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CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS LLEEGGIISSLLAAÇÇÃÃOO AAPPLLIICCAADDAA AAOO GGEEOORRRREEFFEERREENNCCIIAAMMEENNTTOO 2020 CURSO DE GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS LEGISLAÇÃO APLICADA AO GEORREFERENCIAMENTO SUMÁRIO 1- Lei Federal 10.267, de 28/08/2001 2- Decreto Federal 4.449, de 30/10/2002 3- Decreto Federal 5.570, de 31/10/2005 4- Decreto Federal 7.620, de 21/11/2011 5- Decisão Plenária CONFEA, PL-2087/2004 6- Decisão Plenária CONFEA, PL-1347/2008 7- Portaria Nº 486 de 2 de setembro de 2013 8- Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais – 3ª. edição 9- Manual Técnico de Limites e Confrontações – 1ª. Edição 10- Manual Técnico de Posicionamento – 1ª. Edição 11- Norma de Execução 105 – 26/12/2012 12- Instrução Normativa 77 – SIGEF – 23/08/2013 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI No 10.267, DE 28 DE AGOSTO DE 2001. Regulamento Altera dispositivos das Leis nos 4.947, de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o O art. 22 da Lei no 4.947, de 6 de abril de 1966, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 22. ........................................ .................................................... § 3o A apresentação do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR, exigida no caput deste artigo e nos §§ 1o e 2o, far-se-á, sempre, acompanhada da prova de quitação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, correspondente aos últimos cinco exercícios, ressalvados os casos de inexigibilidade e dispensa previstos no art. 20 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de 1996. § 4o Dos títulos de domínio destacados do patrimônio público constará obrigatoriamente o número de inscrição do CCIR, nos termos da regulamentação desta Lei. § 5o Nos casos de usucapião, o juiz intimará o INCRA do teor da sentença, para fins de cadastramento do imóvel rural. § 6o Além dos requisitos previstos no art. 134 do Código Civil e na Lei no 7.433, de 18 de dezembro de 1985, os serviços notariais são obrigados a mencionar nas escrituras os seguintes dados do CCIR: I – código do imóvel; II – nome do detentor; III – nacionalidade do detentor; IV – denominação do imóvel; V – localização do imóvel. § 7o Os serviços de registro de imóveis ficam obrigados a encaminhar ao INCRA, mensalmente, as modificações ocorridas nas matrículas imobiliárias decorrentes de mudanças de titularidade, parcelamento, desmembramento, loteamento, remembramento, retificação de área, reserva legal e particular do patrimônio natural e outras limitações e restrições de caráter ambiental, envolvendo os imóveis rurais, inclusive os destacados do patrimônio público. § 8o O INCRA encaminhará, mensalmente, aos serviços de registro de imóveis, os códigos dos imóveis rurais de que trata o § 7o, para serem averbados de ofício, nas respectivas matrículas."(NR) Art. 2o Os arts. 1o, 2o e 8o da Lei no 5.868, de 12 de dezembro de 1972, passam a vigorar com as seguintes alterações: L10267 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10267.htm 1 de 5 12/09/2013 14:17 "Art. 1o ................................................ § 1o As revisões gerais de cadastros de imóveis a que se refere o § 4o do art. 46 da Lei no 4.504, de 30 de novembro de 1964, serão realizadas em todo o País nos prazos fixados em ato do Poder Executivo, para fins de recadastramento e de aprimoramento do Sistema de Tributação da Terra – STT e do Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR. § 2o Fica criado o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais - CNIR, que terá base comum de informações, gerenciada conjuntamente pelo INCRA e pela Secretaria da Receita Federal, produzida e compartilhada pelas diversas instituições públicas federais e estaduais produtoras e usuárias de informações sobre o meio rural brasileiro. § 3o A base comum do CNIR adotará código único, a ser estabelecido em ato conjunto do INCRA e da Secretaria da Receita Federal, para os imóveis rurais cadastrados de forma a permitir sua identificação e o compartilhamento das informações entre as instituições participantes. § 4o Integrarão o CNIR as bases próprias de informações produzidas e gerenciadas pelas instituições participantes, constituídas por dados específicos de seus interesses, que poderão por elas ser compartilhados, respeitadas as normas regulamentadoras de cada entidade."(NR) "Art. 2o .............................................. ......................................................... § 3o Ficam também obrigados todos os proprietários, os titulares de domínio útil ou os possuidores a qualquer título a atualizar a declaração de cadastro sempre que houver alteração nos imóveis rurais, em relação à área ou à titularidade, bem como nos casos de preservação, conservação e proteção de recursos naturais." "Art. 8o ............................................. ........................................................ § 3o São considerados nulos e de nenhum efeito quaisquer atos que infrinjam o disposto neste artigo não podendo os serviços notariais lavrar escrituras dessas áreas, nem ser tais atos registrados nos Registros de Imóveis, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e criminal de seus titulares ou prepostos. .................................................."(NR) Art. 3o Os arts. 169, 176, 225 e 246 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passam a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 169. ......................................... ....................................................... II – os registros relativos a imóveis situados em comarcas ou circunscrições limítrofes, que serão feitos em todas elas, devendo os Registros de Imóveis fazer constar dos registros tal ocorrência. ...................................................."(NR) "Art. 176. ............................................ § 1o .................................................... .......................................................... L10267 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10267.htm 2 de 5 12/09/2013 14:17 II - ..................................................... ....................................................... 3) a identificação do imóvel, que será feita com indicação: a - se rural, do código do imóvel, dos dados constantes do CCIR, da denominação e de suas características, confrontações, localização e área; b - se urbano, de suas características e confrontações, localização, área, logradouro, número e de sua designação cadastral, se houver. ...................................................... § 3o Nos casos de desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais, a identificação prevista na alínea a do item 3 do inciso II do § 1o será obtida a partir de memorial descritivo, assinado por profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, geo-referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA, garantida a isenção de custos financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja somatória da área não exceda a quatro módulos fiscais. § 4o A identificação de que trata o § 3o tornar-se-á obrigatória para efetivação de registro, em qualquer situação de transferência de imóvel rural, nos prazos fixados por ato do Poder Executivo."(NR) "Art. 225. .............................................. ......................................................... § 3o Nosautos judiciais que versem sobre imóveis rurais, a localização, os limites e as confrontações serão obtidos a partir de memorial descritivo assinado por profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, geo-referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA, garantida a isenção de custos financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja somatória da área não exceda a quatro módulos fiscais."(NR) "Art. 246. ................................................ § 1o As averbações a que se referem os itens 4 e 5 do inciso II do art. 167 serão as feitas a requerimento dos interessados, com firma reconhecida, instruído com documento dos interessados, com firma reconhecida, instruído com documento comprobatório fornecido pela autoridade competente. A alteração do nome só poderá ser averbada quando devidamente comprovada por certidão do Registro Civil. § 2o Tratando-se de terra indígena com demarcação homologada, a União promoverá o registro da área em seu nome. § 3o Constatada, durante o processo demarcatório, a existência de domínio privado nos limites da terra indígena, a União requererá ao Oficial de Registro a averbação, na respectiva matrícula, dessa circunstância. § 4o As providências a que se referem os §§ 2o e 3o deste artigo deverão ser efetivadas pelo cartório, no prazo de trinta dias, contado a partir do recebimento da solicitação de registro e averbação, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), sem prejuízo da responsabilidade civil e penal do Oficial de Registro."