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Sistema Solar Wikipédia, a enciclopédia livre

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Sistema Solar
sistema planetário do Sol
O Sistema Solar compreende o conjunto
constituído pelo Sol e todos os corpos
celestes que estão sob seu domínio
gravitacional. A estrela central, maior
componente do sistema, respondendo
por mais de 99,85% da massa total,[5]
gera sua energia através da fusão de
hidrogênio em hélio, dois de seus
principais constituintes. Os quatro
planetas mais próximos do Sol
(Mercúrio, Vênus, Terra e Marte)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Corpo_celeste
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estrela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Energia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fus%C3%A3o_nuclear
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(planeta)
possuem em comum uma crosta sólida
e rochosa, razão pela qual se classificam
no grupo dos planetas telúricos, ou
rochosos. Mais afastados, os quatro
gigantes gasosos, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno, são os componentes de
maior massa do sistema logo após o
próprio Sol. Dos cinco planetas anões,
Ceres é o que se localiza mais próximo
do centro do Sistema Solar, enquanto
todos os outros, Plutão, Haumea,
Makemake e Éris, se encontram além da
órbita de Netuno.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planetas_tel%C3%BAricos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gigantes_gasosos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Saturno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Urano_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Netuno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_an%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ceres_(planeta_an%C3%A3o)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%A3o_(planeta_an%C3%A3o)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Haumea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Makemake
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%89ris_(planeta_an%C3%A3o)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita
Representação artística que mostra o Sol e
os oito planetas do Sistema Solar: Mercúrio,
Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno. Nessa imagem o tamanho dos
planetas está em escala; as distâncias entre
eles, não.[1]
Localização Nuvem interestelar
local, Bolha Local,
Braço de Órion, na Via
Láctea
Estrela mais próxima Proxima Centauri
(4.25 anos-luz),
sistema Alpha
Centauri (4.37 anos
luz)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Planets2013-unlabeled.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Saturno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Urano_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Netuno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nuvem_interestelar_local
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bolha_Local
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bra%C3%A7o_de_%C3%93rion
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Via_L%C3%A1ctea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Proxima_Centauri
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Anos-luz
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alpha_Centauri
Sistema planetário
mais próximo
Proxima Centauri
(4.25 anos-luz)
Sistema planetário
Semieixo maior do
planeta mais distante
(Netuno)
4,503 bilhões de
quilômetros (30,10
UA)[nota 1]
Distância ao Cinturão
de Kuiper
50 UA
Número de estrelas
conhecidas
1
Sol
Número de planetas
conhecidos
8
Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter,
Saturno, Urano,
Netuno
Número de planetas
anões conhecidos
5
Ceres, Plutão,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_planet%C3%A1rio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Proxima_Centauri
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Anos-luz
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Netuno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estrela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Saturno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Urano_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Netuno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_an%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ceres_(planeta_an%C3%A3o)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%A3o
Haumea, Makemake,
Éris
Número de satélites
naturais conhecidos
525 (178 de
planetas,[2] 8 de
planetas anões e 339
de corpos menores[3])
(em 21 de maio de
2018)
Número de
asteroides
conhecidos
778 897[2] (em 21 de
Maio de 2018)
Número de cometas
conhecidos
4 017[2] (em 21 de
Maio de 2018)
Número de satélites
naturais esféricos
19[4]
Órbita em torno do centro galáctico
Inclinação do plano
invariável em relação
ao plano galáctico
60.19°
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Haumea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Makemake
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%89ris_(planeta_an%C3%A3o)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Centro_gal%C3%A1ctico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plano_invari%C3%A1vel
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plano_gal%C3%A1ctico
Permeando praticamente toda a
extensão do Sistema Solar, existem
incontáveis objetos que constituem a
classe dos corpos menores. Os
asteroides, essencialmente rochosos,
Distância ao centro
galáctico
27 000±1 000 anos-
luz
Velocidade orbital 220 km/s
Período orbital 225 - 250 milhões de
anos
Propriedades da estrela
Tipo espectral G2V
Distância da linha do
gelo
2,7 UA
Distância da
heliopausa
cerca de 120 UA
Raio da esfera de Hill de 1 a 2 anos-luz
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Corpo_menor_do_sistema_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_estelar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Linha_do_gelo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Heliopausa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Esfera_de_Hill
concentram-se numa faixa entre as
órbitas de Marte e Júpiter que se
assemelha a um cinturão. Além da órbita
do último planeta, a temperatura é
suficientemente baixa para permitir a
existência de fragmentos de gelo, que se
aglomeram sobretudo nas regiões do
Cinturão de Kuiper, Disco disperso e na
Nuvem de Oort; esporadicamente são
desviados para o interior do sistema
onde, pela ação do calor do Sol, se
transformam em cometas. Muitos
corpos, por sua vez, possuem força
gravitacional suficiente para manter
orbitando em torno de si objetos
menores, os satélites naturais, com as
mais variadas formas e dimensões. Os
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintur%C3%A3o_de_asteroides
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Temperatura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintur%C3%A3o_de_Kuiper
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Disco_disperso
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nuvem_de_Oort
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
planetas gigantes apresentam, ainda,
sistemas de anéis planetários, uma faixa
composta por minúsculas partículas de
gelo e poeira.
O Sistema Solar, de acordo com a teoria
mais aceita hoje em dia, teve origem a
partir de uma nuvem molecular que, por
alguma perturbação gravitacional, entrou
em colapso e formou a estrela central,
enquanto seus remanescentes geraram
os demais corpos. Em sua configuração
atual, todos os componentes descrevem
órbitas praticamente elípticas ao redor
do Sol, constituindo um sistema
dinâmico onde os corpos estão em
mútua interação mediada sobretudo pela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9is_planet%C3%A1rioshttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nuvem_molecular
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elipse
força gravitacional. A sua estrutura tem
sido objeto de estudos desde a
antiguidade, mas somente há cinco
séculos a humanidade reconheceu o fato
de que o Sol, e não a Terra, constitui o
centro do movimento planetário. Desde
então, a evolução dos equipamentos de
pesquisa, como telescópios, possibilitou
uma maior compreensão do sistema.
Entretanto, detalhes sem precedentes
foram obtidos somente após o envio de
sondas espaciais a todos os planetas,
que retornam imagens e dados com uma
precisão nunca antes alcançada.
Formação
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Idade_Antiga
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial
As teorias que buscam explicar como
ocorreu a formação do Sistema Solar
começaram a surgir no século XVI, a
partir da observação mais acurada do
movimento dos corpos. Ao longo do
tempo, algumas dessas hipóteses foram
ganhando importância. Descartes, por
exemplo, sugeriu que o Sol e os planetas
surgiram a partir de um vórtice existente
no universo primordial. A teoria da
captura dos protoplanetas, por seu lado,
sugere que estes corpos coalesceram de
uma nuvem molecular e, posteriormente,
foram capturados pela gravidade do
recém-formado Sol, juntaram-se e
formaram os planetas. Uma variante
deste conceito propõe que os
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_e_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVI
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descartes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Protoplaneta
protoplanetas foram capturados pelo Sol
a uma estrela de baixa densidade que
passou nas proximidades.[6]
Laplace foi o responsável por
desenvolver a hipótese de que o Sol teria
se formado a partir de uma nuvem que
girava e se contraía e, ao seu redor, os
restantes materiais se condensaram nos
demais corpos. Essa teoria, comumente
referida como hipótese nebular, passou
por algumas adaptações e se tornou a
mais aceita no meio científico,
especialmente após observações
recentes da composição de meteoritos,
que conservam características do
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pierre_Simon_Laplace
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_nebular
período em que se formaram, nos
primórdios do Sistema Solar.[6][7]
Protoestrela
Há cerca de 4,66 bilhões de anos,[nota 1]
toda a matéria que hoje forma o Sistema
Solar se encontrava sob a forma de gás e
poeira pertencentes a uma grande
nebulosa com extensão estimada entre
cinquenta e cem anos-luz, composta
sobretudo por hidrogênio e uma
considerável fração de hélio, além de
traços de elementos mais pesados como
carbono e oxigênio e alguns compostos
silicados que formavam a poeira
interestelar. Em algum momento, por
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meio_interestelar#G%C3%A1s_interestelar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meio_interestelar#poeira_interestelar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nebulosa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano-luz
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%A9nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Silicato
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Poeira_interestelar
conta de uma provável influência externa,
como uma onda de choque provocada
pela explosão de uma supernova nas
proximidades, uma região em seu interior
começou a se tornar mais densa e, por
causa da gravidade, progressivamente
passou a atrair mais gás em sua direção,
dando origem a um núcleo que se
aquecia conforme ganhava massa.[nota 2]
Esse fragmento da nebulosa apresentava
um lento movimento de rotação que,
enquanto se condensava, gradualmente
aumentava a sua velocidade angular.
