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Prática Contábil II

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
PRÁTICA CONTÁBIL II
2
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MiSSÃo
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
ViSÃo
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
bibliotEca MUltiViX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
Julio, Luciana Reis.
Prática Contábil II / Luciana Reis Julio. – Serra: Multivix, 2019.
FacUlDaDE caPiXaba Da SErra • MUltiViX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2019 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Diretor Executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Diretor da Educação a Distância
Flávio Janones
coordenadora acadêmica da EaD
Carina Sabadim Veloso
conselho Editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
revisão de língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
revisão técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Design Editorial e controle de Produção de conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Félix Soares
Multivix Educação a Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Direção EaD
Coordenação Acadêmica EaD
EDitorial
4
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoei-
ro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, 
São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, 
no mercado capixaba, destaca-se pela oferta de 
cursos de graduação, pós-graduação e extensão 
de qualidade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na mo-
dalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor Executivo do Grupo Multivix
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
liSta DE FiGUraS
 > FIGURA 1 - Modelo de ficha de estoque 22
 > FIGURA 2 - Ficha de controle de estoque 26
 > FIGURA 3 - Lançamento de cada operação 38
 > FIGURA 4 - Fatos sobre a venda 49
 > FIGURA 5 - DRE da empresa Brinquedos Bacanas 51
 > FIGURA 6 - Arquivo TXT, SPED Contábil 96
 > FIGURA 7 - Modelo de Conhecimento de Transporte Eletrônico 98
 > FIGURA 8 - Contas do ativo circulante 105
 > FIGURA 9 - Proventos do trabalhador 118
 > FIGURA 10 - Cálculo do Imposto de Renda 131
 > FIGURA 11 - Demonstrativo de pagamento, proventos 
e descontos 133
 > FIGURA 12 - Demonstrativo de pagamento, proventos 
e descontos de VT e pensão-alimentícia 134
6
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
liSta DE QUaDroS
 > QUADRO 1 - Mercadoria em estoque 65
 > QUADRO 2 - Lançamento contabilidade 66
 > QUADRO 3 - IPI 71
 > QUADRO 4 - ICMS 77
 > QUADRO 5 - PIS/PASEP 78
 > QUADRO 6 - Cofins 78
 > QUADRO 7 - Exemplo de folha de pagamento 111
 > QUADRO 8 - Cálculo do FGTS, Comercial Oliveira Ltda. 115
 > QUADRO 9 - Alíquotas do INSS, 2019 175
 > QUADRO 10 - Alíquotas de Imposto de Renda, 2019 175
 > QUADRO 11 - Demonstrativo de rescisão contratual 175
 > QUADRO 12 - Demonstrativo de pagamento 180
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
liSta DE tabElaS
 > TABELA 1 - Blocos 93
 > TABELA 2 - Tabela de recolhimento do INSS 130
 > TABELA 3 - Alíquotas INSS 2019 140
 > TABELA 4 - Alíquotas Imposto de Renda 2019 141
 > TABELA 5 - Segunda parcela do 13º salário 142
 > TABELA 6 - Recibo da segunda parcela 144
 > TABELA 7 - Valores hipotéticos para simplificar o exemplo, 
no mês de dezembro 149
 > TABELA 8 - Demonstrativo de pagamento de férias 154
 > TABELA 9 - Demonstrativo de pagamento de férias 156
 > TABELA 10 - Demonstrativo de pagamento de férias 157
 > TABELA 11 - Demonstrativo de pagamento de férias 159
8
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SUMário
UNIDADE 1 aPrESEntaÇÃo Da UniDaDE 17
1 oPEraÇÕES coM MErcaDoriaS 17
1.1 MÉTODOS DE REGISTRO DE MERCADORIAS 18
1.1.1 CONTA MISTA 18
1.1.2 CONTA DESDOBRADA 20
1.2 SISTEMA DE REGISTRO DE MERCADORIAS 21
1.2.1 INVENTÁRIO PERIÓDICO 23
1.2.2 INVENTÁRIO PERMANENTE 25
1.3 COMPRA DE MERCADORIAS 28
1.3.1 OPERAÇÃO DE COMPRAS 28
1.3.2 FATOS CONTÁBEIS QUE ALTERAM O VALOR DE COMPRAS 30
1.3.3FRETES E SEGUROS 30
1.3.4 COMPRAS ANULADAS OU DEVOLUÇÕES DE COMPRAS 32
1.3.5 ABATIMENTOS SOBRE COMPRAS 33
1.3.6 DESCONTOS COMERCIAIS OBTIDOS 34
1.3.7 JUROS EMBUTIDOS NAS COMPRAS A PRAZO 35
1.3.8 DESCONTO COMERCIAL X DESCONTO FINANCEIRO 38
1.4 VENDAS DE MERCADORIAS 39
1.4.1 DEVOLUÇÕES DE VENDAS 41
1.4.2 ABATIMENTO SOBRE VENDAS 44
1.4.3 DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS 45
1.4.4 BONIFICAÇÕES CONCEDIDAS 45
1.4.5 UROS EMBUTIDOS NAS VENDAS A PRAZO 47
1.5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 50
1.5.1 CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA 51
conclUSÃo 54
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
2 tribUtoS inciDEntES SobrE coMPraS E VEnDaS 
DE MErcaDoriaS 56
introDUÇÃo Da UniDaDE 57
2.1 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRA E VENDAS 57
2.2 ICMS (IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS 
E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL 
E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÕES) 59
2.2.1 PAGAMENTO DO ICMS E INADIMPLÊNCIA 62
2.2.2 REGISTRO CONTÁBIL DO ICMS 63
2.2.3 REGISTRO CONTÁBIL DO ICMS NAS DEVOLUÇÕES DE 
COMPRAS E VENDAS 66
2.3 IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 68
2.4 REGISTRO CONTÁBIL DO IPI 70
2.5 ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA 71
2.6 PIS/PASEP E COFINS SOBRE FATURAMENTO 73
2.6.1 REGISTRO CONTÁBIL PIS/PASEP E COFINS CUMULATIVO 74
2.7 REGISTRO CONTÁBIL PIS/PASEP E COFINS NÃO CUMULATIVO 75
2.8 APURAÇÃO DO LUCRO BRUTO 79
conclUSÃo 82
3 EScritUraÇÃo contábil PElo SoFtWarE contábil 84
introDUÇÃo Da UniDaDE 84
3.1 CONCEITO DE SPED 85
3.1.1 ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD) – ICMS E IPI 88
3.1.2 ENVIO DO ARQUIVO 91
3.2 ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD) – CONTRIBUIÇÕES 94
3.3 NOTA FISCAL ELETRÔNICA (NF-E) / CONHECIMENTO 
DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-E) 96
3.3.1 E-SOCIAL 101
3.4 SPED CONTÁBIL 102
SUMário
UNIDADE 2
UNIDADE 3
10
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
SUMário SUMário
UNIDADE 4
3.4.1 ENVIO DAS INFORMAÇÕES 103
3.4.2 REGISTRO DAS CONTAS 104
conclUSÃo 107
4 oPEraÇÕES coM rEcUrSoS HUManoS 109
introDUÇÃo Da UniDaDE 109
4.1 FOLHA DE PAGAMENTO DE SALÁRIOS 110
4.1.1 REGISTRO CONTÁBIL DA FOLHA DE PAGAMENTOS 112
4.1.2 FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO – FGTS 114
4.1.3 PREVIDÊNCIA SOCIAL – PATRONAL 116
4.2 PROVENTOS 118
4.2.1 SALÁRIO 118
4.2.2 VALE-TRANSPORTE 121
4.2.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 123
4.2.4 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 125
4.2.5 ADICIONAL NOTURNO 126
4.2.6 SALÁRIO-FAMÍLIA 127
4.3 DESCONTOS 128
4.3.1 INSS 129
4.3.2 IMPOSTO DE RENDA 131
conclUSÃo 135
5 cálcUlo E contabiliZaÇÃo Do 13º Salário E FÉriaS 137
introDUÇÃo 137
5.1 CONCEITO DE 13º SALÁRIO 138
5.1.1 CÁLCULO: PRIMEIRA E SEGUNDA PARCELAS DO 13º SALÁRIO 140
UNIDADE 5
11
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
SUMário
5.1.1.1 PROVISÃO DO VALOR DO 13º SALÁRIO 144
5.1.2 CONTABILIZAÇÃO DO PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO 148
5.2 FÉRIAS 150
5.2.1 CÁLCULO DO VALOR DAS FÉRIAS 155
5.2.2 REGISTRO CONTÁBIL: FÉRIAS 157
conclUSÃo 160
6 rESciSÃo contratUal 162
introDUÇÃo Da UniDaDE 162
6.1 CONCEITO DE RESCISÃO CONTRATUAL 163
6.2 DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA 166
6.2.1 CALCULANDO: SALDO DE SALÁRIO, HORAS EXTRAS E ADICIONAL NO-
TURNO NA RESCISÃO CONTRATUAL 166
6.2.2 AVISO PRÉVIO 167
6.3 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 171
6.4 FÉRIAS 172
6.5 PAGAMENTO DA RESCISÃO E FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SER-
VIÇO – FGTS 176
6.6 DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA 178
6.7 PEDIDO DE DEMISSÃO E DEMISSÃO CONSENSUAL 179
6.8 REGISTRO CONTÁBIL DA RESCISÃO CONTRATUAL 182
6.9 RESCISÃO DE CONTRATO E SOFTWARE CONTÁBIL E E-SOCIAL 184
conclUSÃo 186
rEFErÊnciaS 188
UNIDADE 6
12
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
iconoGraFia
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
13
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
BIODATA DO AUTOR 
luciana reis Julio
Mestra em Administração de Empresas pela Uninove e especialista em Controladoria 
pela Universidade Mackenzie. Atuou por vinte anos na área financeira, controladoria e 
planejamento estratégico em empresas de grande porte e multinacional. Professora 
no curso de Ciências Contábeis da Universidade de Guarulhos e no curso de Adminis-
tração do Centro Universitário Salesiano (Unisal).
