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Slide - Código Civil - Bens

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31/10/2011 
1 
1 
Prof.: Wellington Miranda 
Curso de Direito 
Disciplina: Direito Civil – parte geral 
2011 
BENS 
2 
Bens 
 Bens "são as coisas materiais ou 
imateriais que têm valor econômico e 
que podem servir de objeto a uma 
relação jurídica" (Agostinho Alvim). 
 coisa é tudo o que existe objetivamente, 
com exclusão do ser humano, de modo 
que se pode concluir o seguinte: 
 "todo bem é coisa, mas, nem toda coisa é 
bem"; 
"coisa é o gênero, do qual bem é a 
espécie". 
3 
 Pessoa – são sujeito de direito 
 Bens – objetos das relações jurídicas 
 Fatos jurídicos – forma de criar, modificar e extinguir 
direito; 
 Todos direito tem um objeto; 
 Direito subjetivo – poder outorgado a um titular – 
requer um objeto 
 Bens – tudo que satisfaz a necessidade humana 
 Há bens jurídicos que não são coisas? 
 
Bens 
Pessoa objeto Pessoa 
BENS E PRESTAÇÕES COISAS 
AÇÕES HUMANAS 
ATRIBUTO DA PERSOBALIDADE, USUFRUTO, CESSÃO, PODER FAMILIAR ... 4 
 Coisas comuns - insusceptíveis de apropriação 
pelo homem – ar, mar, etc... 
 
 Coisa sem dono (res nullius) – nunca forma 
apropriadas Ex: peixe, caça solta; 
 
 Coisa móvel abandonada ( res derelicta) – foi 
objeto da relação jurídica, mas seu titular a 
lançou fora, com a intenção de não mais tê-la 
para si. 
 Patrimônio – conjunto de bens qúe pertence a 
um titular. Existe pessoa sem patrimônio? 
Bens 
31/10/2011 
2 
5 
Patrimônio Mínimo 
 
Bem de família – Lei nº 8009/90; 
Vedação de doação da totalidade do 
patrimônio (CC.548); 
 Impenhorabilidade de determinados 
bens ( CPC, art.649,650); 
Bens 
6 
Bens 
 Classificação 
a) Bens considerados em si mesmos: 
a.1 - Bens corpóreos (têm existência material- ex.: mesa) e 
incorpóreos (não têm existência tangível e são relativos aos 
direitos que as pessoas naturais ou jurídicas têm sobre as 
coisas, sobre os produtos de seu intelecto ou contra outra 
pessoa, apresentando valor econômico - ex.: direitos pessoais 
de caráter patrimonial). 
a.2 - Bens imóveis (aqueles que não podem ser transportados 
de um lugar para o outro, em alteração da substância ou da 
destinação econômico- social) e móveis (os suscetíveis de 
movimento próprio, como os animais - semoventes -, ou de 
remoção por força alheia, como um livro – móveis propriamente 
ditos, sem alteração da substância ou da destinação 
econômico- social). 
7 
Bens 
Importância da distinção: 
- diversidade das formas de aquisição da 
propriedade; 
 
- possibilidade de os bens móveis serem 
alienados ou gravados de ônus real por um 
cônjuge, sem a anuência do outro, o mesmo não 
ocorrendo quanto aos bens imóveis, salvo em 
certos regimes de bens; 
 
- no patrimônio dos incapazes tem preferência o 
bem imóvel, que somente pode ser alienado em 
casos excepcionais e mediante prévia 
autorização judicial; 
 
- o tempo para a aquisição do bem por usucapião 
é maior para os imóveis, do que para os móveis; 8 
Bens 
Importância da distinção: 
- - com a abertura da sucessão provisória, os 
bens imóveis do ausente somente podem ser 
alienados por desapropriação ou por ordem 
judicial, para evitar a ruína; o mesmo inocorre 
quanto aos bens móveis; 
 
- Os direitos reais são diferentes: 
 
- hipoteca para os bens imóveis e penhor para os 
bens móveis; 
 
- só os imóveis podem ser objeto de direito real de 
superfície, enquanto apenas os móveis podem 
ser objeto de contrato de mútuo. 
31/10/2011 
3 
9 
Bens 
Bem móvel Bem imóvel 
Aquisição Tradição Escritura pública 
Usucapião, ocupação, 
achado de tresouro, 
especificação, confusão, 
comistão e adjunção 
Acessão, 
usucapião dtos 
hereditários 
Outorga do 
cônjuge 
Não precisa Precisa 
 
