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Urgências e emergências médicas em odontologia

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Gabriela Ellen 110 
 
URGÊNCIA x EMERGÊNCIA 
Sendo considerada uma emergência condições que impliquem sofrimento intenso ou 
risco iminente de morte exigindo, portanto, tratamento médico imediato. E urgência 
uma ocorrência imprevista com ou sem risco potencial à vida, onde o indivíduo 
necessita de assistência médica imediata. 
Obs: não é correto o termo “emergência odontológica”. 
MEDIDAS PREVENTIVAS: 
pré-requisito da consulta inicial, serve para estabelecer o perfil de 
saúde dos pacientes + descobrir o histórico de doenças sistêmicas ou relatos de 
intercorrências durante atendimento. 
Portadores de doenças metabólicas ou cardiovasculares: controle atual da doença? 
Possíveis complicações? Uso de medicamentos? (possível interação com fármacos 
utilizados na odontologia). 
ç faz parte do exame físico. São dados relativos a 
PA, FR, temperatura, pulso. 
Pulso forte: PA alta; Pulso fraco: PA hipotensão arterial ou choque. 
Frequência cardíaca normal (adultos e crianças > 10 anos): 60 a 100 bpm. 
Frequência respiratória baixa: bradpneia; Frequência respiratória alta: tacpneia. 
Frequência respiratória normal (FR): 14 a 18 /min. 
PA normal: 120x80 mmHg; Pré-hipertensão: 120-139 x 80-89; Hipertensão estágio 1: 140-
159 x 90-99; estágio 2: igual ou maior que 160 x igual ou maior que 100. 
 
 
 
 
 
 
Gabriela Ellen 110 
LIPOTÍMIA E SÍNCOPE: 
LIPOTÍMIA→ mal-estar passageiro, caracterizado por uma sensação de 
desfalecimento, há palidez, sudorese, zumbidos auditivos e visão turva. Não 
necessariamente há perda de consciência. É a sensação do desmaio sem que ele 
ocorra propriamente. 
SÍNCOPE→ perda repentina e momentânea da consciência, causada pela súbita 
diminuição do fluxo sanguíneo e da oxigenação cerebral, ou ainda por causas 
neurológicas ou metabólicas. 
Essas duas situações –geralmente benignas e de curta duração- podem ocorrer na 
clínica odontológica, regredindo espontaneamente ou em resposta a manobras 
realizadas pelo cirurgião-dentista; 
OCORRÊNCIA→ adultos jovens, sexo masculino, apesar de alguns tipos de síncope 
ocorrerem preferencialmente em idosos. Raramente, se manifestam em crianças, pois 
elas costumam exteriorizar a ansiedade e o medo; 
➢ Síncope vasovagal: a mais comum, é desencadeada por fatores emocionais 
(ansiedade, dor inesperada, visão da agulha...) ou não emocionais (fome, 
debilidade física, ambiente quente e úmido). Precedida de sinais sugestivos: 
palidez, sudorese fria, fraqueza, bradicardia, queda da pressão, etc. 
 
➢ Síncope vasodepressora: ocorre em indivíduos com “pavor de dentista”, o 
estresse prepara o organismo para “luta e fuga” aumentando o fluxo 
sanguíneo para os músculos esqueléticos. Quando a vasodilatação é 
acompanhada de diminuição da frequência cardíaca, o débito cardíaco 
inadequado resulta na perda de consciência. 
 
➢ Síncope do seio carotídeo: determinadas pessoas possuem alta sensibilidade 
do seio carotídeo e, diante de uma leve compressão, podem sofrer queda 
brusca da pressão arterial e desmaio. 
 
➢ Síncope associada à insuficiência vértebro-basilar: ocorrência maior em idosos, 
sendo causada por placas gordurosas dos vasos responsáveis pela irrigação 
sanguínea. Está relacionada com a hiperextensão do pescoço. 
 