JUSTIFICATIVA 
A disciplina contribuirá para que você, enquanto profissional da área contábil, bem 
como possível empreendedor, tenha o conhecimento adequado acerca dos proces-
sos que envolvem a contabilização das operações com mercadorias e entenda como 
cada imposto incide nas operações comerciais. Além disso, irá permitir que você 
tenha o conhecimento sobre o processo de elaboração da folha de pagamento e 
quais são as normas para a rescisão contratual. Conhecer esses assuntos é importan-
te não apenas para o profissional contábil, mas para todos que estão no mercado de 
trabalho, para que possam compreender os principais tributos e encargos trabalhis-
tas, a folha de pagamentos e a finalidade de cada imposto arrecadado pelo governo.
ENGAJAMENTO 
Antes de iniciar a disciplina, reflita e, se preferir, tome nota das suas ideias.
Você certamente já ouviu falar do SPED, arquivo digital do governo que contém infor-
mações contábeis e que é obrigatório para todas as empresas. Mas você sabe como 
deve ser o envio correto dessas informações? Você saiba quais são os impactos do 
envio errado de algumas informações? Ainda hoje muitas empresas estão no proces-
so de aprendizado sendo importante entender todas as etapas que englobam esse 
processo de envio das informações contábeis.
14
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
• Quando você recebe o seu salário, você compreende como são calculados os 
encargos trabalhistas? Quais são os descontos e proventos que devem apare-
cer no demonstrativo de pagamento?
• O cálculo da rescisão de trabalho é uma atribuição do departamento pessoal 
ou do departamento contábil, mas você sabe quais impostos são arrecadados 
na rescisão contratual? 
Esses e outros aspectos você entenderá ao longo da disciplina. 
APRESENTAÇÃO DA 
DISCIPLINA
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Prática Contábil II!
Iniciaremos os estudos da disciplina que tem como objetivo principal ensinar como 
são estabelecidas as operações com mercadorias e o registro contábil dos impostos 
que incidem nessas operações. Iremos abordar também como são realizados os prin-
cipais procedimentos na folha de pagamento (proventos, descontos, férias, cálculo 
do 13º salário e rescisão contratual) realizados pela área de departamento de pessoal. 
É sabido que uma empresa precisa comprar mercadorias para produzir e vender 
seus produtos. Parece simples, mas você sabia que para contabilizar esse processo é 
necessário seguir normas contábeis? Nesse sentido, serão apresentados o conceito de 
operações com mercadorias (compra e venda) e sua contabilização na prática. Ainda 
sobre o tema serão apresentados os impostos incidentes nas compras e vendas das 
mercadorias.
No decorrer da disciplina, abordaremos os processos do SPED, que é um arquivo 
digital que contém informações contábeis relacionadas aos pagamentos de impos-
tos como ICMS e obrigações acessórias que são destinadas à Receita Federal. Você 
aprenderá como deve ser feito o envio correto dessas informações, bem como são os 
processos do SPED que englobam aspectos fiscal e contábil. 
Apresentaremos ainda uma explicaçãosobre a folha de pagamento e sua elaboração, 
15
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
tais como o cálculo dos encargos trabalhistas, os descontos e proventos que devem 
aparecer no demonstrativo de pagamento e como deve ser calculada a rescisão 
contratual de um empregado. Para isso serão apresentados os cálculos e os softwares 
mais utilizados no processo de rescisão de contrato de trabalho. 
Ao terminar seus estudos, você irá entender como é a rotina contábil de uma empre-
sa e como realizar os principais lançamentos no sistema contábil, alinhando a teoria 
e a prática.
Mas para que o conhecimento seja completo, além da leitura do material didático, 
é importante que você participe dos fóruns de discussão e leia todos os materiais 
complementares, indicados em cada unidade. 
Vamos lá? Bons estudos!
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
• Identificar o processo contábil e o registro contábil sobre as operações com 
mercadorias.
• Identificar as normas e procedimentos contábeis.
• Definir o conceito de operações de compra e venda de mercadorias. 
• Identificar os impostos que incidem sobre os processos de compra e venda.
• Definir o que é são SPED Contábil e Fiscal.
• Identificar os impostos fiscalizatórios. 
• Definir os principais processos de lançamento contábil. 
• Explicar o processo de rescisão e os cálculos trabalhistas atuais.
• Identificar os softwares de rescisão contratual.
16
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Definir a forma correta de registro 
dos processos de compra e venda 
de mercadorias. 
> Identificar os sistemas de registro 
de operações.
> Definir os fatos contábeis presentes 
nas operações com mercadorias.
> Definir os métodos de contas mista 
e desdobrada. 
> Identificar as possíveis falhas na 
composição do custo do produto e 
precificação.
> Definir a demonstração dos 
lançamentos no relatório contábil. 
UNIDADE 1
17
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Prática contábil ii
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA 
UNIDADE 
As empresas comerciais, seja varejo ou atacado, compram mercadorias para depois 
revender e, assim, geram receitas. É um processo simples, porém cada etapa deve ser 
contabilizada de forma correta para que não ocorra erro na apuração dos custos e nas 
demonstrações contábeis. O objetivo desta unidade é que você possa compreender 
como as operações com mercadorias devem ser registradas contabilmente, utilizan-
do as contas corretas de acordo com as normas contábeis. Esse conhecimento evita 
erros e problemas fiscais para a empresa.
Nesta unidade, serão apresentados os métodos e os sistemas utilizados para o regis-
tro de operações com mercadorias. Abordaremos compras e vendas, bem como os 
fatos contábeis que podem alterar valores dessas operações, tais como abatimentos, 
descontos, devoluções, fretes e seguros. Serão apresentados os dois métodos utiliza-
dos no registro de operações, que são conta mista e conta desdobrada, sendo que 
apenas um método pode ser utilizado na empresa. Você também irá aprender os 
sistemas de inventários, que podem ser periódicos ou permanentes, e, por último, 
como esses lançamentos são demonstrados nos relatórios contábeis. 
1 OPERAÇÕES COM 
MERCADORIAS
A contabilidade tem como principal objetivo fornecer informações sobre o patrimô-
nio da empresa, para que seus proprietários sejam capazes de tomar decisões; por 
isso é muito importante que essas informações estejam corretas. O registro contábil 
ocorre por meio dos fatos contábeis, que são as ocorrências que alteram o valor do 
patrimônio. Entre os principais fatos contábeis está a compra e venda de mercado-
rias, movimentações do caixa, vendas, clientes a receber, etc.
As mercadorias são objetos que as empresas compram para depois revender com o 
objetivo do lucro, sendo essas operações o que chamamos de atividades principais da 
18
Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
empresa comercial. Durante esse processo, nem tudo o que foi planejado sai de acor-
do com o esperado, e podem ocorrer fatos como: mercadorias com defeitos, erros no 
pedido, insatisfação com o produto, que gera a devolução dos produtos, abatimento 
no preço da mercadoria ou descontos. Outros fatores como valor do frete, seguro, 
juros embutidos ou impostos também devem ser contabilizados de forma correta, 
para que a empresa tenha um controle eficiente dos custos. 
Esses fatos contábeis devem ser contabilizados, conforme as normas contábeis, para 
que as demonstrações sejam elaboradas com valores corretos e apresentem resulta-
dos reais da empresa.
A seguir, você verá quais são os métodos de registro de mercadorias utilizados na 
contabilidade para que sejam elaboradas as demonstrações contábeis conforme as 
normas da legislação.
