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CNMT_CE_CIE_6ANO_1TERMO_V2_17-10-13_unid1

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6o ANO
1o TERMO
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
EJA_CNMT_6ANO 1TERMO_CE.pdf 2 25/03/13 09:51
Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho: Ciências e Matemática: 6o ano/1o termo do 
Ensino Fundamental. São Paulo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia 
(SDECT), 2011.
il. (EJA – Mundo do Trabalho)
 Conteúdo: Caderno do Estudante.
 ISBN: 978-85-65278-04-1 (Impresso)
 978-85-65278-06-5 (Digital)
 1. Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Ensino Fundamental 2. Ciências – Estudo e ensino 
3. Matemática – Estudo e ensino I. Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia II. 
Título III. Série.
CDD: 372
FICHA CATALOGRÁFICA
Sandra Aparecida Miquelin – CRB-8 / 6090
Tatiane Silva Massucato Arias – CRB-8 / 7262
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação autoriza a reprodução 
do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias do país, desde que mantida a 
integridade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos* deverão ser diretamente 
negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no 9.610/98. 
*Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas neste material que não estejam em domínio 
público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.
Nos Cadernos do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho são indicados 
sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e 
como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram verificados. No entanto, como a 
internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, 
Tecnologia e Inovação não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados, após a 
data de consulta impressa neste material.
Geraldo Alckmin
Governador
Nelson Luiz Baeta Neves Filho 
Secretário em exercício
Maria Cristina Lopes Victorino 
Chefe de Gabinete
Ernesto Masselani Neto
Coordenador de Ensino Técnico, 
Tecnológico e Profissionalizante
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
Herman Voorwald
Secretário
Cleide Bauab Eid Bochixio
Secretária Adjunta
Fernando Padula Novaes
Chefe de Gabinete
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão da Educação Básica
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, 
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap
Geraldo Biasoto Jr.
Diretor Executivo
Lais Cristina da Costa Manso Nabuco de Araújo
Superintendente de Relações Institucionais e 
Projetos Especiais
Coordenação Executiva do Projeto 
José Lucas Cordeiro
Coordenação Técnica
Impressos: Selma Venco
Vídeos: Fernando Moraes Fonseca Jr.
Equipe Técnica e Pedagógica
Ana Paula Lavos, Dilma Fabri Marão Pichoneri, 
Lais Schalch, Liliana Rolfsen Petrilli Segnini, 
Maria Helena de Castro Lima, Silvia Andrade da Silva 
Telles e Walkiria Rigolon
Autores
Arte: Eloise Guazzelli. Ciências: Gustavo Isaac Killner. 
Geografia: Clodoaldo Gomes Alencar Jr., Edinilson 
Quintiliano dos Santos e Mait Bertollo. História: Fábio 
Barbosa. Inglês: Eduardo Portela. Língua Portuguesa: 
Walkiria Rigolon. Matemática: Antonio José Lopes. 
Trabalho: Maria Helena de Castro Lima e Selma Venco 
Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Antonio Rafael Namur Muscat
Presidente da Diretoria Executiva
José Joaquim do Amaral Ferreira
Vice-presidente da Diretoria Executiva
Gestão de Tecnologias em Educação 
Direção da Área
Guilherme Ary Plonski
Coordenação Executiva do Projeto
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Gestão Editorial
Denise Blanes
Gestão de Comunicação
Ane do Valle
Gestão do Portal
Luiz Carlos Gonçalves, Sonia Akimoto e 
Wilder Rogério de Oliveira
Equipe de Produção 
Assessoria pedagógica: Ghisleine Trigo Silveira
Editorial: Airton Dantas de Araújo, Célia Maria 
Cassis, Daniele Brait, Fernanda Bottallo, Mainã 
Greeb Vicente, Patrícia Maciel Bomfim, Paulo 
Mendes e Sandra Maria da Silva
Direitos autorais e iconografia: Aparecido Francisco, 
Beatriz Blay, Priscila Garofalo, Rita De Luca e 
Roberto Polacov
Projeto gráfico-editorial: D’Livros Editora e 
Distribuidora Ltda e Michelangelo Russo (Capa)
CTP, Impressão e Acabamento
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
Coordenação Geral do Projeto
Juan Carlos Dans Sanchez
Equipe Técnica
Cibele Rodrigues Silva e João Mota Jr.
Concepção do programa e elaboração de conteúdos
Gestão do processo de produção editorial
Caro(a) estudante,
É com grande satisfação que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, 
Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Secretaria da Educação 
do Estado de São Paulo, apresenta os Cadernos do Estudante do Programa 
Educação de Jovens e Adultos (EJA) – Mundo do Trabalho, em atendimento 
a uma justa reivindicação dos educadores e da sociedade. A proposta é oferecer 
um material pedagógico de fácil compreensão, para complementar suas atuais 
necessidades de conhecimento.
Sabemos quanto é difícil para quem trabalha ou procura um emprego se dedi-
car aos estudos, principalmente quando se retorna à escola após algum tempo.
O Programa nasceu da constatação de que os estudantes jovens e adultos 
têm experiências pessoais que devem ser consideradas no processo de aprendi-
zagem em sala de aula. Trata-se de um conjunto de experiências, conhecimen-
tos e convicções que se formou ao longo da vida. Dessa forma, procuramos 
respeitar a trajetória daqueles que apostaram na educação como o caminho 
para a conquista de um futuro melhor.
Nos Cadernos e vídeos que fazem parte do seu material de estudo, você 
perceberá a nossa preocupação em estabelecer um diálogo com o universo do 
trabalho. Além disso, foi acrescentada ao currículo a disciplina Trabalho para 
tratar de questões relacionadas a esse tema.
Nessa disciplina, você terá acesso a conteúdos que poderão auxiliá-lo na 
procura do primeiro ou de um novo emprego. Vai aprender a elaborar o seu 
currículo observando as diversas formas de seleção utilizadas pelas empresas. 
Compreenderá também os aspectos mais gerais do mundo do trabalho, como as 
causas do desemprego, os direitos trabalhistas e os dados relativos ao mercado 
de trabalho na região em que vive. Além disso, você conhecerá algumas estra-
tégias que poderão ajudá-lo a abrir um negócio próprio, entre outros assuntos.
Esperamos que neste Programa você conclua o Ensino Fundamental e, pos-
teriormente, continue estudando e buscando conhecimentos importantes para 
seu desenvolvimento e para sua participação na sociedade. Afinal, o conheci-
mento é o bem mais valioso que adquirimos na vida e o único que se acumula 
por toda a nossa existência.
Bons estudos!
Secretaria de Desenvolvimento 
Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
Secretaria da Educação
Sumário
Ciências ..............................................................................................................................7
Unidade 1 
Terra e Universo 9
Unidade 2 
O solo terrestre 41
Unidade 3 
O uso inadequado do solo 65
Unidade 4 
Solo e meio ambiente 83
Matemática.............................................................................................................109
Unidade 1 
Os números ao nosso redor 111
Unidade 2 
O cálculo nas atividades cotidianas 137
Unidade 3 
As formas ao nosso redor 157
Unidade 4 
Números para medir: medidas no dia a dia 
e no mundo do trabalho 181
Unidade 5 
A Matemática na comunicação 203
Caro(a) estudante,
Agora que você decidiu retomar seus estudos, terá a oportunidade de apro-
fundar alguns conhecimentos no campo das ciências. Muitos dos temas você 
já conhece, mas, neste momento, serão estudados e analisados de um ponto de 
vista chamado “científico”.
