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MÉTODOS CLÁSSICOS

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE JAZIDAS – MÉTODOS CLÁSSICOS
Alencar Loch Locatelli
Caio Ishizu Wiehe
Eloisa Pedroso
Introdução
Na mineração, a gestão de recursos e reservas minerais é fundamental para a quantificação e qualificação das reservas, como também, para vida útil e lucratividade do empreendimento mineiro. Esta gestão se baseia especialmente no reconhecimento geológico do depósito mineral que está sujeito de ser materializado por vários tipos de métodos e hoje através de modelos computacionais.
A avaliação dos recursos e reservas minerais é atualmente um critério fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento de mineração. Avaliações feitas com base em materiais amostrados estão sujeitas a erros. Sendo que a quantificação de uma jazida não é determinada com exatidão, pois envolve incertezas relacionadas à natureza do fenômeno geológico de origem no depósito. 
Uma estimativa confiável é essencial para os estudos de viabilidade e para a operação diária de uma mina. 
Segundo estudos sabe-se que existem três grandes grupos para avaliação de reservas, sendo: métodos convencionais, métodos estatísticos e métodos geoestatisticos. 
De acordo com o levantamento e análise dos dados obtidos na pesquisa, pode-se selecionar o melhor método para cálculo de reservas.
Alguns parâmetros decisivos para a escolha são:
Geometria do corpo de minério;
Modelo geológico do depósito;
Amostras disponíveis;
Distribuição das amostras;
Variabilidade dos teores.
Métodos Convencionais
Método dos Perfis; 
Métodos dos Polígonos;
Método dos Triângulos;
Método dos Blocos Análogos ou Geológicos;
Método dos Blocos de Lavra.
Um dos mais utilizados dentro do grupo dos métodos clássicos.
A aplicação pressupõe a possibilidade de subdividir o depósito em blocos por meio de seções ou plantas geológicas situadas a intervalos constantes ou não, dependendo da densidade dos trabalhos de pesquisa.
A utilização é adequada a situações em que corpos mineralizados de geometria mais ou menos irregular foram investigados por meio de sondagens cujo alinhamento permite estabelecer cortes, perfis ou secções.
Método dos Perfis
Área do corpo mineralizado é dividida em polígonos.
É considerado que a amostra possui uma área de influencia, e considera-se que o minério permanece com as mesmas características da amostra. 
A área pode ser traçada unindo os pontos de trincheira, e traçasse uma perpendicular sendo dividida ao meio. 
É aplicado em malhas regulares.
Representa pobremente a forma do depósito.
Método dos Polígonos – Área de Influência
Esse método é baseado no princípio das mudanças graduais entre duas estações adjacentes que, sucessivamente unidas, geram uma malha triangular. 
As arestas representam um dado atributo do bloco.
Método dos Triângulos
No método as áreas são delimitadas pela geologia, através de levantamentos geológicos e topográficos, sondagens e galerias.
Faz uso dos fatores médios e estatísticos para cálculo de reservas.
É usado frequentemente para estimativa de potencialidade de um corpo mineralizado.
Método dos Blocos Geológicos
A reserva do depósito é determinada pela acumulação das reservas dos blocos individuais. 
Exclusivo para lavra subterrânea.
O método é frequentemente empregado na estimativa de reservas nos estágios finais de exploração. 
Método dos Blocos de Lavra
ESTUDO DE CASO 1 – MÉTODO DOS POLÍGONOS – ÁREA DE INFLUNÊNCIA
Na fase de avaliação dos depósitos os mapas de detalhe com bases cartográficas, são muito importantes. Os trabalhos de investigação de superfície devem estar contidos e devidamente amarrados ao mapa, sendo determinadas suas localizações através de coordenadas geográficas ou UTM. As cotas dos pontos de prospecção também devem ser calculadas pois elas irão determinar o volume (cubagem) do corpo pesquisado. 
Na figura a seguir tem-se o exemplo de uma cubagem de jazida pelo método de Área de Influência. 
ESTUDO DE CASO 2 - MÉTODO COMPUTACIONAL MODELO DE BLOCOS
Para que se tenha uma concepção de modelo tridimensional de um depósito é necessária uma sequência de avaliações, que tem como premissas fundamentais: enquadramento geográfico e geológico, geometria do depósito, teor do depósito, distribuição espacial dos teores no depósito, entre outros.
