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Interacao-Manganes-x-Glifosato

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1
2
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3
• 1. Introdução
• 2. Afinal, o que há entre o Mn e o glifosato?
• 3. Desmistificando a hipótese da complexação intracelular
• 4. O que causa o yellow flashing?
• 5. Por que aplicamos o Mn junto com o glifosato?
• 6. As fontes importam
• 7. Influência do pH da mistura
• 8. Considerações finais
• 9. Referências bibliográficas
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4
A aplicação de fertilizantes foliares
em conjunto herbicida sobre uma
cultura agrícola é uma prática
bastante comum em lavouras de
soja resistentes ao glifosato.
Conhecidas também como “RR”
(Roundup Ready), as cultivares
resistentes ao glifosato são
comercializadas no Brasil desde
2003, e representam hoje mais de
95% de toda a área de soja
plantada no país. O sucesso desta
tecnologia está no controle
facilitado de plantas daninhas, pois
ela possibilitou que o glifosato,
que é um herbicida pós emergente
de amplo espectro, fosse aplicado
em área total e pós emergências,
sem comprometer o
desenvolvimento da cultura.
A possibilidade de aplicar o
glifosato sobre a soja permitiu o
aproveitamento desta operação
para fornecer em conjunto
micronutrientes via foliar para a
cultura, o que é uma prática
interessante para reduzir custos
operacionais.
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5
No entanto, para atingir este
objetivo é preciso conhecer
algumas peculiaridades sobre este
assunto.
Dentre os micronutrientes, o
manganês (Mn) é o mais comum
em misturas com glifosato, e talvez
o mais polêmico. A aplicação de Mn
é pratica comum nos campos de
soja RR, isso porque há algumas
hipóteses bastante difundidas que
k
sustentam interações indesejadas
com o glifosato, desde a mistura no
tanque de pulverização, passando
pelo meio intracelular, e chegando
até à rizosfera das plantas que
recebem a aplicação.
A seguir, iremos discutir melhor
sobre estas hipóteses e
desmistificá-las com base em
novos resultados de pesquisa
sobre o assunto.
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6
Tudo começou com a observação
de um amarelecimento temporário
em folhas de soja RR emergidas
logo após a aplicação do glifosato.
Este sintoma se mostrou
temporário por se reverter entre 14
a 21 dias após o aparecimento, e
ficou popularmente conhecido
como yellow flashing, sendo
observado em lavouras nos
Estados Unidos e no Brasil. Por ser
semelhante aos sintomas de
deficiência de Mn, levantou-se a
hipótese de que a aplicação de
glifosato estivesse
indisponibilizando e/ou
interferindo no metabolismo do
lolo
Mn pela planta. Esta hipótese foi
considerada porque o glifosato,
antes de se tornar o principal
herbicida da história, foi
desenvolvido e patenteado, em
1964, como um agente quelante,
devido à sua capacidade de
complexar cátions di e trivalentes.
Sendo o Mn absorvido pelas
plantas na forma divalente (Mn2+),
considerou-se a possibilidade de o
glifosato estar complexando-o no
interior das células,
indisponibilizando-o para cumprir
suas funções no metabolismo da
planta.
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7
De fato, o glifosato é capaz de
complexar átomos de Mn2+ em
soluções aquosas, como veremos
com mais detalhes nos próximos
tópicos, no entanto, a complexação
do Mn intracelular nunca foi
comprovada, pelo contrário,
trabalhos de pesquisa mostram
evidências que refutam esta
hipótese (BOTT et al., 2008;
MACHADO et al., 2019). O
Laboratório de Instrumentação
Nuclear, coordenado pelo Prof.
oioii
Hudson de Carvalho no Centro de
Energia Nuclear na Agricultura
(CENA/USP), publicou resultados de
um experimento analisado no
Laboratório Nacional de Luz
Sincrotron que, utilizando raios-x,
mostrou que o Mn aplicado via
foliar, em conjunto com o glifosato,
não é transportado de forma
complexada, como vimos na Figura
1 (MACHADO et al., 2019).