(NR) Art. 4o A Lei no 6.739, de 5 de dezembro de 1979, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 8oA, 8oB e 8oC: L10267 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10267.htm 3 de 5 12/09/2013 14:17 "Art. 8oA A União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município prejudicado poderá promover, via administrativa, a retificação da matrícula, do registro ou da averbação feita em desacordo com o art. 225 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, quando a alteração da área ou dos limites do imóvel importar em transferência de terras públicas. § 1o O Oficial do Registro de Imóveis, no prazo de cinco dias úteis, contado da prenotação do requerimento, procederá à retificação requerida e dela dará ciência ao proprietário, nos cinco dias seguintes à retificação. § 2o Recusando-se a efetuar a retificação requerida, o Oficial Registrador suscitará dúvida, obedecidos os procedimentos estabelecidos em lei. § 3o Nos processos de interesse da União e de suas autarquias e fundações, a apelação de que trata o art. 202 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, será julgada pelo Tribunal Regional Federal respectivo. § 4o A apelação referida no § 3o poderá ser interposta, também, pelo Ministério Público da União." "Art. 8oB Verificado que terras públicas foram objeto de apropriação indevida por quaisquer meios, inclusive decisões judiciais, a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município prejudicado, bem como seus respectivos órgãos ou entidades competentes, poderão, à vista de prova da nulidade identificada, requerer o cancelamento da matrícula e do registro na forma prevista nesta Lei, caso não aplicável o procedimento estabelecido no art. 8oA. § 1o Nos casos de interesse da União e de suas autarquias e fundações, o requerimento será dirigido ao Juiz Federal da Seção Judiciária competente, ao qual incumbirão os atos e procedimentos cometidos ao Corregedor Geral de Justiça. § 2o Caso o Corregedor Geral de Justiça ou o Juiz Federal não considere suficientes os elementos apresentados com o requerimento, poderá, antes de exarar a decisão, promover as notificações previstas nos parágrafos do art. 1o desta Lei, observados os procedimentos neles estabelecidos, dos quais dará ciência ao requerente e ao Ministério Público competente. § 3o Caberá apelação da decisão proferida: I – pelo Corregedor Geral, ao Tribunal de Justiça; II – pelo Juiz Federal, ao respectivo Tribunal Regional Federal. § 4o Não se aplica o disposto no art. 254 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, a títulos que tiverem matrícula ou registro cancelados na forma deste artigo." "Art. 8oC É de oito anos, contados do trânsito em julgado da decisão, o prazo para ajuizamento de ação rescisória relativa a processos que digam respeito a transferência de terras públicas rurais." Art. 5o O art. 16 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de 1996, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Art. 16. .............................................. ........................................................... § 3o A Secretaria da Receita Federal, com o apoio do INCRA, administrará o CAFIR e colocará as informações nele contidas à disposição daquela Autarquia, para fins de levantamento e pesquisa de dados e de proposição de ações administrativas e judiciais. L10267 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10267.htm 4 de 5 12/09/2013 14:17 § 4o Às informações a que se refere o § 3o aplica-se o disposto no art. 198 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966."(NR) Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 28 de agosto de 2001; 180o da Independência e 113o da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Raul Belens Jungmann Pinto Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 29.8.2001 L10267 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10267.htm 5 de 5 12/09/2013 14:17 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 4.449, DE 30 DE OUTUBRO DE 2002. Regulamenta a Lei n o 10.267, de 28 de agosto de 2001, que altera dispositivos das Leis n o s. 4.947, de 6 de abril de 1966; 5.868, de 12 de dezembro de 1972; 6.015, de 31 de dezembro de 1973; 6.739, de 5 de dezembro de 1979; e 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n o 10.267, de 28 de agosto de 2001, DECRETA: Art. 1 o A apresentação do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR, exigida no art. 22 e nos seus §§ 1 o e 2 o da Lei n o 4.947, de 6 de abril de 1966, far-se-á sempre acompanhada da prova de quitação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, correspondente aos últimos cinco exercícios, ressalvados os casos de inexigibilidade e dispensa de sua comprovação, previstos no art. 20 da Lei n o 9.393, de 19 de dezembro de 1996, bem como os casos de imunidades, extinção e exclusão do crédito tributário. Art. 2 o Dos títulos de domínio destacados do patrimônio público constará obrigatoriamente o código do imóvel rural constante do CCIR, expedido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, relativo à área do patrimônio público cadastrada no Sistema Nacional de Cadastro Rural - SNCR. § 1 o Quando for o caso de área pública rural destacada de outra maior, o beneficiário do título, no prazo de trinta dias, procederá à atualização cadastral do imóvel perante o INCRA. § 2 o Incumbe ao INCRA normatizar os critérios e procedimentos referentes à abertura de cadastros das áreas destacadas a qualquer título do patrimônio público fundiário, ficando obrigado a abrir de ofício cadastros individualizados para as áreas que por sua iniciativa fizer destacar, incumbindo aos demais órgãos públicos promoverem perante o INCRA os cadastros individualizados das áreas destacadas de terras sob sua administração. Art. 3 o Nos casos de usucapião de imóvel rural, após o trânsito em julgado da sentença declaratória, o juiz intimará o INCRA de seu teor, para fins de cadastramento. § 1 o Para dar maior celeridade ao cadastramento doimóvel rural, poderá constar no mandado de intimação a identificação do imóvel na forma do § 3 o do art. 225 da Lei n o 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o endereço completo do usucapiente. § 2 o Recebendo a intimação, o INCRA convocará o usucapiente para proceder às atualizações cadastrais necessárias. Art. 4 o Os serviços de registros de imóveis ficam obrigados a comunicar mensalmente ao INCRA as modificações ocorridas nas matrículas, decorrentes de mudanças de titularidade, parcelamento, desmembramento, loteamento, unificação de imóveis, retificação de área, reserva legal e particular do patrimônio natural, bem como outras limitações e restrições de caráter dominial e ambiental, para fins de atualização cadastral. § 1 o O informe das alterações de que trata o caput deste artigo deverá ser encaminhado ao INCRA, até o trigésimo dia do mês subseqüente à modificação ocorrida, pela forma que vier a ser estabelecida em ato normativo por ele expedido. § 2 o (Revogado pelo Decreto nº 5.570, de 2005) D4449compilado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4449compilado.htm 1 de 5 12/09/2013 14:18 Art. 5 o O INCRA comunicará, mensalmente, aos serviços de registros de imóveis os códigos dos imóveis rurais decorrentes de mudança de titularidade, parcelamento, desmembramento, loteamento e unificação, na forma prevista no § 1 o do art. 4 o . (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) Parágrafo único. Os serviços de registro de imóveis efetuarão na matrícula respectiva, de ofício, a averbação do novo código do imóvel fornecido pelo INCRA. Art. 6 o As obrigações constantes dos arts. 4 o e 5 o deste Decreto aplicam-se, inclusive, aos imóveis rurais destacados do patrimônio público. Art. 7 o Os critérios técnicos para implementação, gerenciamento e alimentação do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais - CNIR serão fixados em ato normativo conjunto do INCRA e da Secretaria da Receita Federal. § 1 o A base mínima de dados comum do CNIR contemplará as informações de natureza estrutural que vierem a ser fixadas no ato normativo referido no caput e as de interesse substancial das instituições dele gerenciadoras, bem como os dados informativos do § 6 o do art. 22 da Lei n o 4.947, de 1966. § 2 o São informações de natureza estrutural obrigatórias as relativas aos dados sobre identificação, localização, dimensão, titularidade e situação jurídica do imóvel, independentemente de estarem ou não acompanhadas de associações gráficas. § 3 o Além do INCRA e da Secretaria da Receita Federal, todos os demais órgãos da Administração Pública Federal serão obrigatoriamente produtores, alimentadores e usuários da base de informações do CNIR. § 4 o As instituições gerenciadoras do CNIR poderão firmar convênios específicos para o estabelecimento de interatividade dele com as bases de dados das Administrações Públicas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. § 5 o As instituições gerenciadoras do CNIR deverão convidar e incentivar a participação de entidades da sociedade civil detentoras de bases de dados cadastrais correlatos, para interagirem com o esforço de alimentação e gerenciamento do CNIR. § 6 o O código único do CNIR será o código que o INCRA houver atribuído ao imóvel no CCIR, e deverá ser mencionado nos atos notariais e registrais de que tratam os §§ 6 o e 7 o do art. 22 da Lei n o 4.947, de 1966, e a alínea "a" do item 3 do art. 176 da Lei n o 6.015, de 1973. § 7 o O ato normativo conjunto previsto no caput estabelecerá as normas para compartilhamento e sistema de senhas e níveis de acesso às informações constantes do CNIR, de modo a não restringir o acesso das entidades componentes da rede de interação desse Cadastro aos informes de natureza pública irrestrita, sem, contudo, permitir acesso indiscriminado a dados de natureza sigilosa, privilegiada, de divulgação expressa ou implicitamente