Usucapião 3-5 anos 5,10,15 
Alienação Penhor Hipoteca 
Imposto ICM SISA – ITBI 
FURTO NÃO CABE 
BEM DE FAMILIA NÃO SIM NÃO 
10 
Bens 
Espécies de bens imóveis: 
• por natureza: o solo com sua superfície, o espaço aéreo e o 
subsolo; 
• por acessão natural: tudo o que se incorporar naturalmente ao 
solo,como as árvores e os frutos pendentes; 
• por acessão artificial ou industrial: tudo aquilo que o homem 
incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada 
à terra, os edifícios e construções, de modo que se não possa 
retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano; 
• por determinação legal: os direitos reais sobre imóveis, as ações 
que os assegurem e o direito à sucessão aberta. As apólices da 
divida pública oneradas com a cláusula de inalienabilidade não 
mais são consideradas imóveis por determinação legal. 
11 
Bens 
 O novo Código Civil não mais contempla os imóveis por 
acessão intelectual ou por destinação do proprietário, 
que, de acordo com o Código de 1916, era tudo quanto 
ao imóvel o proprietário mantivesse duradoura e 
intencionalmente empregado em sua exploração 
industrial, aformoseamento, ou comodidade. 
 
 Exemplo dessa espécie de imóvel era o trator 
empregado duradoura e intencionalmente pelo 
proprietário na exploração econômica de seu imóvel 
rural. Estes bens, agora, são considerados apenas 
como pertenças, enquadrando-se na categoria dos 
móveis por natureza. 
12 
Bens 
Espécies de bens móveis: 
- por natureza: bens suscetíveis de movimento próprio, ou 
de remoção por força alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação econômico- social. O navio 
e o avião são considerados bens móveis, embora 
possam ser objeto de hipoteca; 
• por antecipação: bens incorporados ao solo, mas 
destinados à oportuna separação e conversão em 
móveis, como as árvores destinadas ao corte. A esse 
respeito, o Código Civil (art. 95) estabelece que, apesar 
de ainda não separados do bem principal, os frutos e 
produtos podem ser objeto de negócio juridico; 
• por determinação legal: as energias que tenham valor 
econômico (energia elétrica, sinal de tv à cabo, Internet, 
gás encanado, v.g.), 
31/10/2011 
4 
13 
Bens 
os direitos reais sobre objetos móveis e as ações 
correspondentes, os direitos pessoais de caráter 
patrimonial e as ações respectivas, os direitos 
do autor e os direitos de propriedade industrial. 
Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas 
conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local (ex.: casas pré-fabricadas); 
II - os materiais provisoriamente separados de um 
prédio, para nele se reempregarem. 
14 
Bens 
 Entretanto, os materiais destinados a 
alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de 
móveis; readquirem essa qualidade os 
provenientes da demolição de algum 
prédio. 
15 
Bens 
 Bens fungíveis (os que podem substituir-
se por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. Ex.: um saco de 
arroz agulhinha tipo 1 com 5 Kg) 
 