Científico, porque é resultado da realização de observações, experimentos, 
verificações, análises etc. por parte de profissionais que estudaram essesfenô-
menos e chegaram a conclusões compartilhadas pelo conjunto de pessoas que 
vivem nessa mesma época. Isso possibilita a realização de novas pesquisas e 
favorece a construção de novos conhecimentos.
Nem sempre os homens compreenderam da mesma forma a Terra, o Sol, 
a Lua e tantas outras coisas que fazem parte da natureza. E essa compreensão, 
no futuro, também mudará, pois resultará de novos estudos e descobertas. 
Por essa razão, à medida que os fenômenos são estudados, procura-se tam-
bém conhecer como a ciência evoluiu e chegou a determinadas constatações. 
Neste Caderno, os temas de Ciências estão organizados em quatro unidades.
Na Unidade 1, o tema é Terra e Universo. Ao observar o céu em diferen-
tes momentos do dia, percebemos algumas particularidades sobre o Universo. 
A intenção é oferecer a compreensão da ciência sobre essas observações, pois 
dela deriva o conhecimento sobre as estações do ano, o dia e a noite. 
Na Unidade 2, o solo será analisado desde a sua formação, suas caracterís-
ticas e suas funções para a manutenção da vida.
Nas Unidades 3 e 4, discute-se o manejo adequado do solo, com o objetivo 
de preservar o meio ambiente e garantir que a agricultura seja uma atividade 
duradoura. Também são temas de estudo a geração e o destino do lixo produ-
zido nas grandes cidades e os problemas de saúde decorrentes da ausência de 
saneamento básico.
Bons estudos!
CiênCias
6o ANO 
1o TERMO
1
Você vai começar seus estudos de Ciências conhecendo o céu 
e o planeta Terra, procurando compreender a evolução da ciência 
nesse campo e como a Terra se movimenta no espaço. Em seguida, 
discutirá: como os movimentos aparentes do Sol e da Lua servem 
para explicar a sucessão dos dias e das noites; como o movimento 
do planeta em torno do Sol está relacionado às diferentes estações 
do ano; e como o movimento da Lua ao redor da Terra determina 
o ciclo das marés.
Mas a Terra, o Sol e a Lua não são os únicos corpos que existem 
no céu. Reconhecer a existência de outros elementos, no interior e 
fora do Sistema Solar, saber nomeá-los e reconhecê-los também serão 
assuntos tratados nesta Unidade.
Para iniciar...
Terra e Universo
Imagem obtida por satélite 
(colorida artificialmente) mostra 
a Terra vista a 35 mil km acima 
da superfície do planeta.
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9
Observe na imagem anterior a Terra vista do espaço e responda 
às questões que seguem.
• O que representam as áreas azuis? E as áreas brancas? E as áreas 
verdes e marrons?
• Qual é o continente que se pode ver na imagem? E o que são os 
pontinhos brancos espalhados ao fundo?
• Por que uma face da Terra está clara e a outra face está escura?
• De que lado da Terra estaria o Sol nessa imagem?
Você já observou que a posição do Sol no céu muda ao longo do 
dia? Ao observar esse movimento, você diria que é a Terra que gira 
em torno do Sol ou que é o Sol que gira em torno da Terra?
Pela manhã, o Sol surge no horizonte, depois vai ficando cada 
vez mais alto em relação ao solo, até aproximadamente o horário do 
almoço. Passado o meio-dia, ele começa a “descer” do lado oposto ao 
que “subiu”.
Você já reparou que o mesmo acontece com a Lua e com as estrelas? 
Os experimentos a seguir vão ajudá-lo a compreender como isso ocorre.
Os movimentos da Terra: rotação e translação
Atividade 1 Experimento: a rotação da Terra
1. Você e seus colegas vão realizar um experimento em sala de aula. 
Para isso, precisarão de um globo terrestre e uma luminária ou 
lanterna, que fará o papel de Sol.
a) Coloque o globo terrestre sobre uma mesa e a lumi-
nária (ou lanterna) acesa diante dele, como mostra 
a figura ao lado. Observe então o globo terrestre. 
Em qual parte dele seria dia e em qual parte seria 
noite? Justifique sua resposta. 
b) Olhando o globo de cima, gire-o no sentido anti- 
-horário e observe. O que acontece com a parte que 
estava iluminada? Como você pode relacionar essa 
observação com a sucessão dos dias e das noites?
Modelo do sistema Terra-Sol
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Ca
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ns
10
Ciências – Unidade 1
c) Registrem no quadro a seguir suas descobertas com base no 
experimento: 
Você sabia que os 
pontos cardeais são 
a referência para a 
localização de qualquer 
ponto na superfície 
terrestre?
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O eixo de rotação 
da Terra é uma linha 
imaginária que vai do 
Polo Norte ao Polo Sul, 
passando pelo centro 
da Terra, e em torno 
da qual gira o planeta. 
2. Com o experimento, você pôde 
perceber como é o movimento 
de rotação da Terra.
 Esse movimento acontece de 
oeste para leste no sentido 
anti-horário e explica o movi-
mento aparente do Sol, da Lua 
e das estrelas ao longo de um 
dia e a sucessão dos dias e das 
noites.
 Considerando essa explicação 
e a figura ao lado, responda:
O que já sabíamos? O que descobrimos? O que mais queremos saber?
 
 
 
 
 
 
a) Qual continente da Terra está iluminado? Nesse continente é 
dia ou noite?
b) Considerando o movimento da Terra, qual seria, na figura, o 
próximo continente a ser iluminado pelo Sol? Se precisar, use 
o globo terrestre.
Polo Norte
Polo Sul
Eixo de rotação
Ciências – Unidade 1
11
Durante o movimento de rotação, uma parte da Terra encontra-se 
de frente para o Sol e a outra fica na parte oposta a ele. Na parte da 
Terra que está de frente para o Sol, sendo iluminada, é dia, enquanto 
na parte oposta é noite. No movimento de rotação, a Terra leva apro-
ximadamente 24 horas para dar uma volta completa em torno de seu 
eixo, o que define a duração do dia.
A imagem a seguir mostra dois momentos da Terra, com o Sol 
iluminando a face do planeta na qual seria dia.
c) Se a Terra girasse mais devagar em torno de seu eixo, o dia 
seria mais longo ou mais curto? Justifique.
Atividade 2 Experimento: a translação da Terra
1. Neste novo experimento, você também vai utilizar o globo ter-
restre e a luminária (ou lanterna). Novamente, a luminária ou 
lanterna fará o papel de Sol e o globo terrestre, o papel da Terra. 
 Posicione a luminária ao lado do globo terrestre, de modo que o 
centro da luminária e o centro do globo estejam alinhados (ver 
figura a seguir). 
Polo Norte
Eixo de rotação
MOMENTO A MOMENTO B
NoiteDiaNoiteDia
Polo Norte
Polo SulPolo Sul
Eixo de rotação
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Você sabia que um 
dia é o tempo que a 
Terra leva para dar uma 
volta completa em 
torno de seu eixo?