vedada em lei, ou potencialmente vulneradores do direito à privacidade. Art. 8 o Os custos financeiros de que tratam o § 3 o do art. 176 e o § 3 o do art. 225 da Lei n o 6.015, de 1973, compreendem os serviços técnicos necessários à identificação do imóvel, garantida a isenção ao proprietário de imóvel rural cujo somatório das áreas não exceda a quatro módulos fiscais. § 1 o A isenção de que trata este artigo abrange a identificação do imóvel rural, nos casos de transmissão de domínio da área total cujo somatório não exceda a quatro módulos fiscais, na forma e nos prazos previstos no art. 10. § 2 o O INCRA proporcionará os meios necessários para a identificação do imóvel rural, devendo o ato normativo conjunto de que trata o art. 7 o deste Decreto estabelecer os critérios técnicos e procedimentos para a execução da medição dos imóveis para fim de registro imobiliário, podendo, inclusive, firmar convênio com os Estados e o Distrito Federal, propiciando a interveniência dos respectivos órgãos de terra. § 3 o Para beneficiar-se da isenção prevista neste artigo, o proprietário declarará ao órgão responsável pelo levantamento que preenche os requisitos do caput deste artigo, de acordo com as regras a serem estabelecidas em ato normativo do INCRA. § 4 o A isenção prevista neste Decreto não obsta que o interessado promova, a suas expensas, a medição de D4449compilado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4449compilado.htm 2 de 5 12/09/2013 14:18 sua propriedade, desde que atenda aos requisitos técnicos fixados no art. 9 o . Art. 9 o A identificação do imóvel rural, na forma do § 3 o do art. 176 e do § 3 o do art. 225 da Lei n o 6.015, de 1973, será obtida a partir de memorial descritivo elaborado, executado e assinado por profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, e com precisão posicional a ser estabelecida em ato normativo, inclusive em manual técnico, expedido pelo INCRA. § 1 o Caberá ao INCRA certificar que a poligonal objeto do memorial descritivo não se sobrepõe a nenhuma outra constante de seu cadastro georreferenciado e que o memorial atende às exigências técnicas, conforme ato normativo próprio. § 2 o A certificação do memorial descritivo pelo INCRA não implicará reconhecimento do domínio ou a exatidão dos limites e confrontações indicados pelo proprietário. § 3 o Para os fins e efeitos do § 2 o do art. 225 da Lei n o 6.015, de 1973, a primeira apresentação do memorial descritivo segundo os ditames do § 3 o do art. 176 e do § 3 o do art. 225 da mesma Lei, e nos termos deste Decreto, respeitados os direitos de terceiros confrontantes, não caracterizará irregularidade impeditiva de novo registro desde que presente o requisito do § 13 do art. 213 da Lei n o 6.015, de 1973, devendo, no entanto, os subseqüentes estar rigorosamente de acordo com o referido § 2 o , sob pena de incorrer em irregularidade sempre que a caracterização do imóvel não for coincidente com a constante do primeiro registro de memorial georreferenciado, excetuadas as hipóteses de alterações expressamente previstas em lei. (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) § 4 o Visando a finalidade do § 3 o , e desde que mantidos os direitos de terceiros confrontantes, não serão opostas ao memorial georreferenciado as discrepâncias de área constantes da matrícula do imóvel. (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) § 5 o O memorial descritivo, que de qualquer modo possa alterar o registro, resultará numa nova matrícula com encerramento da matrícula anterior no serviço de registro de imóveis competente, mediante requerimento do interessado,contendo declaração firmada sob pena de responsabilidade civil e criminal, com firma reconhecida, de que foram respeitados os direitos dos confrontantes, acompanhado da certificação prevista no § 1 o deste artigo, do CCIR e da prova de quitação do ITR dos últimos cinco exercícios, quando for o caso. (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) § 6 o A documentação prevista no § 5 o deverá ser acompanhada de declaração expressa dos confinantes de que os limites divisórios foram respeitados, com suas respectivas firmas reconhecidas. § 7 o Quando a declaração for manifestada mediante escritura pública, constituir-se-á produção antecipada de prova. § 8 o Não sendo apresentadas as declarações constantes do § 6 o , o interessado, após obter a certificação prevista no § 1 o , requererá ao oficial de registro que proceda de acordo com os §§ 2 o , 3 o , 4 o , 5 o e 6 o do art. 213 da Lei n o 6.015, de 1973. (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) § 9 o Em nenhuma hipótese a adequação do imóvel às exigências do art.176, §§ 3 o e 4 o , e do art. 225, § 3 o , da Lei n o 6.015, de 1973, poderá ser feita sem a certificação do memorial descritivo expedida pelo INCRA. (Incluído pelo Decreto nº 5.570, de 2005) Art. 10. A identificação da área do imóvel rural, prevista nos §§ 3 o e 4 o do art. 176 da Lei n o 6.015, de 1973, será exigida nos casos de desmembramento, parcelamento, remembramento e em qualquer situação de transferência de imóvel rural, na forma do art. 9 o , somente após transcorridos os seguintes prazos: (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) I - noventa dias, para os imóveis com área de cinco mil hectares, ou superior; II - um ano, para os imóveis com área de mil a menos de cinco mil hectares; III - cinco anos, para os imóveis com área de quinhentos a menos de mil hectares; (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) D4449compilado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4449compilado.htm 3 de 5 12/09/2013 14:18 IV - dez anos, para os imóveis com área de duzentos e cinquenta a menos de quinhentos hectares; (Redação dada pelo Decreto nº 7.620, de 2011) V - treze anos, para os imóveis com área de cem a menos de duzentos e cinquenta hectares; (Incluído pelo Decreto nº 7.620, de 2011) VI - dezesseis anos, para os imóveis com área de vinte e cinco a menos de cem hectares; e (Incluído pelo Decreto nº 7.620, de 2011) VII - vinte anos, para os imóveis com área inferior a vinte e cinco hectares. (Incluído pelo Decreto nº 7.620, de 2011) § 1 o Quando se tratar da primeira apresentação do memorial descritivo, para adequação da descrição do imóvel rural às exigências dos §§ 3 o e 4 o do art. 176 e do § 3 o do art. 225 da Lei n o 6.015, de 1973, aplicar-se-ão as disposições contidas no § 4 o do art. 9 o deste Decreto. (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) § 2 o Após os prazos assinalados nos incisos I a IV do caput, fica defeso ao oficial do registro de imóveis a prática dos seguintes atos registrais envolvendo as áreas rurais de que tratam aqueles incisos, até que seja feita a identificação do imóvel na forma prevista neste Decreto: (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) I - desmembramento, parcelamento ou remembramento; (Incluído pelo Decreto nº 5.570, de 2005) II - transferência de área total; (Incluído pelo Decreto nº 5.570, de 2005) III - criação ou alteração da descrição do imóvel, resultante de qualquer procedimento judicial ou administrativo. (Incluído pelo Decreto nº 5.570, de 2005) § 3 o Ter-se-á por início de contagem dos prazos fixados nos incisos do caput deste artigo a data de 20 de novembro de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 5.570, de 2005) Art. 11. A retificação administrativa de matrícula, registro ou averbação, prevista no art. 8 o -A da Lei n o 6.739, de 5 de dezembro de 1979, será adotada para as hipóteses em que a alteração de área ou limites promovida pelo ato registral venha a instrumentalizar indevida transferência de terras públicas, e objetivará apenas a reversão do registro aos limites ou área anteriores, seguindo-se preferencialmente o procedimento previsto nos parágrafos do art. 8 o -A, mediante requerimento direto ao oficial do serviço registral da comarca de localização do imóvel, mas não suprime as competências de ofício e por provocação, que os arts. 1 o e 5 o da Lei n o 6.739, de 1979, fixam para o Corregedor-Geral da Justiça do Estado de localização do imóvel. Art. 12. O pedido de cancelamento administrativo da matrícula e do registro, previsto no art. 8 o -B da Lei n o 6.739, de 1979, não suprime as competências de ofício e por provocação que os arts 1 o e 5 o da mesma Lei fixam para o Corregedor-Geral da Justiça do Estado de localização do imóvel, e será adotado para as hipóteses em que não seja possível o requerimento de que cuida o art. 8 o -A da mesma Lei. Art. 13. Nos casos de interesse da União e de suas autarquias e fundações, será competente para examinar o pedido de cancelamento de que cuida a Lei n o 6.739, de 1979, o juiz federal da seção judiciária a que as leis processuais incumbirem o processamento e julgamento da causa. Art. 14. O registro retificado ou cancelado na forma dos arts 8 o -A, 8 o -B e 8 o -C da Lei n o 6.739, de 1979, não poderá ser realizado novamente, exceto se houver expressa autorização do ente público titular do domínio. Art. 15. O INCRA e a Secretaria da Receita Federal baixarão, conjuntamente, atos administrativos, visando à implantação do CNIR, no prazo de noventa dias a contar da publicação deste Decreto. Art. 16. Os títulos públicos, particulares e judiciais, relativos a imóveis rurais, lavrados, outorgados ou homologados anteriormente à publicação deste Decreto, que importem em transferência de domínio, desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais, e que exijam a identificação da área, poderão ser objeto de registro, acompanhados de memorial descritivo elaborado nos termos deste Decreto, observando-se os prazos fixados no art. 10. (Redação dada pelo Decreto nº 5.570, de 2005) Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 30 de outubro de 2002; 181 o da Independência e 114 o da República. D4449compilado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4449compilado.htm 4 de 5 12/09/2013 14:18 FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Malan José Abrão Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 31.10.2002 D4449compilado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4449compilado.htm 5 de 5 12/09/2013 14:18 DECRETO Nº 5.570, DE 31 DE OUTUBRO DE 2005. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.267, de 28 de agosto de 2001, DECRETA: Art. 1o Os arts. 5o, 9o, 10 e 16 do Decreto no 4.449, de 30 de outubro de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 5o O INCRA comunicará, mensalmente, aos serviços de registros de imóveis os códigos dos imóveis rurais decorrentes de mudança de titularidade, parcelamento, desmembramento, loteamento e unificação, na forma prevista no § 1o do art. 4o. ............................................................................................." (NR) "Art. 9o ............................................................................................. ............................................................................................. § 3o Para os fins e efeitos do § 2o do art. 225 da Lei no 6.015, de 1973, a primeira apresentação do memorial descritivo segundo os ditames do § 3o do art. 176 e do § 3o do art. 225 da mesma Lei,e nos termos deste Decreto, respeitados os direitos de terceiros confrontantes, não caracterizará irregularidade impeditiva de novo registro desde que presente o requisito do § 13 do art. 213 da Lei no 6.015, de 1973, devendo, no entanto, os subseqüentes estar rigorosamente de acordo com o referido § 2o, sob pena de incorrer em irregularidade sempre que a caracterização do imóvel não for coincidente com a constante do primeiro registro de memorial georreferenciado, excetuadas as hipóteses de alterações expressamente previstas em lei. § 4o Visando a finalidade do § 3o, e desde que mantidos os direitos de terceiros confrontantes, não serão opostas ao memorial georreferenciado as discrepâncias de área constantes da matrícula do imóvel. § 5o O memorial descritivo, que de qualquer modo possa alterar o registro, resultará numa nova matrícula com encerramento da matrícula anterior no serviço de registro de imóveis competente, mediante requerimento do interessado, contendo declaração firmada sob pena de responsabilidade civil e criminal, com firma reconhecida, de que foram respeitados os direitos dos confrontantes, acompanhado da certificação prevista no § 1o deste artigo, do CCIR e da prova de quitação do ITR dos últimos cinco exercícios, quando for o caso. ............................................................................................. § 8o Não sendo apresentadas as declarações constantes do § 6o, o interessado, após obter a certificação prevista no § 1o, requererá ao oficial de registro que proceda de acordo com os §§ 2o, 3o, 4o, 5o e 6o do art. 213 da Lei no 6.015, de 1973. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Dá nova redação a dispositivos do Decreto no 4.449, de 30 de outubro de 2002, e dá outras providências. Page 1 of 3Decreto nº 5570 § 9o Em nenhuma hipótese a adequação do imóvel às exigências do art.176, §§ 3o e 4o, e do art. 225, § 3o, da Lei no 6.015, de 1973, poderá ser feita sem a certificação do memorial descritivo expedida pelo INCRA." (NR) "Art. 10. A identificação da área do imóvel rural, prevista nos §§ 3o e 4o do art. 176 da Lei no 6.015, de 1973, será exigida nos casos de desmembramento, parcelamento, remembramento e em qualquer situação de transferência de imóvel rural, na forma do art. 9o, somente após transcorridos os seguintes prazos: ............................................................................................. III - cinco anos, para os imóveis com área de quinhentos a menos de mil hectares; IV - oito anos, para os imóveis com área inferior a quinhentos hectares. § 1o Quando se tratar da primeira apresentação do memorial descritivo, para adequação da descrição do imóvel rural às exigências dos §§ 3o e 4o do art. 176 e do § 3o do art. 225 da Lei no 6.015, de 1973, aplicar-se-ão as disposições contidas no § 4o do art. 9o deste Decreto. § 2o Após os prazos assinalados nos incisos I a IV do caput, fica defeso ao oficial do registro de imóveis a prática dos seguintes atos registrais envolvendo as áreas rurais de que tratam aqueles incisos, até que seja feita a identificação do imóvel na forma prevista neste Decreto: I - desmembramento, parcelamento ou remembramento; II - transferência de área total; III - criação ou alteração da descrição do imóvel, resultante de qualquer procedimento judicial ou administrativo. § 3o Ter-se-á por início de contagem dos prazos fixados nos incisos do caput deste artigo a data de 20 de novembro de 2003." (NR) "Art. 16. Os títulos públicos, particulares e judiciais, relativos a imóveis rurais, lavrados, outorgados ou homologados anteriormente à publicação deste Decreto, que importem em transferência de domínio, desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais, e que exijam a identificação da área, poderão ser objeto de registro, acompanhados de memorial descritivo elaborado nos termos deste Decreto, observando-se os prazos fixados no art. 10." (NR) Art. 2o A identificação do imóvel rural objeto de ação judicial, conforme previsto no § 3o do art. 225 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, será exigida nas seguintes situações e prazos: I - imediatamente, qualquer que seja a dimensão da área, nas ações ajuizadas a partir da publicação deste Decreto; II - nas ações ajuizadas antes da publicação deste Decreto, em trâmite, serão observados os prazos fixados no art. 10 do Decreto no 4.449, de 2002. Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4o Fica revogado o § 2o do art. 4o do Decreto no 4.449, de 30 de outubro de 2002. Brasília, 31 de outubro de 2005; 184o da Independência e 117o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Page 2 of 3Decreto nº 5570 Miguel Soldatelli Rossetto Este texto não substitui o publicado no DOU de 1º.11.2005 Page 3 of 3Decreto nº 5570 Ref. SESSÃO : Plenária Ordinária 1.324 DECISÃO : PL-2087/2004 PROTOCOLOS : CF-3886/2003, CF-4473/2003, CF-4751/2003, CF-0041/2004, CF-0255/2004, CF-0268/2004, CF-0359/2004, CF-0932/2004, CF-1251/2004, CF-1518/2004, CF-1987/2004, CF-2487/2004, CF-3047/2004; CF-3346/2004; CF-3601/2004 e CF-2287/2004 (Dossiê) INTERESSADO : Sistema Confea/Crea EMENTA: Reformulação da Decisão PL-0633/2003. DECISÃO O Plenário do Confea, apreciando a Deliberação 1561/2004-CEP - Comissão de Exercício Profissional, que trata do dossiê em epígrafe, relativo a reformulação da Decisão PL-0633/2003, e considerando consulta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, acerca dos profissionais habilitados a desenvolverem atividades definidas pela Lei 10.267, de 28 de agosto de 2001, no tocante à regularização de propriedades rurais junto ao INCRA; considerando os avanços tecnológicos das profissões do Sistema e os casos de sombreamento constantes, e que a Decisão Plenária PL-0024, de 21 de fevereiro de 2003, definiu os profissionais habilitados a realizar as atividades da consulta em pauta, definindo as disciplinas que dão tal atribuição, proporcionando àqueles que não têm atribuições em sua totalidade, habilitar-se através de curso de educação continuada, aperfeiçoamento, especialização, pós-graduação e ou comprovando experiência profissional específica na área, sobre as atividades atinentes à determinação dos vértices dos limites definidores dos imóveis rurais para fins de inclusão no Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR; considerando que a Decisão PL-0633, de 29 de agosto de 2003, reeditou as conclusões contidas na Decisão PL-0024 de 2003; considerando a tramitação do projeto de resolução que disciplina a concessão de atribuições e títulos aos profissionais do Sistema Confea/Crea, com rito processual definido pela Resolução 1000/2002, do Confea, e em fase de conclusão; considerando os questionamentos sobre a Decisão PL-633, de 2003, inclusive de ordem jurídica; considerando a conveniência de se disciplinar a questão do georeferenciamento através de ato normativo adequado, DECIDIU: 1) Revogar a Decisão PL-0633, de 2003, a partir desta data. 2) Editar esta decisão com o seguinte teor: I. Os profissionais habilitados para assumir a responsabilidade técnica dos serviços de determinação das coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais para efeito do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR são aqueles que, por meio de cursos regulares de graduação ou técnico de nível médio, ou por meio de cursos de pós-graduação ou de qualificação/aperfeiçoamento profissional, comprovem que tenham cursado os seguintes conteúdos formativos: a) Topografia aplicadas ao georeferenciamento; b) Cartografia; c) Sistemas de referência; d) Projeções cartográficas; e) Ajustamentos; f) Métodos e medidas de posicionamento geodésico. II. Os conteúdos formativos não precisam constituir