1.1 MÉTODOS DE REGISTRO DE MERCADORIAS
Dentro da prática contábil existem dois métodos e dois sistemas que podem ser 
utilizados para o registro das operações: conta mista ou conta desdobrada. A empre-
sa deverá optar por um método; não é possível utilizar os dois métodos ao mesmo 
tempo, porque isso inviabilizaria o controle contábil causando conflito de informa-
ções no momento da apuração dos custos, além da alta despesa administrativa que 
dois controles representam para a empresa.
Independentemente do método adotado, a empresa poderá escolher qual o sistema 
que irá adotar no processo de inventário, sendo periódico ou permanente.
Para o entendimento do processo de inventário, primeiramente entenda mais sobre 
os tipos de contas, que são: mista e desdobrada. 
1.1.1 CONTA MISTA
O método conta mista ocorre quando a empresa adota uma única conta para o 
registro das operações com mercadorias. Essa conta pode ser chamada de conta 
de mercadorias, ou estoque de mercadorias, porque irá registrar os lançamentos de 
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
estoque inicial e final, assim como as compras, vendas, devoluções de compras, devo-
luções de vendas e outros. 
O termo conta mista deve-se ao fato de que se têm duas funções na contabilidade: 
uma conta patrimonial e uma conta de resultado ao mesmo tempo. 
Veja o exemplo a seguir:
Uma empresa comprou R$ 5.000 em mercadorias e pagou R$ 1.000 em 
frete e seguros. A empresa realizou o pagamento à vista. Veja o lançamento 
pelo método conta mista.
D – Mercadorias
a C – Caixa R$ 6.000,00
Veja que os custos com frete e seguro já estão somados na conta.
Vale ressaltar que é uma conta patrimonial quando esta registra o valor do 
estoque junto com outras contas do ativo (estoques inicial e final). E torna-
-se uma conta de resultado quando além dos estoques registra as compras, 
devoluções, etc. E por meio desta conta é possível apurar a Demonstração do 
Resultado do Exercício (DRE).
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Prática contábil ii
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1.1.2 CONTA DESDOBRADA
Quando a empresa adota a conta desdobrada utiliza três contas básicas, sendo elas:
1. Estoque de mercadoria (registro do estoque inicial e final). 
2. Compra de mercadorias.
3. Vendas de mercadorias.
Sendo essas as três contas básicas, a empresa poderá desdobrar a conta mercadorias 
na quantidade que for necessária para a contabilidade, e esse desdobramento faci-
lita o controle contábil, ou seja, é mais fácil para a contabilidade organizar e poste-
riormenteidentificar os lançamentos no sistema de forma detalhada. Quanto mais 
precisas as informações contábeis, mais seguras elas se tornam. Por essa razão, rara-
mente, na atualidade, encontramos empresas que utilizam o método de conta mista.
Veja o lançamento pelo método conta desdobrada utilizando o exemplo anterior:
Uma empresa comprou R$ 5.000 em mercadorias e pagou R$ 1.000 em 
frete e seguros. A empresa realizou o pagamento à vista.
D – Estoque de mercadorias R$ 5.000
D – Frete e seguro sobre compras R$ 1.000
a C – Caixa R$ 6.000,00 
O valor pago com fretes e seguros é contabilizado em uma conta separada, o 
que possibilita o controle de quanto a empresa gastou somente com merca-
dorias nessa operação.
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
Outras contas que são desdobradas: abatimento de compras, compras 
anuladas ou devolvidas (registra as devoluções de compra), vendas anuladas 
ou devoluções de vendas, fretes e seguros sobre compras, descontos incon-
dicionais obtidos, descontos incondicionais concedidos, ICMS sobre vendas, 
PIS e COFINS sobre faturamento.
A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira no início da 
Revolução Industrial, devido à crescente necessidade nas indústrias de calcu-
lar os custos para administrar os estoques e calcular o lucro bruto.
Agora que você conhece os dois métodos de contas para contabilizar as mercadorias, 
será apresentado como é realizado o registro no estoque no que se refere à entrada 
e saídas mercadorias. E, para cada exemplo, é possível compreender tanto o sistema 
de conta mista como conta de desdobrada.
1.2 SISTEMA DE REGISTRO DE MERCADORIAS
Para a Contabilidade, o inventário é a lista de bens materiais que estão armaze-
nados no estoque da empresa. O controle de estoque é realizado por uma ficha de 
controle na qual são anotados entrada, saída de mercadorias e saldo do estoque. Veja 
um modelo de ficha de estoque:
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Prática contábil ii
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FIGURA 1 - MODELO DE FICHA DE ESTOQUE
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Fonte: Elaborada pela autora.
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
Você pode notar que cada movimentação realizada na empresa é registrada na ficha. 
O saldo inicial é a quantidade de mercadoria que a empresa tem em estoque no 
início do período contábil. Já o saldo final do estoque será o valor da conta patrimo-
nial mercadoria em estoque. A soma das saídas é o custo da mercadoria vendida – 
conta de resultado da DRE.
Antigamente essas fichas eram registros em papel; no entanto, as empresas atual-
mente utilizam softwares para realizar o controle.
Independentemente do método de contas adotado, para o registro das operações 
comerciais, a empresa pode adotar um dos seguintes sistemas de inventário: periódi-
co ou permanente. Entenda agora como é cada um desses sistemas. 
1.2.1 INVENTÁRIO PERIÓDICO
Esse é o método mais utilizado por empresas de pequeno e médio porte e é permi-
tido pela legislação do Imposto de Renda.
Nesse sistema o valor da conta mercadoria somente será reconhecido no final do 
período contábil, que geralmente corresponde a um ano. Haverá somente uma 
contagem física de cada item do estoque para que a contabilidade possa apurar o 
resultado da conta mercadorias.
Como o próprio nome diz, o controle das mercadorias é periódico, não é realizado 
diariamente; mesmo que a empresa tenha uma ficha de controle de estoque, será 
apenas para controle gerencial e não para fins contábeis. Nesse método a apuração 
do estoque será da seguinte forma:
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Prática contábil ii
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No dia 02/01/2019, a empresa de varejo DFG tem um estoque inicial no 
valor de R$ 5.000. Comprou mercadorias durante o ano que totalizaram R$ 
15.000, sendo que a empresa devolveu R$ 2.000 em mercadorias para o seu 
fornecedor. Vendeu várias mercadorias durante o ano e, no final, do período 
contábil tinha um saldo em estoque de R$ 7.000,00. Como a empresa adota 
o método de inventário periódico, fará o seguinte cálculo:
CMV = EI + (C – DC) – EF
Onde:
CMV = Custo da mercadoria vendida
EI = Estoque inicial do período
C = Compras
DC = Devolução de compras
EF = Estoque final
CMV = R$ 5.000 + (R$ 15.000,00 – R$ 2.000) – R$ 7.000,00
CMV = R$ 5.000 + R$ 13.000 – R$ 7.000
CMV = R$ 11.000,00
O custo da mercadoria vendida dessa empresa é de R$ 11.000,00.
Veja, a seguir, como é contabilizado o CMV pelo inventário permanente.
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
1.2.2 INVENTÁRIO PERMANENTE
Como o próprio nome já explica, nesse sistema a empresa irá controlar permanen-
temente o valor do estoque. Cada compra realizada ou devolução é contabilizada 
imediatamente no estoque, assim como cada venda da empresa ou devolução. Esse 
método permite que a empresa tenha a informação atualizada da conta de merca-
dorias. No sistema permanente o controle é realizado com o uso da ficha de controle 
de estoque. Veja o exemplo:
A empresa Cálculos Perfeitos vende calculadoras e apresentou a seguinte 
movimentação:
 01/12/20x8 Estoque inicial de 20 unidades compradas por R$ 
200,00 cada.
12/12/20x8 Venda de 2 unidades.
14/12/20x8 Compra de 50 unidades por R$ 250,00 cada.
Nesse método o registro é realizado pela ficha de controle de estoque
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FIGURA 2 - FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE
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Fonte: Elaborada pela autora.
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
Veja que o CVM é apurado pelo preço de custo da mercadoria e o saldo de estoque, 
a soma de R$ 3.600 + R$ 12.500 = R$ 16.100.
 A decisão de qual sistema adotar será tomada de acordo com a necessida-
de, sistema e realidade de cada empresa. Não existe uma norma legal que 
obrigue as empresas a adotarem um determinado método. 
Atualmente grande parte das empresas tem adotado conta desdobrada com inven-
tário permanente, pois existem softwares de gestão contábil com preços acessíveis 
para esse controle, como,por exemplo, o sistema ERP, Enterprise Resource Planning, 
que significa Sistema Integrado de Gestão Empresarial.
 É possível para a contabilidade combinar os métodos e sistemas de formas 
diferentes, por exemplo:
a. conta desdobrada com inventário permanente ou
b. conta mista com inventário periódico.
