cria, transfere ou extingue a situação existente, apenas a reconhece. Também é dito enunciativo. É o caso da expedição de uma certidão de tempo de serviço, ou de um parecer. III – modificativo: altera a situação já existente, sem que seja extinta, não retirando direitos ou obrigações. A alteração do horário de atendimento da repartição é exemplo de ato modificativo. IV – extintivo: pode também ser chamado desconstitutivo, que é o ato que põe termo a um direito ou dever existentes. Cite-se a demissão do servidor público. QUANTO À ABRANGÊNCIA DOS EFEITOS I – internos: destinados a produzir seus efeitos no âmbito interno da Administração Pública, não atingindo terceiros, como os pareceres (atos enunciativos) e circulares. Ademais, os atos administrativos praticados pela Administração Pública com a finalidade de disciplinar seu funcionamento interno e a conduta de seus agentes são denominados atos ordinatórios, como avisos e portarias. II – externos: tem como destinatárias pessoas além da Administração Pública, e, portanto, necessitam de publicidade para que produzam adequadamente seus efeitos. São exemplos a fixação do horário de atendimento e a ocupação de bem privado pela Administração Pública. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 4 www.pontodosconcursos.com.br QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE PARA PRODUZIR Essa é das mais cobradas! I – vinculado: a lei estabelece todos os contornos do ato, como deve ser feito, quando, por quem etc, não deixando ao agente qualquer grau de liberdade. Cumpridos todos os requisitos legais, a Administração Pública não pode deixar de conceder a aposentadoria a quem de direito, ou a licença para construir. II – discricionário: a lei também estabelece uma série de regras para a prática de um ato, mas deixa certo grau de liberdade à autoridade, que poderá optar por um entre vários caminhos igualmente válidos. Há uma avaliação subjetiva prévia à edição do ato, como os que permitem o uso de bem público, permitindo a instalação de uma banca de revistas na calçada. Segundo o STF5, “a autoridade administrativa está autorizada a praticar atos discricionários apenas quando norma jurídica válida expressamente a ela atribuir essa livre atuação”. QUANTO À VALIDADE I – válido: é o que atende a todos os requisitos legais: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Pode estar perfeito, pronto para produzir seus efeitos ou estar pendente de evento futuro. II – nulo: é o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não pode ser corrigido. Não produz qualquer efeito entre as partes. No entanto, em face dos atributos dos atos administrativos, ele deve ser observado até que haja decisão, seja administrativa, seja judicial, declarando sua nulidade, que terá efeito retroativo, “ex tunc”, entre as partes. Por outro lado, deverão ser respeitados os direitos de terceiros de boa-fé que tenham sido atingidos pelo ato nulo. Cite-se a nomeação de um candidato que não tenha nível superior para um cargo que o exija. A partir do reconhecimento do erro, o ato é anulado desde sua origem. Porém, as ações legais eventualmente praticadas por ele durante o período em que atuou permanecerão válidas. III – anulável: é o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados, convalidados. Ressalte-se que, se mantido o defeito, o ato será nulo; se corrigido, poderá ser “salvo” e passar a válido. Atente-se que nem todos os defeitos são sanáveis, mas sim aqueles expressamente previstos em lei e analisados no item seguinte. IV – inexistente: é aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo, manifestação de vontade da Administração Pública. São produzidos por alguém que se faz passar por agente público, sem sê-lo, ou que contém um objeto juridicamente impossível. Exemplo do 5 STF, RMS 24.699/DF, relator Ministro Eros Grau, publicação DJ 01/07/2005. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso éde uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 5 www.pontodosconcursos.com.br primeiro caso é a multa emitida por falso policial; do segundo, a ordem para matar alguém. QUANTO À EXEQÜIBILIDADE I – perfeito: é aquele que completou seu processo de formação, estando apto a produzir seus efeitos. Perfeição não se confunde com validade. Esta é a adequação do ato à lei; a perfeição refere-se às etapas de sua formação. II – imperfeito: não completou seu processo de formação, portanto, não está apto a produzir seus efeitos, faltando, por exemplo, a homologação, publicação, ou outro requisito apontado pela lei. III – pendente: para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou termo, mas já completou seu ciclo de formação, estando apenas aguardando o implemento desse acessório, por isso não se confunde com o imperfeito. Condição é evento futuro e incerto, como o casamento. Termo é evento futuro e certo, como uma data específica. IV – consumado: é o ato que já produziu todos os seus efeitos, nada mais havendo para realizar. Exemplifique-se com a exoneração ou a concessão de licença para doar sangue. Convém destacar novamente as diferenças entre cada um dos conceitos em comento: - Perfeição: refere-se ao processo de formação do ato, que foi todo cumprido; - Validade: refere-se à conformidade do ato com a lei; - Eficácia: é a capacidade do ato para produzir seus efeitos; - Exeqüibilidade: é a capacidade do ato para produzir seus efeitos imediatamente. Então, um ato adequadamente produzido, sem pender de condição ou termo, é perfeito, válido, eficaz e exeqüível. Se produzido num mês, para valer a partir do mês seguinte, não será ainda exeqüível. 