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Aula 00 - penal 31-40

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 Na desist•ncia volunt‡ria Ð O agente pode, mas n‹o quer 
prosseguir. 
 Para que fique caracterizada a desist•ncia volunt‡ria, Ž necess‡rio 
que o resultado n‹o se consume em raz‹o da desist•ncia do agente. 
 EXEMPLO: Se Poliana dispara um tiro de pistola em Jason e, podendo 
 disparar mais cinco, n‹o o faz, mas este mesmo assim vem a falecer, 
 Poliana responde por homic’dio consumado. Se, no entanto, Jason n‹o 
 vem a —bito, Poliana n‹o responde por homic’dio tentado (n‹o h‡ 
tentativa, lembram-se?), mas por les›es corporais. 
 
No diferente. Aqui arrependimento eficaz Ž o agente j‡ praticou 
 todos os atos execut—rios que queria e podia, mas ap—s isto, se 
 arrepende do ato e adota medidas que acabam por impedir a 
consuma•‹o do resultado. 
Imagine que no exemplo anterior, Poliana tivesse disparado todos os 
 tiros da pistola em Jason. Depois disso, Poliana se arrepende do que fez e 
 providencia o socorro de Jason, que sobrevive em raz‹o do socorro 
prestado. Neste caso, ter’amos arrependimento eficaz. 
Ambos os institutos est‹o previstos no art. 15 do CP: 
 Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na 
 execu•‹o ou impede que o resultado se produza, s— responde pelos atos 
 j‡ praticados.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984) 
 
 Para que estes institutos ocorram, Ž necess‡rio que a conduta 
 (desist•ncia volunt‡ria e arrependimento eficaz) impe•a a consuma•‹o do 
 resultado. Se o resultado, ainda assim, vier a ocorrer, o agente 
 responde pelo crime, incidindo, no entanto, uma atenuante de pena 
genŽrica, prevista no art. 65, III, do CP. b
 A Doutrina entende que tambŽm Hç DESISTæNCIA VOLUNTçRIA
quando o agente deixa de prosseguir na execu•‹o para faz•-la mais tarde, 
 por qualquer motivo, por exemplo, para n‹o levantar suspeitas. Nesse 
caso, mesmo n‹o sendo nobre o motivo da desist•ncia, a Doutrina entende 
que h‡ desist•ncia volunt‡ria. 
Se o crime for cometido em concurso de pessoas e somente um deles 
realiza a conduta de desist•ncia volunt‡ria ou arrependimento eficaz, esta 
circunst‰ncia se comunica aos demais, pois como se trata de hip—tese 
 de exclus‹o da tipicidade, o crime n‹o foi cometido, respondendo todos 
apenas pelos atos praticados atŽ ent‹o. 
 
1.4.4.! Arrependimento posterior 
 O arrependimento posterior, por sua vez, n‹o exclui o crime, 
 pois este j‡ se consumou, mas Ž causa obrigat—ria de diminui•‹o 
 de pena. Ocorre quando, nos crimes em que n‹o h‡ viol•ncia ou grave 
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SOLANO
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 amea•a ˆ pessoa, o agente, atŽ o recebimento da denœncia ou queixa, 
repara o dano provocado ou restitui a coisa. Nos termos do art. 16 do CP: 
 Art. 16 - Nos crimes cometidos sem viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa, 
 reparado o dano ou restitu’da a coisa, atŽ o recebimento da denœncia ou da 
queixa, por ato volunt‡rio do agente, a pena ser‡ reduzida de um a dois ter•os. 
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 EXEMPLO: Imagine o crime de dano (art. 163 do CP), no qual o agente 
 quebra a vidra•a de uma padaria, revoltado com o esgotamento do p‹o 
 franc•s naquela tarde. Nesse caso, se antes do recebimento da queixa o 
 agente ressarcir o preju’zo causado, ele responder‡ pelo crime, mas 
a pena aplicada dever‡ ser diminu’da de um a dois ter•os. 
 
