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ERGONOMIA A prevalência de desordens musculoesqueléticas no CD é maior comparada às outras profissões. Os segmentos do corpo mais afetados são coluna cervical, ombros, coluna torácica e braços. Ergonomia: medidas que visam o planejamento de dispositivos, sistemas técnicos e tarefas para aumentar a segurança, a saúde, o conforto e o desempenho dos trabalhadores. - Agrupamento de ciências que procura o ajuste confortável e produtivo entre o ser humano e seu ambiente de trabalho, buscando adaptar as condições de trabalho às características humanas. - Em relação ao local de trabalho, a adequação consiste num arranjo equilibrado dos componentes do consultório FDI: estabeleceu um gráfico em forma de relógio que sistematiza as principais posições que o dentista pode adotar em relação ao paciente. O dentista deve planejar suas ações para alternar esforço e repouso e para aproveitar os tempos de espera no consultório com alongamentos antes e depois da jornada de trabalho e evitar o sedentarismo. O atendimento odontológico planejado de forma estratégica é indispensável para que um profissional possa atingir suas metas, garantindo seu desempenho social e no trabalho. Regras básicas de ergonomia para organização biomecânica do trabalho: Escolher a melhor postura para trabalhar, de acordo com a exigência da tarefa. Trabalhar com o corpo em torque zero Trabalhar com o corpo na vertical, sem curvatura do tronco e sem elevação dos membros superiores Eliminar os esforços estáticos Para adequar a essas regras básicas: Colocar todos instrumentos de uso frequente dentro da área de alcance Fazer movimentos anatomicamente harmônicos, adotando transições adequadas de uma postura para outra e evitando movimentos bruscos de arranque, para prevenir lesões agudas do sistema musculoesquelético. Evitar permanência em posturas estáticas por tempo prolongado (acima de 20s) Sentar-se no mocho com as coxas paralelas ao solo, formando um ângulo entre coxa e perna de 90-110°, mantendo os pés apoiados no chão. Elevar as pernas, estando na posição sentada ou deitada, durante alguns minutos por dia para prevenir varizes. Estruturar uma boa organização do trabalho, planejando a agenda, com intuito de alterar procedimentos com exigências posturais diferentes Praticar atividades físicas aeróbicas e treinamento de força, como musculação, pilates ou treino funcional, além de alongamentos durante o trabalho. ALONGAMENTOS INDICADOS AO C-D Feitos de forma simples, dos membros superiores e cabeça antes dos procedimentos. O alongamento deixa as fibras musculares relaxadas, com maior flexibilidade, tira os mm. do estado de tensão. Músculos rombóide, deltóide, trapézio superior, peitorais, esplênios, escalenos entre outros são muito exigidos pelos CD. 3 séries de 20s por grupo muscular. O alongamento do trapézio superior feito bilateralmente puxando a cabeça pro lado com um dos braços e colocando o outro ipsilateral na região dorsal Alongamento dos rombóides deve ser feito sentado, na cadeira ou mocho, com os pés apoiados no chão, curve o corpo levando a cabeça em direção aos joelhos como se fosse colocá-la entre as pernas, depois cruze os braços para afastar a escápula. O alongamento do deltóide posterior e tríceps é feito bilateralmente, com cotovelo ou braço do membro a ser alongado dobrado. Com a mão contra lateral apoiada no cotovelo contrário, puxe o ombro em direção ao ombro contralateral O alongamento dos esplênios é feito cruzando as mãos atrás da cabeça, apoiadas na região occipital, com o tronco fixo, puxe a cabeça para baixo de forma a apenas movimentar a região cervical, levando o queixo em direção ao peito. O alongamento do m. peitoral pode ser feito de 3 formas, cada uma priorizando um diferente grupo de fibras musculares. - Fibras úmero claviculares: em um canto da sala, apoie o antebraço em cada parede, com os cotovelos alinhados ao tronco, e, em seguida, deixe o corpo cair pra frente, fazendo que o próprio peso dele alongue a musculatura. - Fibras úmero externais: apoiando um antebraço em cada parede com os cotovelos em 90°, deixe o corpo cair pra frente, fazendo com que o próprio peso do corpo alongue a musculatura. - Fibras úmero costais: Com um antebraço em cada parede, de maneira que fiquem na altura da cabeça, deixe o corpo cair pra frente, fazendo com que o próprio peso do corpo alongue a musculatura. O alongamento dos extensores de punho e dedos deve ser feito bilateralmente, com o membro a ser alongado todo esticado, e o antebraço em pronação. Assim, com a mão contralateral, faça um apoio na face dorsal da mão e puxe o punho em direção ao corpo. O alongamento dos flexores de punho e dedos deve ser feito