 infungíveis (os que não podem substituir-
se por outros da mesma espécie, 
quantidade e qualidade. Ex.: um 
determinado quadro de Portinari). 
16 
Bens 
Importância da distinção: 
- o empréstimo de coisas fungíveis é o mútuo e o 
de coisas infungíveis é o comodato; 
- a compensação efetua-se entre dividas liquidas, 
vencidas e de coisas fungíveis; 
- o credor de coisa certa não pode ser obrigado a 
receber outra, ainda que mais valiosa; 
- o contrato de locação de coisas refere-se apenas 
ao uso e gozo de coisas infungíveis. 
31/10/2011 
5 
17 
Bens 
A fungibilidade é própria dos bens móveis e a 
infungibilidade, dos bens imóveis. Entretanto, existem 
móveis infungíveis. 
Utiliza-se a idéia de fungibilidade também quanto ás 
obrigações de fazer. 
Se a prestação puder ser realizada por qualquer pessoa, 
por não demandar técnica ou conhecimentos 
especializados, será fungível. 
Caso contrário (se requerer atuação personalíssima), será 
infungível. 
Em matéria processual também há a utilização da idéia de 
fungibilidade, como, por exemplo, no que tange às ações 
possessórias típicas e à interposição de recursos. 
18 
Bens 
 As coisas fungíveis têm poder liberatório,visto 
que basta que o devedor entregue ao credor 
coisa do mesmo gênero, qualidade e 
quantidade, para que se libere da obrigação. No 
caso dos bens infungíveis, o devedor somente 
se libera com a entrega da coisa certa e 
específica. 
 Para Maria Helena Diniz, a fungibilidade e a 
infungibilidade decorrem da natureza da coisa, 
admitindo-se, entretanto, a possibilidade de os 
contratantes tomarem infungíveis coisas 
fungíveis. 
19 
Bens 
a.4 - Bens consumíveis 
 (os móveis, cujo uso importa destruição imediata 
da própria substância, como os alimentos - 
consuntibilidade natural - e os destinados a 
alienação, como uma tela exposta para a venda 
em uma galeria de artes - consuntibilidade 
jurídica) e inconsumíveis (os que podem ser 
usados continuamente, possibilitando que se 
retirem todas as suas utilidades, sem importar 
em destruição imediata de sua substância, 
como, por exemplo, um automóvel). 
20 
Bens 
 A consuntibilidade não decorre apenas 
da natureza do bem, mas, também,de 
sua destinação econômica-juridica. 
 
 A consuntibilidade não se confunde 
com a fungibilidade, os bens 
consumíveis não necessariamente 
fungíveis. 
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6 
21 
Bens 
 Bens divisíveis 
 (os que se podem fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor ou 
prejuízo do uso a que se destinam) 
 
- indivisíveis (os que se não podem partir sem 
alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor ou prejuízo do uso a que 
se destinam. 
22 
Bens 
- Indivisibilidade natural - e os que, embora 
naturalmente divisiveis, se consideram indivisíveis por 
lei - indivisibilidade por determinação legal - ou por 
vontade das partes· indivisibilidade convencional). 
Exemplos de indivisibilidade natural: cavalo de corridas, 
relógio, diamante de 50 quilates etc. 
 
