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Responsabilidade Civil 15_04_2020

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Responsabilidade Civil 15/04/2020
 
Vamos enfrentar mais um tópico referente a responsabilidade civil.
Estamos trabalhando com o elemento de conduta, um elemento essencial para atribuição de responsabilidade civil. E dentro desse contexto de conduta que nós estamos trabalhando com a chamada responsabilidade por fato de terceiro e dentro desta a figura da responsabilidade no vigilando, ou seja, aquela responsabilidade que decorre do exercício do dever de vigilância. Nós temos um padrão de responsabilidade, vigilando é claro a responsabilidade dos pais sobre o ato dos filhos menores que estiverem sob sua responsabilidade e seu poder parental.
 Vimos que essa responsabilidade é uma responsabilidade solidária, dos pais, ela é objetiva, e não permite o exercício do direito de regresso, levando-se em consideração a data do acontecimento e não o momento que ação é proposta pela rede, o momento em que acontece a condenação em relação a indenização pleiteada pela vítima.
Na aula passada nós comentamos sobre a natureza de responsabilidade objetiva por substituição dos pais, ou seja, os pais têm uma responsabilidade objetiva, não poderão discutir eventual falha na sua conduta em relação aos cuidados do filho, porém poderão discutir a conduta do filho no acontecimento, poderão discutir se a conduta do filho foi uma conduta adequada ou não, se foi uma conduta que não seja o dando que vítima alega ter experimentado. 
Comentamos também sobre a responsabilidade do guardião de fato, aquele que não tem a guarda de fato, não é o pai, nem a mãe, mas tem uma guarda fática que pode então trazer para si a presença e responsabilidade civil, só que neste caso como a gente comentou ela será por natureza subjetiva.
 Foi isso que nós comentamos na aula passada.
 Nós temos dois temas para analisar hoje, no primeiro nós vamos trabalhar com uma responsabilidade dos tutores e cuidadores. É o nosso primeiro tema de hoje, a responsabilidade civil dos tutores e cuidadores, indicada no artigo 932 no inciso 2 Do Código Civil, é o primeiro a ser analisado, é um assunto tranquilo, o texto do código é bem literal em relação a essa atribuição de responsabilidade. E o nosso segundo ponto de hoje vai ser a análise da eventual responsabilidade do incapaz e vamos verificar em que caso se pode chegar nessa responsabilidade do incapaz.
· Primeiro vamos trabalhar com as hipóteses de responsabilidade direta do incapaz, e depois vamos trabalhar com as hipóteses de responsabilidade subsidiária do incapaz.
 
Então este vai ser o nosso tema de hoje. Este último tema nós vamos trabalhar analisando o artigo 928, então essa vai ser a nossa abordagem, o nosso foco hoje.
 Vamos começar então trabalhando primeiro ponto, trabalhando com o tema referente à responsabilidade dos Tutores e cuidadores. Essa atribuição de responsabilidade dos atores e cuidadores vem indicado no artigo 932 inciso 2 do Código Civil.
 