➢ Síncope associada às arritmias cardíacas: rara na clínica odontológica, ocorre 
em pacientes portadores de cardiopatias. FC menores que 30 a 35 ou maiores 
que 150 a 180 bpm podem levar à síncope. 
 
➢ ! IMPORTANTE ! Na hipoglicemia aguda, hipotensão ortostática e na 
insuficiência adrenal aguda, a perda de consciência pode confundir o 
profissional quanto ao diagnóstico diferencial em relação às síncopes. 
 
PREVENINDO→ sedação mínima em pacientes muito ansiosos, troca de informações 
com o médico de paciente com comprometimento sistêmico, orientar a ingerir 
alimentos antes das consultas, posicionar a cadeira para o paciente ficar deitado ou 
com a cadeira semi-inclinada, evitar estímulos visuais estressores, anestesia local deve 
Gabriela Ellen 110 
ser perfeita (escolher a solução anestésica e a técnica que proporcione duração e 
profundidade adequadas ao tipo de procedimento, evitando a dor). 
 
 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
1. Interrompa o atendimento e 
remova todo o material da boca 
do paciente; 
2. Avalie o grau de consciência; 
3. Coloque-o deitado de costas com 
os pés levemente elevados em 
relação à cabeça (10 a 15 graus); 
4. Afrouxe as roupas; 
5. Liberar a passagem de ar 
inclinando cuidadosamente a 
cabeça para trás; 
6. Monitorizar a respiração e o pulso; 
7. Não deixar de conversar com o 
paciente; 
8. Aguardar de 2 a 3min para que 
haja melhora. Após recuperação, 
aguardar 10 a 15 min para 
dispensar; 
9. Solicitar socorro móvel de urgência, 
se a recuperação da consciência 
não ocorrer após 3min; 
10. Enquanto aguarda, deve 
administrar oxigênio e monitorizar os 
sinais vitais. 
 
 
 
 HIPOGLICEMIA: 
 
Glicose no sangue abaixo dos valores mínimos (60mg\100ml); 
Mais comuns em indivíduos diabéticos; 
O problema é a falta de glicose no cérebro, o que pode provocar desde um 
mal-estar até o coma e até a morte; 
OCORRÊNCIA→ situações de ingestão excessiva de bebida alcoólica; jejum; 
exercícios físicos intensos; indivíduos que fazem uso contínuo de medicamentos como 
aspirina, AINES, betabloqueadores não cardiosseletivos; mais frequente em diabéticos, 
principalmente o tipo I; sintomas: nervosismo, ansiedade, taquicardia, sudorese, 
palidez, frio, dilatação das pupilas, sensação de fome, salivação excessiva, náusea, 
vômito, desconforto abdominal, sendo a PA, pulso e respiração usualmente normais; 
em um estágio mais avançado: atividade mental anormal, choro, irritabilidade, 
cansaço, fraqueza, visão dupla, dificuldade de fala, falta de coordenação motora, 
parestesia, coma, respiração difícil, convulsão; as manifestações variam de acordo 
com a idade e a severidade. 
PREVENINDO→ investigar história prévia de hipoglicemia; orientar sobre jejum 
alimentar antes da consulta; obter informações sobre o histórico da diabetes; certificar 
se o paciente tomou o medicamento no dia da consulta; nunca modificar a posologia 
dos hipoglicemiantes e insulina; agendar consultas no início da manhã; procedimentos 
duradouros→ fazer pausa e oferecer alimentos; pós-operatório com limitação de 
mastigação→ entrar em contato com médico para ajustes na medicação 
hipoglicemiante; pacientes ansiosos→ considerar sedação; manter solução 
açucarada à disposição. 
 
Gabriela Ellen 110 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
Paciente consciente responsivo 
 
1. Interromper o atendimento; 
2. Colocar o paciente em posição 
confortável; 
3. Administrar carboidratos por via 
oral; 
4. Manter o paciente em observação 
por 20 a 30min antes de dispensá-
lo, referenciando-o para o médico; 
5. Investigar as causas da 
hipoglicemia. 
 
