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PM-SP LEGISLAÇÃO ESTATUTO DOS SERVIDORES DE SP

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PM-SP
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
legislação
Estatuto dos Servidores de São Paulo
Livro Eletrônico
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública 
e é professor de Direito Administrativo em 
concursos públicos, tendo sido aprovado para 
vários cargos, dentre os quais se destacam: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes 
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.
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Estatuto dos Servidores de São Paulo
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SUMÁRIO
Estatuto dos Servidores ...............................................................................5
1. Disposições Preliminares ..........................................................................5
2. Formas de Provimento .............................................................................8
3. Concurso Público ..................................................................................13
4. Posse ..................................................................................................15
5. Exercício ..............................................................................................16
6. Estabilidade .........................................................................................18
7. Vacância ..............................................................................................19
8. Vantagens Pecuniárias ...........................................................................20
9. Direitos em Geral ..................................................................................23
10. Regime Disciplinar ...............................................................................26
11. Processo Administrativo Disciplinar ........................................................37
Questões de Concurso ...............................................................................41
Gabarito ..................................................................................................64
Gabarito Comentado .................................................................................65
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Olá, aluno(a)! Tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de 
São Paulo, que está expresso na Lei Estadual n. 10.261.
Em provas que exigem o conhecimento da legislação estadual, é muito impor-
tante que os candidatos conheçam a literalidade das normas.
Assim, para facilitar a memorização, uma importante dica é, ao término da parte 
teórica da aula, ler o texto da lei e, após isso, partir para a resolução das questões.
Tal medida irá otimizar muito o resultado!!
Grande abraço a você e boa aula!
Diogo
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ESTATUTO DOS SERVIDORES
1. Disposições Preliminares
O Estatuto dos Servidores públicos do estado de São Paulo está expresso 
e consolidado na Lei n. 10.261/1968. Por meio de tal diploma normativo, consegui-
mos verificar, logo nos primeiros artigos, uma série de conceitos importantes para 
a correta compreensão dos demais artigos.
Antes, porém, precisamos saber quem é e quem não regido pelo estatuto em questão.
Parágrafo único. As suas disposições, exceto no que colidirem com a legislação especial, apli-
cam-se aos funcionários dos 3 Poderes do Estado e aos do Tribunal de Contas do Estado.
Art. 2º As disposições desta lei não se aplicam aos empregados das autarquias, en-
tidades paraestatais e serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação 
daqueles que, por lei anterior, já tenham a qualidade de funcionário público.
Podemos memorizar o campo de atuação do Estatuto paulista por meio do se-
guinte esquema:
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Como a data de edição do Estatuto dos Servidores Paulistas é de 1968, diversas 
disposições, com a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, foram ta-
citamente revogadas. Assim, ainda que constem no texto da norma (e possam, 
ainda que não devam, ser objeto de cobrança), tais disposições, por contrariarem 
a CF/88, não são objeto de aplicação na prática.
Vejamos os demais conceitos iniciais:
Art. 3º Funcionário público, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida 
em cargo público.
Art. 4º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a 
um funcionário.
Art. 5º Os cargos públicos são isolados ou de carreira.
Art. 6º Aos cargos públicos serão atribuídos valores determinados por referências 
numéricas, seguidas de letras em ordem alfabética, indicadoras de graus.
Parágrafo único. O conjunto de referência e grau constitui o padrão do cargo.
Art. 7º Classe é o conjunto de cargos da mesma denominação.
Art. 8º Carreira é o conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonadas 
segundo o nível de complexidade e o grau de responsabilidade.
Art. 9º Quadro é o conjunto de carreiras e de cargos isolados.
Assim, todos os servidores, ao entrarem em exercício, passam a compor um 
padrão da categoria. Normalmente, o padrão inicial é A-1. Posteriormente, a cada 
período de tempo definido em lei (normalmente um ano), os servidores são ele-
vados (progressão) para o padrão A-2, e assim sucessivamente, até chegarem ao 
padrão final da carreira.
Dessa forma, temos, no âmbito do serviço público, diversos padrões para a categoria:
•	 todos os servidores que estão na referência A-1 compõem um padrão;
•	 todos os servidores que estão na referência A-2 compõem outro padrão.
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O conjunto de padrões é denominado classe.
Assim, a título de exemplo:
Vamos imaginar que a estrutura remuneratória de um cargo público seja composta 
por três classes, sendo elas A, B e C, bem como que cada classe seja subdividida 
em 5 padrões.
Nesse exemplo, teríamos a Classe A com os padrões A-1 a A5, a Classe B com os 
padrões B-6 a B-10 e a Classe C com os padrões C-11 a C-15.
Tendo entrado como A-1, o servidor, após 1 ano de exercício, passapara o padrão 
A-2. Neste caso, houve uma progressão. Posteriormente, o mesmo servidor é 
progredido para A-3, A-4 e A-5, chegando ao final da classe inicial.
Quando, no ano seguinte, o servidor for novamente elevado na carreira, notem que ele 
mudará de classe, passando de A-5 para B-6. Neste caso, quando houver a mudança 
de classe, estaremos não mais diante da progressão, mas sim da promoção.
E qual o nome que é dado para o conjunto de todas as classes que o 
servidor percorre? Nesse caso, estamos diante da carreira. Da mesma forma, o 
conjunto de carreiras é, segundo a doutrina, chamado de quadro.
Logo, temos as seguintes definições:
•	 conjunto de padrões: classe;
•	 conjunto de classes: carreira;
•	 conjunto de carreiras: quadro.
Podemos compreender bem os conceitos expostos por meio do seguinte quadro sinótico:
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2. Formas de Provimento
Um dos assuntos com maior índice de exigência em provas de concursos são as 
formas de provimento.
Nesse sentido, o estatuto estadual elenca oito formas de provimento, que expli-
caremos por meio do quadro abaixo.
É importante salientar que as formas de provimento ascensão e transferência, 
ainda que presentes na lei dos servidores, estão, de acordo com o STF, banidas do nosso 
ordenamento jurídico, uma vez em que implicam em um critério subjetivo de provimen-
to em cargo público, ferindo os princípios da moralidade e da impessoalidade.
Vejamos a histórica decisão do Tribunal Superior, proferida nos autos da 
ADI 231 RJ:
Jurisprudência para Concursos
Estão, pois, banidas das formas de investidura admitidas pela constituição a ascensão e a 
transferência, que são formas de ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor 
público ingressou por concurso, e que não são, por isso mesmo, ínsitas ao sistema de pro-
vimento em carreira, ao contrário do que sucede com a promoção, sem a qual obviamente 
não haverá carreira, mas, sim, uma sucessão ascendente de cargos isolados.
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http://www.jusbrasil.com/legislacao/1027008/constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
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2.1 Nomeação
É a única forma de provimento originário, sendo que todas as demais são for-
mas derivadas.
