Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Carolina Canêdo – XV Beta Tecidos Epiteliais CARACTERÍSTICAS DOS EPITÉLIOS: - Células justapostas espaço entre elas é mínimo, chamado de espaço virtual (só pode ser visualizado por meio de microscopia eletrônica) - Pouco espaço extracelular (mas esse espaço não está vazio, é preenchido por pouca substância extracelular) - Pouca substância extracelular, representada pelo glicocálice - Consiste em um grupo de moléculas que compõem a matriz extracelular dos epitélios, presas na MP e voltadas para o meio extracelular dentre essas moléculas, estão presentes: glicoproteínas, glicolipídeos, proteínas de adesão e proteínas transmembranas - Possui receptores diversos OBS: GLICO referente a oligossacarídeos aderidos as proteínas, que cumprem diferentes funções - Evolutivamente, as células aumentaram o tamanho do glicocálice, pois ele armazena muito açúcar mais energia - Capaz de realizar o reconhecimento celular identifica o tipo da célula, tipo de tecido, tipo de órgão da célula vizinha e se pertence ao mesmo indivíduo age no transplante de órgão rejeitando o órgão transplantado através da ativação de células de defesa, pois o órgão não pertence ao mesmo indivíduo nesse caso, é necessário o uso de imunossupressores - As proteínas canais auxiliam na permeabilidade seletiva da membrana - Está relacionado aos mecanismos de sinalização e à resposta do meio intracelular, uma vez que uma substância externa encaixa nos receptores presentes na MP e ativa os segundos mensageiros - Ferimento no braço processo de cicatrização (macrófagos atuam na limpeza do local, endotélio participa da coagulação do sangue, fibroblasto faz a síntese da matriz extracelular, ou seja, do colágeno) células epiteliais na borda da ferida epitélio do ferimento é regenerado se o ferimento já está fechado, a célula para de fazer mitoses glicocálice inibe as mitoses por contato (nos tumores, o glicocálice toca a célula para indicar a parada das mitoses mas essa parada não acontece célula continua se proliferando) - Receptores de membrana voltados para a parte externa passam a fazer parte do glicocálice no caso de infecção por patógenos, o formato desse receptor se encaixa no do vírus, e o receptor da MP perde sua função, causando a infecção (ex: COVID-19 vírus conecta ao receptor ECA2 do glicocálice) CADERINAS: responsáveis pela adesão entre uma célula e outra através da presença de cálcio; Ana Carolina Canêdo – XV Beta transmitem sinais do meio extracelular ao citoplasma; participam das diferentes especializações de membrana; não são exclusivas dos epitélios a espécie de caderina liga-se ao tipo específico de células (ex: E- caderina, N-caderina, P-caderina) CAMs imunoglobulinas de superfície; promovem integração entre as células do tecido conjuntivo e do epitélio encontradas geralmente na porção basal dos epitélios, mas também estão presentes na porção lateral; estão mais relacionadas com o tecido conjuntivo INTEGRINAS proteínas diméricas (cadeias α e β) ligação entre moléculas da matriz extracelular, como as fibronectinas (presentes no epitélio) há integração dessas moléculas com a lâmina basal SELECTINAS servem de encaixe para células brancas que estavam circulando no sangue e se prenderam à parede do endotélio graças a receptores de glicoproteínas, ou seja, marginaram, e lá ficaram rolando até migrarem de tecido, em um processo conhecido como diapedese integração entre epitélios e tecidos conjuntivos em resumo, as selectinas possibilitam a marginação, rolamento e diapedese de células brancas - Lâmina basal substâncias químicas variadas produzidas por células epiteliais, e que só podem ser vistas com microscopia eletrônica - Membrana basal microscopia óptica comum - Avascularizado (quase todos) exceção: ESTRIA VASCULAR (epitélio cúbico colunar localizado na orelha interna, na região lateral do ducto coclear) apresenta plexos venosos entre as células epiteliais (espécie de conjunto de veias) relacionada à produção de endolinfa (fluido contido no labirinto membranoso da orelha interna) - Nutrição (glicose) e oxigenação feitas por difusão (processo lento) através do tecido conjuntivo (abaixo do epitélio), que também faz a