7.8 ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO Os atos administrativos valem até a data neles prevista ou, como regra geral, até que outro ato os revogue ou anule. Desde o nascimento, seja ele legítimo ou não, produz seus efeitos, em face da presunção de legitimidade e veracidade. Duas são as principais maneiras de um ato ser desfeito: revogação e anulação. Isso você tem que saber bem, pois é assunto recorrente nos concursos, em especial as características de cada uma delas! ANULAÇÃO An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 6 www.pontodosconcursos.com.br Um ato é nulo quando afronta a lei, quando foi produzido com alguma ilegalidade. Pode ser declarada pela própria Administração Pública, no exercício de sua autotutela, ou pelo Judiciário. Opera efeitos retroativos, “ex tunc”, como se nunca tivesse existido, exceto em relação a terceiros ou mesmo destinatários6, desde que de boa- fé. Entre as partes, em regra, não gera direitos ou obrigações, não constitui situações jurídicas definitivas, nem admite convalidação. Mas não é a qualquer tempo, em regra, que a Administração pode anular seus atos. Veja o que determina o art. 54 da Lei nº 9.784/99: Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Logo após a promulgação da Lei nº 9.784, de 29/01/99, surgiu a discussão sobre a contagem do prazo decadencial de 5 anos previsto no seu art. 54 retro citado. Fixou-se o entendimento de que a aplicação dessa Lei deverá ser irretroativa. Logo, o termo a quo do quinquênio decadencial mencionado, para o caso de atos anteriormente praticados, “contar-se-á da data de sua vigência, e não da data em que foram praticados os atos que se pretende anular”7. A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, contento regras gerais. Naturalmente que outras leis específicas podem prever prazos diversos, como Lei nº 8.213/91, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social: Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004) § 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004) 6 STF, MS 26.085/DF, relatora Ministra Cármen Lúcia, publicação DJ 13/06/2008: O reconhecimento da ilegalidade da cumulação de vantagens não determina, automaticamente, a restituição ao erário dos valores recebidos, salvo se comprovada a má-fé do servidor, o que não foi demonstrado nos autos. No mesmo sentido - STJ, REsp 488.905/RS, relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, publicação DJ 21/02/2005: Ante a presunção de boa-fé no recebimento da Gratificação em referência, descabe a restituição do pagamento indevido feito pela Administração em virtude de errônea interpretação ou má aplicação da lei. 7 STJ, REsp 658.130/SP, relator Ministro Luiz Fux, publicação DJ 28/09/2006. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 7 www.pontodosconcursos.com.br § 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004) Mas merece críticas o regramento quanto à anulação dos atos administrativos da Previdência Social. A previsão de prazo decadencial para anular um ato administrativo visa dar concretude ao princípio da segurança jurídica. Os destinatários dos atos da Previdência Social, por óbvio, merecem uma proteção ainda mais intensa que os demais administrados ou, no mínimo, igual. Desarrazoada a fixação de um prazo dobrado em relação à regra geral. Também com base no princípio da segurança jurídica, por vezes o interesse público é melhor atendido quando se mantém o ato, em que pese eivado de nulidade. Sempre anular um ato ilegal, embora represente a aplicação estrita do princípio da legalidade, pode ferir o princípio da segurança jurídica. Ambos devem ser sopesados no caso concreto. Então, em casos determinados, poderá não haver aanulação, ou, noutros, poderá ser o ato anulado, mantendo-se seus efeitos para terceiros ou mesmo destinatários8, desde que de boa-fé. Exemplifique-se com a seguinte regra, inserta na Lei nº 8.112/90, Estatuto dos servidores federais: Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. O Estatuto em comento estabelece textualmente que, em havendo ilegalidade, deverá a administração “rever seu atos, a qualquer tempo”. Repita-se: sua aplicação atende ao princípio da legalidade, mas poderá haver ofensa ao princípio da segurança jurídica. Compatibilizando-se esta com a regra do art. 54 da Lei nº 9.784/99 retro indicada, de conformidade com a necessária observância da segurança jurídica, de onde advém a noção subjetiva de estabilidade nas relações jurídicas, forçoso reconhecer que não mais se admite a revisão dos atos “a qualquer tempo”, exceto nos casos de comprovada má-fé9, pois a boa-fé é relativamente presumida. Decorridos os cinco anos decadenciais citados, em regra, não mais poderá a Administração anular seus atos. 8 STF, MS 26.085/DF, relatora Ministra Cármen Lúcia, publicação DJ 13/06/2008: O reconhecimento da ilegalidade da cumulação de vantagens não determina, automaticamente, a restituição ao erário dos valores recebidos, salvo se comprovada a má-fé do servidor, o que não foi demonstrado nos autos. No mesmo sentido - STJ, REsp 488.905/RS, relator Ministro José Arnaldo da Fonseca, publicação DJ 21/02/2005: Ante a presunção de boa-fé no recebimento da Gratificação em referência, descabe a restituição do pagamento indevido feito pela Administração em virtude de errônea interpretação ou má aplicação da lei. 9 STJ, RMS 24.643/MG, relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, publicação DJ 16/02/2009: O prazo decadencial de 5 (cinco) anos do direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários não corre quando comprovada má-fé. Hipótese em que a recorrente fez declaração que não correspondia à realidade dos fatos quando assumiu o segundo cargo. Afirmou não exercer outro trabalho remunerado pelos cofres públicos. (grifou-se) An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 8 www.pontodosconcursos.com.br Em idêntico sentido, decidiu o STJ que a segurança jurídica prevalece sobre a legalidade, nos termos seguintes10: 1. O poder-dever da Administração de invalidar seus próprios atos encontra limite temporal no princípio da segurança jurídica, de índole constitucional, pela evidente razão de que os administrados não podem ficar indefinidamente sujeitos à instabilidade originada da autotutela do Poder Público. 2. O art. 55 da Lei 9.784/99 funda-se na importância da segurança jurídica no domínio do Direito Público, estipulando o prazo decadencial de 5 anos para a revisão dos atos administrativos viciosos e permitindo, a contrario sensu, a manutenção da eficácia dos mesmos, após o transcurso do interregno qüinqüenal, mediante a convalidação ex ope temporis, que tem aplicação excepcional a situações típicas e extremas, assim consideradas aquelas em que avulta grave lesão a direito subjetivo, sendo o seu titular isento de responsabilidade pelo ato eivado de vício. 