disciplinas, podendo estar incorporadas nas ementas das disciplinas onde serãoministrados estes conhecimentos aplicados às diversas modalidades do Sistema; III. Compete às câmaras especializadas procederem a análise curricular; IV. Os profissionais que não tenham cursado os conteúdos formativos descritos no inciso I poderão assumir a responsabilidade técnica dos serviços de determinação das coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais para efeito do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR, mediante solicitação à câmara especializada competente, comprovando sua experiência profissional específica na área, devidamente atestada por meio da Certidão de Acervo Técnico – CAT; V. O Confea e os Creas deverão adaptar o sistema de verificação de atribuição profissional, com rigorosa avaliação de currículos, cargas horárias e conteúdos formativos que habilitará cada profissional; VI. A atribuição será conferida desde que exista afinidade de habilitação com a modalidade de origem na graduação, estando de acordo com o art. 3º, parágrafo único, da Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e serão as seguintes modalidades: Engenheiro Agrimensor (art. 4º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Agrônomo (art. 5º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Cartógrafo, Engenheiro de Geodésica e Topografia, Engenheiro Geógrafo (art. 6º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Civil, Engenheiro de Fortificação e Construção (art. 7º da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Florestal (art. 10 da ../.. Continuação da Decisão PL-2087/2004 Resolução 218, de 1973); Engenheiro Geólogo (art. 11 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Minas (art. 14 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Petróleo (art. 16 da Resolução 218, de 1973); Arquiteto e Urbanista (art. 21 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro de Operação - nas especialidades Estradas e Civil (art. 22 da Resolução 218, de 1973); Engenheiro Agrícola (art. 1º da Resolução 256, de 27 de maio de 1978); Geólogo (art. 11 da Resolução 218, de 1973); Geógrafo (Lei 6.664, de 26 de junho de 1979); Técnico de Nível Superior ou Tecnólogo - da área específica (art. 23 da Resolução 218, de 1973); Técnico de Nível Médio em Agrimensura; Técnicos de Nível Médio em Topografia; e Outros Tecnólogos e Técnicos de Nível Médio das áreas acima explicitadas, devendo o profissional anotar estas atribuições junto ao Crea. VII. Os cursos formativos deverão possuir carga horária mínima de 360 horas contemplando as disciplinas citadas no inciso I desta decisão, ministradas em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação; VIII. Ficam garantidos os efeitos da Decisão PL-633, de 2003, aos profissionais que tiverem concluído ou concluírem os cursos disciplinados pela referida decisão plenária e que, comprovadamente, já tenham sido iniciados em data anterior à presente decisão. Presidiu a Sessão o Eng. Civil WILSON LANG. Votaram favoravelmente os senhores Conselheiros Federais ANJELO DA COSTA NETO, FERNANDO ANTÔNIO SOUZA BEMERGUY, FRANCISCO MACHADO DA SILVA, JOÃO AMÉRICO PEREIRA, JOÃO DE OLIVEIRA SOBRINHO, JOSÉ QUEIROZ DA COSTA FILHO, MANOEL ANTÔNIO DE ALMEIDA DURÉ, MARIA DE NAZARETH DE SOUZA FRANÇA, MARIA HIGINA DO NASCIMENTO, MARIA JOSÉ BALBAKI FETTI, MILTON DA COSTA PINTO JÚNIOR, MOACYR FREITAS DE ALMENDRA GAYOSO JÚNIOR, PAULO CELSO RESENDE RANGEL, RENATO DE MELO ROCHA e WALTER LOGATTI FILHO. Votaram contrariamente os senhores Conselheiros Federais ITAMAR COSTA KALIL, LUIZ ALBERTO FREITAS PEREIRA, MARCOS DE SOUSA e SÉRGIO LUIZ CHAUTARD-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.- Cientifique-se e cumpra-se. Brasília, 3 de novembro de 2004. Eng. Florestal Fernando Antônio Souza Bemerguy Presidente em Exercício Ref. SESSÃO: Sessão Plenária Ordinária 1.353 Decisão Nº: PL-1347/2008 Referência:PC CF-0762/2008 Interessado: Crea-MS Ementa: Atribuições profissionais para atividades de georreferenciamento de imóveis rurais. O Plenário do Confea, reunido em Brasília no período de 24 a 26 de setembro de 2008, apreciando a Deliberação nº 090/2008-CEAP, relativa à matéria em epígrafe, que trata da solicitação do Crea-MS de manifestação deste Confea sobre atribuições profissionais para atividades de georreferenciamento de imóveis rurais. considerando que a Decisão nº PL- 2087/2004, do Confea, estabelece as condições objetivas para a concessão de atribuições profissionais em atividades de georreferenciamento de imóveis rurais; considerando que, conforme consta do inciso VII da Decisão nº PL-2087/2004, os cursos formativos, que habilitam para a atividade de georreferenciamento de imóveis rurais, devem ter carga horária mínima de 360 horas; considerando que a Decisão nº PL 2087/2004 não estabelece carga horária mínima para cada disciplina nela especificada, mas deixa claro que o conjunto delas deve perfazer um montante de 360 horas; considerando que a Câmara Especializada de Agronomia do Crea-MS concedeu atribuição para realizar serviços de georreferenciamento a profissional engenheiro agrônomo que demonstrou ter cursado, em 2003, as disciplinas Topografia (72 horas) e Cartografia e Geoprocessamento (36 horas) durante a sua graduação na Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande – MS; considerando que as disciplinas Topografia e Cartografia e Geoprocessamento oferecidas, em 2003, no curso de graduação em Agronomia da Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande-MS, além de não conter todos os conteúdos estipulados no inciso I do item 2 da Decisão nº PL-2087/2004, perfazem apenas 44,4 % da carga horária de 360 horas exigidas no inciso VII do item 2 da Decisão nº PL-2087/2004 para cursos formativos que habilitam para o exercício da atividade de georreferenciamento de imóveis rurais; considerando que o conteúdo denominado Ajustamentos, previsto como necessário na alinea “e” do inciso I do item 2 da Decisão nº PL-2087/2004, não aparece em nenhuma das ementas apensadas ao processo; e considerando que a concessão da atribuição em apreço deveria ter sido objeto de deliberação do Plenário do Crea-MS, após apreciada, também, pela Câmara Especializada de Agrimensura ou equivalente, e não somente pela Câmara Especializada de Agronomia visto que trata-se de situação em que o profissional de uma modalidade, no caso Agronomia, requer atribuições, no caso de georreferenciamento, afetas à modalidade Agrimensura, DECIDIU, por unanimidade: 1) Recomendar aos Creas que: a) as atribuições para a execução de atividades de Georreferenciamento de Imóveis Rurais somente poderão ser concedidas ao profissional que comprovar que cursou, seja em curso regular de graduação ou técnico de nível médio, ou pós-graduação ou qualificação/aperfeiçoamento profissional, todos os conteúdos discriminados no inciso I do item 2 da Decisão nº PL-2087/ 2004, e que cumpriu a totalidade da carga horária exigida para o conjunto das disciplinas, qual seja 360 (trezentas e sessenta) horas, conforme está estipulado no inciso VII do item 2 dessa mesma decisão do Confea; b) embora haja a necessidade de o profissional comprovar que cursou, nas condições explicitadas no item anterior, todas as disciplinas listadas no inciso I do item 2 da Decisão nº PL- 2087/2004, não há a necessidade de comprovação de carga horária por disciplina; c) para os casos em que os profissionais requerentes forem Engenheiros Agrimensores, Engenheiros Cartógrafos, Engenheiros Geógrafos, Engenheiros de Geodésia e Topografia ou Tecnólogos/Técnicos da modalidade Agrimensura, os seus respectivos pleitos serão apreciados somente pela Câmara Especializada de Agrimensura; serão, entretanto, remetidos ao Plenário do Regional quando forem objetos de recurso; e d) para os casos em que os profissionais requerentes não forem Engenheiros Agrimensores, Engenheiros Cartógrafos, Engenheiros Geógrafos, Engenheiros de Geodésia e Topografia nem Tecnólogos/Técnicos da modalidade Agrimensura, os seus respectivos pleitos serão apreciados pela Câmara Especializada de Agrimensura, pela câmara especializada pertinente à modalidade do requerente e, por fim,pelo Plenário do Regional. 2) Determinar aos Creas que cancelem a concessão de atribuições para o exercício de atividades de georreferenciamento que estiver em desacordo ao entendimento acima exposto. Presidiu a sessão o Engenheiro Civil MARCOS TÚLIO DE MELO. Presentes os senhores Conselheiros Federais ADMAR BEZERRA ALVES, ANA KARINE BATISTA DE SOUSA, FERNANDO LUIZ BECKMAN PEREIRA, FRANCISCO JOSE BURLAMAQUI FARACO, IRACY VIEIRA SANTOS SILVANO, ISACARIAS CARLOS REBOUÇAS, JAQUES SHERIQUE, JOÃO DE DEUS COELHO CORREIA, JOSE CLEMERSON SANTOS BATISTA, JOSÉ ELIESER DE OLIVEIRA JÚNIOR, JOSÉ ROBERTO GERALDINE JÚNIOR, JOSÉ ROBERTO MEDEIROS SILVA, LINO GILBERTO DA SILVA, MODESTO FERREIRA DOS SANTOS FILHO, OSNI SCHROEDER, RICARDO ANTONIO DE ARRUDA VEIGA, RODRIGO GUARACY SANTANA e VALMIR ANTUNES DA SILVA. Cientifique-se e cumpra-se. Brasília, 29 de setembro de 2008. Page 1 of 2Confea - Legislação Eng. Civ. Marcos Túlio de Melo Presidente Page 2 of 2Confea - Legislação PORTARIA Nº486 DE 2 DE SETEMBRO DE 2013. Homologa a 3ª Edição da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais, o Manual Técnico de Posicionamento e o Manual Técnico de Limites e Confrontações. O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA , no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso VII do art. 21, da Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto nº 6.812, de 3 de abril de 2009, combinado com o inciso VII, do art. 122, do Regimento Interno do INCRA, aprovado pela Portaria/MDA/Nº 20, de 8 de abril de 2009, e Considerando a decisão adotada na RESOLUÇÃO/INCRA/CD/Nº 23, do Egrégio Conselho Diretor da Autarquia, em sua 632ª Reunião, realizada em 23 de agosto de 2013, que aprovou a proposta da 3ª Edição da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais, do Manual Técnico de Posicionamento e do Manual Técnico de Limites e Confrontações, resolve: Art. 1° Homologar a 3ª Edição da Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais, o Manual Técnico de Posicionamento e o Manual Técnico de Limites e Confrontações. Art. 2º Determinar que os serviços de georreferenciamento de imóveis rurais sejam realizados em consonância com os documentos definidos no Art. 1º. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Portaria nº 578, de 16 de setembro de 2010, publicada no Diário Oficial União do dia 23 de setembro de 2010, Seção 1, página 82. Art. 4° Esta Portaria entrará em vigor no dia 23 de novembro de 2013. CARLOS MÁRIO GUEDES DE GUEDES Página: 1 de 4 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária Coordenação Geral de Cartografia NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS 3ª Edição Brasília 2013 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................. 1 2 DEFINIÇÕES ..................................................... 2 3 IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL RURAL ........... 2 4 COORDENADAS DOS VÉRTICES .................. 3 5 CREDENCIAMENTO ........................................ 4 6 GESTÃO DA CERTIFICAÇÃO ........................ 4 1 INTRODUÇÃO A presente norma trata das condições exigíveis para execução dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais, em atendimento ao que estabelecem os parágrafos 3º e 4º, do artigo 176, e o parágrafo 3º do artigo 225, da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, incluídos pela Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. As especificações fixadas por esta norma devem ser observadas e cumpridas de forma indistinta para imóveis públicos e privados. A correta aplicação desta norma está condicionada às especificações dos seguintes documentos: a) Manual Técnico de Limites e Confrontações, publicado pelo INCRA; b) Manual Técnico de Posicionamento, publicado pelo INCRA. As prescrições contidas nestes manuais, quando citadas nesta norma, são consideradas determinações para aplicação da mesma. Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais 3ª Edição Página: 2 de 4 2 DEFINIÇÕES As definições a seguir deverão ser adotadas no âmbito desta norma. 2.1 Coordenadas cartesianas geocêntricas Coordenadas referenciadas a três eixos ortogonais com origem no centro de massa da terra, sendo o eixo “Z” orientado na direção do Conventional Terrestrial Pole (Pólo Terrestre Convencional), o eixo “X” na direção média do meridiano de Greenwich e o eixo “Y” de modo a tornar o sistema dextrógiro. 2.2 Coordenadas cartesianas locais Coordenadas cartesianas definidas num plano topográfico local, perpendicular à normal ao elipsoide e tangente à superfície terrestre no ponto origem do Sistema Geodésico Local (SGL). Vide item 2.10. 2.3 Coordenadas geodésicas Coordenadas geodésicas definidas num elipsoide de referência, expressas em: latitude (φ), longitude (λ) e altitude elipsoidal (h). 2.4 Credenciado Profissional que tenha efetuado seu credenciamento junto ao INCRA para requerer certificação de imóveis rurais em conformidade com o parágrafo 5º do artigo 176, da Lei nº 6.015, de 1973, incluído pela Lei nº 11.952, 25 de junho de 2009. 2.5 Exatidão de limites Limites identificados, levantados e descritos de forma a contemplar corretamente os limites do imóvel objeto do título de domínio, bem como os limites de respeito nos casos de ocupações rurais passíveis de titulação. 2.6 Imóvel rural O imóvel rural a ser considerado nos serviços de georreferenciamento é aquele objeto do título de domínio, bem como aquele passível de titulação. 2.7 Informações posicionais Referem-se às coordenadas geodésicas dos vértices (φ, λ, h), com suas respectivas precisões (σφ, σλ, σh). 2.8 Precisão posicional absoluta Refere-se à precisão posicional relacionada à vinculação com o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), prevendo, portanto, a propagação das covariâncias a partir dos vértices do mesmo. 2.9 Profissional habilitado para execução de serviços de georreferenciamento Profissional devidamente habilitado para assumir responsabilidade técnica dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais, em atendimento ao parágrafo 3º do artigo 176, da Lei nº. 6.015, de 1973. 2.10 Sistema Geodésico Local O Sistema Geodésico Local (SGL) é um sistema cartesiano composto de três eixos mutuamente ortogonais (e, n, u), onde o eixo “n” aponta em direção ao norte geodésico, o eixo “e” aponta para a direção leste e é perpendicular ao eixo “n”, ambos contidos no plano topográfico, e o eixo “u” coincide com a normal ao elipsoide que passa pelo vértice escolhido como a origem do sistema. 2.11 Vértice de limite É o ponto onde a linha limítrofe do imóvel rural muda de direção ou onde existe interseção desta linha com qualquer outra linha limítrofe de imóvel contíguo. 3 IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL RURAL A identificação do imóvel rural se dá por meio da correta descrição dos seus limites, conforme parágrafo 3º do artigo 176 da Lei nº 6.015, de 1973. 3.1 Descrição dos limites Os limites são descritos por segmentos de reta interligados por vértices, sendo estes, Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais 3ª Edição Página: 3 de 4 descritos por seus respectivos códigos e valores de coordenadas. 3.2 Tipos de vértices Os vértices são agrupados em diferentes tipos, definidos no Manual Técnico de Limites e Confrontações. 3.3 Codificação do vértice O código inequívoco do vértice refere-se a um conjunto de caracteres alfanuméricos organizados de tal forma que não ocorra mais de um vértice, mesmo que em imóveis distintos, com o mesmo código, conforme regra a seguir: a) Os quatro primeiros caracteres referem-se ao código do credenciadoresponsável pelo posicionamento do vértice; b) O quinto caractere refere-se ao tipo do vértice; e c) Os caracteres seguintes referem-se a uma sequência de números inteiros, sendo incrementada à medida que o profissional efetue a definição de um novo vértice. Observação: não deve haver repetição de número em vértices do mesmo tipo e do mesmo credenciado. Figura – Codificação de vértice Nota: Os credenciados que receberam codificação com três dígitos permanecerão com os mesmos. 3.4 Tipos de limites Os limites são agrupados em diferentes tipos, definidos no Manual Técnico de Limites e Confrontações. 3.5 Codificação do tipo de limite Cada tipo de limite recebe uma codificação, definida no Manual Técnico de Limites e Confrontações. 4 COORDENADAS DOS VÉRTICES As coordenadas dos vértices definidores dos limites do imóvel devem ser referenciadas ao SGB, vigente na época da submissão do trabalho. Atualmente adota-se o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), em sua realização do ano 2000 (SIRGAS2000), conforme especificações constantes na resolução nº 01, de 25 de fevereiro de 2005, do Presidente da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 4.1 Determinação das coordenadas A determinação dos valores de coordenadas deve ser realizada em consonância com o Manual Técnico de Posicionamento. 4.2 Descrição das coordenadas Os valores de coordenadas dos vértices devem ser descritos por meio das suas coordenadas geodésicas (φ, λ, h), vinculadas ao SGB. 4.3 Precisão das coordenadas O valor da precisão posicional absoluta refere-se a resultante planimétrica (horizontal), conforme equação a seguir: 22 P Onde: P = precisão posicional (m); = desvio padrão da latitude (m); = desvio padrão da longitude (m). Nota: No cálculo da precisão posicional desconsidera- se o valor do desvio padrão da altitude. 4.4 Padrões de precisão Os valores de precisão posicional a serem observados para vértices definidores de Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais 3ª Edição Página: 4 de 4 limites de imóveis são: a) Para vértices situados em limites artificiais: melhor ou igual a 0,50 m; b) Para vértices situados em limites naturais: melhor ou igual a 3,00 m; e c) Para vértices situados em limites inacessíveis: melhor ou igual a 7,50 m. 4.5 Descrição das precisões Os valores de precisão da latitude e da longitude devem ser convertidos para valores lineares. Desta forma, os valores de precisão das coordenadas geodésicas (σφ, σλ, σh) devem ser expressos em metros. 4.6 Área O cálculo de área deve ser realizado com base nas coordenadas referenciadas ao Sistema Geodésico Local (SGL). A formulação matemática para conversão entre coordenadas cartesianas geocêntricas e cartesianas locais está definida no Manual Técnico de Posicionamento. 5 CREDENCIAMENTO Para requerer certificação de poligonais referentes a imóveis rurais, em atendimento ao que estabelece o parágrafo 5º do artigo 176, da Lei nº. 6.015/73, o profissional deve efetuar seu credenciamento junto ao INCRA. Somente está apto a ser credenciado o profissional habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), para execução de serviços de georreferenciamento de imóveis rurais. 