retirada de resíduos - Metabolismo do epitélio é dependente do conjuntivo (células que estão em maior contato com o tecido conjuntivo têm o metabolismo um pouco mais elevado) - Entre o epitélio e o conjuntivo encontram-se a lâmina basal e a membrana basal - Apresenta especializações de membrana - Na superfície apical: 1. microvilosidades (ou microvilos); 2. cílios; 3. estereocílios. - Na superfície lateral: 1. zônula de oclusão; 2. zônula de adesão; 3. desmossomos; 4. junções comunicantes (junções GAP); 5. interdigitações; 6. complexo unitivo (agrupamento de algumas especializações de membrana) - Na parte basal: 1. hemidesmossomos 2. invaginações de base ou interdigitações Ana Carolina Canêdo – XV Beta OBS: ZÔNULA termo usado quando a especialização da membrana forma um cinto em torno de toda a célula (está próximo à superfície apical da célula) COMPLEXO UNITIVO ou COMPLEXO JUNCIONAL: formado por zônula de oclusão + zônula de adesão + desmossomos união de especializações de membrana na mesma superfície lateral (não são todas as especializações da lateral que entram no complexo unitivo) aumentam a adesão, determina a polaridade da membrana celular (muitas substâncias do lado apical não vão para o lado basal devido à essa polaridade) CITOESQUELETO: participa de especializações de membrana - Ocorrem como um cinto contínuo que circunda a superfície apical, ligando células vizinhas circundantes - Moléculas de caderinas dependentes de cálcio mantém as junções de adesão entre células vizinhas, deixando um espaço de 30nm entre elas - No citoplasma, as caderinas são ligadas por caterinas a filamentos de actinas e outras proteínas do citoesqueleto, fazendo uma conexão com essas proteínas - São usadas como vias de sinalização para o citoplasma (pois estão no meio extracelular) - Placa arredondada constituída pela MP das células vizinhas (tipo de depressão na MP) - Grande quantidade de moléculas maior densidade molecular - A placa é constituída por desmoplaquinas I e II (tipos de caderinas), que formam esse espessamento das placas - Presença de caderinas que se inserem na MP, voltadas para o meio intracelular forma a placa do desmossomo - Grande força de resistência une uma placa a outra ↑ adesão devido ao maior número de moléculas proteicas no local (garante mais adesão que a zônula de adesão) - Filamentos intermediários (componentes do citoesqueleto) ligam-se às desmoplaquinas por desmogleína e queratocamina - Especialização puntiforme apenas em um ponto da MP de duas células vizinhas (como um botão de camisa) - Desmogleínas e desmocolinas são glicoproteínas transmembranas, que prendem as membranas na altura dos desmossomos - O espaço na área dos desmossomos é de aproximadamente 15 a 20 nm Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Desmossomos desaparecem em células malignas (cancerosas) pois elas são muito alteradas em relação às células normais - Caderinas estão presentes em epitélios de revestimento da língua, esôfago e células do músculo cardíaco, formando os discos intercalares (junções comunicantes e desmossomos) – áreas de atrito epitélio de revestimento com muitos demossomos - Na epiderme da pele, na camada basal, suas células denominadas queratinócitos também apresentam muitos desmossmos - Encontrados na face de células epiteliais voltadas para a lâmina basalem contato com o tecido conjuntivo (transição entre o tecido conjuntivo e as células epiteliais) - Células conjuntivas não formam desmossomos, ficando as células epiteliais com sua parte dos demossomos por isso é chamado de hemidesmossomos (é a metade de um desmossomo presente na célula epitelial) -Presença de adesão entre epitélio e tecido conjuntivo - Não contêm desmogleína (tipo de caderina) - Apresenta moléculas de fibronectina - Pênfigo doença autoimune na qual o hemidesmossomo não se forma de modo correto (ocorre alteração da estrutura desse hemidesmossomo) como o tecido conjuntivo tem muita substância hidrófila, há um extravasamento de líquido da matriz extracelular para o epitélio forma bolhas na superfície da pele e mucosa bucal devido a uma reação do mecanismo de defesa contra proteínas que fazem parte do hemidesmossomo, que é desfeito e tem sua estrutura