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Farmacologia da dor Mecanismo de nocicepção Lesões dos tecidos -> liberação local dos fatores ativos (PG, BK, K) -> ativação persistente/sensibilização das fibras -> atividade das vias ascendentes + facilitação medular -> resposta exagerada a determinado estímulo aplicado -> dor persistente + hiperalgesia (exacerbação da sensibilidade à dor) - liberação de bradicininas, prostaglandinas, histamina, interleucinas, TNF, serotonina e subst.. P pode sensibilizar e/ou ativas os nociceptores DOR Nociceptiva: provém da ativação de receptores nociceptivos com consequente transmissão do impulso ao longo de circuitos neurais intactos Neurogênica: decorrente de lesão em nervos que fazem parte dos circuitos nociceptivos Opióides (base do tratamento da dor) São fármacos com atividade semelhante à morfina que reduzem a dor e induzem tolerância e dependência física - ópio: mistura de alcaloides extraídos da papoula - fonte: ópio – morfina – papaver somniferum – casca de semente da papoula - são todos os compostos que atuam nos receptores de opióide - termo narcótico: medicamentos que induzem o sono - agonistas integrais: morfina – codeína – heroína - agonistas parciais – nalorfina e levalorfan - antagonistas: naxolona - opióides endógenos: encefalinas, endorfinas, dinorfinas - ópio, opióide, opiaceo Ex: metencefalina, leuencefalina, B-endorfina, Dinorfina A e dinorfina B Receptores opióides: MU, delta, K (CAPA) Agonistas fortes Agonistas leves a moderados Morfina codeína Hidromorfona di-hidrocodeina Oximorfona oxicodona Metadona propoxifeno Fetalina Sulfetanila hidrocodona oxicodona Subtipo de receptor Funções Afinidade com peptídeos opioides endógenos MU Sedação, inibição da respiração, redução do trato gastrointestinal Endorfinas > encefalinas > dinorfina Delta Modulação da liberação de hormônios e neurotransmissores (pode causar dependendia, miose, modulação UM, analgesia) Encefalinas > endorfinas > dinorfinas Capa Efeitos piscomiméticos; redução do trânsito gastrintestinal, sedação e miose, analgesia espinhal Dinorfinas >> endorfinas e encefalinas MU – agonista: B-endorfina e morfina DELTA – agonista: morfina e derivados, leu-encefalina, B-endorfina Kapa – agonista: Dinorfina AI-8, Dinorfina, Morfina, Nalbufina Sigma (não é considerado um opióide verdadeiro – agonista: pentazocina? Fenciclidina? Sinalizador do receptor opióide Com a ativação do receptor, o acoplamento GI/G0 desencandeira: - inibição da adenilato ciclase - dimininuição da abertura de canais de Ca+2 Estimulação do transporte de K Ativação da PKC e da PL Peptídeos Opióides Endógenos Três famílias: - endorfinas - encefalinas: (metionina – encefalina e leucina – encefalina) - dinorfinas Farmacocinética - Absorção: são bem absorvidos, e sua administração pode ser: intravenosa, subcutânea, intramuscular e oral - codeína e oxicodona: via oral - outras vias de administração: uso de pastilhas e aplicação de adesivos transdérmicos - distribuição: todos os opióides se ligam a proteínas plasmáticas e abandonam rapidamente o compartimento sanguíneo e localizam-se em concentrações mais altas em tecidos com rica perfusão: cérebro, pulmões, fígado, rins e baço. - metabolismo Os opióides são convertidos no fígado em metabólitos polares: glicuronídeos e excretados pelos rins (morfina tem propriedades neuroexcitatórias) 1 – metabolismo hepático P450: principal via de degradação dos opióides fenilpiperidínicos: fentanila, petidina, alfentanila e sufentanila. Codeína, oxicodona e hidrocodona: isozima P450 CYP2D6 2 – metabolismo pelas esterases plasmáticas: heroína (diacetilmorfina) Efeito de primeira passagem: perda parcial da droga, por metabolização pulmonar ou hepática após a absorção. Alguns fármacos são extensivamente metabolizados pelo fígado antes de alcançar a circulação sistêmica. Ex: isopropterenol, meperidina, morfina, diclofenaco e propranolol