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UMA ANÁLISE SOBRE A PERSPECTIVA DO AUTISTA NA EDUCAÇÃO 
 
 
 
TANIA PEREIRA DE SOUZA MANCINI - 1 
RENATA PEDROSO LEONEL - 2 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Este artigo teve como objetivo analisar sobre como é tratada a inclusão dos alunos 
autistas e como é o trabalho docente visando às necessidades prévias deste 
transtorno, no ensino superior. Para a realização do trabalho foram pesquisados 
referenciais teóricos na constituição conceitual, destacando-se entre eles: Cunha 
(2008, 2014), Piaget (1996), Rodrigues (2004), Pires (2006), Sassaki (1997), Forest 
(1995), Bercherie (1989), Oliveira (2009), Mantoan (1989, 2001, 2006), Moita (1992), 
Cool (1995), Alves (1998), Ferreira & Guimarães (2003), Forquim (1993), Paredes 
(2012). Para metodologia desse trabalho foi utilizada a pesquisa descritiva por meio 
de análise bibliográfica, para coleta de dados em referenciais teóricos, artigos 
científicos, teses, dissertação e outros. Verificou-se no desenvolvimento do trabalho, 
que não somente com o Transtorno do Espectro Autista, mas com outros tipos de 
transtorno e dificuldades o professor deve ter um esclarecimento de suas propostas 
curriculares e uma metodologia adaptada aos jovens, incluindo na vida cotidiana à 
afetividade. Notou-se que o sonho de qualquer jovem em ser autossuficiente num 
futuro próspero e cheio de esperanças é a realidade também destes jovens que 
enfrentam dificuldades no seu processo de aprendizagem, bem como em suas 
relações sociais e, muitas vezes, superando suas limitações para fazer parte de uma 
vida onde seus anseios sejam aceitos como de qualquer cidadão comum. 
 
 
Palavras-chave: Educação. Inclusão. Autismo. Professor. 
 
 
 
 
 
 
 
1 Pós-graduanda em Ensino de História e Geografia e suas Linguagens pelo Centro Universitário 
Cesumar - UNICESUMAR. Graduada em Geografia pela Universidade Anhanguera Educacional - 
UNIDERP. 
2 Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (2013), Pós-Graduação 
em Gestão Educacional pelo Centro Universitário Cesumar (2015), Pós-Graduação em EAD e as 
Tecnologias Educacionais pelo Centro Universitário Cesumar (2017), Pós-Graduação em 
Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Estadual de Maringá (2017) e Pós- 
Graduação em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação (em andamento). 
Professora orientadora dos Trabalhos de Conclusão de Curso dos alunos da Pós-Graduação dos 
cursos de Educação. 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
A educação inclusiva tem sido um tema de muitas reflexões e ansiedade para 
educadores no ensino, principalmente em razão das questões que exigem 
mudanças legais, curriculares, avaliativas e outros. Existem vários termos que 
representam o sujeito na inclusão, são chamados de deficientes físicos, PNEE 
(Pessoas com Necessidades Educativas Especiais), PcD (Pessoa Com Deficiência), 
mas o termo utilizado nesse trabalho é o TEA (Transtorno do Espectro Autista), por 
se tratar do indivíduo diagnosticado com o autismo. A inclusão de uns e exclusão de 
outros sempre foi uma marca da instituição escolar moderna, mas com o tempo se 
tornou uma problematização. 
Esse tema versa sobre algumas questões do autismo e a melhor maneira de 
trabalhar com o mesmo no contexto educativo com um currículo diferenciado, 
exigindo do professor intervenções pedagógicas e uma caracterização do ensino, 
estruturando e possibilitando, de forma significativa, o processo de ensino- 
aprendizagem assim como sua independência, autonomia, comunicação e outros 
problemas. 
O objetivo desta pesquisa e a delimitação do tema consistem em responder 
as seguintes problemáticas: como é tratada a inclusão do aluno autista e como se 
desenvolve o trabalho docente no ensino superior visando às necessidades 
previstas do próprio transtorno em si? 
Esta pesquisa justifica-se pela importância do tema proposto, visto que, o 
aluno com qualquer tipo de dificuldade de aprendizagem, transtornos, síndrome ou 
deficiência, seja ela física ou intelectual, necessita de cuidados especiais. Neste 
viés, o professor obrigatoriamente, necessita portar habilidades particulares para 
atender às especificidades destes alunos. 
Para metodologia desse trabalho foi utilizada a pesquisa descritiva usando 
análise bibliográfica, para coleta de dados em referenciais teóricos, artigos 
científicos, teses, dissertação e outros. 
Este artigo está subdividido em três tópicos, em que no primeiro será 
abordada a base histórica da inclusão do autista no segundo tópico será 
apresentada a relevância do tema abordado para a sociedade atual, posteriormente 
a metodologia será evidenciada apresentando os principais autores escolhidos para 
fundamentar o trabalho, encerrando com as considerações finais. 
3 
 
