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Bruna Costa Wanderley Endocrino Abril/2019 1 Diabetes Mellitus 1. Introdução: • O diabetes mellitus (DM) representa um grupo de doenças metabólicas, com etiologias diversas, caracterizado por hiperglicemia, que resulta de uma secreção deficiente de insulina pelas células beta, resistência periférica a ação da insulina ou ambas; • As duas principiais etiologias são o DM tipo 2 (DM2) e o DM tipo 1 (DM1). • A hiperglicemia crônica do diabetes frequentemente esta associada a dano, disfunção e insuficiência de vários órgãos, principalmente olhos, rins, coração e vasos sanguíneos; 2. Classificação: • Diabetes tipo 1: Diabetes insulinodependente (IDDM); • Diabetes tipo 2: diabetes não insulinodependente (NIDDM) – a maioria dos pacientes são DM2. Obs: a classificação como IDDM ou NIDDM, não é muito adequada pois o os pacientes podem usar insulina/hipoglicemiantes orais nos 2 casos. 3. Relembrando: PÂNCREAS: Glândula mista: • FUNÇÃO EXÓCRINA – enzimas e suco digestivo. • FUNÇÃO ENDÓCRINA – Ilhotas de Langerhans. -‐ Células alfa – glucagon -‐ Células beta – insulina -‐ Células delta – somatostatina O QUE A INSULINA FAZ? • É um hormônio anabólico; DM 1: • É causado por deficiência absoluta de insulina, consequente a destruição autoimune das células β pancreáticas; • Pode surgir em qualquer idade, inclusive em octogenários; • IMC normal; • Tendência a cetose e requererem, obrigatoriamente, insulina como tratamento; • Cetoacidose diabética pode ser a manifestação inicial da doença 30% dos casos em adultos e ate 65% das crianças. Obs: Se o paciente falar que as vezes esquece de tomar insulina e mesmo assim não teve problema, não é DM1. Pois o DM1, quando fica sem insulina, faz cetoacidose! 1. Patogêneses: • Destruição autoimune indolente das células β -‐> agressão das células β por fator ambiental (sobretudo, infecções virais) em indivíduos geneticamente suscetíveis (sistema HLA -‐ human leucocyte antigen; antígeno leucocitário humano). • Na maioria dos casos, a agressão inicial das células β ocorre indiretamente, ou seja, anticorpos produzidos contra antígenos virais acabam lesionando as células β devido ao mimetismo molecular entre antígenos virais e antígenos dessas células. • A hiperglicemia permanente se manifesta quando 90% das ilhotas são destruídas. • Marcadores da destruição autoimune da célula β: o Anti-‐ilhotas (ICA) a o Anti-‐insulina (IAA) o Antidescarboxilase do acido glutâmico (anti-‐ GAD65) o Anti tirosinofosfatases IA-‐2 e IA-‐2b. o Anti antígeno Znt8 Obs: não são eles que destroem as células B, elas são destruídas pelas células T. Eles são produzidos após essa destruição. • Um ou mais deles estão presentes em 85 a 90% dos pacientes na ocasião do diagnóstico. Podem persistir por até 10 anos ou mais apos o mesmo, sobretudo o anti-‐GAD65. DM2: • Responsável por 85 a 90% de todos os casos de diabetes; • Surge habitualmente apos os 40 anos de idade, contudo, pode acometer adultos mais jovens, ate mesmo crianças e adolescentes; • Maioria dos pacientes (cerca de 80%) é obesa; • Tem ocorrido um aumento na incidência de diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes. 1. Fisiopatologia: a) Resistência periférica à ação insulínica nos adipócitos e, principalmente, no músculo esquelético; # A hiperglicemia prolongada leva ao agravamento da RI e do defeito secretório das células beta (GLICOTOXICIDADE). # Lipólise exagerada e aumento dos ácidos graxos livres (AGL) circulantes resultam da RI nos adipócitos = LIPOTOXICIDADE (inibição da secreção de insulina e aumento da RI no músculo esquelético (por deposição de AGL), com diminuição da