Vou recomeçar de onde tinha parado vou recomeçar do início, Então nós vamos hoje falar sobre sobre dois assuntos, sobre o assunto da responsabilidade dos tutores e cuidador e da hipótese de responsabilidade do incapaz caso em que se pode chegar no incapaz essa responsabilidade de forma direta ou de forma subsidiária.
Então vamos começar o nosso primeiro tema que é o tema da responsabilidade dos tutores e cuidadores indicado no Artigo 932 inciso 2 do Código Civil. 
Esse assunto da responsabilidade do tutor e do Curador é bem simples, ele na verdade é simplório, vou copiar para vocês o texto do Código Civil para a gente ver como é simples esse texto de responsabilidade tutor e ao curador, pelo menos da linguagem do Código Civil. 
Vamos olhar o texto:
Artigo 932: São também responsáveis pela reparação civil.
Inciso 2: O tutor e o curador pelos pupilos e curatelados que se acharem nas mesmas condições (condições em relação aos pais, na verdade o ideal seria a gente lê junto com o inciso 1, vou ler de novo então)
 Artigo 932: São também responsáveis pela reparação civil .
 Inciso 1: Os pelos filhos menores que se acharem sob sua autoridade e em sua companhia. (o inciso 2 é um complemento)
Inciso 2: O tutor e o cuidador pelos qual teladas que se acharem nas mesmas condições.
Então o tutor e o curador respondem da mesma forma que respondem os pais, não tem como ser mais simples que isso. Os tutores e curadores respondem de forma objetiva pelo dano causado pelo tutelado, pelo curatelado da mesma forma que respondem os pais.
Vamos falar um pouco mais sobre esse assunto, vamos detalhar um pouco a condição do tutor e a condição de curador.
· O tutor é aquele que é nomeado para substituir os pais, na hipótese dos pais não poderem exercer o poder parental. Por exemplo, caso os pais se tornem incapazes, e casos em que os pais falecem ou por algum motivo são afastados do exercício do poder familiar, da autoridade parental, é necessário nomear alguém para exercer os cuidados em relação ao menor, para substituir os pais. Neste sentido então nós podemos dizer que o tutor ele tem esse papel semelhante aos pais , ele assume o papel equivalente aos pais, o tutor ele só vai atuar portanto a menores de 18 anos.
· O curador tem uma atuação semelhante a do tutor, porém é voltado para um maior de 18 anos que foi incapaz, alguém em função de uma doença mental, em função de alguma má formação mental e acaba tendo dificuldade de se manifestar, exercer seus atos passivos. Então para ele vai ser nomeado um curador, aquele que vai fazer um cuidado, curador é o que cuida, digo é quem vai zelar pelos interesses desse maior incapaz.
 Então essa é a condição do tutor e do curador no nosso contexto.
Em princípio o tutor e o curador irão responder de forma objetiva pelo dano causado pelo tutelado ou pelo curatelado. Então, na ideia inicial isso parece bastante tranquilo, porém na prática e no entendimento da lei não é tão tranquilo.
Nesse contexto então o código nos diz que essa atribuição de responsabilidade é objetiva, porém a doutrina e a prática questionam um pouco essa rigidez do texto do código, atribuição de responsabilidade objetiva parece ser um pouco intensa demais quando é dirigida autor de ao curador. 
Tanto tutor quanto cuidador são nomeados para auxiliarem o poder judiciário, para exercerem uma função de regra gratuita, portanto tutor e o cuidador atuam de forma gratuita e essa atuação gratuita que não vai ser compatível com esse nível de imputação de responsabilidade objetiva.
Vamos falar sobre essa atribuição dos pais em comparação com a responsabilidade dos tutores e curadores. Nós vimos que no princípio pela lógica do código elas são semelhantes, mas tem um ponto onde o próprio código reconhece que elas vão se diferenciar, o artigo 934, nós já lemos várias vezes em aula podemos oportunizar a identificação e uma distinção entre a responsabilidade dos tutores e curadores e a responsabilidade dos pais. 
Vamos voltar e ler isso que já lemos várias vezes em aula que é o artigo 934.
 Diz o artigo 934: “aquele que responsabilizar-se pelo dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou salvo se o causador do dano for descendente seu absoluta ou relativamente incapaz.”
 Nós falamos em aula várias vezes que os pais não tem regresso em relação aos filhos, porém em princípio, o curador é os pais e o curatelado é o filho, então nesse contexto não vai ter esta possibilidade de regresso, porém vai existir o regresso em geral, à frente da atribuição que nós temos em relação aos pais.
 
Então o ponto concreto de restituição que o código reconhece da atribuição de responsabilidade entre pais e tutor e curador, é que os pais não tem regresso em relação ao filho e ao tutor e curador poderão ter regresso em relação ao tutelado e curatelado se não houver a linha descendente. e o tutor, o curador não estando na linha descendente em relação ao curatelado, tendo o curatelado na linha descendente. Portanto este é o ponto de extinção que nós podemos encontrar formal entre estas duas figuras. 
Ressaltandoainda a questão do regresso, o Código Civil garante ao curador e ao tutor, a possibilidade de regresso. 
A gente sabe que muitas vezes o incapaz não tem patrimônio só que isso foge ao controle do direito, o direito garante o efetivo regresso, mas tem que garantir o que ter regresso, se o incapaz não tiver patrimônio esse direito acaba sendo ineficaz, se tiver patrimônio então regresso fica viabilizado.
 
Exemplo do professor: Então imagine que eu sou o curador de alguém que é milionário e esse alguém resolve colocar fogo na casa do vizinho, uma casa simples, com poucos recursos, ele coloca fogo na casa do vizinho, nada mais uns do que eu vou ter que chamar a indenizar, depois eu vou ter o regresso em relação a esse curatelado para refazer o que eu gastei da indenização em relação ao vizinho, eu vou poder efetivar o meu regresso .
 
