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MP-PE
MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO
DIREITO ADMINISTRATIVO
ESTATUTO DOS SERVIDORES ESTADUAIS
Livro Eletrônico
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Estatuto dos Servidores Estaduais
Prof. Diogo Surdi
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SUMÁRIO
Estatuto dos Servidores do estado de Pernambuco ..........................................4
Lei Estadual n. 6.123/1968 ..........................................................................4
1. Disposições Preliminares ..........................................................................4
2. Formas de Provimento .............................................................................7
3. Concurso Público ..................................................................................12
4. Posse ..................................................................................................17
5. Exercício ..............................................................................................18
6. Estágio Probatório .................................................................................19
7. Vacância ..............................................................................................21
8. Duração do Trabalho .............................................................................23
9. Tempo de Serviço .................................................................................24
10. Férias ................................................................................................26
11. Licenças ............................................................................................28
12. Vantagens e Gratificações ....................................................................31
13. Concessões ........................................................................................35
14.Direito de Petição .................................................................................38
15. Regime Disciplinar ...............................................................................39
15.1. Deveres ..........................................................................................40
15.2. Proibições .......................................................................................41
15.3. Responsabilidade..............................................................................42
15.4. Penalidades .....................................................................................43
15.5. Acumulação .....................................................................................48
16. Processo Administrativo Disciplinar ........................................................50
Questões de Concurso ...............................................................................56
Gabarito ..................................................................................................69
Gabarito Comentado .................................................................................71
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Olá, concurseiro(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos todos os detalhes acerca do Estatuto dos Ser-
vidores Públicos do estado de Pernambuco, que encontra fundamento nas 
disposições da Lei Estadual n. 6.123/1968.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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ESTATUTO DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO
LEI ESTADUAL N. 6.123/1968
1. Disposições Preliminares
O Estatuto dos Servidores Públicos do estado de Pernambuco está ex-
presso e consolidado na Lei n. 6.123/1968. Por meio de tal diploma normativo, con-
seguimos verificar, logo nos primeiros artigos, uma série de conceitos importantes 
para a correta compreensão dos demais artigos.
Antes, porém, precisamos saber quem é e quem não é regido pelo estatuto em 
questão.
Art. 1º A presente Lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do 
Estado.
Podemos memorizar o campo de atuação do estatuto pernambucano por meio 
do seguinte esquema:
• Servidores Públicos da Administração Direta;
• Servidores dos Tribunais de Contas de Pernambuco.
• Servidores das entidades públicas de Direito Público do Estado 
de Pernambuco.
São regidos 
pelo 
Estatuto
• Empregados Públicos dos diversos órgãos e entidades do Esta-
do (Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista).
• Empregados das entidades paraestatais (não compõem a Admi-
nistração Pública).
• Servidores Militares.
Não são 
regidos pelo 
Estatuto
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Como a data de edição do Estatuto dos Servidores Pernambucanos é de 1968, di-
versas disposições, com a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, foram 
tacitamente revogadas. Assim, ainda que constem no texto da norma (e possam, 
ainda que não devam, ser objeto de cobrança), tais disposições, por contrariarem 
a CF/1988, não são objeto de aplicação na prática.
Logo em seus artigos iniciais, a Lei n. 6.123/1968 estabelece uma série de con-
ceitos básicos para a correta compreensão das disposições da norma em estudo. 
Vejamos...
Art. 2º Para os efeitos deste Estatuto:
I – funcionário público é a pessoa investida em cargo público;
II – cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um fun-
cionário, com as características de criação por lei, denominação própria, número certo 
e pagamento pelos cofres do Estado;
III – classe é o conjunto de cargos iguais quanto à natureza, grau de responsabilidade 
e complexidade de atribuições;
IV – série de classes é o conjunto de classes semelhantes, quanto à natureza, grau 
de complexidade e responsabilidade das atribuições, constituindo a linha natural de 
promoção do funcionário;
V – grupo ocupacional é o conjunto de séries de classes e classes únicas, de ativida-
des profissionais, correlatas ou afins quanto à natureza dos respectivos trabalhos ou ao 
ramo de conhecimento aplicado em seu desempenho;
VI – serviço é a justaposição de grupos ocupacionais, tendo em vista a identidade, a 
similitude ou a conexão das respectivas atividades profissionais;
VII – especificação de classe é o conjunto de atribuições, responsabilidades e demais 
características pertinentes a cada classe, compreendendo ainda, além de outros, os 
seguintes elementos: denominação, código, exemplos típicos de tarefas, qualificações 
exigidas, forma de recrutamento e linha de promoção;
VIII – reclassificação é a transformação de cargo efetivo em outro, ou a justaposição 
de cargo em outra classe, ou série de classes, tendo em vista a conveniência do serviço.
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Assim, todos os servidores, ao entrarem em exercício, passam a compor um 
padrão da categoria. Normalmente, o padrão inicial é A-1. Posteriormente, a cada 
período de tempo definido em lei (normalmente um ano), os servidores são ele-
vados (progressão) para o padrão A-2, e assim sucessivamente até chegarem ao 
padrão final da carreira.
Dessa forma, temos, no âmbito do serviço público, diversos padrões para a ca-
tegoria:
• Todos os servidores que estão na referência A-1 compõem um padrão;
• Todos os servidores que estão na referência A-2 compõem outro padrão.
O conjunto de padrões é denominado classe. Assim, a título de exemplo, vamos 
imaginar que a estrutura remuneratória de um cargo público seja composta por 
três classes, sendo elas A, B e C, bem como que cada classe seja subdividida em 
cinco padrões.
Nesse exemplo, teríamos a Classe A com os padrões A-1 a A5, a Classe B com 
os padrões B-6 a B-10 e a Classe C com os padrões C-11 a C-15.
Tendo entrado como A-1, o servidor, após um ano de exercício, passa para o pa-
drão A-2. Nesse caso, houve uma progressão. Posteriormente, o mesmo servidor 
é progredido para A-3, A-4 e A-5, chegando ao final da classe inicial.
Quando, no ano seguinte, o servidor for novamente elevado na carreira, notem 
que ele mudará de classe, passando de A-5 para B-6. Nesse caso, quando houver a 
mudança de classe, estaremos não mais diante da progressão, mas, sim, da pro-
moção.
E qual o nome que é dado para o conjunto de todas as classes que o 
servidor percorre?
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Nesse caso, estamos diante da carreira. Da mesma forma, o conjunto de car-
reiras é, segundo a doutrina, chamado de quadro.
Esclarecendo
Logo, temos as seguintes definições:
• Conjunto de Padrões: Classe
• Conjunto de Classes: Carreira
• Conjunto de Carreiras: Quadro
Podemos compreender bem os conceitos expostos por meio do seguinte quadro 
sinótico:
2. Formas de Provimento
Um dos assuntos com maior índice de exigência em prova são as formas de 
provimento. Nesse sentido, o Estatuto Estadual elenca seis formas de provimento, 
que explicaremos por meio do quadro abaixo.
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Ainda que a Lei n. 6.123/1968 não apresente uma ordem cronológica de fatos, 
é possível identificar, pela leitura da norma, uma série sucessiva de acontecimentos 
relacionados com a vida funcional do servidor público.
A linha do tempo do serviço público, dessa forma, é uma maneira de com-
preendermos todo o processo de ingresso, desenvolvimento e saída de um respec-
tivo servidor no serviço público. Por meio de sua análise, nos permitirá ter uma 
visão global de todas as etapas e facilitará a compreensão dos diversos institutos 
aos quais os servidores federais estão sujeitos.