captação de glicose pelo mesmo. Esse AGL também se acumula no fígado – esteatose. b) Aumento da produção hepática de glicose, resultante da resistência insulínica no fígado; c) Secreção deficiente de insulina pelo pâncreas. d) Incretinas: São hormônios produzidos pelos enterócitos em resposta a ingestão de nutrientes. Os principais são peptídeo semelhante ao glucagon-‐1 (GLP-‐1) e o polipeptídio insulinotrópico glicosedependente (GIP). No DM2 se Bruna Costa Wanderley Endocrino Abril/2019 2 observa resistência a ação do GIP e deficiência na secreção de GLP-‐1; e) Aumento da reabsorção renal de glicose; >180 de glicemia, a glicose começa a ser excretada na urina. f) Hipotálamo: a resistência insulínica no hipotálamo alteraria os centros de controle do apetite, com aumento da ingestão de alimentos e ganho de peso. è Dislipidemia diabética (hipertrigliceridemia, colesterol HDL baixo e existência de partículas de LDL pequenas e densas). Fatores de risco: • Obesidade (sobretudo distribuição predominantemente abdominal da gordura); • A incidência de DM2 é 5 vezes maior em pacientes com síndrome metabólica (SM) em comparação a um grupo de pacientes sem a síndrome; • Sedentarismo; • Historia familiar de DM tipo 2, • Idade > 40 anos, • Síndrome dos ovários policísticos • Diabetes gestacional • Crianças nascidas pequenas para idade gestacional – fenótipo econômico Diagnostico a) Clinico: • Sintomas clássicos -‐ poliúria, polidipsia e polifagia, perda ponderal são bem mais característicos (DM1>DM2); • Assintomáticos, oligossintomáticos ou sintomas inespecíficos (tonturas, dificuldade visual, astenia e/ou caibras); • Vulvovaginite de repetição e disfunção erétil podem ser, também, os sintomas iniciais; • Excesso de peso – 80% -‐> DM2. b) Laboratorial: DOIS TESTES ALTERADOS – NÃO NECESSARIAMENTE REPETIR O MESMO TESTE. • TOTG: -‐> Alta sensibilidade e baixa reprodutibilidade; Obs: no DM2 a primeira coisa que o paciente perde é a capacidade de liberar rápido a insulina, por isso o TOTG é tão importante. Os pacientes podem ter uma glicemia de jejum nem tão alterada ex: 102, mas quando pede o TOTG vem bastante alterado por conta dessa perda de capacidade supracitada. Ex: Glicemia periférica não entra como diagnóstico para diabetes. Ex: Glicemia pós prandial (2h após uma refeição qualquer) também NÃO é critério de diagnóstico para o diabetes. Esse exame é utilizado para o acompanhamento dos pacientes que já possuem diagnóstico. • HBA1c: o Reação não enzimática e irreversível entre glicose sanguínea e o grupo amino terminal de um resíduo de valina na cadeia β da Hb. o Padrão-‐ouro na avaliação do controle glicêmico, devendo ser realizada a cada 3 a 4 meses; o Método: utilizado no DCCT (HPLC – cromatografia líquida de alta eficiência).o Encurtam a sobrevida das hemácias, como anemia hemolítica, estados hemorrágicos etc -‐> ↓ A1C o Aumento a sobrevida das hemácias (p. ex., anemias por carência de ferro, vitamina B12 ou folato) -‐> ↑A1C inapropriadamente elevada. • Peptídeo C: o Secretado na circulação porta em concentrações equimolares com a insulina, sendo ambos originados da clivagem da proinsulina. EM QUEM PESQUISAR DM? • Sintomáticos; • Assintomáticos A partir dos 45 já pede uma glicemia e se o resultado for normal pede a cada 3 anos. PRÉ – DIABETES • Estado metabólico intermediário entre a homeostase normal da glicose (euglicemia) e o DM; • Glicemia de jejum alterada + tolerância diminuída a glicose; • Mudanças no estilo de vida (MEV) são universalmente aceitas como a principal estratégia terapêutica inicial -‐> Bruna Costa Wanderley Endocrino Abril/2019 3 decréscimo na ingestão calórica, + atividade física 