Agora que você conhece os métodos e sistemas para contabilizar as movimentações 
de mercadorias, iremos aprofundar o conhecimento explicando a contabilização 
de cada movimentação do processo de compra. Registrar corretamente a entrada 
de mercadorias evita prejuízos causados por má gestão de estoque, como perda de 
mercadoria, furtos e compras desnecessárias.
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Prática contábil ii
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1.3 COMPRA DE MERCADORIAS
A empresa comercial, seja do ramo do varejo ou atacado, compra mercadorias para 
depois revender para ter lucratividade. Essas compras podem ser feitas à vista ou a 
prazo (fornecedores) e devem ser contabilizadas imediatamente no livro diário da 
empresa. 
A seguir, você entenderá como deve ser realizado o registro contábil das operações 
que envolvem compra de mercadorias.
1.3.1 OPERAÇÃO DE COMPRAS
A operação de compras de mercadorias deve ser contabilizada seguindo as normas 
contábeis. Veja o exemplo de como deve ser essa contabilização:
A loja Brinquedos Bacanas, que utiliza o sistema de conta mista, comprou 
mercadorias do Fornecedor Lua Brinquedos no valor de R$ 50.000, conforme 
a Nota Fiscal 8.719. O pagamento foi à vista, sendo feito débito automático 
da conta do Banco Din Din. A contabilização deverá ser realizada da seguinte 
forma, no sistema de conta mista:
D – Mercadoria
a C – Banco Din
NF 8.719 – Lua Brinquedos.....................................R$ 50.000
Se a compra da mercadoria tivesse sido realizada em dinheiro, o crédito 
poderia ter sido realizado na conta caixa. 
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
Se a compra fosse parcelada, o lançamento contábil seria da seguinte forma:
D – Compra de mercadorias
a C – Fornecedor
NF 8.719 – Lua Brinquedos.....................................R$ 50.000
Quando a empresa compra suas mercadorias a prazo, o lançamento poderá 
ser feito nas contas: fornecedor ou duplicatas a pagar.
Ainda no âmbito voltado para as operações de compra, tem-se o famoso modelo de 
gestão japonês just in time sendo muito utilizado pela logística de várias empresas.
Just in time é um modelo de gestão de estoque adotado pelo Japão com o 
objetivo de produzir a quantidade exata de um produto, de acordo com a 
demanda. Nessa metodologia a empresa irá alocar a matéria-prima na quan-
tidade exata no momento que precisar, evitando o acúmulo de mercadorias 
no estoque da empresa e reduzindo custos operacionais. Ou seja, a empresa 
compra somente a mercadoria necessária, não acumula estoque. Um bom 
exemplo de gestão de estoque!
Entenda agora quais são os fatos que podem alterar o registro contábil das operações 
que envolvem compra de mercadorias.
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Prática contábil ii
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1.3.2 FATOS CONTÁBEIS QUE ALTERAM O VALOR DE 
COMPRAS
A contabilidade irá registrar o custo de aquisição da mercadoria, porém não é conta-
bilizado apenas o valor pago diretamente ao fornecedor, mas deverá ter também o 
registro de outros custos que compõem o valor do estoque. 
Segundo o item 11 da Norma NBC TG 16, norma brasileira de Contabilidade que 
estabelece o tratamento contábil para estoque, deverão integrar no custo de merca-
doria: impostos com importações, tributos, custos com transportes, seguros, manu-
seio e o que for diretamente atribuído à compra de produtos acabados. Não deve ser 
contabilizado como custos: descontos, abatimentos, impostos recuperáveis ou juros 
embutidos nas compras a prazo. 
Veja como proceder nos casos em relação aos custos e sua contabilização. 
1.3.3 FRETES E SEGUROS
No ato da compra a empresa cliente poderá pagar o transporte da mercadoria até o 
seu estabelecimento. Esse pagamento pode ser realizado diretamente com o forne-
cedor ou para uma empresa terceira de transportes.
A empresa compradora também irá pagar o valor do seguro da mercadoria durante 
o transporte: caso ocorra algum eventual prejuízo ou dano durante o trajeto, a empre-
sa estará coberta pela seguradora. Esses valores deverão ser apurados no custo da 
mercadoria. 
Veja como deverá ser lançado no livro diário:
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Prática contábil ii
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A empresa Brinquedos Bacanas pagou R$ 2.500,00 para a transportadora 
Juarez (Nota Fiscal 2.345) e pagou R$ 1.500,00 para a seguradora Está Salvo 
(Nota Fiscal 456). O pagamento foi realizado à vista, via caixa. O lançamento 
contábil deverá ser realizado da seguinte forma:
• Empresa que adota o método de conta mista de mercadorias
D – Mercadorias 
a C – Caixa
NF 23.450 transportadora Juarez e NF 456 seguradora Está Salvo............................
.............................................................R$ 4.000
• Empresa que adota o método de conta desdobrada de mercadorias
D – Frete
NF 23.450 transportadora Juarez..............................................R$ 2.500
D – Seguros sobre compra .....................................................R$ 1,500
NF 456 seguradora Está Salvo
a C – Caixa..................................................................................R$ 4.000 
Assim, percebe-se que, quando uma empresa adota o sistema de conta desdobrada, 
o saldo das contas, fretes, seguros, compras anuladas, abatimentos e descontos será 
transferido para a conta CMV (custo da mercadoria vendida) no final do exercício.
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1.3.4 COMPRAS ANULADAS OU DEVOLUÇÕES DE 
COMPRAS
Compras anuladas ou devolvidas ocorrem quando o comprador devolve as compras 
ou parte dessas compras. Essa devolução pode ocorrer por inúmeros motivos: merca-
dorias com defeitos, danos causados no transporte, não corresponde ao pedido, etc. 
Veja o exemplo que ilustra como é o cálculo.
A empresa Brinquedos Bacana devolveu parte da mercadoria adquirida da 
fábrica Brinquedos Lua. O valor da devolução corresponde à quantia de R$ 
20.000,00. A empresa Brinquedos Lua decidiu ressarcir a empresa em dinhei-
ro. Entenda como deverá ser realizado o lançamento contábil no livro diário.
• Empresa que adota o método de conta mista de mercadorias:
D – Caixa
a C – Mercadorias
Devolução de parte da compra do fornecedor Lua conforme NF 1.547 ..............
.......................R$ 20.000
• Empresa que adota o método de conta desdobrada de mercadorias:
D – Caixa
a C – Estoque de mercadorias
Devolução de parte da compra do fornecedor Lua conforme NF 1.547 ..............
.......................R$ 20.000
Você pode notar que a empresa para devolver mercadoria emitiu uma Nota Fiscal 
1.547, denominada nota Fiscal de Devolução, que é uma nota que anula uma 
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Prática contábil ii
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operação de compra ou de venda, inclusive em relação aos impostos incidentes 
dessa operação. Deve ser emitida com base nas mesmas informações da nota fiscal 
de origem. Existem dois tipos de Nota Fiscal de Devolução: devolução de compra ou 
devolução de venda.
A Nota Fiscal de Devolução de Venda ou Compra deve ser emitida da seguin-
te forma:
1. Especificar a quantidade de produtos que está sendo devolvida.
2. Utilizar o CFOP: sigla de Código Fiscalde Operações e Prestações, 
das entradas e saídas de mercadorias, intermunicipal e interestadual. 
Trata-se de um código numérico que identifica a natureza de circula-
ção da mercadoria ou a prestação de serviço de transportes. Códigos 
de CFOP devem ser de devolução, conforme a tabela utilizada pela 
contabilidade da empresa.
3. Finalidade de emissão = “Devolução”
4. Natureza da operação = “Devolução”
1.3.5 ABATIMENTOS SOBRE COMPRAS
A empresa compradora, em vez de devolver a mercadoria, pode entrar em um acordo 
com o fornecedor e conseguir um abatimento no valor da compra. Feito esse acordo 
a empresa irá pagar um valor menor do que foi registrado na Nota Fiscal do pedido.
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Prática contábil ii
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A empresa Brinquedos Bacanas comprou, a prazo, um lote de brinquedos 
que chegaram com avarias sofridas durante o transporte. O fornecedor Bone-
cas MOM, devido às avarias, forneceu um desconto de R$ 2.000.00. Entenda 
como esse desconto será registrado no livro diário da empresa.
• Empresa que adota o método de conta mista de mercadorias
D – Fornecedor
a C – Mercadorias
Abatimento devido a avarias no transporte, referente à NF 365 ...........R$ 2.000
• Empresa que adota o método de conta desdobrada de mercadorias
D – Fornecedor
a C – Estoque de mercadorias
Abatimento devido a avarias no transporte, referente à NF 365 .............R$ 2.000
1.3.6 DESCONTOS COMERCIAIS OBTIDOS
A empresa também poderá ganhar o desconto no momento que efetua a compra 
da mercadoria. Esse desconto poderá vir destacado na Nota Fiscal. Registrar esse 
desconto, do ponto de vista contábil, é desnecessário, sendo mais prático registrar o 
valor líquido da compra.