12
Ciências – Unidade 1
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a) Movimente o globo terrestre de modo que ele dê uma volta 
completa em torno da lâmpada acesa (ver figura a seguir). 
Observe que o eixo de rotação da Terra – a linha imaginá-
ria mencionada anteriormente – está inclinado em relação a 
esse plano no qual a Terra gira em torno do Sol, chamado 
plano da órbita da Terra, ou seja, o plano da trajetória que 
a Terra descreve em torno do Sol. Caso o globo que estiver 
utilizando não esteja inclinado, incline-o para poder perce-
ber esse efeito. 
Ciências – Unidade 1
13
• Observe: há alguma parte da superfície da Terra que recebe mais 
luz do Sol? Será que esta parte da superfície terrestre fica mais 
quente do que as outras? Justifique suas respostas.
• Em grupo, registrem a que conclusões vocês che-
garam após a realização do experimento. O que 
foi possível observar?
Nesse segundo experimento, foi possível notar 
que, além de girar em torno de seu eixo, a Terra tam-
bém se movimenta ao redor do Sol, descrevendo uma 
órbita praticamente circular. Esse movimento recebe 
o nome de translação. Para dar uma volta completa 
em torno do Sol, a Terra leva aproximadamente 365 
dias e seis horas. A esse período denominamos ano.
Um olhar para o céu ao longo da história
A sucessão de dias e noites sempre chamou a aten-
ção da humanidade e dos cientistas.
Desde tempos antigos, o ser humano observa 
a passagem do Sol, da Lua, das estrelas, dos pla-
netas e de outros acontecimentos celestes.A partir 
dessas observações construiu modelos, explica-
ções e teorias sobre a Terra e seu lugar no Universo. 
Plano 
da órbita
Eixo de
rotação
O eixo de rotação da Terra está inclinado em relação 
ao plano da órbita.
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Modelo de translação da Terra
Sol
Terra
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
Cores-fantasia.
14
Ciências – Unidade 1
Existem registros astronômicos de aproxi-
madamente 3 000 a.C., realizados por chineses, 
babilônios, assírios e egípcios. Os babilônios, por 
exemplo, já conheciam os ciclos do Sol, da Lua e 
dos planetas. Nas Américas, incas, maias e aste-
cas também desenvolveram calendários e diversos 
monumentos foram construídos de acordo com o 
alinhamento dos astros no céu.
O calendário inca, por exemplo, permitia cal-
cular o período mais adequado para que o plantio 
e a colheita fossem mais bem-sucedidos. Por sua 
vez, o calendário asteca contava com 18 meses, 
tendo cada um deles 20 dias. Cada ano deste 
calendário continha 365 
dias. Sobravam então cinco 
dias por ano, que eram con-
siderados dias de azar pelos 
astecas. Nesses dias, eles 
evitavam realizar quaisquer 
tarefas. 
Esses povos descreviam 
o que observavam no céu e 
justificavam os fenômenos 
naturais em termos míticos 
e religiosos.
Stonehenge é um monumento construído com enormes blocos de pedra de aproximadamente 4 mil anos, localizado no sul da Inglaterra. 
A disposição das pedras sugere que seus construtores já conheciam e podiam prever o início das estações do ano. A linha formada pela 
entrada principal de luz até a pedra do altar indica o local onde o Sol nasce no dia mais longo do verão.
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Terraços e escadarias de Machu Picchu (Peru), cidade sagrada dos incas.
Calendário asteca.
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Pedra do altar
Ciências – Unidade 1
15
O Hubble foi o primeiro 
telescópio lançado no espaço 
(1990). Com as informações 
enviadas por este equipamento, 
os pesquisadores conseguem 
estudar estrelas muito distantes.
Foram os filósofos gregos quem primeiro procuraram uma expli-
cação para os fenômenos com base na própria natureza, e não no 
sobrenatural. Nessa época (século III a.C.), eles imaginavam que a 
Terra seria o centro do Universo e tudo giraria ao seu redor (modelo 
geocêntrico). 
A ideia de que a Terra seria o centro do Universo perdeu força 
por volta de 1500, com o astrônomo e matemático polonês Nicolau 
Copérnico (1473-1543). Observando o movimento dos astros, Copér-
nico chegou a uma conclusão diferente: a Terra fazia movimentos em 
torno do seu eixo e em torno do Sol (modelo heliocêntrico).
Essa conclusão de Copérnico foi defendida e aperfeiçoada por 
cientistas como o matemático e astrônomo italiano Galileu Galilei 
(1564-1642) e o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), 
que perceberam que, com o modelo heliocêntrico, poderiam entender 
a formação dos dias e das noites, as estações do ano, os eclipses e 
vários outros fenômenos celestes.
Posteriormente, com a utilização de lunetas e telescópios, instru-
mentos que ampliam a visão de objetos que estão muito distantes, 
novos astros foram encontrados no céu, modificando a concepção que 
se tinha do Universo. Mais recentemente – a partir dos anos 1960 –, 
com os voos espaciais, essas ideias puderam ser confirmadas e hoje 
acreditamos que, de fato, nosso planeta está em constante movimento.
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Você sabia que a 
construção de modelos 
sobre o Universo 
começou com os 
filósofos gregos?
Os filósofos gregos 
acreditavam que os 
fenômenos observados 
tinham uma explicação 
única e simples, e 
a busca por essa 
explicação impulsionava 
o pensamento filosófico 
e a criação de modelos 
e teorias explicativas. 
No entanto, diante 
da observação de 
novos fenômenos, 
muitos modelos e 
teorias mostraram-se 
insuficientes. Isso levou 
a reformulações ou, até 
mesmo, ao abandono 
desses modelos e teorias, 
que foram substituídos 
por outros, como no 
caso da substituição do 
modelo geocêntrico pelo 
heliocêntrico.
16
Ciências – Unidade 1
Os filósofos gregos 
A Grécia Antiga, período compreendido entre os séculos 
XI a.C. e IV a.C, nos deixou formas de pensar, ainda hoje 
bastante atuais. Foi uma sociedade que acolheu inúmeros 
pensadores, os filósofos. Entre seus estudos e preocupações 
estavam o destino da humanidade, a compreensão das leis da 
natureza, a melhor forma de vida em sociedade. 
Pitágoras (570 a.C.-490 a.C.), por exemplo, tornou-se céle-
bre por seu estudo da Matemática e pela descoberta do teorema 
que leva o seu nome, que é estudado até hoje pela geometria 
moderna. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) definiu a democracia 
como “governo de vantagem para o pobre” em contraposição 
ao “governo de vantagem para o monarca” e ao “governo de 
vantagem para os ricos”.
A democracia grega foi a primeira experiência de demo-
cracia do mundo, que só ressurgiria séculos depois, no final do 
século XVIII.
As estações do ano
A translação da Terra define a duração do ano e, junto com a 
inclinação do eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita, 
explica a existência do ciclo das estações ao longo do ano. Devido à 
inclinação do eixo de rotação da Terra, a quantidade de luz do Sol que 
chega ao planeta não é a mesma em toda sua superfície. Por isso, em 
uma época do ano, o Hemisfério Norte recebe mais luz e calor do que 
o Hemisfério Sul. Seis meses depois, ocorre exatamente o contrário.