150 min/sem + perda de 5 a 7% do peso inicial; • Metformina – maiores evidências. Para grupo de alto risco (idade < 60 anos, IMC > 35 kg/m2, HF+ em parentes de 1º grau, DMG prévio, aumento de HbA1c); Diabetes Mellitus tipo1 TRATAMENTO • A insulinoterapia é a base para o tratamento do DM1, enquanto a orientação alimentar, a atividade física e o monitoramento glicêmico são procedimentos complementares na terapia dessa enfermidade; • Antes da descoberta da insulina, quase 100% dos pacientes com DM1 morriam precocemente; • O objetivo do tratamento do diabetes é manter a glicemia e a hemoglobina glicada (HbA1c) o mais próximo possível da normalidade; • Controlar a sintomatologia dos pacientes e prevenir as complicações agudas (CAD) e crônicas (retinopatia, nefropatia, neuropatia e doença cardiovascular). Insulinas – Farmacocinética (Serve para DM1 e DM2) • Insulina Regular: -‐> Início de ação entre 30 e 60 min, efeito máximo de 2 a 3 h e duração efetiva de 8 a 10 h. -‐> Esse perfil relaciona-‐se a velocidade da dissociação dos hexâmeros (6 moléculas de insulina agregadas) em dímeros e monômeros absorvíveis pelo tecido subcutâneo; -‐> Controle da glicemia pós-‐ prandial e correção de episódios ou períodos hiperglicêmicos (insulina pré-‐prandial/bolus). Insulinas de ação ultrarrápida: -‐> Inicio e pico de ação mais rápidos e duração menor (menos de 15min) -‐> Podem ser aplicadas um pouco antes ou apos as refeições; -‐> Perfil farmacocinético que mais se aproxima da secreção fisiológica de insulina pelas células beta em resposta a alimentação rica em carboidratos em indivíduos não diabéticos. -‐> Causam menos hipoglicemias do que a IR. Insulinas de ação intermediária/rápida: -‐> Insulinas NPH (Humulin N®,Novolin N®); -‐> Início de ação em 2 a 4 h, pico de ação de 4 a 10 h e duração efetiva de 12 a 18 h. -‐> Controle glicêmico nos períodos interprandiais, por supressão da glicogenólise e da gliconeogênese hepática DM1: pelo menos 3x/dia; DM2: pode ser até 2x/dia Insulinas de ação lenta: -‐> GLARGINA -‐ inicio de ação ocorre dentro de 2 a 4 h apos a injeção SC. Tem duração uniforme durante, aproximadamente, 24 h, sem picos, com variabilidade inter e interindividual baixa à DETEMIR -‐ ação, nas doses usuais, não excede 20 h. Apesar de ser menos potente do que a Glargina, quando usada em doses equivalentes, propicia controle glicêmico e frequência de hipoglicemias similares. Menor ganho de peso. -‐>DEGLUDECA – insulina basal de ação ultralenta. Duração de ação de mais de 42 horas, alcançando um estado de equilíbrio dinâmico após 2–3 dias. Obs: sempre devemos associar 2 tipos de insulina. Obs: É mais fisiológico a ultrarrápida. • PRÉ-‐MISTURAS: -‐> Proporções fixas: Existem pré-‐misturas de insulinas NPH e Regular nas proporções de 70/30 (penfis ou frascos.) Pré-‐ misturas da Lispro (25% e 50%) com Lispro protamina neutra (75% e 50%) (Humalog Mix 25® e Humalog Mix 50®) e Aspart (30%) com Aspart protamina (70%) (NovoMix 30®). Leitosa: NPH Transparente: regular; Obs: Se for usar a mesma seringa deve: primeiro a regular, porque na NPH tem zinco e protamina. Assim, quando pega primeiro a NPH e depois a regular, ela não dura o que deveria. Obs: A glargina não pode misturar com nenhuma. • INSULINOTERAPIA INTENSIFICADA: o Infusão contínua subcutânea -‐ bomba de insulina; tem que fazer contagem de CHO. o Múltiplas doses diárias – 4 picadas. NPH e regular pela manhã, almoço e jantar + NPH ao deitar. Regular – sempre 30 min antes da refeição. Obs: Criança é o único caso que se permite aplicar após as refeições. # A dose diária depende da idade, do peso corporal, do estágio puberal, do tempo de duração e da