Contudo, se essa velocidade se tornasse
excessiva, não permitiria a formação da
estrela. Por isso, de acordo com a teoria
mais aceita, o gás cuja velocidade era
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Supernova
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_angular
muito elevada para incorporar-se ao
núcleo era ejetado por ação de um
campo magnético que permeava a
nuvem, dispersando assim boa parte do
momento angular do sistema.[8][9]
Com o núcleo da nuvem cada vez mais
denso, formou-se uma esfera achatada
de gás com temperatura agora atingindo
alguns milhares de graus Celsius, uma
protoestrela, cujo diâmetro era
equivalente ao da órbita atual de
Mercúrio. Ao seu redor, a nuvem de gás
adquiriu um formato achatado devido ao
movimento de rotação, formando um
disco denominado nebulosa solar, que
se estendia por entre cem e duzentas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Momento_angular
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grau_Celsius
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Protoestrela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nebulosa_solar
unidades astronômicas.[nota 3] Ao redor
do núcleo a temperatura era
relativamente alta, alguns milhares de
graus Celsius, ao passo que as áreas
mais afastadas registravam
temperaturas negativas.[10]
Um milhão de anos se passaram desde o
início do colapso da nuvem, quando o
protossol já havia encolhido para um raio
poucas vezes maior que seu estado
atual. Nessa etapa teve início uma das
fases mais turbulentas de sua evolução.
Em seu interior, a maior parte do gás se
encontrava ionizado e a uma
temperatura de cerca de cinco milhões
de graus Celsius, o que, em associação
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plasma
com a rápida rotação da protoestrela,
gerava movimentos de cargas elétricas,
originando um campo magnético muito
mais intenso que o atual. A instabilidade
desse campo provocava violentas
movimentações de gás ionizado, tanto
da própria protoestrela quanto da nuvem
ao seu redor, causando uma intensa
variação de brilho, semelhante ao
processo que se observa atualmente na
estrela variável T Tauri localizada na
constelação do Touro. Entre trinta e
cinquenta milhões de anos depois, a
temperatura no núcleo chegou a quinze
milhões de graus Celsius, suficiente para
dar início ao processo de fusão nuclear,
caracterizando o Sol como uma estrela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Carga_el%C3%A9trica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol#Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vari%C3%A1vel_T_Tauri
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Taurus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fus%C3%A3o_nuclear
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estrela
estável que entrou na sequência
principal, convertendo hidrogênio em
hélio.[nota 4][11]
Formação dos planetas e demais
corpos
Ao mesmo tempo em que se formava a
protoestrela, minúsculas partículas de
poeira começaram a se fundir e a formar
corpos agregados cada vez maiores,
num processo que durou milhões de
anos, até surgirem os primeiros objetos
com dimensões quilométricas
denominados planetesimais, cuja
interação gravitacional começava a ser
significativa. O elevado número de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sequ%C3%AAncia_principal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planetesimal
corpos orbitando a estrela deu início a
um processo caótico de sucessivas
colisões, algumas fragmentando-os
novamente em poeira e pequenas partes,
outras proporcionando o aumento de
suas massas. Alguns deles, a essa
altura, possuíam dimensões
substancialmente maiores que a dos
demais e a sua influência gravitacional
atraía outros objetos. Tais corpos, de
dimensões consideráveis, recebem a
denominação de protoplanetas.[8]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Protoplaneta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Artist%27s_concept_of_collision_at_HD_172555.jpg
Por força da sua atração gravitacional,
estes objetos não só agregaram a
matéria que cruzava a sua órbita, mas
também colidiram uns com os outros,
por vezes fundindo-se e dando origem
aos primeiros planetas. Acredita-se que
Vênus e a Terra, por exemplo, resultaram
da colisão de mais de dez protoplanetas
cada um, mas permanece desconhecida
a razão pela qual Mercúrio e Marte não
incorporaram material na mesma taxa, o
que determinou suas dimensões
reduzidas. Durante esses impactos,imensas quantidades de energia eram
Concepção artística da colisão que deu origem à
Lua.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
liberadas, formando grandes oceanos de
lava por todo o planeta.[12][13] Colisões
também foram responsáveis pelo
surgimento de diversos satélites
naturais, dentre eles a Lua, que, de
acordo com a teoria vigente, resultou dos
remanescentes de um choque ocorrido
há 4,44 bilhões de anos[nota 1] entre a
Terra e Theia, um corpo do tamanho de
Marte.[14][15] Os planetesimais restantes
que não eram incorporados aos planetas
colidiram entre si, deixando muitos
destroços que foram varridos pela
gravidade dos planetas.[8] Centenas de
milhões de anos depois de o processo
ter iniciado, os planetas interiores
estavam praticamente formados e o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_do_grande_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Theia
vento e a radiação provenientes do Sol
expulsaram as pequenas partículas
ainda remanescentes da região,
desacelerando o crescimento desses
planetas.[16]
Enquanto esse processo transcorria no
interior do Sistema Solar, nas regiões
mais afastadas da estrela as
temperaturas eram baixas o suficiente
para permitir a formação de cristais de
gelo, muito mais abundantes que os
compostos silicatos predominantes nos
planetas internos. No entanto, sabe-se
que os planetas gigantes Júpiter e
Saturno são formados sobretudo por
hidrogênio e hélio, que não poderiam
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Silicato
existir sob a forma de gelo nessa região.
Por isso foram formuladas duas
hipóteses para explicar a possível origem
desses planetas. A primeira sugere que
planetesimais formados de rocha e gelo
se fundiram formando planetas com
massas de dez a quinze vezes
superiores à da Terra, tornando-os
suficientemente massivos para atrair e
manter os gases presentes na então
nebulosa solar, o que justificaria a
provável composição atual dos núcleos
desses planetas, predominantemente
rochosos. Outra teoria sugere a
possibilidade de os dois maiores
planetas do Sistema Solar terem sido
formados diretamente da condensação
da nebulosa solar, em um processo
semelhante ao que deu origem ao Sol, no
qual a presença da enorme quantidade
de gás, poeira e gelo possibilitaram a
formação de corpos com elevadas
dimensões. Urano e Netuno, por sua vez,
teriam surgido a partir da agregação de
fragmentos de gelo presentes nas
regiões mais externas, o que explicaria a
fração diferenciada de compostos
voláteis que formam tais planetas.
Contudo, quando atingiram porte
suficiente para absorver gases, tal como
ocorreu com Júpiter e Saturno, a
nebulosa solar já havia se dissipado,
impossibilitando seu eventual
crescimento.[17]
Migração planetária e evolução
subsequente
De acordo com o modelo vigente da
evolução das órbitas planetárias -
denominado Modelo de Nice - as órbitas
dos três planetas exteriores eram muito
mais regulares e próximas do Sol que
atualmente e, além destes, existia um
enxame de rochas e gelo remanescentes
da formação planetária. Sucessivas
aproximações desses corpos com os
planetas gigantes ocorriam,
direcionando-os para dentro ou para fora
do Sistema Solar. Contudo, ao desviarem
um corpo em direção ao Sol, Saturno,
Urano e Netuno adquiriam uma pequena
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Modelo_de_Nice
aceleração em direção oposta, o que,
após sucessivas interações com objetos
menores, os colocou em órbitas mais
distantes, caracterizando o processo de
migração planetária. Júpiter, por sua vez,
foi ligeiramente deslocado para uma
órbita mais próxima do Sol. Então, os
dois maiores planetas entraram em
ressonância 1:2, ou seja, enquanto
Saturno completava uma volta ao redor
do Sol, Júpiter efetuava duas. A cada
aproximação que ocorria entre ambos, a
interação gravitacional tornava as suas
órbitas mais excêntricas, sobretudo a de
Saturno por este apresentar menor
massa.[18]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Migra%C3%A7%C3%A3o_planet%C3%A1ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Resson%C3%A2ncia_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
Essa mudança afetou a órbita dos outros
dois gigantes externos, Urano e Netuno,
tornando-as também mais alongadas.
