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Vénus (planeta) Wikipédia, a enciclopédia livre

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Vénus (planeta)
planeta telúrico do Sistema Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Vênus/Vénus 
Planeta principal
Fotografia feita pela sonda Mariner 10 em
1974.
Características orbitais
Semieixo maior 108.208.930
km
0,723 332 UA
Periélio 107.476.000
km 
0,718 UA
Afélio 108.942.000
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus_symbol.svg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus-real_color.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_10
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_Astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
km 
0,728 UA
Excentricidade 0,006772
Período orbital 224,701 dias
(0,615198)
anos
Período sinódico 583,92 dias
(1,599) anos
Velocidade orbital média 35,02 km/s
Inclinação Com a
eclíptica:
3,39471 º 
Equador do
Sol: 
3,86 
Plano
invariável: 
2,19 °
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_sin%C3%B3dico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecl%C3%ADptica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plano_invari%C3%A1vel
Argumento do periastro 54,85229 º
Longitude do nó ascendente 76,68069 º
Número de satélites Nenhum
Características físicas
Diâmetro médio 12 103,6 km
Área da superfície 4,60 ×108 km²
Volume 92,843 ×1010
km³
Massa 4,8685 ×1024
kg
Densidade média 5,243 g/cm³
Gravidade superficial 8,87 m/s2
Período de rotação -5832,5 horas
(-243,021)
dias
Velocidade de escape 10,36 km/s
Inclinação axial 177,36 º
Albedo 0,67
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Argumento_do_periastro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Longitude_do_n%C3%B3_ascendente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81rea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_quadrado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Volume
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_c%C3%BAbico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quilograma
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Densidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grama
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cent%C3%ADmetro_c%C3%BAbico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metro_por_segundo_ao_quadrado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hora
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_de_escape
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o_axial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo
(geométrico) 
0,90 
(Bond)
Temperatura média: 461 ºC
Magnitude aparente -4,6
Composição da atmosfera
Pressão atmosférica 9,2 MPa
Dióxido de carbono 
Nitrogênio 
Dióxido de enxofre 
Argônio 
Vapor de água 
Monóxido de carbono 
Hélio 
Neônio 
Traços de Sulfeto de carbonila 
Ácido clorídrico 
Ácido fluorídrico
96,5%
3,5%
0,015%
0,007%
0,002%
0,0017%
0,0012%
0,0007%
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo_geom%C3%A9trico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo_de_Bond
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Temperatura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_enxofre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%B4nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vapor_de_%C3%A1gua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ne%C3%B4nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sulfeto_de_carbonila
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_clor%C3%ADdrico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_fluor%C3%ADdrico
Vénus (português europeu) ou Vênus (português
brasileiro) (AO 1990: Vénus ou Vênus)[1] é o
segundo planeta do Sistema Solar em
ordem de distância a partir do Sol,
orbitando-o a cada 224,7 dias. Recebeu
seu nome em homenagem à deusa
romana do amor e da beleza Vénus,
equivalente a Afrodite. Depois da Lua, é o
objeto mais brilhante do céu noturno,
atingindo uma magnitude aparente de
-4,6, o suficiente para produzir sombras.
A distância média da Terra a Vênus é de
0,28 AU, sendo esta a menor distância
entre qualquer par de planetas.[2] Como
Vénus se encontra mais próximo do Sol
do que a Terra, ele pode ser visto
aproximadamente na mesma direção do
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_europeu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Portugu%C3%AAs_brasileiro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Antiga_Roma
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Afrodite
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica
Sol (sua maior elongação é de 47,8°).
Vénus atinge seu brilho máximo algumas
horas antes da alvorada ou depois do
ocaso, sendo por isso conhecido como a
estrela da manhã (Estrela d'Alva) ou
estrela da tarde (Vésper); também é
chamado Estrela do Pastor.
Vénus é considerado um planeta do tipo
terrestre ou telúrico, chamado com
frequência de planeta irmão da Terra,[3] já
que ambos são similares quanto ao
tamanho, massa e composição. Vénus é
coberto por uma camada opaca de
nuvens de ácido sulfúrico altamente
reflexivas, impedindo que a sua
superfície seja vista do espaço na luz
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elonga%C3%A7%C3%A3o_(astronomia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nascer_do_Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/P%C3%B4r_do_Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_sulf%C3%BArico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Luz_vis%C3%ADvel
visível. Ele possui a mais densa
atmosfera entre todos os planetas
terrestres do Sistema Solar, constituída
principalmente de dióxido de carbono.
Vénus não possui um ciclo do carbono
para fixar o carbono em rochas ou outros
componentes da superfície, nem parece
ter qualquer vida orgânica para absorvê-
lo como biomassa. Acredita-se que no
passado Vénus possuía oceanos como
os da Terra,[4] que se evaporaram quando
a temperatura se elevou, restando uma
paisagem desértica, seca e poeirenta,
com muitas pedras em forma de placas.
A água provavelmente se dissociou e,
devido à inexistência de um campo
magnético, o hidrogênio foi arrastado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Luz_vis%C3%ADvel
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dissocia%C3%A7%C3%A3o_(qu%C3%ADmica)
para o espaço interplanetário pelo vento
solar.[5] A pressão atmosférica na
superfície do planeta é 92 vezes a da
Terra.
A superfície venusiana foi objeto de
especulação até que alguns dos seus
segredos foram revelados pela ciência
planetária no século XX. Ele foi
finalmente mapeado em detalhespelo
Programa Magellan de 1990 a 1994. O
solo apresenta evidências de extenso
vulcanismo e o enxofre na atmosfera
pode indicar que houve algumas
erupções recentes.[6][7] Entretanto, a falta
de evidência de fluxo de lava
acompanhando algumas das caldeiras
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planetologia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magellan
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulcanismo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caldeira_vulc%C3%A2nica
visíveis permanece um enigma. O
planeta possui poucas crateras de
impacto, demonstrando que a superfície
é relativamente jovem, com idade de
aproximadamente 300-600 milhões de
anos.[8][9] Não há evidência de placas
tectônicas, possivelmente porque a
crosta é muito forte para ser reduzida,
sem água para torná-la menos viscosa.
Em vez disso, Vénus pode perder seu
calor interno em eventos periódicos de
reposição da superfície.[8]
Vénus é um dos quatro planetas
terrestres do Sistema Solar, significando
Características físicas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera_de_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B4nica_de_Placas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico
que, como a Terra, ele é um corpo
rochoso. Em tamanho e massa, ele é
muito similar ao nosso planeta. O
diâmetro de Vénus é apenas 650 km
menor e sua massa é 81,5% da massa da
Terra. Entretanto, as condições na
superfície venusiana diferem
radicalmente daquelas na Terra, devido à
sua densa atmosfera de dióxido de
carbono. A massa da atmosfera de
Vénus é composta em 96,5% de dióxido
de carbono, sendo o nitrogênio a maior
parte do restante.[10]
Estrutura interna
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
Sem dados sísmicos ou conhecimento
do seu momento de inércia, existe pouca
informação sobre a estrutura interna e a
geoquímica de Vénus.[11] Entretanto, a
similaridade em tamanho e densidade
entre Vénus e a Terra sugere que eles
possuem uma estrutura interna similar:
núcleo, manto e crosta. O núcleo de
Vénus é, como o da Terra, pelo menos
parcialmente líquido, porque os dois
planetas têm se resfriado mais ou
menos na mesma taxa.[12] O tamanho
ligeiramente menor de Vénus sugere que
as pressões são significativamente
menores no seu interior do que na Terra.