modificada - Evaginações da MP na superfície apical da célula elevação da MP para fora da célula - Presentes no intestino delgado para aumentar a superfície de contato para a absorção do alimento - Enterócito (célula do intestino, que possui glicocálice mais espesso possui enzimas que realizam a quebra final do alimento para ocorrer abrosção) possui em média 2 mil microvilosidades quando o alimento está passando pelo intestino, a célula intestinal passa a ter 5 mil microvilosidades diminui o espaço Ana Carolina Canêdo – XV Beta entre uma microvilosidade e outra, aumentando a superfície para a absorção quebra final e absorção do alimento glicose, aminoácidos são absorvidos - Bactérias da microbiota intestinal estão localizadas nas microvilosidades dos enterócitos (na parte superior das microvilosidades) - Há um processo de competição para a absorção de nutrientes com as bactérias da microbiota o aumento no número de microvilosidades diminui o espaço disponível para a entrada das bactérias - TRAMA TERMINAL: conjunto de moléculas do citoesqueleto próximo à superfície apical da célula, que apoia os filamentos de actina (que formam o esqueleto das microvilosidades) podem aumentar e diminuir movimento das microvilosidades - Microvilosidade grande (grande evaginação da MP na superfície apical da célula) - Normalmente presentes no ouvido interno (quinocílios presença de estereocílios onde há células sensoriais), no epidídimo e no canal deferente (relacionado com a absorção de líquidos, formando uma corrente líquida que movimenta os espermatozoides) - Nascem na célula a partir de um corpúsculo basal (constituído por 9 tríades de microtúbulos sem par central) formam os cílios - 9 pares de microtúbulos periféricos e 1 par central - Microtúbulos são constituídos por dímeros de tubulina α e β (ocorre uma polimerização desses dímeros para formar os microtúbulos) - Os pares periféricos de microtúbulos são envoltos pelo pedúnculo radial (liga os pares periféricos ao par central) e o par central é envolto pela bainha central (proteína) - Nexina é uma proteía que liga os pares periféricos - Dineína (proteína presente nos pares periféricos dos microtúbulos em forma de “braços”) cliva o ATP para liberação de energia para o movimento de cílios e flagelos - Síndrome de Kartagener – defeitos na dineína (proteína com função ATPase) cílios e flagelos não se movimentam, causando problemas respiratórios (homens são estéreis) - Epitélio respiratório, epitélio olfatório, órgão de Corti (no ouvido interno) e tuba uterina possuem células ciliadas OBS: na espécie humana, flagelos só estão presentes nos espermatozoides Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Evaginações e invaginações da membrana plasmática de duas células vizinhas - Ajudam na adesão de uma célula a outra - Relacionadas ao aumento da área das células para a troca de nutrientes - Presentes em grandes quantidades no epitélio cúbico do rim - Proteínas conexinas se alinham de um lado e de outro e formam anéis na membrana, denominados conéxons (6 conexinas juntas) delimitam um canal hidrofílico que permite a passagem de substâncias entre uma célula e outra (do meio intracelular para o meio intracelular da célula vizinha) - Esse canal hidrofílico de 1,4 nm sempre fica aberto (diâmetro de 7nm) - As membranas estão separadas por 2nm - Pelo canal, passam nucleotídeos, aminoácidos, fosfato de inositol (IP3 - segundo mensageiro) e íons - Coordenam e ampliam a resposta fisiológica dos grupos celulares - Não são seletivos - Participam dos discos intercalares do músculo cardíaco e estão presentes na célula muscular lisa e nos neurônios (sinapses elétricas usam junções comunicantes) - Fusão de folhetos externos de duas MP de células vizinhas - Faixa contínua em torno da porção apical de certas células epiteliais - Veda total ou parcialmente o fluxo de íons e moléculas por entre as células (após a fusão dos folhetos) - Permite a existência de potenciais elétricos diferentes - Junções de oclusão são permeáveis a íons específicos para células específicas - Proteínas ocludina e caudina caderinas - Relacionada com a polaridade da célula (forma uma região bem delimitada) - Forma barreiras no organismo, dentre