Vejam que n‹o se aplica o instituto se o crime Ž cometido com 
viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa. 
 A Doutrina entende que se a viol•ncia for culposa, pode ser aplicado 
 o instituto. Assim, se o agente comete les‹o corporal culposa (viol•ncia 
 culposa), e antes do recebimento da queixa paga todas as despesas 
 mŽdicas da v’tima, presta todo o aux’lio necess‡rio, deve ser aplicada a 
causa de diminui•‹o de pena. 
No caso de viol•ncia impr—pria, a Doutrina se divide. A viol•ncia 
 impr—pria Ž aquela na qual n‹o h‡ viol•ncia propriamente dita, mas o 
agente reduz a v’tima ˆ impossibilidade de defesa (ex. Amorda•a e amarra 
 o caixa da loja no crime de roubo). Parte da Doutrina entende que o 
benef’cio pode ser aplicado, parte entende que n‹o pode. 
 O arrependimento posterior tambŽm se comunica aos demais 
agentes (coautores). 
 A Doutrina entende, ainda, que se a v’tima se recusar a receber 
 a coisa ou a repara•‹o do dano, mesmo assim o agente dever‡ 
receber a causa de diminui•‹o de pena. 
O quantum da diminui•‹o da pena (um ter•o a dois ter•os) ir‡ variar 
 conforme a celeridade com que ocorreu o arrependimento e a 
voluntariedade deste ato. 
 Vamos sintetizar isso tudo? O quadro abaixo pode ajudar voc•s 
 na compreens‹o dos institutos da tentativa, da desist•ncia volunt‡ria, do 
arrependimento eficaz e do arrependimento posterior: 
 
QUADRO ESQUEMçTICO 
INSTITUTO RESUMO CONSEQUæNCIAS 
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TENTATIVA Agente pratica a conduta 
 delituosa, mas por 
 circunst‰ncias alheias ˆ 
 sua vontade, o resultado 
n‹o ocorre. 
 Responde pelo 
 crime, com 
 redu•‹o de pena 
de 1/3 a 2/3. 
DESISTæNCIA 
VOLUNTçRIA 
 O agente INICIA a pr‡tica 
 da conduta delituosa, mas 
 se arrepende, e CESSA a 
atividade criminosa (mesmo 
 podendo continuar) e o 
resultado n‹o ocorre. 
 Responde apenas 
 pelos atos j‡ 
praticados. 
 Desconsidera-se o 
 Òdolo inicialÓ, e o 
 agente Ž punido 
 apenas pelos danos 
 que efetivamente 
causou. 
ARREPENDIMENTO 
EFICAZ 
 O agente INICIA a pr‡tica 
 da conduta delituosa E 
COMPLETA A EXECU‚ÌO DA 
 CONDUTA, mas se 
 arrepende do que fez e 
 toma as provid•ncias para 
que o resultado inicialmente 
 pretendido n‹o ocorra. O 
resultado NÌO ocorre. 
 Responde apenas 
 pelos atos j‡ 
praticados. 
 Desconsidera-se o 
 Òdolo inicialÓ, e o 
 agente Ž punido 
 apenas pelos danos 
 que efetivamente 
causou. 
ARREPENDIMENTO 
POSTERIOR 
 O agente completa a 
 execu•‹o da atividade 
 criminosa e o resultado 
 efetivamente ocorre. 
PorŽm, ap—s a ocorr•ncia do 
 resultado, o agente se 
 arrepende E REPARA O 
 DANO ou RESTITUI A 
COISA. 
 1.! S— pode ocorrer nos 
 crimes cometidos 
 sem viol•ncia ou 
 grave amea•a ˆ 
pessoa 
 2.! S— tem validade se 
 ocorre antes do 
 recebimento da 
denœncia ou queixa. 
 O agente tem a 
 pena reduzida de 
1/3 a 2/3. 
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1.5. Ilicitude! 
 J‡ vimos que a conduta deve ser considerada um fato t’pico para que 
 o primeiro elemento do crime esteja presente. Entretanto, isso n‹o basta. 
 Uma conduta enquadrada como fato t’pico pode n‹o ser il’cita perante o 
 direito. Assim, a antijuridicidade (ou ) Ž a condi•‹o de ilicitude
contrariedade da conduta perante o Direito. 
 Estando presente o primeiro elemento (fato t’pico), presume-
 se presente a ilicitude, devendo o acusado comprovar a exist•ncia 
de uma causa de exclus‹o da ilicitude. Percebam, assim, que uma das 
 fun•›es do fato t’pico Ž gerar uma presun•‹o de ilicitude da conduta, que 
pode ser desconstitu’da diante da presen•a de uma das causas de exclus‹o 
da ilicitude. 
As podem ser: causas de exclus‹o da ilicitude
 ¥! GenŽricas Ð S‹o aquelas que se aplicam a todo e qualquer crime. 
Est‹o previstas na parte geral do C—digo Penal, em seu art. 23; 
¥! Espec’ficas Ð S‹o aquelas que s‹o pr—prias de determinados crimes, 
 n‹o se aplicando a outros. Por exemplo: Furto de coisas comum, 
 previsto no art. 156, ¤2¡. Nesse caso, o fato de a coisa furtada ser 
comum retira a ilicitude da conduta. PorŽm, s— nesse crime! 
 