É o modo clássico de prover o servidor no cargo público. Ocorre para os cargos 
efetivos e para os cargos em comissão. No caso de cargo efetivo, também chamado 
de cargo isolado provimento efetivo ou cargo de carreira, a nomeação necessaria-
mente precisa de um concurso público anterior.
Para os cargos em comissão, uma vez que são de livre nomeação e exoneração, 
tal característica não está presente.
De acordo com o Estatuto, três são as formas de nomeação previstas:
I – em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na Constituição do Brasil;
II – em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de lei assim deva 
ser provido;
III – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento dessa natureza;
2.2 Reintegração
A reintegração é bem fácil de ser visualizada, sendo a hipótese de retorno do 
servidor anteriormente demitido ao cargo anteriormente ocupado ou no cargo re-
sultante de sua transformação, com ressarcimento de todas as vantagens.
Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão judicial.
A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado e, se este 
houver sido transformado, no cargo resultante.
Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será exonerado, ou, se ocupava 
outro cargo, a este será reconduzido, sem direito a indenização.
Se o cargo houver sido extinto, a reintegração se fará em cargo equivalente, 
respeitada a habilitação profissional, ou, não sendo possível, ficará o reintegrado 
em disponibilidade no cargo que exercia.
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Transitada em julgado a sentença, será expedido o decreto de reintegração no 
prazo máximo de 30 (trinta) dias.
2.3 Reversão
Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado, regulamentado 
pelo Poder Executivo e desde que o servidor não tenha atingido a idade máxima 
para estar em exercício, que é de 58 anos.
Tal forma de provimento pode ocorrer de duas formas:
•	 de ofício, quando insubsistentes as razões que determinaram a aposentado-
ria por invalidez;
•	 a pedido do servidor, desde que haja cargo vago e interesse da administração.
2.4 Readaptação
A adaptação ocorre quando o servidor sofre uma limitação em sua capaci-
dade física ou mental, mas ainda pode trabalhar, não sendo o caso de aposenta-
doria. Como exemplo, podemos citar:
Um acidente no qual o servidor ficou impossibilitado de digitar. Se anteriormente tal 
servidor era responsável pela confecção das intimações e citações, não há como o 
mesmo conseguir realizar tal tarefa.
Perceba que o servidor não está impossibilitado para o serviço, pois caso estivesse 
seria o caso de aposentadoria.
Dessa forma, a Administração coloca o servidor em um cargo compatível com a 
limitação sofrida.
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Nesse sentido, é o teor dos artigos 41 e 42 do Estatuto dos Servidores de São Paulo:
Art. 41. Readaptação é a investidura em cargo mais compatível com a capacidade do 
funcionário e dependerá sempre de inspeção médica.
Art. 42. A readaptação não acarretará diminuição, nem aumento de vencimento ou 
remuneração e será feita mediante transferência.
2.5 Aproveitamento
O aproveitamento ocorre para os servidores que se encontram em dis-
ponibilidade. Esta, por sua vez, se caracteriza por situações em que o servidor 
deveria trabalhar, mas o cargo encontra-se provido por outro servidor, como na 
hipótese de Reintegração, conforme veremos adiante.
Uma vez em disponibilidade, o servidor deverá entrar em exercício assim que a 
Administração determinar, conforme dispositivo do Estatuto Estadual:
Art. 38, § 5º Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade 
do funcionário que, aproveitado, não tomar posse e não entrar em exercício dentro do 
prazo legal.
Demais disposições sobre o aproveitamento:
§ 1º O aproveitamento dar-se-á, tanto quanto possível, em cargo de natureza e padrão 
de vencimentos correspondentes ao que ocupava, não podendo ser feito em cargo de 
padrão superior.
§ 2º Se o aproveitamento se der em cargo de padrão inferior ao provento da disponibi-
lidade, terá o funcionário direito à diferença.
§ 3º Em nenhum caso poderá efetuar-se o aproveitamento sem que, mediante inspe-
ção médica, fique provada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 4º Se o laudo médico não for favorável, poderá ser procedida nova inspeção de saúde, 
para o mesmo fim, decorridos no mínimo 90 (noventa) dias.
§ 6º Será aposentado no cargo anteriormente ocupado, o funcionário em disponibilidade 
que for julgado incapaz para o serviço público, em inspeção médica.
Se o aproveitamento se der em cargo de provimento em comissão, terá o apro-
veitado assegurado, no novo cargo, a condição de efetividade que tinha no cargo 
anteriormente ocupado.
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2.6 Readmissão
Readmissão é o ato pelo qual o ex-funcionário, demitido ou exonerado, rein-
gressa no serviço público, sem direito a ressarcimento de prejuízos, as-
segurada, apenas, a contagem de tempo de serviço em cargos anteriores, 
para efeito de aposentadoria e disponibilidade.
A readmissão do ex-funcionário demitido será obrigatoriamente precedida de 
reexame do respectivo processo administrativo, em que fique demonstrado não 
haver inconveniente, para o serviço público, na decretação da medida.
Perceba que há uma grande diferença entre as formas de provimento read-
missão e reintegração: enquanto na reintegração o servidor, anteriormente 
demitido, faz jus a todas as vantagens que deixou de receber, na readmis-
são (que também ocorre com o retorno do servidor demitido) não temos o 
recebimento das vantagens anteriores.
1. (VUNESP/TJ-SP/ADVOGADO/2013) De acordo com o Estatuto dos Funcionários 
Públicos do Estado de São Paulo, o reingresso no serviço público do funcionário em 
disponibilidade denomina-se
a) aproveitamento
b) acesso.
c) readmissão.
d) readaptação.
e) reversão.
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Letra a.
De acordo com o artigo 37 da Lei n. 10.261, temos a seguinte definição para a for-
ma de provimento denominada aproveitamento:
Art. 37. Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade.
3. Concurso Público
Vamos retornar um pouco à forma de provimento originária, que, como vimos, 
ocorre por meio da nomeação.
Antes dessa, temos uma série de acontecimentos, dentre os quais se destaca a 
realização de concurso público para a seleção dos candidatos mais bem preparados.
O concurso público é a forma mais objetiva de selecionar servidores, primando pelo 
princípio da Impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os candidatos.
Mas não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso fosse 
possível, seria muito fácil para Administradores mal-intencionados fraudar a regra 
e conceder certos favorecimentos para determinados candidatos, desrespeitando 
gravemente a impessoalidade, concorda?
Por isso mesmo que a Lei n. 10.261 se preocupou em estabelecer diversas 
regras a serem observadas pela Administração Pública quando da realização de 
concurso público:
Art. 14. A nomeação para cargo público de provimento efetivo será precedida de con-
curso público de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo único. As provas serão avaliadas na escala de 0 (zero) a 100 (cem) pontos e 
aos títulos serão atribuídos, no máximo, 50 (cinquenta) pontos.
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Art. 15. A realização dos concursos será centralizada num só órgão.
Art. 16. As normas gerais para a realização dos concursos e para a convocação e indica-
ção dos candidatos para o provimento dos cargos serão estabelecidas em regulamento.