Desta forma, a linha do tempo do serviço público compreende, basicamente, as 
seguintes fases: a) concurso, b) provimento, c) posse, d) exercício, e) está-
gio probatório, f) estabilidade e g) vacância.
Importante salientar que a forma de provimento transferência, ainda que pre-
sente na lei dos servidores, está, de acordo com o STF, banida do nosso ordena-
mento jurídico, uma vez em que implica em um critério subjetivo de provimento em 
cargo público, ferindo os princípios da moralidade e da impessoalidade.
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Vejamos a histórica decisão do Tribunal Superior, proferida nos autos da ADI 
231 RJ:
Jurisprudência para Concursos
Estão, pois, banidas das formas de investidura admitidas pela constituição a ascensão e a 
transferência, que são formas de ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servi-
dor público ingressou por concurso, e que não são, por isso mesmo, ínsitas ao sistema de 
provimento em carreira, ao contrario do que sucede com a promoção, sem a qual obvia-
mente não haverá carreira, mas, sim, uma sucessão ascendente de cargos isolados.
As formas de provimento previstas no estatuto dos servidores pernambucanos 
são as seguintes:
Art. 10. Os cargos públicos serão providos por:
I – nomeação;
II – promoção;
III – reintegração;
IV – aproveitamento
V – reversão;
VI – transferência.
Nomeação
É a única forma de provimento originário, sendo que todas as demais são 
formas derivadas.
É o modo clássico de prover o servidor no Cargo Público. Ocorre para os cargos 
efetivos, para os cargos vitalícios e para os cargos em comissão.
No caso de cargo efetivo, também chamado de cargo isolado provimento efetivo 
ou cargo de carreira, a nomeação necessariamente precisa de aprovação prévia 
em concurso público.
Para os cargos em comissão, uma vez que são de livre nomeação e exoneração, 
tal característica não está presente.
De acordo com o Estatuto, três são as formas de nomeação previstas:
I – em caráter vitalício, para o cargo de Conselheiro do Tribunal de 
Contas;
II – em caráter efetivo, quando se tratar de cargos de classe única ou 
de série de classes;
III – em comissão, para os cargos de chefia, de assessoramento ou que 
dependa da confiança pessoal.
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Promoção
A promoção poderá ocorrer por antiguidade ou por merecimento, sendo que 
um desses critérios, quando utilizado, deverá constar, obrigatoriamente, no ato 
de promoção.
Não poderemos ter a promoção quando houver, em disponibilidade, servidor 
que possa ser utilizável na vaga. Nessa situação, a Administração deve aprovei-
tar o servidor em disponibilidade, evitando uma oneração excessiva dos cofres 
públicos.
Independente da modalidade, o servidor apenas poderá ser promovido se 
houver completado, no mínimo, o interstício de 365 dias na classe em 
que ocupa. Esse interstício, por sua vez, será apurado no término de cada tri-
mestre, ou seja, as datas de 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12.
Na promoção por merecimento, concorrerão para as vagas um número de 
servidores correspondente ao triplo daquelas que estão sendo ofertadas. Assim, 
se estivermos diante de uma vaga, três são os servidores que irão concorrer, 
cabendo ao Chefe do Poder Executivo a escolha, dentre os nomes relacionados,daquele que será promovido.
Em algumas situações, o servidor não poderá ser promovido por merecimento, 
sendo elas:
I – o funcionário em exercício de mandato eletivo federal, estadual ou municipal;
II – o funcionário que, para tratar de interesse particular, esteja licenciado na 
época da promoção ou tenha estado nos dois semestres anteriores;
III – a funcionária que esteja na época da promoção, ou tenha estado nos dois 
semestres anteriores, licenciada para acompanhar o marido, funcionário civil ou 
militar, mandado servir em outro ponto do território nacional ou estrangeiro;
IV – o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois 
semestres anteriores, posto à disposição de qualquer entidade, salvo para exer-
cer cargo de Chefia na administração direta ou indireta do Estado;
V – o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois 
semestres anteriores afastado do exercício do cargo, para participação em con-
gresso ou curso de especialização, salvo os relacionados com as atribuições do 
cargo que ocupa, comprovada a frequência ou aproveitamento;
VI – o funcionário que esteja na época da promoção, ou do cargo para a reali-
zação de pesquisa científica ou conferência tenha sido nos dois semestres ante-
riores, afastado do exercício do cargo para a realização de pesquisa científica 
ou conferência cultural, salvo as relacionadas com as atribuições do cargo que 
ocupa, mediante a apresentação dos resultados dos respectivos trabalhos;
VII – o funcionário que não obtiver, como grau de merecimento, pelo menos a 
metade do máximo atribuível;
VIII – o funcionário que esteja na época da promoção, ou tenha sido nos dois 
semestres anteriores, afastado do cargo para exercer, como contratado, função 
técnica ou especializada, nos termos do art. 177 deste Estatuto.
Na promoção por antiguidade, o servidor nomeado será aquele que tiver o 
maior tempo de efetivo exercício na classe.
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Em caso de empate na classificação por antiguidade, será dada preferên-
cia, sucessivamente:
I – O funcionário de maior tempo de serviço público prestado ao Estado e res-
pectivas autarquias;
II – O que houver exercido substituição não remunerada prevista na presente Lei;
III – O de maior tempo de serviço público;
IV – O de maior prole;
V – O mais idoso;
Reintegração
A reintegração é bem fácil de ser visualizada, sendo a hipótese de retorno 
do servidor anteriormente demitido ou exonerado indevidamente ao cargo 
anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, com res-
sarcimento de todas as vantagens.
Para isso, a demissão deverá ter sido invalidada por decisão judicial ou admi-
nistrativa.
A reintegração será feita, no cargo anteriormente ocupado: se este 
houver sido transformado, do cargo resultante da transformação; e, se 
extinto, em cargo equivalente, atendidos especialmente a habilitação 
profissional do funcionário e o vencimento do cargo.
Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será exonerado, ou, se ocupava 
outro cargo, a este será reconduzido, sem direito a indenização.
Se o cargo houver sido extinto, a reintegração se fará em cargo equivalente, 
respeitada a habilitação profissional, ou, não sendo possível, ficará o reinte-
grado em disponibilidade no cargo que exercia.
O funcionário reintegrado deverá ser submetido a inspeção médica. Caso seja 
julgado incapaz, será ele aposentado.
Reversão
Reversão é o reingresso no serviço público do servidor aposentado, 
quando insubsistentes os motivos da aposentadoria ou por interesse e 
requisição da Administração, respeitada a opção do servidor.
Em caso de reversão, caberá ao servidor, pelos encargos do exercício ativo, a 
percepção de adicional de remuneração no valor de cinquenta por cento dos 
proventos integrais referentes à retribuição normal do cargo em que se aposen-
tou, acrescida, ainda, do adicional por tempo de serviço.
Duas informações são importantes, ainda, com relação à reversão:
a) É vedada a designação do servidor revertido para o exercício de 
cargo em comissão;
b) A reversão sempre terá prioridade sobre novas nomeações.
Aproveita-
mento
Aproveitamento é o retorno à atividade do funcionário em disponibilidade, em cargo 
igual ou equivalente, pela sua natureza e vencimento, ao anteriormente ocupado.
Importante salientar que o aproveitamento deverá ocorrer, obrigatoriamente, 
na primeira oportunidade em que a vaga for oferecida, não havendo margem 
para a escolha do agente em disponibilidade.