A principal diferença entre os dois
planetas é a inexistência de placas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Momento_de_in%C3%A9rcia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geoqu%C3%ADmica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_(geologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crosta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B4nica_de_Placas
tectônicas em Vénus, provavelmente
devido à superfície e manto secos. Isto
resulta em uma reduzida perda de calor
pelo planeta, impedindo-o de se resfriar,
e é a provável explicação para a falta de
um campo magnético gerado
internamente.[13]
Geografia
Mapa de Vénus, baseado no mapeamento de radar
da sonda Pioneer Venus 1. Nesse mapa são
mostrados os "continentes" elevados em amarelo:
Ishtar Terra no alto e Afrodite Terra logo abaixo do
equador, à direita.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B4nica_de_Placas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Map_of_Venus.png
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pioneer_Venus_1
Cerca de 80% da superfície de Vénus é
coberta por suaves planícies vulcânicas,
sendo que 70% são planícies com
cadeias enrugadas e 10% são planícies
suaves ou lobuladas.[14] Duas mesetas
principais em forma de continentes
compõem o restante da superfície, uma
situando-se no hemisfério norte e a outra
logo ao sul do equador. A meseta ao
norte é chamada de Ishtar Terra, em
homenagem a Ishtar, a deusa babilônica
do amor, e tem aproximadamente a
superfície da Austrália. Maxwell Montes,
a montanha mais alta de Vénus, fica em
Ishtar Terra. Seu pico fica 11 km acima
da elevação média da superfície
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meseta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ishtar_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ishtar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Babil%C3%B4nia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Maxwell_Montes
venusiana. O continente meridional é
chamado de Afrodite Terra, em
homenagem à deusa grega do amor, e é
a maior das duas mesetas, com o
tamanho aproximado da América do Sul.
Uma rede de fraturas e falhas cobre a
maior parte desta área.[15]
Além das crateras de impacto,
montanhas e vales comumente
encontrados nos planetas rochosos,
Vénus reúne um conjunto de acidentes
geográficos únicos. Entre esses, há
vulcões com topo plano, chamados
farras, que se parecem com panquecas e
têm diâmetro variando entre 20 e 50 km
e altura de 100 a 1 000 m; sistemas de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aphrodite_Terra
fraturas radiais estrelados, chamados
novae; acidentes geográficos com
fraturas radiais e concêntricas
parecendo teias de aranha, conhecidos
como aracnoides; e coronae, anéis
circulares de fraturas às vezes cercados
por depressões. Esses acidentes têm
origem vulcânica.[16]
A maior parte dos acidentes geográficos
venusianos recebe o nome de mulheres
históricas e mitológicas.[17] Exceções
são o Maxwell Montes, em homenagem
a James Clerk Maxwell, e as regiões
altas Alpha Regio, Beta Regio e Ovda
Regio. Esses acidentes foram nomeados
antes da adoção do sistema atual pela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aracnoide_(astrogeologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Maxwell_Montes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/James_Clerk_Maxwell
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alpha_Regio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Beta_Regio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ovda_Regio
União Astronômica Internacional, a
organização que administra a
nomenclatura planetária.[18]
As longitudes das características físicas
em Vénus são expressas em relação à
linha do meridiano principal. A linha do
meridiano inicialmente passava pela
mancha clara ao radar no centro do
acidente oval Eva, localizado ao sul de
Alpha Regio.[19] Depois das missões
Venera, a linha do meridiano foi
redefinida para passar pelo pico central
da cratera Ariadne.[20][21]
Geologia da superfície
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Astron%C3%B4mica_Internacional
A maior parte da superfície venusiana
parece ter sido formada por atividade
vulcânica. Vénus tem um número de
Imagem obtida por radar da superfície de Vénus,
centrada à longitude 180° Leste.
Crateras de impacto na superfície de Vénus
(imagem reconstruída a partir de dados de radar).
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus_globe.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mgn_p39146.png
vulcões várias vezes superior ao da Terra
e possui 167 enormes vulcões que têm
mais de 100 km de diâmetro. O único
complexo vulcânico deste tamanho na
Terra é a Grande Ilha do Havaí, nos
Estados Unidos.[16] Entretanto, isto não
acontece por Vénus ser vulcanicamente
mais ativo que a Terra, e sim porque sua
crosta é mais velha. A crosta oceânica
da Terra é continuamente reciclada por
subducção nas bordas das placas
tectônicas e tem uma idade média de
cerca de 100 milhões de anos,[22]
enquanto a idade da superfície
venusiana é estimada entre 300 e 600
milhões de anos.[8][16]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ilha_Hava%C3%AD
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hava%C3%AD
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crosta_oce%C3%A2nica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Zona_de_subduc%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B4nica_de_placas
Várias evidências apontam para a
existência de atividade vulcânica
corrente em Vénus. Além disso, durante
o programa espacial soviético Venera, as
sondas Venera 11 e Venera 12
detectaram um fluxo constante de raios,
e a sonda Venera 12 registrou um ruído
poderoso de trovãoassim que pousou na
superfície. A sonda Venus Express da
Agência Espacial Europeia registrou
raios abundantes na alta atmosfera.[23]
Enquanto a chuva causa tempestades na
Terra, não há chuva na superfície de
Vénus (embora haja efetivamente chuva
de ácido sulfúrico na atmosfera superior,
que evapora cerca de 25 km acima da
superfície).[24] Uma possibilidade é que
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Venera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_11
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_12
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Raio_(meteorologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Trov%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venus_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_Espacial_Europeia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_sulf%C3%BArico
as cinzas de uma erupção vulcânica
estivessem gerando os raios. Outra
evidência vem de medições da
concentração de dióxido de enxofre na
atmosfera, que indicaram queda por um
fator de 10 entre 1978 e 1986. Isto pode
indicar que os níveis medidos
inicialmente estavam elevados devido a
uma grande erupção vulcânica.[25] Em
2015, vasculhando dados da missão
europeia Venus Express, cientistas
descobriram picos transitórios de
temperatura em vários pontos sobre a
superfície do planeta. Os pontos
quentes, que foram encontrados
lampejando e desvanecendo no decurso
de apenas alguns dias, parecem ser
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venus_Express
gerados por fluxos ativos de lava na
superfície. Estas são algumas das
melhores evidências de que em Vênus há
atividade vulcânica.[26]
Há quase mil crateras de impacto em
Vénus, distribuídas igualmente na
superfície. Em outros corpos celestes
com crateras, como a Terra e a Lua, as
crateras apresentam uma variedade de
estados de degradação. Na Lua, a
degradação é causada por impactos
subsequentes, enquanto na Terra ela é
causada pela erosão do vento e chuva.
Entretanto, em Vénus, cerca de 85% das
crateras estão em sua condição original.
O número de crateras, junto com a sua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
bem preservada condição, indica que o
planeta passou por um evento de
recobrimento superficial entre 300 e 600
milhões de anos atrás,[8][9] seguido por
uma queda do vulcanismo.[27] A crosta
da Terra está em movimento contínuo,
mas acredita-se que Vénus não possa
sustentar um processo assim. Sem
placas tectônicas para dissipar o calor
do manto, Vénus passa por um processo
cíclico no qual as temperaturas do
manto se elevam até atingir um nível
crítico que enfraquece a crosta. Então,
durante um período de 100 milhões de
anos, a subducção ocorre em enorme
escala, reciclando completamente a
crosta.[16]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Subduc%C3%A7%C3%A3o
Os diâmetros das crateras venusianas
variam entre 3 km e 280 km. Devido aos
efeitos da densa atmosfera nos objetos
que caem, não há crateras menores que
3 km. Objetos com energia cinética
inferior a um determinado valor são tão
desacelerados pela atmosfera que não
criam uma cratera de impacto.[28]
Projéteis com menos de 50 m de
diâmetro fragmentam-se e incendeiam-
se na atmosfera antes de atingir o
solo.[29]
Atmosfera e clima
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Energia_cin%C3%A9tica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venuspioneeruv.jpg
Vénus tem uma atmosfera
extremamente densa, que consiste
principalmente de dióxido de carbono e
uma pequena quantidade de nitrogênio.