Lembrem que o regresso é proibido na linha descendente, mas nada impede que haja regresso na linha ascendente.
Exemplo do professor: Temos três filhos e um deles é nomeado para ser curador do pai que está com Alzheimer, está com alguma doença, alguma limitação mental em função de alguma doença e o pai causa um dano a alguém, numa ocasião ele atira pedra num carro que passa na calçada e danifica o carro, então eu regresso em relação ao meu pai pelo valor que desprendi, na linha ascendente não é vetado apenas na linha descendente.
Então esse é o nosso primeiro tema de hoje e agora vamos passar para o segundo tema de hoje que diz respeito a eventual responsabilidade dos incapazes. Vou ressaltar EVENTUAL responsabilidade dos incapazes.
Este tema é encontrado no artigo 928 do Código Civil, ele tem uma redação um pouco confusa, mas a gente vai detalhar agora e trabalhar melhor essa redação do Artigo 928, onde o código fala do incapaz. O natural é nós não chegarmos ao patrimônio do incapaz e sim do seu responsável, mas eventualmente o código autoriza que se chegue ao patrimônio do incapaz. Nós podemos ver que esse alcance no patrimônio do incapaz é de maneira direta ou de maneira subsidiária. 
Vamos ler o artigo e assim vamos começar a trabalhar a partir dele esse assunto.
 Artigo 928: “O incapaz responde pelos prejuízos que causar se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.”
 
· Então o incapaz responde pelos prejuízos que causar se a pessoa responsável por ele não puder fazer, primeira hipótese, ou segundo não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único: A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Dizemos que o texto é realmente complicado, a gente vai detalhar um pouco melhor esse texto agora. Mas vejam que ele é eventual, olhando artigo 928 temos que partir desta ideia, a responsabilidade dos incapazes menor ou com deficiência mental é exceção, em geral a responsabilidade é dos pais, do tutor ou do curador.
A primeira hipótese que a gente vai trabalhar é da responsabilidade Direta do incapaz.
 Professor relê o artigo 928.
A responsabilidade direta do incapaz acontece se as pessoas que estiverem responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo. Essa referência no texto do código não é muito didática, nós temos que enxergar nessa expressão se as pessoas responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo temos que entender os casos em que o incapaz não tem responsável.
 
Exemplo do professor: Imagine a hipótese em que alguém falece e deixa o filho menor de 18 anos, até o juiz nomear um novo tutor isso pode demorar um, um dois três dias ou uma semana, até 1 mês, neste período nós temos um incapaz sem responsável por ele, se ele praticar algum ato contra os outros ele vai responder com seu patrimônio, é claro se ele tiver patrimônio, vai dar para ceder essa indenização.
Imagine a hipótese em que nós temos uma curatela e o curador falece, até nomear um novo curador esse curatelado incapaz vai ficar um período sem um responsável, ele responde pelos atos praticados, neste período ele vai responder com seu patrimônio, em relação à hipótese em que o incapaz recebe um curador, mas o tutor também se torna incapaz, o curador renuncia a curatela em algumas situações em que eventualmente se podem ter a hipótese de ausência de um responsável. 
(Inaudível) e neste caso então temos uma distribuição direta de responsabilidade, são situações excepcionais.
Até porque se a gente parar para pensar com mais calma, atribuir responsabilidade a um incapaz parece algo contraditório, porque a expressão responsabilidade ela não se faz lembrar de alguma situação em que tenhamos um agente inconsciente dos seus atos, responsabilizar alguém que não entende os seus atos é quase que uma contradição jurídica, na lógica então só chegamos a este ponto em situações muito excepcionais, quando se quer proteger a vítima, quando se quer criar algum tipo de tutela a vítima chegando a essa situação extrema, a uma situação até um pouco e lógica vindo do contexto da esfera jurídica.
· Então temos aí uma hipótese excepcional que se pode chegar a respeito do incapaz, mas uma hipótese bem rara do incapaz não ter um responsável.
 Vamos ver um outro caso, talvez vocês se lembrem que eu dei nas aulas passadas aquele enunciados das Jornadas de direito civil.
Professor lê o enunciado de nº 40, e diz que é muito importante aqui neste caso de atribuição direta de responsabilidade ao incapaz.
 
O Enunciado 40 também tem uma redação bem estranha, confusa, mas trata um assunto também de pouca análise no nosso contexto que é o artigo 116 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Diz o enunciado 40: O incapaz responde pelos prejuízos que causar de maneira subsidiária ou excepcionalmente como devedor principal.
Na hipótese de o ressarcimento devido pelos remanescentes que praticam atos fracionários nós temos o artigo 116 no âmbito das medidas Socioeducativas .
 