Caso, uma vez em disponibilidade, o servidor não tomar posse no prazo legal, 
teremos, como regra, a cassação da disponibilidade, que precederá, ainda, de 
inquérito administrativo.
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A única exceção fica por conta das situações em que o agente em disponibili-
dade for declarado inválido. Nesse caso, deverá ele ser aposentado.
Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior 
tempo de disponibilidade e, em caso de empate, o de maior tempo de ser-
viço público.
3. Concurso Público
O concurso público pode ser entendido como o procedimento administrativo ins-
taurado pelo Poder Público com o objetivo de selecionar os candidatos mais aptos 
para o exercício de cargos e empregos públicos.
O fundamento para a realização do concurso está na vedação às contratações 
pautadas em critérios subjetivos, tal como o apadrinhamento e a nomeação de 
pessoas conhecidas em troca de benefícios escusos. Identifica-se, assim, que a 
realização de concurso público está pautada na observância dos princípios da im-
pessoalidade, da moralidade, da isonomia e da legalidade.
A regra geral é que todas as pessoas possam participar do concurso público, que 
deverá ser amplamente divulgado como forma de encontrar interessados. Nesse 
ponto, merece destaque o fato de a publicidade oficial do edital de concurso público 
ser condição imprescindível para a produção de efeitos perante terceiros.
No entanto, não é de qualquer forma que tal processo pode ser realizado. Caso 
assim o fosse, seria muito fácil para administradores mal intencionados fraudar as 
regras previstas e conceder certos favorecimentos para determinados candidatos, 
desrespeitando gravemente a impessoalidade, princípio basilar de toda a atividade 
administrativa.
Por isso mesmo é que a Lei n. 6.123/1968 se preocupou em estabelecer diver-
sas regras a serem observadas pela Administração Pública quando da realização de 
concurso público:
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O concurso para o provimento efetivo de cargo especificado como classe 
única ou inicial de série de classes será público, constando de provas ou de 
provas e títulos.
A realização do concurso será centralizada em órgão próprio, salvo as exce-
ções estabelecidasem lei.
O edital de concurso disciplinará os requisitos para a inscrição, processo de 
realização, o prazo de validade, os critérios de classificação, os recursos e a 
homologação.
Independerá de limite de idade a inscrição em concurso de funcionário pú-
blico, inclusive o de serviços autárquicos.
A classificação dos concorrentes será feita mediante a atribuição de pontos 
às provas e aos títulos, de acordo com os critérios estabelecidos no edital do 
concurso.
Percebam que o concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, 
mas nunca poderá ser exclusivamente de títulos.
Da mesma forma, o concurso terá validade de até dois anos, e a sua prorroga-
ção, que poderá ocorrer uma única vez, deverá ser pelo mesmo prazo de realização 
do concurso.
A título de exemplo, a Administração poderá realizar concurso com prazo de 
validade de um ano, estabelecendo no edital regulador do certame que o prazo ali 
estabelecido poderá ser prorrogado uma única vez, por igual período.
Assim, vencido o prazo do concurso, pode a Administração (trata-se de uma fa-
culdade, sendo exemplo de ato administrativo discricionário) prorrogar a validade 
do mesmo por mais um ano ou realizar um novo concurso.
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E poderá a Administração publicar edital de concurso com o prazo de 
dois anos, improrrogáveis?
Perfeitamente, pois nenhuma regra foi desrespeitada. O que houve apenas foi 
que a Administração, discricionariamente, optou por não estabelecer a possibilida-
de de prorrogação.
E se fosse um edital com prazo de um ano, podendo ser prorrogado por 
três vezes e estando, por isso mesmo, com prazo total inferior a quatro anos?
Aqui não... Ainda que o prazo total de quatro anos não tenha sido superado (2 
+ 2), foi desrespeitada a regra de uma única prorrogação.
E se (para não restar dúvidas) tivermos um edital regulamentando um 
concurso e estabelecendo como prazo de validade dois anos, com a possi-
bilidade de prorrogação por um ano?
Estaria a Administração, nessa situação, respeitando a Lei n. 6.123/1968 
e a Constituição Federal?
Uma situação interessante: temos uma única prorrogação e o prazo total res-
peitado. Tudo de acordo, certo?
Errado! Além das regras acima, não podemos nos esquecer de que a prorroga-
ção, em todos os casos, deve ser pelo mesmo período previsto no edital: 1 + 1, 2 
+2, 6 meses + 6 meses...
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O estatuto dos servidores estabelece, em seu artigo 20, § 1º, a seguinte redação:
É fixada em cinquenta (50) anos a idade máxima para nomeação em concurso 
público destinado ao ingresso no serviço estadual e suas autarquias, mantidos os limi-
tes de idade fixados em lei específica para os cargos devidamente indicados.
Seria constitucional o mencionado dispositivo?
O STF possui entendimento sumulado de que o limite de idade como condição 
para a participação em concurso público apenas é válido quando decorrer das ne-
cessidades das atribuições do cargo que será exercido.
Como regra, é proibida a previsão de limite de idade para participação em con-
cursos públicos, uma vez que o artigo 7º, XXX, da Constituição Federal, dispõe 
sobre a impossibilidade de admissão, dentre outros, por motivo de idade.
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admis-
são por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
Entretanto, algumas atribuições podem dar ensejo à limitação de idade, tal 
como ocorre, por exemplo, com os concursos destinados ao provimento de pro-
fissionais da segurança pública. Em tais situações, o que é levado em conta é o 
interesse coletivo, assegurando à população profissionais em plenas condições de 
atender às atividades públicas. Nesse sentido está a Súmula 683 do STF:
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 
7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo 
a ser preenchido.
Importante salientar que, de acordo com o STF, o veto não motivado à participa-
ção em concurso público é inconstitucional, uma vez que agride diversos princípios, 
tais como o da impessoalidade e da moralidade. Na esteira desse entendimento, 
destaca-se a Súmula 684 do STF, de seguinte teor:
É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso 
público.
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Percebe-se, pelo teor das duas súmulas, que a administração pode perfeitamen-
te vetar ou limitar a idade de determinados candidatos, uma vez que não existem 
direitos ou garantias de caráter absoluto.
O que se exige, em ambos os casos, é que haja motivação por parte da Admi-
nistração Pública: no caso do veto, relatando a causa de tal providência. No caso do 
limite etário, demonstrando que o serviço a ser executado não é viável, por circuns-
tâncias de ordem física ou psicológica, para pessoas acima de determinada idade.
Vejamos agora outro importante artigo da lei dos servidores:
Art. 20, § 2º Sendo exigido exame psicotécnico, só poderá submeter-se às provas 
do concurso o candidato que houver sido julgado apto naquele exame, para o exercício 
do cargo.
Durante muito tempo, tivemos diversos impasses nas decisões dos tribunais 
superiores, até que o STF, no julgamento do AI 758.533/MG, estabeleceu que “O 
exame psicotécnico pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, 
tendo por base critérios objetivos de reconhecido caráter científico, devendo exis-
tir, inclusive, a possibilidade de reexame”.
Posteriormente, o entendimento foi sedimentado por meio da Súmula 686, de 
seguinte teor:
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo pú-
blico.
Nota-se, dessa forma, que é plenamente possível o estabelecimento de exame 
psicotécnico como uma das fases do concurso público. Para isso, a previsão deverá 
estar expressa em lei, não sendo possível a sua determinação, exclusivamente, por 
meio da edição de ato administrativo. Além disso, deverá a Administração pautar 
a avaliação por critérios objetivos, bem como possibilitar ao particular o reexame 
da avaliação.