A massa atmosférica é 93 vezes a da
atmosfera da Terra, enquanto a pressão
na superfície do planeta é 92 vezes
aquela na superfície da Terra – uma
pressão equivalente àquela a uma
profundidade de quase 1 km no oceano
da Terra. A densidade na superfície é de
Estrutura das nuvens na atmosfera venusiana em
1979, revelada pelas observações em ultravioleta
da sonda 'Pioneer Venus Orbiter.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venuspioneeruv.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_V%C3%AAnus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pioneer_Venus_1
65 kg/m³ (6,5% da densidade da água). A
atmosfera rica em CO2, juntamente com
as espessas nuvens de dióxido de
enxofre, gera o mais forte efeito estufa
do Sistema Solar, criando temperaturas
na superfície acima de 460 °C.[30] Isto
torna a superfície venusiana mais quente
do que a de Mercúrio, que tem
temperatura superficial mínima de
-220 °C e a máxima de 420 °C,[31] apesar
de Vénus estar a uma distância do Sol
quase duas vezes maior que a de
Mercúrio e receber apenas 25% da
irradiação solar que Mercúrio recebe
(2 613,9 W/m² na atmosfera superior e
1 071,1 W/m² na superfície).
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_enxofre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
Estudos sugeriram que há alguns bilhões
de anos a atmosfera venusiana era muito
mais parecida com a da Terra do que é
agora, e que havia provavelmente
substanciais quantidades de água
líquida na superfície, mas um efeito
estufa foi causado pela evaporação da
água original, o que gerou um nível
crítico de gases de efeito estufa na
atmosfera.[32]
A inércia térmica e a transferência de
calor por ventos na atmosfera inferior
fazem com que a temperatura na
superfície venusiana não varie
significativamente entre dia e noite,
apesar da rotação extremamente lenta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gases_de_efeito_estufa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/In%C3%A9rcia_t%C3%A9rmica
do planeta. Os ventos na superfície são
lentos, movendo-se a poucos
quilômetros por hora, mas, por causa da
alta densidade da atmosfera na
superfície do planeta, exercem uma força
significativa contra obstáculos e
transportam poeira e pequenas pedras
pela superfície. Só isso já tornaria difícil
um homem caminhar, mesmo que o
calor e a falta de oxigênio não fossem
um problema.[33]
Acima da densa camada de CO2 estão
espessas nuvens consistindo
principalmente de gotículas de dióxido
de enxofre e ácido sulfúrico.[34][35] Essas
nuvens refletem de volta para o espaço
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_enxofre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_sulf%C3%BArico
cerca de 60% da luz do Sol que incide
sobre elas e impedem a observação
direta da superfície venusiana na luz
visível. A capa permanente de nuvens
implica que embora Vénus esteja mais
próximo do Sol do que a Terra, sua
superfície não é tão bem iluminada.
Fortes ventos a 300 km/h no topo das
nuvens circulam o planeta a cada 4 a 5
dias terrestres.[36] Os ventos venusianos
se movem a até 60 vezes a velocidade
de rotação do planeta, enquanto na Terra
os ventos mais fortes chegam a apenas
10% a 20% da velocidade de rotação.[37]
A superfície de Vénus é efetivamente
isotérmica; ela mantém uma temperatura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espectro_vis%C3%ADvel
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Transforma%C3%A7%C3%A3o_isot%C3%A9rmica
constante não somente entre dia e noite,
mas também entre o equador e os
polos.[38][39] A pequena inclinação axial
do planeta (menos de três graus,
comparados com os 23 graus da Terra)
também minimiza variações sazonais de
temperatura.[40] A única variação
apreciável de temperatura ocorre com a
altitude. Em 1995, a sonda Magellan
localizou uma substância altamente
reflexiva nos topos das montanhas mais
altas, que tinham grande semelhança
com a neve terrestre. Esta substância
presumivelmente se formou num
processo similar à neve, embora a uma
temperatura muito maior. Volátil demais
para condensar na superfície, ela subiu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o_axial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magellan
em forma de gás para as elevações
maiores e mais frias, onde então
precipitou. A identidade desta substância
não foi determinada com certeza, mas
as especulações variam entre telúrio
elementar e sulfeto de chumbo
(galena).[41]
As nuvens de Vénus são capazes de
produzir raios de forma muito similar às
nuvens da Terra.[42] A existência de raios
foi controversa desde que as primeiras
explosões foramdetectadas pelas
últimas sondas soviéticas Venera.
Entretanto, em 2006-07 a Venus Express
claramente identificou ondas
eletromagnéticas típicas de raios. Sua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tel%C3%BArio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Galena
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Raio_(meteorologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venus_Express
aparição intermitente indica um padrão
associado à atividade do clima. A
frequência de raios é pelo menos a
metade daquela da Terra.[42] Em 2007, a
sonda Venus Express descobriu que
existe um enorme vórtex atmosférico
duplo no polo sul do planeta.[43][44]
Campo magnético e núcleo
Comparação de tamanho entre os planetas
terrestres: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3rtice
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Terrestrial_planet_size_comparisons.jpg
Em 1967, a sonda soviética Venera 4
descobriu que o campo magnético de
Vénus é muito mais fraco do que o da
Terra. Este campo magnético é induzido
por uma interação entre a ionosfera e o
vento solar,[45][46] e não por um dínamo
no núcleo, como aquele no interior da
Terra. A pequena magnetosfera induzida
de Vénus provê uma proteção
desprezível contra a radiação cósmica, e
esta pode provocar descargas de raios
de nuvem para nuvem.[47]
A falta de um campo magnético
intrínseco em Vénus foi surpreendente
porque o planeta é similar à Terra em
tamanho, e era esperado que também
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_4
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ionosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_d%C3%ADnamo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_(geologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Raio_c%C3%B3smico
contivesse um dínamo em seu núcleo.
Um dínamo requer três condições: um
líquido condutor, rotação e convecção.
Estima-se que o núcleo seja
eletricamente condutor e, apesar de se
imaginar que a rotação seja lenta,
simulações mostram que ela é suficiente
para produzir um dínamo.[48][49] Isto leva
ao entendimento de que a inexistência
do dínamo se deve à falta de convecção
no núcleo de Vénus. Na Terra, a
convecção ocorre na camada externa de
líquido do núcleo porque o fundo da
camada de líquido é muito mais quente
do que o topo. Em Vénus, um evento
global de recobrimento da superfície
pode ter fechado as placas tectônicas,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Condutor_el%C3%A9trico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Convec%C3%A7%C3%A3o
levando a um fluxo reduzido de calor
através da crosta. Isto levou à elevação
da temperatura do manto, reduzindo
assim o fluxo de calor para fora do
núcleo. Como resultado, não há um
dínamo que possa gerar um campo
magnético e a energia calorífica do
núcleo é usada para reaquecer a
crosta.[50]
Vénus não tem um núcleo interno
sólido,[51] ou seu núcleo não está se
resfriando atualmente, de modo que toda
a parte líquida do núcleo está
aproximadamente à mesma
temperatura. Outra possibilidade é que o
núcleo já tenha se solidificado
completamente. O estado do núcleo é
altamente dependente da concentração
de enxofre, que ainda é desconhecida.[50]
Vénus orbita o Sol a uma distância
média de cerca de 108 milhões de
Órbita e rotação
Reproduzir
conteúdo
Vénus gira em torno do seu eixo na direção oposta
da maioria dos planetas do Sistema Solar.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/45/VenusAnimation.ogv
quilômetros (cerca de 0,7 UA) e completa
uma órbita a cada 224,65 dias. Embora
todas as órbitas planetárias sejam
elípticas, a de Vénus é a mais próxima da
circular, com uma excentricidade de
menos de 1%.[38] Quando Vénus se
coloca entre a Terra e o Sol, numa
posição conhecida como "conjunção
inferior", ele faz a maior aproximação da
Terra de todos os planetas, ficando a
uma distância média de 41 milhões de
quilômetros.[38] O planeta atinge a
conjunção inferior a cada 584 dias, em
média.[38] Devido à decrescente
excentricidade da órbita da Terra, as
distâncias mínimas tendem a ficar
maiores. Do ano 1 até 5383, há 526
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elipse
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Conjun%C3%A7%C3%A3o_(astronomia_e_astrologia)
aproximações a menos de 40 milhões de
quilômetros; depois, não há mais
nenhuma por cerca de 60 200 anos.[52]
Durante períodos de grande
excentricidade, Vénus pode se aproximar
a até 38,2 milhões de quilômetros.[38]
Posição orbital e rotação de Vénus, mostradas em
intervalos de 10 dias terrestres entre 0 e 250 dias. A
posição do ponto da superfície que era o ponto
anti-solar no dia zero é indicada por uma cruz.