Netuno, então, passou a interceptar uma
região povoada por rochas e gelo, dando
início a um dos períodos mais violentos
Simulação da órbita dos planetas gigantes a) no
início; b) durante o intenso bombardeio tardio
(ilustra-se igualmente a eventual troca de posição
entre Urano e Netuno) e c) após o processo de
migração planetária. Note como os objetos além da
órbita inicial de Netuno são espalhados.[19]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Lhborbits.png
da história do Sistema Solar. Ao adentrar
nessa região, o planeta provocou um
distúrbio na órbita dos corpos menores,
direcionando-os para dentro ou para fora
do Sistema Solar. Muitos deles atingiram
os planetas internos, durante o período
denominado intenso bombardeio tardio,
ocorrido há quatro bilhões de anos[nota 1]
e cujas marcas ainda são evidentes na
superfície da Lua e de Mercúrio. Ao
longo de quinhentos milhões de anos,
essa região foi completamente varrida,
sendo que somente uma pequena fração
dos objetos que nela existiam (estima-se
0,1%) permanece, atualmente formando
o Cinturão de Kuiper e a Nuvem de
Oort.[19][18]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Intenso_bombardeio_tardio
Apesar de conseguir responder a muitas
questões que até então se colocavam, o
modelo de Nice originalmente não
explicava como puderam os gigantes
gasosos formar-se no intervalo de tempo
atualmente considerado pela
comunidade científica, exigindo várias
centenas de milhões de anos para lá
deste. Aplicando a lógica do modelo,
mas pressupondo que a nebulosa inicial
seria mais densa do que a teoria original
estimava, mostrou-se que a formação
dos planetas exteriores no prazo
indicado era exequível. Simulações de
computador, respeitando o modelo de
Nice, mas partindo de uma nebulosa
mais densa, confirmaram a hipótese. No
entanto, introduziram igualmente uma
possibilidade que não havia sido
equacionada: em metade das
simulações efetuadas, Netuno formava-
se entre Urano e Saturno, sendo
progressivamente levado para uma
órbita exterior a Urano. Perante a
incerteza que as probabilidades
registram neste aspecto particular, a
hipótese da troca de posição entre os
dois planetas mais exteriores mantém-se
em aberto.[20][21]
Componentes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Moons_of_the_Solar_System.jpg
O Sistema Solar é constituído
essencialmente pelo Sol e pelo conjunto
de corpos que estão sob influência de
seu campo gravitacional. Dentre estes,
os oito planetas são os componentes
mais massivos do sistema, divididos em
planetas telúricos (os quatro menores e
mais próximos do Sol,
predominantemente rochosos) e
gigantes gasosos (os quatro maiores e
mais afastados do Sol). A maior parte
Montagem dos maiores satélites naturais e a Terra
em escala.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_gravitacional
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_planetas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_gasoso
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Moons_of_the_Solar_System.jpg
exerce força gravitacional suficiente para
manter uma camada de gases ao seu
redor, ou seja, possuem atmosfera, e
também satélites naturais orbitando-os.
Enquanto a Terra e Marte apresentam
somente um e dois satélites naturais
respectivamente, os gigantes gasosos
possuem dezenas cada um, nas mais
variadas formas, composições e
tamanhos. Existem ainda cinco corpos
que, de acordo com os padrões da União
Astronômica Internacional, se
enquadram na categoria de planetas
anões e que, na sua maioria, também
exibem satélites naturais. Vários
asteroides se fazem igualmente
acompanhar por pequenas luas.[22] Os
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Astron%C3%B4mica_Internacionalhttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_an%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_de_asteroide
quatro planetas gigantes possuem,
ainda, sistemas de anéis planetários,
formados essencialmente por partículas
de gelo e poeira com dimensões
máximas de alguns centímetros, que
orbitam o planeta no plano de seu
equador.[23] Espalhados por toda
extensão do Sistema Solar existem
milhares de corpos menores, como
asteroides e cometas, além da poeira
interplanetária e de matéria proveniente
do Sol que permeiam o espaço entre os
corpos.[24][25][26]
Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Anel_planet%C3%A1rio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Equador
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Magnificent_CME_Erupts_on_the_Sun_-_August_31.jpg
O componente central e principal fonte
de energia do Sistema Solar, o Sol,
embora seja o astro mais luminoso
quando visto do nosso planeta, é uma
estrela relativamente pequena e comum
na Via Láctea, com um raio de
aproximadamente setecentos mil
quilômetros. É constituído
essencialmente por hidrogênio e hélio
ionizados, mantidos coesos sob forma
O Sol em atividade. Note a erupção liberando
matéria no espaço, chamada de ejeção de massa
coronal.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Energia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estrela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%A9nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plasma
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Magnificent_CME_Erupts_on_the_Sun_-_August_31.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eje%C3%A7%C3%A3o_de_massa_coronal
aproximadamente esférica graças à ação
da gravidade. Consequentemente, a
imensa pressão e temperatura em seu
núcleo são suficientes para que ocorra o
processo de fusão nuclear, no qual há a
conversão de núcleos de hidrogênio em
núcleos de hélio e liberação de energia. A
estrela emite radiação em praticamente
todo o espectro eletromagnético,
sobretudo na forma de luz visível.[27][28]
Dentre as camadas que compõem o Sol,
o núcleo, onde ocorrem as reações de
fusão, é a mais interna, atingindo uma
temperatura de cerca de quinze milhões
de graus Celsius. A energia produzida
nessa região transfere-se para a zona de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fus%C3%A3o_nuclear
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cadeia_pr%C3%B3ton-pr%C3%B3ton
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_eletromagn%C3%A9tica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espectro_eletromagn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espectro_vis%C3%ADvel
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grau_Celsius
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Zona_de_radia%C3%A7%C3%A3o
radiação, através da qual atinge a
camada subsequente, denominada zona
convectiva, que, por sua vez, a transporta
até a fotosfera, a superfície visível do Sol
por onde escapa a radiação que ilumina
todo o Sistema Solar. O campo
magnético da estrela faz com que
surjam manchas (regiões mais escuras
na fotosfera) e proeminências solares
que, por sua vez, podem dar origem a
uma ejeção de massa coronal. Tais
eventos estão geralmente associados
aos ciclos solares, cujo pico de atividade
ocorre a cada onze anos. Circundando o
Sol encontram-se a cromosfera e a coroa
solar, duas camadas de gases que
constituem a atmosfera da estrela,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Zona_de_radia%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Zona_convectiva
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fotosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol#Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manchas_solares
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Proemin%C3%AAncia_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eje%C3%A7%C3%A3o_de_massa_coronal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ciclo_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cromosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Coroa_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_estelar
praticamente invisíveis por conta do
ofuscamento provocado pelo brilho
superficial. Dessa coroa emanam
correntes de partículas eletricamente
carregadas, a uma temperatura de dois
milhões de graus Celsius, responsáveis
pelo vento solar que se espalha com
grande velocidade e atinge os confins do
sistema.[28][29]
Planetas telúricos
Comparação de tamanho entre os planetas
telúricos.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Telluric_planets_size_comparison.jpg
Os quatro planetas mais próximos do Sol
constituem o grupo dos planetas
telúricos e têm como características
comuns a presença de crostas sólidas
formadas sobretudo por silicatos, além
de núcleos cuja composição possui
elevada porcentagem de ferro. Durante o
período de formação planetária, a
ausência de gelo na região mais interior
do sistema e a massa modesta desses
corpos não favoreceram a retenção de
gases da nebulosa solar, razão pela qual
são essencialmente rochosos. Nenhum
apresenta um sistema de anéis
planetários e somente a Terra e Marte
possuem satélites naturais. Mercúrio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crosta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Silicato
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rocha
tem uma atmosfera extremamente
rarefeita, em contraste com a espessa
camada de gases que envolve o planeta
Vênus. A atmosfera terrestre, por sua
vez, possui uma composição peculiar
devido à presença de seres vivos que
com ela interagem, transformando-a,
enquanto a de Marte mostra-se bastante
rarefeita, embora seja provável que
outrora tenha sido espessa o suficiente
para garantir a presença de água em
estado líquido.[30][31]
Mercúrio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_in_color_-_Prockter07_centered.jpg
O planeta mais próximo do Sol, que
gasta somente oitenta e oito dias para
completar seu período de translação,
possui uma aparência acinzentada com
inúmeras marcas de impactos que
lembram a superfície lunar. Na topografia
de Mercúrio, destacam-se as áreas
planas, as crateras de impacto e as
cadeias montanhosas sinuosas,
formadas pela contração da crosta
durante o período de resfriamento do
Mercúrio fotografado pela MESSENGER.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geologia_de_Merc%C3%BArio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera_de_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_in_color_-_Prockter07_centered.jpg
planeta. Mercúrio possui uma atmosfera
extremamente rarefeita, formada
somente de partículas retidas do vento
solar que logo se perdem devido à
intensa radiação oriunda da estrela. Por
isso, a temperatura na superfície chega a
ultrapassar 420 graus Celsius durante o
dia e cai drasticamente durante a noite,
atingindo -180°C. Também por causa da
ausência de uma atmosfera substancial
que pudesse desencadear processos
erosivos, conservaram-se registros dos
impactos de meteoroides, asteroides e
cometas que ocorreram há bilhões de
anos[nota 1] e que deixaram marcas por
vezes extensas, como a bacia Caloris,
com mais de 1 500 quilômetros de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Caloris
diâmetro. Mercúrio é o segundo planeta
mais denso do Sistema Solar, com um
núcleo metálico cujo raio equivale a 75%
do total do planeta e que é responsável
pela manutenção de um fraco campo
magnético. Existem evidências da
presença de água sob a forma de gelo
em crateras profundas nos polos norte e
sul que nunca recebem a luz do Sol
diretamente.[32]
Vênus/Vénus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Venus-real_color.jpg
O segundo planeta a partir do Sol possui
tamanho, composição e massa similares
à Terra. Contudo, o seu período de
rotação é de 243 dias, superior ao tempo
que Vênus leva a completar uma órbita
ao redor do Sol, pelo que um dia
venusiano é mais longo que um ano
venusiano. Apesar de o núcleo ferroso de
Vênus ser similar ao da Terra, a rotação
extremamente lenta de Vênus não
permite a existência de um campo
magnético. A atmosfera venusiana,
extraordinariamenteespessa e violenta,
é composta primariamente por dióxido
de carbono e vapores de ácido sulfúrico
O planeta Vênus.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_V%C3%AAnus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_sulf%C3%BArico
na forma de nuvens permanentes que
envolvem todo o planeta. Como
consequência, além de uma intensa
pressão atmosférica (noventa vezes
superior à pressão atmosférica
terrestre), ocorre um superefeito estufa
que faz com que a temperatura na
superfície atinja mais de 470 graus
Celsius.[33]
A cobertura permanente de nuvens
impede a observação direta das
características da superfície, pelo que o
seu mapeamento é efetuado por meio de
radar e de sondas enviadas ao planeta.