 
 
 
2 UMA INTRODUÇÃO A INCLUSÃO DO AUTISTA 
 
 
Segundo Bercherie (1989), na antiguidade, o autismo, assim como várias 
doenças, era mais um ponto incongruente que causava estranheza. As crianças com 
autismo naquela época eram diagnosticadas com esquizofrenia, caçados e mortos e 
muitas vezes internados em hospitais psiquiátricos. Oliveira (2009) define o termo 
autista de origem grega: “autos” que significa “eu”, pessoas que vivem em seu 
próprio mundo, se isolando, criando uma realidade paralela. 
Segundo Paredes (2012), há diferentes formas de tratar um indivíduo com 
Transtorno do Espectro Autista (TEA), como a terapia que recorre à música. A 
Musicoterapia é uma forma de objetivar suas potencialidades por aplicação de 
métodos e técnicas, descobrindo com objetividade suas capacidades, não deixando 
de incluir a cognição. O autor ainda afirma que muitos apresentam uma inteligência 
acima do normal e muitos tem certas limitações, mais possuem capacidade de 
estruturação mental e física para um bom aprendizado (PAREDES, 2012). 
A vida do autista é regida por meio de organizações, principalmente mentais 
associadas à sua rotina diária. Dependendo do grau do transtorno muitas vezes 
interferem na capacidade mental exigindo mais atenção e dedicação. 
O autista tem um comportamento antissocial e certas particularidades. Nesse 
contexto, a escola é responsável por criar um ambiente adequado para a inclusão 
desse aluno, para que o mesmo se sinta confortável e pertencente ao ambiente 
escolar. Sobre este assunto, Coll; Palacios e Marchesi (1995) referem-se ao 
ambiente como sendo simples e não complexo. A probabilidade de aproveitamento 
na aprendizagem é melhor quando é trabalhado com pequenos grupos, 
possibilitando um planejamento, personalizando os objetos e procedimentos 
educacionais num contexto singular, e grande parte bilaterais. O ambiente deve ser 
de bastante percepção e compreensão por parte do autista, com relação a sua 
própria conduta e suas contingências do meio. O professor tem que manter uma 
conduta educativa estabelecendo seus objetivos e procedimentos, métodos de 
registro de forma explícita e clara. É obrigatório que o professor tenha habilidades e 
competências para lidar com as particularidades do autista, levando em conta um 
trabalho interdisciplinar, contando com outros profissionais. 
4 
 