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4. Posse
Pois bem... Ocorrendo a nomeação, com a publicação no Diário Oficial, o no-
meado tem o prazo de 30 dias para tomar posse.
Importante sabermos (uma vez que setrata de uma peculiaridade do estatuto 
pernambucano) que tal prazo poderá ser prorrogado, por justa causa, por mais 
180 dias.
Caso não tome posse no prazo legal, tem-se que o ato de nomeação será decla-
rado sem efeito. Isso ocorre pelo fato de a pessoa nomeada ainda não ser servidor 
público, motivo pelo qual não temos de falar em exoneração, mas em simples per-
da dos efeitos do respectivo ato de provimento.
A posse é o momento em que em que os candidatos aprovados e anteriormente 
nomeados têm o primeiro contato com a Administração Pública, passando, a partir 
de então, à categoria de servidores públicos e estando legalmente investidos em 
cargo público.
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Vejamos os requisitos que são exigidos no momento da posse:
Art. 23. Só poderá tomar posse em cargo público quem satisfizer os seguintes requi-
sitos:
I – ser brasileiro;
II – estar no gozo dos direitos políticos;
III – estar quite com as obrigações militares,
IV – estar quite com as obrigações eleitorais;
V – gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica;
VI – ter atendido às prescrições de lei especial para o exercício de determinados cargos;
VII – ser declarado apto em exame psicotécnico procedido por entidade especializada, 
quando exigido em lei ou regulamento.
De igual forma, o estatuto estadual elenca as autoridades com competência para 
dar posse aos agentes públicos regidos pelas disposições da Lei n. 6.123/1968:
Art. 24. São competentes para dar posse:
I – a autoridade de hierarquia imediatamente superior no cargo de provimento em co-
missão;
II – os órgãos colegiados, aos respectivos membros;
III – o Diretor do Departamento de Administração de Pessoal da Secretaria de Adminis-
tração, ao nomeado para o exercício de cargo de provimento efetivo.
5. Exercício
Ocorrendo a posse, temos a investidura de mais um servidor para os quadros 
funcionais da Administração Pública.
Mas será que o novo servidor já entra em exercício na data da posse?
Negativo. Como forma do servidor conhecer o local da repartição para onde 
foi nomeado e se organizar melhor com relação a mudanças, hospedagem e de-
mais procedimentos, o estatuto faculta ao servidor o prazo de 30 dias, contados 
da posse ou da data da publicação do ato de reintegração, para entrar em 
exercício.
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Em ambos os casos, o prazo de 30 dias poderá, a requerimento do interessado, 
ser prorrogado por mais 30 dias.
E se o servidor não entrar em exercício no prazo de 30 dias, será que 
acontece o mesmo que ocorre com a nomeação, que é tornada sem efeito?
De forma alguma, gente... Percebam que temos uma grande diferença entre os 
institutos da nomeação e posse.
Quando ocorre a nomeação, a pessoa não tem nenhum vínculo com a Admi-
nistração, de forma que a nomeação funciona justamente como uma espécie de 
“chamada”, alertando o nomeado para que tome todas as providências para a 
sua posse. Por isso mesmo, caso não seja realizada a posse no prazo legal, a única 
consequência é que o ato de nomeação é tornado sem efeito.
Com a posse, o nomeado passa a ser servidor público, pois observou todas as 
regras necessárias para ingressar na repartição.
O prazo de 30 dias para entrar em exercício é apenas uma prerrogativa que a 
Administração lhe concede, de forma que, caso o servidor não o respeite e deixe de 
entrar em exercício no prazo legal, teremos a exoneração do servidor.
6. Estágio Probatório
A partir da data em que entra em exercício, inicia-se, para o servidor ocupante de 
cargo efetivo, o estágio probatório, período de avaliação em que diversos fatores são 
levados em conta para a verificação da aptidão e da capacidade do agente público.
O instituto do estágio probatório está intimamente ligado ao princípio da efici-
ência, sendo um dos momentos em que a Administração pode verificar se o ser-
vidor atende às condições por ela exigidas. Tais condições, de acordo com a Lei n. 
6.123/1968, são as seguintes: a) idoneidade moral; b) assiduidade; c) disci-
plina; d) eficiência.
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Deve-se ressaltar que, com a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 
19, ocorrida em 1998, o período para aquisição da estabilidade passou a ser 
de três anos. Assim, ainda que a Constituição Federal nada mencione acerca do 
período necessário para a aquisição de estabilidade, o entendimento esposado por 
toda a doutrina majoritária é de que o período de estágio probatório deve ser de 
três anos, sendo esse o prazo utilizado, atualmente, no âmbito do serviço público.
A avaliação do servidor que se encontra em estágio probatório deve ser periódi-
ca e de acordo com a periodicidade prevista em regulamento de cada órgão.
Concluído o período de estágio probatório, o servidor, se aprovado, é conside-
rado estável.
Leve para a prova que a estabilidade no serviço público, tal como ocorre com o es-
tágio probatório, é de 3 anos/36 meses.
E essa estabilidade... Seria ela absoluta ou existem situações em que o 
servidor, ainda que estável, pode ser demitido?
Com toda certeza a estabilidade não é absoluta. Caso o fosse, estaríamos diante 
de um sério risco de engessamento do serviço público, com a possibilidade surreal 
de termos servidores que praticaram faltas graves contra a Administração ainda em 
pleno exercício por força de tal instituto.
Não faria o menor sentido, não é mesmo?
Assim, temos de memorizar as situações, conforme previsão da Constituição 
Federal, em que o servidor estável poderá, ainda assim, perder o cargo público:
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7. Vacância
As diversas hipóteses de vacância são situações nas quais o servidor deixa o 
cargo público anteriormente ocupado.
Como veremos, existem hipóteses em que a vacância é definitiva no serviço 
público, e outras em que ocorre uma simples troca de cargo.
De acordo com o artigo 81 do Estatuto dos Servidores de Pernambuco, temos 
as seguintes situações que acarretam a vacância no cargo público:
Art. 81. A vacância do cargo dependerá de:
I – exoneração;
II – demissão;
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III – promoção;
IV – transferência;
V – aposentadoria;
VI – falecimento;
VII – posse em outro cargo, ressalvadas as exceções legais;
Sobre tais formas de vacância, merece destaque a exoneração, que, ressal-
ta-se, não possui caráter punitivo, não podendo, por isso mesmo, ser confundida 
com a demissão.
A exoneração não se trata de uma forma de punição do agente público, mas, 
sim, do rompimento do vínculo mantido entre o servidor e a Administração Pública. 
Tal forma de vacância pode ocorrer de maneira voluntária ou involuntária.
É voluntária quando a exoneração ocorre a pedido do servidor. Tratando-se 
de exoneração de ofício, de iniciativa do Poder Público, estaremos diante da exone-
ração involuntária.
De acordo com a Lei n. 6.123/1968, temos as seguintes hipóteses de exonera-
ção:
Art. 82. Dar-se-á a exoneração:
I – a pedido;
II – de ofício
a) de cargo em comissão;
b) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório.
Quando se tratar de cargo em comissão, tendo em vista que são de livre no-
meação e exoneração e possuem a característica da transitoriedade, a exoneração 
poderá ocorrer, a qualquer tempo, a pedido do servidor (voluntária) ou de ofício, no 
interesse da Administração (involuntária).