Art. 17. Os concursos serão regidos por instruções especiais, expedidas pelo 
órgão competente.
Art. 18. As instruções especiais determinarão, em função da natureza do cargo:
I – se o concurso será:
1 – de provas ou de provas e títulos;
2 – por especializações ou por modalidades profissionais, quando couber;
II – as condições para provimento do cargo referentes a:
1 – diplomas ou experiência de trabalho;
2 – capacidade física;
3 – conduta;
III – o tipo e conteúdo das provas e as categorias de títulos
IV – a forma de julgamento das provas e dos títulos;
V – os critérios de habilitação e de classificação;
VI – o prazo de validade do concurso.
Perceba que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas 
nunca poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua pror-
rogação, que poderá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo de 
realização do concurso.
A título de exemplo, a Administração poderá realizar concurso com prazo de 
validade de um ano, estabelecendo no edital regulador do certame que o prazo ali 
estabelecido poderá ser prorrogado uma única vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a Administração (trata-se de uma fa-
culdade, sendo exemplo de ato administrativo discricionário) prorrogar a validade 
do mesmo por mais um ano ou realizar um novo concurso.
E poderá a Administração publicar edital de concurso com o prazo de 
dois anos, improrrogáveis?
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Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas 
foi que a Administração, discricionariamente, optou por não estabelecer a pos-
sibilidade de prorrogação.
E se fosse um edital com prazo de 1 ano, podendo ser prorrogado por 3 
vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a 4 anos?
Aqui não! Ainda que o prazo total de quatro anos não tenha sido superado (2 + 
2), foi desrespeitada a regra de uma única prorrogação.
E se (para não restar dúvidas) tivemos um edital regulamentando um 
concurso e estabelecendo como prazo de validade dois anos, com a possi-
bilidade de prorrogação por um ano. Estaria a Administração, nesta situa-
ção, respeitando a Lei n. 10.261 e a Constituição Federal?
Uma situação interessante: temos uma única prorrogação e o prazo total res-
peitado. Tudo de acordo, certo? Errado! Além das regras que citei anteriormente, 
não podemos nos esquecer de que a prorrogação, em todos os casos, deve ser pelo 
mesmo período previsto no edital: 1 + 1, 2 +2, 6 meses + 6 meses...
4. Posse
Pois bem! Ocorrendo a nomeação, com a publicação no Diário Oficial, o nome-
ado tem o prazo de 30 dias para tomar posse.
É importante sabermos (uma vez que se trata de uma peculiaridade do Es-
tatuto Paulista) que tal prazo poderá ser prorrogado, a pedido do interessado, 
por mais 30 dias.
Caso não tome posse no prazo legal, tem-seque o ato de nomeação será decla-
rado sem efeito. Isso ocorre pelo fato da pessoa nomeada ainda não ser servidor 
público, motivo pelo qual não temos que falar em exoneração, mas em simples 
perda dos efeitos do respectivo ato de provimento.
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A posse é o momento em que em que os candidatos aprovados e anterior-
mente nomeados têm o primeiro contato com a Administração Pública, passan-
do, a partir de então, à categoria de servidores públicos e estando legalmente 
investidos em cargo público.
5. Exercício
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros 
funcionais da Administração Pública.
Mas será que o novo servidor já deve, obrigatoriamente, entrar em 
exercício na data da posse?
Negativo. Como forma de o servidor conhecer o local da repartição para onde 
foi nomeado e se organizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e de-
mais procedimentos, o Estatuto faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados da 
posse, para entrar em exercício. Tal prazo, assim como ocorre com a posse, poderá 
ser prorrogado por mais 30 dias, a requerimento do interessado e juízo da 
autoridade competente.
E se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 dias, será que 
acontece o mesmo que ocorre com a nomeação, que é tornada sem efeito?
De forma alguma, aluno(a)! Perceba que temos uma grande diferença entre 
os institutos da nomeação e da posse.
Quando ocorre a nomeação, a pessoa não tem nenhum vínculo com a Admi-
nistração, de forma que a nomeação funciona justamente como uma espécie de 
“chamada”, alertando o nomeado para que tome todas as providências para a sua 
posse. Por isso mesmo, caso não seja realizada a Posse no prazo de 30 dias, a única 
consequência é que o ato de nomeação é tornado sem efeito.
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Com a posse, o nomeado passa a ser servidor público, pois observou todas as 
regras necessárias para ingressar na repartição.
O prazo de 30 dias para entrar em exercício é apenas uma prerrogativa que a 
Administração lhe concede, de forma que, caso o servidor não o respeite e deixe de 
entrar em exercício no prazo legal, teremos a exoneração do servidor.
Para evitar confusões:
2. (VUNESP/SAP-SP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2011) Segundo o que reza o Es-
tatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, após a posse, o fun-
cionário deverá entrar no exercício do cargo dentro do prazo de
a) dez dias, improrrogáveis.
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b) quinze dias, prorrogáveis por mais quinze dias.
c) vinte dias, improrrogáveis.
d) vinte dias, prorrogáveis por igual período.
e) trinta dias, prorrogáveis por mais trinta dias.
Letra e.
Após ser empossado, o servidor deverá entrar em exercício no prazo de 30 dias. 
A norma admite, ainda, que o prazo em questão seja prorrogado, desde que haja 
requerimento do interessado e a juízo da autoridade competente.
Art. 60. O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I – da data da posse; e
II – da data da publicação oficial do ato, no caso de remoção.
§ 1º Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorrogados por 30 (trinta) 
dias, a requerimento do interessado e a juízo da autoridade competente.
6. Estabilidade
Sobre a estabilidade, temos apenas que ter o cuidado de não confundirmos a 
literalidade da Lei n. 10.261 (que afirma que o servidor ocupante de cargo efetivo 
adquirirá estabilidade no serviço público após dois anos de efetivo exercício) com 
as disposições em vigor após a publicação da Emenda Constitucional 19:
Sendo assim, leve para a prova que a estabilidade no serviço público, tal como 
ocorre com o estágio probatório, é de três anos/36 meses.
E essa estabilidade... Seria ela absoluta ou existem situações em que o 
servidor, ainda que estável, pode ser demitido?
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Com toda certeza a estabilidade não é absoluta. Caso o fosse, estaríamos diante 
de um sério risco de engessamento do serviço público, com a possibilidade surreal 
de termos servidores que praticaram faltas graves contra a Administração ainda em 
pleno exercício por força de tal instituto.
Não faria o menor sentido, não é mesmo?
Obs.:� Para a prova, guarde que o servidor estável, em regra, não perderá o res-
pectivo cargo, sendo exceções à regra:
 � – sentença judicial transitada em julgado;
 � – Processo Administrativo Disciplinar;
 � – procedimento de avaliação periódica de desempenho;
 � – redução de despesas.
7. Vacância
As diversas hipóteses de vacância são situações onde o servidor deixa o cargo 
público anteriormente ocupado.
Como veremos, existem hipóteses em que a vacância é definitiva no serviço 
público, e outras em que ocorre uma simples troca de cargo.