Excreção - Analgésicos opióides são eliminados pela urina - Morfina passa pela filtração glomerular e forma 3-glicuronato de morfina - circulação hentero-hepática de morfina (pequena quantidade de morfina nas fezes e urina Farmacodinâmica Mecanismo de ação Agonistas opióides: analgesia (drogas usadas para aliviar ou diminuir a dor), vão fazer ligação com receptores específicos (MU, delta, CAPA) que estão acoplados à proteína G, no cérebro e em regiões da medula espinhal envolvidas na transmissão e na modulação da dor Os opióides exercem duas ações diretas bem estabelecidas acopladas à proteína Gi/0: 1 – fecham os canais de Ca2+ (redução da liberação de neurotransmissores) 2 – abrem os canais de potássio e hiperpolarizam (inibição dos neurônios pós sinápticos) Ação pré sináptica: depressão da liberação de neurotransmissores: glutamato nociceptivos bem como a acetilcolina, norepinefrina, serotonina e substância P. Tolerância e dependência A administração frequente e repetida de doses terapêuticas de morfina causam a perda gradual da eficiência denominada de tolerância, ocorre o desenvolvimento de dependência física, a síndrome da abstinência: o fármaco é interrompido ou quando se administra um antagonista Sinais e sintomas de abstinência: rinorreia, lacrimejamento, bocejos, calafrios, arrepios, hiper-ventilação, hipertermia, midríase, dores musculares, vômitos, diarreia, ansiedade e hostilidade Dessensibilização: é especifica para cada receptor, é uma tolerância aguda, desaparece a medida que ocorre a depuração do agonista com o tempo Graus de tolerância Alto Moderado Mínimo/nenhum Analgesia Bradicardia Miose Euforia, disforia Constipação Embotamento mental Convulsões Sedação Depressão respiratória Antidiurese e supressão da tosse Náuseas e vômitos Hiperalgesia induzida por opioides Morfina, fentanila e remifentanila são analgésicos opióides que se houve a administração persistente podem causar o aumento da sensação de dor Efeitos da morfina e seus substitutos sobre os sistemas orgânicos 1 – Efeitos sobre o SNC (receptores MU): analgesia, euforia/disforia, sedação (pouca ou nenhuma amnésia) e depressão respiratória (todos os analgésicos opioides podem causar a inibição dos mecanismos respiratórios do tronco encefálico) - regulação homeostática da temperatura corporal mediada pela ação de peptídeos opioides endógenos no cérebro - diminuição do sono, fadiga, respiração desordenada do sono e apneia central do sono 2 – Efeitos periféricos - não exercem ação direta no sistema cardiovascular. Exceção a petidina, que pode causar taquicardia - constipação intestinal - causam contração do músculo biliar (cólica biliar) - função renal deprimida - podem prolongar o trabalho de parto - estimulam a liberação de ADH, prolactina, somatotrofina e inibem o LH - morfina e codeína: produzem rubor e calor na pele, e as vezes sudorese, urticária e prurido - aliviam a dor inflamatória ANALGESIA A dor constante e intensa aliviada, enquanto a dor aguda e intermitente não parece tão efetivamente controlada (tabela de opióides para analgesia) EDEMA PULMONAR AGUDO Alívio com morfina intravenosa em pacientes com dispneia devido ao edema pulmonarassociado à insuficiência cardíaca ventricular esquerda TOSSE DIARREIA Diarreia de quase todas as causa pode ser controlada com analgésicos opioides APLICAÇÃO NA ANESTESIA Opioides são muito usados como pré medicação antes da anestesia e cirurgia (em virtude das propriedades sedativas, ansiolíticas (combate a ansiedade e tensão e analgésicas) TOXICIDADE E EFEITOS INDESEJADOS Efeitos colaterais c uso agudo Efeitos colaterais c uso crônico Depressão respiratória Hipogonadismo Náusea/vômitos Imunosupressão Prurido Aumento da ingestão de alimento Urticária Auemnto da secreção de hormônio do crescimento Constipação Efeitos de abstinência Delírio e sedação Abuso, adição, hiperalgesia Mioclonia (contração muscular brusca) e convulsões Comprometimento enquanto dirige ADICÇÃO: padrão comportamental pelo uso compulsivo de uma droga, doença crônica primária de recompensa, disfunção: manifestações biológicas, psicológicas e sociais características. SINAIS CLÁSSICOS DE OVERDOSE POR OPIOIDES: Sonolência, depressão respiratória e miose. A estimulação do receptor MU resulta em analgesia, depressão respiratória, euforia e dependência física. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SUPERDOSAGEM DE OPIOIDES: injeção intravenosa de NALOXONA (ANTAGONISTA) reverte radicalmente o coma produzido pela superdosagem de opioides, mas não aquele ocasionado por outros depressores do SNC. Apresenta curta duração de ação (1 a 2 horas), normaliza efetivamente a respiração, o nível de consciência, tamanho das pupilas, atividade intestinal e a percepção da dor. A naxolona é utilizado no tratamento de overdose por opioide (antagonista competitivo) OPIOIDE METADONA: Pode ser administrado em uma dose diária em indivíduos fisicamente dependentes de opioides, sobretudo de heroína, como uma terapia de manutenção ou para diminuir os sintomas da abstinência de opioides. Apenas especialistas em adicção podem prescrever metadona para essa finalidade. OBS: Quando alguém que é fisicamente dependente de opioides interrompe sua dministração, há um desenvolvimento mais lento de uma constelação de sintomas de abstinência: sensibilidade ao tato e a luz, arrepios, hiperatividade autonômica, desconforto TGI, dores articulares e musculares, bocejo, salivação, lacrimejamento, micção, defecação e humor deprimido ou ansioso. OBS2: Em geral, a dependência física induzida por opioides, com meia-vida curta tende a resultar em uma abstinência grave rápida, enquanto a dependência física induzida por opioides com meia vida longa tende a ser associada um curso menos grave e mais gradual de abstinência. Embora muitas vezes desconfortável, a retirada de opioides geralmente não é ameaçadora da vida CONTRAINDICAÇÕES E PRECAUÇÕES NA TERAPIA 1 – uso de agonistas puros com agonistas parciais fracos Pentazocina (agonista parcial fraco) + Morfina (agonista integral) = existe risco de diminuição da analgesia ou até mesmo de indução de um estado de abstinência; DEVE-SE EVITAR ESSA ASSOCIAÇÃO!! 2 – uso em pacientes com traumatismo cranioencefálico A retenção de dióxido de carbono causada pela depressão respiratória resulta em vasodilatação cerebral. Em pacientes com elevação da pressão intracraniana, isso pode produzir alterações letais na pressão cerebral 3 – uso durante a gravidez Uso crônico de opioides pode causar sintomas de abstinência no feto 4 – uso em pacientes com comprometimento da função pulmonar Propriedades depressoras dos analgésicos opioides podem levar à insuficiência respiratória aguda 5 – uso em pacientes com comprometimento da função hepática ou renal (morfina é metabolizada no fígado) INTERAÇOES MEDICAMENTOSAS Grupo de fármacos Interação com opioides Sedativos-hipnóticos Aumento da depressão do SNC, particularmente depressão respiratória Agentes antipsicóticos Aumento da sedação. Acentuação dos efeitos cardiovasculares (ação antimuscarínicas e alfa-bloqueadoras) Inibidores da monoaminoxidase Contraindicação relativa a todos os analgésicos opioides, devido a elevada incidência de coma hiperpirético e relatos de ocorrência de hipertensão AGENTES ESPECÍFICOS – FENANTRENOS MORFINA – HIDROMORFONA – OXIMORFONA: agonistas fortes e tem utilidade no tratamento da dor intensa. Codeína e paraverina são alcaloides derivados do opio que também possuem utilidade clinica. Via metabólica principal: conjugação com ácido glicurônico Principais metabolitos: morfina-6-glicuronídeo e morfina-3-glicuronídeo (forma excretada) 90% da excreção total ocorre durante o primeiro dia Idosos: recomenda-se o uso de doses menores de morfina devido ao menor volume de distribuição nessa população (a função renal geralmente também é