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TCCE - Pós Geografia UFRGS

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO 
ENSINO DA GEOGRAFIA E DA HISTÓRIA 
SABERES E FAZERES NA CONTEMPORANEIDADE 
 
 
 
EDUARDO CHUEIRY FERREIRA 
 
 
AS NOVAS TECNOLOGIAS EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 
INTERDISCIPLINARES NO ENSINO DE HISTÓRIA E 
GEOGRAFIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 2017 
 
 
 
 
 
EDUARDO CHUEIRY FERREIRA 
 
 
 
 
AS NOVAS TECNOLOGIAS EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 
INTERDISCIPLINARES NO ENSINO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de 
Especialização como requisito parcial para 
obtenção do título de Especialista. 
 
 
 
Orientador: Prof°. Dr Nilton Mullet Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porto Alegre – 2017 
 
 
 
 
https://moodle.ufrgs.br/user/view.php?id=8386&course=1
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO – 7 ed. 
O ENSINO DA GEOGRAFIA E DA HISTÓRIA: 
 SABERES E FAZERES NA CONTEMPORANEIDADE 
 
 
 
 
 
 
AUTORIZAÇÃO PARA ENTREGA DO TCCE 
 
 
 
 A presente versão do TCCE intitulado: As Novas Tecnologias 
em práticas pedagógicas interdisciplinares no ensino de História e 
Geografia de autoria do aluno Eduardo Chueiry Ferreira foi revisado por mim, 
professor orientador Nilton Mullet Pereira, e sua entrega pode ser efetuada 
junto à Coordenação do EGH para fins de arquivamento. 
 
 
Porto Alegre, 23 de junho de 2017. 
 
 
 
 
_______________________________________________ 
Orientador: Prof°. Dr Nilton Mullet Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://moodle.ufrgs.br/user/view.php?id=8386&course=1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ferreira, Eduardo Chueiry 
 
As Novas Tecnologia em Práticas Pedagógicas Interdisciplinares no Ensino 
de História e Geografia – Porto Alegre, 2017. 
 
Nº de páginas 
 
Área de concentração: Lorem ipsum. 
 
Orientador: Prof. Dr. Fulano de Tal. 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização: Ensino da Geografia e 
da História – Instituição com toda a hierarquia. Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul Pró-Reitoria de Pós-Graduação Faculdade de Educação. 
 
1.Enisno de História e Geografia; 2. Novas Tecnologias; 3. 
Interdisciplinariedade em Geografia e História 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho á minha família, meus pais, irmãs, 
afilhados, meus avôs e, em especial, à minha esposa, Viviane Tysczuk, 
pelo tempo que deixamos de estar juntos, pela paciência, por tantas 
madrugadas nas quais levantei-me para a escrever e investigar. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço ao meu professor orientador, pelas aulas maravilhosas, dicas 
valiosas, pela habitual dedicação nas correções e na orientação dessa 
pesquisa e experiências. 
Gostaria, também, de agradecer à equipe diretiva, aos colegas de 
trabalho e aos queridos alunos e alunas do Colégio Ulbra São Lucas, 
instituição na qual coloquei em prática minhas crenças em relação à educação. 
Outrossim, regraceio aos queridos professores da pós-graduação e 
colegas que tornaram um período de longa dedicação em algo divertido e 
prazeroso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem 
medo do risco, por isso que recusa o imobilismo.A escola em que se pensa, em que se cria, 
em que se fala, em que se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim a vida". 
 Paulo Freire 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Nas últimas décadas, vive-se o novo. Há um cenário de inúmeras e 
modernas tecnologias da comunicação e da informação, entre essas 
tecnologias destacam-se: computadores, notebooks, netbooks, tablet’s, 
celulares, iphones, smartphones, lousas digitais que associados à internet e a 
programas educativos possibilitam uma verdadeira revolução nas mais 
diversas áreas do conhecimento, entre elas, Geografia e História que cada vez 
mais podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar, melhorando, ainda mais, 
a compreensão do mundo, percebendo-o como e realmente é, sem 
separações. Separações, essas, que em vários casos tornam a aprendizagem 
incompleta e confusa. As novas tecnologias possibilitam a formação da 
cibercultura, uma espécie de rede, que pode integrar essa nova geração em 
favor de um ensino diferente e mais tecnológico, permitindo o maior 
aprofundamento dos conteúdos e, sobretudo, aulas mais motivadoras e 
significativas para essa geração conectada às novas tecnologias, 
proporcionando novos olhares sobre ensino e aprendizagem contemporâneos 
com atividades que promovam a criatividade, a pesquisa e o aprofundamento 
do saber. Nesse estudo são apresentados atividades exitosas que utilizam as 
novas tecnologias. 
 
PALAVRAS CHAVES: 1.Enisno de História e Geografia; 2. Novas 
Tecnologias; 3. Interdisciplinariedade em Geografia e História 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In the last decades, we had the coming of many new 
communication and information technlogies, such as, computers, 
notebooks, netbooks, tablets, cellphones, iphones, smartphones and 
digital board. When these new technologies are associated with the 
internet and some education programs, they enable a big revolution in 
many different areas of knowledge, as: Geography and History and they 
are becoming subjects that we can work interdisciplinarity, improving so 
much more the comprehension of the world and avoiding separations, 
which makes the learning uncompletely and confused. The new 
technologies allow the formation of a cyberculture, a kind of a network 
that can integrate this new generation for a different and more 
technological learning, with a deeping of the content and mainly, 
motivating and meaninful classes to this connected generation, providing 
new views about the contemporary learning teaching with activities that 
provide the criativity, the research and deeper knowledge and on this 
study it wil be presented successful activities that use the new 
technologies. 
 
Key words: 1. Geography and History learning; 2. New 
technologies; 3. Interdisciplinarity 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 10 
2 Os caminhos da educação no século XXI .......................................... 12 
3 O Jovem da Sociedade Digital e o Surgimento da Cibercultura. ........ 16 
4 Os Desafios impostos aos Educadores pela necessidade de inserção 
das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação na educação. ............ 21 
5 As Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação em práticas 
interdisciplinares de História e Geografia. ........................................................ 29 
5.1 Criação de sites e blogs ................................................................... 33 
5.2. Aplicativos para celulares, Iphones e Ipad’s ................................... 34 
5.3 Construção de Quizzes de revisão .................................................. 37 
5.4 Google Sala de Aula ........................................................................ 39 
5.5. Animações e vídeos aulas .............................................................. 42 
5.6 – Criação e compartilhamento de Podcast ...................................... 43 
6 CONCLUSÃO ..................................................................................... 45 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Um dos principais objetivos da educação é acompanhar as 
transformações na qual asociedade passa a permitir uma compreensão 
correta do tempo em que se vive e nos dias atuais. Percebe-se que em todos 
os segmentos da sociedade as novas tecnologias estão presentes, elas fazem 
parte do cotidiano de todos, ajudam a resolver problemas e trazem benefícios 
para os desafios diários. 
No entanto, na educação brasileira de modo geral, essas novidades e 
mudanças não penetram na mesma velocidade que ocorre na sociedade. 
Simplesmente, as escolas congelaram no tempo, enquanto na maioria das 
atividades existe o auxílio de máquinas, equipamentos modernos, programas 
de computadores e aplicativos de celulares que auxiliam e facilitam a 
comunicação e as atividades diárias, nas salas de aulas permanece a realidade 
de décadas pretéritas, ainda tem se o velho quadro negro, as antigas carteiras 
escolares, os tradicionais livros didáticos, o uso dos cadernos de papéis, dos 
lápis de madeira, das mesmas canetas esferográficas, enfim os mesmos 
equipamentos avelhantados e que são parte do cotidiano escolar desde o 
início do século XX. Ao passo em que as novas tecnologias podem 
impulsionar uma transformação importante na educação, com inúmeras 
possibilidades que podem revolucionar a transmissão do conhecimento e, 
sobretudo a produção de saberes. 
Essas novidades acabam entrando de forma muito lenta nas práticas 
pedagógicas das escolas, havendo uma grande resistência por parte das 
instituições e educadores, visto que, as velhas práticas são de forma insistente 
mantidas, há medo ou resistência para uma maior difusão das novas 
tecnologias no meio educacional, seja pelo receio de que as velhas práticas 
fiquem no passado, seja pela falta de preparo para conseguir inserir essas 
novidades nos planejamentos e nas aulas ou, ainda, simplesmente, essa 
rejeição ocorre devido à falta de conhecimento por parte dos professores que 
não dominam integralmente a forma de utilizar essas ferramentas. E, elas 
1
0 
11 
 
podem trazer uma praticidade singular no processo de ensino-aprendizagem 
quando bem aproveitadas e utilizadas. 
É fundamental é que as instituições e os professores consigam 
vislumbrar as inúmeras possibilidades que as novas tecnologias podem 
propiciar à educação. As novas tecnologias, em especial no ensino da 
Geografia e História, permitem uma interdisciplinaridade que antes era mais 
intrincado. Com a utilização de mapas em 3D e interativos, conteúdos que se 
interligam de maneira com que os alunos possam enxergar os fatos e 
acontecimentos no mundo interligados através de vídeos, imagens, jogos e 
animações permitindo uma leitura mais completa e realista dessas áreas do 
conhecimento, além da possibilidade de uma maior interatividade e de 
compartilhamento de informações e de conhecimentos entre professores e 
alunos e entre os próprios colegas de aula através da criação de uma rede de 
comunicação que pode ser criada através das novas tecnologias integradas ao 
processo de ensino aprendizagem. 
O estudo a seguir tem como objetivo apresentar os ganhos que as novas 
tecnologias podem oportunizar na educação, como um todo, sobretudo, para o 
ensino de História e Geografia. Essas novas tecnologias permitem aliar as 
práticas tradicionais com metodologias inovadoras que trazem novos desafios, 
diferentes significados e, em especial, novos olhares e possibilidades de leitura 
e relações com o mundo. 
Cabe ao professor e instituições escolares aproximar a realidade das 
novas tecnologias nas práticas pedagógicas, aliar as teorias educacionais 
relacionando com as novas ferramentas tecnológicas dando significado e 
coerência aos conteúdos ministrados, porém de forma mais atrativa aos jovens, 
que estão, desde muito cedo, influenciados pelas novas tecnologias ao invés 
de tornar esses aparelhos em um inimigo. As escolas devem torna-los aliados 
para uma educação mais significativa e atrativa, as tecnologias estão aí para 
auxiliar, facilitar e não deve-se, pois, complicar, ao invés de resistir é mais 
frutífero somar, incluir as novas tecnologias ao ensino e, com isso, minimizar 
a exclusão digital. 
 