Tais pesquisas sugerem que o relevo de
Vênus foi alterado em quase sua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Explora%C3%A7%C3%A3o_de_V%C3%AAnus
totalidade por ação da atividade
vulcânica entre trezentos e quinhentos
milhões de anos atrás. Em seu estado
atual destacam-se duas regiões
elevadas, a Terra de Ishtar e a Terra de
Afrodite, além dos Montes Maxwell, um
maciço montanhoso onde se localiza o
ponto mais alto do planeta, comparável
ao Monte Everest na Terra. Na geografia
do planeta são igualmente
característicos diversos canais que se
estendem por milhares de quilômetros,
criados por fluxos de lava.[33]
Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ishtar_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aphrodite_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Maxwell_Montes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Everest
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Earth_seen_from_Apollo_17.jpg
O maior planeta telúrico e o quinto maior
do Sistema Solar, é o terceiro a contar do
Sol. Seu núcleo é constituído
principalmente por ferro, ao redor do
qual encontra-se uma camada de rochas
fundidas, por sua vez cercada por uma
crosta relativamente fina e dividida em
placas tectônicas em constante
movimento, responsáveis pelas
atividades sísmica e vulcânica na Terra.
O núcleo metálico e a rotação do planeta
A Terra fotografada pela Apollo 17.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_terrestre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crosta_terrestre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Placa_tect%C3%B3nica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sismo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_da_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:The_Earth_seen_from_Apollo_17.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Apollo_17
permitem a formação de um substancial
campo magnético. Com mais de setenta
por cento de sua superfície coberta por
água, a Terra apresenta uma
peculiaridade em relação aos demais
planetas, já que é o único conhecido a
abrigar vida. Os seres que nele habitam
influenciam a composição e a dinâmica
da atmosfera terrestre, formada
principalmente por nitrogênio e oxigênio.
A inclinação do eixo de rotação é
responsável pela ocorrência de estações
que regulam o clima.[34]
Nosso planeta possui somente um
satélite natural, a Lua. Como
praticamente não possui atmosfera nem
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_d%C3%ADnamo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico_terrestre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vida
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_terrestre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Azoto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o_axial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eixo_terrestre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_do_ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Clima
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_da_Lua
está sujeita a outros agentes erosivos, a
superfície lunar encontra-se coberta por
marcas de impacto de outros corpos na
forma de inúmeras crateras.
Visualmente, a Lua é dividida em duas
regiões conforme sua coloração: as
terras altas, geralmente mais claras, e os
mares, bacias de impacto preenchidas
com lava que se mostram mais escuras.
O período de rotação do satélite (cerca
de 27 dias) é exatamente igual ao
período de translação em torno da Terra,
o que faz com que a Lua tenha sempre a
mesma face voltada para o planeta
(fenômeno denominado rotação
sincronizada). Dentre as influências que
a presença da Lua provoca na Terra,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mare_(Lua)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lado_vis%C3%ADvel_da_Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_sincronizada
pode-se ressaltar a ocorrência das marés
e a estabilidade no eixo de rotação do
planeta.[nota 5][35] As primeiras sondas
para explorar o satélite foram enviadas
em 1959 e, dez anos depois, uma missão
tripulada veio a realizar uma
alunissagem, o que fez da Lua o primeiro
e único corpo celeste visitado por
humanos até o presente.[36]
Marte
Marte, o planeta vermelho.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A9
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Apollo_11
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alunissagem
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars_Hubble.jpg
O planeta telúrico mais afastado do Sol
passou a ser um mundo intrigante a
partir do advento das observações
telescópicas. Exibindo calotas polares
variáveis e características superficiais
mutantes, levantava suspeitas da
possível existência de vida fora da Terra.
Contudo, após o envio de sondas e
exploradores robóticos, descobriu-se que
Marte é um planeta desértico e não se
constatou a existência de seres vivos.
Entretanto, a sonda Mars
Reconnaissance Orbiter revelou veios de
água salgada que fluem em regiões
montanhosas nos meses mais quentes
do planeta, aumentando a possibilidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calota_polar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter
da existência de vida micro-orgânica.[37]
Com metade do tamanho da Terra,
apresenta acidentes geográficos
notáveis, como o Monte Olimpo, o maior
vulcão extinto do Sistema Solar, com
altitude três vezes maior do que a do
Monte Everest, e o Valles Marineris, um
sistema de cânions que se estende por
mais de três mil quilômetros na região
equatorial.[38]
A atmosfera marciana, embora bem mais
rarefeita do que a atmosfera terrestre,
pode apresentar tempestades globais
durante semanas, que levantam a poeira
da superfície (rica em minérios de ferro,
daí a coloração avermelhada
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Everest
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Valles_Marineris
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_Marte
predominante) e alteram completamente
as características visuais do planeta. Por
vezes formam-se nuvens de vapor de
água e neblina sobre vales e crateras,
provocando eventuais precipitações sob
a forma de neve nas calotas polares.
Evidências geológicas sugerem que
Marte já foi um planeta rico em água,
cuja quantidade teria sido suficiente para
escavar os vales existentes atualmente,
o que reforça também a possibilidade de
o planeta, em determinado momento de
sua história, ter abrigado alguma forma
de vida. Marte possui dois satélites
naturais, Fobos e Deimos, ambos de
reduzidas dimensões e formato irregular,
tratando-se provavelmente de asteroides
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vapor_de_%C3%A1gua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neblina
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Precipita%C3%A7%C3%A3o_(meteorologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neve
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calota_polar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite)
capturados pela gravidade do
planeta.[39][38]
Planetas gigantes
Os quatro maiores e mais afastados
planetas do Sistema Solar formam o
grupo dos gigantes gasosos, todos com
dimensões consideravelmente
superiores àsda Terra. Seu tamanho e
constituição distinguem-nos dos
telúricos, pelo que também recebem a
Os oito planetas do Sistema Solar em escala.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_gasoso
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Size_planets_comparison.jpg
denominação de planetas jovianos, em
alusão ao maior componente deste
conjunto, Júpiter (ou Jovis).[40] Formados
principalmente por hidrogênio e hélio
além de uma pequena fração de
elementos mais pesados, possuem baixa
densidade. Apesar de estarem afastados
do Sol, o calor irradiado de seus
interiores aliado a sua composição
gasosa faz com que suas atmosferas
sejam extremamente espessas e
turbulentas, não existindo uma superfície
definida em tais corpos. Também
possuem em comum um núcleo
rochoso, possivelmente com dimensões
comparáveis ao da Terra, que seria o
componente original dos planetas antes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Densidade
da absorção de gases e gelo durante sua
formação. Todos eles apresentam
igualmente numerosos satélites naturais
e sistemas de anéis, além de campos
magnéticos. Os dois mais distantes do
Sol, Urano e Netuno, são por vezes
denominados gigantes de gelo, dada a
sua composição diferenciada em relação
aos outros planetas gasosos.[31][41]
Júpiter
Júpiter, com a Grande Mancha Vermelha
proeminente em sua parte sul. A mancha escura é a
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Jupiter_by_Cassini-Huygens.jpg
O maior e mais massivo planeta do
Sistema Solar exibe peculiares faixas
multicoloridas criadas por fortíssimos
ventos que percorrem faixas
longitudinais na parte superior de sua
atmosfera. Frequentemente surgem
nessas bandas vórtices e sistemas de
tempestades circulares, como a Grande
Mancha Vermelha, uma tormenta maior
que a Terra que já dura por séculos.