- Exemplos de índivisibilidade por determinação legal: 
servidões prediais em relação ao prédio serviente, área 
rural equivalente a um módulo regional etc. Exemplos de 
bens indivisíveis por convenção das partes: condomínio 
tornado voluntariamente indivisível e obrigações 
indivisíveis. 
23 
Bens 
Importância da distinção: 
- as obrigações são divisíveis ou indivisíveis conforme 
possibilidade de as respectivas prestações serem, ou não, 
cumpridas parcialmente. Sendo indivisível a prestação, cada 
devedor encontra-se obrigado por toda a dívida; 
- na extinção do condomínio, se o bem for divisível, far-se-á a 
divisão, recebendo cada condômino o seu quinhão; se 
indivisível, havendo recusa dos condôminos em adjudicá-lo a 
um deles, indenizando os demais, efetuar-se-á a venda do bem 
e a subseqüente repartição do preço; 
- não pode o condômino de coisa indivisível vender a sua parte a 
estranhos, se o outro consorte a quiser, tanto por tanto. O 
condômino a quem não se der conhecimento da venda, poderá, 
depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranho, 
se o requerer no prazo de 180 dias, sob pena de decadência; 
- a incapacidade relativa de uma das partes não pode ser 
invocada pela outra em beneficio próprio, nem aproveita aos 
co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o 
objeto do direito ou da obrigação comum. 
24 
Bens 
 Bens singulares (os que, embora reunidos, se 
consideram de per si, independentemente dos demais, 
como um lívro) e coletivos, universais ou 
universalidades (os que, embora constituídos de 
vários bens singulares, são considerados como um todo, 
dístinto daqueles que o compõem). 
Os bens coletivos classificam-se em: 
- universalidades de fato ("universitas rerum") - 
pluralidade de bens singulares que, pertinentes 
à mesma pessoa, tenham destínação unitária. 
Ex.: rebanho, biblioteca etc.; 
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7 
25 
Bens 
 Os bens coletivos classificam-se 
em: 
 -universalidades de direito 
("universitas juris") - complexo de 
relações jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico. Ex.: 
herança, dote, massa falida, patrimônio 
etc. 
26 
Bens 
Como se vê, a diferença entre a coisa singular e a coisa 
coletiva decorre da maneira pela qual elas são encaradas: 
em sua individualidade, ou coletivamente. 
Nas universalidades de fato, em desaparecendo todos 
os indivíduos, menos um, se tem por extinta a coletividade, 
mas não o direito sobre o remanescente. Essa regra, 
embora não repetida pelo novo Código Civil, ainda se 
afigura aplicável. 
"Nas universalidades de direito, as coisas que entram 
em substituição as que por elas se trocam, tomam-lhes o 
lugar, mantendo integra a universalidade" (SR). 
Os bens que compõem uma universalidade podem ser 
objeto de relações jurídicas próprias. 
27 
Bens 
 b) Bens reciprocamente considerados: 
Principal (é o bem que existe sobre si, abstrata ou 
concretamente, como o solo) 
Acessório (é o bem cuja existência supõe a do principal, 
como uma construção em relação ao solo). 
Tanto os bens corpóreos, como os incorpóreos, 
comportam tal distinção. 
Exemplo de tal distinção relativamente aos bens 
corpóreos já foi dado. Quanto aos bens incorpóreos, 
pode-se citar como exemplo um crédito como coisa 
principal e os juros ou a cláusula penal como 
acessórios, eis que se submetem á existência daquele. 
28 
Bens 
 Salvo disposição especial em contrário, a coisa 
acessória segue a principal (arts.1.209, 233 e 287, do 
CC). 
 Assim, a natureza daquela deve ser a mesma desta (se 
móvel for o principal, móvel o será o acessório). Se nula 
for a obrigação principal, nula será a acessória. 
 O proprietário ou o possuidor da coisa principal também 
o será, em regra, da acessória. 
 Como exceção, tem-se o tratamento atribuído as 
pertenças, que, apesar de serem acessórios 
circunstanciais ou acidentais, não seguem a aludida 
regra. 
 Com efeito, o art. 94 do CC/2002 estabelece: "Os 
negócios que dizem respeito ao bem principal não 
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar 
da lei, da manifestação de vontade, ou das 
circunstâncias do caso" 
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8 
29 
Bens 
 Espécies de bens acessórios: 
I • frutos - são as utilidades que a coisa periodicamente 
produz, cuja percepção não lhe altera a substância. 
 
Quanto a sua origem, os frutos podem ser: 
• naturais - aqueles que resultam da própria força orgânica 
da coisa. Ex.: as crias dos animais, os frutos de uma 
árvores, os ovos etc. 
 
Nota: Não perdem esta característica pelo simples fato de o 
homem contribuir, através de processos técnicos, para 
melhorar a qualidade e a produtividade; 
30 
Bens 
• Industriais· aqueles que resultam da 
atividade humana. Ex.: a produção de 
uma fábrica; 
• Civis - rendimentos oriundos da utilização 
de coisa frutífera, por outrem que não o 
proprietário. Também recebem o nome de 
rendimentos. Ex.: rendas, juros, aluguéis 
etc. 
31 
Bens 
Quanto ao seu estado, os frutos podem ser: 
- pendentes - enquanto unidos à coisa que os 
produziu; 
• percebidos ou colhidos - depois de separados; 
• estantes - depois de separados e enquanto 
encontrarem-se armazenados ou 
acondicionados para expedição ou venda; 
• percipiendos - que deviam ser, mas não foram 
percebidos; 
• consumidos - aqueles que não mais existem. 
32 
Bens 
 • Produtos - são as utilidades que se 
retiram da coisa, com prejuízo para a sua 
substância e com diminuição gradativa, 
até o esgotamento, por não se renovarem 
periodicamente. Ex.: petróleo de um poço, 
pedras de uma pedreira etc. 
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33 
Bens 
 Benfeitorias· são os melhoramentos que têm 
por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore (benfeitorias necessárias. Ex.: 
conserto de um telhado), aumentar ou facilitar o 
seu uso (benfeitorias úteis. Ex.: construção de 
uma garagem), ou de mero deleite ou recreio, 
que não aumentem o uso habitual do bem, 
ainda que o tornem mais agradável ou sejam de 
elevado valor (benfeitorias voluptuárias. Ex.: 
construção de um jardim em imóvel residencial). 
34 
Bens 
 Importância da distinçãodas espécies de 
benfeitorias: 
 - O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das 
benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto ás 
voluptuárias, se não lhe forem pagas, ao de levantá-Ias, 
quando o puder sem detrimento da coisa. Pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis poderá exercer o direito 
de retenção. 
 - Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as 
benfeitorias necessárias; mas não lhe assiste o direito 
de retenção pela importância destas, nem o de levantar 
as voluptuárias. 
35 
Bens 
Não se consideram benfeitorias: 
- os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao 
bem sem a intervenção do proprietário, do 
possuidor ou do detentor (acessões naturais - 
aluvião, avulsão, abandono de álveo e formação de 
ilhas); 
- as obras que criam coisa nova. que se adere à 
propriedade anteriormente existente, como as 
construções e as plantações (acessões artificiais). 
36 
Bens 
 • Acessões - são os melhoramentos sobrevindos 
à coisa sem a intervenção do proprietário, do 
possuidor ou do detentor (acessões naturais - 
aluvião, avulsão, abandono de álveo e formação 
de ilhas) e as obras que criam coisa nova, que 
se adere à propriedade anteriormente existente, 
como as construções e as plantações (acessões 
artificiais ou industriais). 
 Distinguem-se das benfeitorias, eis que estas 
destinam-se à conservação, melhoria ou 
embelezamento da coisa, enquanto aquelas 
alteram a substância do bem. 
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10 
37 
Bens 
 Pertenças - bens que, não constituindo partes 
integrantes, se destinam, de modo duradouro, 
ao uso, ao serviço ou formoseamento de outro. 
 