As tecnologias atuais, com uso de softwares, trouxeram muito mais praticidade e confiabilidade nos processos de mineração. 
Os métodos computacionais, os mais utilizados na área da mineração especialmente em depósitos de alto valor, usam funções matemáticas de interpolação, como inverso da potência da distância e krigagem ordinária, sendo aplicadas para cálculos das variáveis de interesse nos blocos de cubagem. Os blocos tem forma de paralelepípedos e dimensões compatíveis com densidade média da amostra nas três dimensões. Esse conjunto de blocos que compõem o depósito é o modelo tridimensional de blocos. 
Através do uso de softwares como autocad, surfer e datamine, é possível a geração de modelos digitais do terreno (DTMs), a partir daí gerar modelos geométricos de maciços rochosos que permitem o cálculo de volumes com custo reduzido quando comparado a levantamento topográfico de campo. 
Volume dos sólidos avaliação
Para estimativa de volume, massa e teor do depósito, são necessárias observações sistemáticas e interpretação da geologia e mineralização.
	Com uso de artifícios de modelagem se tem: representação espacial da geologia, volume e massa de rocha, teores do material.
Dimensionamento da cava final
Limites finais de exploração definem o tamanho e forma da mesma, garantindo a maximização da riqueza futura.
Exemplo
O exemplo exposto a seguir tem por objetivo principal desenvolver uma metodologia computacional para modelagem geométrica do maciço rochoso. Para tanto, tem-se a modelagem de um maciço rochoso localizado no distrito de Jussaral, a sudoeste do município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana de Recife, estado de Pernambuco. Com coordenadas geográficas: 8°17’15” S 35°02’00” W. 
Na figura a seguir encontra-se a localização do maciço rochoso, que se destaca em vermelho.
Exemplo
A porção leste do município está inserida geotectonicamente em uma baia sedimentar tipo rifte, denominada sub-bacia cabo, e no oeste da bacia encontra-se embasamento cristalino. As falhas encontradas nessa bacia geraram grandes abatimentos de blocos e deslocamentos profundos. 
Na localidade se encontra o afloramento conhecido como “Pedra da Pimenta”, base do estudo. 
O modelo de blocos foi feito a partir de 3 modelos digitais de terreno (DTM) feitos com 3 metodologias diferentes e com comparação dos volumes do maciço rochoso em uma área pré-determinada e cubagem de reservas. 
Foram utilizados softwares comerciais como sketchup, autocad e datamine para o estudo.
Exemplo
Para a malha de amostragem foi utilizado o GPS em uma distribuição regular. 
Para comparação de resultados foram digitalizados os dados em autocad dos mapas topográficos disponíveis na região. 
	Para levantamento planialtimétrico utilizou-se o GPS. Esse levantamento tem como objetivo comprovar cotas e fornecer coordenadas que em seguida são exportadas para excel. 
	Através do sketchup pode-se criar modelos tridimensionais. Com uso do Google Earth se fez o modelo digital do terreno. As curvas geradas a partir do programa com espaçamento de 5 em 5 metros, com boa confiabilidade podem ser vistas a seguir. 
A partir dai se exportou para autocad para suavizar curvas e exportar para datamine onde se desenvolve o DTM
Com o DTM formado mostrando a topografia do terreno gerou-se o modelo de blocos dentro da área base, cava experimental.
O modelo foi associado a uma área base para cálculo do volume de bloco dentro da área e volume do maciço rochoso.
om do DATAMINE o modelo foi associado ao DTM da cava experimental para possibilitar cálculo do volume de bloco, permitindo definição das reservas mineráveis na cava.
O volume total calculado a partir da cava experimental do exemplo
é cerca de 11.198.946,6 m³. 
Na imagem a seguir, pode-se ver o calculo do volume do maciço rochoso feito pelo DATAMINE.
Referências Bibliográficas
CONDE, R.P., YAMAMOTO, J.K. Avaliação de reservas por métodos convencionais: Um estudo de caso na mina de Canoas 2. USP, São Paulo.
CARMO, Ítalo M. Estudo Comparativo de Ferramentas Computacionais para Modelagem Geométrica e Cubagem de Maciços Rochosos. Universidade Federal de Pernambuco.
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