menor) HEROÍNA (DIAMORFINA, DIACETILMORFINA): potente e tem ação rápida FENILEPTILAMINAS METADONA: Analgésico potente e pode ser administrado pela via oral, intravenosa, subcutânea espinal e retal (é absorvida pelo TGI), é um potente agonista dos receptores MU e tem a capacidade de aliviar a dor de tratamento difícil como a neuropática e a dor causada por câncer PROPOXIFENO: é quimicamente relacionado a metadona, porém apresenta atividade analgésica bastante baixa (inapropriado para alívio da dor intensa) FENILPIPERIDINAS FENTANILA – mais utilizados – opioides sintéticos: SUFENTANILA, ALFENTANILA E REMIFENTANILA Fentanila + sufentanila – importantes na pratica anestésica - curto intervalo para seu efeito analgésico máximo - interrupção rápido do efeito apóes pequenas doses intermitentes - efeitos depressores diretos mínimos no miocarido - não liberam histamina e efeitos depressores diretos no miocárdio são mínimos - Uso na anestesia: pacientes submetidos a operações cardiovasculares MORFINANOS: LEVORFANOL: analgésico opióide sintético: agonistas opioides UM, delta e CAPA, inibe a receptação de serotonina e norepinefrina DIFENOXILATO E DIFENOXINA: não são utilizados para analgesia mas sim para o tratamento da diarreia LOPERAMIDA: derivado fenilpiperidinico, controle da diarreia NALBUFINA - Usado para analgesia - indicada ate 30mg (após isso n tem maior efeito) - deprime tanto quanto morfina - dose muito altas: efeitos psicotomiméticos, disforia OPIOIDES COM AÇÕES MISTAS EM RECEPTORES FENANTRENOS BUPRENORFINA: potente derivado do fenantreno de ação longa, que atua como agonista parcial dos receptores MU,e é antagonista dos receptores DELTA E CAPA PENTAZOCINA E NALBUFINA MISCELÂNEA TRAMADOL: analgésico de ação central cujo mecanismo de ação baseia-se predominantemente em bloqueio da receptação de serotonina Análogo sintético da codeína e agonista fraco Dor branda ou moderado Dor crônica: menor eficácia (morfina melhor) ANTITUSSÍGENOS (usados no tratamento de reflexos da tosse) CODEÍNA: 60% tão eficaz por VO quanto por via parenteral como analgésico e depressor respiratório Efeito analgésico só se for biotransformada em morfina Convertida em morfina pelo CYP2D6 Polimorfismos genético – 10% da população branca (impede a biotransformação) DEXTROMETORFANO, CODEÍNA, LEVOPROPOXIFENO E NOSCAPINA ANTAGONISTAS OPIOIDES NALTREXONA E NALMEFENO (afinidade alta, sítios de ligação dos opioides MU) DIRETRIZES 1 ETAPA: dor branda a moderada Analgésico não opióide + coadjuvante Recomenda-se utilizar paracetamol ou um AINE, a menos que haja contraindicação. Os coadjuvantes são fármacos que aumentam a eficácia dos analgésicos, tratam os sintomas coexistentes que agravam a dor e/ou possuem atividade analgésica independente em determinados tipos de dor 2 ETAPA: dor branda a moderada ou dor incontrolável pelas medidas da primeira etapa Opioide de ação curta conforme a necessidade + analgésico não opióide em doses continuas + coadjuvante A mórfica, oxicodona ou a hidromorfina deve ser combinada com paracetamolou um AINE para possibilitar flexibilidade máxima da dose do opióide 3 ETAPA: dor moderada a grave, ou dor incontrolável pelas medidas da 2 etapa Opióide de liberação prolongada ou ação longa em doses continuas ou infusão continua _ opióide de ação curta conforme a necessidade + analgésico não opióide + coadjuvante Oxicodona, morfina ou oximorfina de liberação continua ou fetanila transdermica, conforme a necessidade. RESUMO Farmacologia da inflamação: Antiinflamatórios não- esteroidais (AINES) CONCEITOS GERAIS Objetivos da inflamação: limitar ou eliminar a disseminação do dano e reconstruir os tecidos afetados (cicatrização completa) A inflamação produz sensibilização dos receptores da dor A febre se deve a estimulação do centro termorregulador no hipotálamo Os AINES são anti-inflamatorios e antipiréticos AÇÃO: ANTIPIRETICA (reduz a temperatura, bloqueia a