 As de exclus‹o da ilicitude s‹o: a) estado de causas genŽricas
 necessidade; b) leg’tima defesa; c) exerc’cio regular de um direito; d) 
 estrito cumprimento do dever legal. Entretanto, a Doutrina majorit‡ria e a 
 Jurisprud•ncia entendem que existem causas supralegais de exclus‹o da 
 ilicitude (n‹o previstas na lei, mas que decorrem da l—gica, como o 
consentimento do ofendido nos crimes contra bens dispon’veis). 
 
1.5.1.! Estado de necessidade 
Est‡ previsto no art. 24 do C—digo Penal: 
 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para 
salvar de perigo atual, que n‹o provocou por sua vontade, nem podia de outro 
 modo evitar, direito pr—prio ou alheio, cujo sacrif’cio, nas circunst‰ncias, n‹o 
era razo‡vel exigir-se. 
!
 O Brasil adotou a de , que teoria unit‡ria estado de necessidade
 estabelece que o bem jur’dico protegido deve ser de valor igual ou 
superior ao sacrificado. 
 EXEMPLO: Marcos e Jo‹o est‹o num avi‹o que est‡ caindo. S— h‡ uma 
 mochila com paraquedas. Marcos agride Jo‹o atŽ causar-lhe a morte, a 
 fim de que o paraquedas seja seu e ele possa se salvar. Nesse caso, o 
bem jur’dico que Marcos buscou preservar (vida) Ž de igual valor ao bem 
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 sacrificado (Vida de Jo‹o). Assim, Marcos n‹o cometeu crime, pois agiu 
coberto por uma excludente de ilicitude, que Ž o estado de necessidade. 
 
 No caso de o bem sacrificado ser de valor maior que o bem 
 protegido, o agente responde pelo crime, mas tem sua pena 
diminu’da.15 Nos termos do art. 24, ¤ 2¡ do CP: 
Art. 24 (...) 
 ¤ 2¼ - Embora seja razo‡vel exigir-se o sacrif’cio do direito amea•ado, a pena 
poder‡ ser reduzida de um a dois ter•os. 
!
Assim, se era razo‡vel entender que o agente deveria sacrificar o bem 
que na verdade escolheu proteger, ele responde pelo crime, mas em raz‹o 
 das circunst‰ncias ter‡ sua pena diminu’da de um a dois ter•os, conforme 
o caso. 
 Os para a configura•‹o do estado de necessidade s‹o requisitos
 basicamente dois: a) a exist•ncia de uma situa•‹o de perigo a um bem 
jur’dico pr—prio ou de terceiro; b) o fato necessitado (conduta do agente na 
qual ele sacrifica o bem alheio para salvar o pr—prio ou do terceiro). 
Entretanto, : a situa•‹o de perigo deve
 ¥! N‹o ter sido criada voluntariamente pelo agente (ou seja, 
se foi ele mesmo quem deu causa, n‹o poder‡ sacrificar o direito 
de um terceiro a pretexto de salvar o seu). EXEMPLO: O agente 
 provoca ao naufr‡gio de um navio e, para se salvar, mata um 
 terceiro, a fim de ficar com o œltimo colete dispon’vel. Nesse 
caso, embora os bens sejam de igual valor, a situa•‹o de perigo 
 foi criada pelo pr—prio agente, logo, ele n‹o estar‡ agindo em 
estado de necessidade. 16
¥! Perigo atual Ð O perigo deve estar ocorrendo. A lei n‹o permite 
 o estado de necessidade diante de um perigo futuro, ainda que 
iminente; 
 ¥! A situa•‹o de perigo deve estar expondo ˆ les‹o um bem 
jur’dico do pr—prio agente ou de um terceiro. 
 ¥! O agente n‹o pode ter o dever jur’dico de impedir o 
resultado. 
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 15 Trata-se do chamado ESTADO DE NECESSIDADE EXCULPANTE. BITENCOURT, Op. 
cit., p. 411/413 
 