Para Mantoan (2001) e Forest (1995), as diferenças entre a política e a 
educação, trás consigo as diferenças de uma prática diferente quando se trata de 
defender a inclusão que procura na lei e fora dela, pelas lutas, constante de uma 
igualdade igualitária, aonde a inclusão é indispensável que práticas de ensino sejam 
adotadas sem diferenças e sem barreiras arquitetônicas e com alternativas para 
diversidade, recursos de equipamentos especializados para atendimento a todos da 
inclusão e educandos com ou sem deficiências e discriminação. Vale ressaltar, em 
especial, que prevalece mais a exclusão do que a inclusão. A instituição deve se 
adaptar e criar meios para que o aluno seja integrado a outros alunos, para não 
haver um isolamento, mesmo que essa seja umas das características do autismo. 
Quando se refere àinclusão é muito comum achar que os que fazem parte 
desse pacote social são apenas os deficientes, mas os termos inclusão e exclusão 
abrangem outros grupos, como moradores de rua, pessoas estrangeiras, mulheres, 
pessoas com deficiência permanente ou temporária, homossexualidade e muitos 
outros. 
Na deficiência há uma visão de anormalidade, que foge à regra ou dos 
padrões morais da sociedade. Alves (1998 apud FERREIRA; GUIMARÃES, 2003), 
considera que a deficiência é um surgimento de pessoas, com algumas 
características diferentes daquelas ditas “normais”, ainda que para o autor, a 
natureza considera erro que não pode ser escondido, está sempre evidente, visível a 
todos os que querem ver. O corpo é dado como diferente dos corpos normais, não 
nasceram como eram para ter nascido, são um grupo de pessoas que fugiram das 
normas, agora o que são as normas? Esta classificação está com pessoas que têm 
uma certa deficiência, uma falha humana ou divina, quem sabe? Uma imperfeição, 
da natureza. 
Para Brasil (2012), a inclusão está alicerçada em 38 leis de cidadania e 
inclusão, exercendo um forte apelo de justiça pelos injustiçados e esses princípios 
começam com uma boa educação. A lei é estabelecida para todas as pessoas com 
deficiência, e o autismo se inclui nessa lei, mas a principal legislação para o autismo 
é a lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012 conhecidas como “Lei Berenice 
Piana”, que faz parte da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com 
Transtorno do Espectro Autista. 
A lei estabelecida traz consigo um retrato moldurado, muitas vezes em 
paredes. Os alunos com deficiência tem que enfrentar as dificuldades estabelecidas 
5 
 
pela vida e, além disso, as dificuldades estabelecidas pelo homem, limitando-se em 
muitos casos em termos de recursos técnicos e a participação nas atividades 
acadêmicas. 
A democratização de ensino superior é considerável à presença de uma 
heterogeneidade com características de estudantes universitários que demandam 
grandes mudanças estruturais e administrativas nas universidades, impregnadas 
tradicionalmente, pensadas e posicionadas para um ensino voltado para as elites 
econômicas e intelectuais, e um só tipo de estudante, àquele que não reclamará 
dificuldades à IES. Para que isso ocorra é necessário, segundo Pereira (2007), 
pensar no acesso e na expansão de vagas, á permanência dos estudantes na 
instituição de ensino superior adotando uma política institucional de um 
acompanhamento que permita uma identificação de alunos com necessidades 
especiais e a preparação do docente para práticas educativas adequadas. 
 
 
3 O CURRÍCULO PARA AUTISTA APRESENTADO DE MANEIRA DIFERENTE 
 
Muitos profissionais da educação, dizem ser um trabalho ímprobo (árduo), 
colaborativo na parte empreendedora e financeira que promove mudanças 
psicológicas já enraizadas por maus hábitos adquiridos socialmente e culturalmente. 
Para Cunha (2014), na educação há educadores que demonstram a necessidade de 
aprender mais do que ensinar, trilhando um caminho de que alunos com deficiência 
necessitam prosseguir num ensino de aprendizado com naturalidade e brincadeira. 
Nas universidades e no ensino fundamental, a brincadeira é vista em muitos casos 
como um compromisso e com antonímia de responsabilidade. O índice de bullying, 
rigor em regras inflexíveis e informalidades constituídas com um rigor bruto. 
Em contrapartida, outros profissionais da área, vão além do termo trabalho e 
dedicam-se com amor, buscando soluções e aprimorando um trabalho pedagógico, 
aonde se vê grandes avanços em relação ao currículo para crianças especiais. A 
questão que se deve levantar perpassa vários questionamentos sobre a escola e em 
especial sobre o currículo por ela trabalhado, que problematiza um mecanismo de 
exclusão do sujeito. Para Imbernón (2000), busca-se uma questão que vai além, a 
diversidade em que a educação propõe alcançar em termos abstratos, um vínculo 
com a análise da realidade social atual no âmbito macrossocial e microssocial. 
6 
 