produção de PGs induzida pelos pirogênicos, bloqueia a resposta SNC a interleucina), ANALGESICO (Inibição da ação das PG), ANTIPLAQUETÁRIO (inibição da síntese do TX, inibem a agregação plaquetaria e prolongam o tempo de sangramento (ex:AS), ANTINFLAMATORIA (diminui a síntese dos mediadores da inflamação, inibe a aderência dos granulocitos, estabiliza lisossomas, inibe a migração de leucócitos polimorfunucleares e macrogafos) A produção das prostaglandinas e tromboxanos Acido aracdônico pode sofrer ação de duas enzimas: Fosfolipases A2 e Lipoxigenases, nas é a fosfolipase A2 pode transformar Acído aracdônico em prostaglandinas (dor) Troboxado: anti-agregação plaquetaria PGI2: está relacionada a sensibilização rápida e de curta duração PGE2: sensibilização de inicio lento e de longa duração (crônica) PGD2: sensibilização de inicio lento e de longa duração (crônica) A dor está relacionada também a outros mediadores inflamatórios, e essa dor está classificada a associação: PGL + HISTAMINA = DOR LEVE PGL + BRADICININA = DOR MODERADO PGL + BRADICININA + HISTAMINA = DOR INTENSA Resposta inflamatória: inflamação é um processo defensivo local à agressão de agentes lesivos, caracterizado pela sequência cocatenada de fenômenos irritativos, vasculares, exudativos, degenerativo – necrótico e reparativo em um organismo. - Sinais e sintomas: rubor, tumor (edema), calor, dor (prostaglandina correlacionada com a dor) e alteração da função - mecanismos da resposta inflamatória: realizados por macrófagos e tem como mediadores os leucotrienos, TNF, IL-1, causa a dilatação das arteríolas e capilares, forma uma rede de fibrina e impedem a disseminação de microrganismos. - Neutrófilos e macrófagos ativados podem lesar tecidos do hospedeiro por liberação de óxido nítrico e enzimas lisossômicas - lesão tecidual: formação de abscesso causado por neutrófilos e detritos celulares: pus. - mediadores: peptídeos: anogiotensina, subs. P, - mediadores inflamatórios vão promover a vasodilatação para ter um maior aporte de sangue mais células do sistema imune, aumenta a permeabilidade (facilita a passagem dos componentes imunes e de líquido, que pode gerar EDEMA (tumor) Tipo de inflamação Aguda: duração “curta” (minutos, horas, dias) - exsudação de líquidos e proteínas do plasma (edema), migração de leucócitos (neutrófilos) - células circulantes na inflamação: neutrófilos, monócitos, eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas, células do tecido conjuntivo: mastócitos (vasos sanguíneos) fibroblastos. 1. Aminas Vasoativas: histamina (grânulos de mastócitos, basófilos e plaquetas). Serotonina) 2. Proteases plasmáticas: sistema complemento: sistema de cinina – bradicininas: contração do musculo liso, dilatação dos vasos sanguíneos, dor 3. Metabolismo do ácido araquidônico: prostaglandias e leucotrienos – 4. constituintes lisossômicos: neutrófilos e monócitos FEBRE – MECANISMO A partir da ativação de células imunes são liberadas citocinas pirogênicas, e são associadas a toxina do microrganismos e vão ter ação pelo endotélio hipotalâmico. A PGE2 é produzida a partir da ativação do hipotálamo e esta relacionada diretamente c a febre. Agente de ativação Células ativadas Substância liberada Efeito biológico LPS Monócitos e macrófagos Interleucina-1 FEBRE CITOCINAS Células T CD4 Crônica: duração mais longa – linfócitos e macrófagos - liberação de citocinas e quimiocinas - doenças autoimunes (artrite reumatoide, vasculite, lúpus eritematoso sistêmico) - condições inflamatórias (gota) - lesão celular: inflamação de membranas celulares, liberando enzimas lisossômicas dos leucócitos e de ácido araquidônico ESTRATÉGIAS TERAPEUTICAS - Aliviar os sintomas e retardar ou deter o processo responsável pela lesão tecidual: anti-inflamatórios 1. Fármacos que inibem a enzima ciclooxigenase: AINEs e COXIBES 2. Fármacos antirreumáticos: FARMDs – antirreumáticos modificadores da doença 