 16 A Doutrina se divide quanto ˆ abrang•ncia da express‹o ÒvoluntariamenteÓ. Alguns 
 sustentam que tanto a causa•‹o culposa quanto a dolosa afastam a possibilidade de 
 caracteriza•‹o do estado de necessidade (Por todos, ASSIS TOLEDO). Outros defendem 
que somente a causa•‹o DOLOSA impede a caracteriza•‹o do estado de necessidade (Por 
 todos, DAMçSIO DE JESUS e CEZAR ROBERTO BITENCOURT). BITENCOURT, Op. cit., p. 
419 
 
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Quanto ˆ conduta do agente, ela deve ser: 
 ¥! Inevit‡vel Ð O bem jur’dico protegido s— seria salvo daquela 
maneira. N‹o havia outra forma de salvar o bem jur’dico. 
¥! Proporcional Ð O agente deve sacrificar apenas bens jur’dicos de 
menor ou igual valor ao que pretende proteger. 
 
O estado de necessidade pode ser 
 ¥! Agressivo Ð Quando para salvar seu bem jur’dico o agente 
 sacrifica bem jur’dico de um terceiro que n‹o provocou a 
situa•‹o de perigo. 
 ¥! Defensivo Ð Quando o agente sacrifica um bem jur’dico de 
quem ocasionou a situa•‹o de perigo. 
 
Pode ser ainda: 
¥! Real Ð Quando a situa•‹o de perigo efetivamente existe; 
 ¥! Putativo Ð Quando a situa•‹o de perigo n‹o existe de fato, 
 apenas na imagina•‹o do agente. Imaginemos que no caso do 
colete salva-vidas, ao invŽs de ser o œltimo, existisse ainda uma 
 sala repleta deles. Assim, a situa•‹o de perigo apenas passou 
 pela cabe•a do agente, n‹o sendo a realidade, pois havia 
 mais coletes. Nesse caso, o agente incorreu em erro, que se 
 for um erro escus‡vel (o agente n‹o tinha como saber da 
exist•ncia dos outros coletes), excluir‡ a imputa•‹o do delito (a 
 maioria da Doutrina entende que teremos exclus‹o da 
 culpabilidade). J‡ se o erro for inescus‡vel (o agente era 
 marinheiro h‡ muito tempo, devendo saber que existia mais 
 coletes),o agente responde pelo crime cometido, MAS NA 
MODALIDADE CULPOSA, se houver previs‹o em lei. 
 
Alguns pontos importantes: 
 ESTADO DE NECESSIDADE 
RECêPROCO 
 ƒ poss’vel, desde que ambos n‹o 
tenham criado a situa•‹o de perigo. 
COMUNICABILIDADE Existe. Se um dos autores houver 
 praticado o fato em estado de 
 necessidade, o crime fica exclu’do 
para todos eles. 
ERRO NA EXECU‚ÌO Pode acontecer, e o agente 
 permanece coberto pelo estado de 
 necessidade. Ex.: Paulo atira em 
 M‡rio, visando sua morte, para 
 tomar-lhe o œltimo colete do navio. 
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 Entretanto, acerta Jo‹o. Nesse 
 caso, Paulo permanece acobertado 
pelo estado de necessidade, pois se 
 considera praticado o crime contra 
a v’tima pretendida, n‹o a atingida. 
MISERABILIDADE O STJ entende que a simples 
 alega•‹o de miserabilidade n‹o 
 gera o estado de necessidade para 
que seja exclu’da a ilicitude do fato. 
 Entretanto, em determinados 
 casos, poder‡ excluir a 
 culpabilidade, em raz‹o da 
 inexigibilidade de conduta diversa 
(estudaremos mais ˆ frente). 
 
1.5.2.! Leg’tima defesa 
Nos termos do art. 25 do CP: 
 Art. 25 - Entende-se em leg’tima defesa quem, usando moderadamente dos 
meios necess‡rios, repele injusta agress‹o, atual ou iminente, a direito seu ou 
de outrem. 
 