 
 
Paciente inconsciente (não responsivo) 
1. Solicitar serviço móvel de urgência; 
2. Mantenha-o deitado com os pés 
elevados; 
3. Liberar as vias aéreas e avaliar o 
pulso e respiração; 
4. Colocar sachê de açúcar líquido 
abaixo da língua ou entre lábios e 
dentes inferiores. HIPOGICEMIA 
SEVERA→ administrar uma ampola 
com 10ml de uma solução de 
glicose a 25% via IV em injeção 
lenta; 
5. Enquanto aguarda socorro, 
monitorizar respiração e pulso; 
 
 
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA 
 
 Queda brusca da pressão arterial (ex: quando o paciente se levanta 
rapidamente, ficando sujeito à síncope); 
 Segunda maior causa de perda de consciência transitória na clínica 
odontológica; 
 Não é uma doença ou morbidade específica. 
 
Obs: quando levantamos repentinamente o sangue se aloja no território venoso dos membros 
inferiores, o que leva à diminuição do retorno venoso e do débito cardíaco, resultando em 
redução da PA. 
 
OCORRÊNCIA→ causa mais comum: hipovolemia secundária ao uso abusivo de 
diuréticos ou a medicamentos vasodilatadores;outros medicamentos podem 
provocar HO: anti-hipertensivos, bloqueadores ganglionares, a-bloqueadores, 
antidepressivos tricíclicos, antiparkisonianos, neurolépticos fenotiazínicos, narcóticos, 
álcool etílico; fatores predisponentes: idade mais avançada, varizes ou defeitos 
circulatórios dos membros inferiores, gravidez (síndrome da hipotensão supina da 
gravidez→ compressão do útero sobre a veia cava inferior), paciente deitado muito 
tempo; períodos de internação. 
 
 PREVENINDO→ conhecer a história médica e a condição física do paciente→ 
anamnese detalhada: medicamentos em uso, histórico de desmaio ou convulsão 
pode indicar HO; levantar gradualmente a cadeira (com intervalos de 2min até 
colocar o paciente sentado). 
 
 
 
 
 
Gabriela Ellen 110 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
Antes de tudo, devemos diferenciar a HO da síncope. A HO ocorre quando o paciente está em 
pé e, geralmente, não está relacionada ao estresse. 
Caso não ocorra a pronta recuperação... 
 
1. Avaliar o estado de consciência. Se não houver resposta coloque-o novamente deitado 
e mantém os pés elevados em relação à cabeça→ aumenta perfusão sanguínea 
cerebral e o paciente recupera a consciência; 
2. Hiperextensão do pescoço→ propiciar passagem de ar; 
3. Avaliar pulso e respiração; 
4. Monitorizar FC,FR e PA; 
5. Suplementação de oxigênio; 
6. Após recuperação, dispensar o paciente com acompanhante e enviá-lo para 
avaliação médica. 
 
 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO 
Alteração neurológica causada pela destruição de substância encefálica, em 
razão da interrupção do fluxo sanguíneo para o tecido cerebral; 
 
Classificados em isquêmicos (80% dos casos, quando há insuficiência vascular 
cerebral, trombose e embolia) ou hemorrágicos (20% dos casos, decorre de 
malformações de vasos sanguíneos, aterosclerose e hipertensão arterial); 
 
Quatros fenômenos neurológicos ocorrem: AVC transitório, defeito neurológico 
isquêmico reversível, AVC em evolução e AVC completo. 
 
OCORRÊNCIA→ fatores de risco: diabetes, hipercolesterolemia, doenças que 
aumentam coagulabilidade do sangue, contraceptivos orais, tabagismo, hipertensão 
arterial (mais associado); ansiedade e apreensão no atendimento→ hiperatividade do 
sistema cardiovascular –paciente com diabetes e aterosclerose- → grande risco de 
AVC; causas diferentes, áreas afetadas diferentes→ sinais e sintomas diferentes. Infarto 
cerebral→ manifestação clínica gradativa, podendo levar de minutoas a dias. Embolia 
ou hemorrágico→ início abrupto; sinais comuns: cefaleia, náuseas, vômitos, calafrios, 
fraqueza, perda de consciência, paralisia de um dos lados, dificuldade de respirar ou 
deglutir, perda ou dificuldade de fala, perda do controle urinário e intestinal, assimetria 
no tamanho das pupilas. 
 
