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Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Mecanism� D� Regulaçã� D� Síntes� E Secreçã� Hormona� Introdução: A regulação da secreção de diversos hormônios é feita por feedback negativo. Um exemplo de feedback negativo é o controle exercido pela hipófise sobre a glândula tireoide. A hipófise produz um hormônio trófico, a tireotrofina, que estimula a tireóide a liberar os hormônios tiroxina e triiodotironina. Quando esses hormônios atingem determinada concentração no sangue, passam a inibir a produção de tireotrofina pela hipófise. Quando a taxa de tireotrofina no sangue diminui, diminui também as taxas de tiroxina e triiodotironina no sangue. Desfaz-se, assim, o efeito inibitório sobre a hipófise, que aumenta a produção de tireotrofina, reiniciando o ciclo regulatório. Outro exemplo de feed-back negativo no sistema endócrino é a regulação da produção dos hormônios calcitonina e paratormônio, respectivamente, pelas glândulas tireóides e paratireóides. Estímulos que controlam a secreção dos hormônios Os hormônios peptídicos e as catecolaminas são rapidamente removidos do sangue, enquanto os hormônios esteróides e os tireoidianos são removidos mais lentamente, em grande parte porque circulam ligados às proteínas plasmáticas. A secreção dos hormônios está principalmente sob o controle de três tipos de estímulos para as células endócrinas: (1) alterações nas concentrações plasmáticas de íons minerais ou nutrientes orgânicos, (2) neurotransmissores liberados dos neurônios que terminam na célula endócrina e (3) outro hormônio (ou, em alguns casos, uma substância parácrina), que atua sobre a célula endócrina. - Control� pela� concentraçõe� plasmática� d� íon� minerai� o� nutriente� orgânic�: Em cada caso, uma importante função do hormônio consiste em regular, por meio de retroalimentação negativa, a concentração plasmática do íon ou do nutriente que controla a sua secreção. Por exemplo, a secreção de insulina é estimulada por um aumento na concentração plasmática de glicose. Por sua vez, a insulina atua sobre o músculo esquelético e o tecido adiposo, promovendo a difusão facilitada da glicose através das membranas plasmáticas para dentro do citosol. Por conseguinte, o efeito da insulina consiste em restaurar a normalidade das concentrações plasmáticas de glicose. - Control� por neurôni�: Além de controlar a medula suprarrenal, o sistema nervoso autônomo influencia outras glândulas endócrinas. Podem ocorrer impulsos tanto parassimpáticos quanto simpáticos para essas outras glândulas, alguns inibitórios e outros estimuladores. Exemplos são as secreções de insulina e dos hormônios gastrointestinais, que são estimuladas por neurônios do sistema nervoso parassimpático e inibidas por neurônios simpáticos. - Control� por outr� hormôni�: Em muitos casos, a secreção de determinado hormônio é diretamente controlada pela concentração sanguínea de outro hormônio. Com frequência, a única função do primeiro hormônio em uma sequência consiste em estimular a secreção do hormônio seguinte. Um hormônio que estimula a secreção de Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII outro hormônio é frequentemente designado como hormônio trópico. Em geral, os hormônios trópicos estimulam não apenas a secreção, mas também o crescimento da glândula estimulada. Estruturas e síntese dos hormônios: Os hormônios são divididos em três classes estruturais principais: (1) aminas; (2) peptídios e proteínas; e (3) esteróides. - hormôni� peptídic�/proteic�: Os hormônios são, em sua maioria, peptídios, muitos dos quais são sintetizados na forma de moléculas maiores (inativas), que, em seguida, são clivadas em fragmentos ativos. Variam desde pequenos peptídeos de apenas três aminoácidos até grandes proteínas e glicoproteínas. Em muitos casos, os hormônios peptídicos são inicialmente sintetizados nos ribossomos das células endócrinas na forma de moléculas maiores, conhecidas como pré-pró-hormônios, os quais, em seguida, são clivados em pró-hormônios por enzimas proteolíticas presentes no retículo endoplasmático rugoso. Em seguida, o pró-hormônio é acondicionado em vesículas secretoras pelo aparelho de Golgi. Nesse processo (denominado processamento pós-tradução), o pró-hormônio é clivado, produzindo o hormônio ativo e outras cadeias peptídicas encontradas no pró-hormônio. Em outras palavras, em vez de apenas um, a célula pode secretar múltiplos hormônios peptídicos – derivados