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8
Figura 1
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9
Figura 1: Análises feitas no
Laboratório Nacional de Luz
Síncrotron. (A) Plantas de soja
foram tratadas via foliar com
MnSO4, Mn-EDTA e Mn-fosfito,
misturados ou não com glifosato.
(B) 2 horas após a aplicação, os
pecíolos das folhas tratadas foram
analisados, com as plantas ainda
vivas. (C) Os resultados mostram
que, independente da fonte e da
mistura com o glifosato, os
jkajajajaj
espectros medidos nos pecíolos
coincidem com os espectros
usados como padrão para cada
fonte, que são soluções destes
fertilizantes. Como resultado,
observamos que o Mn-EDTA é
absorvido via foliar e transportado
até o pecíolo na sua forma
quelatizada. Para mais detalhes,
veja o artigo de Machado et al.
(2019).
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Não há evidências que comprovem a complexação intracelular do
Mn pelo glifosato, mas, embora não seja uma regra, o yellow
flashing é um problema visto no campo em algumas situações, como
no caso de aplicações de altas doses de glifosato, realizadas sob
condições (calor e umidade) que promovam o rápido
desenvolvimento da soja.
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A maior parte do glifosato
absorvido é transportado para
tecidos meristemáticos. Algumas
frações também podem ser
exsudadas pelas raízes ou
metabolizadas pela planta, sendo o
AMPA (ácido aminometilfosfônico)
o primeiro e principal metabólito
formado a partir da sua
degradação, conforme
esquematizado na figura 2. Estudos
mostraram que o aparecimento
do yellow flashing é na verdade uma
resposta das cultivares RR à
banana
toxicidade ao AMPA, que é uma
substância que se mostrou capaz
de reduzir o conteúdo de clorofila
nas folhas (DING et al., 2011;
REDDY; RIMANDO; DUKE, 2004),
razão pela qual se dá o
amarelecimento. O AMPA é
posteriormente metabolizado pela
planta e sua concentração nas
folhas é significativamente
reduzida, em média, 22 dias após a
aplicação, o que coincide com o
momento em que os sintomas
do yellow flashing são atenuados.
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Figura 2. Destinos do glifosato após absorção pela soja.
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Figura 2. Destinos do glifosato após absorção pela soja.
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Como vimos, a complexação do Mn
intracelular pelo glifosato não é a
causa do yellow flashing, por isso, se
a sua aplicação é feita apenas com
o objetivo de compensar possíveis
efeitos negativos do glifosato sobre
o seu aproveitamento pela soja,
então ela é feita pelo motivo
errado.
No entanto, embora o glifosato não
interfira no metabolismo do Mn,
este elemento é essencial para o
desenvolvimento da cultura, sendo
.
importante na mitigação de
estresses oxidativos e
indispensável para atingir altas
produtividades, sendo o
fornecimento do nutrientevia foliar
uma boa opção. Neste sentido, a
aplicação do Mn junto com o
glifosato é uma alternativa
interessante, não como tentativa
de compensar o mito da
complexação, mas sim para
aproveitar operações mecanizadas
que já devem ser feitas, buscando
reduzir custos.
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Embora não haja interações no meio intracelular, o glifosato continua
sendo capaz de complexar o Mn2+ em soluções aquosas, sendo estas
espécies altamente reativas em misturas de tanque. Neste contexto,
algumas estratégias devem ser tomadas para driblar esta situação e
evitar perdas.
Misturas de tanque: reduzir custos, mantendo a
eficiência de aplicação
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15
Um estudo conduzido pelo
Laboratório de Instrumentação
Nuclear (CENA/USP) testou 4 fontes
de Mn em misturas de tanque com
glifosato, bem como a eficiência
destas misturas no fornecimento
de Mn para a soja RR. As fontes
utilizadas foram sulfato de Mn
(MnSO4), carbonato de Mn
(MnCO3), fosfito de Mn (MnHPO3) e
Mn quelatizado com ácido
etilenodiaminotetracético (Mn-
EDTA).