 Ainda que sejam separados da coisa principal, 
esta continuará sendo considerada completa. 
Ex.: rádio instalado em um carro, quadro 
pendurado na parede de uma casa, aparelho de 
ar condicionado, etc 
38 
Bens 
 Partes integrantes - acessórios que, 
unidos ao principal, formam com ele um 
todo, sendo desprovidos de existência 
material própria. Se forem separadas da 
coisa principal, esta ficará incompleta. Ex.: 
peças de um relógio, as portas e janelas 
de uma casa. 
39 
Bens 
 Maria Helena Diniz ainda classifica os bens 
acessórios em: 
 Naturais - originários de fatos da natureza. Ex.: 
acessões naturais, frutos naturais etc.; 
 Industriais - que se aderem ao principal em 
virtude do engenho humano. Ex.: frutos 
industriais, acessões artificiais, benfeitorias etc.; 
 Civis - resultantes de uma relação juridica 
abstrata, e não de vinculação material. Ex.: 
frutos civis. ônus reais relativamente à coisa 
gravada etc.. 
40 
Bens 
 - Bens públicos - pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público 
interno. 
 - Bens particulares - todos os outros 
bens, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem. 
 Bens considerados em relação ao titular do domínio: 
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11 
41 
Bens 
Os bens públicos classificam-se em: 
1 - de uso comum do povo (ou do domínio 
público) - podem ser utilizados, sem restrição, 
gratuita ou onerosamente, por qualquer pessoa. Ex.: 
ruas, praças, jardins, mares. praias, rios etc. 
2 - de uso especial (ou do patrimônio administrativo) - 
são destinados a algum serviço da pessoa jurídica 
de direito público a que pertencem. Ex.: edifícios ou 
terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal. estadual, territorial ou 
municipal, inclusive os de suas autarquias. 
 Bens considerados em relação ao titular do domínio: 
42 
Bens 
 dominicais ou dominiais (ou do patrimônio 
disponível) - constituem o patrimônio da pessoa jurídica 
de direito público, como objeto de direito pessoal ou real 
da entidade. Ex.: créditos, terras devolutas etc. 
 Não dispondo a lei em contrário, consideram-se 
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado. 
 Nota: Os bens públicos dominicais podem, por 
determinação legal, ser convertidos em bens de uso 
comum do povo ou de uso especial (afetação) e vice-
versa (desafetação). 
 Bens considerados em relação ao titular do domínio: 
43 
Bens 
- Inalienabilidade quanto aos bens públicos de uso 
comum do povo e os de uso especial, enquanto 
conservarem a sua qualificação. Os bens públicos 
dominicais podem ser alienados, observadas as 
exigências da lei; 
- Imprescritibilidade, não podendo ser adquiridos 
por usucapião; 
 Impenhorabilidade, visto serem, em regra, 
inalienáveis. Além disso, a execução contra os entes 
de direito público interno encontra-se 
ordinariamente sujeita à expedição de precatório, e 
não à penhora de bens da entidade devedora. 
 CARACTERÍSTICA DOS BENS PÚBLICOS 
44 
Bens 
- Alienáveis ou no comércio - aqueles que 
podem ser comercializados; 
 