elas: Barreira hematoencefálica: capilares contínuos do cérebro células endoteliais (células epiteliais) constituem esses capilares entre as células há zônula de oclusão impedem o contato do sangue com o neurônio Barreira hematotesticular: células de Sertoli (células epiteliais) formam a parede Ana Carolina Canêdo – XV Beta dos túbulos seminíferos espermatogônias (células de linhagem espermatogênica estão entre as células epiteliais) puberdade produção de espermatozoides (corpo estranho para o indivíduo, exceto espermatogônia) mecanismo de defesa produz anticorpos, porém eles não conseguem chegar nos espermatozoides, pois as células de Sertoli produzem zônulas de oclusão, formando uma barreira contra esses anticorpos Barreira hematotímica: timo é um órgão de defesa que promove o amadurecimento dos linfócitos T nesse amadurecimento, deve haver um isolamento do linfócito T para que ele seja testado quanto a sua capacidade de defesa esse isolamento é feito por zônulas de oclusão que são produzidas pelas células epiteliais doenças autoimunes podem ser desenvolvidas caso não haja esse isolamento Barreira osmótica: bexiga (armazena urina) epitélio produz zônulas de oclusão impedem que a urina extravase para a lâmina própria da região da bexiga forma uma barreira entre o sangue e a urina Barreira hematoretiniana: retina é formada por neurônios camada localizada atrás da retina é denominada coroide (cheia de vasos sanguíneos) rica em zônulas de oclusão impedem que o sangue tenha contato com os neurônios presentes na região da retina Barreira hematoliquórica: líquor é uma substância produzida pelos plexos coroides situados nos ventrículos encefálicos líquor preenche ventrículos, canais centrais da medula e espaço subaracnóideo células cúbicas epiteliais dos plexos coroides possuem muitas zônulas de oclusão impede o contato do sangue com o líquor Barreira hematoáerea: capilares e alvéolos pulmonares (células endoteliais) possuem zônulas de oclusão - Lâmina basal corresponde a moléculas produzidas por células epiteliais. Quando elas são acrescentadas a membrana, elas adquirem áreas diferentes. Na microscopia eletrônica, é usado um feixe de elétrons para estudar as estruturas (alta precisão) na lamina basal, tem uma área mais clara e uma mais escura mais clara – elétrons passam direto, indicando uma menor quantidade de moléculas; área escura os elétrons batem e voltam – alta densidade de moléculas- Lâmina densa – grande quantidade de moléculas (parte escura) - Lâmina lúcida ou lâmina rara – menor quantidade de moléculas (parte clara) Ana Carolina Canêdo – XV Beta - TRAMA TRIDIMENSIONAL DA LÂMINA BASAL composição bioquímica da lâmina basal contém laminina, entactina e perlecan (proteoglicanos) e colágeno tipo IV - Lâmina basal também contém glicosoaminoglicanos (GAG’s) heparan sulfato, dermatan sulfato e etc. - O sulfato indica carga negativa - Laminina (molécula central) liga-se a moléculas de actina, perlecan, colágeno tipo IV, GAG’s, além de ligarem entre si forma uma rede molecular produzida pelas células epiteliais que deixa espaços importantes para as funções atribuídas à lamina basal - Moléculas de integrina prendem a membrana plasmática à lâmina basal - FUNÇÕES DA LÂMINA BASAL: Filtração, migração de células (desenvolvimento embrionário), sinalização, proliferação celular (permitem a passagem de fatores de crescimento, que ajudam as células epiteliais a passarem por mitoses), diferenciação celular, organização da posição de proteínas da membrana metástases (esse arranjo é desfeito), processos inflamatórios (também promovem alterações na organização da lâmina) - As células do tecido conjuntivo (que se localizam abaixo da célula epitelial) produzem um grupo moléculas que se agregam a lamina basal (colágeno tipo III, IV e VII) moléculas da lâmina reticular (próxima à lâmina basal) - Quando a lamina reticular se agrega a lamina basal, a espessura da estrutura fica maior visível na microscopia óptica comum forma a MEMBRANA BASAL = lâmina basal do epitélio + lâmina reticular do tecido conjuntivo - Lâmina própria tecido conjuntivo abaixo da célula epitelial OBS: membrana basal está indicada pelas setas - No corpo humano, existem outros