Os resultados mostraram que
banana
misturas de MnSO4 + glifosato
podem causar perdas de até 30%
do Mn e do glifosato no tanque de
pulverização, devido à formação de
complexos pouco solúveis que
precipitam com uma razão molar
Mn:Glifosato de 2:1. Essas perdas
refletem em diminuição na
eficiência do fornecimento do Mn
para a soja (Figura 3) e no controle
de plantas daninhas pelo glifosato,
como constatado por Bernards et
al. (2005).
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Figura 3. Efeitos da mistura do glifosato com solução de MnSO4, causando precipitação do
Mn e diminuindo a eficiência do MnSO4 no fornecimento deste micronutriente para a soja.
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Figura 4. O MnCO3 não se mostrou eficiente no fornecimento de Mn via foliar para a soja
durante o período avaliado (72 horas) independente da mistura do glifosato.O
MnCO3 utilizado neste trabalho consistia em um pó com partículas nanométricas (80 – 100
nm), suspenso em água, sem estabilizantes. Neste caso, o MnCO3 não reagiu quimicamente
com o glifosato, mas precipitou em sua totalidade por ser pouco solúvel, mostrando-se
como uma fonte pouco eficiente para o fornecimento de Mn via foliar (Figura 4).
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Provavelmente devido ao seu pH ácido (em torno de 1,7), a solução de
fosfito de Mn não reagiu com o glifosato na mistura de tanque, porém esta
combinação reduziu a eficiência no fornecimento de Mn para a soja. Das
fontes de manganês avaliadas, a única que não reagiu e não teve sua
eficiência afetada pela mistura com o glifosato foi o Mn-EDTA (Figura 5).
Figura 5. A mistura do glifosato reduziu a eficiência do fosfito de Mn no fornecimento de Mn via 
foliar para a soja, enquanto a eficiência do Mn-EDTA não foi afetada.
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O controle do pH das misturas no tanque de pulverização é importante para
garantir a ação adequada do glifosato, e pode evitar reações indesejadas de
complexação do Mn. Na imagem a seguir observa-se a condutividade elétrica
e do pH das fontes de Mn, antes e após a mistura do glifosato.
Figura 6. Condutividade elétrica (A) e pH (B) de fontes de Mn em função da mistura do glifosato ao
longo do tempo.
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Observa-se algumas características
destas fontes, como a alta acidez
do fosfito de Mn (com pH abaixo de
2) e a grande influência que a
mistura do glifosato causa sobre a
solução de MnSO4. Fontes como o
Mn-EDTA, Mn-fosfito e o
MnCO3 não sofrem grandes
influências devido à mistura, pois
não reagem quimicamente com o
glifosato.
O Mn quelatizado não reage pois o
EDTA tem força de ligação maior
que a molécula de glifosato. No
caso do MnCO3 não há interação
bana
Pois está é uma fonte pouco
solúvel, que não disponibiliza íons
Mn2+ livres para reagirem com o
glifosato em solução. O caso do
Mn-fosfito é interessante, pois é
uma fonte solúvel de Mn2+, mas
seu pH ácido não proporciona um
meio favorável à complexação do
Mn com o glifosato. Em pH ácido, a
molécula desse herbicida está
protonada, ou seja, os sítios de
adsorção estão preenchidos com
íons H+, não restando locais para a
adsorção do Mn2+.
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Neste sentido, diminuir o pH da
mistura é uma alternativa para
evitar complexação até mesmo
quando se usa uma fonte como o
MnSO4, mas também veremos que
esta pode não ser a melhor opção.
Na imagem a seguir, observa-se as
espécies de glifosato em função do
pH (A), bem como a influência
banana
deste parâmetro na formação de
precipitados em misturas de
MnSO4 + glifosato (B). Observa-se
que em pH 1 não há a formação de
precipitados, ao contrário do que
se observa em condições de pH
entre 3 e 5. No caso de se elevar o
pH para 7, a forma química do Mn
é alterada.
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Figura 7. Espécies de glifosato (A) e soluções de MnSO4 + Glifosato em função do pH do meio (B).