do mesmo pró-hormônio –, cada um deles diferindo nos efeitos exercidos sobre as células-alvo. Um exemplo bem-estudado disso é a síntese de insulina no pâncreas. A insulina é sintetizada na forma de pré-pró-hormônio polipeptídico, que é então processado em pró-hormônio. As enzimas retiram uma parte do pró-hormônio, resultando na insulina e em outro produto, denominado peptídeo C. Tanto a insulina quanto o peptídeo C são secretados na circulação em quantidades aproximadamente equimolares. A insulina é um regulador essencial do metabolismo, enquanto o peptídeo C pode exercer várias ações em uma variedade de tipos celulares. Síntese e armazenamento ->Síntese prévia; armazenamento em vesículas secretoras Liberação pela célula-mãe -> Exocitose Transporte no sangue -> Dissolvidos no plasma Meia-vida -> Curta Localização do receptor -> Membrana celular Resposta da ligação ligante-receptor -> Ativação de sistemas de segundo mensageiro; pode ativar genes. Resposta geral do alvo -> Modificação de proteínas existentes e indução da síntese de novas proteínas. Exemplos -> Insulina, hormônio da paratireóide - Hormôni� esteróide�: Os hormônios esteróides predominantes produzidos pelo córtex suprarrenal são o mineralocorticóide aldosterona; o glicocorticóide cortisol; e dois androgênios, a DHEA e a androstenediona.Os ovários produzem principalmente estradiol e progesterona, enquanto os testículos sintetizam principalmente testosterona. Os hormônios esteróides possuem estrutura química similar porque são todos derivados do colesterol. são principalmente produzidos pelo córtex suprarrenal e pelas gônadas (testículos e ovários), bem como pela placenta durante a gravidez. Os hormônios esteroides não são estocados nas células endócrinas, devido à sua natureza lipo�ílica. Estes são produzidos sob demanda e se difundem para fora da célula endócrina. Em consequência, uma vez sintetizados, os hormônios esteróides sofrem difusão através da membrana plasmática para a circulação. Em virtude de sua natureza lipídica, os hormônios esteroides não são altamente Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII solúveis no sangue. Os hormônios esteróides em sua maioria ligam-se de modo reversível no plasma a proteínas carreadoras, como a albumina e várias outras proteínas específicas. Síntese e armazenamento -> Sintetizados a partir de precursores, de acordo com a demanda; Liberação pela célula-mãe -> Difusão simples Transporte no sangue -> Ligados a proteínas carreadoras Meia-vida -> Longa Localização do receptor -> Citoplasma ou núcleo; alguns também têm receptor na membrana Resposta da ligação ligante-receptor -> Ativação de genes para a transcrição e tradução; pode ter efeitos não genômicos. Resposta geral do alvo -> Indução da síntese de novas proteínas Exemplos -> Estrogênio, androgênios, cortisol - Hormôni� amínic� (derivad� d� tir�in�) Os hormônios amínicos são os hormônios da tireóide que contém iodo e as catecolaminas secretadas pela medula suprarrenal e pelo hipotálamo. Alguns hormônios são derivados de um único aminoácido. Hormônios derivados de aminoácidos, ou amínicos, são moléculas pequenas criadas a partir do triptofano ou da tirosina ● Catecolaminas: (adrenalina, noradrenalina e dopamina) são neuro-hormônios que se ligam a receptores na membrana das células, assim como ocorre com os hormônios peptídicos. Síntese e armazenamento -> Síntese prévia; armazenamento em vesículas secretoras. Liberação pela célula-mãe -> Exocitose Transporte no sangue -> Dissolvidos no plasma Meia-vida -> CurtaLocalização do receptor -> Membrana celular Resposta da ligação ligante-receptor -> Ativação de sistemas de segundo mensageiro Resposta geral do alvo -> Modificação de proteínas existentes Exemplos -> Adrenalina, noradrenalina, dopamina ● Hormônios da tireoide: comportam-se como hormônios esteróides, com receptores intracelulares que ativam genes. Síntese e armazenamento -> Síntese prévia; precursor armazenado em vesículas secretoras. Liberação pela célula-mãe -> Proteínas transportadoras Transporte no sangue -> Ligados a proteínas carreadoras Meia-vida -> Longa Localização do receptor -> Núcleo Resposta ligante-receptor -> Ativação de genes para a transcrição e tradução Resposta geral do alvo -> Indução da síntese de novas proteínas Exemplos -> Tiroxina (T4) Resumo de alguns hormônios importantes. Local de produção Hormônio Principal função* Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Controle de: Células do