 O agente deve ter praticado o fato para repelir uma agress‹o. 
Contudo, h‡ alguns requisitos: 
 
REQUISITOS PARA A CONFIGURA‚ÌO DA LEGêTIMA DEFESA 
 ¥! Agress‹o Injusta Ð Assim, se a agress‹o Ž justa, n‹o h‡ leg’tima 
 defesa. Dessa forma, o preso que agride o carcereiro que o est‡ 
 colocando para dentro da cela n‹o age em leg’tima defesa, pois a 
agress‹o do carcereiro (empurr‡-lo ˆ for•a) Ž justa. 
¥! Atual ou iminente Ð A agress‹o deve estar acontecendo ou prestes a 
 acontecer. Veja que aqui, diferente do estado necessidade, n‹o h‡ 
 necessidade de que o fato seja atual, bastando que seja iminente. 
 Desta maneira, se Paulo encontra, em local ermo, Poliana, sua ex-
 mulher, que por vingan•a amea•ou mat‡-lo, e esta saca uma arma, 
Paulo poder‡ repelir essa agress‹o iminente, pois ainda que n‹o tenha 
 acontecido, n‹o se pode exigir que Paulo aguarde Poliana come•ar a 
efetuar os disparos (absurdo!). 
 ¥! Contra direito pr—prio ou alheio Ð A agress‹o injusta pode estar 
 acontecendo ou prestes a acontecer contra direito do pr—prio agente 
 ou de um terceiro. Assim, se Paulo agride Roberto porque ele est‡ 
 agredindo Poliana, n‹o comete crime, pois agiu em leg’tima defesa da 
integridade f’sica de terceiro (Poliana). 
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Quando , em regra uma pessoa Ž atacada por um animal n‹o age 
em leg’tima defesa, mas em estado de necessidade, pois os atos dos 
 animais n‹o podem ser considerados injustos. Entretanto, se o animal 
 estiver sendo utilizado como instrumento de um crime (dono 
 determina ao c‹o bravo que morda a v’tima), o agente poder‡ agir em 
 leg’tima defesa. Entretanto, a leg’tima defesa estar‡ ocorrendo em face 
do dono (les‹o ao seu patrim™nio, o cachorro), e n‹o em face do animal. 
 Com rela•‹o ˆs agress›es praticadas por inimput‡vel, a Doutrina se 
 divide, mas a maioria entende que nesse caso h‡ leg’tima defesa, e n‹o 
estado de necessidade. 
 Na leg’tima defesa, diferentemente do que ocorre no estado de 
necessidade, o agredido (que age em leg’tima defesa) n‹o Ž obrigado 
a fugir do agressor, ainda que possa. A lei permite que o agredido revide 
e se proteja, ainda que lhe seja poss’vel fugir! 
 A rea•‹o do agente, por sua vez, deve ser proporcional. Ou seja, os 
 meios utilizados por ele devem ser suficientes e necess‡rios a repelir a 
agress‹o injusta. 
EXEMPLO: Se um ladr‹o furta uma caneta, a v’tima n‹o pode matar este 
 ladr‹o para repelir esta agress‹o ao seu patrim™nio, pois ainda que o 
meio utilizado seja suficiente para que o patrim™nio seja preservado, n‹o 
Ž proporcional sacrificar a vida de alguŽm por causa de uma caneta. Mas 
nem se for uma Mont Blanc de R$ 5.000,00? N‹o!!! 
 
A leg’tima defesa pode ser: 
 ¥! Agressiva Ð Quando o agente pratica um fato previsto como 
infra•‹o penal. Assim, se A agride B e este, em leg’tima defesa, 
 agride A, est‡ cometendo les›es corporais (art. 129), mas n‹o 
h‡ crime, em raz‹o da presen•a da causa excludente da ilicitude. 
 ¥! Defensiva Ð O agente se limita a se defender, n‹o atacando 
nenhum bem jur’dico do agressor. 
¥! Pr—pria Ð Quando o agente defende seu pr—prio bem jur’dico. 
 ¥! De terceiro Ð Quando defende bem jur’dico pertencente a outra 
pessoa. 
¥! Real Ð Quando a agress‹o a imin•ncia dela acontece, de fato, no 
mundo real. 
 ¥! Putativa Ð Quando o agente pensa que est‡ sendo agredido ou 
que esta agress‹o ir‡ ocorrer, mas, na verdade, trata-se de fruto 
 da sua imagina•‹o. Aqui, aplica-se o que foi dito acerca do 
estado de necessidade putativo! 
 
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Impresso por josinaldo, CPF 010.713.582-51 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/04/2020 00:53:07
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 A leg’tima defesa n‹o Ž presumida. Aquele que a alega deve provar 
 sua ocorr•ncia, pois, como estudamos, a exist•ncia do fato t’pico tem o 
cond‹o de fazer presumir a ilicitude da conduta, cabendo ao acusado provar 
a exist•ncia de uma das causas de exclus‹o da ilicitude. 
 