Este enunciado faz referência à regra geral de que o incapaz não responde, mas eventualmente pode responder de forma indireta ou de forma direta e traz este artigo 116 o artigo do ECA o Estatuto da Criança e do Adolescente.
 O artigo 116 do ECA é importante para a gente pra esses assuntos da atribuição de responsabilidade.
Se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais a autoridade poderá determinar se for o caso que o adolescente restitua, promova o ressarcimento do dano onde outra forma compense o prejuízo. 
 
Aqui o artigo 116 permite que se possa atribuir ao incapaz e este dever de promover o ressarcimento, de promover a indenização quando dando resultado da prática de um ato infracional, neste caso então teríamos uma responsabilidade direta do menor, da Criança e do Adolescente artigo 116.
 
Ele também é um artigo um pouco esquecido, eu sempre procuro algum comentário e doutrina especializada sobre este tema, mas geralmente os autores não chegam a debulhar o artigo, ressaltar diretamente essa previsão do artigo 116 neste ponto específico, na questão referente à possibilidade de se imputar, atribuir a criança ou adolescente esse dever. a forma encontrada no enunciado foi esse .
Enunciado 40: O incapaz responde pelos prejuízos que causar de maneira subsidiária coercitivamente como devedor principal na hipótese de ressarcimento devido algum dano causado por adolescentes que praticam atos infracionais olhando pelo artigo 116 do ECA.
Então vemos aqui esta conclusão sobre o artigo 116 do ECA, como eu disse um artigo (inaudível), eu particularmente não concordo muito com enunciado 40, acho que ele não dá a melhor solução para a questão, me parece que ele não consegue encontrar uma solução mais adequada, mais redonda, mais perfeita para esta questão.
Então veja o que diz aqui no texto que o adolescente seria então devedor principal. Eu acredito que essa não seria melhor solução, a junção do artigo 116 do ECA, somar este artigo à previsão do artigo 932 inciso 1 e a atribuição de responsabilidade aos pais, acredito que é uma solução mais adequada, fazer um diálogo de fontesentre o artigo do ECA e o código civil. 
· E neste caso então nós não teríamos um responsável exclusivo que seria o adolescente e a expressão indicada no enunciado devedor principal, talvez não venha ser a mais adequada, acredito que nós teríamos que ter aqui no caso como este a responsabilidade do adolescente, mas a responsabilidade dos pais de forma solidária solidária. 
Esta interpretação mais sintetizada que não é aquela que faz o enunciado 40, pelo contrário parece que entende que os pais ficariam livres dessa responsabilidade quando o menor praticar um ato infracional, acredito que não combina muito com a lógica do Código Civil, o ideal seria um diálogo mais adequado entre esses dois ativos, mas não é um tema que a gente consiga uma doutrina ou jurisprudência mais detalhada.
 Então temos dois casos de responsabilidade direta do incapaz. primeiro, quando não possui responsável no momento da prática do ato danoso, e o segundo na hipótese do ato infracional praticado pelo adolescente.
Então esse é o ponto de hoje, essa atribuição direta de responsabilidade do incapaz.
· Em relação à expressão incapaz, eu dei exemplos em torno do filho menor, mas nada impede que podemos usar este último em relação à pessoa adulta que tem uma limitação mental que justifique a sua incapacidade.
Então Chegamos no último ponto de hoje que é a responsabilidade subsidiária do incapaz. Voltando ao artigo 928 vocês vão ver que ele também contempla a hipótese de responsabilidade subsidiária.
 "O incapaz responde pelos prejuízos que causar Se as pessoas por ele responsáveis não tiverem condições de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes” 
Isso traz a presença da possível responsabilidade subsidiária do incapaz.
Vamos relembrar um pouco neste sentido da expressão subsidiário. Para que exista uma responsabilidade subsidiária nós temos que imaginar a existência de duas coisas essenciais, um responsável principal também chamado de responsável direto mais a presença de um responsável secundário, ou seja responsável subsidiário.
Nós temos que imaginar essas hipóteses, nós temos dois responsáveis, o que responde em primeiro lugar e o que responde em segundo lugar, que tem sentido na abordagem da chamada responsabilidade subsidiária.
Um exemplo que temos fora do nosso caso é o do fiador, lembrem das aulas de obrigações e contratos da figura do fiador, o fiador assume a responsabilidade de regra subsidiária, se o devedor principal não fizeram o pagamento fiador é chamado para responder, se esgotar o patrimônio do devedor principal se busca o do fiador, que é a questão chamado benefício de ordem, tem uma sequência a ser percorrida, percorrido pelo credor antes de chegar na figura do devedor subsidiário. E é assim que temos que pensar que o acaso em que nós podemos chegar no patrimônio do filho, no patrimônio(inaudível), temos que tentar alcançar a indenização no patrimônio do responsável direto principal, primeiro quem vai ser o tutor, o curador, ou os pais conforme o caso .
 