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
A empresa vendeu uma mercadoria no valor de R$ 100,00 e concedeu um 
desconto comercial de R$ 20,00. A Nota Fiscal da empresa será da seguinte 
forma:
Produto XXX R$ 100,00
Desconto comercial R$ 20,00
Valor da Nota Fiscal R$ 80,00
1.3.7 JUROS EMBUTIDOS NAS COMPRAS A PRAZO
Quando uma empresa compra mercadorias para pagamento em longo prazo e o 
valor dos juros dessa transação é alto, a empresa deve registrar o valor da mercado-
ria e o valor dos juros de forma separada. O custo do financiamento (juros) deve ser 
contabilizado na conta despesa de juros, sendo esta classificada como despesa não 
operacional. Veja como deverá ser realizado o lançamento:
• Empresa que utiliza conta desdobrada
A empresa Brinquedos Bacanas comprou R$ 20.000,00 em mercadorias e irá 
pagar em 10 prestações. O fornecedor é a empresa Jogos Legais e emitiu a 
Nota Fiscal 897. O valor dos juros embutido é de R$ 2.000,00. O fato contá-
bil deverá ser contabilizado no dia da compra, assim como o pagamento da 
primeira parcela. 
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D – Estoque de mercadorias
a C – Fornecedor
Fornecedor Jogos Legais, referente à NF 897 ...........................R$ 18.000
Ajuste o valor presente (despesa financeira)
Juros embutidos...........................................................................R$ 2.000
Compra de mercadoria
Valor líquido da operação.............................................................R$ 20.000 
O ajuste de valor presente é uma despesa antecipada, redutor da conta 
fornecedor, e será apresentado no balanço patrimonial: 
Passivo circulante
Fornecedor............................................................................R$ 20.000
(-) Ajuste o valor presente..............................................R$ 2.000
Saldo...........................................................................R$ 18.000
Para contabilizar o pagamento em dinheiro da primeira parcela:
D – Fornecedor
a C – Caixa................................................................R$ 2.000
Pagamento da primeira parcela do fornecedor Jogos Legais, NF 897
D – Despesas financeiras
a C – Ajuste o valor presente (despesa financeira a vencer)
..............................R$ 2.000
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
O código de barras permite um maior controle dos estoques, por meio de 
uma representação gráfica de combinação numérica: GTIN número global 
do item comercial que contribui para identificar itens de cada produto. Sua 
forma mais comum é a de 13 dígitos, podendo também ser formado por 8, 
12 ou 14 dígitos.
Veja como cada operação de compras é tratada na contabilidade.
A empresa Livraria Saber efetuou três compras de mercadorias em períodos 
diferentes:
1. Comprou livros no valor de R$ 50.000 da Editora Cultura. A Livraria 
Saber recebeu alguns livros que não constavam no pedido e fez uma 
devolução de R$ 10.000.
2. Comprou material de papelaria no valor de R$ 30.000. A Livraria Saber 
recebeu produtos com pequenos defeitos e pediu um abatimento do 
fornecedor de 15%.
3. Comprou cadernos no valor de R$ 20.000 e solicitou um desconto na 
compra de 5%. Veja os lançamentos:
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FIGURA 3 - LANÇAMENTO DE CADA OPERAÇÃO
DEVOLUÇÃO DE 
COMPRAS
ABATIMENTO DE 
COMPRAS DESCONTO DE COMPRAS
A empresa comprou merca-
dorias:
D – Estoque de mercadoria
C – Fornecedor
A empresa comprou 
mercadorias:
D – Estoque de mercadoria
C – Fornecedor
A empresa solicitou o desconto 
na compra.
Ao devolver as compras: 
D – Fornecedor
C – Estoque de mercadoria
Solicitou o abatimento: 
D – Fornecedor
C – Estoque de mercadoria. R$ 
4,500
D – Estoque de mercadoria
C – Fornecedor: R$ 19,000
Saldo de estoque:
R$ 50.000 – R$ 10.000 = R$ 
40,000
Saldo de estoque:
R$ 30.000 – R$ 4.500 = R$ 
25.500
Se o desconto foi solicitado 
antes da emissão da Nota fiscal, 
não é necessário o registro 
contábil.
Fonte: Elaborada pela autora.
1.3.8 DESCONTO COMERCIAL X DESCONTO 
FINANCEIRO
Existe uma diferença entre os conceitos de desconto comercial e desconto financeiro.
O desconto comercial, como foi exemplificado, ocorre no ato da compra, sendo 
denominado desconto incondicional obtido, por se tratar de um ato espontâneo do 
vendedor, que, por algum motivo, decidiu reduzir o valor da mercadoria, fornecendo 
o desconto. 
O desconto financeiro ocorre no momento da quitação da dívida, por exemplo: 
o cliente quita a última parcela antes do prazo e consequentemente “ganha” um 
desconto financeiro. Essa operação é contabilizada na conta desconto obtido no 
grupo das receitas financeiras.
Após analisarmos todas as operações referentes às compras de mercadorias, é neces-
sário saber registrar as operações de vendas de mercadorias. O registro correto das 
vendas e saída de mercadorias é tão importante quanto o registro de compras, para 
que os saldos de estoque e custos tenham credibilidade nas demonstrações contá-
beis da empresa.
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
1.4 VENDAS DE MERCADORIAS
Vender mercadorias é um dos principais objetivos organizacionais, sendo que essa 
operação deve ser a principal fonte das receitas de uma empresa. As vendas de 
mercadorias podem ser realizadas tanto à vista quanto a prazo. Na venda à vista, a 
empresa recebe o pagamento no ato da venda; e, a prazo, a empresa passa a ter um 
direito de receber, registrado nas contas duplicatas a receber ou contas a receber.
Veja os exemplos, a seguir:
A empresa Brinquedos Bacanas vendeu mercadorias no valor de R$ 5.000,00 
à vista. Veja como deverá ser lançadaessa operação no livro diário. 
• Empresa que adota o método de conta mista de mercadorias
D – Caixa
a C – Mercadorias
Vendas referentes à NF 400 .........................R$ 5.000
• Empresa que adota o método de conta desdobrada de mercadorias
D – Caixa
a C – Venda de mercadorias
Vendas referentes à NF 400 .........................R$ 5.000
Esse lançamento irá registrar o valor da receita bruta/faturamento da empresa. 
Depois que foi registrado o valor da receita bruta, e se a empresa adotou o sistema 
de inventário permanente, deverá imediatamente registrar o custo da mercadoria 
vendida e consequentemente baixar esse valor do estoque.
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Veja o exemplo do lançamento:
D – Caixa
a C – Venda de mercadorias
Vendas referentes à NF 400 .........................R$ 5.000
Vamos supor que a empresa comprou mercadoria por R$ 2.000,00 para revender por 
R$ 5.000.00. Ao vender a mercadoria, a contabilidade deverá fazer uma “baixa” de R$ 
2.000,00 na conta estoque de mercadoria e registrar esse valor como custo na conta 
CMV (custo da mercadoria vendida).
D – Custo da mercadoria vendida
a C – Estoque de mercadorias
Vendas referentes à NF 400 .........................R$ 2.000
Quando a empresa parcelar suas vendas, ou seja, vender a prazo, deverá ser 
realizado esse lançamento da mesma forma; a única diferença é que, em vez 
de debitar na conta caixa vendas a prazo, deverá ser registrar na conta dupli-
catas a receber ou clientes.
Após as vendas das mercadorias, é comum que ocorram devoluções que devem ser 
contabilizadas pela empresa. Veja como tratar as devoluções de vendas.
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SUMÁRIO
1.4.1 DEVOLUÇÕES DE VENDAS
O cliente que compra produtos de uma empresa pode devolver o produto por diver-
sas razões, como produtos com defeitos, insatisfação do consumidor com a mercado-
ria entregue, problemas nas especificações dos pedidos, etc. Sendo essa uma prática 
rotineira nas empresas, deverá ser registrada na contabilidade de forma correta. Veja 
o exemplo:
O cliente Silvio da Silva comprou R$ 9.000 em mercadorias, segundo NF 
321. No entanto, devolveu R$ 2.000,00 porque encontrou pequenos defeitos 
nessas mercadorias. A restituição ao cliente foi paga em dinheiro; o custo 
da mercadoria vendida e devolvida pelo cliente é de R$ 2.000; e o custo da 
mercadoria devolvida equivale a R$ 900,00. Veja como deverá ser contabili-
zado no livro diário:
• Empresa que adota o método de conta mista de mercadorias
D – Mercadorias*
a C – Banco
Devolução de parte de vendas do cliente Silvio Silva conforme NF 321 .............