O estatuto elenca, ainda, a data em que a vacância é considerada ocorrida (a 
depender de cada uma das modalidades previstas em lei).
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Art. 84. Ocorre a vaga na data:
I – do falecimento do titular do cargo;
II – da publicação do ato que transferir, após a posse, promover, aposentar, exonerar ou 
demitir o ocupante do cargo;
III – da posse ou, se esta for dispensada, do início do exercício em outro cargo;
IV – da vigência da lei que criar o cargo e conceder dotação para seu provimento ou em 
que for determinada, apenas, esta última medida, se o cargo estiver criado;
V – da comunicação pela autoridade competente, no caso de falecimento do funcionário 
em qualquer ato de guerra ou agressão à soberania nacional;
VI – da republicação do ato do Presidente da República que decretar a perda dos direitos 
políticos, nas hipóteses definidas na Constituição do Brasil;
VII – em que se tornar executável a sentença que declarar nulo o provimento e da que 
impuser ou acarretar a pena acessória de perda do cargo.
8. Duração do Trabalho
Como regra geral, a duração normal do trabalho será de seis horas por dia ou trin-
ta horas por semana, podendo, extraordinariamente, ser prorrogada ou antecipada.
Em caráter de exceção, temos o trabalho executado por funcionário em 
serviço externo que, pela própria natureza, não pode ser aferido por uni-
dade de tempo. De igual forma, nos serviços que exijam trabalho aos domingos e 
feriados, será estabelecida escala mensal de revezamento.
Com relação ao trabalho noturno, a Lei n. 6.123/1968 determina que “Salvo nos 
casos de revezamento semanal ou quinzenal, a duração normal do trabalho notur-
no será de seis horas por dia, podendo, extraordinariamente, ser prorrogada ou 
antecipada, na forma que dispuser o regulamento”.
A norma elenca, ainda, uma situação bastante específica: a duração do trabalho 
do funcionário que ocupar cargo relacionado com o serviço técnico científico.
De acordo com o estatuto, tal duração será de quatro horas por dia, ou vinte 
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horas semanais, podendo excepcionalmente ser aumentada mediante antecipa-
ção ou prorrogação do expediente pela autoridade competente.
Vamos sedimentar todas essas informações?
Regra Geral 6 horas por dia ou 30 horas por semana
Trabalho Noturno
6 horas por dia, exceto nas situações de revezamento 
semanal ou quinzenal
Serviço Técnico Cien-
tífico
4 horas por dia ou 20 horas semanais
9. Tempo de Serviço
Em todas as situações relacionadas com o tempo de serviço, devemos memo-
rizar que a contagem será sempre feita em dias, que serão, posteriormente, 
convertidos em anos, considerando o ano como o período de 365 dias.
A Lei n. 6.123/1968 elenca dois tipos de classes decorrentes do tempo de ser-
viço: os afastamentos que serão contados como tempo de efetivo exercício 
e aqueles que, em sentido oposto, apenas serão contabilizados para efeito de 
aposentadoria ou disponibilidade.
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Afastamentos contabilizados como 
tempo de efetivo exercício
Afastamentos contabilizados para fins 
de aposentadoria e disponibilidade
I – férias;
II – casamento;
III – luto;
IV – exercício de outro cargo, função de 
Governo, ou direção nos serviços da adminis-
tração direta ou indireta do Estado;
V – exercício em cargo ou função de dire-
ção, chefia ou assessoramento, quando posto 
à disposição de entidades da administração 
direta ou indireta, da União, dos Estados e 
Municípios;
VI – convocação para o serviço militar;
VII – júri e outros serviços obrigatórios por 
lei;
VIII – licença-prêmio;
IX – licença à funcionária gestante e ao fun-
cionário acidentado em serviço ou atacado de 
doença profissional;
X – licença, até o limite de dois anos, ao fun-
cionário acometido de moléstia consignada 
no parágrafo único do artigo 97, ou de outras 
indicadas em lei;
XI – missão oficial no país ou no estrangeiro, 
com ônus para o Estado, mediante ato de 
autorização do Governador;
XII – participação em congressos ou cursos 
de especialização, realização de pesquisas 
científicas, estágios ou conferências culturais, 
com a autorização do Governador e a compe-
tente prova de frequência e aproveitamento;
I – o tempo de serviço público federal, esta-
dual ou municipal, inclusive o de desempenho 
de mandato eletivo anterior à investidura;
II – o período de serviço ativo, nas Forças 
Armadas, prestado durante a paz, computado 
pelo dobro o tempo em operação de guerra;
III – o tempo de serviço prestado em autar-
quia federal, estadual ou municipal;
IV – o período de trabalho prestado a institui-
ção de caráter privado que tiver sido trans-
formada em órgão da administração direta ou 
em autarquia;
V – o tempo de duração da licença prêmio 
não gozada contado em dobro;
VI – o tempo de duração de licença para tra-
tamento de saúde;
VII – o tempo de licença a funcionária casada 
para acompanhar o marido até o máximo de 
dois anos;
VIII – o tempo em que o funcionário esteve 
em disponibilidade ou aposentado, desde que 
ocorra o aproveitamento ou a reversão, res-
pectivamente.
XIII – desempenho de comissões ou funções 
previstas em lei ou regulamento;
XIV – trânsito, na forma prevista nos regu-
lamentos;
XV – desempenho de função eletiva da 
União, dos Estados e dos Municípios;
XVI – expressa determinação legal, em 
outros casos.
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10. Férias
O direito ao gozo de férias trata-se de uma regra que não é exclusiva dos ser-
vidores públicos, devendo ser exercida por todos os trabalhadores da iniciativa 
privada. Decorre o direito de férias, dessa forma, de uma previsão constitucional, 
conforme estabelece o artigo 7º, XVII, da Constituição Federal:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social:
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal;
As férias são de um direito social que, ainda que inicialmente previsto para os 
trabalhadores da iniciativa privada, foi estendido aos servidores públicos de todos 
os entes federados. Em todas as situações, o servidor deve receber, quando do 
gozo de suas férias, um adicional de 1/3 sobre o total da remuneração.
No âmbito do serviço público, tal como ocorre para as demais classes de traba-
lhadores, é exigido um tempo mínimo de 12 meses de exercício para que o servidor 
adquira o direito ao primeiro período de férias. Os demais períodos, no entanto, 
serão contados por exercício, não havendo a necessidade de ser completado um 
ano de trabalho para a sua fruição.
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Aprendendo na Prática
Clarissa entrou em exercício no serviço público federal em 29/10/2014. Para 
que ela tenha direito ao gozo de férias, deve completar o período de um ano 
de efetivo exercício, período esse que termina em 28/10/2015. Nessa data, 
Clarissa já pode usufruir suas férias.
Para os demais períodos, no entanto, não há necessidade da observância de 
um ano de efetivo exercício. Nessa situação, Clarissa poderia, perfeitamente, 
requerer suas férias para o início do ano de 2016, uma vez que já estaríamos 
em um novo exercício.
Vejamos as disposições da Lei n. 6.123/1968 relacionadas com o instituto das 
férias:
Art. 103. O funcionário gozará de trinta dias consecutivos de férias por ano, de acordo 
com a escala organizada pela autoridade competente, devendo constar o ano a que 
correspondam.
§ 1º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao trabalho.
§ 2º Somente e depois do primeiro ano de exercício o funcionário adquirirá direito a 
férias.
§ 3º A escala de férias poderá ser alterada, de acordo com as necessidades do serviço.