Como consequência da lenta rotação retrógrada,
qualquer ponto de Vénus tem quase 60 dias
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NASA_SP-3029_Figure_13-1.tiff
Observados de um ponto sobre o polo
norte do Sol, todos os planetas orbitam
no sentido anti-horário; mas, enquanto a
maioria dos planetas também gira sobre
seu eixo no sentido anti-horário, Vénus
gira em sentido horário, em uma rotação
retrógrada. O atual período de rotação de
Vénus representa um estado de
equilíbrio entre a maré gravitacional do
Sol, que tende a reduzir a velocidade de
rotação, e uma maré atmosférica criada
pelo aquecimento solar da espessa
atmosfera venusiana. Quando se formou
a partir da nebulosa solar, Vénus pode
ter tido período de rotação e obliquidade
terrestres de iluminação e um período equivalente
de escuridão.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Anti-hor%C3%A1rio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_pr%C3%B3grado_e_retr%C3%B3grado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A9
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_e_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_Sistema_Solar
diferentes, e depois migrou para o
estado atual por causa de mudanças
caóticas provocadas por perturbações
planetárias e efeitos de maré sobre sua
densa atmosfera. Esta mudança no
período de rotação provavelmente
ocorreu ao longo de bilhões de
anos.[53][54]
Vénus gira sobre seu eixo a cada 243
dias terrestres – de longe, a mais lenta
rotação entre todos os planetas. No
equador, a superfície venusiana gira a
6,5 km/h, enquanto, na Terra, a
velocidade de rotação é de cerca de 1
670 km/h.[55] Um dia sideral venusiano é,
portanto, mais longo do que um ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_sideral
venusiano (243 contra 224,7 dias
terrestres).[56] Entretanto, por causa da
rotação retrógrada, a duração do dia
solar em Vénus é significativamente
mais curta que o dia sideral. Para um
observador na superfície de Vénus, o
tempo entre um nascer do Sol e outro
seria de 116,75 dias terrestres.[57] Como
resultado do dia solar relativamente
longo, um ano em Vénus dura
aproximadamente 1,92 dia venusiano.[57]
Um aspecto curioso da órbita e período
de rotação de Vénus é que o intervalo
médio de 584 dias entre aproximações
sucessivas da Terra é quase exatamente
igual a cinco dias solares venusianos.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hor%C3%A1rio_solar_aparente
Depois de 584 dias, Vénus aparece numa
posição a 72° da inclinação anterior.
Depois de cinco períodos de 72° em uma
circunferência, Vénus regressa ao
mesmo ponto do céu a cada 8 anos
(menos dois dias correspondentes aos
anos bissextos). Este período era
conhecido como o ciclo Sothis no Antigo
Egito. Não se sabe se esta relação
aconteceu por acaso ou se é resultado
de efeito de maré com a Terra.[58]
Vénus não possui satélites naturais,[59]
embora o asteroide 2002 VE68
atualmente mantenha uma relação de
quasi-satélite com ele.[60] No século XVII,
o astrônomo Giovanni Cassini informou
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/2002_VE68
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quasi-sat%C3%A9lite
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Cassiniter visto uma lua orbitando Vénus, a qual
foi chamada Neith, uma deusa egípcia.
Ao longo dos 200 anos seguintes, houve
numerosos outros registros, mas
finalmente foi determinado que a maioria
deles se referia a estrelas que tinham
estado perto de Vénus. De acordo com
estudo de 2006 de Alex Alemi e David
Stevenson, do Instituto de Tecnologia da
Califórnia em Pasadena, sobre modelos
do início do Sistema Solar, é muito
provável que, bilhões de anos atrás,
Vénus tivesse pelo menos um satélite
natural, criada por um grande evento de
impacto.[61][62] Cerca de 10 milhões de
anos depois, de acordo com o estudo,
outro impacto inverteu o sentido de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neith_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neite
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Tecnologia_da_Calif%C3%B3rnia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pasadena_(Calif%C3%B3rnia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_impacto
rotação do planeta, o que fez o satélite
venusiano se aproximar a Vénus[63] até
colidir e se juntar com o planeta. Se
impactos subsequentes criaram luas,
elas também foram absorvidas da
mesma forma. Uma explicação
alternativa para a falta de satélites é o
efeito de fortes marés solares, que
podem desestabilizar grandes satélites
orbitando os planetas terrestres.[59]
Observação
Vénus refletida no Oceano Pacífico à noite; o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acelera%C3%A7%C3%A3o_de_mar%C3%A9s
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus-pacific-levelled.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oceano_Pac%C3%ADfico
Vénus é mais brilhante que qualquer
astro visto no céu (descontando o Sol e a
Lua), e sua magnitude aparente máxima
é de -4,6.[38] O planeta pode ser visto
facilmente quando o Sol está baixo no
horizonte. Por ser um planeta inferior, ele
sempre se posiciona a até 47° do Sol.[64]
Vénus "ultrapassa" a Terra a cada 584
dias enquanto orbita o Sol.[38] Nessas
ocasiões, ele muda de "Estrela
Vespertina", visível após o pôr do sol,
para "Estrela Matutina", visível antes do
nascer do Sol. Enquanto Mercúrio, o
outro planeta inferior, atinge uma
planeta é mais brilhante que qualquer estrela,
descontando o Sol.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
elongação máxima de apenas 28°, e é
frequentemente difícil de discernir no
crepúsculo, Vénus é difícil de perder
quando está mais brilhante. Sua maior
elongação máxima significa que ele é
visível em céus escuros por bastante
tempo depois do pôr do Sol. Sendo o
objeto pontual mais brilhante do céu,
Vénus é frequentemente citado pela
mídia como "objeto voador não
identificado".[65]
À medida que se move em sua órbita,
Vénus apresenta, na visão telescópica,
fases como as da Lua. Nas fases de
Vênus, o planeta apresenta uma pequena
imagem "cheia" quando está no lado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elonga%C3%A7%C3%A3o_(astronomia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Objeto_voador_n%C3%A3o_identificado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fase_planet%C3%A1ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fases_de_V%C3%AAnus
oposto do Sol. Ele mostra uma maior
fase "quarto" quando está em sua
máxima elongação em relação ao Sol.
Vénus está mais brilhante no céu
noturno e apresenta uma muito maior
fase "crescente" na visão telescópica
quando se aproxima da região entre a
Terra e o Sol. Vénus está maior e
apresenta sua fase "nova" quando está
entre o Sol e a Terra. Como tem uma
atmosfera, ele pode ser visto no
telescópio pelo halo de luz refratada em
torno do planeta.[64]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phases_Venus.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venustransit_2004-06-08_07-49.jpg
A órbita venusiana é ligeiramente
inclinada em relação à órbita da Terra;
assim, quando o planeta passa entre a
Terra e o Sol, ele normalmente não cruza
a face do Sol. Entretanto, trânsitos de
Vénus ocorrem quando a conjunção
inferior do planeta coincide com a sua
presença no plano da órbita da Terra.
Trânsitos de Vénus ocorrem em ciclos de
243 anos, sendo que o padrão atual
consiste de pares de trânsitos separados
Fases de Vénus
observadas na Terra.