Dentre os gases que compõem sua
atmosfera, hidrogênio e hélio são os
mais abundantes, seguidos por
pequenas frações de vapor d'água,
metano e amônia.[42] Nas camadas
proeminente em sua parte sul. A mancha escura é a
sombra projetada por Europa, um satélite natural.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_J%C3%BApiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grande_Mancha_Vermelha
gasosas inferiores do planeta, a pressão
atmosférica é suficiente para liquefazer o
hidrogênio. Já nas camadas mais
internas do planeta, o mesmo elemento
adquire propriedades metálicas e se
torna eletricamente condutivo, dando
origem, através do fluxo de cargas
elétricas, a um poderoso campo
magnético cuja intensidade é vinte mil
vezes superior ao que é produzido pela
Terra.[43]
O número total de satélites naturais de
Júpiter excede 60, sendo que os quatro
maiores e mais notáveis recebem a
denominação particular de luas
galileanas, por ter sido Galileu Galilei
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Liquefa%C3%A7%C3%A3o_de_gases
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio_met%C3%A1lico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnetosfera_de_J%C3%BApiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites_de_J%C3%BApiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Luas_de_Galileu
quem as primeiro observou por meio de
um telescópio em 1610. Numa órbita
interior à dos outros três, Io é o corpo
geologicamente mais ativo do Sistema
Solar, com vários vulcões continuamente
renovando a matéria em sua
superfície.[nota 6][44] Europa atrai especial
atenção devido à expectativa de que
alguma forma de vida habite o imenso
oceano de água em estado líquido (cujo
volume pode exceder o dobro de toda a
água da Terra) que se considera existir
sob a camada de gelo que envolve a lua.
Ganimedes, o maior satélite natural no
Sistema Solar e o único que mantém seu
próprio campo magnético, ultrapassa as
dimensões de Mercúrio. Por fim, a
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Io_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulcanismo_em_Io
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Europa_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gan%C3%ADmedes_(sat%C3%A9lite)
superfície extremamente antiga e repleta
de crateras de Calisto é uma recordação
visível dos eventos que ocorreram no
início da história do Sistema Solar. Outra
peculiaridade desses satélites são suas
interações gravitacionais; Io, por
exemplo, oscila entre a atração
gravitacional exercida por Júpiter e a que
sofre por parte de Europa e Ganimedes.
Tal como acontece com a Lua, que
mostra sempre a mesma face voltada
para a Terra, também as luas de Galileu
apresentam uma rotação sincronizada
com Júpiter, provocando o mesmo
efeito. O planeta possui ainda um tênue
sistema de anéis, de difícil observação
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calisto_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_sincronizada
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9is_de_J%C3%BApiter
por ser formado de minúsculas
partículas de baixo albedo.[43][45]
Saturno
O segundo maior planeta do Sistema
Solar possui uma composição
semelhante à de Júpiter, rica em
hidrogênio e hélio. Sua atmosfera, em
Saturno, com seus notáveis anéis, é o segundo
maior planeta do Sistema Solar. Essa fotografia foi
tirada pela sonda Cassini em 2004 enquanto
orbitava o planeta.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Saturno_(planeta)#Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Saturn_PIA06077.jpg
função do calor irradiado do interior de
Saturno, apresenta-se em constante
turbulência, com ventos de mais de 1
800 quilômetros por hora que criam
bandas visíveis nas suas camadas
superiores em tons de amarelo e
dourado. Embora mais fraco que o de
Júpiter, o campo magnético do planeta
ainda é quinhentas vezes mais intenso
que o terrestre. Contudo, a característica
mais notável de Saturno é seu
impressionante sistema de anéis,
formado essencialmente por fragmentos
de gelo que se espalham por faixas, com
milhares de quilômetros de extensão e
paralelo ao equador do planeta. Sua
espessura média é de apenas dez
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9is_de_Saturno
metros, nunca excedendo 1,5 quilômetro,
e a maioria dos corpos que o compõem
apresentam tipicamente dimensões
entre um centímetro e dez metros.[46]
Os satélites naturais de Saturno
ostentam peculiaridades únicas no
Sistema Solar. O maior deles, Titã, é
envolvido por uma espessa atmosfera
composta principalmente de nitrogênio,
provavelmente similar à da Terra antes
do surgimento das primeiras formas de
vida. Jápeto possui um hemisfério com
coloração brilhante e outro escuro, além
de uma cordilheira que se estende
exatamente sobre seu equador. Mimas
apresenta uma cratera gigantesca
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites_de_Saturno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A3_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_Tit%C3%A3
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%A1peto_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cordilheira
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mimas_(sat%C3%A9lite)
resultante de um impacto que quase
rompeu o satélite ao meio. Rico em gelo,
Encélado mostra indícios de atividade
vulcânica, com ejeções de vapor de água
no hemisfério sul. No total, Saturno
possui 53 satélites naturais, muitos deles
descobertos somente através de sondas
espaciais.[47]
Urano
O planeta Urano.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9lado_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Uranus2.jpg
O sétimo planeta a partir do Sol foi o
primeiro a ser descoberto com o auxílio
de um telescópio em 1781. À
semelhança de Vênus, o sentido de
rotação de Urano é retrógrado
relativamente ao da maioria dos corpos
do Sistema Solar. Além disso, seu eixo
de rotação é extremamente inclinado,
fazendo com que cada um dos polos do
planeta fique diretamente voltado para o
Sol durante um longo período. A
atmosfera de Urano, formada
principalmente de hidrogênio e hélio,
além de uma pequena quantidade de
metano (responsável pela coloração
azul-esverdeada) e água, mostra-se
dinâmica conforme as mudanças de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eixo_de_rota%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_Urano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metano
estação do planeta. No seu interior,
possivelmente se aloja uma camada
líquida de água, metano e amônia.
Também possui um sistema de anéis
com faixas estreitas e composto por
partículas escuras nos anéis mais
internos e brilhantes nos mais
externos.[48]
Os satélites naturais de Urano, que
totalizam 27, foram designados segundo
os nomes de personagens das obras de
William Shakespeare e da sátira The
Rape of the Lock ("O Rapto da Madeixa")
de Alexander Pope, exceção à prática
mais corrente de se associarem às luas
nomes de figuras da mitologia greco-
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9is_de_Urano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites_de_Urano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alexander_Pope
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_greco-romana
romana. Oberon e Titânia são os maiores
corpos que orbitam o planeta, enquanto
Ariel tem a superfície mais brilhante e
possivelmente a mais recente dentre os
satélites de Urano, com poucas crateras
de impacto. Miranda, por sua vez,
apresenta intrigantes cânions onde áreas
cuja superfície parece antiga se
estendem ao lado de outras de aspecto
recente. Todos estes satélites aparentam
ser formados de uma mistura entre
rochas e gelo. Os demais corpos ao
redor de Urano provavelmente são
asteroides capturados pela gravidade do
planeta.[49]
Netuno/Neptuno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_greco-romana
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oberon_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A2nia_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ariel_(sat%C3%A9lite_natural)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Miranda_(sat%C3%A9lite)
O gigante e gelado Netuno é o planeta
mais afastado do Sol e foi o primeiro a
ser localizado a partir de cálculos
matemáticos em vez de observações
regulares do céu. Sua busca foi motivada
por se terem constatado irregularidades
na órbita de Urano que só poderiam ser
explicadas pela interação com um corpo
de massa considerável ainda
Netuno, em imagem feita pela Voyager 2, a única
sonda a visitar o planeta.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Neptune.jpg
desconhecido. Observações
subsequentes da área onde Netuno se
deveria encontrar, segundo os resultados
calculados, vieram comprovar a sua
existência. A extremamente violenta
atmosfera netuniana, com ventos cuja
velocidade máxima de 1 200 km/h
excede nove vezes a dos mais intensos
que ocorrem na Terra, apresenta
relevante porcentagem de metano,
responsável por sua coloração azulada.