§ 4º É vedado o fracionamento do período de férias, salvo por necessidade do serviço.
Art. 104. As férias dos membros do magistério corresponderão às férias escolares, 
obedecidas as restrições legais e regulamentares.
Art. 105. É proibida a acumulação de férias, salvo imperiosa necessidade do serviço até 
o máximo de dois períodos, justificada em cada caso.
Parágrafo único. Haverá presunção de necessidade do serviço, quando o funcionário 
deixar de gozar as férias e não houver sido comunicado o fato pelo chefe imediato ao 
órgão competente de pessoal.
Art. 106. Ao entrar em férias, o funcionário comunicará ao chefe imediato o seu ende-
reço eventual.
Art. 107. Por motivo de promoção ou remoção, o funcionário em gozo de férias não 
será obrigado a interrompê-las.
Art. 108. Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens do seu cargo 
e função.
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Em caso de exoneração, seja do servidor ocupante de cargo efetivo ou do ser-
vidor em comissão, terá ele direito ao pagamento de uma indenização referente ao 
período incompleto de trabalho.
Essa indenização será de 1/12 por mês de efetivo exercício ou fração superior a 
14 dias, sendo calculado com base na remuneração do mês em que for publicado 
o ato exoneratório.
Aprendendo na Prática
Antônio, após aprovação em concurso público, entrou em exercício no dia 
12 de abril de 2014. No dia 14 de novembro do mesmo ano, por motivos par-
ticulares, solicitou a exoneração do cargo público.
Nesse caso, além das demais verbas devidas, terá Antônio direito ao rece-
bimento proporcional da verba de férias. Para tal, devemos levar em conta os 
meses de efetivo exercício em que Antônio trabalhou.
• O mês de abril é considerado mês integral, uma vez que Antônio traba-
lhou 19 dias (de 12/04 a 30/04).
• Os meses de maio, junho, julho, agosto, setembro e outubro também são 
computados como de efetivo exercício.
• O mês de novembro, no entanto, não será computado, uma vez que An-
tônio trabalhou apenas 14 dias do período em questão.
Logo, o período que deverá ser levado em consideração, para efeitos de pa-
gamento das férias, é o de 7 meses, tendo ele direito a 1/7 da verba de férias.
11. Licenças
No que se refere às licenças, sete são as possibilidades estipuladas pelo esta-
tuto pernambucano. Veremos todas elas, assim como já feito em outros pontos da 
aula, por meio de um quadro sinótico.
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Estabelece a Lei n. 6.123/1968, em seu artigo 110, que “A licença concedida, 
dentro de sessenta dias contados do término da anterior, será considerada 
como prorrogação”.
Dessa forma, sendo concedida uma licença ao servidor, caso este, dentro do prazo 
de 60 dias, faça uso, novamente, dessa forma de licença, essa última será conside-
rada prorrogação da primeira.
Licença-prêmio
Serão concedidos aos servidores, após cada decênio de serviço efetivo 
prestado ao Estado, seis meses de licença-prêmio, com todos os direi-
tos e vantagens do cargo efetivo.
Temos de ter um grande cuidado aqui, pessoal, uma vez que a imensa 
maioria dos estatutos funcionais determina que a licença-prêmio será con-
cedida após cinco anos de efetivo exercício, possuindo o prazo de duração 
de três meses.
No estatuto em estudo, em sentido diverso, a licença terá a duração 
de seis meses, apenas sendo concedida após dez anos de serviços 
prestados ao estado.
Em algumas situações, a licença não poderá ser concedida. Isso ocorre 
quando o servidor, no curso do período aquisitivo de dez anos, tiver:
I – Cometido falta disciplinar grave;
II – Faltado ao serviço, sem justificação, por mais de trinta dias;
III – Gozado licença;
a) por mais de cento e vinte dias, consecutivos ou não, por motivo de 
doença em pessoa da família;
b) para trato de interesse particular;
c) por mais de noventa dias, consecutivos ou não, por motivo de afasta-
mento do cônjuge, funcionário civil ou militar, ou servidor da administração 
pública direta ou indireta.
Licença paratratamento de saúde
A licença para tratamento de saúde poderá ser concedida a pedido ou de ofício. 
Em ambos os casos, é imprescindível, para o deferimento da licença, que seja 
realizada inspeção médica oficial (medida que será feita por junta médica).
O prazo para o requerimento da licença em questão é de dez dias, que 
serão contados a partir da primeira falta ao serviço.
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O funcionário não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por 
período superior a vinte e quatro meses, exceto nos casos considerados recu-
peráveis, nos quais, a critério da junta médica, a licença poderá ser prorrogada.
Em qualquer hipótese, os vencimentos dos agentes afastados para trata-
mento de saúde serão integrais.
Julgado apto, deve o servidor reassumir, imediatamente, as suas funções, 
sob pena do período de ausência ser considerado como falta.
Licença por motivo 
de doença em pessoa 
da família
O servidor poderá obter licença por motivo de doença na pessoa de 
ascendente, descendente, colateral, consanguíneo ou afim, até o 
segundo grau, de cônjuge do qual não seja legalmente separado ou 
de pessoa que viva às suas expensas e conste do seu assentamento 
individual, desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal 
e esta não possa ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
O prazo da licença em questão será de, no máximo, 24 meses, sendo con-
cedida da seguinte forma:
1) Até 3 meses: com vencimentos integrais;
2) Até 1 ano: com metade dos vencimentos;
3) A partir do 13º mês até o 24º mês: sem o recebimento de vencimentos;
Licença-maternidade
A licença-maternidade compreende tanto as servidoras gestantes quanto 
as adotantes.
Com relação à servidora gestante, o prazo da licença será de 180 dias, 
tendo ela direito ao recebimento dos vencimentos integrais.
Preferencialmente, o início da licença será a partir do oitavo mês de gesta-
ção. Contudo, em caso de nascimento prematuro, o início da licença será 
no momento do parto.
No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora 
será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 
(trinta) dias de repouso remunerado.
Com relação à servidora adotante, os seguintes prazos deverão ser 
observados:
I – adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, pelo perí-
odo de 180 (cento e oitenta) dias;
II – adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) até 4 (quatro) 
anos de idade, pelo período de 90 (noventa) dias;
III – adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) até 8 (oito) 
anos de idade, pelo período de 60 (sessenta) dias;
Licença para o 
serviço militar 
obrigatório
Ao funcionário convocado para o serviço militar e outros encargos da Segu-
rança Nacional, será concedida licença com vencimento integral.
Ao funcionário desincorporado conceder-se-á o prazo não excedente de 
trinta dias para reassumir o exercício, sem perda de vencimento.
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Licença para o 
trato de interesse 
particular
Trata-se de licença que apenas pode ser concedida após dois anos de 
efetivo exercício.
Atendido esse requisito, o agente pode gozar de licença por prazo não 
superior a quatro anos, prazo esse que pode ser renovado por igual 
período.
Importante frisar que essa licença possui caráter discricionário, podendo ou 
não ser concedida de acordo com a conveniência do serviço público.
Uma vez concedida, o funcionário, em qualquer tempo, poderá desistir 
da licença para trato de interesse particular.
Licença à funcionária 
casada para 
acompanhar o marido
De acordo com a norma, “A funcionária casada terá direito a licença sem 
vencimento para acompanhar o marido, funcionário civil ou militar ou ser-
vidor da administração direta ou indireta do Poder Público, mandado servir 
de oficio fora do País, em outro ponto do território nacional ou do Estado”.