 
1
1 
12 
 
2 Os caminhos da educação no século XXI 
 
 
A ideia de educação como conhecemos atualmente em termos históricos 
começou a ser construída a partir das mudanças sociais e culturais que 
resultaram do período em que ocorreu na Europa a Revolução Industrial e, 
principalmente, a Revolução Francesa, portanto historicamente falando a ideia 
de educação como algo sistematizado, compartimentado, de alcance universal, 
laica e de responsabilidade do Estado é bastante recente. 
Do final do século XVIII até os dias de hoje o principal objetivo da 
educação foi a criação de um sistema unificado baseado nos valores 
dominantes da sociedade sendo dessa forma a educação apenas a 
transmissão do conhecimento acumulado pela humanidade ao longo dos 
tempos, sendo organizada de maneira lógica e padronizada e sendo 
transmitida aos alunos como algo meramente contemplativo, pois o ensino era 
apresentado com normas e regras, com toda a teoria já construída e explicada, 
não existindo um dialogo ou debate em torno dos conteúdos que eram 
simplesmente impostos de cima para baixo e com pouco ou nenhuma 
participação prática dos alunos na construção do saber. 
No entanto cada vez mais esse modelo se mostra ultrapassado e 
ineficaz sendo perceptível a urgência de uma revisão da educação. Nesses 
novos tempos que se apresentam na virada do século XX e principio do século 
XXI, é perceptível a necessidade das instituições de ensino e da sociedade 
começarem a de fato compreender a realidade e o mundo dos jovens desse 
novo milênio, de modo a motivá-los e, seja por meio do diálogo ou de novas 
metodologias educacionais para atraí-los para o aprendizado, ou seja, transpor 
a barreira entre o velho e o novo e dentro desse novo contexto a educação não 
pode mais ser sistemática e monopolizadora, a educação contemporânea 
precisa se adaptar as novas exigências da sociedade, dos jovens da Era da 
Informação, desse momento histórico em que a base de todas as relações se 
estabelece através da informação e da sua capacidade de processamento e de 
geração de conhecimentos. 
As Novas Tecnologias surgem como o elo entre o velho e o novo, 
tablets, iphones, aplicativos computadores, notebooks aparecem como 
1
3 
13 
 
alternativas aos tradicionais quadros-negros e livros impressos. Quadros 
interativos, jogos digitais, podcasts são tantas as novas possibilidades que se 
abrem para os gestores educacionais, professores para tornar as aulas mais 
interessantes e participativas aos estudantes, porém se faz necessário quebrar 
a barreira do medo que a maioria dos profissionais e instituições ligadas a 
educação ainda tem do novo, das tecnologias que hoje fazem parte do 
cotidiano dos jovens e da sociedade, mas que a escola ainda tem receio de 
permitir essas novas possibilidades que permitem uma maior interação dos 
alunos com o saber e quem sabe uma nova razão para querer aprender, ver os 
estudos como algo interessante e fundamental para a vida em sociedade. Por 
essa razão, muitos já vislumbram as tecnologias digitais como um caminho 
para grandes revoluções na educação contemporânea. 
Está mais do que evidente que a Novas Tecnologias de Comunicação e 
Informação (NTCI’s) é um importante atalho para as reformas educacionais , 
necessárias, pois é evidente e perceptível a atração que os recursos 
tecnológicos exercem sobre crianças e jovens, que já nasceram na era digital. 
Além disso, não se pode negar a relevância desses recursos, as novas 
tecnologias abrem um leque de possibilidades, permite a ampliação de opções 
de material pedagógico que antes eram inimagináveis; por exemplo, nas aulas 
de história e geografia as novas tecnologias dispensam locomoção e vários 
procedimentos logísticos permitindo o estudo de lugares remotos e distantes 
através de vídeos, imagens, meiosde comunicação entre outras possibilidades 
graças aos recursos audiovisuais mais sofisticados, além das redes sociais que 
permitem a comunicação com outras sociedades com um custo mínimo 
permitindo experiências riquíssimas para os jovens. 
Através das NTCI’s é possível visitar os principais museus do mundo em 
aulas com um celular e um cardboard que é basicamente aplicativo criado pela 
empresa Google que com o auxílio de óculos artesanais de realidade virtual 
feito pelos próprios alunos é possível conhecer locais e obras de diversos 
lugares sem ter que viajar a países distantes, ou até mesmo ir ao espaço 
sideral para conhecer os planetas do sistema solar, seus movimentos e 
constituição com aplicativos em 3D que dão um novo sentido as aulas antes 
teóricas e maçantes, tornando essas aulas bem mais atrativas e de fácil 
compreensão. 
14 
 
Atualmente educar exige muito mais do que uma simples transmissão de 
conteúdos, se faz necessário, sobretudo ligar aquilo que está sendo 
apresentado em sala de aula com o cotidiano do aluno e atualmente a 
realidade dos jovens está conectado as modernidades das tecnologias da 
informação e da comunicação. O uso das novas tecnologias pode tornar o 
ensino mais relevante para os jovens, através de uma construção colaborativa 
do conhecimento e provocando uma participação mais efetiva, reflexiva e 
interativa de todos envolvidos no processo educacional. No entanto não 
podemos pensar que a inovação em sala de aula vem pura e simplesmente 
com o uso de ferramentas tecnológicas nas aulas, embora elas sejam 
importantes. Mas a mudança vem principalmente na atitude e na coragem dos 
professores de mudar as velhas práticas e atitudes, permitindo aulas mais 
participativas, interativas, nas quais os alunos possam ser ouvidos e que ocorra 
uma verdadeira interação entre alunos e professores, de maneira que o jovem 
possa se sentir de fato uma peça fundamental no processo de aprendizagem e, 
sobretudo que o aluno se sinta parte da construção do seu próprio saber. O 
que temos ainda nos dias de hoje são professores do século XX, com práticas 
e comportamentos ultrapassados e precisamos tornarmos educadores do 
século XXI para alunos que estão ansiosos em poder vivenciar o seu tempo 
nas escolas, ou seja, querem experiências que utilizem as ferramentas do 
século XXI. 
O professor desses novos tempos não precisa ser mais uma 
“enciclopédia ambulante”, não precisa mais carregar em sua mente todo o 
conhecimento e ter todas as respostas, o professor deve deixar o papel 
historicamente construído de centralizador do conhecimento para se tornar um 
incentivador da inteligência coletiva, esse novo profissional deve ser aquele 
que ensina a aprender, deve ser um profissional que esteja em constante 
busca por recursos para intermediar o aprendizado e despertar o interesse de 
seus alunos na busca por novos conhecimentos, deve promover um ambiente 
onde favoreça a criatividade e a iniciativa dos seus educandos, o papel do 
educador, acima de tudo atualmente é ensinar os alunos a buscarem as 
informações e fornecer a eles habilidades e competências para esses jovens 
poderem coletar, analisar e interpretar os dados e informações para conseguir 
fazer bom uso das experiências e conhecimentos obtidos. “É uma inteligência 
1
4 
15 
 
distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na humanidade, já que, 
ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa”. (LÉVY, 2007). 
Os avanços tecnológicos causam ainda muitas dúvidas e 
questionamentos na comunidade escolar, ou seja, entre os professores, 
gestores, alunos e pais. São muitos os desafios a enfrentamentos no que diz 
respeito ao uso das novas tecnologias de informação e comunicação, no 
entanto gestores, educadores e sociedade precisam se dar conta que no 
contexto atual a escola não se limita mais aos seus muros, a um espaço 
fechado, onde os alunos devem permanecer sentados em fileiras, ouvindo e 
copiando as informações transmitidas pelo professor durante cinquenta 
incansáveis minutos, devemos ter a noção que nas últimas décadas vivemos 
em um mundo caracterizado por mudanças que ocorrem a cada instante 
promovidas pelas redes sociais, pelas notícias e imagens de portais de 
notícias, por meio da televisão, internet, videogame, entre outras tecnologias. 
Os valores culturais, sociais e econômicos são outros, o mundo mudou e se 
transforma em uma velocidade avassaladora. 
 
A preocupação com o impacto que as mudanças tecnológicas podem 
causar no processo de ensino-aprendizagem impõe a área da 
educação a tomada de posição entre tentar compreender as 
transformações do mundo, produzir o conhecimento pedagógico 
sobre ele auxiliar o homem a ser sujeito da tecnologia, ou 
simplesmente dar as costas para a atual realidade da nossa 
sociedade baseada na informação (SAMPAIO e LEITE, 2000, op cit 
SANTOS, 2012, p. 9). 
 