tipos de lamina basal que não seja apenas a lamina basal do epitélio e outros tipos de membrana basal - ENDOTÉLIO: corresponde a um grupo de células endoteliais (células epiteliais pavimentosas) formam a parede de um vaso sanguíneo tipo capilar endotélio = luz do vaso por onde o sangue passa Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Do lado de fora da célula da célula epitelial, encontra-se a lâmina basal - PODÓCITO: célula epitelial, logo, também contém lâmina basal encontra-se do outro lado da lâmina basal - A lâmina basal do endotélio encontra-se com a lâmina basal do podócito forma um espessamento, que é a MEMBRANA BASAL ou seja, a membrana basal também pode ser constituída por duas lâminas basais de células epiteliais - RIM (aglomerado de néfrons) glomérulo renal alças capilares fenestradas (vasos formados por uma camada de células que deixam “buracos” – aberturas) ocorre passagem do plasma (parte líquida do sangue) pelas fenestras plasma cai na lâmina basal e tem que atravessá-la para alcançar a Cápsula de Bowmann (responsável por coletar o filtrado glomerular) - Membrana (basal) de filtração (duas lâminas basais juntas) seleciona por tamanho e por carga elétrica (carga positiva pequena consegue atravessar as lâminas rapidamente) filtra a parte líquida do sangue, que vai para a Cápsula de Bowmann - DOENÇA ANTI-MEMBRANA BASAL GLOMERULAR: os capilares se tornam inflamados, resultado de lesões da membrana basal glomerular. Geralmente é causada por anticorpos (doença autoimune) proteínas presentes na membrana basal são consideradas um corpo estranho, ativando mecanismos de defesa. Leva a insuficiência renal devido à filtração que para de ser feita de maneira inadequada (altera a membrana basal) SÍNDROME NEFRÓTICA: mudança na estrutura do mecanismo de filtração glomerular (altera o mecanismo de filtração do sangue a trama de moléculas é a melhor estrutura para filtração, que é alterada nessa síndrome), geralmente na membrana basal glomerulas. Sintomas: proteinúria (presença de proteínas na urina, principalmente albumina), hipoalbuminemia (corrente sanguínea fica com pouca albumina sangue não segura água dentro do vaso), edema (extravasamento do plasma devido à pouca albumina presente no sangue) e hiperlipedemia (aumento de lipídeos) leva a uma insuficiência renal GLOMERULOESCLEROSE DIABÉTICA: espessamento da membrana basal glomerular, que pode tornar- se de 4 a 5 vezes mais espessa que a normal. Pode ser causada pela deficiência de insulina ou pela hipoglicemia resultante. A membrana é fagocitada posteriormente para que ocorra renovação da membrana basal por podócitos (células epiteliais) e células endoteliais na diabetes, essa renovação é alterada, gerando um espessamento da membrana dificuldade de fagocitar a membrana basal, e consequentemente, de filtração SÍNDROME DE ALPORT: mutações em genes que promovem a síntese de colágeno. Essas mutações impedem a formação da rede de colágeno tipo 4 (altera a trama tridimensional forma buracos na lâmina basal), dificultando a filtração correta do sangue e permitindo que sangue e proteínas passem para a urina. NOS ALVÉOLOS PULMONARES: - Espessamento da membrana basal e presença de miofroblastos, que estão aumentados em número de vias aéreas asmáticas Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Alvéolo pulmonar: epitélio pavimentoso simples células são denominadas pneumócitos tipo I ou célula alveolar tipo I - Debaixo do alvéolos são encontrados capilares (que contém células endoteliais) - A união da lâmina basal de pneumócitos tipo I e da lâmina basal de endotélios forma uma membrana basal, que tem a finalidade de aumentar a área de “contato” (↓ espessura) e possibilitar trocas gasosas (hematose alveolar) passagem de O2 (do ar para o sangue) e CO2 (do sangue para o ar) - As células endoteliais, que formam a parede do vaso sanguíneo, são repletas de zônulas de oclusão, assim como o pneumócito tipo I esse conjunto forma uma barreira entre o sangue e o ar, que impede a parte líquida do sangue de cair no espaço do alvéolo barreira hematoaérea - Processo inflamatório espessamento da membrana dificuldade para a entrada de O2 gera uma falta de ar asma CLASSIFICAÇÃO DOS EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO: Critérios para a classificação (não são usados para classificar os epitélios de secreção): Uma camada – simples Muitas camadas – estratificados Quadrada (lados relativamente iguais) – cúbica – núcleo no centro Comprida – colunar ou cilíndrica ou prismática – núcleo na base Achatada – pavimentosa ou escamosa Arredondada – globosa – núcleo central - Algum tipo de especialização de membrana - Nome de algum tipo celular - NOME COMPLETO – LOCAIS – FUNÇÕES TECIDO EPITELIAL PAVIMENTOSO SIMPLES - Encontrado em membranas que revestem cavidades do corpo mesotélios - Peritônio: cavidade abdominal - Pleuras: cavidade pulmonar, dividida em dois folhetos que recobrem o pulmão: folheto parietal (externo) e folheto visceral (interno) as superfícies dos folhetos é constituída por um epitélio pavimentoso simples os folhetos ficam um contra o outro, de modo que seus epitélios fiquem em contato um folheto desliza sobre o outro nos mecanismos de inspiração e expiração inspiração e expiração - Pericárdio: cavidade do coração também tem um folheto visceral e outro parietal nos movimentos de sístole e diástole há um deslizamento do folheto visceral sobre o folheto parietal - Folheto parietal da Cápsula de Bowmann envolve o glomérulo renal cápsula apresenta um folheto parietal e um visceral, porém não há deslizamento apenas o folheto parietal é composto por tecido epitelial pavimentoso simples deixa a superfície lisa e coleta no espaço da cápsula de Bowmann o filtrado glomerular, que desliza para o túbulo contorcido proximal OS EPITÉLIOSSÃO DIVIDIDOS EM EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO E DE SECREÇÃO Ana Carolina Canêdo – XV Beta - Alvéolos pulmonares membranas finas formadas por uma camada de células achatadas aumenta a área superficial para facilitar as trocas gasosas presença de barreira hematoaérea - Ouvido interno e médio função de revestimento epitélio recobre os ossículos da orelha média (martelo, bigorna e estribo) - Endotélios revestimento da parede interna de vasos sanguíneos epitélio pavimentoso simples como as células são achatadas, a superfície fica lisa, permitindo diminuir o atrito para que ocorra passagem do fluxo de sangue células endoteliais relacionadas à defesa, coagulação, mecanismos de vasoconstrição e vasodilatação, taxa de triglicérides e etc TECIDO EPITELIAL CÚBICO SIMPLES - Esse epitélio é cúbico pois as células tem os mesmos tamanhos dos lados e o núcleo está localizado na posição central - Ductos de muitas glândulas (ex: ducto das glândulas sudoríparas conduto que leva o suor até a superfície da pele reveste o conduto células cúbicas dos ductos modificam o suor secreção secundária cloro e sódio são retirados secreção fica mais hipotônica) - Superfície do ovário - Túbulos renais túbulo contorcido proximal, túbulo contorcido distal e ducto coletor ocorre mecanismos de reabsorção, excreção e secreção - Folículos tireoidianos (tireoide – glândula endócrina possui cavidades denominadas folículos – glândula folicular cavidade do folículo armazena proteína proteína tireoglobulina clivada para a produção dos hormômios T3 e T4 quando necessário) TECIDO EPITELIAL COLUNAR SIMPLES COM MICROVILOSIDADES E CÉLULAS CALICIFORMES - Possui uma camada de células compridas com núcleo posicionado na região basal, formando uma fileira - As microvilosidades não são vistas na microscopia óptica comum corante mostra o local onde elas estão - BORDA ESTRIADA (ou orla em escova) local onde se encontram as microvilosidades (posição apical) - Entre as células colunares há uma glândula unicelular CÉLULA CALICIFORME produz um muco que lubrifica e ajuda a alcalinizar o meio permite a quebra final do alimento e respectiva absorção 1- Borda estriada 2- Célula caliciforme 3- Tecido conjuntivo frouxo 4- Luz do intestino delgado Ana Carolina Canêdo – XV Beta TECIDO EPITELIAL COLUNAR SIMPLES CILIADO COM CÉLULAS CALICIFORMES TRAQUEIA (epitélio interno): - Abaixo da lâmina própria, glândulas seromucosas: Serosa – fluida, rala Mucosa – espessa, viscosa - Mais serosa que mucosa - Presença de células caliciformes ao longo do epitélio da traqueia: produzem uma secreção mucosa e joga na luz da traqueia - Presença de cílios na superfície apical - Núcleos em vários níveis (epitélio estratificado) - Todas as células tocam a lâmina basal uma camada - EPITÉLIO SIMPLES (apesar dos núcleos em níveis diferentes) PSEUDOESTRATIFICADO (falsa estratificação, pois as células são alongadas com os núcleos na base, apesar desses núcleos em vários níveis) - Presente nos seios paranasais, nas fossas nasais (região de nasofaringe), algumas regiões da laringe e da traquéia (que sofre bifurcação e origina os brônquios, que bifurcam e originam os bronquíolos) EPITÉLIO RESPIRATÓRIO reveste e promove a filtração do ar OBS: ÁRVORE RESPIRATÓRIA traqueia, brônquio e bronquíolos FILTRAÇÃO DO AR: - Na luz da traqueia, passa ar que contém grande quantidade de material particulado (partículas) mais pesado que o ar células caliciformes produzem uma secreção pegajosa partículas de poeira presentes no ar grudam nessa secreção mucosa ar chega aos alvéolos isento de impurezas facilita as trocas gasosas hematose - Se a secreção mucosa tiver contato com o cílio, ele não conseguirá se movimentar por isso, abaixo do epitélio há a lamina própria, onde encontram-se as glândulas seromucosas produzem secreção seromucosa (mais serosa, ou seja, mais fluida que mucosa) cílio que está em contato com essa parte cerosa (líquida) movimenta a camada liquida, que, consequentemente, movimenta o muco (o muco tem menor densidade que a secreção fluida, por isso fica em cima dela) a secreção com partículas de poeira é engolida passa do sistema respiratório para o sistema digestório FILTRO BIOLÓGICO renovação da secreção do epitélio, que permite constante filtração do ar - Secreção que vem da árvore respiratória seromucosa (mais serosa que mucosa) PROBLEMAS QUE PODEM OCORRER NESSE EPITÉLIO: - Tagabismo (fumaça do cigarro é nociva para o epitélio) destrói o tecido (colunar simples ciliado) substituído por tecido epitelial pavimentoso estratificado (mais resistente à agressão) METAPLASIA nas vias aéreas do indivíduo tabagista (substituição de um tecido por outro) perde a capacidade de filtração do ar pulmão se enche de impurezas gera problemas respiratórios pode ocorrer de a pessoa parar de fumar e o tecido pavimentoso ser substituído por colunar simples novamente (ainda será metaplasia, pois há uma substituição de tecidos) - Tempo seco há excesso de partículas provenientes da poeira, o que aumenta a produção de muco aumenta a dificuldade do transporte de muco (cílio não consegue empurrar o muco) acúmulo de muco, principalmente nos bronquíolos bactérias se alimentam dessas partículas acumuladas nos bronquíolos essas bactérias se proliferam infecção, inflamação → doenças respiratórias (bronquite, asma) resposta à agressão, aumentando a produção de muco para tentar suprir a quantidade de partículas de poeiras que chegam pelas vias respiratórias TECIDO EPITELIAL COLUNAR SIMPLES COM ESTEREOCÍLIOS: Ana Carolina Canêdo – XV Beta EPIDÍDIMO: - Situado acima do testículo - Responsável pelo amadurecimento (ocorre mecanismo de decapacitação) e armazenamento dos espermatozoides - Também pode ser chamado de pseudoestratificado recobre o ducto epididimário - Também reveste o canal deferente - As células são alongadas e atingem a lâmina basal - Células colunares estereocílios absorvem líquidos presentes no interior do ducto que, formando uma corrente líquida, irão puxar os espermatozoides - Células basais correspondem a células-tronco que renovam o epitélio do ducto do epidídimo EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO: - Presente nas vias urinárias - Superfície da bexiga (composta por musculatura lisa) armazenamento de urina - Possui muitas camadas de célula estratificado - Núcleos estão em diferentes níveis - Células não tocam a lâmina basal (exceto as que estão próximas à lâmina própria) - Tem de 5 a 7 camadas de células - Pregueamento da mucosa, lâmina própria e musculatura lisa - Quando a bexiga está vazia, as células retraem tendo um aspecto ovalado, arredondado GLOBOSAS - Conforme a bexiga enche, passará a ter um aspecto pavimentoso (achatado) - Essas células possuem uma membrana plasmática grande, que acaba se dobrando sobre si mesma em alguns locais (como em uma raquete) essas