Obs: períodos prolongados de HA→ espessamento e degeneração fibrinoide das artérias 
cerebrais + contração das pequenas artérias cerebrais → reduz fluxo sanguíneo cerebral → 
isquemia de áreas do cérebro. 
 
PREVENINDO→ reconhecer fatores de risco→ anamnese minuciosa; avaliar sinais vitais 
antes de cada atendimento; troca de informações com médico em caso de histórico 
de AVC; planejar consultas de menor duração; considerar protocolo de sedação 
mínima. 
 
 
Gabriela Ellen 110 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
Episódio isquêmico transitório 
 
1. Interromper o atendimento e retirar 
material da boca; 
2. Colocar o paciente sentado 
confortavelmente; 
3. Manter vias aéreas livres e observar 
respiração; 
4. O “formigamento” desaparece de 
5 a 10 min. Se isso ocorrer com o 
paciente consciente não tem 
necessidade de solicitar socorro 
médico; 
5. Monitorizar os sinais vitais. FC pode 
estar normal ou elevada, PA 
levemente aumentada; 
6. Encaminhá-lo para o médico. 
 
AVC- paciente consciente 
 
1. Solicitar socorro médico; 
2. Manter as vias aéreas livres e 
avaliar respiração; 
3. Monitorizar sinais vitais a cada 5 
min; 
4. Não administrar oxigênio- a não ser 
que haja dificuldade respiratória. 
Obs: oxigênio causa vasoconstrição 
cerebral aumentando a isquemia; 
5. Evitar dar algo para comer ou 
beber. 
 
AVC- paciente inconsciente 
 
1. Solicitar socorro médico; 
2. Colocar o paciente deitado com a 
cabeça mais elevada; 
3. Manter as vias aéreas livres e 
avaliar a respiração; 
4. Monitorar sinais vitais. FC pode estar 
normal ou diminuída. PA sistólica 
geralmente máxima. Na ausência 
de pulso ou respiração → iniciar 
manobras de RCP. 
 
 
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPOS ESTRANHOS 
 
 Durante o atendimento, há o risco de objetos caírem na cavidade oral ou na 
faringe, o que pode levar à aspiração ou ingestão; 
 Evitar que o paciente sente, em situação de engasgo; 
 Quando o objeto atinge a traqueia, em pouco tempo, pode ocorrer cianose e 
inconsciência, com risco de morte; 
 No interior dos pulmões, pode haver: pneumonia, abscesso pulmonar e 
ateleclasia (contração ou ausência de aeração de parte ou de todo o pulmão). 
 
 OCORRÊNCIA→ qualquer procedimento pode oferecer risco, sendo objetos 
pequenos (bracketes, limas, brocas, etc) ainda mais perigosos. 
 
PREVENINDO→ identificar paciente de risco; usar lençol de borracha na endo e 
dentística; colocar uma gaze presa a um fio dental como anteparo para proteção da 
orofaringe (especialmente em pacientes sedados); amarrar pequenos objetos a um fio 
dental; colocar a cadeira odontológica reclinada ao atender pacientes que 
apresentarem a coordenação da deglutição ou o reflexo da tosse afetado; usar 
sugador de alta potência. 
 
MANEJO→ dependerá do grau de obstrução e da eficácia do reflexo de tosse do 
socorrido; em caso de obstrução parcial: se o socorrido é capaz de tossir de forma 
forçada e ainda consegue respirar, devemos deixa-lo tentar resolver sozinho, já em 
Gabriela Ellen 110 
caso obstrução total: devemos agir rapidamente, o socorrido ainda mantém a 
consciência em torno de 10s a 3 min (que é enquanto ainda não se esgota o oxigênio 
cerebral). 
 