As possibilidades são muitas para se adquirir conhecimento nos dias 
atuais e se as escolas não se abrirem para o mundo, o mundo já está entrando 
para dentro das escolas através dos celulares dos alunos, logo o ensino 
precisa se adaptar aos novos tempos, expandir horizontes, necessita ter um 
maior alcance, uma maior velocidade, pesquisas recentes comprovam o que 
estou afirmando nesse texto, pois neurocientista e psicólogos, mostram em 
seus estudos que o tempo de atenção de um aluno de hoje em uma aula é de 
seis minutos ou seja, a escola precisa se reformar em suas práticas para se 
encaixar aos anseios dos alunos do século XXI e as novas tecnologias devem 
cada vez mais estar presente e serem utilizadas em prol de um ensino de 
maior qualidade. 
1
5 
16 
 
Os caminhos da educação para o século XXI estão caindo de maduro, 
as escolas devem ter em seus currículos metodologias e didáticas baseadas no 
uso das NTCI’s, em jogos, nos princípios de aprendizagem em projetos, 
comunidades de aprendizagem, as escolas precisam de professores com 
papéis que vão além da transmissão de informação, profissionais que 
promovam novas práticas e formas de avaliações que principalmente 
estimulem seus estudantes aprenderem a conhecer, aprender a fazer, 
aprender a viver com a diversidade e aprender a ser. Porém é importante 
ressaltar que pouco adianta o professor ser do século XXI se a escola não o 
for. As instituições escolares no Brasil também precisam se adequar a 
sociedade deste século, onde os alunos sintam desejo de participar por verem 
suas realidades e sonhos inseridos no programa escolar; onde o espaço de 
aprendizagem não fique restrito à sala de aula tradicional. 
 
 
3 O Jovem da Sociedade Digital e o Surgimento da Cibercultura. 
 
 
O início do século XXI está sendo marcado pelo dilúvio de dados e 
informações que são oriundas dos avanços e da disseminação dos meios de 
comunicação. Estamos na sociedade digital, que cada vez mais está 
mergulhada nas novas tecnologias. O mundo hoje está on line e o virtual cada 
vez mais se confunde com o mundo real. 
A sociedade contemporânea deixou de ser apenas um conjunto ou 
grupo físico de indivíduos e atualmente associar o termo “digital”, ainda que 
este não seja concretamente definível no tempo nem no espaço é plenamente 
plausível. Com a Internet, redes sociais e as NTCI’s surgiram uma série de 
realidades dentro da realidade que também originaram novas formas de 
relações e de socializações. Surgem novas formas de circulação de 
informação, conhecimento e partilha do mesmo, a própria noção de tempo vem 
sendo alterada com a rapidez da circulação e do cruzamento das informações 
nessa nova sociedade. 
Dentro desse contexto os jovens do século XXI vivem num mundo 
“biomidiático”, descrito por Muniz Sodré, 2002, como uma forma de vida, em 
1
6 
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/jogar-para-%E2%80%A8aprender/
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/jogar-para-%E2%80%A8aprender/
http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/nao-enfrentamos-a-altura-o-problema-de-qualificacao-dos-professores/17 
 
uma ambiência virtual, uma nova maneira de viver a realidade da mídia, que se 
entende por espectro, definindo a existência humana na atualidade como uma 
relação de extensão da informação, onde o meio, o entorno sintoniza a mídia e 
o sujeito. 
O jovem da atualidade está amplamente influenciado pelos meios 
digitais e pela mídia estão se tornando pessoas extremamente impacientes 
devido à velocidade de acesso às informações que transgride a noção de 
tempo constituída ao longo da história humana o que também vem modificando 
suas práticas e relações sociais. 
Para entender a juventude de hoje se faz necessário também ter ciência 
da configuração comunicativa virtualizada da sociedade atual, onde o bios é a 
sociedade midiatizada enquanto esfera existencial capaz de afetar as 
percepções e as representações correntes da vida social. A mídia deve ser 
vista não apenas como transmissor de informação, mas sim como ambiente 
que influencia e determina boa parte dos novos valores culturais que emergem 
nos dias atuais a partir dos meios tecnológicos. 
Muitos especialistas da área de psiquiatria e de psicologia afirmam que o 
mal do século que vem afligindo a sociedade digital, em especial os jovens é a 
ansiedade e a depressão, problema esse ligado na maioria dos casos a essa 
sociedade midiatizada dos dias de hoje. Os jovens são grandes vítimas desse 
mal, fato esse ligado ao excesso de informação que está provocando uma 
angústia típica dos tempos atuais. 
São cada vez mais comuns casos de jovens que se sentem intimidados 
e impotentes frente a enorme quantidade de informações existente a sua volta, 
e buscarem, portanto, mais e mais informações na tentativa de suprir suas 
inseguranças. O problema é que tais sentimentos de impotência agravam os 
sintomas de ansiedade que, por sua vez, reduzem a capacidade de aprender, 
gerando mais ansiedade e fechando um círculo vicioso. 
A vida cotidiana dos jovens desse milênio está marcada pela rápida 
comunicação contemporânea o que torna o mundo real trabalhado e abordado 
nas salas de aula algo tedioso e chato para a juventude da sociedade digital, 
uma vez que são consumidores do glamour das mídias, proporcionados pelos 
filmes, games, programas de televisão, pelas fotos, imagens e o mundo 
perfeito que é ostentado por seus amigos nas redes sociais. Inclusive essa 
18 
 
facilidade ao acesso às informações que na maioria das vezes são superficiais 
e sintéticas da internet e de outras mídias vem promovendo uma postura de 
descaso e até um descrédito em relação às instituições educacionais, pois para 
muitos jovens as informações corretas são aquelas veiculadas nas mídias e 
nas redes sociais. 
 
A realidade fragmentada, retratada por imagens sem tempo, levam as 
pessoas a reações inadequadas, tais como a regressão a tempos 
passados ou digressões em mundos de fantasias, enfim a viverem 
em um mundo sem o agora, sem o real, somente o virtual e 
imagético. (UHLMANN, 2002, p. 6). 
 
A perda dessa dimensão na subjetividade dos jovens cria as condições 
para que, mesmo tendo tempo livre para desfrutá-lo à sua maneira, eles não 
consigam fazer o tempo ocioso em um momento efetivamente livre, pois 
acabam por buscar uma nova oferta do mercado da diversão para consumir 
nesse tempo e procuram se interter com games, redes sociais e pesquisas 
infrutíferas em sites com conteúdos supérfluos para simplesmente satisfazer a 
necessidade psíquica de desligamento. Daí a necessidade de a escola também 
orientar os jovens a fazer um bom uso e aproveitamento das possibilidades 
ofertadas pelas NTCI’s e pelas redes sociais. 
Essa atual realidade imposta na sociedade digital nos força a repensar o 
papel da escola e da família junto aos jovens. Na maioria dos casos as 
crianças e os adolescentes têm dificuldades de entender que “as mídias são 
imbuídas de intencionalidades dos vários sujeitos que participam do processo e 
que induz a uma leitura daquela realidade”. Bourdieu (1997). Nos dias atuais é 
fundamental que a família e a escola eduquem os jovens de maneira que eles 
aprendam a lidar refletidamente com a mídia e com os meios tecnológicos, 
para usá-los de maneira saudável e correta. 
O jovem precisa ser orientado de forma que tenha competência para 
fazer bom uso da tecnologia, para ter uma boa conduta digital para que o 
conhecimento de tecnologia seja usado para benefícios e não para fazer o mal 
a outras pessoas ou até para si mesmo. 
Ensinar a fazer um bom uso da tecnologia na sociedade atual é ensinar 
cidadania, os recursos tecnológicos podem ser inseridos de maneira proveitosa 
nas aulas de história, geografia, biologia, português entre outras disciplinas, 
1
8 
19 
 
além do uso da NTCI’s como ferramentas educacionais o debate do bom uso 
dos meios tecnológicos tem a finalidade também de trazer “o fundamento 
comportamental necessário para um indivíduo exercer ao máximo sua 
liberdade e cidadania na era digital, de forma ética, segura e legal” (PINHEIRO, 
2011). 
 O uso adequado das tecnologias promove a efetivação de uma 
cibercultura, ou seja, uma sociedade com pessoas interconectadas 
mundialmente ou localmente através da internet . A cibercultura é um processo 
em andamento da universalização das relações de comunicação e produção de 
conhecimento que ocorrem em um ciberespaço. 
 
O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material 
da comunicação digital, mas também o universo oceânico de 
informação que ela abriga, assim como os seres humanos que 
navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo 
‘cibercultura’, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e 
intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de 
valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do 
ciberespaço (LÉVY, 2003, p. 17). 
 