De acordo com o artigo 86 do Estatuto dos Servidores de São Paulo, temos as 
seguintes situações que acarretam a vacância no cargo público:
Art. 86. A vacância do cargo decorrerá de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – transferência;
IV – acesso;
V – aposentadoria; e
VI – falecimento.
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Sobre tais formas de vacância, merece destaque a exoneração, que, ressal-
ta-se, não possui caráter punitivo, não podendo, por isso mesmo, ser confundida 
com a demissão.
Vejamos as principais regras acerca da exoneração em cargo público, seja ele 
efetivo ou em comissão:
Exoneração
Temos que saber que não se trata de uma punição, mas sim da 
saída voluntária ou involuntária do servidor.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor e 
involuntária quando a própria Administração, de ofício, resolve 
exonerar o servidor.
No entanto, são apenas duas as hipóteses de exoneração de 
ofício. Está lembrado(a)?
1) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
2) quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exer-
cício no prazo estabelecido.
Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que 
são de livre nomeação e exoneração, temos quea exoneração 
poderá ocorrer por pedido do servidor ou de ofício.
Em ambos os casos (pedido ou ofício), a exoneração 
poderá dar-se a qualquer tempo.
8. Vantagens Pecuniárias
O Estatuto dos Servidores de São Paulo estabelece uma série de vantagens de 
caráter pecuniário. Veremos as características de cada uma a seguir:
I – adicionais por tempo de serviço
O funcionário terá direito, após cada período de 5 (cinco) anos, contínuos, ou não, à 
percepção de adicional por tempo de serviço, calculado à razão de 5% (cinco por cento) 
sobre o vencimento ou remuneração, a que se incorpora para todos os efeitos.
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A apuração do quinquênio será feita em dias e o total convertido em anos, con-
siderados estes sempre como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
O funcionário que completar 25 (vinte e cinco) anos de efetivo exercício perce-
berá mais a sexta parte do vencimento ou remuneração, a estes incorporada para 
todos os efeitos.
II – gratificações
As seguintes gratificações podem ser pagas aos servidores públicos estaduais:
I – pela prestação de serviço extraordinário;
II – pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou científico ou de utilidade para 
o serviço público;
III – a título de representação, quando em função de gabinete, missão ou estudo fora 
do Estado ou designação para função de confiança do Governador;
IV – quando designado para fazer parte de órgão legal de deliberação coletiva;
V – outras que forem previstas em lei.
III – diárias
As diárias são uma parcela pecuniária de natureza indenizatória, ou seja, que 
se destina a recompor as despesas que o servidor terá, no desempenho de suas 
atribuições, quando se deslocar da sede onde trabalha.
Vejamos a previsão legal:
Art. 144. Ao funcionário que se deslocar temporariamente da respectiva sede, no de-
sempenho de suas atribuições, ou em missão ou estudo, desde que relacionados com 
o cargo que exerce, poderá ser concedida, além do transporte, uma diária a título de 
indenização das despesas de alimentação e pousada.
V – salário-família e salário-esposa:
Art. 155. O salário-família será concedido ao funcionário ou ao inativo por:
I – filho menor de 18 (dezoito) anos; e
II – filho inválido de qualquer idade.
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Art. 162. O salário-esposa será concedido ao funcionário que não perceba vencimento 
ou remuneração de importância superior a 2 (duas) vezes o valor do menor vencimento 
pago pelo Estado, desde que a mulher não exerça atividade remunerada.
IV – ajudas de custo
As ajudas de custo, assim como as diárias, constituem uma parcela de natureza 
indenizatória. A diferença entre elas é que, no caso da ajuda de custo, o desloca-
mento do servidor será em caráter permanente, uma vez que passará a exercer 
suas atribuições em outro local, ao passo que nas diárias, conforme já mencionado, 
o deslocamento é em caráter transitório.
Art. 149. A juízo da Administração, poderá ser concedida ajuda de custo ao funcionário 
que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede.
§ 1º A ajuda de custo destina-se a indenizar o funcionário das despesas de viagem e de 
nova instalação.
§ 2º O transporte do funcionário e de sua família compreende passagem e bagagem e 
correrá por conta do Governo.
Art. 150. A ajuda de custo, desde que em território do País, será arbitrada pelos Se-
cretários de Estado, não podendo exceder importância correspondente a 3 (três) vezes 
o valor do padrão do cargo.
Parágrafo único. O funcionário que recebeu ajuda de custo, se for obrigado a mudar de 
sede dentro do período de 2 (dois) anos poderá receber, apenas, 2/3 (dois terços) do 
benefício que lhe caberia.
Art. 152. Quando o funcionário for incumbido de serviço que o obrigue a permanecer 
fora da sede por mais de 30 (trinta) dias, poderá receber ajuda de custo sem prejuízos 
das diárias que lhe couberem.
Além dessas, poderão ser concedidas aos servidores as seguintes vantagens:
VII – quota-parte de multas e porcentagens fixadas em lei;
VIII – honorários, quando fora do período normal ou extraordinário de trabalho a que 
estiver sujeito, for designado para realizar investigações ou pesquisas científicas, bem 
como para exercer as funções de auxiliar ou membro de bancas e comissões de concur-
so ou prova, ou de professor de cursos de seleção e aperfeiçoamento ou especialização 
de servidores, legalmente instituídos, observadas as proibições atinentes a regimes 
especiais de trabalho fixados em lei;
IX – honorários pela prestação de serviço peculiar à profissão que exercer e, em função 
dela, à Justiça, desde que não a execute dentro do período normal ou extraordinário 
de trabalho a que estiver sujeito e sejam respeitadas as restrições estabelecidas em lei 
pela subordinação a regimes especiais de trabalho;
X – outras vantagens ou concessões pecuniárias previstas em leis especiais ou neste Estatuto.
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9. Direitos em Geral
Além das vantagens pecuniárias, o Estatuto Estadual assegura ao servidor o 
direito de usufruir de uma série de direitos, dentre os quais se destacam as férias 
anuais e as inúmeras possibilidades de licença.
No que se refere às férias, é importante salientar que diversas das normas previs-
tas devem ser interpretadas de acordo com as disposições da Constituição Federal.
Assim, muitas das regras estabelecidas pelo Estatuto Federal são semelhantes 
às vigentes para os trabalhadores em geral. Dessa forma, o servidor entra em exer-
cício e, após trabalhar por doze meses de efetivo exercício, adquire o direito ao gozo 
de férias remuneradas com um adicional de 1/3, conforme previsão constitucional.
Por se tratar de direito social garantido constitucionalmente aos servidores pú-
blicos, a regra é a de que as férias não podem ser interrompidas.
Vejamos as disposições da Lei n. 10.261 que estão em consonância com 
as disposições constitucionais:
Art. 176. O funcionário terá direito ao gozo de 30 (trinta) dias de férias anuais, obser-
vada a escala que for aprovada.