Atualmente, além das observações celestes com base na luz que 
as estrelas emitem, podemos também observar o céu a partir de suas 
fontes de calor, fontes de raios X, micro-ondas e várias outras. Tudo 
isso fez a Astronomia evoluir mais nos últimos cinquenta anos do que 
nos séculos que os antecederam. Assim, o que pensamos sobre o Uni-
verso hoje é bem diferente do que os gregos imaginaram há mais de 2 
mil anos, pois, ao longo do tempo, cada nova descoberta nos ajudou 
a construir instrumentos e saberes que, por sua vez, nos permitiram 
conhecer mais o espaço, em um processo contínuo.
Ciências – Unidade 1
17
Atividade 3 As estações do ano
Observe a figura a seguir. 
Verão
Sol
Outono
Inverno Primavera
23 de setembro
EQUINÓCIO
21 de março
EQUINÓCIO
21 de dezembro
SOLSTÍCIO
21 de junho
SOLSTÍCIO
A trajetória da Terra ao redor do Sol e as estações do ano no Hemisfério Sul.
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Equador
Equador
Hemisfério 
Norte
Plano da órbita
Hemisfério 
Sul
Situação A Situação B
Fica a dica
Para responder a 
essas questões, lembre-se 
do experimento sobre o 
movimento de translação 
(Atividade 2).
1. Você diria que o Brasil recebe mais luz diretamente do Sol na situ-
ação A ou na B?
2. Quando a Terra está na situação A, aqui no Brasil é verão ou in-
verno? Por quê?
Durante o movimento de trans-
lação da Terra, a posição entre um 
hemisfério e o Sol se altera e, com 
isso, também se altera a quanti-
dade de luz e calor que recebe do 
Sol. Esse hemisfério recebe mais luz 
do Sol, tornando-se mais quente. 
Nesse período, dizemos que nesse 
hemisfério está ocorrendo o verão. 
No outro, que recebe menos luz, 
está ocorrendo o inverno.
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
18
Ciências – Unidade 1
Atividade 4 Amplie suas reflexões
Em grupo, discutam com os colegas e respondam: 
1. Se o eixo da Terra não fosse inclinado em relação ao plano da 
órbita, haveria as estações do ano? Justifiquem suas respostas. 
2. Façam uma lista das estações do ano indicando as características 
de cada uma delas no Estado de São Paulo.
3. Se o eixo de rotação da Terra não fosse inclinado, a região do 
Equador terrestre continuaria sendo a mais quente da Terra? Por 
quê?
4. Para os trabalhadores, quais as implicações das mudanças climá-
ticas ocorridas durante o ano? Elas são as mesmas paraquem 
trabalha no campo ou nos centros urbanos?
Ciências – Unidade 1
19
Mudanças climáticas
As estações do ano se caracterizam por diferenças climáticas que, 
junto com outros fatores, influem na fauna, na flora e no ambiente 
em geral, determinando os tipos de vegetação e clima de todas as 
regiões da Terra. Por isso, estão diretamente relacionadas ao desen-
volvimento de atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. 
Como já foi estudado anteriormente, devido à inclinação do eixo de 
rotação da Terra, quando é inverno no Hemisfério Norte é verão no 
Hemisfério Sul, e vice-versa. Da mesma forma, quando for primavera 
em um dos hemisférios, será outono no outro. 
Em grande parte do Brasil, as plantas florescem na primavera.
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Em muitas regiões do País, durante o verão, ocorrem as 
enchentes e os deslizamentos.
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Geografia
6o ano/1o termo 
Unidade 2
Fauna
Conjunto de animais que 
vivem em determinada 
área. 
Flora
Conjunto de plantas, 
árvores, arbustos etc. 
de determinada área 
ou região.
Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, há 
pouca variação de temperatura ao longo do 
ano. Nas demais, a primavera apresenta tem-
peraturas amenas, com períodos alternados 
de chuva e sol, favorecendo a reprodução de 
animais e plantas, que passam a florescer. Nas 
regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas pas-
sam a ser mais intensas e frequentes na prima-
vera, e demarcam o período de transição entre 
a estação seca e a estação chuvosa. A prima-
vera começa num dia em que o período diurno 
tem a mesma duração que o período noturno 
(esse dia é chamado equinócio). Durante a pri-
mavera, os dias ficam cada vez mais longos e 
as noites, mais curtas.
O verão é uma época na qual o clima em 
geral torna-se mais quente, provocando mais 
evaporação de água, o que produz mais chuva. 
Ocorrem rápidas mudanças nas condições do 
tempo durante o dia, gerando chuvas fortes e 
intensas, porém de curta duração, principal-
mente no período da tarde. É nessa época que 
ocorre a maior parte das enchentes e desliza-
mentos de terra durante o ano nas regiões Sul 
e Sudeste. O verão começa no dia mais longo 
do ano, o solstício de verão, e, a partir daí, os 
dias ficam mais curtos e as noites, mais longas, 
até que a Terra atinge o equinócio de outono, 
quando inicia a nova estação.
No verão, o clima é quente, e as pessoas procuram se refrescar.
20
Ciências – Unidade 1
Durante o outono, os dias tornam-se mais 
curtos, as temperaturas começam a diminuir, 
assim como a quantidade de chuva. Essa época 
apresenta características de verão e inverno 
juntas, ou seja, rápidas mudanças climáticas e 
maior ocorrência de nevoeiros e geadas, prin-
cipalmente nas serras das regiões Sul e Sudeste. 
O outono é a época de colheita abundante de 
vários produtos, inclusive o café.
O solstício de inverno, dia que apresenta 
a noite mais longa do ano, marca o início da 
estação mais fria de todas: o inverno. Além do 
frio, outra característica do inverno nas regiões 
Sul e Sudeste é o baixo nível pluviométrico. Por 
isso, no inverno temos os menores valores de 
umidade relativa do ar, o que causa vários pro-
blemas de saúde. No inverno, os dias são mais 
curtos, porém, mais iluminados, já que apresen-
tam o céu mais limpo.
O outono é a época da colheita do café.
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Moradores de rua se abrigam do frio do inverno.
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Atividade 5 As estações do ano
Escolha a estação do ano que mais lhe agrada e produza um 
texto. Relate as principais características da estação escolhida no 
lugar onde você vive (ou viveu).
Astros iluminados e astros luminosos
De todos os astros brilhantes que vemos à noite no céu, o mais 
brilhante de todos é a Lua. Depois da Lua, o ponto mais brilhante 
do céu noturno é Vênus, também conhecido como estrela-d’alva. 
Vênus é o planeta mais próximo da Terra e, também por isso, apre-
senta um brilho tão intenso. Mesmo sendo os astros mais brilhantes, 
Lua e Vênus não produzem luz como as estrelas. 
A Lua, assim como os planetas, é um astro iluminado, ou seja, 
apenas reflete a luz solar. Já as estrelas são astros luminosos, pois 
produzem sua própria luz. 
Ciências – Unidade 1
21
As pastorinhas
Noel Rosa e João de Barro
A estrela-d’alva no céu desponta 
E a Lua anda tonta com tamanho esplendor 
E as pastorinhas pra consolo da Lua 
Vão cantando na rua lindos versos de amor
Linda pastora morena da cor de Madalena 
Tu não tens pena de mim 
Que vivo tonto com o teu olhar 
Linda criança tu não me sais da lembrança 
Meu coração não se cansa 
De sempre, sempre te amar
Na imagem, o planeta 
Vênus está à direita 
da Lua. 