Trânsito de Vénus de 8 de
junho de 2004.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_V%C3%AAnus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phases_Venus.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venustransit_2004-06-08_07-49.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fases_de_V%C3%AAnus
em oito anos, em intervalos de cerca de
105,5 ou 121,5 anos. O par de trânsitos
mais recente aconteceu em junho de
2004 e junho de 2012. O par de trânsitos
anterior ocorreu em dezembro de 1874 e
dezembro de 1882 e o próximo ocorrerá
em dezembro de 2117 e dezembro de
2125.[66] Historicamente, os trânsitos de
Vénus foram importantes porque
permitiram aos astrônomos determinar
diretamente o tamanho da Unidade
Astronômica e, portanto, o tamanho do
Sistema Solar.
Um persistente mistério das
observações de Vénus é a chamada luz
de Ashen – uma aparentemente fraca
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_Astron%C3%B4mica
iluminação do lado escuro do planeta,
vista quando ele está na fase crescente.
A primeira observação registrada da luz
de Ashen ocorreu em 1643, mas a sua
existência nunca foi confirmada de
forma confiável. Observadores
especulam que ela pode ser causada por
atividade elétrica na atmosfera
venusiana, mas isto pode ser ilusório,
efeito fisiológico de se observar um
objeto muito brilhante em forma de
crescente.[67]
Pesquisas iniciais
Pesquisas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus_Tablet_of_Ammisaduqa.jpg
Vénus era conhecido nas civilizações
antigas como a "estrela matutina" ou a
"estrela vespertina". Diversas culturas
historicamente tomaram as aparições
como estrela da manhã ou da tarde
A Tábua de Vênus de Ammisaduqa, que data do
primeiro milênio antes da era comum, registra as
observações de antigos astrólogos babilônicos. A
Tábua refere-se a Vênus como Nin-dar-an-na, ou
"brilhante rainha do céu".
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus_Tablet_of_Ammisaduqa.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1bua_de_V%C3%AAnus_de_Ammisaduqa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Antes_da_era_comum
como de dois corpos celestes diferentes.
Credita-se ao filósofo grego Pitágoras o
reconhecimento de que as estrelas eram
um único corpo, no século VI a.C.,
embora ele pensasse que Vénus orbitava
a Terra.[68]
O trânsito de Vénus foi observado pela
primeira vez pelo astrônomo persa
Avicena, que concluiu que Vénus estava
mais perto da Terra do que o Sol[69] e
estabeleceu que Vénus estava, pelo
menos algumas vezes, abaixo do Sol.[70]
No século XII, o astrônomo andaluz Ibn
Bajjah observou "dois planetas como
manchas pretas na face do Sol", o que
foi mais tarde identificado como o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pit%C3%A1goras
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_V%C3%A9nus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astronomia_isl%C3%A2mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Avicena
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Al-Andalus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Avempace
trânsito de Vénus e Mercúrio pelo
astrônomo Qotb al-Din Shirazi, do
observatório Maragha, no século XIII.[71]
Quando o físico e astrônomo italiano
Galileu Galilei observou o planeta pela
primeira vez no início do século XVII,
descobriu que ele apresentava fases
como a Lua, variando de crescente a
gibosa e para cheia e vice-versa. Quando
Vénus está mais distante do Sol no céu,
ele mostra uma fase meio-iluminada e
quando está mais perto do Sol no céu
mostra uma fase crescente ou cheia. Isto
só seria possível se Vénus orbitasse o
Sol, e esta foi uma das primeiras
observações a claramente contradizer o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei
modelo geocêntrico do astrônomo grego
Cláudio Ptolomeu de que o Sistema
Solar era concêntrico e centrado na
Terra.[72]
A atmosfera de Vénus foi descoberta em
1761 pelo pesquisador russo Mikhail
Lomonossov.[73][74] Ela foi observada em
1790 pelo astrônomo alemão Johann
Schröter, que descobriu que, quando o
planeta estavaem um crescente fino, as
pontas se estendiam por mais que 180°.
Ele corretamente supôs que isto se devia
à dispersão da luz do Sol numa
atmosfera densa. Mais tarde, o
astrônomo norte-americano Chester
Smith Lyman observou um anel completo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geocentrismo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ptolomeu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_V%C3%A9nus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Lomonossov
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dispers%C3%A3o_(F%C3%ADsica)
em torno do lado escuro do planeta
quando ele estava na conjunção inferior,
fornecendo uma evidência adicional para
uma atmosfera.[75] A atmosfera
complicou os esforços para determinar o
período de rotação do planeta, e
observadores como o italiano Giovanni
Cassini e Schröter incorretamente
estimaram períodos de cerca de 24
horas, a partir do movimento de marcas
na superfície aparente do planeta.[76]
Observações terrestres
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Cassini
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phases-of-Venus.svg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus_pentagram.png
Pouco mais foi descoberto sobre Vénus
até o século XX. Seu disco quase sem
acidentes não dava indícios de como sua
superfície deveria ser, e somente com o
desenvolvimento das observações por
espectroscopia, radar e radiação
A descoberta de
Galileu que
Vênus
apresenta fases
provou que o
planeta orbita o
Sol e não a
Terra.
Conjunções inferiores sucessivas
de Vénus se repetem numa
ressonância orbital muito próxima
a 13:8 (a Terra orbita 8 vezes para
cada 13 órbitas de Vénus), criando
uma sequência de precessão
pentagrâmica.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_ultravioleta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phases-of-Venus.svg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus_pentagram.png
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei
ultravioleta é que um pouco mais dos
seus segredos foram revelados. As
primeiras observações por raios
ultravioleta ocorreram nos anos 1920,
quando Frank E. Ross descobriu que
fotografias com ultravioleta revelavam
consideráveis detalhes que estavam
ausentes nas radiações visível e
infravermelha. Ele sugeriu que isto se
devia a uma baixa atmosfera amarela
muito densa, com altas nuvens do tipo
cirrus sobre ela.[77]
Observações por espectroscopia nos
anos 1900 deram as primeiras pistas
sobre a rotação venusiana. Vesto Melvin
Slipher tentou medir o efeito Doppler da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_ultravioleta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_infravermelha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cirrus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vesto_Melvin_Slipher
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_Doppler
luz por Vénus, mas descobriu que não
podia detectar nenhuma rotação. Ele
supôs que o planeta tinha um período de
rotação muito mais longo do que se
pensava anteriormente.[78] Mais tarde,
trabalhos na década de 1950 mostraram
que a rotação era retrógrada.
Observações de Vénus por radar
ocorreram inicialmente na década de
1960 e forneceram as primeiras medidas
do período de rotação que se
aproximavam do valor atualmente
conhecido.[79]
Observações por radar a partir da Terra
na década de 1970 revelaram pela
primeira vez detalhes da superfície
venusiana. Pulsos fortes de ondas de
rádio foram emitidos para o planeta
usando o rádio-telescópio de 305 metros
do Observatório de Arecibo e os ecos
revelaram duas regiões altamente
reflexivas, designadas regiões Alpha e
Beta. As observações também revelaram
uma região brilhante atribuída a
montanhas, que foi chamada Maxwell
Montes.[80] Esses três acidentes são
atualmente os únicos em Vénus que não
têm nomes femininos.[81]
Esforços iniciais
Exploração
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radiotelesc%C3%B3pio_de_Arecibo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alpha_Regio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Beta_Regio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Maxwell_Montes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mariner_2.jpg
A primeira tentativa de missão com uma
sonda espacial robótica a Vénus, e a
primeira para qualquer planeta, começou
em 12 de fevereiro de 1961, com o
lançamento da sonda Venera 1. A
primeira nave do, quanto ao mais,
altamente bem sucedido Programa
Venera soviético, a Venera 1, foi lançada
numa trajetória de impacto direto, mas o
contato foi perdido após uma semana de
missão, quando a sonda estava a cerca
Sonda Mariner 2, lançada em 1962.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7onave_rob%C3%B3tica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Venera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mariner_2.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_2
de dois milhões de quilômetros da Terra.