........................R$ 2.000,00
Empresa que adota o método de conta desdobrada de mercadorias com 
inventário permanente
D – Devolução de mercadorias
a C – Banco
Devolução de parte de vendas do cliente Silvio Silva conforme NF 321 .............
........................R$ 2.000,00
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D – Estoque de mercadorias*
a C – Custo da mercadoria vendida (CMV)
Mercadoria recebida em devolução do cliente Silvio Silva conforme NF 321 ....
.................................R$ 900,00
*Mercadorias devolvidas voltam para o estoque, por isso devem ser debitadas 
na conta estoque ou mercadorias.
E, se a devolução ocorre após o fechamento do exercício social? Vamos imaginar que 
a empresa já encerrou a conta de receita de vendas na apuração do resultado da 
empresa. Não é mais possível modificar o valor dessa receita.
Então, como a contabilidade deverá proceder? É necessário que sejam registrados o 
valor dessa devolução e a sua perda da receita. No entanto, não é mais possível redu-
zir o lucro bruto do exercício que já foi encerrado.
Essa devolução também não pode ser classificada como despesa não operacional do 
período atual, já que faz parte das atividades da empresa. Portanto, o que fazer nessa 
situação? Será aberta uma conta de resultado denominada “Prejuízo do exercício 
anterior”, é irá ser apresentada na DRE junto com as despesas operacionais.
Entenda o porquê de esse lançamento ser realizado em uma conta de despesa 
operacional:
1. O prejuízo dessa devolução não pode ser registrado como ajuste do exercício 
anterior, já que não houve erro contábil no exercício anterior, o fato foi uma 
devolução de mercadorias no exercício posterior, impossível de ser prevista 
pela contabilidade.
2. A devolução de mercadorias faz parte das atividades operacionais da empresa, 
portanto, pela norma contábil não é possível fazer esse registro como prejuízo 
não operacional.
Veja como será o lançamento dessa conta, conforme o exemplo: 
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SUMÁRIO
O cliente Durval da Silva devolveu R$ 5.000,00 em mercadoria referente a 
uma compra que foi efetuada no exercício anterior, conforme NF 109. O 
custo da mercadoria para a empresa vendedora foi de R$ 1.700,00. A compra 
foi parcelada em 5 prestações. 
D – Devolução de mercadorias do exercício anterior
a C – Clientes a receber
Devolução de mercadoria conforme NF 109 .....................................R$ 5.000,00
Assim, o registro da mercadoria devolvida deverá ser feito no estoque da seguinte 
forma:
D – Estoque de mercadorias
a C – Devolução de vendas de mercadorias do exercício anterior
Mercadoria recebida em devolução, conforme NF 109 ......................R$ 1.700,00
Veja que o saldo da conta devolução de mercadorias do exercício anterior 
será: R$ 3.300 – R$ 5.000 de devolução – R$ 1,700 do valor do CMV – merca-
doria que voltou para o estoque.
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1.4.2 ABATIMENTO SOBRE VENDAS
O cliente, em vez de devolver a mercadoria, poderá solicitar um desconto por peque-
nos danos causados no transporte ou qualquer outra razão que não o faça satisfeito 
com o produto. O abatimento sobre as vendas pode ser registrado como descontos 
incondicionais concedidos. Veremos cada caso no detalhe:
O cliente João Antônio recebeu suas mercadorias com pequenos defeitos, e 
sua compra foi de R$ 7.000,00, em cinco parcelas, conforme Nota Fiscal 129. 
A empresa para ressarcir os danos concedeu um desconto de R$ 500,00. 
Veja como será realizado o lançando do desconto:
• Empresa que adota o método de conta mista de mercadorias
D – Mercadorias
a C – Duplicatas a receber
Abatimento concedido por defeitos na mercadoria referente à NF 129.....R$ 
500,00
• Empresa que adota o método de conta desdobrada de mercadorias 
com inventário permanente
D – Abatimento sobre vendas
a C – Duplicatas a receber
Abatimento concedido por defeitos na mercadoria referente à NF 129 ............
......................R$ 500,00
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SUMÁRIO
1.4.3 DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS
Uma empresa pode fornecer um desconto para o seu cliente no ato da venda. O 
desconto poderá ser destacado na Nota Fiscal, por exemplo:
A empresa Brinquedos Bacanas vendeu R$ 15.000,00 e concedeu um 
desconto incondicional no valor de R$ 1.000, conforme NF 534. O registro 
dessa operação será realizado da seguinte forma: 
O cliente irá pagar à vista. 
D – Caixa..........................................................................................R$ 14,000.00
D – Desconto incondicional referente à NF 534 ................................R$ 1.000,00
a C – Receita de vendas..................................................................R$15.000,00
Observação: a conta desconto condicional é uma conta de resultado reduto-
ra da receita de vendas. 
1.4.4 BONIFICAÇÕES CONCEDIDAS
As bonificações estão vinculadas a promoções, cotas atendidas de vendas ou ações 
de fidelidade de fornecedores, dentre outros. É a quantidade de mercadorias entre-
gues gratuitamente, a mais do que estipulado, em função do volume de vendas e, 
geralmente, em decorrência de promoção especial.
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 A bonificação é diferente de brinde, porque, se for uma mercadoria para a 
revenda, será considerada como bonificação; no entanto, se a mercadoria for 
para consumo próprio, será considerada como brinde. 
Veja o exemplo:
Um cliente compra 50 caixas de bolas de gude da Empresa Brinquedos 
Bacanas, que resolve no ato da entrega, pelo mesmo valor, fornecer 70 caixas 
a mais. Sendo que o adicional de 20 caixas de bolas de gude corresponde à 
bonificação em mercadorias, o lançamento contábil deverá ser realizado da 
seguinte forma, considerando que o valor de cada caixa são R$ 100,00 e a 
negociação será paga à vista pelo cliente:
D – Caixa 
C – Receita de vendas – R$ 5.000,00
O custo médio unitário no estoque de cada caixa são R$ 60,00, portanto, será 
contabilizado o CMV da seguinte forma: 
D – Custo da mercadoria vendida – R$ 4.200.00 (R$ 60,00 x R$ 7.000)
a C – Estoque de mercadoria 
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SUMÁRIO
1.4.5 UROS EMBUTIDOS NAS VENDAS A PRAZO
A norma contábil determina que, ao efetuar uma venda, seja em longo ou curto 
prazo, e o cliente pagar juros de forma significativa, estes juros deverão ser reconhe-
cidos como uma receita financeira e não contabilizados como receita de vendas. A 
receita de vendas deverá ser registrada pelo valor presente.
Veja um exemplo de um fato ocorrido em uma empresa comercial:
UO cliente GFR comprou mercadorias a prazo no valor de R$ 3.000,00. Os 
juros embutidos na operação foram no valor de R$ 300,00. O cliente irá pagar 
10 parcelas mensais de R$ 300,00, conforme Nota Fiscal 753. 
Considerando que o cliente utiliza o critério de conta desdobrada, essa venda 
será contabilizada da seguinte forma:
D – Clientes a receber
a C – Receita de vendas
Referente à NF 753 ............................R$ 2.700
Ajuste o valor presente (receita financeira)
Juros embutidos na operação da NF 753.................................................R$ 300
Venda de mercadoria
Valor líquido da operação......................................................................R$ 3.000 
O ajuste de valor presente é uma receita antecipada redutora da conta clien-
tes ou duplicatas a pagar e será apresentado no balanço patrimonial: 
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Ativo circulante
Clientes..................................................................................................R$ 3.000
(-) Ajuste o valor presente......................................................................(R$ 300)
Saldo......................................................................................................R$ 2.700
O pagamento da primeira parcela deverá contabilizado:
D – Caixa
C – Clientes a receber........................R$ 30,00
D – Ajuste o valor presente (receita financeira a vencer)..................(R$ 30,00)
A C – Receita financeira.
Do ponto de vista contábil a despesa operacional está relacionada aos pagamentos 
feitos devido às atividades da empresa, tais como despesa de RH, despesa comercial, 
despesa administrativa, dentre outras. Já a despesa não operacional não está relacio-
nada com o objetivo do negócio, como, por exemplo, pagamento de juros.
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SUMÁRIO
Veja o exemplo de cada fato: a empresa Chocolates Delícias efetuou três 
vendas: R$ 600.000,00 para a Distribuidora Doces Alegres; R$ 500.000 para 
Comercial Doçura; e R$ 400.000 para Comercial ChocoVarejo. E ocorreram os 
seguintes fatos relacionados a essa venda:
FIGURA 4 - FATOS SOBRE A VENDA
Devolução de vendas Abatimentos Desconto comercial
Uma parte do lote vendido 
para a Distribuidora Doces 
Alegres foi devolvido: R$ 
100,00.