5.1 Procedimentos para credenciamento Para que o profissional efetue seu credenciamento, deverá preencher formulário eletrônico pelo qual envia certidão expedida pelo CREA, conforme modelo estabelecido na Decisão PL- 0745/2007, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, ou outro instrumento vigente a época. Neste ato, o profissional receberá o código de credenciado, conforme item 3.3 Codificação do vértice. 5.2 Responsabilidade Técnica Nos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais o credenciado assume responsabilidade técnica referente à correta identificação do imóvel em atendimento ao parágrafo 3º do artigo 176 da Lei 6.015, de 1973, observando: a) A exatidão de limites; e b) As informações posicionais de todos os vértices de limite. 6 GESTÃO DA CERTIFICAÇÃO A gestão da certificação tem por finalidade trazer segurança para as informações certificadas e operacionalizar o processo de certificação, conforme detalhado em ato normativo próprio, contemplando: a) Desmembramento/Parcelamento; b) Remembramento; c) Retificação de certificação; d) Cancelamento de certificação; e) Análise de sobreposição; e f) Sanções ao credenciado. MANUAL TÉCNICO DE LIMITES E CONFRONTAÇÕES Georreferenciamento de Imóveis Rurais 1ª Edição Brasília 2013 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária Coordenação Geral de Cartografia Manual Técnico de Limites e Confrontações: georreferenciamento de imóveis rurais 1ª Edição Brasília 2013 DILMA VANA ROUSSEFF Presidente da República GILBERTO JOSÉ SPIER VARGAS Ministro do Desenvolvimento Agrário CARLOS MÁRIO GUEDES DE GUEDES Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária RICHARD MARTINS TORSIANO Diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária WILSON SILVA JÚNIOR Coordenador Geral de Cartografia EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO: ACILAYNE FREITAS DE AQUINO Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheira Agrimensora AILTON CARDOSO TRINDADE Técnico em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Técnico em Agrimensura DÉRISSON LISBÔA NOGUEIRA Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Agrimensor HELIOMAR VASCONCELOS Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Agrimensor KILDER JOSÉ BARBOSA Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Agrimensor MARCELO JOSÉ PEREIRA DA CUNHA Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Agrimensor MIGUEL PEDRO DA SILVA NETO Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Cartógrafo OSCAR OSÉIAS DE OLIVEIRA Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Agrimensor ROBERTO NERES QUIRINO DE OLIVEIRA Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Cartógrafo Sumário Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: i SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................................... iii LISTA DE QUADROS ................................................................................................................. iv 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5 2 DEFINIÇÕES ................................................................................................................... 6 2.1 Linha ideal .......................................................................................................... 6 2.2 Corpos d’água .................................................................................................. 6 2.3 Cursos d’água ................................................................................................... 6 2.4 Canal .................................................................................................................. 6 2.5 Elementos físicos ................................................................................................ 6 2.6 Limite de respeito .............................................................................................. 6 3 IMÓVEL RURAL ..............................................................................................................7 3.1 Imóvel rural objeto do título de domínio ....................................................... 7 3.2 Imóvel rural passível de titulação ................................................................. 10 4 LIMITES .......................................................................................................................... 11 4.1 Identificação dos limites ................................................................................ 11 4.2 Descrição dos limites ...................................................................................... 12 4.2.1 Tipos de limites .............................................................................................. 12 4.2.1.1 Cerca ................................................................................................. 13 4.2.1.2 Muro ................................................................................................... 13 4.2.1.3 Estrada ............................................................................................... 13 4.2.1.4 Canal .................................................................................................. 13 4.2.1.5 Vala .................................................................................................... 13 4.2.1.6 Linha ideal ......................................................................................... 13 4.2.1.7 Limite artificial não tipificado ......................................................... 13 4.2.1.8 Corpo d’água ou curso d’água .................................................... 14 4.2.1.9 Linha de cumeada .......................................................................... 14 4.2.1.10 Grota ................................................................................................ 14 4.2.1.11 Crista de encosta ........................................................................... 14 4.2.1.12 Pé de encosta ................................................................................ 15 4.2.1.13 Limite natural não tipificado ......................................................... 15 4.2.2 Tipos de vértices ........................................................................................... 15 4.2.2.1 Vértice tipo “M” (marco) ................................................................ 16 4.2.2.2 Vértice tipo “P” (ponto) ................................................................... 17 4.2.2.3 Vértice tipo “V” (virtual) .................................................................. 17 Sumário Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: ii 5 CONFRONTANTES ....................................................................................................... 19 6 ALTERAÇÃO DE PARCELA CERTIFICADA ................................................................. 20 6.1 Desmembramento/parcelamento .............................................................. 20 6.1.1 Com parcela confrontante certificada ................................................... 20 6.1.2 Sem parcela confrontante certificada .................................................... 21 6.2 Remembramento ............................................................................................ 21 7 GUARDA DE PEÇAS TÉCNICAS E DOCUMENTAÇÃO ............................................ 23 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 24 Lista de Figuras Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: iii LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Matrícula referente a áreas descontínuas ......................................................... 7 Figura 2 – Remembramento .................................................................................................. 8 Figura 3 – Desmembramento/parcelamento sem transferência de titularidade ......... 8 Figura 4 – Área encravada é objeto de título próprio ....................................................... 9 Figura 5 – Área encravada é uma posse integrada ao título de domínio ..................... 9 Figura 6 – Área encravada é uma posse independente do título de domínio ........... 10 Figura 7 – Representação de limites sinuosos .................................................................... 14 Figura 8 – Modelos de marcos ............................................................................................. 16 Figura 9 – Modelo de plaqueta ........................................................................................... 17 Figura 10 – Desmembramento/parcelamento com alteração do confrontante ....... 20 Figura 11 – Desmembramento/parcelamento sem alteração do confrontante ........ 21 Figura 12 – Desmembramento/parcelamento ................................................................. 21 Figura 13 – Remembramento .............................................................................................. 21 Lista de Quadros Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: iv LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Tipos de limites ................................................................................................... 15 Quadro 2 – Tipos de vértices ................................................................................................ 