Essa nova geração de jovens nascidos e criados na sociedade digital 
ainda muito cedo se inserem nesse ciberespaço, que é um espaço 
desterritorializado, virtual, que não se sabe exatamente onde fica, mais ao 
mesmo tempo sabe-se que ele é real e que está presente nos computadores, 
celulares e outros aparelhos similares. Três princípios fundamentais orientam 
esse ciberespaço que influencia e permeia a sociedade contemporânea: a 
interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva. 
 A interconexão, mundial ou local, é um princípio básico do ciberespaço, 
na medida em que sua dinâmica é dialógica. Ela está ligada a cultura de massa 
com todos seus aspectos positivos e negativos. Ela está presente 
especialmente na mídia através dos mais diversos meios de comunicação, tais 
como internet, televisão, rádio, redes sociais entre outros. 
Já as comunidades virtuais “são construídas sobre afinidades de 
interesses, de conhecimentos, sobre projetos, em um processo mútuo de 
cooperação e troca” (LÉVY, 2003, p.127). A ideia principal de uma 
comunidade virtual, portanto, é a da reciprocidade, ou seja, estabelecer um 
local de trocas de informações e conhecimentos com normas de convivência 
estabelecidas em um ambiente virtual propício para compartilhamentos de 
20 
 
interesses comuns. Assim como nas comunidades presenciais, podem surgir 
afinidades, amizades, conflitos, manipulações e enganações. As comunidades 
virtuais exploram novas formas de opinião pública, nelas ocorrem contatos e 
interações de todos os tipos incentivando a interatividade, algo bastante 
desejado e ansiado pelos jovens desse novo milênio. O sujeito assume o papel 
ativo na construção do seu conhecimento de acordo com tema da comunidade 
e o educador tem o papel de orientador. Para Lévy (2003) “a direção mais 
promissora, que por sinal traduz a perspectiva da inteligência coletiva no 
domínio educativo, é a da aprendizagem cooperativa”. 
Em relação à inteligência coletiva pode ser considerada a finalidade 
última do ciberespaço, pois ela descreve um tipo de inteligência compartilhada 
que surgeda colaboração de muitos indivíduos em suas diversidades. “É uma 
inteligência distribuída por toda parte, na qual todo o saber está na 
humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma coisa” 
(LÉVY, 2007, p. 212). O melhor uso do ciberespaço pode ser alcançado ao se 
colocar em sinergia os saberes, as imaginações e opiniões tudo isso interligado 
em redes cibernéticas. 
A cibercultura é a expressão da aspiração de construção de um laço 
social, fundado sobre a reunião em torno de centros de interesses comuns, no 
compartilhamento de informações, na cooperação e nos processos de 
colaboração. Porém a cibercultura também pode representar riscos se não for 
devidamente promovida e orientada no processo educacional do indivíduo, 
entre os riscos podemos citar a desvalorização da inteligência com o advento e 
o acesso indiscriminado as novas tecnologias, conversas e influencias de 
algum desconhecido e de pessoas de má índole, problemas com assédios, 
bem como ter acesso a conteúdos inapropriados para a idade, exposição de 
intimidade ou mesmo ser vítima de uma ofensa, ou até mesmo se tornar um 
agressor com palavras mal postas para terceiros. 
A sociedade digital, em especial as escolas não devem investir apenas 
em infraestrutura tecnológica, como portais, ensino a distancia, wirelless, 
lousas digitais, tablets entre outras tecnologias, mas, sobretudo, deve promover 
uma educação ética digital, pois não adianta fornecer ferramentas sem educar 
valores. A organização do sistema educacional e o papel do professor com o 
surgimento e fortalecimento da cibercultura devem ser revisadas para se 
21 
 
adequarem as necessidades da sociedade contemporânea. O educador não 
deve mais centralizar todo o conhecimento, ele deve propiciar interações dos 
alunos com as NTCI’s, de forma reflexiva e proveitosa e para isso ele deve 
estar sempre se atualizando para acompanhar as constantes novidades do 
mundo tecnológico. Os ciberespaços também não podem ser vistos como 
ambientes estranhos na educação. As escolas devem incentivar o bom uso das 
NTCI’s a fim de incentivar um maior alcance da inteligência coletiva, pois a 
cibercultura já é uma realidade sem volta. 
 
 
4 Os Desafios impostos aos Educadores pela necessidade de inserção 
das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação na educação. 
 
 
As mudanças que ocorrem na sociedade trazem a tona novos 
paradigmas e nesse início de milênio as inovações tecnológicas é um dos 
principais temas em discussão e em debate, pois as novas tecnologias estão aí 
fazendo parte do cotidiano de todos, sendo assim elas precisam estar cada vez 
mais presentes na sala de aula, seja como ferramentas para auxiliar nas aulas, 
bem como uma nova forma de agir pedagogicamente. 
As novas tecnologias estão em todos as esferas da sociedade e dominá-
las e compreendê-las passou a ser algo essencial. Cada vez mais as escolas e 
o poder público investem em tecnologias como computadores, projetores 
multimídias, laboratórios de informática, porém “as tecnologias sozinhas não 
mudam a escola, mas trazem mil possibilidades de apoio ao professor e de 
interação com e entre os alunos” (MORAN apud MORAN, MASETO e 
BEHRENS, 2003), aos profissionais da educação é fundamental à busca 
incessante em estar se atualizando e ficar sempre atento a cada novidade 
tecnológica, algo aliás que vem ocorrendo em uma velocidade espantosa, 
sendo assim, as salas de aulas urgem por mudanças, por renovação, portanto 
os recursos tecnológicos são o caminho para qualificar ainda mais as aulas e o 
aprendizado, bem como tornar o ensino mais atrativo ao seu público que é 
usuário em grande escala das novas tecnologias que está presente no 
22 
 
cotidiano dos jovens cada vez mais cedo, seja em casa, nas ruas com os 
celulares, tablets, smartphones, televisores entre outros recursos. 
Algo que se deve levar em consideração conforme Moran é que os 
jovens chegam à escola cada vez com uma bagagem maior de conhecimentos, 
fruto da relação familiar, mas também das mídias eletrônicas. 
 
A criança também é educada pela mídia, principalmente pela 
televisão. Aprende a informar-se, a conhecer os outros, o mundo, a si 
mesmo, a sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo, tocando as 
pessoas na tela, que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar 
e odiar. A relação com a mídia eletrônica é prazerosa - ninguém 
obriga - é feita através da sedução, da emoção, da exploração 
sensorial, da narrativa - aprendemos vendo as histórias dos outros e 
as histórias que os outros nos contam. Mesmo durante o período 
escolar a mídia mostra o mundo de outra forma - mais fácil, 
agradável, compacta - sem precisar fazer esforço. Ela fala do 
cotidiano, dos sentimentos, das novidades. A mídia continua 
educando como contraponto à educação convencional, educa 
enquanto estamos entretidos. (MORAN,2000) 
 
Portanto estar atento às novidades e aprender a utilizar essas 
tecnologias sem sombra de dúvidas é um desafio que vem assustando muitos 
professores, pois as crianças e jovens muitas vezes tem um domínio maior que 
o professor em relação a essas novas tecnologias, portanto o profissional da 
educação não pode ficar em um comodismo, continuar somente nas antigas 
práticas pedagógicas e simplesmente fechar os olhos e virar as costas para a 
enxurrada de novas possibilidades que surgem, pois os jovens querem usufruir 
de tudo de bom que a tecnologia pode proporcionar, porém muitas vezes eles 
não sabem como utilizar as inúmeras possibilidades de seus equipamentos 
tecnológicos e aí vem o papel do professor em conseguir integrar essas 
tecnologias ao ensino de forma produtiva e criativa. 
Atualmente o educador não deve apenas dominar o conteúdo específico 
de sua disciplina, mas deve também saber associar esses conteúdos com as 
novas tecnologias e orientar os alunos para fazerem um bom uso desses 
equipamentos tecnológicos que oferecem uma gama de informações e de 
oportunidades, pois com as novas tecnologias os alunos podem buscar dados, 
informações, capturar e construir diferentes olhares sobre o mundo, fazer 
produções artísticas e científicas com vídeos, fotos entre outras tantas 
possibilidades que podem ser úteis em diversas tarefas e desafios da vida. 
2
2 
23 
 
 Faz-se necessário que os professores estejam preparados para educar 
através desses novos meios de uma forma reflexiva e crítica. Integrar essas 
novas tecnologias ao processo educacional é um grande desafio para os 
docentes e para as instituições de ensino. 
É inegável que os novos meios de comunicação e de informação 
presentes na sociedade devem fazer parte da sala de aula, não apenas como 
meros dispositivos eletrônicos que expressem modernização ao ensino, mas 
sim como ferramentas de imenso potencial para um apoio pedagógico às aulas 
presenciais e também ao ensino a distância que é outra janela que se abre no 
horizonte. Porém é importante ressaltar que muitas vezes essas condições não 
condizem com a realidade da maioria das escolas em nosso país, pois a 
escola, as famílias, os alunos muitas vezes exigem a inovação, a mudança, 
mas não existem os meios reais para o corpo docente alcançá-las, por falta de 
infraestrutura das escolas públicas. 
Sabe-se que muitos professores precisam mudar sua postura diante a 
resistência em aceitar as novas tecnologias dentro da sua prática pedagógica, 
e o grande desafio é manter o aluno interessado em buscar novos 
conhecimentos e para isso, ele precisa se interar aos meios tecnológicos e 
aprender a se comunicar com esse aluno multimídia e cibercultural. 
No entanto as instituições de ensino e o poder público também precisam 
fazer a sua parte e para isso é necessário que ocorra o investimento na 
qualificação contínua dos professores e proporcionar a eles formações onde o 
uso das novas tecnologias da comunicação e da informação sejam abordados, 
palestras, cursos, seminários, congressosque debatam as NTCI’s nas aulas, 
ideias, projetos onde os professores possam organizar suas atividades levando 
em consideração todo o arsenal tecnológico que existem e que podem 
contribuir para uma aprendizagem mais moderna e efetiva. 
O que se observa é que as escolas e o poder público investem nos 
recursos materiais e nos espaços com novas tecnologias, mas não investem na 
preparação dos seus profissionais para utilizar esses recursos, não investem 
em treinamentos, na qualificação, aliás, que isso seria algo básico, qualquer 
empresa privada, uma indústria, por exemplo, se adquiri um novo equipamento 
ela também investe em treinamentos para que seus profissionais estejam 
24 
 