bilateralmente, com o membro a ser alongado todo esticado e o antebraço em supinação. Assim, com a mão contralateral, faça um apoio nos dedos e puxe o punho em direção ao corpo. O alongamento do bíceps braquial, do deltóide anterior e do peitoral deve ser feito bilateralmente,firmando-se em algum ponto fixo, com o membro a ser alongado em 90°. Chegue o corpo pra frente e, assim que sentir que está começando a alongar, faça uma rotação externa de tronco para alongar um pouco mais. PREENSÃO DOS INSTRUMENTOS Posição de escrita Preensão dos instrumentos igual pegar uma caneta. O instrumento é mantido entre o polegar e o indicador, apoiado no dedo médio que, por sua vez, se apoia na superfície dos dentes próximos à área em que se está trabalhando. Esse apoio é complementado pelos dedos anular e mínimo, proporcionando equilíbrio e segurança. Essa posição permite atuar em todas as áreas da boca com pressões suaves e acentuadas. Quando usada no arco superior, a posição passa a ser chamada de escrita invertida, por inverter a palma da mão. Posição digitopalmar Essa posição proporciona maior pressão de corte, mas com menos estabilidade que a posição de escrita. Utilizada na empunhadura da peça reta e para trabalhos fora da cavidade bucal. O cabo do instrumento na palma da mão, preso entre os dedos, com o polegar de apoio e dirigindo junto com os outros dedos a ação do instrumento. O apoio deve ser utilizado o mais próximo possível do local de trabalho. POSIÇÃO DE TRABALHO Acesso ao hemiarco inferior esquerdo Para o acesso da superfície oclusal, o paciente deve ser posicionado de forma que o plano oclusal dos dentes inferiores forme um ângulo de aproximadamente 45° com o solo, ligeiramente inclinado para o lado direito. O profissional trabalhará sentado e na posição correspondente a 12h por trás do paciente, com visão direta e apoio para execução do trabalho. Para o acesso da superfície vestibular em preparos e restaurações, a posição do paciente será basicamente a mesma, com inclinação para a direita mais acentuada. Acesso ao hemiarco inferior direito Para o acesso da superfície oclusal, o paciente deve ser posicionado de forma que o plano oclusal dos dentes inferiores fique paralelo ao solo. O profissional trabalhará sentado e na posição correspondente a 8-9h por trás do paciente, isto é, lateralmente ao paciente, com visão direta e apoio para execução do trabalho. Para o acesso da superfície vestibular em preparos e restaurações, o plano oclusal deverá formar um ângulo de 45° com o solo, ligeiramente inclinado para o lado esquerdo. O operador permanece na posição correspondente a 8-9h.Acesso ao hemiarco superior direito Para o acesso da superfície oclusal, o paciente deve ser posicionado de forma que o plano oclusal dos dentes superiores forme um ângulo de aproximadamente 90° com o solo. O profissional trabalhará sentado e na posição correspondente a 12h por trás do paciente, com visão indireta auxiliado pelo espelho clínico. O apoio é pelo posicionamento dos dedos médio, anular e mínimo nas faces vestibulares dos dentes próximos ao preparado. Para o acesso da superfície vestibular em preparos e restaurações, o operador trabalhará na posição correspondente a 8-9h, com a cabeça do paciente ligeiramente inclinada para a esquerda e o plano oclusal dos dentes superiores formando um ângulo de 45° com o solo. Acesso ao hemiarco superior esquerdo Para o acesso da superfície oclusal, o paciente deve ser posicionado de forma que o plano oclusal dos dentes superiores forme um ângulo de aproximadamente 90° com o solo. O profissional trabalhará sentado e na posição correspondente a 12h por trás do paciente, com visão indireta auxiliado pelo espelho clínico. O apoio é pelo posicionamento dos dedos médio, anular e mínimo nas faces oclusais ou palatinas dos dentes próximos ao preparado. Para o acesso da superfície vestibular em preparos e restaurações, a cabeça do paciente deve estar inclinada para a direita, o operador na posição correspondente a 12h por trás do paciente. Acesso palatino ao arco anterossuperior Para intervenções na face palatina dos dentes ântero superiores, o paciente deverá estar com o plano oclusal dos dentes superiores perpendicularmente ao solo. O operador trabalhará com visão indireta pelo espelho clínico. Quando o preparo ou restauração for próximo à linha média, não é necessário a inclinação da cabeça do paciente, estando o profissional na posição de 12h. Quando as intervenções distanciar da linha média a cabeça deverá ser inclinada para o lado oposto. Para estabilidade do instrumento rotatório, o apoio é obtido com o dedo anular posiocionado em um dente próximo ao dente preparado.
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