Houve um erro no pedido 
da Comercial Doçura, que 
pediu um abatimento de 
10% no valor da venda.
A Comercial ChocoVarejo 
solicitou um desconto que 
foi concedido: 5% do valor.
Vendas brutas: R$ 600,00
Devolução de vendas: R$ 
(100,00)
Venda líquida: R$ 500,00
Vendas brutas: R$ 500,00
Abatimento: R$ (50,00)
Venda líquida: R$ 450,00
Vendas brutas: R$ 400.00
Desconto: R$ (80,00)
Vendas líquidas: R$ 320,00
Esse fato ocorreu após a emis-
são da Nota Fiscal.
Esse fato ocorreu após a 
emissão da Nota Fiscal.
Esse fato ocorreu antes da 
emissão da Nota Fiscal.
Fonte: Elaborada pela autora.
A demonstração do resultado da empresa será (R$/1.000):
• Receita de vendas: R$ 1.500
• Devolução de vendas: R$ (100)
• Abatimentos: R$ (50)
• Desconto comercial: R$ (80)
• Receita líquida: R$ 1.270
observação: por enquanto, não estamos considerando os impostos incidentes 
sobre vendas.
A seguir, veremos como todos os lançamentos apresentados refletem nas demons-
trações contábeis.
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1.5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
As contas utilizadas para registrar os fatos com as mercadorias terão as seguintes 
apresentações no elenco de contas:
balanço patrimonial brinquedos bacana
ATIVO
Ativo circulante
 Estoques
 Compras – permanente
 Frete sobre compras – permanente
 (-) Devoluções sobre compras – permanente
 (-) Abatimento sobre compras – permanente
O controle da conta estoque é fundamental para a administração de uma empresa, 
impactando diretamente no custo dos produtos. A conta estoque é evidenciada no 
balanço patrimonial, e sua avaliação deve ser elaborada de forma correta, conforme 
Normas Contábeis (Lei nº 6.404/76 – art. 183).
Veja que o balanço patrimonial apresentado da empresa Brinquedos Baca-
na informa que o sistema de inventário adotado na empresa é o sistema de 
inventário permanente.
Veja, a seguir, como o custo da mercadoria vendida é um redutor da receita líquida e 
como é apresentado na DRE.
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1.5.1 CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA
O custo da mercadoria vendida é apresentado na Demonstração de Resultados do 
Exercício (DRE), sendo apurado em função da variação do saldo de estoque, confor-
me a equação a seguir:
cMV = Ei + c-EF
onde:
CMV = Custo da mercadoria vendida
EI = Estoque inicial 
C = Compras
EF = Estoque final
Veja a DRE da empresa Brinquedos Bacanas:
FIGURA 5 - DRE DA EMPRESA BRINQUEDOS BACANAS
Brinquedos Bacana S.A.
Demonstração do resultado – dezembro x19
RECEITA DE VENDAS BRUTA Vendas 44.000
(-) Devoluções de vendas - 2.000
(-) Abatimentos sobre vendas - 500
(-) Desconto comercial (incondicional) - 1.000
(-) Impostos sobre vendas - - 7.920
(=) Receita líquida 32.580
(-) CMV - 4.790
(=) resultado bruto 27.790
(-) Despesas operacionais - 9.000
(+/-) Receitas e despesas financeiras - 1.700
Descontos financeiros concedidos - 1.500
(=) lucro líquido 15.590
Fonte: Elaborada pela autora.
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A DRE tem o seu início na receita de vendas, e os valores de redutores da receita 
obrigatoriamente deverão vir em seguida (devolução de vendas, abatimento sobre 
vendas, desconto comercial e impostos), e, assim, é possível obter a receita líquida do 
exercício. 
As despesas relacionadas com as vendas, assim como os efeitos dos pagamentos ou 
recebimentos antecipados, são registradas no grupo das despesas operacionais ou 
outras receitas/despesas financeiras. 
Após apurado o lucro bruto, este será destinado à remuneração das despesas, gover-
no (IR e CSLL), e distribuído entre os proprietários e acionistas da empresa.
Para que a DRE e o balanço patrimonial sejam apresentados de forma correta, é 
fundamental um controle nas operações com mercadorias, para que todos na empre-
sa saibam o valor do seu lucro bruto e o quanto poderá gastar com suas despesas 
operacionais e financeiras, e, assim, se possa atingir o lucro no final do período.
Um registro errado de mercadorias pode causar prejuízos na apuração dos custos 
dos produtos e consequentemente no preço desses produtos, receita de vendas e 
falha na apuração do lucro bruto. Assim, com o exposto sobre todos os lançamentos 
necessários para um eficiente controle de mercadorias e estoques, a sua contabiliza-
ção pode se tornar muito mais prática.
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
BIBLIOGRAFIA COMENTADA
Veja, a seguir, algumas indicações de obras que complementarão seu conhecimento 
sobre os assuntos abordados na disciplina.
• RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Nessa obra são explicados todos os lançamentos relacionados à conta de mercado-
rias. Os lançamentos são exemplificados de forma detalhada e didática
• IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. introdução 
à teoria da contabilidade. 6. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2018.
Nessa obra você relembrará os principais lançamentos contábeis e a elaboração de 
relatórios contábeis. Os autores explicam esses conceitos de forma clara e didática, e 
você poderá fazer exercícios para aprimorar o seu conhecimento.
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CONCLUSÃO
Abordamos as principais operações com mercadorias explicando quais são as normas 
contábeis presentes no registro do processo de compras e vendas de uma empresa. 
Esse conhecimento é importante para que seja entendido como o não cumprimento 
ou mesmo a falta de conhecimento pode causar inúmeros prejuízos para a empresa 
e/ou negócio, que vão desde a falta de controle do estoque, perda de mercadorias, e 
até mesmo prejuízos que podem levar uma empresa à falência.
O lucro bruto de uma empresa, nesse sentido, é mensurado através do resultado da 
equação: receita de vendas – abatimentos – custos. É por meio do lucro bruto que é 
realizada a análise de quanto as atividades operacionais de uma empresa são lucrati-
vas e contribuem para o seu sucesso ou não. Após o cálculo do lucro bruto, é possível 
mensurar o resultado de cada produto e tomar decisões de continuidade ou não de 
vendas das suas mercadorias. Qualquer erro nos lançamentos de vendas ou compras 
de mercadorias irá impactar na análise financeira da empresa, que poderá resultar 
em decisões erradas e prejudiciais ao negócio.
Compreender esses conceitos não é apenas importante para o profissional contábil, 
mas para todos que atuam em uma organização, seja na área comercial, produção ou 
marketing. Entender cada processo de vendas e compras de uma empresa é funda-
mental para a organização empresarial, porque, se uma empresa não faz gestão de 
suas mercadorias, como fará a gestão de suas finanças, não é?
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Prática contábil ii
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Explicar quais são os impostos 
que incidem sobre as vendas.
> Definir o âmbito de cada imposto 
federal, estadual e municipal.
> Calcular o resultado bruto da 
empresa após as incidências dos 
impostos.
> Registrar corretamente cada 
imposto.
> Explicar a importância fiscal da 
apuração dos impostos.
UNIDADE 2
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Prática contábil ii
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
2 TRIBUTOS INCIDENTES 
SOBRE COMPRAS E VENDAS 
DE MERCADORIAS
Nesta unidade, iremos continuar os estudos que abordam as operações com merca-
dorias e seus registros contábeis. Você já sabe que uma empresa precisa comprar 
mercadorias para depois revender e apurar o seu lucro e que todo esse processo 
precisa ser registrado conforme as normas contábeis. Porém, durante essa transação 
a empresa tem que pagar alguns tributos, como impostos, taxas e contribuições. O 
tributo é calculado proporcionalmente ao preço e volume de vendas, e faz parte da 
rotina do contador calcular esses tributos e executar os pagamentos para o governo. 
Mas você sabe quais são os principais tributos relacionados à venda das mercadorias? 
E como contabilizar da forma correta?
Também abordaremos os principais tributos incidentes sobre vendas como Imposto 
sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de Comunicações (ICMS), o Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza (ISS) e o Imposto sobre Exportação (IE), bem como a Contribuição para o 
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a contribuição para o Programa de 
Integração Social (PIS), inclusive nas vendas de produtos sujeitos à incidência mono-
fásica da contribuição. 
Tantos tributos e taxas exigem um controle e cuidado por parte da contabilidade, 
não basta apenas ter conhecimento sobre quais são os tributos e taxas que incidem 
sobre as vendas; o contador deverá saber como registrar no livro diário cada imposto, 
pois qualquer descuido ou falha no processo poderá gerar multas para a empresa. 