preparados para utilizar essa nova máquina, que possam conhecer e obter os 
melhores resultados produtivos da nova tecnologia. 
No entanto nas escolas essa equação simples não é efetuada, o 
professor tem que correr atrás por conta própria para dominar as novas 
tecnologias e tem que dar conta dos custos e do tempo para essa qualificação. 
Sem dúvidas que isso resulta em desmotivação, pois além dos baixos salários, 
da grande quantidade de trabalho extraclasse soma-se a necessidade da 
busca por essa qualificação continuada, que muitas vezes fica descontinuada 
pela falta de interesse das instituições de ensino e do poder público de investir 
nos profissionais da educação. 
Outro fator que dificulta a difusão das novas tecnologias nas práticas 
pedagógicas é a crença de muitos professores de estarem perdendo espaço 
para esses equipamentos e então temos outro problema que é o gasto com a 
infraestrutura tecnológica se tornar um desperdício, pois o desinteresse e o 
despreparo de muito professores torna o uso dessas novas tecnologias algo 
superficial e sem proveito significativo. 
Infelizmente o que vem ocorrendo é um processo incompleto na 
inserção das NTCI’s na educação, pois, os professores não estão fazendo 
parte desse processo de implementação da tecnologia nas escolas, seja pelo 
receio desses profissionais, ou pela falta de preparação para o uso dessas 
inovações no ensino, pois não existem cursos para o uso didático das NTCI’s, 
as próprias faculdades e universidades não incluem uma disciplina dessas em 
seu currículo nos cursos de licenciatura. 
Há uma necessidade crescente dos professores ampliarem a 
capacidade de propor novas atividades de aprendizagem utilizando-se das 
novas tecnologias, de forma que os alunos se sintam desafiados e motivados, 
a buscar novos saberes. O papel do educador é cada vez mais de orientação, 
de motivação, de tutoria, do que simplesmente expositor de conteúdos ou 
conhecimentos já produzidos. 
Parece ser algo impensável a educação no século XXI desprovido das 
novas tecnologias, ficar somente no quadro negro e na oratória transforma a 
aula em algo monótono e sem estímulo, por isso os professores devem 
procurar o conhecimento sobre o uso adequado das novas tecnologias, porém 
25 
 
o sistema educacional precisa propiciar os meios para que os professores 
possam se aprimorar. 
O que percebe-se é que o papel da escola e do educador não é somente 
transmitir o conhecimento tradicional, mas também possibilitar a inserção dos 
alunos na sociedade da informação, onde as novas tecnologias são utilizadas 
para quase todas as atividades profissionais, a escola precisa manter o aluno 
interessado em buscar novos conhecimentos e para isso, os professores 
precisa aprender a usar os meios tecnológicos para melhor se comunicar com 
esses alunos multimídias. 
As novas tecnologias estão invadindo o espaço escolar e os professores 
precisam estar preparados para dar conta dessa nova demanda e as NTCI’s 
devem fazer parte das práticas pedagógicas não apenas por uma mudança de 
postura pessoal, mas sim por uma imposição social, pois o mundo como um 
todo evoluiu e mudou. 
Hoje por exemplo o dinheiro é muito mais virtual, através de seus 
genéricos como cartões de débito, cartões de crédito, contas on-line do que 
papel moeda físico, no mundo hoje quase tudo é controlado e administrado 
através de computadores, de máquinas, quase tudo pode ser realizado via 
internet, compras, trocas, diversos serviços, em um mundo cada vez mais 
virtual daí a necessidade do domínio das novas tecnologias e torná-los temas 
recorrentes das aulas. 
Cada vez mais as relações sociais e de trabalho estão vinculadas ao uso 
de recursos digitais, email, whatsapp, mesenger, facebook, twitter são alguns 
exemplos. As formas de comunicação utilizadas pelo mercado e pela 
sociedade em geral se modificaram, são inúmeras as formas de interação e de 
comunicação e as redes sociais estão sendo mais utilizadas do que meios de 
comunicação tradicionais como telefone e correspondência e novamente 
vemos a urgência em ensinar os alunos a utilizarem essas tecnologias de 
forma consciente e adequada, bem como inserir esses recursos nas práticas 
pedagógicas, pois eles são utilizados no dia a dia de toda a sociedade. 
Em relação às redes sociais que é algo de domínio público, onde a 
exposição é imensa, também se faz necessário uma análise, pois não tem 
como fugir de algo tão presente na vida de todos. Existe uma necessidade 
crescente de orientar os docentes no uso das redes sociais como meio 
26 
 
pedagógico, até para uma melhor compreensão dos limites éticos, morais e 
pedagógicos dessa ferramenta. 
As redes sociais podem ser uma faca de dois gumes, pois elas podem 
facilitar a comunicação com os jovens, podem servir de motivação para aulas 
com atividades que sejam bastante a atrativas para os jovens, porém ao 
mesmo tempo uma exposição em demasia e o mau uso dessas redes podem 
colocar em risco o trabalho pedagógico e colocar os jovens em apuros, pois a 
exposição nas redes podem trazer graves consequências e a cada dia crescem 
os chamados crimes cibernéticos, além do risco da perda da privacidade, 
publicações ofensivas entre outros tantos problemas que as redes sociais 
podem expor o indivíduo e que muitas vezes as crianças e jovens não estão 
cientes dos perigos que podem estar expostos e os professores também não 
conseguem prever e dimensionar. 
Um exemplo dos riscos do uso das redes sociais em atividade 
pedagógicas é em relação à divulgação de imagens, áudios e vídeos de aulas 
nas redes sociais. Mais uma vez cabe salientar a importância do debate e da 
necessidade da qualificação dos professores e dos profissionais envolvidos na 
educação em torno do uso das tecnologias, pois são muitas as questões que 
envolvem o uso adequado das NTCI’s na educação. Tudo que envolve o uso 
pedagógico dessas novas tecnológicas é algo bastante recente, a própria 
legislação em torno do tema é algo ainda em construção e que os professores 
precisam estar atentos. 
A exposição da imagem de menores sem prévia autorização pode gerar 
processos judiciais, daí a importância da escola promover palestras e orientar 
tanto seus profissionais, bem como a comunidade estudantil sobre o tema, o 
mesmo acontece em relação à divulgação de imagens, vídeos e áudios de 
aulas que acabem sendo colocadas nas redes sem prévia autorização do 
professor e da escola. 
Portanto as atividades em aula que utilizam a reprodução de imagens e 
áudios devem ser muito bem planejadas e pensadas. Tem que haver todo um 
cuidado com as questões legais e isso sem dúvida é um complicador e algo 
que inibe os professores a utilizarem as novas tecnologias. 
O uso de celulares e outros dispositivos por alunos e professores é outro 
debate incômodo, mas necessário. Simplesmente proibir o uso é a melhor 
27 
 
solução? Bom, não existe uma resposta única e definitiva para essa questão, a 
proibição é a forma mais simples de tentar encontrar a solução, porém 
normalmente não resolve integralmente à questão, na maioria das vezes a 
proibição dos celulares acaba tencionando ainda mais a relação entre 
professores e alunos e até da instituição escolarcom a comunidade escolar. 
 
A importância está no processo de ensino e aprendizagem. Com ou 
sem tecnologias avançadas podemos vivenciar processos 
participativos de compartilhamento de ensinar e aprender (poder 
distribuído) através da comunicação mais aberta, confiante, de 
motivação constante, de integração de todas as possibilidades da 
aula pesquisa/aula comunicação, num processo dinâmico e amplo de 
informação inovadora, reelaborada pessoalmente e em grupo, de 
integração do objeto de estudo em todas as dimensões pessoais: 
cognitivas, emotivas, sociais, éticas e utilizando todas as habilidades 
disponíveis do professor e do aluno. (MORAN,2000) 
 
O caminho ideal era não encarar o celular como uma ameaça ao ensino 
aprendizado, mas como uma ferramenta: os aparelhos eletrônicos estão cada 
vez mais presentes nas nossas vidas, assim como no dia a dia dos jovens, e os 
celulares deveriam ser encarados pelos professores como um bom recurso 
pedagógico quando usados de forma planejada e intencional. E daí a 
necessidade de fazer o jovem entender como é o uso adequado desse 
aparelho e de seus inúmeros recursos. 
Esse problema do correto uso dos celulares está intimamente ligado à 
falta de educação de valores, que, aliás, não é só papel do professor, mas sim 
da escola, mas principalmente dos pais e responsáveis que devem 
conscientizar os jovens sobre o uso adequado do aparelho. 
Acredito que uma das grandes falhas na educação são as diferentes 
posturas adotadas pela escola, professores e famílias com os jovens, muitas 
vezes essas relações chegam a ser antagônicas, quando deveria existir uma 
conjunção de forças para uma boa orientação aos jovens, um discurso 
unificado em nome de uma boa educação, pautada em valores morais e éticos 
corretos. 
Existe a crença que os celulares, os smartphones e tablets seriam 
apenas algo para distrair os alunos. Em parte essa ideia é verdadeira, pois os 
jovens se distraem com muita facilidade, porém cabe ao educador usar esses 
recursos ao seu favor para tornar a aula significativa, motivadora e manter o 
28 
 
foco e o interesse dos alunos, para que essas tecnologias sejam algo favorável 
e não apenas um problema. 
Podemos perceber que a inclusão das novas tecnologias nas escolas e 
na educação realmente não é algo simples, mas sim algo bastante complexo, 
porém não há como fugir da necessidade desse processo acontecer, pois a 
inserção dessas novas mídias ainda é lenta e desproporcional em relação ao 
uso diário em outras esferas da sociedade. O que se propõem não é a extinção 
das antigas práticas pedagógicas, mas que ocorra uma integração entre aquilo 
de bom que existe do ensino tradicional, com as novas possibilidades que as 
NTCI’s podem oferecer. 
As novas tecnologias permitem uma ampliação das habilidades dos 
educandos, elas estão provocando transformações sociais jamais vistas na 
história, portanto as escolas e os professores precisam se adaptar a essa nova 
realidade, a escola não pode ficar desconecta em relação ao resto do mundo, 
parar no tempo, assim como a sociedade vem evoluindo com essas novas 
tecnologias, o mesmo deve acontecer na educação, ela não pode ser a mesma 
do final do século XVIII, ela precisa estar de acordo com o seu tempo, o século 
XXI também denominado de a era da informação e das tecnologias. 
O uso das novas tecnologias vem alterando as relações na sociedade e 
nas organizações, portanto, se faz necessário preparar os jovens para essa 
nova forma de cidadania, tornar nossos jovens capazes de interagir nesse 
mundo tecnológico, e isso obrigatoriamente implica em promover mudanças no 
meio educacional. As escolas precisam promover e incentivar a pesquisa 
científica, a crítica e a reflexão incluindo as NTCI’s. Conforme Zanela, as novas 
tecnologias são instrumentos fundamentais para um novo tempo na educação, 
podem ser um portal para as mudanças urgentes na educação escolar e para o 
crescimento intelectual dos alunos. 
 