§ 1º – É proibido levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 2º – É proibida a acumulação de férias, salvo por absoluta necessidade de serviço e 
pelo máximo de 2 (dois) anos consecutivos.
§ 4º – Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se esti-
vesse em exercício.
Art. 177. Atendido o interesse do serviço, o funcionário poderá gozar férias de uma só 
vez ou em dois períodos iguais.
Art. 178. Somente depois do primeiro ano de exercício no serviço público, adquirirá o 
funcionário direito a férias.
Art. 179. Caberá ao chefe da repartição ou do serviço, organizar, no mês de de-
zembro, a escala de férias para o ano seguinte, que poderá alterar de acordo com 
a conveniência do serviço.
Art. 180. O funcionário transferidoou removido, quando em gozo de férias, não será 
obrigado a apresentar-se antes de terminá-las.
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No que se refere às licenças, nove são as possibilidades estipuladas pelo Estatu-
to em estudo. Veremos todas elas, assim como já feito em outros pontos da aula:
I – Licença para tratamento de saúde (COM remuneração)
Como o próprio nome sugere, a licença para tratamento de Saúde será concedi-
da ao funcionário que estiver impossibilitado do exercício regular do cargo.
Tal licença será concedida pelo prazo de, no máximo, quatro anos, continuando 
o servidor a receber sua remuneração.
Art. 191, § 1º – Findo o prazo, previsto nesse artigo, o funcionário será submetido à 
inspeção médica e aposentado, desde que verificada a sua invalidez, permitindo-se o 
licenciamento além desse prazo, quando não se justificar a aposentadoria.
II – Licença para o servidor acidentado no exercício de suas atribuições 
ou acometido por doença profissional (COM remuneração)
Art. 194. O funcionário acidentado no exercício de suas atribuições ou que tenha adqui-
rido doença profissional terá direito à licença com vencimento ou remuneração.
Tal licença, assim como ocorre com a licença para tratamento de saúde, será 
pelo prazo máximo de quatro anos e com o recebimento da remuneração funcional.
III – Licença à gestante (COM remuneração)
Art. 198. À funcionária gestante será concedida licença de 180 (cento e oitenta) dias 
com vencimento ou remuneração, observado o seguinte:
I – a licença poderá ser concedida a partir da 32ª (trigésima segunda) semana de gestação, me-
diante documentação médica que comprove a gravidez e a respectiva idade gestacional;
II – ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, será esta concedida me-
diante a apresentação da certidão de nascimento e vigorará a partir da data do evento, 
podendo retroagir até 15 (quinze) dias;
III – durante a licença, cometerá falta grave a servidora que exercer qualquer atividade 
remunerada ou mantiver a criança em creche ou organização similar;
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IV – Licença por motivo de doença em pessoa de sua família (COM OU 
SEM remuneração)
Art. 199. O funcionário poderá obter licença, por motivo de doença do cônjuge e de 
parentes até segundo grau.
§ 2º A licença de que trata este artigo será concedida com vencimentos ou remuneração 
até 1 (um) mês e com os seguintes descontos:
1 – de 1/3 (um terço), quando exceder a 1 (um) mês até 3 (três);
2 – 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) até 6 (seis);
3 – sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigésimo mês.
V – Licença para cumprir obrigações concernentes ao serviço militar 
(SEM remuneração)
Art. 200. Ao funcionário que for convocado para o serviço militar e outros encargos da 
segurança nacional, será concedida licença sem vencimento ou remuneração.
Art. 200, § 2º O funcionário desincorporado reassumirá imediatamente o exercício, sob 
pena de demissão por abandono do cargo, se a ausência exceder a 30 (trinta) dias.
VI – Licença para tratar de interesses particulares (SEM remuneração)
Art. 202. Depois de 5 (cinco) anos de exercício, o funcionário poderá obter licença, sem 
vencimento ou remuneração, para tratar de interesses particulares, pelo prazo máximo 
de 2 (dois) anos.
§ 1º Poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário for inconveniente 
ao interesse do serviço.
§ 2º A licença poderá ser gozada parceladamente a juízo da Administração, desde que 
dentro do período de 3 (três) anos.
Art. 204. Só poderá ser concedida nova licença depois de decorridos 5 (cinco) anos do 
término da anterior.
VII – Licença à Funcionária Casada com Funcionário ou Militar (SEM 
remuneração)
Art. 205. A funcionária casada com funcionário estadual ou com militar terá direito à licen-
ça, sem vencimento ou remuneração, quando o marido for mandado servir, independente-
mente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou no estrangeiro.
Parágrafo único. A licença será concedida mediante pedido devidamente instruído e vi-
gorará pelo tempo que durar a comissão ou a nova função do marido.
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VIII – Licença concedida compulsoriamente, como medida profilática 
(Ainda que o Estatuto seja omisso, entende-se como licença remunerada)
Art. 206. O funcionário, ao qual se possa atribuir a condição de fonte de infecção de 
doença transmissível, poderá ser licenciado, enquanto durar essa condição, a juízo de 
autoridade sanitária competente, e na forma prevista no regulamento.
IX – Licença como prêmio de assiduidade (COM remuneração)
Art. 209. O funcionário terá direito, como prêmio de assiduidade, à licença de 90 (no-
venta) dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não 
haja sofrido qualquer penalidade administrativa.
10. Regime Disciplinar
Vamos compreender a origem do regime disciplinar relembrando alguns conceitos de 
Direito Administrativo, mais precisamente dos poderes hierárquico e disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do Poder Disciplinar que a Administração 
Pública pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que este-
jam ligados a ela por algum vínculo específico.
Dessa forma, existe poder disciplinar quando a Administração Pública aplica a pena-
lidade de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subordinado.
Do mesmo modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um 
órgão público, verificando que um licitante não cumpriu com as obrigações estipu-
ladas em um contrato administrativo, aplica a sanção de suspensão.
Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No entanto, em 
apenas um desses casos a pessoa punida estava subordinada à Administração.
E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante 
poder: o hierárquico. Por meio dele, a Administração possui as prerrogativas de 
delegar, avocar, fiscalizar e, o que interessa para nossa aula, aplicar sanções.
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Assim, chegamos a uma importante constatação:
– quando a Administração pune internamente os seus servidores pelas in-
frações por eles cometidas, estamos diante do Poder Disciplinar exclusivamente in-
terno. Esse Poder, justamente por ser apenas interno, deriva do Poder Hierárquico.
– quando a Administração pune algum particular que mantémum vínculo 
específico com ela (como uma empresa privada que tenha celebrado um contrato 
administrativo) também estamos diante do poder disciplinar, só que agora, ao con-
trário do exemplo anterior, o mesmo aplica-se a terceiros e, por isso mesmo, não 
deriva do poder hierárquico.
Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da Administração Pública 
é decorrência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
O regime disciplinar compreende os deveres, as proibições, as responsabilida-
des e as penalidades aplicáveis aos servidores:
10.1 Deveres
O Estatuto Estadual elenca uma série de deveres que devem ser observados 
pelos servidores públicos do Estado de São Paulo.