fase do diabetes, do estado do local de aplicação de insulina (presença de lipodistrofias), intensidade da atividade física e das intercorrências (infecções e dias de doença). # Utiliza a insulina ultra-‐rápida; # Diagnóstico recente ou logo após diagnóstico de cetoacidose diabética -‐ 0,5 a 1 U/kg/dia – GLICOTOXICIDADE # Fase de remissão parcial -‐ < 0,5 U/kg/dia Bruna Costa Wanderley Endocrino Abril/2019 4 # Evolução da doença -‐ 0,7 a 1 U/kg/dia em crianças pré-‐ púberes, podendo alcançar 1 a 2 U/kg/dia durante a puberdade # Situações de estresse (físico ou emocional), 1,2 a 1,5 U/kg/dia EFEITOS COLATERAIS: • Hipoglicemia (< 70mg/dl): -‐ É a principal e mais temida complicação, sendo mais comum com a insulinoterapia intensiva do que com a convencional; -‐ Ausência de refeição, erro na dose de insulina, atividade física excessiva e ingestão de bebidas alcoólicas são os fatores precipitantes mais comuns. • Ganho de peso; • Reações alérgicas: - Pode surgir alergia a insulina como reação no local da injeção (eritema, endurecimento, prurido ou sensacao de ardor) ou, mais raramente, como manifestações sistêmicas variadas (de urticária a edema de glote ou choque anafilático) - Raro • Lipohipertrofia: -‐ Aplicação repetida da insulina em um mesmo sitio e pode ser prevenida pelo rodízio adequado dos locais das injeções; -‐ Absorção errática da insulina Obs: orientar a aplicação em locais alternados e armazenar no local de verduras. MONITORAMENTO GLICÊMICO: Metas: • Automonitorização: -‐ Fase 1: glicemias em jejum e pré-‐prandial, resultado da ação das insulinas basais (Glargina, Detemir ou NPH) -‐ Fase 2: glicemias pós-‐prandial, reflexo do efeito das insulinas de ação rápida (picos ou bolus) -‐ Fase 3: Jejum, pré-‐prandiais, pós-‐prandiaise madrugada (3 a 4 da manha), refletindo a ação integrada do tratamento como um todo (insulinização, alimentação e atividade física). Diabetes Mellitus tipo2 TRATAMENTO Antidiabéticos – Orais 1) BIGUANIDAS (METFORMINA): • Nome comercial: Glifagem/ Glifagem XR • Primeira linha de tratamento; • Aumenta a sensibilidade a ação da insulina; • Dose máxima -‐ 2.550 mg/dia (em duas a três tomadas); • Efeitos colaterais: acidose lática e sintomas gastrointestinais • Contraindicações: insuficiências renal, hepática e cardíaca, fase aguda de coronariopatia, sepse. 2) SULFONILURÉIAS: • Agem primariamente via estimulo da secreção pancreática de insulina, independente da alimentação (mas não a síntese de insulina -‐ células funcionantes). Por isso pode causar hipoglicemia. Com o passar do tempo, sua eficácia começa a declinar -‐> falência pancreática secundária • Clorpropamida: menos potente e com mais efeitos colaterais (tempo de ação 60 h). • Glibenclamida: tempo de ação de 16 a 24 h, o que possibilita sua administração em 1 a 2 tomadas diárias (dose usual de 2,5 a 20 mg/dia). • Glimepirida: dose inicial e de 1 a 2 mg/dia e a dose usual de manutenção de 2 a 4 mg/dia (máximo de 8 mg/dia) administrada em uma única tomada. • Gliclazida: preferência a formulação com liberação modificada (Diamicron MR® – comp. 30 e 60 mg). A dose recomendada varia de 30 a 120 mg/ dia, em uma única tomada diária. • Efeitos colaterais: hipoglicemia (muito cuidado com idosos), ganho de peso (devido a retenção de glicose, que antes era excretada na urina). • Contraindicações: insuficiência renal ou hepática grave, gravidez e amamentação, diabéticos tipo 1 e complicações hiperglicêmicas agudas • Ganho de peso. 3) TIAZOLIDINEDIONAS (PIOGLITAZONA): • As glitazonas atuam ligando-‐se aos PPAR-‐γ (receptores ativados por proliferadores de peroxissomo gama), expressos, sobretudo, no tecido adiposo, no