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 A estrela-d’alva citada nessa famosa marchinha de Carnaval tem 
um esplendor que é capaz de deixar a Lua tonta. Responda:
a) Qual é o astro mais brilhante do céu depois do Sol e da Lua, 
que ficou conhecido como estrela-d’alva, “estrela do pastor” 
ou mesmo “estrela do alvorecer”? 
b) Trata-se de uma estrela realmente?
2. Certamente, nenhum outro astro celeste ocupou tanto espaço na 
mente das pessoas e nas palavras dos poetas e namorados como a 
Lua. Ela é o nosso vizinho mais próximo no espaço. Fica tão próxi-
ma que doze homens já pisaram em sua superfície em seis missões 
que por lá pousaram, entre julho de 1969 e dezembro de 1972. 
 Ao observar a Lua em uma noite de céu limpo, é possível perce-
ber que ela apresenta algumas regiões mais claras e outras mais 
escuras. O que você imagina que são essas manchas escuras que 
podemos ver na superfície lunar? Converse com os colegas e ela-
borem hipóteses.
Atividade 6 A estrela-d’alva
1. Você conhece a canção As pastorinhas, composta em 1934 por 
Noel Rosa e João de Barro?
22
Ciências – Unidade 1
Você sabia que em 20 de julho de 1969 um homem chegou à Lua?
Depois de mais de dez anos de pesquisa e desenvolvimento de novos 
materiais, foi possível construir naves espaciais capazes de decolar da 
Terra, pousar na Lua e voltar à Terra. Coube à extinta União Soviética 
o início das viagens espaciais. 
Em 1957, os russos puseram o primeiro satélite (chamado Sputnik) 
em órbita da Terra e, no mesmo ano, o primeiro ser vivo foi ao 
espaço. Tratava-se da cadela Laika, que faleceu aproximadamente 
seis horas depois de o satélite entrar em órbita. Quatro anos depois, 
o astronauta Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro homem a viajar 
ao espaço. É dele uma frase que se tornou famosa em todo o mundo: 
“A Terra é azul”.
A partir disso, iniciou-se a chamada corrida espacial, que culminou com 
a missão estadunidense Apollo, a primeira a levar o homem à Lua. Entre 
1969 e 1972, essa missão levou 12 homens ao solo lunar e os trouxe de 
volta. A partir de então, não houve mais viagens tripuladas à Lua.
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O astronauta Buzz Aldrin desce do módulo 
lunar da nave Apollo 11, em 1969.
Diferentemente do Sol, que emite luz, a Lua apenas reflete a luz 
que recebe do Sol. O formato dela não é uma esfera perfeita, pois a 
Lua apresenta diferentes tipos de relevo (vales, montanhas e crateras). 
Por isso, vemos a sombra desses relevos na sua superfície. Há ainda 
na Lua imensas áreas formadas por derramamento de rochas vulcâ-
nicas, que refletem pouca luz solar e que, quando vistas da Terra, 
parecem escuras.
Assim como a Terra, a Lua apresenta movimentos de rotação e 
translação. Ela gira em torno de um eixo imaginário que passaria 
pelo seu centro (rotação) e também se movimenta ao redor da Terra 
(translação). É claro que, junto com a Terra, a Lua translada ao 
redor do Sol. 
A Lua fotografada pela 
tripulação da Apollo 11 
durante a viagem de volta 
à Terra (1969).
Os movimentosda Lua
A Lua
Renato Rocha
A Lua, 
Quando ela roda, 
É nova, 
Crescente ou meia-lua, 
É cheia 
E quando ela roda 
Minguante e meia 
Depois é lua novamente... 
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Ciências – Unidade 1
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A rotação da Lua em torno de seu eixo ocorre exatamente no 
mesmo tempo em que ela completa uma volta em torno da Terra, 
o que leva aproximadamente 27 dias e 7 horas. Como o tempo de 
rotação é exatamente o mesmo tempo de translação, vemos sempre a 
mesma face da Lua voltada para a Terra. 
O movimento de translação da Lua tem grande influência na vida 
terrestre. Ele é responsável, por exemplo, pelas marés, pelas fases da 
Lua (cheia, minguante, crescente, nova) e também serve de base para 
a contagem do tempo. Com base na translação da Lua se estabeleceu a 
ideia de mês e, até hoje, muitos povos, como os judeus e os muçul-
manos, utilizam o calendário lunar, com base em 12 lunações (cada 
lunação é o intervalo entre duas luas novas consecutivas). 
A unidade fundamental de qualquer calendário nasceu do con-
traste e da sucessão constante entre a luminosidade do período 
diurno e o período noturno, que corresponde ao dia. A periodici-
dade das fases lunares sugeriu a ideia de mês, e a repetição alternada 
das épocas de cheia e de seca dos rios deu origem ao conceito de 
ano, relacionado às necessidades da agricultura. 
Os calendários lunares têm por base uma sucessão de 12 luna-
ções, o que corresponde a um período de aproximadamente 354 dias, 
bem diferente do calendário solar, que tem por base o período que a 
Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, e corresponde 
a aproximadamente 365 dias.
O calendário lunar tem por 
base o período de 12 lunações, 
enquanto o calendário 
solar tem um período de 
aproximadamente 13 lunações. 
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Calendário Lunar 2012
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Ciências – Unidade 1
Plano da
órbita da Terra
Situação A
(Lua acima
do plano)
Situação B 
(Lua abaixo 
do plano)
Atividade 7 Experimento: os movimentos da Lua
Nesta atividade, você reutilizará os mesmos materiais (lanterna ou 
luminária e o globo terrestre) das atividades anteriores e, ainda, uma 
esfera de isopor de cor branca.
Aqui, a luminária (ou lanterna) também representa o Sol, o globo 
terrestre, a Terra, e a bola de isopor simula a Lua. 
1. Acenda a lâmpada e ilumine o globo terrestre. Movimente a Lua 
(bola de isopor) em volta da Terra (globo terrestre) de modo que, 
quando ela estiver oposta ao Sol, fique mais alta, e, quando esti-
ver entre o Sol e a Terra, fique mais baixa em relação ao plano da 
órbita da Terra. Assim, procure identificar as fases da Lua.
2. Posicione a Lua (bola de isopor) na direção oposta ao Sol em re-
lação à Terra, onde seria a noite terrestre, mas acima do globo, 
como mostra a figura (situação A). 
Movimentos da Lua
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a) Na situação A, uma pessoa que se encontra na face escura da 
Terra (noite) observará qual fase da Lua? 
b) E quando a Lua estiver entre o Sol e a Terra, abaixo do plano da 
órbita da Terra (situa ção B), ela será visível por alguém que está 
na noite terrestre?
Ciências – Unidade 1
25
c) Em qual situação teremos a Lua cheia: na situação A ou na B? 
Justifique sua resposta.
d) Registre suas descobertas com base no experimento.
3. Converse com seus colegas sobre suas descobertas com esse ex-
perimento. Depois, organizem um registro único do experimento 
realizado, que poderá ser exposto em um mural na sala de aula. 