Para que a gente alcance essa responsabilidade subsidiária a gente vai ter que ler a parte final do artigo 928 que diz:
“O incapaz Responde se o responsável principal não dispuser de meios suficientes”
 
Então temos aqui uma condicionante, uma condição, só se terá a responsabilidade do incapaz de forma subsidiária se o responsável não tiver condições de indenizar. Então existe uma condição, existe um porém, algo tem que ser observado para se alcançar o patrimônio do incapaz.
Eu não posso ir direto no patrimônio do incapaz, tenho que primeiro ir no responsável principal, não dispusendo de meios, não conseguindo efetuar o pagamento aí se dirija ao devedor secundário, se dirige ao tutelado, ao curatelado ou aos filhos.
 Então temos que ter esse cuidado de observar estas hipóteses de atribuição de responsabilidade subsidiária do tutelados, do curatelado ou do filho menor.
Tanto num caso quanto no outro nós vamos observar o parágrafo único do artigo 928, numa situação como na outra, nos diz o parágrafo único:
“ A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.”
Então temos duas regras aqui, a indenização que alcança o patrimônio do incapaz diretamente ou subsidiariamente, ela deverá ser equitativa e não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele necessitam. * 
· Mas porque deve ser equitativa, por que não deve privar do necessário o incapaz do Patrimônio para ele se manter, manter seu sustento?
Nós temos aqui um enfrentamento de dois valores, nós temos o primeiro valor que diz respeito à proteção do incapaz, um incapaz que merece, que recebe o direito de proteção é um princípio geral do direito privado, não só do privado, mas como do direito como um todo tem a preocupação de proteger o incapaz. O incapaz é aquele que não tem condições autotutela, de auto proteção. Então o direito faz essa proteção, faz as vezes dele de tutor, de protetor de incapaz, Esse é o pilates no nosso direito.
Nós comentamos desde a primeira aula da nossa matéria que a disciplina da responsabilidade civil pressupõe um foco bem direcionado que é a proteção da vítima, a busca pelo mecanismo para tutelar, para proteger a vítima para que ela seja devidamente indenizada do dano que sofreu.
· Então temos dois pilares, um pilar de é a proteção da capaz e outro lado direito é a proteção da vítima.
 Quando o código diz aqui que a possibilidade de chegar no patrimônio do incapaz deve aplicar numa responsabilidade equitativa, num valor equitativo, se estabelece que o juiz deve tentar fazer um meio termo na proteção, de maneira proporcional na proteção desses valores. Então esses dois princípios de tutela mostram-se assim. Porém a doutrina entende que esta expressão do código deverá ser equitativa não é bem assim, não é deverá e sim poderá.
Enunciado 449, artigo 928 parágrafo único: A indenização equitativa a que se refere o parágrafo único do artigo 928 não é necessariamente reduzida, ou seja, o juiz só vai reduzir o valor, só vai estabelecer indenização equitativa se houver motivos para isto.
Lembrem é exemplo que a gente comentou: Um milionário que é interditado, e tem uma limitação mental coloca fogo na casa do vizinho, é um vizinho humilde, portanto vai ter um prejuízo considerável em relação aos danos da sua casa. Vamos imaginar que o curador desse incapaz não tem condições de indenizar, porém esse incapaz continua milionário, então nada mais justo que o juiz proceda a uma indenização no valor integral, no valor total do dano que a vítima sofreu, não vai haver nenhum prejuízo para este incapaz, pelo contrário vai haver prejuízo da vítima, e a gente precisa dessa tutela judicial. A indenização não será necessariamente reduzida, ela vai ser reduzida adequadamente. Isso é o que estabelece esse enunciado 449 sobre o artigo 928 parágrafo único.
Enunciado 39, artigo 928: “ a impossibilidade de privação necessária, o artigo 928 prevê uma indenização equitativa, condicionada pelo princípio da proteção de integridade da pessoa humana, como consequência também os pais, os tutores e curadores também serão beneficiadas pelo limite monetário do dever indenizados, de modo que (inaudível) do incapaz se dará não quando esgotados todos os recursos do responsável, mas se reduzido esse ao montante necessário à manutenção de sua dignidade.”
Então essa foi a nossa abordagem de hoje minha irmã essa análise da responsabilidade do tutor e do curador não responsabilidade direta ou subsidiária do incapaz imitação indicada pelo parágrafo único deste artigo 928.

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