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Embriologia
A embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento dos metazoários pluricelulares a partir da união do gameta feminino (ovócito) com o gameta masculino (espermatozoide), resultando na formação do zigoto. Este zigoto passa por sucessivas mitoses, em que as células apresentam diferenciação celular, resultando a formação dos tecidos embrionários que constituirão os órgãos e sistemas do futuro indivíduo. Esse processo, desde a célula-ovo até o adulto é denominado ontogenia, ou ontogênese.
Gametogênese é o processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos pluricelulares que realizam reprodução sexuada. Nos animais. a gametogênese ocorre em glândulas denominadas gónadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais. A gametogênese é resultante do processo de meiose, que reduz metade a quantidade de cromossomo homólogo, originando células haploides. Esse processo permite a permutação gênica e a fecundação, responsáveis pela variabilidade genética das espécies. A gametogénese masculina (ou espermatogênese) e a gametogênese feminina (ovogênese) seguem as mesmas etapas encontradas na meiose, porem cada uma de maneira diferente.
Espermatogênese é o nome dado a sequência de eventos que ocorrem nos testículos, onde as células germinativas, as espermatogônias, organizadas ao redor dos túbulos seminíferos, se diferenciam em espermatozoides. A espermatogênese divide-se em quatro fases:
· Fase de proliferação ou de multiplicação: as células primordiais dos testículos aumentam em quantidade por mitoses, formando espermatogônias diploides.
· Fase de crescimento: as espermatogônias crescem e se transformam em espermatócitos primários ou espermatócitos I, também diploides.
· Fase de maturação: nesta fase ocorre a primeira divisão meiótica, na qual cada espermatócito I origina dois espermatócitos secundários. Já haploides (com cromossomos duplicados). Logo após ocorre a segunda divisão meiótica, e cada espermatócito de segunda ordem da origem a duas espermátides haploides (com as cromátides-irmãs separadas).
· Espermiogênese: nela, cada espermátide se transforma em espermatozoide. 
Ovogênese é o processo pelo qual as células germinativas femininas, ou ovogônias, transformam-se em ovócitos. A ovogênese é dividida em três etapas:
· Fase de multiplicação ou de proliferação: nessa fase, as células germinativas aumentam em quantidade por mitose, originando as ovogônias. 
· Fase de crescimento: após a formação, as ovogônias iniciam a primeira divisão meiótica, que se interrompe na prófase I. Passam então por uma fase de cresci mento, com aumento do citoplasma e acúmulo de nutrientes, responsáveis pela nutrição do embrião. Ao final desse processo, as ovogônias passam a ser denominadas ovócitos primários, e permanecem assim até a ovulação.
· Fase de maturação: ocorre a liberação do ovócito primário para as tubas uterinas (ovulação). Durante esse processo, estimulado pelo hormônio folículo-estimulante (FSH) e pelo hormônio luteinizante (LH), completa-se a primeira divisão meiótica e se originam duas células, o ovócito secundário, que recebe quase todo citoplasma, e o primeiro corpúsculo polar, que quase não recebe citoplasma e logo se degenera. Na ovulação, o núcleo do ovócito Il inicia a segunda divisão meiótica, mas esta é interrompida na metáfase II e só se completará caso ocorra a fertilização.
Fecundação e desenvolvimento embrionário
A fertilização é a primeira etapa do desenvolvimento embrionário, e é o processo no qual o espermatozoide encontra o ovócito, geralmente na ampola da cuba uterina, para formar a célula-ovo ou zigoto. Esta célula começa a sofrer várias divisões mitóticas, passando pelo processo de diferenciação celular, que culmina na formação de tecidos, órgãos e sistemas do indivíduo.
Na tuba uterina, os espermatozoides reduzem sua mobilidade até a chegada de um ovócito, ao qual são atraídos por quimiotaxia. Logo após a penetração do espermatozoide as membranas dos dois gametas se fundem.
Após a formação do zigoto, pela união do óvulo e do espermatozoide, ocorrem as clivagens ou segmentações que se caracterizam por seguidas divisões mitóticas, as quais aumentam rapidamente o número de células, que a cada divisão se tomam menores e passam a se chamar blastômeros.
Após nova diviso mitótica, resultando em uma massa de 16 células unidas, é formada uma estrutura em forma de "cacho de uva”, denominada mórula. Nesse estágio do desenvolvimento embrionário, a zona pelúcida desaparece, e o aglomerado de células resultante é denominado blastocisto.
Se tem início do processo de formação dos três folhetos germinativos básicos, a partir dos quais todos os tecidos e órgãos são formados. Essa fase é denominada gastrulação, na qual são formados primórdios do tubo digestório. Os três folhetos embrionários são:
· A ectoderme, derivada do epiblasto, dá origem a epiderme, ao sistema nervoso central e a vários tipos de epitélios.
· A endoderme derivada do hipoblasto, dá origem ao revestimento dos aparelhos digestório e respiratório e às glândulas associadas ao sistema digestório, como o fígado e pâncreas. 
· A mesoderme, derivada do mesênquima, dá origem a músculos, ossos, conjuntivos, sistema cardiovascular e órgãos reprodutores.
A essa fase do desenvolvimento do embrião chamamos neurulação. Nesse estágio, células ectodérmicas migram dorso-lateralmente para formar a crista neural, o que dá origem aos gânglios sensitivos dos nervos cranianos e raquidianos.
Anexos embrionários
Anexos embrionários são estruturas que surgiram nos ovos dos répteis primitivos e aparecer modificados nos mamíferos placentários. Tem a função de proporcionar suporte e proteção para o desenvolvimento do feto.
O córion estabelece o início da troca de substâncias entre a mãe e feto. Após, começam a formar a parte fetal da placenta e dará origem às vilosidades da placenta.
O âmnio origina-se da ectoderme. As células dessa massa interna secretam um líquido que forma a cavidade amniótica, que envolve o embrião e tem a função de protegê-lo contra traumatismos durante a gravidez. 
O saco vitelínico é formado a partir da mesoderme e, à medida que se desenvolve, transforma-se em uma vesícula que tem a função de nutrir o embrião no início da gestação, depois desaparece e a nutrição é feita pela placenta. 
O alantoide origina-se da parte posterior do endoderma do saco vitelínico e forma os vasos alantóideos, seus ramos penetram a placenta e formam futuro cordão umbilical.
O cordão umbilical é uma estrutura em forma de corda que liga o feto à placenta. Possui duas artérias, que levam sangue impuro do feto à placenta, e uma veia, que leva sangue purificado e rico em alimentos da placenta para o feto.
A placenta é uma estrutura rica em vasos sanguíneos pela qual o feto faz o seu contato com a parede uterina da mãe, extraindo do sangue materno o seu alimento e oxigênio e eliminar suas excretas e o gás carbônico.

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