Ainda que a norma mencione “funcionária casada”, deve-se levar em conta 
que, nos dias atuais, o texto da norma deve abranger, igualmente, aqueles 
que mantêm união estável.
12. Vantagens e Gratificações
Atualmente, três são as vantagens que podem ser concedidas aos servidores 
públicos do estado de Pernambuco: a) ajuda de custo; b) diárias; c) gratifica-
ções.
As vantagens “auxílio para diferença de caixa” e “salário-família”, ainda que cons-
tassem no texto inicial da Lei n. 6.123/1968, foram revogadas posteriormente.
a) Ajuda de Custo
Trata-se a ajuda de custo de verba de caráter compensatório, cujo objetivo é 
ressarcir as despesas de instalação do servidor que, por interesse da Administra-
ção, passou a ter exercício em nova sede.
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A ajuda de custo destina-se ao ressarcimento das despesas de viagem e 
de nova instalação, relativas ao funcionário e não poderá exceder um mês de 
vencimento.
Além disso, a norma determina que a ajuda de custo seja paga, também, aos 
servidores que, mesmo sem ter exercício permanente em nova sede, tenham sido 
obrigados a permanecer em outra localidade por prazo superior a 30 dias. Nesse 
caso, o agente receberá a ajuda de custo cumulativamente com as eventuais diá-
rias recebidas.
Três são as formas de cálculo do valor da ajuda de custo:
I – sobre o vencimento do cargo;
II – sobre o vencimento do cargo em comissão que passar a exercer na nova sede;
III – sobre o vencimento do cargo efetivo, acrescido da gratificação, quando se tratar 
de função assim retribuída.
Como não poderia deixar de ser, o agente deverá restituir os valores recebidos 
a título de ajuda de custo quando não desempenhar as atividades para as quais os 
valores foram a ele creditados.
Nesse sentido é o teor do artigo 146 da norma estadual:
Art. 146. O funcionário restituirá a ajuda de custo:
I – quando não se transportar para a nova sede no prazo determinado;
II – quando, antes de realizar a incumbência que lhe foi atribuída, regressar, abandonar 
o serviço ou pedir exoneração.
b) Diárias
As diárias são utilizadas com a finalidade de compensar os gastos do servi-
dor que se ausentar da sua sede em caráter transitório ou eventual. No-
ta-se, de imediato, que a principal distinção entre a ajuda de custo e as diárias 
trata-se do caráter de eventualidade no exercício da atividade dessa última.
Em outras palavras, as situações que dão direito ao recebimento de ajuda de 
custo são aquelas em que o servidor passa a ter exercício em outra sede, com ca-
ráter de definitividade.
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Em sentido oposto, as hipóteses de diárias são aquelas em que o exercício da 
atribuição ocorre em outro local que não o da repartição, mas de forma eventual 
ou transitória. Terminada a atividade, o servidor retorna para a sede da repartição 
pública.
Dois artigos do estatuto dos servidores merecem destaque no que se refere às 
diárias:
Art. 149. No arbitramento das diárias, serão considerados o local, a natureza e as 
condições de serviço.
Art. 150. O funcionário que se deslocar de sua sede, em objeto do serviço ou missão 
oficial, fará jus, além das diárias, ao pagamento das despesas correspondentes ao 
transporte, na forma determinada em regulamento.
c) Gratificações
A Lei n. 6.123/1968 elenca dezesseis gratificações passíveis de concessão aos 
servidores públicos do estado de Pernambuco, sendo elas:
a) de função;
b) pela prestação de serviço extraordinário;
c) pela representação de Gabinete;
d) pelo exercício em determinadas zonas ou locais;
e) pela execução de trabalhos de natureza especial, com risco de vida ou de saúde;
f) pela realização de trabalho relevante, técnico ou científico;
g) pela participação em órgão de deliberação coletiva;
h) adicional por tempo de serviço;
i) pela participação, como auxiliar ou membro de comissão examinadora de concurso;
j) pela prestação de serviço em regime de tempo complementar/ou integral com dedi-
cação exclusiva.
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k) de produtividade;
l) pela participação em comissão ou grupo de trabalho;
m) por serviço ou estudo fora do país;
n) pela participação em grupo especial de assessoramento técnico;
o) pelo exercício do magistério inclusive em cursos especiais de treinamento de funcio-
nários;
p) por outros encargos previstos em lei ou regulamento.
Destas, apenas algumas possuem regulamentação no próprio texto da norma.
A gratificação de função é a que corresponde a encargos de gerência, chefia 
ou supervisão de órgãos e outros definitivos em regulamento, não podendo ser 
atribuída a ocupante de cargo em comissão.
A ausência por motivo de férias, luto, casamento, doença comprovada, licença-
-prêmio, licença para tratamento de saúde, licença à gestante, licença por motivo 
de doença em pessoa da família ou serviço obrigatório por lei não acarretará per-
da da gratificação de função.
O exercício de cargo em comissão exclui a gratificação pela prestação de ser-
viço extraordinário.
A gratificação pela prestação de serviço extraordinário nada mais é do 
que as popularmente conhecidas “horas extras”.
Em plena sintonia com as regras estabelecidas pela Constituição Federal, a gra-
tificação pela prestação de serviço extraordinário corresponderá a 50% (cinquen-
ta por cento) a mais do valor da hora normal.
Os valores pagos a título de gratificação pela prestação de serviço extraordinário 
não poderão exceder, no mês, a mais de 40 (quarenta) horas extras de tra-
balho.
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A gratificação pela representação de Gabinete será atribuída a servidor 
com exercício no Gabinete e na Assessoria Técnica do Governador, do Vice-Gover-
nador e de Secretário de Estado.
A gratificação adicional por tempo de serviço será calculada sobre o venci-
mento do cargo efetivo e, para todos os efeitos, a ele incorporada, corresponden-
do a cinco por cento por quinquênio de efetivo exercício prestado à União, 
aos Estados, aos Municípios de Pernambuco e às respectivas autarquias.
Essa gratificação é concedida automaticamente a partir do dia imediato àquele 
em que o funcionário completar o quinquênio.
A gratificação de produtividade não poderá exceder a um mês de vencimen-
to e será atribuída ao funcionário pela realização de trabalhos além do expe-
diente, em obediência ao que dispuser o regulamento.
13. Concessões
No capítulo destinado às concessões, a Lei n. 6.123/1968 elenca, além das 
vantagens que normalmente são classificadas como concessões aos servidores pú-
blicos, uma série de direitos que, na verdade, estão mais relacionados com afasta-
mentos e garantias.
Vejamos cada um deles, dada a grande possibilidade de serem exigidos em pro-
vas de concursos:
As situações de concessão são aquelas em que o servidor público não trabalha 
e, ainda assim, tem o respectivo tempo contado como de efetivo exercício, não 
deixando de receber remuneração durante o período.
De acordo com o estatuto estadual, duas são as situações em que o servidor 
público poderá faltar ao serviço, pelo prazo de até oito dias consecutivos, sem que 
haja qualquer tipo de prejuízo funcional.
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Além das concessões acima mencionadas, temos, de acordo com a norma esta-
dual, outras seis espécies de concessão, sendo elas:
a) Auxílio-funeral
Art. 171. Será concedido transporte à família do funcionário falecido no desempenho 
de serviço fora da sede do seu trabalho.
Art. 172. À família do funcionário falecido será concedido o auxilio funeral, correspon-
dente a um mês de vencimento ou provento.