Frequentemente surgem sistemas de
tempestades circulares no planeta, como
a grande mancha escura, um sistema
anticiclônico maior que a Terra que
desapareceu alguns anos após ser
fotografado pela sonda Voyager 2.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grande_Mancha_Escura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Voyager_2
Presume-se que as camadas
intermediárias de Netuno sejam
formadas por compostos gelados, como
amônia e água, ao redor de um núcleo
rochoso.[50]
Dos quatorze satélites naturais
conhecidos de Netuno, o maior e mais
intrigante é Tritão, que orbita o planeta
em direção oposta à dos demais, o que
sugere que tenha sido capturado pelo
planeta no passado distante. Apesar de
extremamente gelado (com
temperaturas inferiores a -230 graus
Celsius), apresenta formações
semelhantes a gêiseres que expelem
gelo da superfície a uma altura de 8 km,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites_de_Netuno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Trit%C3%A3o_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAiser
além de uma tênue atmosfera que, por
razões desconhecidas, está se tornando
mais quente. Muitas das outras luas são
pequenas e escuras, razão pela qual
foram descobertas somente após o
envio de sondas espaciais. O sistema de
anéis do planeta exibe diversas
irregularidades, sendo preenchido de
forma muito desigual, que não só
apresentam indícios de serem recentes
como também efêmeras.[50]
Planetas anões
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9is_de_Netuno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA19562-Ceres-DwarfPlanet-Dawn-RC3-image19-20150506.jpg
Desde que foi encontrado em 1930,
Plutão permaneceu sendo o nono
planeta do Sistema Solar, até que a
descoberta em 2005 de um novo corpo
celeste, posteriormente denominado
Éris, de dimensões semelhantes, colocou
em xeque a definição do que de fato
seria um planeta. As discussões
prosseguiram até o ano seguinte, quando
decidiu-se criar uma categoria distinta
para esses corpos, maiores que
Ceres fotografado pela sonda Dawn.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%89ris_(planeta_an%C3%A3o)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Redefini%C3%A7%C3%A3o_do_termo_planeta_em_2006
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA19562-Ceres-DwarfPlanet-Dawn-RC3-image19-20150506.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dawn_(sonda_espacial)
asteroides, mas substancialmente
menores que os demais planetas.
Passaram a partir de então a ser
denominados planetas anões e
caracterizam-se por, embora sejam
esféricos como um planeta, suas
dimensões reduzidas tornarem-nos
incapazes de varrer sua órbita, ou seja,
sua força gravitacional não é suficiente
para atrair corpos menores nas
proximidades.[51] Atualmente encontram-
se nessa categoria cinco corpos
celestes,[nota 7] dentre os quais apenas
um se localiza entre as órbitas de Marte
e Júpiter (Ceres), enquanto os demais se
encontram próximos ou além da órbita
de Netuno, sendo que estes últimos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_an%C3%A3o
recebem a denominação particular de
plutinos em alusão à importância
histórica do antigo planeta.[52]
O menor planeta anão e também o mais
próximo do Sol, Ceres, situa-se entre as
órbitas de Marte e Júpiter, numa região
povoada por inúmeros corpos menores
denominada Cinturão de Asteroides.
Com um formato aproximadamente
esférico, Ceres é visto como um planeta
embrionário que não atingiu porte
suficiente devido provavelmente à
influência gravitacional de Júpiter.
Possivelmente abriga consideráveis
quantidades de água sob a forma de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plutino
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ceres_(planeta_an%C3%A3o)
gelo, num manto que envolve seu núcleo
denso e rochoso.[53]
Com aproximadamente dois terços do
diâmetro da Lua, pensa-se atualmente
que Plutão seja formado por um núcleo
rochoso cercado por uma espessa
camada de gelo. Sua órbita excêntrica
faz com que, durante um período de vinte
anos, o planeta anão fique mais próximo
Plutão fotografado pela sonda New Horizons.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Pluto_by_LORRI_and_Ralph,_13_July_2015.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/New_Horizons
do Sol que Netuno, sendo então possível
a formação de uma tênue e temporária
atmosfera resultante da vaporização de
compostos anteriormente em estado
sólido. Caronte, a maior das suas cinco
luas, possui quase metade do tamanho
de Plutão, o que leva alguns cientistas a
considerarem os dois corpos como um
sistema duplo em vez de planeta anão e
satélite.[54]
Éris possui dimensões ligeiramente
menores que as de Plutão[nota 8] e
provavelmente a mesma composição.
Originalmente apelidado de Xena, o
planeta anão leva mais de quinhentos
anos para completar seu período de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caronte_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites_de_Plut%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%A3o-Caronte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_duplo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%89ris_(planeta_an%C3%A3o)
translação e tem uma pequena lua,
Disnomia.[55] Makemake, menor que Éris,
contém metano e etano em sua
superfície, além de uma coloração
avermelhada atribuída à interação
desses compostos com a radiação
ultravioleta do Sol.[56] E, por fim, Haumea,
um planeta anão de tamanho
semelhante ao de Plutão, possui um dos
mais curtos períodos de rotação do
Sistema Solar (menos de quatro horas),
o que provocouum alongamento do seu
formato, dando-lhe uma aparência
similar a uma bola de futebol americano;
possui dois satélites naturais, Namaka e
Hiʻiaka.[57]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Disnomia_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Makemake
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Haumea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bola_de_futebol_americano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites_de_Haumea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Namaka
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hi%CA%BBiaka
Corpos menores
Por definição da União Astronômica
Internacional, todos os corpos que não
se enquadram na categoria de planetas
ou de planetas anões, com exceção dos
satélites naturais, devem ser referidos
como corpos menores do Sistema
Solar.[58] Nesta classificação enquadram-
se, portanto, os asteroides
(concentrados sobretudo na região entre
as órbitas de Marte e Júpiter), os
fragmentos de gelo situados além da
órbita de Netuno e os cometas, além dos
incontáveis meteoroides e partículas de
poeira que permeiam o espaço
interplanetário.[59]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Astron%C3%B4mica_Internacional
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lites_naturais
Asteroides
Considerados fragmentos
remanescentes da formação do Sistema
Solar, os asteroides são corpos rochosos
de formato irregular cujas dimensões
variam de alguns metros a algumas
centenas de quilômetros de diâmetro.
Apesar de estarem catalogados mais de
Vesta, o segundo maior asteroide do Sistema Solar,
é considerado por vezes um planeta bebê em razão
de suas dimensões e sua constituição.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroides
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vesta_full_mosaic.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/4_Vesta
meio milhão desses objetos, acredita-se
que o número real seja muito maior,
embora se estime que a massa agregada
de todos eles seja inferior à da Lua. De
acordo com modelos computacionais, a
gravidade de Júpiter não permitiu que a
matéria presente entre sua órbita e a de
Marte se aglomerasse e formasse um
novo planeta na região, pelo que
permaneceu fragmentada e circunscrita
numa zona denominada Cinturão de
Asteroides. Dentre seus componentes,
mais de 150 possuem satélites naturais
conhecidos ou formam sistemas
binários. Logo após o planeta anão
Ceres, Vesta é o maior asteroide do
Sistema Solar, com um diâmetro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintur%C3%A3o_de_Asteroides
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_bin%C3%A1rio_(astronomia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/4_Vesta
aproximado de 530 quilômetros.[60] A
gravidade de Júpiter não só não permite
que a distribuição de asteroides no
cinturão seja uniforme, originando
espaços relativamente vazios
denominados Lacunas de Kirkwood,[61]
como também ocasionalmente altera a
órbita de alguns desses corpos,
direcionando-os para o interior do
Sistema Solar. Colisões de asteroides
com a Terra foram responsáveis por
significativas alterações na história
geológica e na evolução da vida em
nosso planeta.[60]
Certos grupos de asteroides
compartilham a mesma órbita com um
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lacunas_de_Kirkwood
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o
planeta, localizando-se sempre 60° à
frente ou atrás nos respectivos pontos
de Lagrange[nota 9] deste, formando seu
grupo de troianos. Na órbita de Júpiter
se encontra o mais expressivo grupo
conhecido, com mais de seiscentos mil
componentes (de extensão superior a
um quilômetro) descobertos.[62] Netuno,
Urano, Marte, Terra e Vênus também
possuem troianos. O primeiro troiano da
Terra, designado de 2010 TK7, foi
descoberto recentemente.[61][63] Entre as
órbitas de Júpiter e Netuno existem,
ainda, asteroides de outra classe
particular cujos componentes se
denominam Centauros, que são oriundos
da ejeção dos objetos do Cinturão de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pontos_de_Lagrange
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Troiano_(astronomia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroides_troianos_de_J%C3%BApiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Troiano_de_Netuno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Troiano_de_Urano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Troiano_de_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Troiano_da_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Troiano_de_V%C3%AAnus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Troiano_da_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/2010_TK7
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Centauro_(astronomia)
Kuiper durante a migração planetária.