Estima-se que ela tenha passado a 100
mil quilômetros de Vénus em meados de
maio.[82]
A exploração de Vénus pelos Estados
Unidos também começou mal, com a
perda da sonda Mariner 1 no
lançamento, como parte do Programa
Mariner. A missão subsequente Mariner
2 obteve maior sucesso e, depois de uma
órbita de transferência de 109 dias, em
14 de dezembro de 1962 ela se tornou a
primeira missão interplanetária com
sucesso, passando a 34 833 km da
superfície de Vénus. Os seus
radiômetros de microondas e
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Mariner
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_2
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita_de_transfer%C3%AAncia_de_Hohmann
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radi%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Microondas
infravermelho revelaram que, enquanto o
topo das nuvens venusianas era frio, a
superfície era extremamente quente –
pelo menos 425 °C, finalmente
descartando quaisquer esperanças de
que o planeta poderia abrigar vida na
superfície. A Mariner 2 também
melhorou as estimativas da massa e da
Unidade Astronômica. Entretanto, como
seus instrumentos não foram projetados
para adquirirem boa precisão, ela não foi
capaz de detectar um campo magnético
ou cinturão de radiação.[83]
Entrada na atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Infravermelho
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_Astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintur%C3%A3o_de_Van_Allen
A sonda soviética Venera 3
provavelmente chocou-se com o solo de
Vénus em 1 de março de 1966. Era o
primeiro objeto fabricado pelo homem a
entrar na atmosfera e atingir a superfície
de outro planeta, embora o seu sistema
de comunicação tenha falhado antes que
fosse possível retornar qualquer dado do
planeta.[84] O encontro seguinte de Vénus
com uma sonda não tripulada ocorreu
em 18 de outubro de 1967, quando a
Venera 4 entrou na atmosfera com
sucesso e desenvolveu uma série de
experimentos científicos. A Venera 4
mostrou que a temperatura na superfície
era ainda maior do que a medida pela
Mariner 2 – quase 500 °C, e que entre 90
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_3
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_4
e 95% da atmosfera eram dióxido de
carbono. A atmosfera venusiana era
consideravelmente mais densa do que
os projetistas da Venera 4 tinham
previsto, e a queda do paraquedas mais
lenta do que o pretendido implicou que
as suas baterias se esgotaram antes de
a sonda atingir a superfície. Depois de
retornar dados da descida por 93
minutos, a última leitura da pressão foi
de 18 bar, a uma altitude de 24,96 km.[84]
Outra sonda chegou a Vénus um dia
depois, em 19 de outubro de 1967,
quando a sonda norte-americana Mariner
5 realizou um sobrevoo a uma distância
de menos de 4 000 km sobre o topo das
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_5
nuvens. A Mariner 5 foi originalmente
construída como reserva da sonda
Mariner 4 enviada a Marte, mas como
esta missão foi bem-sucedida, a outra
sonda foi reprogramada para uma
missão a Vénus. Um conjunto de
instrumentos mais sensíveis do que
aqueles da Mariner 2, em particular o seu
experimento de rádio-ocultação, retornou
dados sobre a composição, pressão e
densidadeda atmosfera venusiana.[85]
Os dados do conjunto Venera 4-Mariner 5
foram analisados por uma equipe
combinada soviético-americana, em uma
série de colóquios ao longo do ano
seguinte,[86] num exemplo inicial de
cooperação espacial.[87]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_4
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(planeta)
Armada com as lições e dados obtidos
com a Venera 4, a União Soviética lançou
as sondas gêmeas Venera 5 e Venera 6,
com cinco dias de diferença em janeiro
de 1969; elas chegaram a Vénus com um
dia de diferença, em 16 e 17 de maio
daquele ano. As sondas atmosféricas
foram reforçadas para melhorar a sua
altitude de esmagamento para 25 bar e
foram equipadas com paraquedas
menores para permitir uma descida mais
rápida. Como os modelos atmosféricos
então considerados de Vénus sugeriam
uma pressão na superfície entre 75 e
100 bar, não era esperado que elas
sobrevivessem à superfície. Depois de
retornar dados atmosféricos por um
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_5
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_6
pouco mais de 50 minutos, ambas foram
esmagadas a altitudes de
aproximadamente 20 km, antes de
chocarem-se com a superfície no lado
escuro de Vénus.[84]
Ciência da superfície e da atmosfera
A Venera 7 representou um esforço para
retornar dados da superfície do planeta,
e foi construída com um módulo de
A Pioneer Venus 1 em órbita.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_7
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pioneer_Venus_orbiter.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pioneer_Venus_1
descida reforçado, capaz de suportar
uma pressão de 180 bar. O módulo foi
pré-resfriado antes da entrada e
equipado com um paraquedas especial
para uma descida rápida de 35 minutos.
Ao entrar na atmosfera no dia 15 de
dezembro de 1970, acredita-se que o
paraquedas tenha se rasgado
parcialmente durante a descida e a
sonda atingiu a superfície com um forte
impacto, embora não fatal.
Provavelmente inclinada para um lado,
ela retornou um sinal de rádio fraco,
fornecendo dados da temperatura por 23
minutos, na primeira telemetria recebida
da superfície de outro planeta.[84]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Telemetria
O programa Venera continuou com a
Venera 8 enviando dados da superfície
por 50 minutos, e a Venera 9 e Venera 10
enviando as primeiras imagens da
paisagem venusiana. Os dois locais de
descida apresentaram terrenos muito
diferentes nas vizinhanças das sondas: a
Venera 9 tinha descido num declive de
20 graus de inclinação, com pedras de
30 a 40 cm espalhadas em volta; a
Venera 10 mostrou lajes rochosas
semelhantes a basalto, entremeadas
com material desgastado pelas
intempéries.[88]
Enquanto isso, a NASA tinha enviado a
sonda Mariner 10 numa trajetória em
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_8
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_9
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_10
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Basalto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_10
gravidade assistida por Vénus, no seu
caminho para Mercúrio. Em 5 de
fevereiro de 1974, a Mariner 10 passou a
5 790 km de Vénus, enviando mais de 4
000 fotografias. As imagens, as
melhores em qualidade até então
obtidas, mostravam que o planeta era
quase sem acidentes geográficos à luz
visível, mas a luz ultravioleta revelou
detalhes nas nuvens que nunca haviam
sido vistos nas observações a partir da
Terra.[89]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade_assistida
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ultravioleta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pioneer_Venus_Multiprobe_spacecraft.jpg
O projeto norte-americano Pioneer Venus
consistiu de duas missões separadas.[90]
A Pioneer Venus Orbiter foi inserida
numa órbita elíptica em torno de Vénus
em 4 de dezembro de 1978 e lá
permaneceu por mais de 13 anos,
estudando a atmosfera e mapeando a
superfície com radar. A Pioneer Venus
Multiprobe liberou um total de quatro
A Pioneer Venus Multiprobe com o seu orbitador
principal e as três sondas atmosféricas.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pioneer_Venus_Multiprobe_spacecraft.jpg
sondas, que entraram na atmosfera em 9
de dezembro de 1978, retornando dados
preciosos da sua composição, ventos e
fluxos de calor. Dessas quatro sondas, a
sonda Day continuou transmitindo dados
para a Terra por 67 minutos a partir da
superfície, superando todas as
expectativas dos seus projetistas.[91]
Quatro outras missões Venera ocorreram
ao longo dos quatro anos seguintes, com
a Venera 11 e a Venera 12 detectando as
tempestades elétricas venusianas,[92] e a
Venera 13 e a Venera 14 descendo com
quatro dias de diferença em 1 e 5 de
março de 1982 e retornando as primeiras
fotografias coloridas da superfície.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_11
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_12
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_13
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera_14
Todas as missões abriram paraquedas
para frear na atmosfera superior, mas os
liberaram a uma altitude de 50 km, já que
a densa e quente atmosfera inferior
fornecia fricção suficiente para uma
descida suave. A sonda Venera 13 bateu
um recorde de permanência, ao
transmitir por mais de duas horas (127
minutos) dados para a estação em Terra.