Priorizando a diversidade como uma estrutura de um projeto sócio educativo e 
cultural enquadrando num contexto, de características aonde deve conceber a 
participação e a autonomia. 
Um currículo é tudo aquilo que exprime e busca concretizar as intenções dos 
sistemas educacionais e suas ações pedagógicas, para uma melhor formação de 
um docente e que acaba beneficiando ambas as partes, para o discente há formas 
de avaliações e contextualizações que passam a ser atualizadas dando ênfase 
maior no saber e fazer, aprimorando o trabalho do professor. Segundo Forquin 
(1995), o currículo é a revelação das relações de poder e escolhas, ao se solucionar, 
devemos ensinar e transmitir, exercitando o poder, conteúdos, valores e crenças, 
aonde escolhidos em detrimento de outros, fazendo escolhas de inclusões e 
exclusões que são feitas objetivamente com um controle social. O que deve ser 
ensinado? Para quem e para quê? O conteúdo ou valor é retransmitindo no lugar de 
outro? Sendo o currículo um instrumento de seleção cultural, ele exercita controle 
social. 
O currículo nas APAES tem sido formalizado e trabalhado para dar mais 
informações de como prosseguir com as crianças e adolescentes com trabalho 
manuais, escritos e tecnológicos, psicomotor e começa assim com essa instituição 
(APAE BRASIL, 2017). Assim, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais 
(APAE) é uma instituição que se destaca no país por ser uma das primeiras nessa 
jornada. Ainda segundo a APAE Brasil (2017) Foi fundamentada na cidade do Rio 
de Janeiro, no dia 11 de Dezembro de 1954 e colaborando com todo tipo de 
deficiência existente. O trabalho começou de forma singular para se tornar exemplo 
de experimentação cientifica para o mundo, atribuindo para vários tipos de doenças 
mentais e não mentais. Neste sentido, Mantoan (1989, p.18) relata que: 
 
Algumas vezes as soluções surgiram por acaso, outras por ensaio e 
errando na maioria das vezes. Que descobríamos era fruto de muita 
reflexão. Atuávamos, portanto, de forma original, sem nos limitarmos 
a reproduzir modelos educacionais de certa forma padronizados por 
APAES mais experientes. As propostas surgiram a partir de nossa 
própria experiência, criatividade e do esforço de equipe. 
 
Neste sentido, Brasil (2012) define que nas estratégias curriculares para 
jovens com deficiências e autistas é utilizado principalmente o currículo funcional 
natural, é aquele que contribui com a vivência do aluno no seu dia a dia e que vai 
7 
 
contribuir com sua autonomia, sendo necessário trabalhar com projetos estruturados 
e pedagógicos definidos. A deficiência de qualquer natureza faz parte do ensino 
comum, abrange um currículo organizado e pedagógico, individualizando assim, 
como previsto na lei e organização específicas. 
Segundo Mantoan (2006), a crítica bate numa mesma tecla de resposta para 
a inclusão, que esforços realizados com apoio da legislação e políticas públicas na 
inclusão, para pessoas com deficiências ainda há uma resistência de muitas 
instituições gerando dificuldade na implementação de novos sistemas na educação 
que visam a inclusão de todos e seu melhoramento na qualificação do ensino no 
Brasil. Ainda em Mantoan (2006), a escola implica e diz respeito ao currículo, 
avaliação e atitudes. Esses jovens não devem continuar em escolas especiais aonde 
ofertam pouco estimulo escolar. Grande e desafiante é quando a escola se propõe a 
mudar de verdade. Direciona e estimula um novo paradigma do aprender para 
todos, definindo suas características individuais. 
Assegurando uma inclusão escolar para todos com suas limitações físicas e 
pessoais, beneficiando um aprendizado e continuidade nos níveis educacionais do 
inicial até o superior e capacitando seus profissionais para uma melhor inclusão. 
Com essa política a escola abrange uma nova porta de esperança para todos 
diretamenteou indiretamente que fazem parte da inclusão. 
 