dobras se esticam conforme a bexiga enche - Entre as células há a presença das zônulas de oclusão formação de barreiras barreira osmótica (na área da bexiga) entre a lâmina própria e a luz da bexiga, as zônulas de oclusão das células epiteliais impedem o contato da urina com vasos sanguíneos do tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria da urina - Encontrado na pelve renal, ureteres, bexiga e uretra. TECIDO EPITELIAL PAVIMENTOSO ESTRATIFICADO NÃO QUERATINIZADO - Formado por muitas camadas de células - Células superficiais são achatadas e estão mortas - Na superfície do epitélio não há processo de queratinização ESÔFAGO: - Revestimento bem ancorado devido à grande quantidade de célulasexistentes - Pregueamento entre epiderme e lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) aumenta a superfície de contato entre epitélio e tecido conjuntivo mucosa esofágica - Esôfago é um órgão de atrito parede fica colabada quando não está passando o bolo alimentar (ou seja, quando não cumpre sua função de empurrar o bolo alimentar para o estômago) - Composto por musculatura lisa - Epitélio ingavina na lâmina própria favorece a adesão e aumenta a superfície de contato - Células da base do epitélio (células basais são células vivas) em contato com a lâmina própria são cúbicas passam por mitoses, permitindo a renovação do epitélio (células são empurradas para a superfície e sofrem um achatamento) Ana Carolina Canêdo – XV Beta descamação de células aumentada na passagem do bolo alimentar - Células epiteliais possuem muitos desmossomos (por ser área de atrito garantem maior adesão) - QUERATINÓCITOS: células do epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado NÃO produzem queratina - REFLUXO: suco gástrico entra em contato com o epitélio do esôfago com o passar do tempo, essa agressão do ácido clorídrico do suco gástrico no epitélio do esôfago provoca modificações no tecido substituído por epitélio colunar simples com microvilosidades (mesmo epitélio do estômago, só que não contém as células que produzem muco de proteção contra o suco gástrico) metaplasia (pode gerar complicações câncer) - Esse epitélio também é encontrado no canal vaginal, na mucosa de revestimento da boca (diferente da mucosa de mastigação, que tem epitélio queratinizado), no canal anal, no revestimento das cordas vocais e no epitélio anterior da córnea (parte frontal da córnea). VAGINA: - Órgão de atrito - Difere do epitélio estratificado do esôfago pois as células são soltas e ricas em glicogênio bactérias presentes na luz do canal vaginal se alimentam dessa célula utilizam o glicogênio para respiração celular anaeróbia ou fermentação lática liberam ácido lático pH do canal vaginal fica ácido (em torno de 5,5) acidez atua como mecanismo de defesa impede a proliferação de bactérias que podem causar alguma patologia - As outras características são iguais às do epitélio do esôfago - Ectocérvice (porção externa do colo do útero) está em contato com o canal vaginal possui epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado GLOBO OCULAR: - Córnea possui 5 camadas. Dentre elas: Epitélio anterior tecido epitelial pavimentoso estratificado não queratinizado (atrito com ar, lágrima) Epitélio posterior tecido epitelial pavimentoso simples - Membrana conjuntiva (recobre a pálpebra e a esclera) tecido conjuntivo frouxo + epitélio tecido epitelial colunar ou prismático estratificado (localizado abaixo do tecido conjuntivo frouxo da conjuntiva ) OBS: CONJUNTIVITE inflamação da membrana conjuntiva OBS2: Parte interna da bochecha e mucosa bucal de revestimento são compostas por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado TECIDO EPITELIAL PAVIMENTOSO ESTRATIFICADO QUERATINIZADO: - Presente em toda a superfície corporal epiderme da pele - Musculatura estriada esquelética da língua - Papilas linguais na superfície dorsal da língua mucosa de mastigação (epitélio pavimentoso estratificado queratinizado) - Superfície ventral da língua não contém papilas mucosa de revestimento - Passam por processo de queratinização – queratinócitos - Passam por constante atrito digestão mecânica epitélio suporta atrito e pressão Ana Carolina Canêdo – XV Beta
Compartilhar