 CUIDADO! A leg’tima defesa sucessiva Ž poss’vel! ƒ aquela na qual 
 o agredido injustamente, acaba por se exceder nos meios para repelir a 
 agress‹o. Nesse caso, como h‡ excesso, esse excesso n‹o Ž permitido. 
 Logo, aquele que primeiramente agrediu, agora poder‡ agir em 
leg’tima defesa. Se A agride B com tapas leves, e B saca uma pistola e 
 come•a a disparar contra A, que se afasta e para de agredi-lo, caso B 
 continue e atirar, A poder‡ sacar sua arma e atirar contra B, pois a 
conduta de A se configura como excesso na rea•‹o, e B estar‡ agindo em 
leg’tima defesa sucessiva. 
 
Da mesma forma que no estado de necessidade, se o agredido erra ao 
 revidar a agress‹o e atinge pessoa que n‹o tem rela•‹o com a agress‹o 
 (erro sobre a pessoa), continuar‡ amparado pela excludente de ilicitude, 
 pois o crime se considera praticado contra a pessoa visada, n‹o contra a 
efetivamente atingida. 
 No caso de , duas hip—teses podem leg’tima defesa de terceiroocorrer: 
 ¥! O bem do terceiro que est‡ sendo lesado Ž dispon’vel 
 (bens materiais, etc.) Ð Nesse caso, o terceiro deve concordar 
com que o agente atue em seu favor. 
¥! O bem do terceiro Ž indispon’vel (Vida, por exemplo) Ð Nesse 
caso, o agente poder‡ repelir esta agress‹o ainda que o terceiro 
 n‹o concorde com esta atitude, pois o bem agredido Ž um bem 
de car‡ter indispon’vel. 
 
Voc•s devem ficar atentos a alguns pontos: 
 ¥! N‹o cabe leg’tima defesa real em face de leg’tima defesa 
 real, pois se o primeiro age em leg’tima defesa real, sua agress‹o 
n‹o Ž injusta, o que impossib a rea•‹o em leg’tima defesa. ilit
 ¥! Cabe leg’tima defesa real em face de leg’tima defesa 
 putativa. Assim, se A pensa estar sendo amea•ado por B e o 
agride (leg’tima defesa putativa), B poder‡ agir em leg’tima defesa 
 real. Isto porque a atitude de A n‹o Ž justa, logo, Ž uma agress‹o 
 injusta, de forma que B poder‡ se valer da leg’tima defesa (A atŽ 
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 pode n‹o ser punido por sua conduta, mas isso se dar‡ pela 
exclus‹o da culpabilidade em raz‹o da leg’tima defesa putativa). 
¥! Se o agredido se excede, o agressor passa a poder agir em leg’tima 
defesa (leg’tima defesa sucessiva). 
 ¥! Sempre caber‡ leg’tima defesa em face de conduta que 
 esteja acobertada apenas por causa de exclus‹o da 
culpabilidade (pois nesse caso a agress‹o Ž t’pica e il’cita, embora 
n‹o culp‡vel). 
¥! NUNCA haver‡ possibilidade de leg’tima defesa real em face 
de qualquer causa de exclus‹o da ilicitude real. 
 
1.5.3.! Estrito cumprimento do dever legal 
 
Nos termos do art. 23, III do CP: 
Art. 23 - N‹o h‡ crime quando o agente pratica o fato: 
(...) 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exerc’cio regular de direito. 
 
Age acobertado por esta excludente aquele que pratica fato t’pico, mas 
o faz em cumprimento a um dever previsto em lei. 
 Assim, o Policial tem o dever legal de manter a ordem pœblica. Se 
 alguŽm comete crime, eventuais les›es corporais praticadas pelo policial 
 (quando da persegui•‹o) n‹o s‹o consideradas il’citas, pois embora tenha 
 sido provocada les‹o corporal (prevista no art. 129 do CP), o policial agiu 
no estrito cumprimento do seu dever lega l.
 
 CUIDADO! Quando o policial, numa troca de tiros, acaba por ferir ou 
 matar um suspeito, ele n‹o age no estrito cumprimento do dever legal, 
 mas em leg’tima defesa. Isso porque o policial s— pode atirar contra 
 alguŽm quando isso for absolutamente necess‡rio para repelir injusta 
agress‹o contra si ou contra terceiros. 17
 
 Se um terceiro colabora com aquele que age no estrito cumprimento 
 do dever legal, a ele tambŽm se estende essa causa de exclus‹o da 
ilicitude. Diz-se que h‡ . comunicabilidade
 
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17 BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. cit., p. 431 
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