§ 1º Em caso de acumulação, o pagamento do auxílio funeral corresponderá ao venci-
mento do cargo de maior padrão ou nível exercido pelo funcionário.
§ 2º A despesa com o auxílio funeral correrá à conta de dotação orçamentária própria.
§ 3º O pagamento do auxílio funeral obedecerá a processo sumário, que deverá ser 
concluído no prazo de quarenta e oito horas da apresentação do atestado de óbito, in-
correndo em pena de suspensão o responsável pelo retardamento.
b) Irredutibilidade dos vencimentos
Art. 173. O vencimento e o provento não sofrerão descontos, além dos autorizados em 
lei ou regulamento.
c) Horário para o servidor ou dependente estudante
Art. 174. Ao funcionário matriculado em estabelecimento de ensino médio ou supe-
rior, será concedido, sem prejuízo da duração semanal do trabalho, um horário que 
lhe permita a frequência às aulas, bem como ausentar-se do serviço, sem prejuízo do 
vencimento e demais vantagens, para submeter-se a prova ou exame, mediante apre-
sentação de atestado fornecido pelo respectivo estabelecimento.
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Art. 175. Ao funcionário matriculado em qualquerunidade escolar que necessite mu-
dar de domicílio para exercer cargo ou função pública, será assegurada matrícula em 
estabelecimento estadual de ensino na nova sede, independentemente de época ou da 
existência de vaga.
Parágrafo único. A concessão de que trata este artigo é extensiva ao cônjuge e filhos 
consanguíneos, afins ou adotivos do funcionário.
d) Prêmios
Art. 176. O Governo poderá conferir prêmios ao funcionário autor de trabalho conside-
rado de interesse público ou de utilidade para a administração.
e) Contratação para função técnica especializada
Art. 177. O funcionário poderá ser contratado, no interesse do serviço, para função 
técnica especializada.
§ 2º Fica assegurado ao funcionário o direito de reassumir, a qualquer tempo, o seu 
cargo efetivo, contando-se para todos os efeitos legais o respectivo tempo de serviço.
f) Afastamento para o exterior
Art. 178. O servidor poderá afastar-se de suas funções, para estudo ou para servir em 
organismo internacional com o qual o Brasil mantenha vínculo de cooperação, desde 
que previamente autorizado pelo Governador do Estado, ou Secretário de Estado por 
ele delegado.
§ 1º O afastamento para estudo dar-se-á sem prejuízo da remuneração, excluídas as 
vantagens inerentes ao efetivo exercício do cargo, desde que o servidor tenha sido 
aprovado em processo de seleção junto a instituição de ensino e mediante assinatura 
de termo de compromisso.
§ 2º O afastamento referido no parágrafo anterior, sem prejuízo das hipóteses de curso 
de menor duração, dar-se-á nos seguintes prazos:
I – para curso de especialização, por 18 (dezoito) meses, prorrogáveis por mais 3 (três) 
meses;
II – para curso de mestrado, por 30 (trinta) meses, prorrogáveis por mais 6 (seis) me-
ses;
III – para curso de doutorado, por 48 (quarenta e oito) meses, prorrogáveis por mais 6 
(seis) meses.
§ 4º Em nenhuma hipótese será permitido o afastamento se não for demonstrada a 
correlação dos estudos com as atribuições do cargo exercido pelo servidor.
§ 5º O afastamento dar-se-á sem vencimentos quando se tratar de serviço em organis-
mo internacional.
§ 6º O deferimento do pedido de afastamento condiciona-se, ainda, à conveniência do 
serviço e ao interesse da Administração Pública.
§ 7º O servidor poderá afastar-se do Estado para missão oficial, quando previamente 
autorizado pelo Governador do Estado.
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14.Direito de Petição
Durante toda a vida funcional, o servidor fará jus a uma série de direitos e es-
tará obrigado a um rol não menos importante de obrigações.
Como estamos no meio de órgãos ou entidades que possuem alto grau de hie-
rarquia em suas estruturas, é de extrema importância que o servidor tenha meios 
de pleitear os direitos que lhe são próprios nas situações em que se sentir coagido 
ou em que houver descaso por parte dos seus superiores. Tais situações são aten-
didas por meio do direito de petição.
Para entendermos como funciona a sistemática dos pedidos, reconsideração e 
recursos, vamos a um esquema que nos ajudará a visualizar todo o processo:
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Por óbvio que os servidores terão um lapso de tempo para requerer aquilo que 
entenderem de direito. Nesse sentido, devemos fazer uso do artigo 187 da Lei n. 
6.123/1968, que estabelece o prazo prescricional para o direito de petição do ser-
vidor público do estado de Pernambuco:
Os respectivos prazos serão contados da data em que o ato for publicado no 
meio oficial. Quando se tratar de ato de natureza reservada, o início da contagem 
será a data da ciência do interessado.
15. Regime Disciplinar
A origem do regime disciplinar está intimamente ligada a alguns conceitos ele-
mentares do Direito Administrativo, mas precisamente os relacionado com os po-
deres hierárquico e disciplinar.
De acordo com a doutrina, é por meio do poder disciplinar que a Administração 
Pública pode punir tanto os seus agentes internos quanto os particulares que este-
jam ligados a ela por algum vínculo específico.
Dessa forma, existe poder disciplinar quando a Administração Pública aplica a 
penalidade de advertência a um determinado servidor que se encontra a ela subor-
dinado. Do mesmo modo, temos uma manifestação do poder disciplinar quando um 
órgão público, verificando que um licitante não cumpriu com as obrigações estipu-
ladas em um contrato administrativo, aplica a sanção de suspensão.
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Em ambos os casos, tivemos uma penalidade sendo aplicada. No en-
tanto, em apenas um desses casos a pessoa punida estava subordinada à 
Administração.
E é justamente tal característica (subordinação) a base de outro importante 
poder: o hierárquico. Por meio dele, a Administração possui as prerrogativas de 
delegar, avocar, fiscalizar e aplicar sanções.
Assim, chegamos a uma importante constatação:
• Quando a Administração pune internamente os seus servidores pelas infra-
ções por eles cometidas, estamos diante do poder disciplinar exclusiva-
mente interno. Esse poder, justamente por ser apenas interno, deriva do 
poder hierárquico.
• Quando a Administração pune o particular que mantém algum tipo de vínculo 
específico com o Poder Público (como uma empresa privada que tenha cele-
brado um contrato administrativo) também estamos diante do poder dis-
ciplinar, só que agora, ao contrário do exemplo anterior, o mesmo aplica-se 
a terceiros e, por isso mesmo, não deriva do poder hierárquico.
Tudo isso nos permite afirmar que o regime disciplinar da Administração Pública 
é decorrência direta do poder disciplinar e indireta do poder hierárquico.
Nos termos da Lei n. 6.123/1968, o regime disciplinar dos servidores estaduais 
está construído em cinco capítulos: deveres, proibições, acumulação, respon-
sabilidades e penalidades.
15.1. Deveres
De acordo com o estatuto, temos uma série de deveres para os servidores públi-
cos estaduais. Salienta-se que a lista de deveres apresentada não é taxativa, mas, 
sim, meramente exemplificativa, de forma que o servidor não pode alegar que 
deixou de cumprir com alguma obrigação por ela não estar prevista expressamente 
no texto da norma que rege a sua categoria funcional.
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Vejamos quais são os deveres dos servidores públicos do estado de Pernambuco:
Art. 193. São deveres do funcionário, além

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