3. Fármacos anticiocinas AINES – ação farmacológicas 1. Anti-inflamatória (vasodilatação, edema) 2. Analgésica (prostaglandinas, hiperalgesia, bradicinina, 5-hidoxitriptamina, dor) 3. Antipirética (IL-1, PGS, HIPOTÁLAMO, FEBRE) 4. Usos dos AINES: Artropatia crônica; osteoartrite e artrite reumatoide; afeçções inflamatórias agudas, tratamento das dores pós-operatorios; cólicas menstruais; cefaleia ANTI-INFLAMATÓRIOS: 1. Salicilatos: Aspirina (AS) 2. Ácido Acético: Indometacina, diclofenaco 3. Ácido n-fenilantranilico: ácido mefanamico 4. Ácido propionico: ibuprofeno, naproxeno 5. Ácido enolico: oxican (piroxicam, meloxicam) 6. Inibidores seletivos da COX-2 (Coxibes) SALICILATOS (AAS) AAS: usa mais como anti agregante plaquetario (sangue mais fino) INDICAÇÕES CLINICAS: algesia leve a moderadas, cefaleia, disminorreia, mialgias, artralgia, neuralgia, desconforto pos-opreatorios, pos partos Antitérmico: antiagregante plaquetario – queratolitico CONTRA INDICAÇÃO: terapia anticoagulante, alterações na coagulação (hemofilia, hipoprotrobinemia, deficiência de vitamina K), cirurgias, efeitos sobre o TGI: ulcera péptica, gastrite ou sangramento GI. MECANISMO DE AÇÃO BÁSICO AINES: INIBIÇÃO DA BIOSSINTESE DE PROSTAGLANDINAS Acido araquidônico forma a COX1 e a COX2 Inibição das COXs, sem atingir a lipoxigenase nem outros mediadores da inflamação COX1: essencial, constitutiva, presente na maioria das células e tecidos, função fisiológica (citoproteção GI, agregação plaquetária e função renal) COX2: induzida na inflamação e por IL1, IL2, TNF, produz PG mediadores da dor e febre (PGE2) Prostaglandina 2 atua na febre Estímulo -> ácido araquidônico -> (AINES AGE AQUI) ciclo-oxigenase-cox -> protaglandinas e tromoxanos -> PGG2/PGH2 PARACETAMOL - ANALGESICO E ANTIPIRETICO - deixou de ser usado na antiflamação - hepatotoxico - intoxicação: antitodo: N-acetilcisteina - Vantagens: não produz efeitos sobre o SCV e respiratórios: não há distúrbio ácido-basico: não produz irritação, erosão ou sangramento gástrico USO TERAPEUTICO DAS PROSTAGLANDINAS - Estimulação uterina: aborto entre a 12 a 20semana - TGI: anti-ulceroso - Agregação plaquetária: substituto da heparina - Impotência masculina: corpos cavernoso - inibidores dos leucotrienos: asma AINES – EFEITOS COLATERAIS Ulceração e intolerância GI: sangramento e anemia Bloqueio da agregação plaquetaria Inibição da motilidade uterina Hipersensibilidade EFEITOS SOBRE O TGI - AINES aumentam cerca de 3x a incidência de efeitos GI graves principalmente - diarreia nauses, vômitos - gastrites/ucleras: +importantes - exacerbação na presença de etanol - inibidores seletivos da COX2 causam menos lesões SALICILATOS: ÁCIDO ACETILSALICILICO – ASPIRINA Componentes: - Casca do salgueiro(salixalba) PROPRIEDADES EFEITOS ADVERSOS Atua inativando irreversivelmente as ciclo-oxigenases Sangramento gástrico Inibição da agregação plaquetária – antitrombótico Tonturas, tinidos (salicismo) Administração por via oral: metabolização no fígado Associação com varfarina: hemorraria Diminui a incidência de ataques isquêmicos transitórios Ação antiplaquetária: contraindicação em pacientes com hemofilia Aumento do tempo de sangramento: síndrome de reye – encefalite pós viral – rara e criança INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2 OU COXIBES: CELECOXIBE E MELOXICAN PROPRIEDADES EFEITOS ADVERSOS Não afeta a agregação plaquetária, que é mediada pelo tromboxano produzido pela isozima COX-1 Por ser uma sulfonamida pode causar exantemas cutâneos Inibição da síntese de prostaciclina mediada pela COX-2 Não apresenta efeito cardioprotetor de AINEs tradicionais Celecoxibe: é um inibidor altamente seletivo da cox-2 e causa menos úlceras endoscópicas do que a maioria dos outros AINEs Meloxican: preferencialmente seletivo, menos sintomas gastrintestinais Nimesulida: preferencialmente inibe a enzima COX-3 INIBIDORES NÃO SELETIVOS DICLOFENACO