Instrumentos tecnológicos utilizados na educação desde o marco da 
sua História estão, até hoje, em uso nas salas de aula, como é o caso 
do quadro e giz. A visão inovadora, na comunicação e transmissão de 
informações, trazida pelas novas tecnologias são instrumentos 
importantíssimos de transformação dando-lhe [...] um novo sentido no 
processo de ensinar desde que consideremos todos os recursos 
tecnológicos disponíveis, que estejam em interação com o ambiente 
escolar no processo de ensino aprendizagem. (ZANELA, 2007). 
 
29 
 
Usar as NTCI’S não significa necessariamente que todos os problemas 
da educação serão resolvidos, que os estudantes vão se sair melhor nas 
avaliações, aliás, esse é outro importante ponto a ser revisto com a utilização 
das NTCI’s, as avaliações não podem ser as mesmas tradicionais, precisam 
ser adequadas às novas práticas e as novas exigências sociais e intelectuais. 
Com certeza o uso das novas tecnologias não é garantia de todas aulas 
serem um show, também não há a certeza que professores e alunos sairão 
felizes e satisfeitos em todos os encontros, porém a inclusão gradativa das 
novas tecnologias no currículo escolar é algo que realmente pode transformar a 
educação e melhorar a relação estudantes, professores, instituições e 
sociedade. 
Um bom aprendizado depende diretamente da motivação e para essa 
geração de jovens multimídias a utilização dos recursos tecnológicos é algo 
positivo. No entanto para a inclusão desses novos métodos ainda é necessário 
à superação de muitas limitações impostas, tais como a rigidez do sistema 
educacional, políticas públicas atrasadas, o receio e medo dos profissionais de 
utilizar esses recursos, a falha na formação dos professores, a falta de 
investimentos das instituições para a qualificação contínua dos profissionais, 
entre outros desafios que ainda impedem ou dificultam a integração tecnologia 
e educação. 
 
 
5 As Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação em práticas 
interdisciplinares de História e Geografia. 
 
 
História e Geografia são ciências que precisam manter fortes relações 
de interdisciplinariedade, ambas reproduzem conhecimentos essenciais para a 
compreensão do homem, das relações sociais e do mundo. 
Tempo e Espaço são dois conceitos básicos que se entrelaçam, sendo o 
primeiro o principal objeto de estudo da História e o segundo o principal objeto 
de estudo da Geografia. Os dois conceitos se complementam e precisam ser 
partilhados. Dessa forma não tem como dissociar História e Geografia, separar 
Tempo e Espaço, pelo contrário, essas disciplinas não podem ser estudadas 
3
0 
30 
 
de forma fragmentada e sem relações, pois dessa forma o conhecimento fica 
incompleto. Sendo assim a NTCI’s surgem para auxiliar a eliminar as barreiras 
que foram criadas e que separam as duas disciplinas, é urgente unir a 
aprendizagem dessas ciências irmãs e que são fundamentais para a 
compreensão do mundo em que estamos inseridos. 
A separação quase que completa de História e Geografia nos currículos 
escolares acaba por prejudicar um entendimento mais completo do mundo, 
pois reduz a capacidade de pensar globalmente certos problemas que devem 
relacionar dados geográficos e históricos. Cada vez mais o ensino fragmentado 
em disciplinas precisa ser submetido a uma revisão e análise crítica dos 
professores e pedagogos, pois para um conhecimento mais amplo e completo 
fatalmente se faz necessário à adoção de abordagens e práticas 
interdisciplinares, em especial em relação a disciplinas afins como Geografia e 
História, afinal no mundo real não existe a separação das coisas em 
disciplinas, na natureza e na sociedade tudo está junto, associado, as coisas 
se relacionam e muitas vezes os alunos acabam tendo dificuldade de 
compreender isso, pois na escola aprendem as coisas separadas, como se 
fossem gavetas organizadas, porém no mundo tudo é junto e misturado. 
A História estuda as ações e transformaçõeshumanas (ou 
permanências) que se desenvolvem ao longo do tempo, seja ele num período 
mais longo ou mais curto, já a Geografia é uma ciência que tradicionalmente 
estuda o espaço físico, onde normalmente o homem está inserido e, portanto 
percebemos que uma ciência está dentro da outra e vice e versa. Na verdade, 
o que podemos concluir que tanto a História como a Geografia acabam 
analisando o Homem no Tempo e no Espaço. 
As ações e transformações se dão historicamente no espaço geográfico 
ou político, e que necessariamente constitui-se em um espaço social. E mais, 
nas últimas décadas precisamos ampliar nossa noção do conceito de Espaço, 
pois com as novas tecnologias ele se ampliou e também podemos considerar a 
existência de um novo tipo de ambiente, o “espaço imaginário” (o espaço da 
imaginação, da iconografia, da literatura, do virtural), com as NTCI’s esse 
“espaço imaginário e virtual”, está no cotidiano de todos e foi produzido através 
dos novos meios de comunicação e da tecnologia artificial. 
31 
 
Essa nova realidade nos traz a grande proposta do uso das novas 
tecnologias no ensino interdisciplinar entre História e Geografia, com práticas 
que façam os alunos viajarem nessa realidade virtual. As NTCI’s podem ser de 
grande valia para o estudo do nosso mundo contemporâneo e também do 
passado. 
Através desses novos meios tecnológicos o ensino da História e da 
Geografia podem se tornar algo bem mais agradável e de mais fácil 
compreensão aos jovens, pois diversas interrelações agora são viáveis entre 
essas disciplinas, coisas que antes ficavam apenas no discurso, sendo agora 
possível estar diante dos olhos dos alunos, como os recursos multimídias que 
possibilitam unir conceitos, ideias, fatos em mapas virtuais, em aplicativos com 
imagens, com vídeos e conteúdos em 3D entre outras tantas alternativas. 
Conforme Lévy (2003), as novas tecnologias estão permitindo uma 
revolução no ensino, pois elas permitem uma renovação da forma de pensar e 
de analisar o mundo. Essas ferramentas tecnológicas podem mudar olhares, 
princípios, valores, processos, produtos e instrumentos que mediam a ação do 
homem com o meio, bem como as relações no ambiente escolar. 
São inúmeros os recursos tecnológicos que podem auxiliar no processo 
de ensino e aprendizagem, entre as possibilidades podemos destacar 
programas de computador, aplicativos de celulares e tablets, jogos educativos, 
gravadores, captores e reprodutores de áudio e de vídeo, redes de 
interatividade e a internet como um todo. 
No entanto de nada adianta essa tecnologia se não houver a mediação 
do professor para propor e criar situações onde os alunos se sintam desafiados 
em obter o conhecimento, sobretudo, esses recursos devem ser instigar a 
pesquisa, diferentes leituras do mundo e incentivar a criatividade para releituras 
e reconstruções do saber. 
De nada adianta que o conhecimento continue sendo transmitido apenas 
como algo meramente informativo, as NTCI’s permitem que os alunos possam 
ser agentes de construção e transformação do próprio saber, é fundamental 
que haja a interação entre os alunos e as propostas de estudo e de pesquisa, 
tem que haver a construção do saber, ou seja, releituras, análises críticas, 
produções escritas, icnográficas entre outras possibilidades. 
32 
 
As novas tecnologias permitem que até assuntos antes considerados 
maçantes e cansativos pelos alunos se tornem em temas interessantes, 
intrigantes e desafiadores. Por exemplo, para se estudar a 1ª e 2ª Guerras 
Mundiais, os alunos precisavam ler textos longos e cansativos que informavam 
os locais de combate, as alianças, as causas, consequências, depois ouviam a 
explicação do professor, onde eles tinham que fazer uma construção mental 
dos fatos narrados, sem muitas vezes ter a mínima noção de como era esses 
combates, como era a sociedade naquele tempo, sem ter uma ideia clara das 
questões geopolíticas entre outras coisas. 
Bem com as NTCI’s essas aulas cansativas e apenas informativas 
podem se tornar algo bem mais interessante com mapas interativos, com 
movimentos, áudios e imagens, na internet podem ser utilizados jogos que 
permitem uma maior ação sobre o conteúdo e ainda os alunos podem realizar 
pesquisa com imagens, cenas de filmes entre outros dados que melhor narram 
esses conflitos, enfim as NTCI’s permitem que ocorram as relações, o 
cruzamento de informações de forma mais dinâmica, mais completa e que 
permitem uma melhor compreensão sobre o assunto. 
E o ideal é que a partir dessas informações os alunos possam produzir 
tarefas, como por exemplo, produzirem um vídeo sobre o assunto, criar um 
jogo de estratégia, montar uma exposição de imagens e relatos, enfim de 
simples ouvinte o aluno pode passar a protagonista da própria aprendizagem e 
o professor faz o papel de orientador e mediador. 
São várias as práticas pedagógicas possíveis com o uso de NTIC’s no 
ensino de História e Geografia, vou exemplificar algumas já utilizadas com 
bastante êxito, tais como: criação de sites e blogs, uso e criação de aplicativos 
para celulares, a utilização de plataformas de criação de quizzes, a plataforma 
Google Sala de aula, o Google Cardboard, programas de animações e vídeos 
entre outros. 
 