qual regulam genes envolvidos na diferenciação do adipócito e na captação e armazenamento dos ácidos graxos-‐> aumento de lipogênese no tecido adiposo -‐> diminui os ácidos graxos livres (AGL) circulantes -‐> maior sensibilidade do fígado a insulina, menor conteúdo hepático de gordura e inibição da produção hepática de glicose, aumento da utilização de glicose no músculo esquelético e nos adipócitos. • Inicia-‐se com 15 a 30 mg/dia, em uma única tomada. A dose máxima recomendada e de 45 mg/dia. • Efeitos colaterais: infecções do trato respiratório superior, cefaléia, edema periférico, anemia dilucional discreta, ganho de peso, perda da visão devido a edema de macula, fraturas, insuficiência cardíaca congestiva. • Contraindicações: hepatopatias, alcoolistas, DM1, gestantes, ICC. 4) GLINIDAS: • A exemplo das sulfoniluréias, aumentam a secreção de insulina (ação nas células β), contudo são rapidamente absorvidas e rapidamente eliminadas -‐> maior eficácia sobre a glicemia pós-‐prandial do que a glicemia de jejum. • Necessitam ser administradas antes de cada refeição principal, o que dificulta a adesão adequada ao tratamento. Assim, atualmente, tem função limitada no tratamento do DM2. 5) INIBIDORES DA Α-‐GLICOSIDASE (ACARBOSE): • A acarbose inibe, por competição, a ação das α-‐ glicosidases (enzimas localizadas na superfície em escova dos enterócitos do intestino delgado e Bruna Costa Wanderley Endocrino Abril/2019 5 responsáveis pela hidrolise dos oligossacarídeos, dissacaridases e trissacaridios) -‐> retardo na digestão e na absorção dos carboidratos complexos e com isso, da passagem da glicose para o sangue. Mais eficiente em reduzir a glicemia pós-‐prandial • Modesto efeito redutor da glicemia e HbA1c + efeitos colaterais gastrintestinais 6) INIBIDORES DA DIPEPTIDIL PEPTIDASE-‐4 (GLIPTINAS): • Atuam como inibidores competitivos reversíveis da DPP-‐4 (enzima que rapidamente degrada o GLP-‐1 e o GIP) -‐> estímulo glicose-‐dependente da secreção de insulina pelas células beta e diminuição da liberação de glucagon; • Estimula a secreção de insulina de forma atrelada a alimentação, por isso não fazem hipoglicemia. • Posologia: -‐ vildagliptina e de 50 mg 2 vezes/dia. Demais são tomada única diária: 100 mg/dia para sitagliptina, 25 mg/dia para alogliptina e 5 mg/dia para saxaglitina e linagliptina. • Alogliptina? Melhor para nefropatas? • Bem toleradas (nasofaringite e cefaléias -‐ raro), efeito neutro sobre o peso e não se associam a hipoglicemia. 7) ANÁLOGOS DO GLP-‐1: Opcão para “gordinhos” • Estimula a secreção de insulina de maneira glicose-‐ dependente, inibe a secreção de glucagon e o débito hepático de glicose, retarda o esvaziamento gástrico, provoca saciedade, reduz o apetite e propicia perda ponderal; • Resistentes a degradação pela iDDP-‐4 endógena; • Exenatida (5 μg 2 vezes/dia SC,) e liraglutide (1,2 ou 1,8 mg/dia SC), Lixisenatida (20mcg SC 1x/dia). • Perda de peso; • Efeitos colaterais: náusea e vômito (que melhora com a continuidade do uso). 8) INIBIDORES DA SGLT-‐2 (GLIFOZINAS): Opção para “gordinhos” • Inibição da reabsorção renal de agindo no transportador 2 de sódio e glicose (SGLT2) -‐> aumento da eliminação renal de glicose, melhora da glicemia e da HbA1c, efeitos cardiovasculares protetores, perda de peso. • Dapagliflozina 5 a 10 uma vez ao dia, em qualquer horário, Empagliflozina 10 a 25, uma vez ao dia, em qualquer horário. Canagliflozina 100 a 300, uma vez ao dia, em qualquer horário. • Complicações: Infecção genital e urinária, poliúria. • Perda de peso. INSULINOTERAPIA Bruna Costa Wanderley Endocrino Abril/2019 6
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