 
4 O PAPEL DO PROFESSOR NA INCLUSÃO COMO UM TODO 
 
Para ser um bom professor é necessária uma formação teórica prática, 
profissional e continuada para lidar com crianças com necessidades especiais, 
esquecendo seus medos e inseguranças. Para um bom material pedagógico, o 
docente deve ter objetivos definidos e metas num prazo específico, alavancando 
prioridades para o autismo, atentando-se para o fato de que cada criança é 
caracterizada por ser único, com características próprias, respondendo a 
intervenções de forma diferenciada, assim é o autista. 
Segundo Masetto (1998), principalmente o professor universitário e as 
instituições de ensino superior em geral se encontram em transformação no campo 
educacional devido aos avanços tecnológicos e do conhecimento, constituindo um 
desafio para educação superior e que exige cada vez mais do seu professor, 
8 
 
formação continuada e inovadora no ambiente de ensino. Ainda para Masetto 
(1998), para ser bom professor não basta ter domínio de suas funções, é necessário 
ter domínio sobre o conhecimento pedagógico e se atualizar constantemente, se 
utilizando de ferramentas e revitalização de tempo na sala de aula, produção dos 
seus conhecimentos científicos, preceitos de uma formação na docência 
universitária para exercer sua atividade que é complexa no processo de ensino- 
apendizagem e pesquisa, sendo necessária para sua qualificação profissional. 
Na perspectiva de Pires (2006), faz-se necessário uma participação ativa do 
aluno e do professor, implica e oportuniza várias estimulações positivas como de 
aprendizagem despertando a motivação, curiosidade, participação na ação e de com 
seus sentimentos para que o indivíduo com necessidades educacionais especiais 
possa socializar, esforçar-se e usufruir harmoniosamente de uma prazerosa 
convivência. 
No Brasil, há necessidade de uma legislação que prevaleça a justiça, 
incluindo, todos os seus contribuintes de seu país sem distinção de raça, cultura, 
etnia, para uma nação construída em seus próprios anseios. Politicamente, pode se 
dizer que os principais desfavorecidos de tal privilégio como a educação, são os 
docentes e juntamente com eles os discentes pela sua desqualificação profissional. 
Segundo o autor Moita (1992), passar a compreender como cada pessoa se forma é 
comparar relações de pluralidades que atravessam uma vida. Para o autor, ninguém 
se forma num vazio, forma-se numa significativa troca de interações sociais, 
aprendizagens, experiências. Ter acesso a pessoas e sua formação e dar conta de 
sua história, e sobre tudo, de modo simples como reage, age e interage, em uma 
contextualização. Percurso de uma vida, percurso de formação no sentido de um 
processo de formação. 
A construção do papel do professor precisa ser determinante, ir além de um 
aprendizado, se tornando uma ação vital de sua própria construção. Um 
posicionamento, de qualquer profissional que delega essa função para outros ele 
deixa de fazer o seu papel, quem determina quem vai trabalhar com aquele aluno 
com necessidades educacionais especiais é o professor que está sempre em busca 
de aprimoramento para se adequar com toda e qualquer criança, buscando o 
potencial que existe em cada um. O conceito formação vai além de um saber e sim 
uma experiência pessoal de si mesmo. 
9 
 