 
 
 
 
 
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5.1 Criação de sites e blogs 
 
 
O início do século XXI está marcado pela presença constante da internet 
como o principal meio de comunicação entre as pessoas. Sendo assim a 
criação de sites e blogs pelo professor é algo que facilita na comunicação com 
os alunos e também para propor atividades seja de aula ou ainda como 
complemento para pesquisa e temas de casa. 
Essa proposta se encaixa no ideal da cibercultura defendida por Levy, 
pois a internet é uma rede de comunicação global e ela pode e deve ser usada 
para informar e integrar as pessoas, em especial no meio educacional. 
A criação de um site ou blog permite o surgimento de um elo maior entre 
alunos e professor, surge um ciberespaço comum entre eles, um ambiente que 
permite um espaço de troca de informações, de convivência, de interação 
social e de comunicação, formando assim uma comunidade virtual. 
A criação de sites e blogs se torna interessante porque permite ao 
professor criar e disponibilizar textos sobre os conteúdos desenvolvidos em 
aula, também permite compartilhar apresentação de slides, vídeos entre outros 
materiais que sirvam para introduzir, ou complementar alguma aula. Mas além 
desses materiais informativos, sites e blogs permitem comentários, onde os 
alunos podem deixar questionamentos, sugestões e até propor ideias. Essa 
ferramenta ainda permite que aja indicações de outros sites e outros materiais 
que permitem o aluno se aprofundar ainda mais sobre o tema, e o interessante 
que você pode direcionar os sítios de pesquisa, minimizando o risco do aluno 
se basear em informações incompletas ou até mesmo erradas que possam 
existir na internet. 
Outra ideia interessante é ensinar alunos a fazer seu próprio blog e nele 
fazer uma espécie de diário onde o aluno pode registrar coisas sobre a sua 
vida escolar e sobre o seu processo de aprendizagem, nesses registros é 
possível o professor avaliar como está à recepção e assimilação do conteúdo 
ministrado em aula e estimula o aluno a escrever, a criar e pesquisar. 
Outra vantagem de sites e blogs é que eles podem ser gratuitos, pois 
inúmeros servidores permitem a criação dessas páginas sem custo e muitos 
desses provedores permitem também definir se o site ou blog será de domínio 
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público ou de um grupo fechado somente da escola. Posso citar alguns 
exemplos de provedores, como o Google, Wix.com, WordPress, Portal 
Educacional entre outros. 
As experiências usadas em diferentes turmas de diferentes séries e 
anos foi extremamente positiva, com uma boa aceitação dos alunos, com 
interações bastante interessantes e com boa repercussão junto a comunidade 
escolar.Figura 1 – Site Professor Eduardo Chueiry Ferreira 
 
Fonte: https://sites.google.com/a/lasalle.org.br/profduduhistoria/ - (2017) 
 
 
5.2. Aplicativos para celulares, Iphones e Ipad’s 
 
 
As informações não são mais exclusividades dos livros, a Internet pode 
ser uma importante fonte de conhecimentos e surgem também com a 
popularização dos celulares, iphones, ipad’s e tablets inúmeros aplicativos 
(app’s) que oferecem conteúdo para educadores e estudantes. 
Existem diversos aplicativos gratuitos para iOS e Android (sistemas 
operacionais) que permitem uma grande interação e conexão entre os 
educadores e alunos. Muitos app’s possuem mecanismos para envio de 
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mensagens, trabalhos e a conferência de eventos e atividades quando os 
alunos estão em aula ou fora da sala de aula. 
As possibilidades com essas novas ferramentas são imensas no ensino 
de História e Geografia, existem app’s de jogos educativos, app’s de mapas 
interativos, app’s com o uso de imagens e textos com conteúdos históricos e 
geográficos, app’s com realidade virtual entre outras tantas coisas. 
Um exemplo de aplicativo interessante para estudar história e geografia 
de maneira interdisciplinar é o History:Maps of World. Nesse app existem 
diferentes mapas em alta resolução de diversas partes do mundo e de vários 
períodos da história. Muitas propostas podem ser feitas utilizando esse 
aplicativo, como por exemplo, localização das primeiras civilizações do mundo, 
relacionar as principais mudanças geopolíticas ao longo da história com a de 
países, como se caracterizava determinada região em um determinado período 
histórico, principais regiões habitadas no mundo nos diferentes períodos 
históricos, como se deu o processo de urbanização entre outras atividades e 
comparativos. 
 
Figura 2 – Imagens do aplicativo History:Maps of World 
Fonte: http://www.teachhub.com/reviews/apps/history-maps-world-ipad-app-
review - (2017) 
 
Existem diversos aplicativos que se o professor souber orientar bem o 
uso com seus alunos podem render ótimos frutos em sala de aula e até fora 
dela. 
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Existem muitos quizzes (jogos de perguntas e respostas) de Geografia e 
de História, atlas geográficos e históricos, jogos de guerras medievais e 
modernas, enfim são inúmeras as possibilidades de conteúdos que podem ser 
aproveitado desses aplicativos, onde cabe ao professor relacionar o conteúdo e 
lançar desafios e atividades para os alunos se motivarem a usar esses 
recursos de maneira proveitosa para seu desenvolvimento cognitivo e 
intelectual. 
Outra excelente proposta para se trabalhar com os alunos é a criação de 
aplicativos próprios. Existem algumas plataformas na internet que permitem 
criar aplicativos sem a necessidade de um domínio de programação, esses 
sites são bem simples, os alunos orientados pelo professor em laboratório de 
informática consegue facilmente criar um app específico ligado a Geografia e a 
História, basta lançar a ideia e o desafio relacionado ao conteúdo de aula. 
O site fabricadeaplicativos.com.br é um desses sites gratuitos que 
mostra passo a passo como montar um aplicativo e depois como colocá-lo no 
ar. Lá os alunos têm todas as ferramentas básicas para criar um app utilizando 
recursos como imagens, vídeos, textos, áudios entre outras coisas. 
 
Figura 3 – Site Fábrica de Aplicativos 
 
Fonte: http://fabricadeaplicativos.com.br/ - (2017) 
 
Outra proposta é solicitar para os alunos criarem um app sobre os 
principais pontos turísticos da região em que vivem, com informações 
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geográficas (localização, rotas, clima, vegetação) e históricas (datas 
comemorativas, monumentos, acontecimentos, etc). 
Porém um ponto importante de frisar é que para essas atividades com 
celulares e outros dispositivos é necessário fazer combinações com os alunos 
para definir regras em relação ao uso do aparelho, para evitar distrações e o 
mau uso do celular para outras coisas que não sejam relacionados ao 
aprendizado. Por isso devem ser definidos horários para a consulta dos 
aplicativos e a atividade deve ser cobrada em algum tipo de avaliação formal 
para garantir a seriedade da atividade. 
 
 
5.3 Construção de Quizzes de revisão 
 
 
Uma alternativa que agrada muito os alunos são jogos pedagógicos, 
especialmente se utilizados como instrumentos de apoio a aprendizagem, com 
as NTCI’s são muitas as possibilidades, nas lousas e mesas digitais existem 
diversos jogos atrativos, no computador, porém um que é bastante tradicional, 
mas que os jovens gostam muito são os quizzes. Esse tipo de jogo pode ser 
usado como um elemento útil para o reforço de conteúdos e permitem a 
interdisciplinariedade entre geografia e história. 
Um quizz bem elaborado se transforma em uma boa ferramenta de 
ensino e também uma forma de disputa divertida. O fator competição, durante 
os jogos, será evidente, porém, o professor deve estar preparado para tornar a 
atividade em algo saudável e instrutivo. 
Os jogos educativos com finalidades pedagógicas revelam a sua 
importância, pois promovem situações de ensino-aprendizagem lúdicas que 
aumentam a construção do conhecimento, permitindo dessa forma, o 
desenvolvimento cognitivo de maneira prazerosa e motivadora. 
Geralmente o jogo deve ser apresentado aos alunos, quando os 
conteúdos nele envolvidos já são de conhecimento, portanto antes de iniciar o 
quizz é importante que o docente faça um comentário breve dos conteúdos que 
estarão presentes no jogo. 
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Para a elaboração do quizz é possível usar sites como o Kahoot.com e o 
b.socrative.com, que permitem que o professor elabore suas próprias questões 
de qualquer, com o uso de diversos recursos, tais como, imagens, vídeos e 
áudios e também com a definição de tempo para responder cada questão. 
Após a criação do quizz, os alunos devem ser organizados em times 
(grupos) para participarem da disputa. As questões são projetadas em um telão 
e os alunos devem baixar um aplicativo em um celular para participarem da 
competição. Após os alunos baixarem o aplicativo o professor gera uma senha 
(pin) que libera a participação dos grupos. A pontuação é feita 
automaticamente pelo site e o controle das rodadas é administrada pelo 
professor. 
As questões devem ser passadas em um telão visível para todos ao 
mesmo tempo e as equipes respondem as alternativas através de um celular 
que recebe as possíveis alternativas das questões. 
 