Importante salientar que tal lista consta de um rol exemplificativo, de forma 
que outros deveres previstos em outras normas funcionais (tais como os códigos 
de ética) devem igualmente ser observados pelos agentes públicos.
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Vejamos os deveres previstos na Lei n. 10.261:
Art. 241. São deveres do funcionário:
I – ser assíduo e pontual;
II – cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;
III – desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido;
IV – guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, especialmente, sobre despachos, 
decisões ou providências;
V – representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimen-
to no exercício de suas funções;
VI – tratar com urbanidade as pessoas;
VII – residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado;
VIII – providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual, a 
sua declaração de família;
IX – zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado 
à sua guarda ou utilização;
X – apresentar -se convenientemente trajado em serviço ou com uniforme determinado, 
quando for o caso;
XI – atender prontamente, com preferência sobre qualquer outro serviço, às requisições 
de papéis, documentos, informações ou providências que lhe forem feitas pelas autori-
dades judiciárias ou administrativas, para defesa do Estado, em Juízo;
XII – cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho;
XIII – estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de ser-
viço que digam respeito às suas funções;
XIV – proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.
3. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Dentre os deveres estabelecidos 
pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, encontra-se 
previsto expressamente o dever de
a) levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento 
da primeira autoridade com a qual tiver contato.
b) prestar, ao público em geral, as informações requeridas no prazo máximo de 48 
(quarenta e oito) horas.
c) estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de 
serviço que digam respeito às suas funções.
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d) atender com urgência e preferência à expedição de certidões requeridas para 
defesa de direito ou para esclarecimento de situações de interesse pessoal.
e) cumprir as ordens superiores, mesmo quando manifestamente ilegais, cabendo, 
nesse caso, todavia, representar contra elas.
Letra c.
A alternativa que apresenta um dever do servidor é a letra c, de forma que esses 
devem estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de 
serviço que digam respeito às suas funções.
Art. 241. São deveres do funcionário:
XIII – estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de ser-
viço que digam respeito às suas funções;
10.2 Proibições
Tal como ocorre com os deveres, as situações de proibições constam de uma 
lista exemplificativa e tratam-se de hipóteses de fácil compreensão.
Art. 242. Ao funcionário é proibido:
II – retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou 
objeto existente na repartição;
III – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras ativida-
des estranhas ao serviço;
IV – deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada;
V – tratar de interesses particulares na repartição;
VI – promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, ou tornar-se 
solidário com elas;
VII – exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou subscrever listas 
de donativos dentro da repartição;
VIII – empregar material do serviço público em serviço particular.
Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
I – fazer contratos de natureza comercial e industrial com o Governo, por si, ou como 
representante de outrem;
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II – participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais, ou 
de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com 
o Governo do Estado, sejam por este subvencionadas ou estejam diretamente relacio-
nadas com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
III – requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores 
semelhantes, federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;
IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas, es-
tabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Governo, em matéria que se 
relacione com a finalidade da repartição ou serviço em que esteja lotado;
V – aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República;
VI – comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas condições mencionadas no item II 
deste artigo, podendo, em qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário;
VII – incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;
VIII – praticar a usura;
IX – constituir-se procurador de partes ou servir de intermediário perante qualquer 
repartição pública, exceto quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até 
segundo grau;
X – receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou 
no estrangeiro, mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou 
fiscalização de qualquer natureza;
XI – valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às 
funções ou para lograr, direta ou indiretamente, qualquer proveito;
XII – fundar sindicato de funcionários ou deles fazer parte. 
Parágrafo único. — Não está compreendida na proibição dos itens II e VI deste artigo, a 
participação do funcionário em sociedades em que o Estado seja acionista, bem assim 
na direção ou gerência de cooperativas e associações de classe, ou como seu sócio.
Art. 244. É vedado ao funcionário trabalhar sob as ordens imediatas de parentes,até 
segundo grau, salvo quando se tratar de função de confiança e livre escolha, 
não podendo exceder a 2 (dois) o número de auxiliares nessas condições.
4. (VUNESP/TJM/OFICIAL DE JUSTIÇA/2011) Nos termos do Estatuto dos Funcio-
nários Públicos Civis do Estado de São Paulo, é proibido ao funcionário público
I – participar na gerência ou administração de empresas bancárias ou indus-
triais, ou de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais 
ou administrativas com o Governo do Estado, sejam por este subvencio-
nadas ou estejam relacionadas com a finalidade da repartição ou serviço 
em que esteja lotado;
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II – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou outras 
atividades estranhas ao serviço;
III – referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou 
pela imprensa, ou qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas;
IV – exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou função em 
empresas, estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o 
Governo, em matéria que se relacione com a finalidade da repartição ou ser-
viço em que esteja lotado.
Está correto o contido em
a) I, II e IV, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
Letra a.
Como vimos, apenas o item III não apresenta uma proibição aos servidores paulis-
tas, uma vez que não consta na lista de proibições da norma em análise.
Importante frisar, no entanto, que a vedação em questão constava, inicialmente, no texto 
da Lei n. 10.261, mais precisamente no inciso I do artigo 242. No entanto, a conduta em 
questão foi revogada em 2009, por intermédio da Lei Complementar n. 1.096.
10.3 Responsabilidades
De acordo com as disposições da Lei n. 10.261, três são as esferas de respon-
sabilidade a que os servidores públicos do estado de São Paulo estão submetidos, 
sendo elas: civil, administrativa e penal.
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A esfera civil pode ser entendida como todos os atos do servidor, seja por ação 
(comissivo) ou omissão, que acarretem prejuízos ao erário.
Mas o que será que acontece quando os prejuízos causados pelo servi-
dor são em relação a terceiros?
Nesse caso, considerando que vigora, em nosso ordenamento jurídico, a Teoria 
da Imputação (por meio da qual todas as ações do servidor são atribuídas ao órgão 
ou entidade no qual ele desempenha suas atribuições), temos que, de início, é o 
órgão ou a entidade que irá responder pelos danos causados.
Feito isso, a Administração impetra uma ação regressiva contra o servidor, 
que responderá pela mesma no caso de dolo (intenção de cometer o dano) ou cul-
pa (quando houve imprudência, negligência ou imperícia).
Importante dispositivo do Estatuto em estudo afirma que, em caso de dano à 
Fazenda Estadual decorrente de desfalque, alcance, remissão ou omissão do 
servidor referente ao recolhimento ou entrada nos prazos legais, acarretará a re-
posição em UMA SÓ VEZ aos cofres públicos.
Em todas as demais hipóteses de dano aos cofres públicos, poderá ocorrer o 
parcelamento, de forma que o valor das parcelas mensais não poderá ser superior 
à 10% da remuneração.
Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a 
repor, de uma só vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfal-
que, remissão ou omissão em efetuar recolhimento ou entrada nos prazos legais.
Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização po-
derá ser descontada do vencimento ou remuneração não excedendo o desconto à 10ª 
(décima) parte do valor destes.