3. A infringência à legalidade por um ato administrativo, sob o ponto de vista abstrato, sempre será prejudicial ao interesse público; por outro lado, quando analisada em face das circunstâncias do caso concreto, nem sempre sua anulação será a melhor solução. Em face da dinâmica das relações jurídicas sociais, haverá casos em que o próprio interesse da coletividade será melhor atendido com a subsistência do ato nascido de forma irregular. 4. O poder da Administração, dest'arte, não é absoluto, de forma que a recomposição da ordem jurídica violada está condicionada primordialmente ao interesse público. O decurso do tempo, em certos casos, é capaz de tornar a anulação de um ato ilegal claramente prejudicial ao interesse público, finalidade precípua da atividade exercida pela Administração. 5. Cumprir a lei nem que o mundo pereça é uma atitude que não tem mais o abono da Ciência Jurídica, neste tempo em que o espírito da justiça se apóia nos direitos fundamentais da pessoa humana, apontando que a razoabilidade é a medida sempre preferível para se mensurar o acerto ou desacerto de uma solução jurídica. 6. Os atos que efetivaram os ora recorrentes no serviço público da Assembléia Legislativa da Paraíba, sem a prévia aprovação em concurso público e após a vigência da norma prevista no art. 37, II da Constituição Federal, é induvidosamente ilegal, no entanto, o transcurso de quase vinte anos tornou a situação irreversível, convalidando os seus efeitos, em apreço ao postulado da segurança jurídica, máxime se considerando, como neste caso, que alguns dos nomeados até já se aposentaram (4), tendo sido os atos respectivos aprovados pela Corte de Contas Paraibana. 10 STJ, RMS 25.652/PB, relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, publicação DJ 13/10/2008. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 9 www.pontodosconcursos.com.br 7. A singularidade deste caso o extrema de quaisquer outros e impõe a prevalência do princípio da segurança jurídica na ponderação dos valores em questão (legalidade vs segurança), não se podendo fechar os olhos à realidade e aplicar a norma jurídica como se incidisse em ambiente de absoluta abstratividade. 8. Recurso Ordinário provido, para assegurar o direito dos impetrantes de permanecerem nos seus respectivos cargos nos quadros da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba e de preservarem as suas aposentadorias. Para resumir, por aplicação do princípio da segurança jurídica, haverá decadência da prerrogativa anulatória se presentes, cumulativamente, os seguinte elementos: I – ato inválido de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários; II – destinatários de boa-fé; III – decurso do prazo de cinco anos da prática desse ato. Sobre atos nulos e anuláveis, veja o que diz a Lei que regula a Ação Popular, Lei nº 4.717/65: Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; b) o víciode forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 10 www.pontodosconcursos.com.br anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles. Ressalte-se julgado do STF, conforme noticiado no Informativo 469, onde ficou consignado o seguinte: A Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos, desde que, além de ilegais, tenham causado lesão ao Estado, sejam insuscetíveis de convalidação e não tenham servido de fundamento a ato posterior praticado em outro plano de competência. Considerou-se, entretanto, ser a ela vedado, sob pretexto de haver irregularidades formais, desconstituir unilateralmente atos que tenham integrado o patrimônio do administrado ou do servidor, sem a instauração de adequado procedimento e respeito às garantias constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.11 Segundo decidiu o STJ, “o descumprimento de prazos, no processo administrativo é causa de anulação do processo se provado o prejuízo à parte que o alega.”12 REVOGAÇÃO Revogação é a forma de desfazer um ato válido, legítimo, mas que não é mais conveniente, útil ou oportuno. Como é um ato perfeito, que não mais interessa à Administração Pública, só por ela pode ser revogado, não cabendo ao Judiciário fazê-lo, exceto no exercício de sua atividade secundária administrativa, ou seja, só pode revogar seus próprios atos administrativos. Embora não caiba ao Poder Judiciário apreciar o mérito dos atos administrativos, a análise de sua discricionariedade é possível para a verificação de sua regularidade em relação às causas, aos motivos e à finalidade que ensejam13. Ademais, cumpre ao Poder Judiciário, sem que tenha de apreciar necessariamente o mérito administrativo e examinar fatos e provas, exercer o controle jurisdicional do cumprimento dos princípios do contraditório e da ampla defesa, também assegurados em processo administrativo (art. 5º, LV, CF/88)14. Os efeitos da revogação são proativos, “ex nunc”, sendo válidas todas as situações atingidas antes da revogação. Se a revogação é total, diz-se ab- rogação; se parcial, chama-se derrogação. Então, em face de um incremento temporário do atendimento à população, uma repartição pode, via ato administrativo, ampliar o horário para fazer face a essa demanda. Com o passar do tempo, voltando ao normal, revoga- se o ato que instituiu o novo horário, retornando o atendimento à hora normal, estando válidos todos os efeitos produzidos no período de exceção. 11 STF, AI 587.487 AgR/RJ, relator Ministro Marco Aurélio, publicação DJ 11/06/2007. 12 STJ, RMS 12.057/GO, relatora Ministra Maria Thereza de Assis Moura, publicação DJ 25/08/2008. 13 RE-AgR 365.368/SC, relator Ministro Ricardo Lewandowski, publicação DJ 29/06/2007, Informativo 468. 14 STF, RMS 24.823/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 19/05/2006. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 11 www.pontodosconcursos.com.br Sobre anulação e revogação, veja as seguintes Súmulas do STF e o art. 53 da Lei nº 9.784/99: Súmula 346: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Mas não é todo ato que pode ser revogado pela Administração Pública. Alguns, em face de suas características peculiares, não podem ser modificados. Isso pode decorrer do tipo de ato praticado ou dos efeitos gerados. Assim, não podem ser revogados, entre outros, os atos vinculados, os já consumados, os que geraram direito adquirido etc. Em determinados casos, a revogação de um ato administrativo que afete a relação jurídica mantida entre o Estado e um particular pode gerar o dever de indenização para o segundo, posto que o ato revogado foi válido durante algum tempo, e alguém pode ter agido com base nele e sofrer algum prejuízo com sua revogação. Ressalte-se que, em princípio, não há o direito de indenização. Acrescente-se que, para exercer a prerrogativa de rever seus atos (princípio da autotutela), a Administração deve obedecer ao devido processo legal, respeitando os princípios do contraditório e da ampla defesa, não sendo absoluto o poder do administrador, conforme insinua a Súmula 473. Veja como decidiu o STJ15 em questão que bem ilustra o caso, com grifos nossos: PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADA. ANULAÇÃO DE LICITAÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA APÓS A CONCLUSÃO DAS OBRAS PELO PARTICULAR. AUSÊNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. CINCO ANOS. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. 1. O princípio da autotutela administrativa aplica-se à Administração Pública, por isso que a possibilidade de revisão de seus atos, seja por vícios de ilegalidade, seja por motivos de conveniência e oportunidade, na forma da Súmula 473, do Eg. STF, que assim dispõe: "A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá- los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 15 STJ, REsp 658.130/SP, relator Ministro Luiz Fux, publicação DJ 28/09/2006. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 3461 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 12 www.pontodosconcursos.com.br direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial." (...) 3. A prerrogativa de rever seus atos (jurídicos), sem necessidade de tutela judicial, decorre do cognominado princípio da autotutela administrativa da Administração Pública. 4. Consoante cediço, a segurança jurídica é princípio basilar na salvaguarda da pacificidade e estabilidade das relações jurídicas, por isso que não é despiciendo que a segurança jurídica seja a base fundamental do Estado de Direito, elevada ao altiplano axiológico. Sob esse enfoque e na mesma trilha de pensamento, J.J. Gomes Canotilho: “Na actual sociedade de risco cresce a necessidade de actos provisórios e actos precários a fim de a administração poder reagir à alteração das situações fáticas e reorientar a prossecução do interesse público segundo os novos conhecimentos técnicos e científicos. Isto tem de articular-se com salvaguarda de outros princípios constitucionais, entre os quais se conta a proteção da confiança, a segurança jurídica, a boa-fé dos administrados e os direitos fundamentais”. (José Joaquim Gomes Canotilho, Direito constitucional e Teoria da Constituição. Ed. Almedina: Coimbra, 4ª edição) (...) 7. In casu, além da prescrição ocorrente, consoante se infere do acórdão hostilizado à fl. 238, o ato anulatório não obedeceu o devido processo legal e as obras foram concluídas pelo vencedor da licitação, ora recorrido, o que revela a inviabilidade de a Administração anular a própria licitação sob o argumento de ilegalidade, mormente pela exigência de instauração do devido processo legal, em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa. 8. Deveras, a declaração de nulidade do contrato e eventual fixação de indenização também pressupõem observância ao princípio do contraditório, oportunizando a prévia oitiva do particular tanto no pertine ao desfazimento do ato administrativo quanto è eventual apuração de montante indenizatório. 9. O Supremo Tribunal Federal assentou premissa calcada nas cláusulas pétreas constitucionais do contraditório e do devido processo legal, que a anulação dos atos administrativos cuja formalização haja repercutido no âmbito dos interesses individuais deve ser precedida de ampla defesa (AgRg no RE 342.593, Rel. Min. Maurício Corrêia, DJ de 14/11/2002;RE 158.543/RS, DJ 06.10.95.). Em conseqüência, não é absoluto o poder do administrador, conforme insinua a Súmula 473. 10. O Superior Tribunal de Justiça, versando a mesma questão, tem assentado que à Administração é lícito utilizar de seu poder de autotutela, o que lhe possibilita anular ou revogar seus próprios atos, quando eivados de nulidades. Entretanto, deve-se preservar a estabilidade das relações jurídicas firmadas, respeitando-se o direito adquirido e incorporado ao patrimônio material e moral do particular. Na esteira da doutrina clássica e consoante o consoante o art. 54, § 1º, da Lei nº 9.784/99, o An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 13 www.pontodosconcursos.com.br prazo decadencial para anulação dos atos administrativos é de 05 (cinco) anos da percepção do primeiro pagamento. 11. Ad argumentandum tantum, a teoria das nulidades, em sede de direito administrativo, assume relevante importância, no que pertine ao alcance dos efeitos decorrentes de inopinada nulidade, consoante se infere da ratio essendi do art. 59, da Lei 8666/91, "(...) A invalidação do contrato se orienta pelo princípio do prejuízo – vale dizer, aplica-se o princípio da proporcionalidade, para identificar a solução menos onerosa para o interesse público. Na ausência de prejuízo ao interesse público, não ocorre a invalidação. Suponha-se, por exemplo, que a contratação direta (sem prévia licitação) não tenha sido precedida das formalidades necessárias. No entanto e posteriormente, verifica-se que o fornecedor contratado era o único em condições de realizar o fornecimento. Não haveria cabimento em promover a anulação, desfazer os atos praticados e, em seqüência, praticar novamente o mesmo e exato ato realizado anteriormente.(...)" Marçal Justen Filho, in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativo, Dialética, 9ª ed., 2002. 