As Veneras 13 e a 14 analisaram
amostras de solo com um espectrômetro
por fluorescência de raios X e tentaram
medir a compressibilidade do solo com
uma sonda de impacto. Para efetuar a
análise, um braço robótico furava o chão
e retirava uma amostra de solo,
conduzindo-a a uma câmera hermética
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crimeia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espectr%C3%B4metro
com uma temperatura de 30 °C e uma
pressão de 0,01 bar.[92] A Venera 14 teve
a má sorte de atingir a capa ejetada da
lente da câmera, e com isso a sonda não
atingiu o solo.[92] O programa Venera
chegou ao fim em outubro de 1983,
quando a Venera 15 e a Venera 16 foram
colocadas em órbita para conduzir o
mapeamento do solo venusiano com um
radar rudimentar de abertura sintética.
As duas sondas juntas mapearam por
volta de 25% da superfície venusiana (ou
1/4 de Vênus).[93]
Em 1985, a União Soviética aproveitou a
oportunidade de combinar missões a
Vénus e ao cometa Halley, que passava
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa_Halley
pelo Sistema Solar interno naquele ano.
No caminho para o cometa Halley, em 11
e 15 de junho de 1985 cada uma das
duas naves da Missão Vega lançou uma
sonda do tipo Venera (das quais a da
Vega 1 falhou parcialmente) e liberou na
alta atmosfera um aerobot (robô aéreo
suportado por balão). Os balões
alcançaram uma altitude de equilíbrio de
cerca de 53 km, onde a pressão e a
temperatura são comparáveis às da
superfície da Terra. Eles permaneceram
operacionais por aproximadamente 46
horas e descobriram que a atmosfera
venusiana era mais turbulenta do que se
acreditava anteriormente e sujeita a
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Miss%C3%A3o_Vega
fortes ventos e poderosas células de
convecção.[94][95]
Mapeamento com radar
A sonda norte-americana Magellan foi
lançada em 4 de maio de 1989, com a
missão de mapear a superfície de Vénus
Mapa topográfico
de Vénus por radar,
feito pela sonda
Magellan (cor
falsa).
Imagem composta de um
aracnoide na superfície de
Vénus, feita a partir de
observações de radar da sonda
Magellan.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_de_convec%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magellan
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus2_mag_big.png
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:VenusianArachnoid.png
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aracnoide_(astrogeologia)
com radar.[18] As imagens de alta
definição obtidas durante os 4 ½ anos de
operação superaram de longe todos os
mapas anteriores e foram comparados a
fotografias a luz visível de outros
planetas. A Magellan captou imagens de
mais de 98 % da superfície de Vénus por
radar[96] e mapeou 95 % do seu campo
gravitacional. Em 1994, no fim da sua
missão,a Magellan foi deliberadamente
enviada para destruição na atmosfera de
Vénus para quantificar a sua
densidade.[97] Vénus foi estudada pelas
naves norte-americanas Galileo e
Cassini, durante sobrevoos em suas
missões para os planetas externos, mas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Galileu_(sonda_espacial)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cassini-Huygens
a Magellan foi a última missão dedicada
a Vénus por mais de uma década.[98][99]
Missões atuais e futuras
A sonda Venus Express foi projetada e
construída pela Agência Espacial
Europeia. Lançada em 9 de novembro de
2005 por um foguete russo Soyuz-Fregat,
ela assumiu com sucesso uma órbita
polar de Vénus em 11 de abril de
2006.[100] A sonda está realizando um
detalhado estudo da atmosfera e nuvens
venusianas e também fará o
mapeamento do ambiente de plasma do
planeta e características da superfície,
particularmente as temperaturas. A sua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venus_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_Espacial_Europeia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita_polar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plasma
missão tem a intenção de durar 500 dias
terrestres, ou cerca de dois anos
venusianos. Um dos principais
resultados da missão Venus Express é a
descoberta da existência de um enorme
vórtex atmosférico no polo sul do
planeta.[100]
A missão MESSENGER da NASA a
Mercúrio realizou dois sobrevoos de
Vénus em outubro de 2006 e junho de
2007, para desacelerar a sua trajetória
para uma inserção orbital de Mercúrio
em 2011. A MESSENGER coletou muitos
dados científicos nesses dois sobrevoos
de passagem.[101] A Agência Espacial
Europeia (junto com o Japão) também
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_Espacial_Europeia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o
planeja lançar uma missão a Mercúrio
em 2018, denominada BepiColombo, que
realizará dois sobrevoos de Vénus antes
de alcançar a órbita de Mercúrio em
2025.[102]
Novas missões a Vénus estão em
planejamento. O órgão aeroespacial
japonês JAXA concebeu um orbitador a
Vénus, o Akatsuki (anteriormente
“Planeta-C”), lançado em 20 de maio de
2010. A nave falhou na entrada em órbita
em dezembro de 2010, entretanto as
esperanças continuaram de que ela
hibernasse e fizesse uma nova tentativa
de inserção em órbita nos seis anos
seguintes. As pesquisas planejadas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/BepiColombo_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/JAXA
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/PLANET-C
incluem a realização de imagens da
superfície com câmera infravermelha e
experimentos voltados para confirmar a
presença de raios, bem como para a
determinação da existência de
vulcanismo superficial atual. Em 7 de
dezembro de 2015, a sonda conseguiu
entrar em uma órbita altamente elíptica e
atualmente orbita o planeta.[103]
Sob o seu Programa Novas Fronteiras, a
Agência Espacial Estadunidense propôs
uma missão de pouso em Vénus,
chamada Venus In-Situ Explorer, para
estudar as condições da superfície e
investigar as características elementares
e mineralógicas do regolito. A sonda
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Raios
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulcanismo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_New_Frontiers
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Regolito
seria equipada com um analisador do
núcleo para perfurar a superfície e
estudar amostras de rochas originais
não desgastadas pelas severas
condições da superfície. Uma missão
com uma sonda voltada para a
atmosfera e superfície de Vénus,
"Surface and Atmosphere Geochemical
Explorer" (SAGE), foi proposta pela NASA
como candidata no Programa Novas
Fronteiras, mas a missão não foi
selecionada para voo.[104]
A Venera-D é uma proposta russa de
sonda a Vénus, planejada para ser
lançada em torno de 2025, com o
objetivo de fazer observações remotas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Venera-D
em torno do planeta e liberar um módulo
de pouso baseado no projeto Venera,
capaz de sobreviver por um longo
período na superfície do planeta. Outros
conceitos propostos de exploração
incluem jipes, balões e aviões.[105]
Sobrevoo tripulado de Vénus
Uma missão tripulada de sobrevoo de
Vénus, usando os equipamentos do
Projeto Apollo, foi proposta no final da
década de 1960.[106] A missão foi
planejada para lançamento em outubro
ou novembro de 1973 e usaria um
foguete Saturno V para enviar três
homens até Vénus, numa missão de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Projeto_Apollo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Saturno_V
aproximadamente um ano. A
espaçonave passaria a
aproximadamente 5 000 km da
superfície de Vénus, cerca de quatro
meses depois da partida.[106]
Histórico de sua compreensão
Na cultura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dresden_Codex_p09.jpg
Por ser um dos objetos mais brilhantes
do céu, Vénus é conhecido desde os
tempos pré-históricos e, como tal,
ganhou uma posição importante na
cultura humana. Ele foi descrito em
textos babilônicos cuneiformes, como a
placa de Vénus de Ammisduqa, que
relata observações que possivelmente
datam de 1600 a.C.[107] Os babilônios
chamavam o planeta de Ishtar (do
sumério Inanna), a personificação da
feminilidade e deusa do amor.[108]
Os antigos egípcios acreditavam que o
planeta Vénus se tratava de dois corpos
O "Dresden Codex" maia, que calcula as aparições
de Vénus.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Babil%C3%B4nia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escrita_cuneiforme
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ishtar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_sum%C3%A9ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inanna
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Feminilidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito
separados e conheciam a estrela da
manhã como Tioumoutiri e a da noite
como Ouaiti.[109] Da mesma forma, os
gregos antigos chamavam a estrela
matutina de Φωσφόρος, Phosphoros
(latinizado como Phosphorus), “o que