A obstrução total é dividida em três fases: 
-1 a 3 min após obstrução: paciente mantém a consciência, respira com dificuldade, 
não emite som e tem aumento da PA e FC; 
-2 a 5 min após a obstrução: paciente perde a consciência e não respira mais, mas 
ainda apresenta PA e pulso; 
-4 a 5 min após a obstrução: queda da PA e perda de pulso. 
 
Os procedimentos manuais indicados são: 
GOLPES NAS COSTAS: é indicado em bebês, quando é possível coloca-lo em posição 
com a cabeça para baixo; 
INSPEÇÃO COM OS DEDOS: manobra recomendada apenas quando os corpos 
estranhos estão localizados acima da epiglote e em vítimas inconscientes. 
Contraindicado em bebês e crianças pequenas; 
COMPRESSÕES MANUAIS: consiste em uma série de 5 a 10 compressões na parte 
superior do abdome ou na parte inferior do tórax→ aumenta a pressão intra-
abdominal produzindo uma tosse artificial. São recomendadas em situações 
específicas devido o risco de causar lesão em órgãos como fígado, estômago ou 
baço; 
MANOBRA DE HEIMLICH: 
-Paciente consciente: ficar por detrás do socorrido, colocando os braços ao redor da 
cintura e sob os braços dele→ fechar uma das mãos com polegar posicionado contra 
o abdome da vítima, posicionando acima do umbigo e abaixo do processo xifoide, 
depois, colocar a outra mão por cima, permanecendo juntas → fazer compressões 
para dentro e para cima; 
-Paciente inconsciente: colocar o paciente na posição supina → proporcionar 
abertura das vias aéreas→ sentar com as pernas abertas sobre as pernas ou coxas do 
socorrido → colocar a porção tenar de uma das mãos entrelaçando com a outra 
contra o abdome do socorrido na linha média (um pouco acima do umbigo e um 
pouco abaixo do processo xifoide)→ pressionar o abdome para dentro e para cima 
(6 a 10 compressões)→ fazer inspeção com os dedos na boca; 
COMPRESSÕES TORÁXICAS: 
-Paciente consciente: posicionar por trás da vítima e colocar os braços diretamentesob as axilas, circundando o tórax→ fechar uma 
das mãos com o polegar posicionado contra o 
abdome da vítima posicionando-a sobre o terço 
médio do osso esterno→ fazer compressões para 
trás até o socorrido expelir o corpo estranho; 
- Paciente inconsciente: colocar a vítima deitada 
sob o chão → proporcionar abertura das vias 
aéreas → sentar com as pernas abertas sobre as 
pernas ou coxas do socorrido + colocar porção 
tenar de uma das mãos no meio do terço inferior do osso esterno e a outra mão 
entrelaçada → pressionar o abdome fazendo força para dentro e para cima → 
exercer 6 a 10 compressões rápidas + deve abrir a boca do socorrido e fazer uma 
inspeção com os dedos. 
Gabriela Ellen 110 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
 
Adultos conscientes 
 
1. Identificar a obstrução total das vias 
respiratórias; 
2. Aplicar manobra de Heimlich até o 
objeto ser expelido, interrompendo caso 
o socorrido torne-se inconsciente; 
3. Após recuperação, devemos aguardar 
10 min para dispensar + encaminhar 
para avaliação médica. 
 
Adultos inconscientes 
 
1. Chamar o socorro médico; 
2. Colocar o socorrido deitado de costas; 
3. Abrir a boca do socorrido, segura a 
língua e o mento e inclina a cabeça 
para trás; 
4. Se o objeto for visível devemos removê-
lo + inspecionar a boca com os dedos; 
5. Fazer 2 ventilações artificiais; 
6. Se não obtiver sucesso, fazer de 5 a 10 
compressões abdominais; 
7. Fazer uma nova inspeção; 
8. Tentar ventilar novamente; 
9. Se não conseguir... repetir de 5 a 10 
compressões abdominais + inspeção + 
ventilação até tornar efetivo enquanto 
o socorro não chega. 
 