Derivado do ácido fenilacético Se associado a AAS potencializa os efeitos adversos – hemorragia digestiva ETODOLACO Derivado do ácido acético – uso artrite reumatoide e osteoartrite IBUPROFENO Derivado do ácido fenilpropionico. Inibidor de prostaglandinas. Importante efeito analgésico Interação medicamentosa com álcool: risco de sangramento intestinal NAPROXENO (naprosyn, flanax) Altera a função leucocitária CETOPROFENO (profenid) Estabiliza lisossomo e antagoniza bradicinina DERIVADOS DO ÁCIDO ENOLICO: PIROXICAN (FELDENE) Inibe migração de polimorfonucleares, diminui produção de radicais de oxigênio e função dos linfócitos > ulcera péptica útil em distúrbios musculo- esqueleticos TENOXICAN (tilatil) FARMACOS ANTIRREUMATICOS MODIFICADORES DA DOENÇA – FARMDs FARMDs MECANISMO DE AÇÃO/USO CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA – supressão das respostas dos linfócitos T Tratamento da malária < doenças reumáticas; inibição da síntese de DNA e RNA. Usado no lúpus eritematoso sistêmico, manifestações cutâneas e dor artilucar. Uso na síndrome de SJOGREN CICLOFOSFAMIDA – supressão das células T; inibe a produção dos receptores de IL-1 E IL-2 Tratamento do LES, da vasculite, granulomatose de wegener e outras doenças reumáticas graves CICLOSPORINA Uso na AR e retarda o aparecimento de novas erosões ósseas METOTREXATO Primeira linha para o tratamento da AR. Inibição da amino-imidazol carboxamida-ribonucleico. CONTRAINDICADO DURANTE A GRAVIDEZ INDOMETAFINA ÁCIDO INDOLACÉTICO ACIDO PROPIONICO (IBUPROFENO E INAPROXENO) FENAMATO (ACIDO MEFENAMICO:DISMINORREIA (POSTAN) ÁCIDO INOLICO (PIRIOXAN, MELOXCAN) ANALGÉSICO: PARACETAMOL (paraminofenol) FORTE ANTIFLAMATORIO: ASPIRINA, INDOMETACINA, PIRAZOLONICOS (DIPÍRIONA), OXICANS. MOREDARAMENTE ANTIFLAMATORIO: HETERO-ARIL-ACETICO, TOLMETIN, DICLOFENACO, CETOROLACO, ARILPROPIONICO, IBUPROFENO E NAPROXENO. SEM AÇÃO ANTIFLAMATORIO: PARACETAMOL (é um inibidor fraco da COX e só atua se os níveis de peróxidos estiver baixo) - metabólito ativo da fenacetina: potente ação analgésica e antipirética - não possui efeito antiflamatório significativo - Via oral (concentrações sanguíneas máximas são geralmente alcançadas em 30 a 60 minutos) - indicações: alivio da dor de intensidade leve a moderada, como: CEFALEIA, MIALGIA, DOR PÓS-PARTO - feitos colaterais: elevação reversível das enzimas hepáticas, pode ocorrer tontura, excitação e desorientação - A ingestão de 15g de paracetamol pode ser fatal, sendo a morte causada por hepatotoxicidade grave - não se recomenda o uso de doses acima de 4g/dia, e uma historia de alcoolismo contraindica até mesmo essa doce. - os sintomas de lesão hepática consistem em: náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Não tem uma boa indicação para inflamação GOTA – ARTRITE GOTOSA Doença metabólica de episódios recorrentes Artrite aguda: depósitos de urato monossodico nas articulações e nas cartilagens: cálculos renais de ácido úrico TRATAMENTO DA CRISE AGUDA DE GOTA AINE – ibuprofeno, naproxeno Inibir a prostaglandina; inibem a fagocitose dos cristais de urato COLCHICINA Inibição da migração e fagocitose de leucócitos GLICOCORTICÓIDE HIDROCORTISONA ALOPURINOL – uricosúricos Tratamento PREFERIDO e PADRÃO: tratamento da gota crônica PREDNISONA Corticosteroide oral mais comumente usado ANTI-INFLAMATÓRIO ESTEROIDES – AIEs Descoberta em 1940 por P. HENCH Efeito anti-inflamatório e imunossupressor Distúrbios inflamatórios Distúrbios imunológicos Distúrbios Hematológicos Glicocorticoides: ação O glicocorticoide vai penetrar a membrana e vai chegar aos receptores para glicocorticoides, vai chegar no núcleo e vai impedir a formação da IL-1, TNF (mediadores da inflamação), e também no bloqueio da produção de bradicinina, histamina e prostaglandina, inibindo a fosfolipase A1 Efeitos clínicos: imunossupressor, antialérgico, diminuição da permeabilidade, diminuição da dor Obs: a