Para Rodrigues (2004) o esforço da construção de uma educação inclusiva é 
centralizado na educação básica. No entanto, o acesso ao Ensino Superior passa a 
ser cada vez mais possível para mais jovens, o fato da formação universitária ser 
essencial para obter uma formação profissionalizante e empregabilidade, nas 
instituições do ensino superior a integração no ensino público é na sua somatória 
que é avaliada às universidades, sobretudo para juventude com necessidades 
especiais. 
Para Sassaki (1997), o ensino superior representa um desafio social 
educacional e político, educação para todos vem avançando aos poucos e com ela 
um desejo de mudanças e respeito ás diferenças. Um sonho cada vez realizado 
para todos, a faculdade no ensino superior vem demonstrando e exercendo assim a 
qualquer outro aluno uma vida de construção pautada na moral, ética construtiva e 
com significância de reflexões críticas e exercendo uma função trabalhista e digna 
como qualquer cidadão de bem. A inclusão tem vários pontos a pensar, mas 
especialmente um ponto de partida devemos analisar e ter a consciência de acatar a 
inclusão no propósito historicamente que cerca essa pessoa, analisando 
profundamente o papel da inclusão que a sociedade se adapta para incluir em 
condições sociais gerais e a própria pessoa com deficiência enquadra para assumir 
seu, papéis na sociedade. 
De acordo com Piaget (1996), o sujeito reage e lida com desafios que 
precisam ser superados no momento de seu aprendizado, segue com o pensamento 
do construtivista de aprendizado juntamente com um olhar de um sujeito potente e 
inteligente, como objeto do conhecimento. Com isso, o professor precisa entender o 
construtivismo a fundo, o desenvolvimento humano, estágios de desenvolvimento, 
processo de maturação pelo qual o individuo passa, a relação com o meio e o 
processo mental, todos estes temas e a importância que o professor tem como 
motivador. Na área escolar além de um trabalho pedagógico, os professores se 
comprometem com a escola e com os seus alunos. 
Para Cunha (2008), o que muda a qualificação de um ensino é o afeto. As 
emoções refletem na interpretação e no processo químico, biológico e social quando 
se experimenta e vivencia da experiência de amar, passará a determinar melhor 
qualidade de vida. Por essa natureza passar a desejar, amar e da felicidade 
aprender a aprender. O autor explica que a necessidade de todo ser humano, se 
encontra no campo da afetividade, com ela abrangendo grandes transformações. 
10 
 
Nesse contexto o professor precisa transcender uma dedicação ao ser pedagogo, 
psicólogo e amigo. 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O desenvolvimento deste artigo justifica-se pela importância do tema 
proposto, visto que, o aluno com qualquer tipo de deficiência, seja ela física ou 
intelectual, necessita de cuidados especiais. Neste viés, o professor 
obrigatoriamente, necessita portar habilidades particulares para atender às 
especificidades do aluno especial. Os autistas têm suas peculiaridades, mas com 
dedicação da família e da escola, pode surpreender com sua capacidade mental e 
sua genuinidade. 
Verificou-se no desenvolvimento do trabalho, que o professor deve ter um 
esclarecimento de suas propostas curriculares e uma metodologia adaptando à 
jovens com autismo ou qualquer tipo de transtorno ou deficiência, incluindo na vida 
cotidiana a afetividade. 
Ao analisar no nível superior ou na realidade, compartilhar a vivência dentro 
do âmbito escolar, para aprender a refletir sobre a inclusão, seja ela nas 
necessidades políticas ou organizacionais. Portanto no ensino superior há 
necessidade de boa vontade politicamente, de maior organização estrutural, maior 
investimento nessa problemática, que engloba uma transformação ampla mundial na 
inclusão, prevalecendo uma justiça verdadeiramente justa para que se cumpram as 
leis estabelecidas e não simplesmente justificativas simbolizadas e caracterizadas 
por fantasiosas leis hoje estabelecidas. 
Dessa forma o trabalho deve ter continuação em outras pesquisas mais 
aprofundadas e observa-se que o autismo ou outros transtornos, tem suas 
características genéticas outras não. Contudo, aprendemos que são crianças, jovens 
ou adultos que necessitam de uma atenção especial, mas não deixam de ter seu 
potencial. 
11 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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2017. Disponível em: https://apaebrasil.org.br/noticia/numero-de-pessoas- 
comautismoaumenta-em-todo-o-brasil. Acesso em: 6 de junho de2018. 
 
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SASSAKI, Romeu Kazumi. Construindo uma sociedade inclusiva. Rio de Janeiro: 
Ed W.V.A, 1997. 
	UMA ANÁLISE SOBRE A PERSPECTIVA DO AUTISTA NA EDUCAÇÃO
	RESUMO
	1 INTRODUÇÃO
	2 UMA INTRODUÇÃO A INCLUSÃO DO AUTISTA
	3 O CURRÍCULO PARA AUTISTA APRESENTADO DE MANEIRA DIFERENTE
	4 O PAPEL DO PROFESSOR NA INCLUSÃO COMO UM TODO
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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