12. Recurso especial desprovido. Segundo o STF, a possibilidade de revogação de atos administrativos não pode se estender indefinidamente, em atenção ao princípio da segurança jurídica: Mandado de Segurança. Cancelamento de pensão especial pelo Tribunal de Contas da União. Ausência de comprovação da adoção por instrumento jurídico adequado. Pensão concedida há vinte anos. Direito de defesa ampliado com a Constituição de 1988. Âmbito de proteção que contempla todos os processos, judiciais ou administrativos, e não se resume a um simples direito de manifestação no processo. Direito constitucional comparado. Pretensão à tutela jurídica que envolve não o direito de manifestação e de informação, mas também o direito de ver seus argumentos contemplados pelo órgão julgador. Os princípios do contraditório e da ampla defesa, assegurados pela Constituição, aplicam-se a todos os procedimentos administrativos. O exercício pleno do contraditório não se limita à garantia de alegação oportuna e eficaz a respeito de fatos, mas implica a possibilidade de ser ouvido também em matéria jurídica. Aplicação do princípio da segurança jurídica, enquanto subprincípio do Estado de Direito. Possibilidade de revogação de atos administrativos que não se pode estender indefinidamente. Poder anulatório sujeito a prazo razoável. Necessidade de estabilidade das situações criadas administrativamente. Distinção entre atuação administrativa que, unilateralmente, cancela decisão anterior. Incidência da garantia do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal ao processo administrativo. Princípio da confiança como elemento do princípio da segurança jurídica. Presença de um componente de ética jurídica. Aplicação nas relações jurídicas de direito público. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS)P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 14 www.pontodosconcursos.com.br Mandado de Segurança deferido para determinar a observância do princípio do contraditório e da ampla defesa (CF art. 5º LV).16 (grifou-se) De forma coerente com o aqui exposto, note a redação do art. 49 da Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações): Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. (grifou-se) Conforme visto anteriormente, relembre-se o teor da Súmula Vinculante 3, de 30/05/2007: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram- se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. OUTRAS ESPÉCIES DE RETIRADA/EXTINÇÃO DO ATO Cassação: retirada do ato porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de dar continuidade à situação jurídica. Ex.: permissão para instalar banca de jornais em calçada, desde que atenda a certos requisitos. Enquanto os atende, mantém sua banca. Deixando de cumprir suas obrigações, será cassada a permissão. Caducidade: retirada do ato em face da superveniência de norma que incompatibiliza sua permanência. Ex.: autorização para importar determinado produto. Posteriormente, lei passa a proibir a importação. A autorização, no caso, caducou. Contraposição: edição de um ato que impede que o anterior siga produzindo seus efeitos. Ex.: demissão se contrapõe ao ato de nomeação. CONVALIDAÇÃO Convalidar é tornar válido, é efetuar correções no ato administrativo, de forma que ele fique perfeito, atendendo a todas as exigências legais. A doutrina tradicional não admitia essa possibilidade, aduzindo que, ou o ato era produzido com os rigores da lei, e, portanto, válido, ou era inválido. 16 STF, MS 24.268/MG, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 17/09/2004. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 15 www.pontodosconcursos.com.br Os vícios, no âmbito do Direito Privado, há muito podem ser sanados, sendo considerados os atos assim praticados como anuláveis. No entanto, a mesma possibilidade não era aceita no âmbito administrativo. No entanto, a doutrina mais atual, seguida da jurisprudência e até da legislação (arts. 50, VIII e 55, da Lei nº 9.784/99), tem abrandado tal rigor, com vistas a melhor atender ao interesse público, evitando que sejam anulados atos com pequenos vícios, sanáveis sem prejuízo das partes. Nesse rumo, os ditos defeitos sanáveis podem ser corrigidos, validando o ato. Ressalte-se que, se tais falhas não forem supridas, o ato será nulo. Como regra geral, os atos eivados de algum defeito devem ser anulados. A exceção é que haja convalidação, como positivado na Lei nº 9.784/99, sobre o processo administrativo federal: Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Essa é a possibilidade de convalidação expressa, desde que não acarrete lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros. A mesma Lei prevê uma outra espécie, tácita. Assim, nos termos do seu art. 54, eventual ato administrativo viciado, de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários, que não seja anulado no prazo decadencial de cinco anos, contados da data em que foram praticados, estará convalidado tacitamente, não podendo mais ser alterado, salvo comprovada má-fé. De uma forma ou de outra, a convalidação será sempre retroativa, “ex tunc”, lançando seus efeitos sempre à data da realização inicial do ato. Um bom exemplo clareia a questão da importância do mecanismo citado, segundo o Professor Regis Fernandes de Oliveira, citado por Maria Sylvia Z. Di Pietro: Imagine-se a seguinte hipótese: autorizou-se um loteamento em terras municipais. O interessado, valendo-se de documentos falsos, logrou obter aprovação do loteamento, seu registro e o competente deferimento do loteamento perante a própria Prefeitura Municipal a quem pertenciam as terras. O ato que determinou a expedição do alvará autorizando a realização do loteamento é nulo. E a nulidade advém do conteúdo do ato. O loteamento não poderia ser autorizado, uma vez que dentro do imóvel municipal. Inobstante, famílias adquiriram lotes, construíram casas, introduziram-se melhoramentos, cobrados foram os tributos incidentes sobre eles, bem como tarifas de água etc. Enfim, onde era terreno municipal, erigiu-se verdadeira cidade. Anos após, descobriu-se que o terreno não pertencia ao loteador e que se trata de área municipal. Imagina-se, mais, que se tratava de verdadeiro paul17, que foi sanado pelos adquirentes 17 Pântano. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 16 www.pontodosconcursos.com.br e, o que era um terreno totalmente inaproveitável, tornou-se valorizado. Nessa situação hipotética, resta à Administração Pública a decisão, discricionária, sobre convalidar um ato ilegal ou anular tudo o que foi feito. Mas não são todos os elementos do ato que podem ser convalidados. A finalidade, o motivo e o objeto nunca podem ser convalidados, por sua própria essência. Anote isso! Só existe uma finalidade de todo ato público, que é atender ao interesse público. Se é praticado para atender interesse privado, não se pode corrigir tamanha falha. Quanto ao motivo, ou este existe, e o ato pode ser válido, ou não existe, e não poder ser sanado. E o objeto, conteúdo do ato, também não pode ser corrigido com vistas a convalidar o ato, pois aí teríamos um novo ato, sendo nulo o primeiro. No entanto, ainda nos resta a competência e a forma. A forma pode sim ser convalidada, desde que não seja fundamental à validade do ato. Se a lei estabelecia uma forma determinada, não há como convalidar-se. Com relação à competência, é possível a convalidação dos atos que não sejam exclusivos de uma autoridade, quando não pode haver delegação ou avocação. Assim, desde que não se trate de matéria exclusiva, pode o superior ratificar o ato praticado por subordinado incompetente. Em resumo, pode haverconvalidação de atos viciados em duas hipóteses, sempre operando efeitos “ex tunc”: I – forma: desde que não essencial à validade do ato; II – competência: desde que relativa à matéria não exclusiva. PARA GUARDAR CLASSIFICAÇÃO Concretos: são atos produzidos visando um único caso, específico, e nele se encerram. Abstratos: chamados também de normativos, são os que, disciplinando determinada matéria de modo geral e abstrato, atingem um número indefinido de pessoas, e que podem continuar sendo aplicados inúmeras vezes, como os regulamentos. São adstritos aos comandos legais e constitucionais. Ato simples: nasce da manifestação de vontade de apenas um órgão, seja ele unipessoal ou colegiado. Ato complexo: para que seja formado, necessita da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos diferentes. Ato composto: é aquele que nasce vontade de apenas um órgão, porém, para que produza efeitos, depende da aprovação de outro ato, que o homologa. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 17 www.pontodosconcursos.com.br Individuais: são aqueles que têm destinatários certos, nominados. Gerais: os destinatários são muitos, inominados, mas unidos por uma característica em comum, que os faz destinatários do mesmo ato abstrato. Constitutivo: geram uma nova situação jurídica aos destinatários. Declaratório: simplesmente afirmam ou declaram uma situação já existente, seja de fato ou de direito. Também é dito enunciativo. Modificativo: altera a situação já existente, sem que seja extinta, não retirando direitos ou obrigações. Extintivo: pode também ser chamado desconstitutivo, que é o ato que põe termo a um direito ou dever existentes. Internos: destinados a produzir seus efeitos no âmbito interno da Administração Pública, não atingindo terceiros. Externos: tem como destinatárias pessoas além da Administração Pública, e, portanto, necessitam de publicidade para que produzam adequadamente seus efeitos. Vinculado: a lei estabelece todos os contornos do ato, como deve ser feito, quando, por quem etc, não deixando ao agente qualquer grau de liberdade. Discricionário: a lei também estabelece uma série de regras para a prática de um ato, mas deixa certo grau de liberdade à autoridade, que poderá optar por um entre vários caminhos igualmente válidos. Válido: é o que atende a todos os requisitos legais: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Pode estar perfeito, pronto para produzir seus efeitos ou estar pendente de evento futuro. Nulo: é o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não pode ser corrigido. Anulável: é o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados, convalidados. Inexistente: é aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo, mas são produzidos por alguém que se faz passar por agente público, sem sê-lo, ou que contém um objeto juridicamente impossível. Perfeito: é aquele que completou seu processo de formação, estando apto a produzir seus efeitos. Imperfeito: não completou seu processo de formação, portanto, não está apto a produzir seus efeitos. Pendente: para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou termo, mas já completou seu ciclo de formação, estando apenas aguardando o implemento desse acessório. Condição é evento futuro e incerto; termo é evento futuro e certo. Consumado: é o ato que já produziu todos os seus efeitos, nada mais havendo para realizar. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 18 www.pontodosconcursos.com.br Perfeição: refere-se ao processo de formação do ato, que foi todo cumprido. Validade: refere-se à conformidade do ato com a lei. Eficácia: é a capacidade do ato para produzir seus efeitos. Exeqüibilidade: é a capacidade do ato para produzir seus efeitos imediatamente. Um ato é nulo quando afronta a lei, quando foi produzido com alguma ilegalidade. Pode ser declarada pela própria Administração Pública, no exercício de sua autotutela, ou pelo Judiciário. Opera efeitos retroativos, “ex tunc”. Nos termos da Lei nº 4.717/65 (Ação Popular), são nulos os atos nos casos de incompetência; vício de forma; ilegalidade do objeto; inexistência dos motivos; desvio de finalidade (art. 2º). Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas (art. 2º, parágrafo único): a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. Revogação é a forma de desfazer um ato válido, legítimo, mas que não é mais conveniente, útil ou oportuno. Como é um ato perfeito, que não mais interessa à Administração Pública, só por ela pode ser revogado, não cabendo ao Judiciário fazê-lo, exceto no exercício de sua atividade secundária administrativa, ou seja, só pode revogar seus próprios atos administrativos. Seus efeitos são proativos, “ex nunc”. Revogação total = ab-rogação. Parcial = derrogação. Não podem ser revogados, entre outros, os atos vinculados, os já consumados, os que geraram direito adquirido etc. Cassação: retirada do ato porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de dar continuidade à situação jurídica. Caducidade: retirada do ato em face da superveniência de norma que incompatibiliza sua permanência. Contraposição: edição de um ato que impede que o anterior siga produzindo seus efeitos. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITOADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 19 www.pontodosconcursos.com.br Não é absoluto o poder de revisão dos atos pelo administrador, devendo obediência ao devido processo legal, respeitando os princípios do contraditório e da ampla defesa (STF, AgRg no RE 342.593; STJ, REsp 658.130/SP). Convalidar é tornar válido, é efetuar correções no ato administrativo, de forma que ele fique perfeito, atendendo a todas as exigências legais. A convalidação será sempre retroativa, “ex tunc”, lançando seus efeitos sempre à data da realização inicial do ato. A finalidade, o motivo e o objeto nunca podem ser convalidados. A forma pode ser convalidada, desde que não seja fundamental à validade do ato. Com relação à competência, é possível a convalidação dos atos que não sejam exclusivos de uma autoridade, quando não pode haver delegação ou avocação. Assim, desde que não se trate de matéria exclusiva, pode o superior ratificar o ato praticado por subordinado incompetente. EXERCÍCIOS Relembro o que já disse em aulas anteriores. A lista é grande, tem 130 exercícios de bancas diversas. Se você tiver tempo, acho interessante resolver todos. Caso contrário, pra prova de AFT, pode resolver apenas os da ESAF, pulando os demais. Noutra ocasião, quando tiver mais tempo ou for se submeter à outra banca, você termina de resolver!! Bom treino. 1 - (CESPE/PROCURADOR AUTÁRQUICO/INSS) A respeito da teoria dos atos administrativos, julgue os seguintes itens. (1) Os atos administrativos são dotados de presunção de legitimidade e veracidade, o que significa que há presunção relativa de que foram emitidos com observância da lei e de que os fatos alegados pela administração são verdadeiros. (2) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. (3) Os atos administrativos só são dotados de auto-executoriedade nas hipóteses previstas expressamente em lei. (4) A presunção de legitimidade dos atos legislativos não impede que o cidadão possa opor-se aos mesmos. (5) A motivação de um ato administrativo deve contemplar a exposição dos motivos de fato e de direito, ou seja, a regra de direito habilitante e os fatos em que o agente se estribou para decidir. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 20 www.pontodosconcursos.com.br 2 - (CESPE/PROCURADOR AUTÁRQUICO/INSS) Com base na teoria e na legislação que tratam da revogação e da invalidade dos atos administrativos, julgue os itens abaixo. (1) Os atos administrativos vinculados podem ser revogados a partir do critério de oportunidade e de conveniência. (2) A administração deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. (3) O ato administrativo pode ser invalidado sempre que a matéria de fato ou de direito em que se fundamentar o ato for materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido. (4) O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. (5) Os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria administração em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiro. 3 – (CESPE/FISCAL INSS) No âmbito da administração pública, a lei regula determinadas situações de forma tal que não resta para o administrador qualquer margem de liberdade na escolha do conteúdo do ato administrativo a ser praticado. Ao contrário, em outras situações, o administrador goza de certa liberdade na escolha do conteúdo, da conveniência e da oportunidade do ato que poderá ser praticado. Acerca desse importante tema para o direito administrativo – discricionariedade ou vinculação administrativa e possibilidade de invalidação ou revogação do ato administrativo - , julgue os seguintes itens. (1) O ato discricionário não escapa do controle efetuado pelo Poder Judiciário. (2) A discricionariedade administrativa decorre da ausência de legislação que discipline o ato. Assim, não existindo proibição legal, poderá o administrador praticar o ato discricionário. (3) Um ato discricionário deverá se anulado quando praticado por agente incompetente. (4) Ao Poder Judiciário somente é dado revogar o ato vinculado. (5) O ato revocatório desconstitui o ato revogado com eficácia ex nunc. 4 - (CESPE/FISCAL INSS) Julgue os itens abaixo quanto aos atos administrativos. (1) Caso exista norma jurídica válida, prevendo que o atraso no recolhimento de contribuição previdenciária enseja multa de 5% calculada sobre o valor devido, a aplicação desse dispositivo legal será definida como atividade discricionária. (2) Segundo a lei e a doutrina majoritária, motivo, forma, finalidade, competência e objeto integram o ato administrativo. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 21 www.pontodosconcursos.com.br (3) No direito brasileiro, atos administrativos válidos podem ser revogados. (4) Mesmo que ditada pelo interesse público, a revogação de um ato administrativo que afete a relação jurídica mantida entre o Estado e um particular pode gerar o dever de o primeiro indenizar o segundo. (5) Não cabe ao Judiciário indagar do objeto visado pelo agente público ao praticar determinado ato, se verificar que o administrador atuou nos limites de sua competência. 5 - (CESPE/FISCAL INSS) Ainda acerca dos atos administrativos, julgue os seguintes itens. (1) Em linha de princípio, o agente público carente de competência para a pratica de um certo ato pode substituir o agente competente para tanto, desde que ambos pertençam ao mesmo órgão ao qual está afeto o conteúdo do ato a ser praticado. (2) Em razão do princípio constitucional da legalidade, a administração pública pode, unilateralmente – isto é, sem ouvir o particular -, editar o ato administrativo II para revogar o ato administrativo I, que reconheceu ao administrado o preenchimento das condições para exercer um direito subjetivo, caso constate a ilicitude do ato I. (3) Ao Judiciário somente é dado anular atos administrativos, não podendo revogá-los. (4) Um ato administrativo será válido se preencher todos os requisitos jurídicos para a sua prática, nada importando considerações morais a respeito do seu conteúdo. (5) Sendo o ato administrativo legal, porém inconveniente ou inoportuno, à administração pública é dadoanulá-lo. 6 - (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/MS): Um ato administrativo pode ser, concomitantemente, válido e eficaz. 