Portanto, é hora de aprender detalhadamente todos os processos necessários para 
contabilizar esses impostos! Não se esqueça de ler os materiais complementares indi-
cados nesta unidade.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, abordaremos os impostos sobre receitas e a forma de obter crédito 
nas operações fiscais. É função da contabilidade registrar e controlar todos os impos-
tos que incidem nas organizações. O contador tem a responsabilidade de acompa-
nhar os registros desses processos e orientar a empresa a pagar seus impostos de 
forma correta, evitando multas desnecessárias. O consumidor tem o direito de saber 
qual imposto está pagando no ato da compra de um produto ou serviço, e qual o 
destino de cada tributo pago pelo contribuinte. Infelizmente a maioria das pessoas 
desconhece esse tema tampouco tem interesse em conhecer, e muitas empresas 
ainda cometem falhas enormes na gestão fiscal e apenas descobrem os erros quan-
do as multas começam a aparecer.
Nesta unidade, você irá conhecer o significado das siglas de cada imposto sobre 
vendas (ICMS, IPI, PIS/PASEP e Cofins), sua contabilização e a recuperação (crédito) 
dos impostos. 
Ao final da unidade, você entenderá como é feita a apuração da receita líquida e 
chegaremos ao lucro bruto. Esse aprendizado será realizado de forma prática, com 
apresentação dos lançamentos contábeis, análise dos resultados das contas e os 
procedimentos para o encerramento mensal da empresa. 
É importante que você faça a leitura do material complementar, participe do fórum 
e compartilhe suas ideias com seus colegaspara um melhor aproveitamento do ensi-
no. Bons estudos!
2.1 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRA E 
VENDAS
Uma empresa, ao vender sua mercadoria e emitir a nota fiscal, transfere a titularidade 
e propriedade do produto para o consumidor e automaticamente deverá pagar um 
tributo para o governo, ou seja, haverá uma arrecadação do Estado relacionada a esse 
imposto.
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Os impostos incidentes sobre vendas são calculados com base no preço de venda. 
E esse processo demanda que a contabilidade faça o registro de seus impostos em 
contas específicas, sendo que os impostos mais expressivos são:
1. Impostos sobre Vendas. 
2. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
3. Imposto sobre Serviços (ISS). 
Além desses impostos, incidem sobre as vendas as contribuições: Cofins (Contribui-
ção para o Financiamento da Seguridade Social); a contribuição para o PIS (Programa 
de Integração Social), ISS (Impostos sobre Serviços) e as taxas que guardam propor-
cionalidade com o preço de venda, como, por exemplo, comissões.
Começaremos os estudos abordando o ICMS. Mas, antes de iniciarmos os estudos, 
você precisa aprender um conceito contábil muito importante acerca do regime não 
cumulativo.
regime não cumulativo: é quando a empresa credita os tributos sobre as 
compras de mercadoria e matéria-prima. Em outras palavras, a empresa recu-
pera os tributos pagos nas suas compras, abatendo-os dos tributos calcula-
dos nas suas vendas. O cliente paga os tributos no ato da venda, e a empresa 
consegue recuperar os tributos das compras de mercadorias e, no final do 
mês, recolhe a diferença. A empresa torna-se um agente arrecadador.
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SUMÁRIO
Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), art. 3º do CTN, Lei nº 5.172: o 
tributo é “toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
Imposto é um tributo que não depende da vontade do contribuinte e possui 
a finalidade de receita pública para manter os compromissos constitucionais 
e o funcionamento de variados órgãos e setores federativos; e, taxas são os 
valores pagos pela utilização de serviços de poder público específicos e divi-
síveis, por exemplo, taxa de emissão do RG ou CPF.
A seguir, você estudará o conceito, registro contábil do ICMS, e de que forma são 
praticados os regimes de cumulatividade e não cumulatividade.
2.2 ICMS (IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE 
MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E 
INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÕES)
O ICMS é um imposto que incide sobre a circulação de mercadorias e também sobre 
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de comunicação. 
É o imposto mais comum entre as operações comerciais e de competência estadual, 
portanto, a alíquota pode ser cobrada com valores diferentes em cada Estado do 
Brasil.
O ICMS é considerado uma das principais fontes de arrecadação dos Estados, sendo 
cobrado nas seguintes operações: 
• Venda e transferência de produtos.
• Transportes entre municípios ou Estados brasileiros.
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• Importação de mercadorias, mesmo que para consumo próprio e não com o 
objetivo de revenda.
• Prestação de serviço no exterior.
• Serviços de telecomunicação.
É considerado um “imposto por dentro” porque o seu valor está incluso no preço das 
mercadorias, ou seja, quando uma empresa adquire mercadorias, o preço dela já 
inclui o ICMS. Na venda da mercadoria o preço também já inclui esse imposto com 
base na alíquota determinada pela legislação estadual.
Cada Estado e o Distrito Federal regulamentam esse imposto, definindo qual a 
porcentagem deverá ser cobrada. Por esse motivo, cada localidade tem sua própria 
alíquota. Veja como é realizado o cálculo do ICMS:
Um produto custa R$ 500,00 e sobre ele incide uma alíquota de 18%. 
O cálculo é o seguinte:
R$ 500,00 X 18% = R$ 90.00
Nesse caso, o valor do ICMS são R$ 90,00, e a empresa irá cobrar do consumi-
dor, no ato da venda, R$ 590,00, pois será adicionado ao preço do produto.
Quando uma empresa compra mercadorias de outros Estados, você deve pensar em 
dois aspectos principais: quem paga os impostos? E qual tarifa deverá ser cobrada?
Antigamente, o valor integral do ICMS ficava com o Estado no qual a mercadoria foi 
vendida, sendo que o valor da alíquota para calcular o ICMS varia em cada Estado. 
Essa variação fazia com que as empresas optassem por comprar mercadorias com 
alíquota menor, causando um desequilíbrio na arrecadação nacional. Por essa razão 
o governo criou o DIFAL – que significa Diferencial de Alíquotas do ICMS – por meio da 
Emenda Constitucional nº 87/2015, que é a diferença entre os impostos pagos entre 
os Estados.
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SUMÁRIO
Essa emenda determinou a partilha de diferença entre as alíquotas do imposto, e, a 
partir de 2019, foi determinado que 100% do valor apurado são destinados aos cofres 
do Estado de destino da venda da mercadoria/serviços. 
Um produto custa R$ 500,00 e sobre ele incide uma alíquota de 18%. 
O cálculo é o seguinte:
R$ 500,00 X 18% = R$ 90.00
Nesse caso, o valor do ICMS são R$ 90,00, e a empresa irá cobrar do consumi-
dor, no ato da venda, R$ 590,00, pois será adicionado ao preço do produto.
Quando uma empresa compra mercadorias de outros Estados, você deve pensar em 
dois aspectos principais: quem paga os impostos? E qual tarifa deverá ser cobrada?
Antigamente, o valor integral do ICMS ficava com o Estado no qual a mercadoria foi 
vendida, sendo que o valor da alíquota para calcular o ICMS varia em cada Estado. 
Essa variação fazia com que as empresas optassem por comprar mercadorias com 
alíquota menor, causando um desequilíbrio na arrecadação nacional. Por essa razão 
o governo criou o DIFAL – que significa Diferencial de Alíquotas do ICMS – por meio da 
Emenda Constitucional nº 87/2015, que é a diferença entre os impostos pagos entre 
os Estados.
Essa emenda determinou a partilha de diferença entre as alíquotas do imposto, e, a 
partir de 2019, foi determinado que 100% do valor apurado são destinados aos cofres 
do Estado de destino da venda da mercadoria/serviços. 
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Por exemplo: um produto que circula de São Paulo para Rio de Janeiro, 
destinará o valor do ICMS apenas para o Rio de Janeiro.
A declaração do pagamento da DIFAL é realizada através do SPED Fiscal (Sistema 
Público de Escrituração Digital).
Existem algumas atividades que não incidem ICMS, ou seja, a cobrança de ICMS não 
se aplica nelas. São isentas do imposto: 
• Comercialização e circulação de livros, jornais e periódicos, incluindo o 
papel utilizado em sua impressão.
• Exportação de mercadorias.
• Operações relativas à energia elétrica, petróleo e combustíveis.
• Operações relacionadas a ouro, quando considerado ativo financeiro ou 
instrumento cambial.
• Operações de arrendamento mercantil.
• Operações de alienação fiduciária em garantia.
• Transferência de propriedades ou bens móveis, sejam de estabelecimen-
tos comerciais, industriais ou de outra espécie.
• Mercadorias destinadas à prestação de serviço do próprio autor, caso 
autorizado pela lei complementar municipal.
• Casos específicos da legislação estadual.

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