18 1 Introdução Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 5 1 INTRODUÇÃO O novo conjunto de normas para execução de serviços de georreferenciamento de imóveis rurais é constituído por este documento, pelo Manual Técnico de Posicionamento e pela Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) 3ª Edição. Trazendo uma inovação conceitual (em comparação com as edições anteriores da NTGIR), este manual adota o conceito de imóvel rural contido na Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973) e não o estabelecido pelo Estatuto da Terra (Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964), fato este que aproxima os procedimentos de certificação e o registro de imóveis. Os capítulos 2 e 3 contemplam uma série de definições relevantes para entendimento e consequente aplicação das orientações contidas neste manual. As orientações para proceder a identificação e descrição dos limites dos imóveis rurais são encontradas no capítulo 4. O capítulo 5 aborda a identificação da confrontação, não considerando como confrontante o proprietário e sim o bem imóvel. O capítulo 6 trata dos procedimentos a serem seguidos para os casos de alteração de parcela certificada. O capítulo 7 salienta que é fundamental a guarda de todo material que subsidiou a identificação dos limites e confrontações do imóvel. 2 Definições Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 6 2 DEFINIÇÕES As definições a seguir deverão ser adotadas no âmbito deste manual. 2.1 LINHA IDEAL É uma linha reta (imaginária) que é apenas idealizada, mas não está associada diretamente a nenhum elemento físico. Exemplos: limites com faixas de domínio não materializados; linha entre marcos implantados para fins de desmembramento, no caso de limites ainda não materializados; linhas que não foram materializadas para não inviabilizarem o trânsito de veículos e máquinas, dentre outros. 2.2 CORPOS D’ÁGUA Qualquer acúmulo significativo de água, tais como: lagos, lagoas, dentre outros. 2.3 CURSOS D’ÁGUA Águas correntes, tais como: rios, córregos, riachos, dentre outros. 2.4 CANAL Canal é uma vala escavada artificialmente para a passagem da água, podendo ou não ser revestida por material que lhe dê sustentação.2.5 ELEMENTOS FÍSICOS São os elementos (objetos) que caracterizam em campo os limites entre imóveis, englobando aqueles constituídos por ação antrópica (limite artificial) ou por ação natural (limite natural). 2.6 LIMITE DE RESPEITO Linha fronteiriça respeitada de forma pacífica pelos proprietários e/ou simples ocupantes (sem título de domínio), como linha divisória entre os imóveis. Importante: o limite de respeito não necessariamente corresponde ao título de domínio e nestes casos o georreferenciamento deve ser realizado em consonância com o título. 3 Imóvel Rural Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 7 3 IMÓVEL RURAL O imóvel rural a ser considerado nos serviços de georreferenciamento é aquele objeto do título de domínio, bem como aquele passível de titulação, conforme detalhado nos tópicos a seguir. Será atribuída uma certificação a cada parcela (imóvel) e esta será descrita em matrícula própria no registro de imóveis. 3.1 IMÓVEL RURAL OBJETO DO TÍTULO DE DOMÍNIO Imóvel constante em documento que formaliza a aquisição da sua titularidade, podendo ser: a) Área inscrita (matriculada ou transcrita1) no cartório de registro de imóveis; b) Área descrita em documento ainda não registrado, mas suscetível de registro com efeito translativo de domínio ou constitutivo da propriedade formal. Exemplo: escritura de compra e venda relativa a parcela destacada de área maior, devidamente delimitada e caracterizada. Cada título de domínio se refere a apenas uma parcela e vice-versa, salvo nos casos seguintes: a) A matrícula ou transcrição se referir a áreas descontínuas2 (cada área corresponderá a uma parcela); Figura 1 – Matrícula referente a áreas descontínuas 1 Anteriormente à vigência da Lei 6015/73 – 1º de janeiro de 1976 – adotava-se a transcrição das transmissões, a qual poderia incluir, num mesmo ato registral, dois ou mais imóveis. A partir desta data, foi introduzido o sistema de matrículas, que vigora até hoje. Pelo novo sistema, cada imóvel terá matrícula própria e cada matrícula corresponderá a um único imóvel. 2 Nos casos de imóvel matriculado, esta situação é anômala, mas ocorre em alguns registros imobiliários. Com a execução do georreferenciamento, será efetuada a devida correção. 3 Imóvel Rural Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 8 b) Houver interesse em remembrar áreas contíguas, constantes em títulos distintos, cuja fusão seja juridicamente possível (a soma das áreas corresponderá a uma parcela); Figura 2 – Remembramento c) Houver interesse em parcelar/desmembrar a área objeto do título de domínio sem transferência de titularidade (a área do título de domínio corresponderá a duas ou mais parcelas); Figura 3 – Desmembramento/parcelamento sem transferência de titularidade Ao deparar com imóvel no qual exista(m) área(s) encravada(s), o credenciado deverá atentar-se para a situação jurídica da(s) mesma(s), conforme: 3 Imóvel Rural Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 9 a) Área interna é objeto de título próprio. A parcela objeto do georreferenciamento corresponderá à área compreendida entre o perímetro externo e o(s) perímetro(s) interno(s). Figura 4 – Área encravada é objeto de título próprio b) Área interna está integrada no imóvel a que se refere o título de domínio, mas encontra-se ocupada por posseiro(s). A área interna não deve ser deduzida da parcela3. Figura 5 – Área encravada é uma posse integrada ao título de domínio 3 Reconhecendo que não será possível retomar a área ocupada pelo posseiro e desejando regularizar a situação da parte restante, o proprietário poderá, alternativamente, adotar um dos seguintes procedimentos: outorgar título translativo de domínio ao posseiro, para que este se torne o proprietário, ou desmembrar/parcelar o imóvel, individualizando as áreas. 3 Imóvel Rural Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 10 c) Área interna encontra-se ocupada por posseiros, mas tal situação está devidamente prevista na matrícula, de forma que a área encravada não integra o imóvel matriculado. Neste caso, proceder conforme item “a”. Figura 6 – Área encravada é uma posse independente do título de domínio 3.2 IMÓVEL RURAL PASSÍVEL DE TITULAÇÃO Imóveis rurais passíveis de titulação são aqueles correspondentes a: a) Área pública ocupada por particular, incluída em ação de regularização fundiária promovida por órgão público; e b) Área particular sobre a qual é exercida a posse ad usucapionem (área cuja propriedade pode ser adquirida por usucapião). IMPORTANTE: O imóvel (parcela) somente será certificado após a titulação. 4 Limites Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 11 4 LIMITES Os limites devem ser identificados, levantados e descritos de forma a retratar de forma fidedigna o imóvel rural. A identificação e a descrição serão efetuadas de acordo com os parâmetros seguintes. O levantamento, por sua vez, obedecerá às regras contidas no Manual Técnico de Posicionamento. 4.1 IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES Para identificar corretamente os limites do imóvel, o credenciado deve efetuar uma criteriosa análise de documentos relacionados ao mesmo, buscando esgotar as dúvidas quanto à sua localização. Como elementos principais de pesquisa, sugere- se: a) Matrícula ou transcrição do imóvel (indispensável); b) Matrículas e/ou transcrições dos imóveis vizinhos; c) Títulos de domínio. Exemplos: escritura pública, formal de partilha, carta de arrematação, sentença de usucapião, título de legitimação de terras devolutas, dentre outros. d) Peças técnicas (plantas, memoriais descritivos, cadernetas de campo, dentre outros) relacionadas ao imóvel e/ou aos confrontantes; e e) Nos casos de imóveis passíveis de titulação (ver item 3.2), deverão ser observados os limites de respeito, além das indicações anteriores, quando for o caso. Além da análise da documentação, orienta-se que o credenciado busque informações com o proprietário do imóvel objeto do levantamento, com os confrontantes e antigos moradores da região, de forma a contrapor as informações para saneamento das dúvidas quanto à localização exata dos limites. Nos limites comuns a imóveis georreferenciados, recomenda-se ao credenciado efetuar novamente o levantamento e confrontar as informações obtidas com as já existentes. Em caso de concordância, o credenciado adotará as mesmas informações posicionais do imóvel vizinho e assumirá a responsabilidade pelas mesmas, de forma solidária com o outro credenciado. 4 Limites Manual Técnico de Limites e Confrontações Página: 12 Seja qual for o método de posicionamento4 utilizado, a identificação dos limites deve ser feita in loco. É fundamental a presença dos confrontantes ou de seus prepostos, pois o levantamento será realizado no limite comum entre os imóveis, a respeito do qual deve haver concordância entre as partes envolvidas. Havendo dúvidas e/ou discordâncias entre os confrontantes em relação à identificação dos limites, o credenciado deve prestar os devidos esclarecimentos. A abordagem deve ser sempre pacífica e imparcial, buscando solucionar a questão. Frustradas as tentativas de resolução amigável da divergência, sugere-se que o processo de identificação seja interrompido. 4.2 DESCRIÇÃO DOS LIMITES Conforme definido na NTGIR 3ª Edição, os limites
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