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No entanto, embora a redução do
pH evite reações de complexação
no tanque, a aplicação de soluções
ácidas sobre a folha da soja pode
ser danosa para a cultura. Na
Figura 8, vemos alguns exemplos
do efeito da aplicação de soluções
ácidas sobre a epiderme da folha. A
olho nu, é possível observar
sintomas de fitotoxidez e,
analisando os danos em
microscópio eletrônico de
bananana
varredura, vemos que as células
são severamente danificadas,
tendo suas paredes e membranas
colapsadas. Este efeito, ao mesmo
tempo que pode promover a
absorção rápida da solução
aplicada, devido aos ferimentos
causados, pode também causar
estresses oxidativos e servir como
porta de entrada para patógenos.
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24Figura 8. Efeitos da aplicação de soluções ácidas sobre a epiderme foliar.
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25
As histórias que cercam as
interações entre o Mn e o glifosato
compõem um bom roteiro de
novela, com mentiras, verdades,
polêmicas e reviravoltas. O maior
desafio é desconstruir mitos, que
podem ser usados erroneamente
como justificativas para explicar
fenômenos como o yellow flashing.
Diante dos fatos, vemos que não é
necessário aumentar doses de Mn
para compensar efeitos do
glifosato, portanto, produtor e
produtora, fiquem atentos quando
receber alguma recomendação
deste tipo.
A aplicação do Mn ainda é
importante para se atingir altos
rendimentos, e é interessante ser
feita em conjunto com o glifosato,
pensando na redução de
operações mecanizadas. A
Embraparecomenda a aplicação de
350 g ha-1 de Mn ao longo do
desenvolvimento da cultura, e é
interessante parcelar esta aplicação
em 3 vezes (em torno dos estádios
V3, V7 e R1). No campo,
observamos a utilização de doses
menores, dependendo da fonte,
sem prejuízos de produtividade.
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26
Dentre as fontes, a mais eficiente
para misturas é o Mn-EDTA, pois
não reage no tanque de
pulverização, não tem sua
eficiência diminuída e mantém o
pH da solução em um nível
aceitável (em torno de 5), sem
causar maiores danos às células da
epiderme foliar. Adquirir produtos
de procedência e qualidade
também é imprescindível, pois é
importante que o Mn esteja
completamente quelatizado.
Geralmente uma boa fonte de Mn-
EDTA possui em torno de 13% de
Mn. De qualquer forma,
recomenda-se que seja feito teste
de qualidade/compatibilidade
antes de realizar as misturas de
tanque, analisando cada lote de
fertilizante adquirido.
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27
ABREU, C. A.; RAIJ, B. van; ABREU, M. F.; GONZÁLEZ, A. P. Routine Soil Test to Monitor 
Heavy Metals and Boron. Scientia Agricola, 62:6:564-571, 2005
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Correção e manutenção da 
fertilidade do solo. In: ______. Tecnologias de produção de soja: região central do 
Brasil, 2009 e 2010. Londrina: Embrapa Soja; Embrapa Cerrados; Embrapa 
Agropecuária Oeste, 2008. 262p. (Sistemas de produção, 13).
MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo, Agronômica Ceres, 
2006. 638p.
RAIJ, B. van; CANTARELA, H.; QUAGGIO, J.A. & FURLANI, A.M.C. Recomendações de 
adubação e calagem para o Estado de São Paulo. 2.ed. Campinas, Instituto 
Agronômico, 1996. 285p. (Boletim Técnico, 100).
SOUSA, D.M.G. & LOBATO, E. Cerrado: correção do solo e adubação. Planaltina, 
Embrapa Cerrados, 2002. 416p.
VALE, F.; ARAUJO, M. A. G.; VITTI, Godofredo Cesar. Avaliação do estado nutricional 
dos micronutrientes em áreas com cana-de-açúcar. Anais.. Londrina: Embrapa-
Soja/SBCS/IAPAR/UEL, 2008.
VITTI, G.C & TREVISAN, W. Manejo de macro e micronutrientes para alta produtividade 
da soja. Piracicaba: POTAFOS, Informações Agronômicas, v.90, p.1-16. 2000.
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