Os registros de experimentos podem ser produzidos de diferentes 
formas. Eles podem ser feitos no formato de lista de tópicos, esque-
mas, textos que contêm ilustrações, relatórios, entre outros.
4. Este experimento mostra como a parte visível da Lua muda de 
formato no céu ao longo do mês. Considerando o que observou, 
como você explicaria as diferentes fases da Lua? 
5. A imagem a seguir representa duas situações diferentes da Lua 
durante o mês, separadas por duas semanas.
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Situação 2
Situação 1
Lua
Terra
Sol
Fases da Lua
 Você diria que a Lua cheia ocorre quando a Lua está entre o Sol e 
a Terra (situação 1) ou do lado oposto ao Sol, em relação à Terra 
(situação 2)?
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
26
Ciências – Unidade 1
As marés
Além da lunação, outro fenômeno que apresenta periodicidade 
mensal são as marés. Elas têm grande influência na navegação e na 
pesca, podendo aumentar ou diminuir a produtividade das atividades 
pesqueiras. Conhecer e prever as marés é extremamente importante 
para essas atividades.
As marés são mudanças que ocorrem na altura do nível dos 
mares, e são facilmente perceptíveis em uma praia, por exemplo. Elas 
dependem da posição relativa entre a Terra, a Lua e o Sol, pois tanto 
a Lua como o Sol exercem forças de atração sobre a Terra (chamadas 
forças gravitacionais) que influenciam nas marés. 
Em função dessas forças, as marés apresentam dois períodos: 
•	 um	período	mensal,	devido	à	translação	da	Lua,	com	variação	da	
altura da maré em um mesmo ponto da Terra; 
•	 um	período	diário,	devido	à	rotação	da	Terra,	no	qual	o	nível	do	
mar sobe e desce duas vezes por dia, constituindo o fluxo e o re-
fluxo das águas.
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Por estar mais próxima da Terra 
do que o Sol, a Lua exerce influên cia 
maior nas marés terrestres. Quando 
a Lua, a Terra e o Sol estão alinha-
dos, ou seja, nas fases de Lua nova ou 
cheia (figura A), temos a maré mais 
alta do mês. No entanto, quando Sol 
e Lua estão em quadratura – isto é, 
quando a direção de ambos em rela-
ção à Terra forma um ângulo reto 
(90o), nas fases quarto crescente e 
quarto minguante (figura B) –, temos 
as menores marés altas do mês. 
À medida que a Terra gira, as re giões 
que estão sob influência da Lua e do 
Sol deslocam-se em relação a eles. Por 
isso, temos duas marés diárias: a maré 
alta, que ocorre quando uma região 
da Terra encontra-se exatamente ali-
nhada com a Lua, e a maré baixa, 
quando a região da Terra encontra-se 
no ponto lateral da rotação terrestre. 
Sol
Sol
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A. Grande maré
B. Pequena maré 
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Lua minguante
Lua crescente
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Sol
Lua cheia
A. Grande maré
B. Pequena maré 
Lua nova
MaréMaré
Lua minguante
Lua crescente
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baixa
Maré 
baixa
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
Representação fora de 
escala. Cores-fantasia.
Ciências – Unidade 1
27
A pesca no Brasil
Devido a nossa extensa área costeira, uma atividade econômica muito importante no 
Brasil é a pesca. Milhares de famílias ao longo de todo o litoral vivem ligadas à prática 
pesqueira. Elas observam as marés e o clima para identificar os melhores dias e horários 
para levar as embarcações às regiões de pesca e lançar então suas redes.
A pesca pode ser uma atividade artesanal ou industrial. A pesca artesanal é sobretu-
do para o consumo familiar. Na maioria dos casos, o barco é próprio, mas há também 
casos em que o pescador não é o dono do barco, ficando apenas com parte do resultado 
da pesca. No caso da pesca industrial, o trabalhador pode ficar com parte da pesca ou 
receber um salário.
A pesca industrial, feita em larga escala, afeta todo o ambiente marinho e tem causado 
grande impacto ambiental, a ponto de espécies como o atum, o bacalhau, o peixe-espada, 
o linguado e outras terem sua população reduzida em 90%. A questão é que os grandes 
pesqueiros iniciam sua atividade antes mesmo de estimarem seu impacto ambiental.
Os cientistas acreditam que a pesca sustentável é possível, desde que sejam respei-
tadas regras de administração das áreas de pesca, estudadas por especialistas.
Atividade 8 Observação do céu
Aproveite uma noite sem nuvens para observar o céu. Considere 
as questões a seguir para orientar suas observações.
• Todas as estrelas brilhantes apresentama mesma cor?
• O céu que se vê é o mesmo em qualquer lugar da Terra? 
• Por que são vistas mais estrelas em locais abertos mais escuros do 
que em lugares mais claros? 
• O que acontece com as estrelas durante o dia? Há ou não há es-
trelas no céu? 
Depois, em sala de aula, reúnam-se em grupo e discutam sobre o 
que se pôde observar no céu. Registrem as conclusões a que o grupo 
chegou.
Fica a dica
Você também pode 
observar o céu usando o 
programa de astronomia 
Stellarium disponível 
gratuitamente em: 
<http://www.stellarium.
org/pt/>. Acesso em: 
9 jan. 2012.
28
Ciências – Unidade 1
As imagens mostram o mesmo pedaço de céu visto em vários locais do Brasil, no mesmo dia e horário. Repare que o número de astros visíveis 
muda em função da luminosidade do local e da poluição, entre outros fatores.
Os pontos que cintilam (piscam) com brilho variado são as estre-
las. As estrelas podem estar sozinhas ou agrupadas. 
Em uma noite de Lua nova, sem nuvens e sem poluição, pode-se ver 
a olho nu (sem o uso de lunetas e telescópios) cerca de 5 mil estrelas no 
céu. As estrelas são grandes massas de gases que se encontram em altas 
temperaturas. Em seu interior, ocorrem reações nucleares que emitem 
grande quantidade de energia, principalmente na forma de luz e calor.
Mesmo sendo imensas e muito brilhantes, 
como estão bem longe de nós, as estrelas pare-
cem pequenas e com pouca luz. Por isso, durante 
o dia, não conseguimos enxergá-las. A luz do Sol 
é tão intensa que ofusca a visão das demais estrelas. 
Portanto, durante o dia, as estrelas estão no céu, 
mas a claridade do Sol é tão grande que não per-
mite que sejam vistas da Terra. 
Ao serem observadas da Terra, as estrelas pare-
cem formar grupos que podem variar desde duas 
estrelas até conjuntos enormes constituídos de inú-
meras estrelas, como os aglomerados e as galáxias. 
São Paulo (SP) Taboão da Serra (SP) Jundiaí (SP) Casa Branca (SP) Barreirinhas (MA)
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O céu noturno
Observando o céu noturno é possível perceber vários pontos lumi-
nosos. A quantidade de pontos luminosos que pode ser observada 
depende da época do ano e também de outros fatores, como a poluição 
do ar (quanto mais poluído, menor a visibilidade), a quantidade de luz no 
ambiente (quanto mais claro o ambiente, menos estrelas serão visíveis) etc.
No céu, é possível ver agrupamentos de estrelas como o 
desta imagem.