Contudo, ficam nessa região por um
tempo relativamente curto, pois suas
órbitas ou são alteradas pela gravidade
dos planetas gigantes ou colidem com
eles.[64]
Alguns dos asteroides que se encontram
na zona mais interior do Sistema Solar,
aquém do Cinturão de Asteroides,
constituem o grupo dos Objetos
Próximos da Terra (NEO, sigla de Near
Earth Objects), que, como o próprio nome
indica, são asteroides cuja órbita
aproxima-se substancialmente do nosso
planeta. Formalmente os NEO são
definidos como corpos cujo periélio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NEO
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
ocorre a menos de 1,3 unidade
astronômica, e são divididos em classes
de acordo com suas características
orbitais. O primeiro destes objetos a ser
descoberto foi o asteroide Eros, que
possui cerca de 33 quilômetros de
comprimento. Entretanto, 9 567 objetos
já haviam sido catalogados, até fevereiro
de 2013, nas vizinhanças da órbita
terrestre.[61][65][66][67]
É provável que o evento de extinção em
massa dos dinossauros ocorrido há 65
milhões de anos tenha sido causado
pelo impacto de um asteroide com cerca
de dez quilômetros de extensão, criando
uma imensa cratera, o que evidencia o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/433_Eros
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Extin%C3%A7%C3%A3o_Cret%C3%A1ceo-Paleogeno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Extin%C3%A7%C3%A3o_em_massa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dinossauro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera_de_Chicxulub
elevado poder de destruição de tais
eventos de impacto.[68] Em fevereiro de
2013 existiam 1 376 corpos
referenciados por apresentarem um
possível, embora extremamente remoto,
risco de colisão com a Terra.[67] Em
consequência desta possibilidade
diversos programas de observação,
como o Lincoln Near-Earth Asteroid
Research, o Near Earth Asteroid Tracking
e o Lowell Observatory Near-Earth-Object
Search, entre outros, fazem o
monitoramento constante do céu,
permitindo a descoberta de diversos
corpos que possam representar uma
ameaça. Para estimar a probabilidade de
colisão foi criada a Escala de Turim, que
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lincoln_Near-Earth_Asteroid_Research
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Near_Earth_Asteroid_Tracking
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lowell_Observatory_Near-Earth-Object_Search
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Turim
varia de 0 a 10, onde o menor valor
qualifica o risco como insignificante,
enquanto o valor máximo representa
uma colisão iminente com
consequências globais.[69] No entanto,
os asteroides nas proximidades também
podem ser o primeiro alvo para
exploração de minérios fora da Terra, já
que, segundo pesquisas, possuem uma
considerável quantidade de ouro, platina
e outros metais raros em sua
composição.[70]
Objetos transnetunianos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Min%C3%A9rio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ouro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Platina
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metal_precioso
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Objetos_transnetunianos.png
A região do Sistema Solar além da órbita
de Netuno é povoada por inúmeros
corpos, designados coletivamente
objetos transnetunianos, compostos
essencialmente de gelo e fragmentos
rochosos, que se distribuem por três
Comparação em escala entre oito dos maiores
corpos transnetunianos e seus satélites
descobertos até o presente momento, com a Terra.
Os quatro corpos da primeira coluna são planetas
anões (textura dos corpos menores fantasiosa).
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Objeto_transneptuniano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Objetos_transnetunianos.pngregiões principais: o Cinturão de Kuiper, o
disco disperso e a Nuvem de Oort.[71]
Embora possa apresentar uma certa
semelhança com o Cinturão de
Asteroides, o Cinturão de Kuiper (ou de
Kuiper-Edgeworth) é formado por corpos
constituídos por fragmentos rochosos
em associação com compostos voláteis
sob a forma de gelo, distribuídos a uma
distância entre 30 e 55 unidades
astronômicas do Sol. Foram descobertos
até o presente momento milhares de
objetos nessa região, mas estimativas
sugerem que existam aproximadamente
um trilhão[nota 1] de componentes de
diâmetro superior a um quilômetro.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintur%C3%A3o_de_Kuiper
Dentre os maiores objetos no Cinturão
de Kuiper destacam-se os quatro
planetas anões Plutão, Haumea,
Makemake e Éris.[72][73]
Os corpos gelados que habitam o disco
disperso têm em comum órbitas que, em
seu ponto mais próximo, se sobrepõem à
região do Cinturão de Kuiper, mas sua
distância máxima do Sol é alcançada
numa área ainda mais longínqua que o
próprio cinturão. Tal região, assim como
o Cinturão de Kuiper, é fonte provável de
cometas que se desviam para as
proximidades do Sol. A órbita altamente
inclinada desses corpos em relação ao
plano de órbita dos planetas sugere que,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Disco_disperso
durante o período da migração de
Netuno, as trajetórias dos objetos que se
encontram atualmente nesta área
tenham sido radicalmente alteradas.
Alguns astrônomos consideram o disco
disperso como mera região do Cinturão
de Kuiper, identificando seus
componentes como objetos dispersos
deste.[74] Alguns astrônomos também
classificam os Centauros, que se
localizam entre as órbitas dos planetas
gigantes, como objetos internos do
Cinturão de Kuiper, desviados para
órbitas mais interiores.[75]
Em 1950, o astrônomo alemão Jan Oort
propôs que alguns cometas provêm de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_e_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_Sistema_Solar#Migra%C3%A7%C3%A3o_planet%C3%A1ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astr%C3%B4nomo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jan_Hendrik_Oort
uma vasta e extremamente distante
região povoada por corpos de gelo,
distribuídos numa configuração
semelhante a uma concha esférica, que
circunda todo o Sistema Solar. Em sua
homenagem, esta foi nomeada Nuvem
de Oort, encontrando-se no espaço entre
cinco mil e cem mil unidades
astronômicas de raio a partir do Sol.
Nessa região, por conta do efeito
reduzido da gravidade do astro central
do Sistema Solar, a influência de outras
estrelas e da própria galáxia
ocasionalmente desvia alguns desses
corpos em direção ao meio interestelar
ou ao centro do sistema, originando,
neste caso, um cometa de longo período.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nuvem_de_Oort
Estima-se que existam entre 0,1 a dois
trilhões[nota 1] de corpos de gelo na
Nuvem de Oort.[72][76]
Cometas
Formados principalmente por gelo (de
água e gás carbônico, dentre outros) e
fragmentos rochosos, os cometas são
corpos oriundos das regiões longínquas
Cometa McNaught visto sobre o Oceano Pacífico a
partir do Observatório Paranal, no Chile, quando se
aproximou da Terra em 2007.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Comet_McNaught_at_Paranal.jpg
do Sistema Solar, que ocasionalmente
visitam as proximidades do Sol. Acredita-
se que esses objetos trouxeram água e
compostos orgânicos para o nosso
planeta, essenciais para o surgimento
das formas de vida. Classificam-se em
dois grupos de acordo com seu período
de translação e sua região de origem. Os
cometas de curto período, cujo exemplo
mais famoso é o Halley, são aqueles que
levam menos de duzentos anos para
completar uma volta ao redor do Sol,
originando-se no Cinturão de Kuiper. Os
cometas de longo período, por seu lado,
provêm de uma região ainda mais
distante (a Nuvem de Oort), sua
passagem através do interior do Sistema
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa_Halley
Solar é imprevisível e podem levar até
trinta milhões de anos para completar
uma órbita, como o cometa
McNaught.[77][78]
Estes corpos originalmente ocupavam
órbitas em regiões extremamente frias
do Sistema Solar, mas perturbações
gravitacionais diversas os direcionaram
para o Sol. Ao se aproximar da estrela, o
intenso calor provoca a sublimação dos
compostos voláteis na superfície do
cometa e os gases desprendidos
formam uma cauda, que se torna
brilhante quando interage com o vento
solar, podendo estender-se por milhões
de quilômetros. Seus componentes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa_McNaught
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sublima%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cauda_comet%C3%A1ria
sólidos também são ejetados pela
pressão gasosa, deixando uma trilha de
poeira ao longo de sua órbita. Alguns
cometas atravessam o periélio a uma
distância segura, sobrevivendo ao calor e
à radiação intensamente emitidos pelo
Sol. Outros, no entanto, têm sua
estrutura interna destroçada e se
rompem, liberando inúmeros pedaços de
gelo que logo se vaporizam, destruindo o
cometa por completo.[77][78]
Meteoroides, meteoros e meteoritos
Meteoro (ou estrela cadente) pertencente à chuva
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Perseiden_Meteor_(2009).jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Chuva_de_meteoros
Permeando o espaço interplanetário
existem minúsculas partículas de poeira
e numerosos corpos de dimensões
consideravelmente menores que
asteroides, denominados meteoroides.
Frequentemente penetram na atmosfera
terrestre com enorme velocidade
(dezenas de quilômetros por segundo),
provocando sua combustão e
vaporização mas não atingindo, na
maioria das vezes, a superfície de nosso
planeta, caracterizando um meteoro ou,
na cultura popular, estrela cadente, já que
ao entrar na atmosfera deixa um intenso
Meteoro (ou estrela cadente) pertencente à chuva
de meteoros Perseidas cruzando o céu. Note a
coloração da luz emitida pela combustão.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meio_interplanet%C3%A1rio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteoroide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteoro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Chuva_de_meteoros
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Perseidas
rastro luminoso. Esse fenômeno ocorre
com relativa frequência, sendo que toda
noite é possível avistar alguns meteoros.