7 - (ESAF/AGU) Um ato administrativo estará caracterizando desvio de poder, por faltar-lhe o elemento relativo à finalidade de interesse público, quando quem o praticou violou o princípio básico da (a) economicidade (b) eficiência (c) impessoalidade (d) legalidade (e) moralidade 8 - (ESAF/AGU) Quando a valoração da conveniência e oportunidade fica ao talante da Administração, para decidir sobre a prática de determinado ato, isto consubstancia na sua essência (a) a sua eficácia An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 22 www.pontodosconcursos.com.br (b) a sua executoriedade (c) a sua motivação (d) o poder vinculado (e) o mérito administrativo 9 - (ESAF/AGU) A nomeação de ministro do Superior Tribunal de Justiça, porque a escolha está sujeita a uma lista tríplice e aprovação pelo Senado Federal, contando assim com a participação de órgãos independentes entre si, configura a hipótese específica de um ato administrativo (a) complexo (b) composto (c) bilateral (d) discricionário (e) multilateral 10 - (ESAF/AGU) O ato administrativo, a que falte um dos elementos essenciais de validade, (a) é considerado inexistente, independente de qualquer decisão administrativa ou judicial (b) goza da presunção de legalidade, até decisão em contrário (c) deve por isso ser revogado pela própria Administração (d) só pode ser anulado por decisão judicial (e) não pode ser anulado pela própria Administração 11 - (ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU) Com relação à competência administrativa, não é correto afirmar: (a) é inderrogável, pela vontade da Administração (b) pode ser distribuída por critérios territoriais e hierárquicos (c) decorre necessariamente de lei (d) pode ser objeto de delegação e/ou avocação, desde que não exclusiva (e) pode ser alterada por acordo entre a Administração e os administrados interessados 12 - (ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU) O decreto, com função normativa, não tem o seguinte atributo: (a) novidade (b) privativo do Chefe do Poder Executivo (c) generalidade (d) abstração An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 23 www.pontodosconcursos.com.br (e) obrigatoriedade 13 - (ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU) Assinale a letra que contenha a ordem que expresse a correlação correta. 1 - ato vinculado 2 - ato discricionário ( ) aposentadoria compulsória por implemento de idade ( ) gradação de penalidade em processo administrativo ( ) revogação de processo licitatório ( ) exoneração de servidor em estágio probatório ( ) concessão de alvará para atividade comercial (a) 2/1/1/2/2 (b) 1/2/2/1/1 (c) 2/2/2/1/1 (d) 1/2/1/2/1 (e) 1/1/2/2/2 14 - (ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU) Quando a autoridade remove servidor para localidade remota, com o intuito de puni-lo, (a) incorre em desvio de poder (b) pratica ato disciplinar (c) age dentro de suas atribuições (d) não está obrigada a instaurar processo administrativo (e) utiliza-se do poder hierárquico 15 - (ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU) Quanto à extinção do ato administrativo, é correto afirmar: (a) é factível a convalidação de todo ato administrativo (b) os efeitos da revogação retroagem à data inicial de validade do ato revogado (c) a caducidade do ato ocorre por razões de ilegalidade (d) a anulação pode-se dar por ato administrativo ou judicial (e) oportunidade e conveniência justificam a cassação do ato administrativo 16 - (CESPE/AUXILIAR JUDICIÁRIO/TJPE) A revogação de atos administrativos (a) pode ser realizada tanto pela administração pública quanto pelo Poder Judiciário. An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE - DIREITO ADMINISTRATIVO (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ AFT PROFESSOR: LEANDRO CADENAS 24 www.pontodosconcursos.com.br (b) produz eficácia ex nunc. (c) torna o ato nulo de pleno direito. (d) somente será realizada se houver provocação do interessado. (e) será decretada quando for questionada a legitimidade da atuação administrativa. 17 - (ESAF/PFN/2003) Assinale, entre os atos abaixo, aquele que não pode ser considerado como de manifestação da atividade finalística da Administração Pública, em seu sentido material. a) Concessão para exploração de serviço público de transporte coletivo urbano. b) Desapropriação para a construção de uma unidade escolar. c) Interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas de posturas municipais. d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso público. e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em determinado Estado-federado. 18 - (ESAF/PFN/2003) A remoção de ofício de servidor público como punição por algum ato por ele praticado caracteriza vício quanto ao seguinte elemento do ato administrativo: a) motivo b) forma c) finalidade d) objeto e) competência 19 – (FISCAL DE RENDAS/ISS/RIO DE JANEIRO/2002) A presunção de legitimidade e de veracidade, com que nascem os atos administrativos, é de natureza: a) absoluta e não admite prova que a desconstitua b) relativa e admite prova em contrário que a desconstitua c) excepcional, somente sendo afastável por lei específica d) mista, dependendo a sua desconstituição do tipo de prova que a Administração produza 20 – (CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE JANEIRO/2002) O vício de forma do ato administrativo, como definido no direito positivo brasileiro, consiste na: a) expedição de ordens verbais An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 An na F lá vi a Si qu ei ra P ai va d e So uz a, C PF :0 36 11 08 34 61 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 A n n a F l á v i a S i q u e i r a P a i v a d e S o u z a , C P F : 0 3 6 1 1 0 8 3 4 6 1 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Anna Flávia Siqueira Paiva de Souza, CPF:03611083461,
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