traz a luz”, ou Ἐωσφόρος, Eosphoros
(latinizado como Eosphorus), “o que traz
o amanhecer”. A estrela da noite era
chamada Ἓσπερος, Hésperos (latinizada
como Hesperus), a “estrela da noite”. No
auge da antiga Grégia, os gregos
compreenderam que os dois eram o
mesmo planeta,[110][111] que eles
chamaram como a sua deusa do amor,
Afrodite (do fenício Astarte).[112]
Herperos seria traduzido para o latim
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_antiga
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/E%C3%B3sforos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Afrodite
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astarte
como Vésper e Phosphoros como Lucifer
(“Portador da Luz”), um termo poético
que mais tarde foi usado para chamar o
anjo caído expulso do paraíso. Os
romanos, que derivaram muito do seu
panteão religioso da tradição grega,
chamaram o astro errante de Vénus, a
partir da sua deusa do amor.[113] O
naturalista romano Plínio, o Velho
(História Natural, ii,37) identificava o
planeta Vénus com Isis.[114]
Na mitologia iraniana, especialmente na
mitologia persa, o planeta usualmente
corresponde à deusa Anaíta. Em
algumas partes da literatura pálavi as
divindades Aredvi Sura e Anaíta são
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lucifer
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Roma_antiga
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caio_Pl%C3%ADnio_Segundo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Isis
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_persa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ana%C3%ADta
vistas como entidades separadas; a
primeira como a personificação do rio
mítico e a última como uma deusa da
fertilidade que é associada com o
planeta Vénus. Como a deusa Aredvi
Sura Anaíta – também chamada
simplesmente Anaíta – ambas as
divindades são unificadas em outras
descrições, como no Criação Original
(Bundahišn), e são representadas pelo
planeta. Entretanto, no texto avéstico
Mehr Yasht (Yasht 10) há uma possível
ligação antiga a Mitra. O nome persa
atual do planeta é Naíde, que deriva de
Anaíta e, mais tarde, do termo Anaíde na
linguagem pálavi.[115][116][117][118]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cria%C3%A7%C3%A3o_Original
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Avesta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitra_(mitologia)O planeta Vénus foi importante para a
civilização maia, que desenvolveu um
calendário religioso baseado
parcialmente nos seus movimentos, e os
considerava para determinar o momento
propício para eventos como guerras. Eles
o chamavam Noh Ek, a Grande Estrela, e
Xux Ek, a Estrela Vespa. Os maias
conheciam o período sinódico do planeta
e podiam calculá-lo dentro da centésima
parte de um dia.[119] O povo Masai
chamou o planeta de Kileken e tem uma
tradição oral sobre ele chamada “O
Menino Órfão”.[120]
Vénus é importante em muitas culturas
aborígines australianas, como a do povo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Maias
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_maia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Masai
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3o_oral
Yolngu na Austrália setentrional. Os
Yolngu se reúnem depois do pôr do Sol
para esperar pelo aparecimento de
Vénus, que eles chamam Barnumbirr.
Quando se aproxima, nas primeiras
horas antes do amanhecer, ele traça
atrás de si uma corda de luz ligada à
Terra e, ao longo da corda, com a ajuda
de um ricamente decorado “Mastro da
Estrela Matutina”, as pessoas podem se
comunicar com seus entes queridos
mortos, mostrando que eles ainda amam
e se lembram deles.[121]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Shukra_cropped.jpg
Na astrologia ocidental, derivada da sua
conotação histórica com deusas da
feminilidade e amor, considera-se que
Vénus influencia o desejo e a fertilidade
sexual.[122] Na astrologia védica indiana,
Vénus é conhecido como Shukra,[123]
significando “claro, puro”, ou “brilho,
clareza”, em sânscrito. Um dos nove
Navagraha, considera-se que ele afeta a
"Shukra" é o nome em sânscrito para Vénus.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astrologia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Shukra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%A2nscrito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Navagraha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Shukra_cropped.jpg
riqueza, o prazer e a reprodução; ele era
o filho de Bhrgu, preceptor dos Daityas, e
guru dos Asuras.[124][125] As modernas
culturas chinesa, coreana, japonesa e
vietnamita referem-se ao planeta
literalmente como a “estrela de metal”,
baseada nos cinco elementos.
No sistema metafísico da Teosofia,
acredita-se que no plano etéreo de Vénus
haja uma civilização que existiu
centenas de milhões de anos antes da
da Terra;[126] acredita-se também que a
deidade que governa a Terra, Sanat
Kumara, provém de Vénus.[127]
O símbolo astronômico de Vénus é o
mesmo utilizado em biologia para o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus_symbol.svg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cultura_da_China
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cultura_da_Coreia_do_Sul
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Jap%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cinco_elementos_(filosofia_chinesa)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Teosofia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_s%C3%ADmbolos_astron%C3%B3micos
sexo feminino: um círculo com uma
pequena cruz em baixo.[128] O símbolo de
Vénus também representa a
feminilidade, e na Alquimia se referia ao
metal cobre.[128] O cobre polido era
usado em espelhos desde a antiguidade
e o símbolo de Vénus foi algumas vezes
entendido como a representar o espelho
da deusa.[128]
Talvez a mais estranha aparição de
Vénus na literatura seja como o arauto
da destruição em Mundos em Colisão de
Immanuel Velikovsky (1950). Neste livro
intensamente controverso, Velikovsky
argumenta que muitas histórias
aparentemente inacreditáveis no Velho
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Feminilidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alquimia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cobre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Velikovsky
Testamento são verdadeiras
recordações de vezes em que Vénus
quase colidiu com a Terra – quando ele
ainda era um cometa e não tinha se
tornado o dócil planeta que conhecemos
hoje. Ele sustenta que Vénus causou a
maioria dos estranhos eventos do Êxodo.
Ele cita lendas em muitas outras culturas
(como a grega, mexicana, chinesa e
indiana) que indicam que os efeitos da
quase colisão foram globais. A
comunidade científica rejeitou este livro
não ortodoxo, entretanto ele se tornou
um bestseller.[129]
Na ficção científica
A impenetrável cobertura de nuvens
venusiana deu aos escritores de ficção
científica livre curso para especular
sobre as condições na sua superfície,
mais ainda quando as primeiras
observações mostraram que não só ele
era muito similar à Terra em tamanho,
como possuía uma atmosfera
substancial. Mais próximo do Sol do que
a Terra, o planeta era frequentemente
mostrado como mais quente, mas ainda
habitável por humanos.[130] O gênero
atingiu o seu máximo entre os anos 1930
e 1950, numa época em que a ciência
havia revelado alguns aspectos de
Vénus, mas não ainda a severa realidade
das condições de sua superfície. As
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fic%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Habitabilidade_planet%C3%A1ria
descobertas das primeiras missões a
Vénus mostraram que a realidade era
bastante diferente e levaram ao fim do
gênero.[131] À medida que o
conhecimento científico de Vénus
avançou, os autores de ficção científica
se esforçaram para manter o passo,
particularmente em conjecturas sobre a
tentativa humana de terraformação de
Vénus.[132]
Colonização
Devido às suas condições extremamente
hostis, uma colonização superficial de
Vénus está fora de questão com a
tecnologia atual. Entretanto, a pressão
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_de_V%C3%AAnus
atmosférica e a temperatura a
aproximadamente 50 km acima da
superfície são similares às da superfície
da Terra, e o ar da Terra (nitrogênio e
oxigênio) seria um gás ascendente na
atmosfera venusiana de principalmente
dióxido de carbono. Isto levou a
propostas de extensas “cidades
flutuantes” na atmosfera venusiana.[133]
Os aeróstatos (balões mais leves que o
ar) poderiam ser usados para a
exploração inicial e posteriormente para
colônias permanentes. Entre os muitos
desafios de engenharia estão os teores
perigosos de ácido sulfúrico nessas
altitudes.[133]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aer%C3%B3stato
 
A Wikipédia tem o portal:
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Exploração de Vênus
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