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10.4 Penalidades
São as seguintes as penalidades disciplinares passíveis de aplicação aos servi-
dores públicos estaduais:
I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – demissão;
V – demissão a bem do serviço público;
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade
São apenas essas as penalidades que passíveis de aplicação, ou seja, trata-se 
de uma lista taxativa. Assim, não poderá a autoridade competente inovar e criar 
uma modalidade de penalidade para ser aplicada ao servidor.
Da mesma forma, antes da aplicação de toda e qualquer penalidade deve ser 
garantido o contraditório e a ampla defesa, sob pena de ser invalidado todo o 
processo de aplicação.
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A pena de repreensão será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou 
falta de cumprimento dos deveres. Assemelha-se, em muitos aspectos, à penalida-
de de advertência de diversos outros estatutos funcionais.
A pena de suspensão, que não excederá de 90 (noventa) dias, será 
aplicada em caso de falta grave ou de reincidência das faltas anteriormente 
punidas com repreensão.
Importante sabermos que, à critério da autoridade competente, nas situações 
em que for conveniente para o Serviço Público, a pena de suspensão pode ser 
substituída por multa de 50% por dia trabalhado.
Exemplo:
Para entendermos bem, imaginemos uma situação em que um servidor foi punido 
com suspensão. No entanto, como a repartição em questão possui poucos servido-
res, seria mais danoso para o serviço público o fato de o servidor penalizado per-
manecer sem trabalhar durante o prazo de cumprimento da penalidade.
Ainda que a Administração tenha o dever de punir, desta punição não poderá resul-
tar um prejuízo maior à sociedade, haja vista ser esta a titular do interesse público.
Assim, como meio de penalizar o servidor e não prejudicar a população, a Adminis-
tração poderá converter a pena de suspensão em uma multa, situação em que o 
servidor permanecerá trabalhando e receberá apenas 50% do que ganharia por 
dia normal de trabalho.
A pena de multa será aplicada na forma e nos casos expressamente previstos 
em lei ou regulamento.
Já a demissão será utilizada nas situações que acarretem infrações mais gra-
ves, sendo, por isso mesmo, de caráter vinculado, ou seja, sem margem de escolha 
entre a penalidade que melhor se coaduna com o caso concreto.
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Jurisprudência para concursos
A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do 
investigado se amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, 
não dispõe de discricionariedade para aplicar pena menos gravosa por tratar-se de 
ato vinculado” (MS 15.517/DF, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, 
DJe 18/02/2011).
Art. 256. Será aplicada a pena de demissão nos casos de:
I – abandono de cargo;
II – procedimento irregular, de natureza grave;
III – ineficiência no serviço;
IV – aplicação indevida de dinheiros públicos, e
V – ausência ao serviço, sem causa justificável, por mais de 45 quarenta e cinco) dias, 
interpoladamente, durante 1 (um) ano.
As hipóteses de demissão à bem do serviço público são situações previstas 
no artigo 257 do Estatuto dos Servidores:
Art. 257. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:
I – for convencido de incontinência pública e escandalosa e de vício de jogos proibidos;
II – praticar ato definido como crime contra a administração pública, a fé pública e a 
Fazenda Estadual, ou previsto nas leis relativas à segurança e à defesa nacional;
III – revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça 
dolosamente e com prejuízo para o Estado ou particulares;
IV – praticar insubordinação grave;
V – praticar, em serviço, ofensas físicas contra funcionários ou particulares, salvo se em 
legítima defesa;
VI – lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
VII – receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer es-
pécie, diretamente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas 
em razão delas;
VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a pessoas que tratem de 
interesses ou o tenham na repartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;
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IX – exercer advocacia administrativa;
X – apresentar com dolo declaração falsa em matéria de salário-família, sem prejuízo da 
responsabilidade civil e de procedimento criminal, que no caso couber.
XI – praticar ato definido como crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins e terrorismo;
XII – praticar ato definido como crime contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem ou 
ocultação de bens, direitos ou valores;
XIII – praticar ato definido em lei como de improbidade.
Por fim, temos a cassação de aposentadoria ou disponibilidade, hipóteses 
em que o agente causador das infrações é o inativo:
Art. 259. Será aplicada a pena de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, se 
ficar provado que o inativo:
I – praticou, quando em atividade, falta grave para a qual é cominada nesta lei a pena 
de demissão ou de demissão a bem do serviço público;
II – aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
III – aceitou representação de Estado estrangeiro sem prévia autorização do Presidente 
da República;
IV – praticou a usura em qualquer de suas formas.
5. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE JUDICIÁRIO/2011) São penas disciplinares:
a) advertência, suspensão e multa.
b) expulsão, multa e advertência.
c) suspensão, demissão e prisão administrativa.
d) demissão, repreensão e suspensão.
e) expulsão, multa e demissão.
Letra d.
A lista das penas disciplinares que podem ser aplicadas para os servidores do esta-
do de São Paulo encontra previsão no artigo 251 da Lei n. 10.261:
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Art. 251.São penas disciplinares:
I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – demissão;
V – demissão a bem do serviço público; e
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade
Ainda no âmbito das disposições concernentes às Penalidades, precisamos sa-
ber quem é competente para aplicar cada tipo de sanção:
Repreensão até suspensão de 30 dias Diretores de Departamento e Divisão
Repreensão até suspensão de 60 dias Coordenadores
Repreensão e suspensão (qualquer prazo) Chefes de Gabinete
Todas as penalidades Governador, os Secretários de Estado, o Pro-
curador Geral do Estado e os Superintenden-
tes de Autarquia
Ainda no âmbito das penalidades, precisamos conhecer os prazos prescricionais 
para a aplicação das mesmas, ou seja, o lapso de tempo a partir do qual o Poder Público 
não mais poderá fazer uso da prerrogativa de punir internamente seus servidores.
Tais prazos estão previstos no artigo 261 da Lei n. 10.261, que assim dispõe:
Art. 261. Extingue-se a punibilidade pela prescrição:
I – da falta sujeita à pena de repreensão, suspensão ou multa, em 2 (dois) anos
II – da falta sujeita à pena de demissão, de demissão a bem do serviço público e de 
cassação da aposentadoria ou disponibilidade, em 5 (cinco) anos
III – da falta prevista em lei como infração penal, no prazo de prescrição em abstrato 
da pena criminal, se for superior a 5 (cinco) anos.
11. Processo Administrativo Disciplinar
Além das normas materiais, a Lei n. 10.261 estabelece uma série de procedimentos 
que devem ser seguidos para a aplicação das penalidades nela estabelecidas.
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O Processo Administrativo Disciplinar, dessa forma, pode ser conceituado, de 
acordo com a definição de Ladisael Bernado e Sérgio Viana, como:
Um instrumento formal em que a Administração Pública, tendo como suporte o jus puniendi 
do Estado (via Poder Disciplinar, espécie do gênero Poder Administrativo), apura a existên-
cia de infrações de natureza funcional praticadas por seus servidores e, caso o apuratório 
resulte pela autoria da prática infracional, aplica a sanção adequada e prevista em instru-
mento legal pertinente.