Esporadicamente a Terra intercepta
regiões do espaço onde cometas e
asteroides que por ali passaram
deixaram uma trilha de detritos,
ocasionando um surto de atividade
denominado chuva de meteoros, durante
a qual se podem contabilizar centenas
ou até mesmo, em certos casos,
milhares de meteoros por hora. [61] Grãos
de poeira dispersos por todo o Sistema
Solar produzem, ainda, um fenômeno
conhecido como luz zodiacal, no qual a
enorme quantidade dessas partículas
minúsculas dispersa a luz do Sol,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Chuva_de_meteoros
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Luz_zodiacal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dispers%C3%A3o_(%C3%B3ptica)
formando uma zona de luminosidade
visível no céu ao longo do plano de órbita
dos planetas, observável antes da
alvorada ou após o crepúsculo.[79]
Alguns meteoroides mais densos ou de
maiores dimensões eventualmente
conseguem atravessar a atmosfera,
mesmo que fragmentados durante o
processo, e chegar à superfície terrestre,
passando a ser denominados
meteoritos. Sua origem pode ser diversa,
derivando de cometas, asteroides ou até
mesmo de Marte ou da Lua.[nota 10] São
classificados segundo quatro categorias
principais, de acordo com sua estrutura e
composição: condritos (mais comuns),
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteoritos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Condrito
acondritos, ferrosos e ferrosos-
rochosos.[80] Um caso importante
aconteceu na Rússia em 1908, quando
um meteoroide causou uma imensa
explosão sobre a Sibéria, no que ficou
conhecido como evento de Tunguska, e
provocou efeitos percebidos em várias
partes do mundo.[81] A queda de
meteoroides em áreas povoadas é um
evento extremamente raro. Contudo, um
caso notável aconteceu também na
Rússia em 15 de fevereiro de 2013,
quando uma imensa bola de fogo cruzou
o céu no sul do país e fragmentos
atingiramo solo próximo à cidade de
Cheliabinsk, onde as ondas de choque
provocadas pela explosão quebraram os
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acondrito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Siderito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteorito_ferroso-rochoso
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/R%C3%BAssia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sib%C3%A9ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_Tunguska
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteoro_de_Cheliabinsk
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cheliabinsk
vidros das janelas e sacudiram os
prédios, deixando centenas de feridos.[82]
Todos os planetas e demais corpos do
Sistema Solar estão sob o domínio
gravitacional do astro central, o Sol,
razão pela qual descrevem uma órbita ao
seu redor cujo formato é praticamente
elíptico, conforme enunciado pelas três
leis do movimento planetário de
Kepler.[83] Uma grandeza denominada
excentricidade define a configuração
dessa elipse, que se apresenta mais
achatada quando seu valor se aproxima
de um (como acontece na órbita da
Dinâmica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elipse
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Kepler
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Johannes_Kepler
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
maior parte dos cometas), ou
praticamente circular quando tal número
tende a zero (como é o caso da maior
parte das órbitas dos planetas). Uma vez
que o Sol se localiza em um dos focos
dessa elipse, existe um ponto onde
ocorre a máxima aproximação do corpo
à estrela, o periélio, e outro oposto, em
que atinge a máxima distância ao Sol, o
afélio. Boa parte dos corpos do Sistema
Solar, especialmente os planetas, orbita
próximo a um mesmo plano denominado
eclíptica, definido pelo plano de órbita da
Terra, o qual se utiliza a princípio como
referência para a inclinação orbital dos
demais corpos. É importante notar ainda
que, de acordo com a terceira lei de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecl%C3%ADptica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plano_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o
Kepler, o período de translação de um
objeto é inversamente proporcional à
distância deste objeto ao Sol, ou seja,
quanto mais afastada é sua órbita, mais
tempo leva para completar sua
trajetória.[nota 11] Tal fato é uma
consequência direta da lei da gravitação
universal de Newton, que afirma que a
força de atração do Sol é inversamente
proporcional ao quadrado da distância, o
que implica também na maior velocidade
do corpo durante o periélio e o contrário
no afélio.[nota 12][84] A unidade mais
conveniente utilizada para medir as
distâncias entre os corpos do Sistema
Solar é a unidade astronômica,
correspondente à medida do semieixo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_(f%C3%ADsica)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lei_da_gravita%C3%A7%C3%A3o_universal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Isaac_Newton
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior
maior da órbita terrestre (equivalente à
distância média do planeta ao Sol), cujo
valor é de aproximadamente 150 milhões
de quilômetros.[nota 13][85]
Alcance da órbita de alguns corpos ao
Sol, bem como algumas regiões do
Sistema Solar. O ponto mais próximo da
barra amarela à esquerda representa o
periélio, e o mais afastado, o afélio.
Quanto mais alongada a faixa associada
a um corpo celeste ou conjunto de
objetos, maior é sua excentricidade
orbital.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
Tomando-se como ponto de visão a
parte norte do Sistema Solar,[nota 14]
todos os planetas e a maioria dos
demais corpos orbitam o Sol em sentido
anti-horário, assim como a maior parte
dos satélites naturais ao redor de seus
respectivos planetas. Esse fato favorece
a teoria mais aceita de formação deste
sistema planetário, de acordo com a qual
todos os corpos teriam se formado de
uma mesma nuvem e, portanto,
herdaram seu movimento.[86]
O movimento de rotação da Terra leva
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sentido_dos_ponteiros_do_rel%C3%B3gio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Earth%27s_Axis_(small).gif
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_da_Terra
Os planetas e demais objetos, inclusive o
Sol, possuem ainda um movimento de
rotação, isto é, giram ao redor de seu
próprio eixo imaginário. Dentre os
planetas, o período desse movimento
varia de pouco mais de 9 horas (em
Júpiter) a mais de 243 dias terrestres
(em Vênus). Além disso, salvo Vênus e
Urano, todos apresentam esse
movimento em sentido anti-horário.[87]
Apesar de o Sol conter mais de 99% da
massa do Sistema Solar, a maior parte
do momento angular, que é a quantidade
de movimento associada a um corpo que
ç
aproximadamente 24 horas para se completar.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eixo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Momento_angular
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quantidade_de_movimento
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_da_Terra
executa um movimento circular, está
concentrada principalmente em Júpiter,
que responde por mais de sessenta por
cento desse movimento. De fato o
momento angular do Sol é de apenas
0,3%, enquanto que os planetas gigantes
respondem por mais de 99% dessa
grandeza. A Terra e os outros planetas
interiores têm momento angular
desprezível comparado com o dos
gigantes gasosos. Ainda permanece um
mistério a razão pela qual o Sol perdeu
seu momento angular já que, de acordo
com as teorias de formação do Sistema
Solar, o astro girava consideravelmente
mais rápido mas, por algum motivo,
perdeu uma fração significativa da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_circular
energia de rotação. Acredita-se que o
principal responsável por essa perda seja
o vento solar que, ao libertar-se da
estrela, leva consigo boa parte da
energia do movimento.[88]
É importante observar que, embora a
gravidade seja a força dominante no
Sistema Solar, existem casos especiais
em que o movimento dos corpos é
determinado por outras forças
adicionais. Grãos de poeira são
suficientemente pequenos para serem
afetados pela pressão de radiação solar,
sendo literalmente varridos do sistema
quando são ínfimos, de tamanho na
ordem de micrômetros, ou forçados a
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_de_radia%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_Poynting-Robertson
executar órbitas espirais se um pouco
maiores. Corpos cujas dimensões variam
de alguns metros a poucos quilômetros,
por razões diferentes, também sofrem o
efeito da radiação solar, executando
similarmente uma órbita espiralada.[89]
Variações orbitais
Precessão do periélio (de forma exagerada).
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_Poynting-Robertson
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_de_Yarkovsky
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Precess%C3%A3o_do_peri%C3%A9lio.svg
A gravidade dos próprios planetas,
satélites e outros corpos massivos do
sistema não permite que os mesmos
ocupem órbitas fixas, uma vez que
exercem atração entre si, o que altera
sua posição no espaço. Logo, seus
parâmetros orbitais, ou seja, os valores
que determinam sua órbita, estão em
contínua, embora lenta, mudança. Um
dos efeitos notáveis dessas alterações é
a precessão do periélio na órbita dos
corpos, isto é, o ponto mais próximo do
Sol muda a cada revolução. Outros
efeitos incluem a gradual alteração da
excentricidade, da inclinação orbital dos
objetos e de sua obliquidade (o ângulo
entre o plano de rotação e o plano da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elementos_orbitais
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Precess%C3%A3o_do_peri%C3%A9lio
órbita de um corpo). Na Terra essas
oscilações, com períodos entre dezenove
(no caso da nutação) e cem mil anos (no
caso do argumento