Figura 4 – Quizz Brasil Indígena e Pré-Colonial 
 
Fonte: https://create.kahoot.it/#quiz/bb3b61fc-3bb6-48e6-8d10-601d48f - 
(2017) 
 
 
 
 
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Figura 5 – Questão 2 do Quizz Brasil Indígena e Pré-colonial 
 
Fonte: https://create.kahoot.it/#quiz/bb3b61fc-3bb6-48e6-8d10-601d48 - 
(2017) 
 
 
5.4 Google Sala de Aula 
 
 
Esse é um recurso disponibilizado para qualquer professor usuário da 
plataforma G-Suíte for Education, que é um pacote gratuito de ferramentas da 
empresa Google. 
O Google Sala de Aula permite a criação de um grupo entre o professor 
e seus alunos, onde o educador pode criar e recolher tarefas em forma digital 
seja através do envio de email’s, ou através de pastas que ficam salvas em 
uma nuvem de arquivos, permitindo uma série de possibilidade de atividades 
pedagógicas, onde os alunos podem criar documentos digitais com conclusões 
sobre o que estudou e o professor pode corrigir sem a necessidade de 
produção de papel, sendo inclusive esse fato uma boa aula de consciência 
ambiental. 
É possível também a criação de pastas onde o professor pode 
disponibilizar documentos para consulta e pesquisa para cada aluno. Outras 
ferramentas interessantes são os editores de texto, de planilhas, de slides entre 
outros programas que podem ser utilizados on-line. 
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Para o ensino de História e Geografia pode ser explorado o programa 
Google Maps e Google Earth que permite inúmeras propostas de atividadesem 
aula, tais como pesquisa de locais, comparação de mudanças de paisagens 
em diferentes períodos, definição de rotas, cartografia histórica entre outras 
coisas. 
Outra ferramenta extraordinária é o Google Cardboard que é o aplicativo 
do Google para realidade virtual. Para utilizar em aula o Google Cardboard é 
necessário produzir um óculos Cardboard com os alunos que é feito de 
papelão e com lentes biconvexas com baixo custo. Utilizando os óculos 3D 
com um celular smartphone os alunos podem utilizar quatro funções do 
aplicativo: explorador, para ser um aventureiro em ambientes imersivos, 
exposição, para visualizar objetos de um museu em 3D, caminhada urbana, 
com rotas em cidades do mundo, e um caleidoscópio. 
 
Figura 8 – Google Cardboard 
 
Fonte: http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/cardboard.html 
 
O Google Sala de Aula é uma excelente opção para a criação de um 
ciberespaço com os alunos, ele oferece um leque de atividades para serem 
desenvolvidas com os alunos em Geografia e História, também permite que os 
alunos aprendam a utilizar editores de textos e outros programas que muitas 
vezes não dominam, pois em geral o contato com a informática pelos jovens é 
somente para explorar sites da internet e não para produzir textos, 
documentos, planilhas entre outras atividades. 
 
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Figura 6 – Tela de início do Google Sala de aula 
 
Fonte: https://classroom.google.com/h - (2017) 
 
Figura 7 – Google Sala de Aula – Turma 91 – Colégio Ulbra São Lucas 
 
Fonte: https://classroom.google.com/r/NjU3NTIxODcxM1pa/sort-last-
name 
 
 
 
 
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5.5. Animações e vídeos aulas 
 
A criação de vídeos aulas, com explicações através de sons e 
animações utilizando programas específicos, permitindo aulas com desenhos 
animados, com recursos em 2D ou em 3D, com diferentes tipos de animações 
e informações pode ser uma outra atividade diferenciada que as NTCI’s podem 
propiciar. Esse tipo de aula é algo bastante apreciado pelos alunos, com os 
programas de criação de vídeos animados como o Powtoon e o Rawshorts 
podem turbinar as aulas de Geografia e História. 
É possível criar diferentes personagens, com bonecos, animais entre 
outras opções, também pode ser utilizada diferentes vozes de narração e o 
grande segredo dos bons vídeos é conseguir prender a atenção dos 
telespectadores ao máximo, passando o conteúdo de forma criativa. 
Outra vantagem dos vídeos aulas animados é que além de tornar o 
conteúdo menos maçante em algo informativo e divertido, esses vídeos podem 
ficar disponíveis no site pessoal do professor, no Google Sala de Aula ou no 
Youtube e os alunos podem rever quantas vezes quiserem em casa ou em 
qualquer outro lugar que tenham acesso a internet. 
Os alunos também podem criar vídeos como trabalhos de apresentação 
sobre conteúdos pesquisados para serem compartilhado com os colegas e 
como um trabalho avaliativo com critérios pré-definidos pelo professor para 
aderir conceito ou nota. 
 
Figura 9 – Vídeo aula sobre Globalização 
 
Fonte: https://www.youtube.com/channel/UCA28FJYAd-1y-
ASQVQ4qT1w 
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5.6 – Criação e compartilhamento de Podcast 
 
Os Podcast são gravações digitais que simulam uma transmissão de 
rádio ou programa similar. Eles podem ser produzidos e compartilhados de 
forma gratuita, sendo disponibilizados através da internet para poder ser 
realizado download para um reprodutor pessoal de áudio, como celulares, 
iphones entre outros dispositivos. 
Em aula pode ser proposto aos alunos pesquisarem sobre um 
determinado tema, vamos usar como exemplo o tema revoltas regenciais 
durante o Brasil Imperial, então os alunos devem montar um roteiro em formato 
de texto, para depois torná-lo em uma narrativa que pode ser gravado em um 
celular com aplicativos de edição para poadcast, com narração e efeitos de 
áudio. 
Existem ainda os podcasts na forma de vídeos, que são conhecidos 
como vodcasts. A grande novidade em relação aos podcasts é que eles podem 
ser ouvidos ou assistidos em qualquer lugar e a qualquer tempo e com 
equipamentos diferentes, como um computador, um MP3 ou um celular. Os 
podcasts são disponibilizados na internet automaticamente com software que 
trabalha com alimentação de um agregador de extensão feed ou rss. 
Podcast é a junção da palavra broadcast (transmissão via internet) com 
iPod (tocador de MP3 da Apple), nas aulas eles podem ser trabalhados como 
programas de rádio personalizados gravados em MP3 e disponibilizados na 
internet. 
Nas aulas de Geografia e História os podcasts podem ser gerados em 
episódios, para ser compartilhado entre os alunos para trocarem conteúdos e 
conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 10 - Atividades com Poadcast 
 
Fonte: 
www.google.com.br/search?q=podcast&source=lnms&tbm=isch&sa 
 
Como podemos perceber são inúmeras as possibilidades de relações e 
de atividades pedagógicas que podem ser planejadas com as novas 
tecnologias. Um dos grandes ganhos é a possibilidade de uma maior 
interdisciplinariedade não só de História e Geografia, como também com outras 
disciplinas. Essas atividades tornam as aulas mais práticas e interessantes aos 
alunos, que além de aprenderem, também podem criar e podem dominar ainda 
mais os recursos tecnológicos que são tão úteis na vida social e profissional. 
Inserir as novas tecnologias nas aulas também é uma forma de apresentar 
possibilidades úteis do uso desses equipamentos eletrônicos dos inúmeros 
recursos existentes na internet e que precisam ser bem utilizados para o 
avanço da sociedade e dos indivíduos. 
 
 
 
 
 
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6 CONCLUSÃO 
 
 
O uso das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem 
tornam as aulas acontecimentos mais próximo da realidade atual e, sobretudo, 
as aulas se torna mais dinâmicas, interativas e interessantes para os jovens. 
Como se pode perceber essas ferramentas pedagógicas inovadoras 
contribuem para aproximar as aulas de História e de Geografia da realidade 
dessa geração da informação que tem acesso a inúmeros meios de 
comunicação, porém, não sabem, muitas vezes, como interpretar e fazer bom 
uso de tudo aquilo que está disponível a um toque do dedo. 
Outro ponto em que a tecnologia pode ser uma aliada nas aulas e para 
boas práticas pedagógicas. Se bem planejado o seu uso pode contribuir 
consideravelmente na obtenção de maior atenção e interesse dos alunos em 
relação aos conteúdos de Geografia e História, até porque as novas 
tecnologias aliam o conhecimento à prática, que ajudam na qualidade do 
ensino, bem como na melhor assimilação das informações, também na 
compreensão das interrelações existentes entre essas disciplinas, pois em uma 
aula interdisciplinar é que, realmente, ocorrem relações significativas entre as 
ciências. Dessa forma, os alunos perceberão que no mundo tudo está 
interligado e que História e Geografia são conhecimentos indissociáveis, que 
se auto complementam, pois o tempo e o espaço se integram, assim como a 
Geografia e a História. 
Vele ressaltar, também, a importância dos investimentos na qualificação 
e atualização dos professores, pois essas novas tecnologias, para serem 
integralmente inseridas nas aulas, precisam do domínio dos educadores, 
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precisa também da associação de um planejamento prévio para dar sentido e 
coerência na inclusão das novas tecnologias nas práticas de ensino. 
As práticas propostas nesse estudo foram aplicadas com pleno êxito e 
com boa aceitação entre os alunos. Inclusive, é valido frisar, a participação 
efetiva das turmas nas aulas. Houve amplo interesse e comprometimento na 
execução das práticas e desafios propostos, bem como nas avaliações. 
Registrou-se, também, melhorias consideráveis na interpretação e 
compreensão dos conteúdos desenvolvidos em aula, evidenciou-se, ainda, 
superioridade nos resultados das avaliações. Sendo assim, atribui-se às 
práticas pedagógicas

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