Nesse mesmo sentido, são as disposições iniciais acerca do Processo Adminis-
trativo Disciplinar, conforme previsão no Estatuto em questão:
Art. 268. A apuração das infrações será feita mediante sindicância ou processo ad-
ministrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa.
Art. 269. Será instaurada sindicância quando a falta disciplinar, por sua natureza, possa 
determinar as penas de repreensão, suspensão ou multa.
Art. 270. Será obrigatório o processo administrativo quando a falta disciplinar, 
por sua natureza, possa determinar as penas de demissão, de demissão a bem 
do serviço público e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
Assim, sempre que a Administração Pública tiver conhecimento de alguma irre-
gularidade cometida por servidor (seja de ofício ou por meio de denúncias feitas a 
ela), deverá obrigatoriamente apurar tais infrações por meio de sindicância ou 
Processo Administrativo Disciplinar.
Dessa forma, ainda que estejamos estudando o PAD, temos que conhecer, 
da mesma forma, as disposições acerca da sindicância, que pode ser entendida 
como uma investigação preliminare mais célere com o objetivo de averiguar a 
ocorrência dos fatos.
A doutrina divide a sindicância em duas espécies:
Preparatória (quando apenas serve de base para o PAD) e punitiva (quando 
com base nela é possível a aplicação de penalidade). E o fato que distingue as duas 
modalidades é um só: a punição que será aplicada.
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Explicando melhor, a sindicância é o início das investigações. Por meio dela, a 
autoridade administrativa cumpre uma série de diligências com o objetivo de cole-
tar provas que comprovem que realmente houve uma infração funcional disciplinar.
O prazo para encerramento da Sindicância é de 60 dias, ao passo que o prazo para 
conclusão do PAD é de 90 dias.
No âmbito do PAD, temos as seguintes fases:
Art. 277. O processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo im-
prorrogável de 8 (oito) dias do recebimento da determinação;
Art. 278. Autuada a portaria e demais peças preexistentes, designará o presidente dia 
e hora para audiência de interrogatório, determinando a citação do acusado e a notifi-
cação do denunciante, se houver;
§ 2º A citação do acusado será feita pessoalmente, no mínimo 2 (dois) dias antes do 
interrogatório, por intermédio do respectivo superior hierárquico, ou diretamente, onde 
possa ser encontrado;
§ 3º Não sendo encontrado em seu local de trabalho ou no endereço constante de seu 
assentamento individual, furtando-se o acusado à citação ou ignorando-se seu para-
deiro, a citação far-se-á por edital, publicado uma vez no Diário Oficial do Estado, no 
mínimo 10 (dez) dias antes do interrogatório;
Art. 279, § 1º A oitiva do denunciante deverá ser acompanhada pelo advogado do acu-
sado, próprio ou dativo;
§ 2º O acusado não assistirá à inquirição do denunciante. Antes porém de ser interroga-
do, poderá ter ciência das declarações que aquele houver prestado. Não comparecendo 
o acusado, será, por despacho, decretada sua revelia, prosseguindo-se nos demais atos 
e termos do processo;
Art. 281. Ao acusado revel será nomeado advogado dativo;
Art. 283. Comparecendo ou não o acusado ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 
(três) dias para requerer a produção de provas, ou apresentá-las;
§ 1º O presidente e cada acusado poderão arrolar até 5 (cinco) testemunhas;
Art. 292. Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos à defesa, que poderá 
apresentar alegações finais, no prazo de 7 (sete) dias;
Art. 293. O relatório deverá ser apresentado no prazo de 10 (dez) dias, contados da 
apresentação das alegações finais;
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O relatório da Comissão, OBRIGATORIAMENTE, será conclusivo quanto à inocên-
cia ou responsabilidade do servidor.
Art. 295. Recebendo o processo relatado, a autoridade que houver determinado sua 
instauração deverá, no prazo de 20 (vinte) dias, proferir o julgamento ou determinar a 
realização de diligência, sempre que necessária ao esclarecimento de fatos;
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Escrevente Técnico Judiciário 
apresenta recurso de multa de trânsito, recebida por seu esposo, perante o Depar-
tamento de Trânsito do Estado de São Paulo – DETRAN.
De acordo com o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, 
a conduta descrita é
a) permitida, pois o funcionário pode, excepcionalmente, ser procurador ou servir 
de intermediário perante qualquer repartição pública, quando se tratar de interesse 
de cônjuge ou parente até segundo grau.
b) proibida, pois ao funcionário público é vedado peticionar perante qualquer re-
partição pública, não podendo requerer, representar, pedir reconsideração ou re-
correr de decisões, ainda que em nome próprio.
c) proibida, pois o funcionário público pode exercer o direito de petição perante 
quaisquer repartições públicas, mas somente em nome próprio, não podendo re-
presentar terceiros.
d) indiferente ao Estatuto, que nada prevê em relação à possibilidade do funcionário 
público peticionar, em nome próprio ou de terceiros, perante repartições públicas.
e) permitida, pois o Estatuto expressamente permite que o funcionário público 
exerça o direito de petição em nome próprio ou de qualquer terceiro.
2. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Considere a seguinte situação hipotética:
Funcionário público comete erro de cálculo, o que leva ao recolhimento de valor 
menor do que o devido para a Fazenda Pública Estadual. A responsabilização pres-
crita pelo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo, nesse 
caso, determina que
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a) o funcionário seja obrigado a repor, de uma só vez, a importância do prejuízo 
causado, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
b) haja instauração de processo administrativo disciplinar e, comprovado o preju-
ízo, seja aplicada a pena de demissão, independentemente de ter agido o funcio-
nário com má-fé ou não.
c) seja o caso remetido aos juízos civil e criminal, aguardando a resolução de am-
bos para decidir acerca da conduta administrativa cabível.
d) o valor do prejuízo seja apurado e descontado do vencimento ou remuneração 
mensal, não excedendo o desconto a 30% (trinta por cento) do valor desses.
e) não tendo havido má-fé, seja aplicada a pena de repreensão e, na reincidência, 
a de suspensão.
3. (VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO/2017) Determinada a instauração de 
sindicância ou processo administrativo, ou no seu curso, havendo conveniência 
para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por despacho fun-
damentado, ordenar o afastamento preventivo do servidor quando
a) houver suspeita fundada de prejuízo ao Erário, sem prejuízo de vencimentos ou 
vantagens, por até 360 (trezentos e sessenta) dias, prorrogáveis uma única vez 
por igual período.
b) o recomendar a moralidade administrativa ou a apuração do fato, sem prejuízo 
de vencimentos ou vantagens, por até 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis uma 
única vez por igual período.
c) necessário para a apuração do fato, com prejuízo de vencimentos ou vantagens, 
pelo prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias, findo o qual o funcionário 
automaticamente retornará ao cargo ou função.
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