Crianças conscientes (1 a 8 anos) 
 
1. Identificar a obstrução das vias aéreas; 
2. Aplicar manobra de heimlich até o 
objeto ser expelido, interrompendo-o 
caso a criança perca a consciência; 
3. Após recuperação, devemos aguardar 
10 min para poder libera-la; 
4. Encaminhar para avaliação médica se 
houver suspeita de complicações. 
 
Crianças inconscientes (1 a 8 anos) 
 
1. Chamar o socorro médico; 
2. Colocar a criança deitada de costas; 
3. Afastar a língua para tentar ver o objeto 
(se visível devemos remover); 
4. Inclinar a cabeça para trás elevando o 
mento + fazer 2 ventilações boca a 
boca; 
5. Se não conseguir, iniciamos a manobra 
de heimlich (fazer até 5 compressões 
abdominais); 
6. Tentar novamente 2 ventilações; 
7. Após desobstrução, avaliar a respiração 
e o pulso carotídeo. É necessário avaliar 
possíveis complicações antes de 
dispensar. 
 
Bebês conscientes (menores de 1 ano) 
 
1. Se o bebê é capaz de tossir ou chorar, 
não devemos remover o objeto pois 
pode complicar o quadro; 
2. Se isso não acontecer... sustentar a 
cabeça do bebê e colo, segurando a 
mandíbula firmemente + virar o corpo 
do bebê mantendo-o com a cabeça 
mais baixa que o tronco, apoiando-o 
em nosso antebraço + aplicar 5 golpes 
enérgicos nas costas entre as escápulas; 
3. Caso o objeto não seja expelido... 
posicionar o bebê com a face para 
cima, apoiando-o em nosso antebraço 
+ fazer 5 compressões torácicas, no 
terço médio do esterno com auxílio de 
dois dedos; 
4. Devemos alternar essas manobras de 
forma persistente até expelir o objeto ou 
perder a consciência. 
 
Bebês inconscientes 
 
1. Chamar socorro local; 
2. Colocar bebê deitado de costas; 
3. Puxar e elevar a mandíbula para tentar 
visualizar o objeto. Se for visível, 
devemos remover. Se não for possível 
visualizar o objeto, não fazemos a 
inspeção com os dedos; 
4. Propiciar a passagem de ar + fazer 2 
ventilações boca a boca; 
5. Se o tórax não expandir, devemos 
aplicar cinco golpes nas costas; 
6. Fazer 5 compressões torácicas no terço 
médio do osso esterno; 
7. Procurar visualizar o corpo estranho, 
removendo-o; 
8. Após desobstrução, avaliar respiração e 
pulso braquial + avaliar possíveis 
complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriela Ellen 110 
 
1. Se o paciente estiver na cadeira, abaixe-a até o mais próximo do nível do solo; 
2. Remover objetos cortantes que estão ao redor, bem como brinco, colar, etc + soltar gravata, 
lenços e colarinhos da camisa; 
3. Colocar cuidadosamente o paciente deitado de lado (de preferência lado esquerdo); 
4. Não colocar nada entre as arcadas; 
5. Durante a crise, não restrinja os movimentos da vítima, mas proteja a cabeça colocando 
alguma almofada, por exemplo; 
6. Anotar a duração da crise convulsiva; 
7. Solicitar o serviço de urgência, caso a crise dure mais de 3 min ou se a vítima apresentar cianose 
desde de o início da crise; 
8. Se a convulsão for muito demorada ou repetitiva, deve administrar midazolam 15mg via oral ou 
uma ampola de diazepam 10mg via intramuscular; 
9. Cessada a convulsão, manter o paciente em repouso por 10 a 15 min e administrar oxigênio e 
monitorizar os sinais vitais; 
10. Fazer uma breve avaliação intrabucal; 
11. Avaliar grau de consciência no momento pós crise; 
12. Não oferecer água, nem alimentos sólidos pós cessar crise; 
13. Encaminhar o paciente para consulta médica. 
CONVULSÕES 
 