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Estrelas e galáxias
As galáxias são aglomerados de bilhões 
de estrelas, planetas, rochas, gases e poeira, 
que giram em torno de um centro comum. A 
galáxia na qual o Sol está localizado chama-se 
Via Láctea. Seu formato lembra um disco 
achatado com braços espiralados, em que 
há maior concentração de gás e poeira.
As galáxias, por sua vez, também for-
mam grupos, e assim se constitui a trama 
do Universo. 
Com base em observações e muitos estudos, os astrônomos esti-
mam que haja cerca de 100 bilhões de galáxias no Universo.
Ao longo do ano, a posição das estrelas no céu vai se modifi-
cando. Assim, a cada mês vemos agrupamentos diferentes de estrelas 
no céu ou o mesmo agrupamento em posição diferente em relação 
ao que estava no mês anterior. Muitos povos antigos relacionavam 
a posição de alguns grupos de estrelas com os fenômenos naturais, 
como as secas, as cheias dos rios, a época das chuvas intensas, entre 
outros fenômenos. 
Desse modo, o céu servia como base para um calendário que 
possibilitava registrar a passagem do tempo. Para se referir a um 
grupo de estrelas no céu, imaginavam figuras das quais essas estrelas 
faziam parte e criavam histórias para explicar como essas figuras 
surgiram no céu. Esses grupos de estrelas formam as constelações. 
Assim, constelação é um setor do céu onde o agrupamento aparente 
de estrelas ligadas por linhas imaginárias formam um desenho.
Atividade 9 As constelações 
Observe a imagem a seguir. Imagine que ela representa uma 
região do céu observada durante a noite. 
Concepção artística da 
Via Láctea. Representação 
sem escala. Cores-fantasia.
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Ciências – Unidade 1
1. Junte os pontos da imagem anterior (não é necessário juntar todos) 
e procure formar alguma(s) imagem(ns). Supondo que os pontos 
fossem estrelas, que nome você daria a essa(s) constelação(ções)?
2. Compare o seu desenho com o dos colegas e responda: as imagens 
que vocês desenharam são as mesmas? O que levou você a desenhar 
essa imagem e não outra?
Como cada povo projeta no céu elementos de sua cultura, podem 
ser traçadas diferentes constelações para um mesmo grupo de estrelas.
As constelações mais conhecidas são, em sua maioria, de ori-
gem grega ou árabe, mas outros povos também criaram suas pró-
prias constelações, inclusive os povos indígenas brasileiros. A figura a 
seguir mostra a constelação da Ema (Guyra Nhandu). Seu surgimento 
no céu indica a chegada do inverno para os tupis-guaranis e do tempo 
de seca para as tribos da Amazônia.
Constelação da Ema, representada pelos povos tupis-guaranis.
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Ciências – Unidade 1
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Algumas das representações criadas pelos gregos para as constelações.
Desenhos correspondentes às constelações gregas.
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Ciências – Unidade 1
O Sistema Solar e os planetas
Muitas civilizações antigas já haviam percebido que, embora as 
estrelas que viam à noite não fossem sempre as mesmas ao longo 
do ano, a posição de uma estrela em relação às outras não mudava. 
Isso, aliás, permitiu seu agrupamento em constelações. Mas alguns 
pontos brilhantes que vemos no céu mudam de posição em relação 
a essas estrelas com o passar do tempo. Esses pontos são chamados 
planetas (palavra que em grego quer dizer “errante, que se movi-
menta”). Planetas são corpos celestes com formato esférico, que 
giram em torno de uma estrela.
No caso do Sol, além da Terra, há outros planetas e outros obje-
tos que também transladam ao seu redor. Todos eles juntos consti-
tuem o Sistema Solar. No Sistema Solar há oito planetas: Mercúrio, 
Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. 
Você sabia que Plutão não é mais 
chamado de planeta? 
Em 1930 um astrônomo descobriu um 
ponto que se movia pelo céu e que seria 
o nono planeta do Sistema Solar: Plutão. 
Inicialmente pensou-se que Plutão poderia 
ser maior que a Terra, mas medições 
posteriores mostraram que era menor do 
que a Lua. Além disso, já na década de 
1990, foram descobertos outros objetos 
celestes muito afastados do Sol, alguns deles 
tão grandes quanto Plutão. Chegou-se a um 
impasse: se Plutão era chamado de planeta, 
esses outros elementos também deveriam 
ser. Mas eles eram pequenos e leves 
demais em relação aos outros planetas. 
Então, em 2006, a União Internacional da 
Astronomia decidiu que Plutão deixaria de 
ser considerado um planeta, e foi então 
classificado como “planeta-anão”, assim 
como aqueles outros objetos celestes 
descobertos. Representação comparativa dos tamanhos da Terra, da Lua e de Plutão. Cores-fantasia.
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A maioria dos planetas que podemos ver a olho nu nos parece mais 
brilhante do que a maior parte das estrelas. Apenas Netuno e Urano 
parecem menos brilhantes do que as estrelas mais brilhantes do céu.
De acordo com suas características, os planetas do Sistema Solar 
podem ser divididos em dois grandes grupos: terrestres (ou rochosos) 
e jovianos (ou gasosos).
Plutão Lua
Terra
Ciências – Unidade 1
33
Semelhantes à Terra, os planetas terrestres (Mercúrio, Vênus e 
Marte) são constituídos principalmente de rochas e minerais, como o 
ferro. Já os planetas jovianos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são 
compostos, sobretudo, por gases, e são muito maiores que os planetas 
terrestres.
Os planetas orbitam o Sol, isto é, giram a seu redor em trajetó-
rias aproximadamente circulares chamadas elipses. Esse movimento, 
como já foi estudado no caso da Terra,recebe o nome de transla-
ção, e o tempo que um planeta leva para dar uma volta completa 
em torno do Sol define o período de translação ou ano para aquele 
planeta.
Como o movimento de um pião, os planetas também giram em 
torno de seu eixo de rotação. A esse movimento chamamos rotação. E 
o intervalo que o planeta leva para dar uma volta completa em torno 
de si mesmo define, como foi visto anteriormente no caso da Terra, o 
período de rotação ou dia para aquele planeta. 
Representação de parte dos astros do Sistema Solar. Aproximadamente no centro localiza-se o Sol e, ao seu redor, giram os planetas, cada um em 
órbita própria. Entre as órbitas de Marte e Júpiter há um cinturão de astros menores, os asteroides. 
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Sol
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Urano
Netuno
Cinturão 
de asteroides
Representação fora de escala. Cores-fantasia.
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Ciências – Unidade 1
Outros elementos do Sistema Solar
No Sistema Solar, há outros tipos de astros além dos planetas. São 
os chamados satélites (ou luas), asteroides, planetas-anões e cometas.
Asteroides
Os asteroides são pequenas rochas. Eles não 
são considerados planetas, pois não têm a forma 
arredondada e são bem menores.
Satélites naturais
Os satélites naturais, geralmente chamados de luas, são corpos 
celestes rochosos que giram ao redor dos planetas. Dos oito plane-
tas do Sistema Solar, seis deles possuem satélites. Apenas Mercúrio e 
Vênus não possuem luas. 
Estudos indicam que o 
asteroide Lutetia seja um 
sobrevivente do violento 
nascimento do Sistema Solar.