tecido adiposo Leptina, vários outros Apetite; taxa metabólica; reprodução Glândulas suprarrenais: Córtex suprarren al Cortisol Metabolismo orgânico; resposta ao estresse; sistema imune; desenvolvimento Androgênios Impulso sexual nas mulheres; adrenarca Aldosterona Excreção de Na+ e de K+ pelos rins; balanço hídrico extracelular Medula suprarren al Epinefrina e norepinefrina Metabolismo orgânico, função cardiovascular; resposta ao estresse (“luta-ou-fuga”) Trato gastrintestina l Gastrina Motilidade do trato gastrintestinal e secreção de ácido Grelina Apetite Secretina Secreções exócrina e endócrina do pâncreas Colecistocinina (CCK)† Secreção de bile pela vesícula biliar Peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) Secreção de insulina Motilina Motilidade do trato gastrintestinal Gônadas: Ovários: mulher Estrogênio (estradiol nos seres humanos) Sistema reprodutor; características sexuais secundárias; crescimento e desenvolvimento; desenvolvimento dos folículos ovarianos Progesterona Endométrio e gravidez Inibina Secreção de hormônio folículo estimulante (FSH) Relaxina Adaptações cardiovasculares durante a gravidez Testículos: homem Andrógeno (testosterona e di-hidrotestosterona) Sistema reprodutor; características sexuais secundárias; crescimento e desenvolvimento; impulso sexual; desenvolvimento dos gametas Inibina Secreção de FSH Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Hormônio antimülleriano (AMH) Regressão dos ductos de Müller Coração Péptido natriurético atrial (PNA) Excreção de Na+ pelos rins; pressão arterial Hipotálamo Hormônios hipofisiotrópicos: Secreção de hormônios pela adeno-hipófise Hormônio liberador da corticotropina (CRH) Secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Hormônio liberador da tireotropina (TRH) Secreção do hormônio tireoestimulante (TSH) Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) Secreção do hormônio do crescimento (GH) Somatostatina (SST) Secreção do hormônio do crescimento Hormônio liberador das gonadotropinas (GnRH) Secreção do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo estimulante (FSH) Dopamina (DA) Secreção de prolactina (PRL) Rins Eritropoetina (EPO; também produzida no �ígado) 1,25-dihidroxivitamina D Produção dos eritrócitos na medula óssea Absorção de Ca2+ no trato GI Fígado Fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) Divisão celular e crescimento dos ossos e de outros tecidos Pâncreas Insulina Glicose plasmática, aminoácidos e ácidos graxos Glucagon Glicose plasmática Glândulas paratireoides Paratormônio (PTH) Ca2+ plasmático e íons fosfato; síntese de 1,25-dihidroxivitamina D Pineal Melatonina Possível papel nos ciclos circadianos de sono–vigília Hipófise: Adeno-hip ófise Hormônio do crescimento (somatotropina) Crescimento, principalmente por meio da produção local de IGF-1; metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídios Hormônio tireoestimulante (tireotropina) Atividade e crescimento da glândula tireóide Hormônio adrenocorticotrófico (corticotropina) Atividade e crescimento do córtex suprarrenal Prolactina Produção de leite nas mamas Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII Hormônios gonadotrópicos: Hormônio foliculoestimulante Homens Produção de gametas Mulheres Crescimento dos folículos ovarianos Hormônio luteinizante: Homens Produção testicular de testosterona Mulheres Produção ovariana de estradiol, ovulação β-lipotropina e β-endorfina Possivelmente mobilização da gordura e analgesia durante o estresse Neuro-hipófis e‡ Ocitocina Secreção de leite; motilidade uterina Vasopressina (hormônio antidiurético, ADH) Pressão arterial; excreção de água pelos rins Placenta Gonadotropina coriônica humana (hCG) Secreção de progesterona e de estrogênio pelo corpo lúteo Estrogênios Ver Gônadas: ovários Progesterona Ver Gônadas: ovários Lactogênio placentário humano (hPL) Desenvolvimento das mamas; metabolismo orgânico Timo Timopoetina Função dos linfócitos T Glândula tireoide Tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3) Taxa metabólica; crescimento; desenvolvimento e função do encéfalo Calcitonina Ca2+ plasmático em alguns vertebrados (papel incerto nos seres humanos) Outros (produzidos no sangue) Angiotensina II Pressão arterial, produção de aldosterona pelo córtex suprarrenal ‡A neuro-hipófise armazena e secreta esses hormônios, que são sintetizados no hipotálamo. Julia Alves Santos - UNIT - Turma XVII
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