 
- Inalienáveis ou fora do comércio - aqueles 
que, ordinariamente, não podem ser 
alienados, 
Bens quanto à possibilidade de serem comercializados: 
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Bens fora do mercado 
- Inapropriáveis por natureza - bens de uso inexaurível, 
bens sem utilidade e os direitos da personalidade. Ex.: 
alto mar, o ar, a luz solar, direito à vida, à honra. Os 
primeiros perdem a natureza de bens fora do comércio, 
quando forem captados, por meio de aparelhagem, para 
extrair certos elementos, com o objetivo de atender 
certas finalidades. 
- Legalmente inalienáveis - aqueles que têm sua 
comercialidade excluída por lei e, somente mediante 
autorização legal, podem ser alienados. Ex.: bens 
públicos de uso comum do povo e de uso especial. 
- Inalienáveis pela vontade humana - aqueles a que o 
individuo, por ato inter vivos ou causa mortis, impõe a 
cláusula de inalienabilidade, temporária ou vitalícia, nos 
casos e formas previstos em lei. Ex.: cláusula constante 
de testamento e de doação. 
- A cláusula de inalienabilidade implica em 
impenhorabilidade e incomunicabilidade. 
46 
Bens fora do mercado 
 A inalienabilidade: 
 
 absoluta - quando o bem não puder ser 
alienado em nenhuma hipótese; 
 
 relativa - quando o bem for passível de 
alienação em certos casos, mediante a 
observância dos requisitos legais. 
47 
Bens – questões de concurso 
1) Consideram-se bem móveis para os efeitos legais: 
a) os direitos reais sobre os imóveis; 
b) as energias que tenham valor econômico; 
c) O direito à sucessão aberta; 
d) os materiais provisoriamente separado de um prédio para nele se 
reempregarem. 
2) Consideram-se bens imóveis, segundo o Código Civil 
a) Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
b) as energias que tenham valor econômico 
c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações; 
d) os direitos à sucessão aberta 
48 
Bens – questões de concurso 
3) Julgue certa ou erradas as seguintes assertivas: 
a) Todo bem consumível é necessariamente fungível. 
b) O imóvel residencial da família, de natureza rural, independentemente 
do tamanho da propriedade é considerado bem de família, e nesse 
caso, a impenhorabilidade restringe-se à sede da moradia com os 
respectivos bens móveis; 
4) Uma galeria de quadros constitui: 
a) Universalidade de direitos 
b) Coisa singular composta 
c) Coisa singular simples 
d) Universalidade de fatos 
e) Coisa singular 
31/10/2011 
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Bens – questões de concurso 
 
5) É um bem móvel 
a) o solo 
b) O direito à sucessão aberta; 
c) o penhor agricola 
d) Direito do autor. 
6) Consideram-se bens imóveis, para efeitos legais 
a) Os navios, aeronaves e semoventes 
b) os automóveis 
c) os direitos autorais 
d) os direitos à sucessão aberta 
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Bens – questões de concurso 
1) Considerando o que dispõe a lei civil sobre os bens, pode-se afirmar que: 
I. Consideram-se imóveis para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as 
ações que os assegurem e o direito de sucessão aberta. 
II – Os bens naturalmente divisíveis não podem se tornar indivisíveis por vontade 
das partes; 
III – Não dispondo a lei em contrário, consideram-se benspúblico de uso especial 
os bens pertencentes as pessoas jurídicas de direito público a que se tenha 
dado estrutura de direito privado; 
IV – Os bens públicos também estão sujeito a usucapião 
Assinale a alternativa correta: 
a) Apenas a proposição I está correta; 
b) Apenas as proposições I e II estão corretas 
c) Apenas as proposições II está correta 
d) Apenas as proposições IV está correta 
e) Todas as proposições estão corretas

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