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Número de satélites conhecidos dos planetas do Sistema Solar
Planeta Número de satélites
Terrestre
Mercúrio –
Vênus –
Terra 1
Marte 2
Joviano
Júpiter 64
Saturno 62
Urano 27
Netuno 13
As quatro maiores luas de 
Júpiter, observadas por 
Galileu Galilei, em 1610, 
conhecidas como Satélites 
de Galileu. Nesta imagem, 
Júpiter (à esquerda) não 
está na mesma escala que 
os satélites.
Fonte: NASA.
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Ciências – Unidade 1
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Meteoroides
Meteoroides são pequenas rochas que giram em torno 
do Sol. Algumas vezes, os meteoroides são atraídos pela 
Terra ou por outro astro. Quando entram na atmosfera ter-
restre, incendeiam-se por causa do atrito com o ar e passam 
a se chamar meteoros. São também conhecidos, popular-
mente, como estrelas cadentes.
Quando uma parte do meteoroide atravessa a atmosfera 
sem se desintegrar totalmente e atinge o solo é chamada de 
meteorito.
Meteoro incendiando-se na atmosfera.
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Você sabia que os satélites também podem ser artificiais?
Os satélites artificiais são artefatos tecnológicos que orbitam planetas e são enviados ao espaço com fins científicos, de 
comunicação, para obter informações sobre o tempo e o clima da Terra, entre outras funções. 
A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, tem mais de 12 satélites científicos em órbita. Eles ajudam os pesquisadores a estudar 
os oceanos, o solo e a atmosfera. Imagem ilustrativa; concepção artística.
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Ciências – Unidade 1
O cometa Halley aproxima-se 
do Sistema Solar a cada 76 anos. 
Sua última passagem próxima 
do nosso sistema foi em 1986.
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Planetas-anões
O planeta-anão, como já foi mencionado no caso de Plutão, é um 
astro de formato arredondado que orbita o Sol. Mas esse astro não 
tem massa suficientemente grande para ser considerado um planeta. 
Em outras palavras, é um astro grande o suficiente para ser redondo, 
mas com pouca massa para ser considerado um planeta. 
Cometas 
Os cometas são astros que geralmente permanecem em órbitas 
muito distantes do Sol, mas, ocasionalmente, aproximam-se dele, che-
gando relativamente perto da Terra. 
O núcleo do cometa é formado por 
rochas que contêm água e gases congela-
dos misturados com poeira cósmica (poeira 
espalhada pelo espaço). Quando o cometa 
se aproxima do Sol, o calor solar aquece 
o cometa que começa a “evaporar”, for-
mando uma nuvem de vapor de água e gás 
carbônico em volta do núcleo, a partir da 
qual se forma a cauda do cometa, que pode 
atingir 100 milhões de quilômetros de com-
primento. 
Atividade 10 Existem ETs?
É muito comum ouvir falar da existência de seres de outros plane-
tas e de sua aparição na Terra. Converse com os colegas: Você acre-
dita que exista vida em outros planetas? Na sua opinião, é possível 
que existam outros planetas e sistemas planetários semelhantes ao 
nosso? Justifique sua resposta.
Ciências – Unidade 1
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Além do Sistema Solar
Exoplanetas
Para além do Sistema Solar, há outras estrelas, e muitas delas 
também têm seus planetas. São o que chamamos de exoplanetas.
O número de exoplanetas 
descobertos aumenta a cada 
ano, em virtude das novas 
técnicas de detecção. 
Fonte: SCHNEIDER, Jean. CNRS/LUTH – Observatório de Paris. Enciclopédia dos planetas extrassolares. 
Catálogo interativo de planetas extrassolares. Disponível em: <http://exoplanet.eu/catalog-all.php>. 
Acesso em: 9 jan. 2012.
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Os exoplanetas que podemos detectar atualmente são maiores do 
que Júpiter. Isso não quer dizer que não existam exoplanetas meno-
res. Ocorre que estes são mais difíceis de se detectar, pois sua influên-
cia tanto no brilho da estrela como em seu movimento ainda é muito 
difícil de ser percebida. 
Contudo, o fato de existirem outros planetas não é suficiente 
para garantir o surgimento ou a presença de vida fora do planeta 
Terra. Embora estudos tenham também revelado a presença de água 
e temperaturas amenas em outros planetas, ainda não é possível afir-
mar, cientificamente, que existem outras formas de vida no Universo. 
E, mesmo que exista vida extraterrestre, isso não significa necessaria-
mente que nós a encontraremos. Para isso, seria preciso que essas dife-
rentes formas de vida (a nossa e a extraterrestre) existissem ao mesmo 
tempo e se encontrassem no espaço (o que é pouco provável, dada a 
imensidão e a idade do Universo). Esse encontro seria equivalente a 
38
Ciências – Unidade 1
colocar uma formiga em cada polo terrestre e esperar que elas se 
encontrem em algum lugar da Terra (supondo que elas resistam ao 
frio polar).
Atividade 11 Sobre a localização da Terra
Imagine uma nave terrestre que viaja fora do Sistema Solar. Ela 
leva uma placa com informações sobre a Terra. Que informações você 
colocaria nessa placa para que um ser inteligente em outro local do 
Universo localizasse a Terra?
Você estudou
Nesta Unidade, você observou o lugar da Terra no espaço e 
os seus movimentos: 
•	 a rotação, responsável pela existência do dia e da noite e pelo 
fenômeno das marés; 
•	 a translação em torno do Sol, responsável pela existência dos 
anos e pela sucessão das estações. 
As estações, por sua vez, estão ligadas à inclinação do eixo 
de rotação da Terra em relação ao plano de sua órbita. 
A Terra tem um satélite natural, a Lua, que gira ao redor do 
nosso planeta, completando uma volta a cada quatro semanas, 
o que define o mês lunar. Esse movimento da Lua em relação à 
Terra é o que nos faz ver as diferentes fases da Lua. 
A Lua não está sozinha no céu. Ela tem a companhia de inú-
meras estrelas que são imensas e que podem se alinhar em cons-
telações ou se agrupar em galáxias e aglomerados de galáxias. 
No céu, além das estrelas, a Lua tem a companhia de outros 
planetas (cada qual com suas luas), cometas, meteoritos, exopla-
netas etc. 
Ciências – Unidade 1
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Pense sobre
O que você aprendeu até agora o ajuda a compreender melhor os 
fenômenos naturais?Em grupo, pesquisem em livros, enciclopédias, revistas especiali-
zadas e/ou na internet: Qual é a origem do Sistema Solar? Qual foi a 
origem do Universo, do ponto de vista da ciência?
Planeje antes com seu grupo como organizar a pesquisa. Comece 
dividindo as tarefas de modo que todos participem da atividade. 
Depois do primeiro levantamento realizado, definam coletivamente 
quais informações serão utilizadas. A próxima etapa é decidir qual é 
a melhor forma de compartilhar o resultado da pesquisa.
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Ciências – Unidade 1
	O solo terrestre
	O uso inadequado 
do solo
	Solo e meio ambiente
	1
	Os números ao nosso redor
	O cálculo nas atividades cotidianas
	As formas ao nosso redor
	Números para medir: 
medidas no dia a dia e no mundo do trabalho
	A Matemática na comunicação

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