 
São reações físicas ou mudanças no comportamento, temporárias e reversíveis, 
que ocorrem após um episódio de atividade elétrica anormal do cérebro. Parciais ou 
localizadas: sinais elétricos incorretos afetam uma área específica do cérebro. 
Generalizadas: descarga neuronal atinge o córtex cerebral como um todo. 
 De acordo com o grau de comprometimento dos hemisférios cerebrais, o 
episódio pode se resumir a uma “crise de ausência” (indivíduo fica desligado) ou pode 
evoluir para condição mais grave, conhecida como convulsões tônico-clônica. 
 Uma convulsão tônico-clônica generalizada pode ser dividida em três fases: 
pré-convulsiva, convulsiva e pós-convulsiva. 
 As convulsões com duração maior que 3 min ou repetitivas podem se constituir 
em uma situação de risco, devido à hipertemia e acidose tecidual. 
 
OCORRÊNCIA→ A maior parte das crises são de origem idiopática, as demais podem 
ser oriundas de: febre alta, hipoglicemia, desidratação grave, retirada brusca de 
álcool etílico, abuso ou retirada brusca de certas drogas psicotrópicas, estresse 
emocional, sobredose de anestésicos, interações entre anticonvulsivantes com outros 
medicamentos ou ingredientes alimentares, meningite ou lesões intracanianas, 
traumatismo craniano. 
 
PREVENINDO→ Evitar jejum antes das consultas (prevenir hipoglicemia); verificar 
ingestão correta da medicação no dia do atendimento; em caso de sedação mínima 
dar preferência ao midazolam, diazepam ou lorazepam; caso seja habilitado o 
profissional poderá fazer uso da mistura de óxido nitroso e oxigênio; tomar cuidado 
com a prescrição de certos antimicrobianos que podem interagir negativamente com 
os anticonvulsivos (metronidazol e eritromicina devem ser evitados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
Gabriela Ellen 110 
REAÇÕES ALÉRGICAS 
 
Estado de hipersensibilidade do organismo, adquirido pela exposição primária 
a um determinado tipo de alérgeno, cujo contato posterior pode produzir uma reação 
exacerbada. 
De acordo com a intensidade da resposta, as reações podem ser localizadas 
(cutânea: caracterizada por vermelhidão na pele, coceira, etc, não representa 
ameaça à vida) ou generalizadas (instalação mais rápida e manifestações mais 
severas, como broncoespasmos e choque anaflático). 
OCORRÊNCIA→ 
ANESTÉSICOS LOCAIS: os casos de alergia são, em grande parte, atribuídos a 
reações psicogênicas, injeção intravascular acidental, sobredose do anestésico local. 
SÃO CONSIDERADAS REAÇÕES RARAS!!! 
ANTIMICROBIANOS: destaca-se a penicilina (a aplicação tópica gera maior 
número de reações). Deve-se, nesses casos, evitar a aplicação de medicamentos 
desse mesmo grupo e dos derivados betalactâmico. 
ASPIRINA e AINES: reações variam de leve hipersensibilidade a anafilaxia fatal. 
OUTRAS SUBSTÂNCIAS:látex e metil metacrilato. 
SINAIS E SINTOMAS: 
 Reações cutâneas: geralmente se manifestam 60 min após a exposição, 
incluem manifestações leves a moderadas na pele ou mucosa bucal. Entre elas, estão 
angioedema, eritema difuso e urticária. 
 Broncoespasmo: caracterizado por chiados respiratórios e o uso de músculos 
acessórios da respiração. Muito comum em pacientes asmáticos com histórico de 
sensibilidade a bissulfito de sódio e aqueles alérgicos à aspirina ou aos AINES. 
 Edema de laringe: diagnosticada quando pouco ou nenhum movimento de ar 
é ouvido ou percebido, apesar de movimentos respiratórios exagerados do paciente. 
Obstrução parcial: produz som estridente. Obstrução total: silenciosa, com movimentos 
da caixa torácica, paciente torna-se cianótico e logo perde a consciência. 
 Choque anafilático: ocorre quando indivíduos previamente sensibilizados 
entram novamente em contato com o antígeno. O perigo potencial se deve à 
liberação adicional de leucotrienos que são mais reativos que a histamina. 
PREVENINDO→ identificar pacientes de risco à alergia, solicitar avaliação médica no 
caso de pacientes alérgicos ou com histórico de alergias, nunca fazer testes de 
sensibilidade no consultório, substituição por medicamentos alternativos, dar 
preferência por penicilina e cefalosporina via oral, evitar prescrever aspirina e AINES 
para asmáticos, substituir luvas e lençol de borracha por alternativas sem látex, 
procurar empregar resinas de polimerização lenta em vez das auto-polimerizáveis. 
 
 
 
Gabriela Ellen 110 
Manifestações respiratórias e cardiovasculares: 
 
Posicionar o paciente em posição confortável. Em caso de queda da PA, deve 
posicionar deitado de costas com os pés elevados → solicitar socorro de urgência → 
administrar oxigênio (3 a 5 l por min) → administrar via intramuscular 0,5 ml de solução 
de epinefrina 1: 1000 - monitorar sinais vitais- → cessados os sintomas, administrar 
ampola de prometazina 50mg via intramuscular. 
 
Broncoespasmo: 
 
Levantar o encosto da cadeira e remover qualquer instrumental da boca → na 
presença de cianose, solicitar socorro de urgência e instituir suporte básico de vida → 
fazer uma ou duas aplicações de broncodilatador → administrar oxigênio 5 a 7 l por 
min → na ausência de regressão: administrar 0,5 ml de solução de epinefrina 1:1000, 
via intramuscular → cessada a crise: administrar hidrocortisona 100 mg e prometazina 
50 mg via intramuscular ou intravenosa → manter o paciente sob observação por 30 
min, dispensa-lo com acompanhante, solicitar avaliação médica para se investigar a 
causa. 
 
Na presença de edema de laringe: 
 
Se o grau for severo, mantenha o paciente deitado de costas, com os pés elevados. 
Caso o socorrido não tolerar essa posição, coloque-o em uma outra na qual ele se 
sinta confortável → solicite socorro de urgência → institua suporte básico de vida → 
administre 0,5 ml de solução de epinefrina 1:1000, via intramuscular → administrar 
oxigênio → quando o paciente voltar a respirar bem, administrar hidrocortisona 100 mg 
e prometazina 50 mg via intramuscular ou intravenosa. 
 
Choque anafilático: 
 
Interrompa o atendimento → manter paciente em posição supina → institua medidas 
de suporte básico de vida → solicite socorro de urgência → administre 0,5 ml de 
solução de epinefrina 1:1000, via intramuscular → administrar oxigênio → monitorizar os 
sinais vitais → com o paciente estável, administrar hidrocortisona 100 mg e 
prometazina 50 mg via intramuscular ou intravenosa. 
 
 Reações cutâneas imediatas 
 
Interrompa o atendimento + retire objetos da boca + posicione o paciente da forma 
que ele se sentir mais confortável → avaliar sinais vitais → se necessário instituir 
manobras de suporte básico de vida → administrar uma ampola de prometazina 50 
mg via intramuscular → monitorar o paciente durante 20 a 30 min verificando os sinais 
vitais → se o quadro estiver estabilizado, prescreva um anti-histamínico (ex.: loratina 10 
mg), via oral, um comprimido ao dia, até remissão do quadro → dispense o paciente, 
orientando-o a não ingerir bebidas alcoólicas + solicitar avaliação médica.

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