prednisona (referencia), existe uma dose que é ação antiflamatoria (<1mg/kg) , e uma maior que é usada como imunossupressora (1mg/kg)| AÇÕES REGULADORAS NA INFLAMAÇÃO E IMUNIDADE Inflamação aguda: redução do recrutamento e da atividade dos leucócitos Inflamação crônica: redução dos macrófagos e fibrose diminuída Tecidos linfoides: redução da expansão clonal das células T e B Redução das células T secretoras de citocinas EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E IMUNOSSUPRESSORES INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS GLICOCORTICOIDES GLICOCORTICOIDES NA ARTRITE REUMATOIDE Efeitos imediatos: retarda erosões ósseas Prednisona: dose 7,5 mg ao dia Prednisona de liberação tardia – rigidez matial e dor: diminuição de citocinas inflamatórias circadianas GLICORTICOIDES NO LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO O lúpus é uma doença inflamatória crônica que afeta todos os tecidos do corpo, causa falência de órgãos vitais: rins e cérebro e pode levar a amorte Farmacos mais usados: LES – corticosteroides GLICOCORTICOIDES NO PÊNFIGO Pênfigo é uma dermatose vésico-bolhosa, configura-se como doença autoimune. Tratamento: prednisona por via oral na dose de um a 2mg/kg/dia (dose máxima de 100 a 120mg) GLICOCORTICOIDES NA PÚRPURA Caracterizada por trombocitopenia Tratamento: prednisona e metilprednisolona: tratamento inicial de crianças com sangramento petéquias, púrpura, epistaxe e gengivorravia leves GLICOCORTICOIDES NA PREVENÇÃO DA REJEIÇÃO DE TRANSPLANTES Tratamento ambulatorial pós transplante: medicações imunossupressoras: CICLOSPORINA, PREDNISONA, TACROLIMUS E RAPAMCINA TOXICIDADE DOS GLICOCORTICOIDES E EFEITOS ADVERSOS Efeitos indesejáveis: ações hormonais Síndrome de cushing iatrogênica: exposição excessiva de glicocorticoides Úlceras pépticas Hiperglicemia Metabolismo de gordura alterado e retensão de sal Depressão Desenvolvimento de catarata Supressão da resposta a infecções ou lesões: infecção oportunista (candidase por exemplo) Osteoporose: risco de fratura nos tratamentos a longo prazo, porque reduzem a função dos osteoblastos Glaucoma EFEITOS TERAPEUTICOS redução da atividade da resposta imunológica inata e adquirida redução da cicatrização e diminuição dos sinais protetores da resposta inflamatória PRECAUÇÕES Utilizar menor dose possível para controle da situação em tratamento Doses aumentadas de dexametasona podem causar elevação da PA, retenção de sal e agua, e aumento da excreção de K Todos os corticosteroides aumenta a excreção de Ca Alcool aumenta o risco dos efeitos CONTRA-INDICAÇÕES processo infeccioso atrofia muscular úlcera péptica diabetes mellitus osteoporose INTERAÇÕES MEDICAMENTOSA (ver slide de lucas) FARMACOLOGIA RESPIRATÓRIA: ASMA Doença inflamatória cônica caracterizada por ter hiperresponsividade das vias aéreas inferiores. Episódios recorrentes: sibilancia, dispneia, aperto no peito, tosse. - doença psicossomática Patogênese na asma Asma alérgica: pela produção da IgE, em resposta de ácaros, pelos, barata, fungos, pólen Principal mediador: histamina (desencadeia) FARMACOLOGIA BÁSICA PARA ASMA Fármacos mais usados: Agonistas dos receptores adrenérgicos ou a gente simpatomiméticos: utilizados como medicamentos bronco dilatadores: salbutamol, terbutalina, metaproterenol e pirbuterol Corticosteroides inalados: utilizados como controladores ou agente anti-inflamatórios - agonistas dos receptores B2 adrenérgicos: ligação aos receptores B2 (nas células musculares lisas das vias respiratórias) – estimula a adenilcilase a aumentar a síntese intracelular de adenosina monofostato (Ampc), provoca o relaxamento da musculatura lisa e a inibição da liberação de mediadores da bronco constrição (mastócitos) FARMACOS ANTIASMÁTICOS – BRONCODILATADORES Farmáco Ação Administração Salbutamol (PRIMEIRA ESCOLHA) Antagonistas fisiológicos dos mediadores espasmogênicos Inalação (efeito imediato) duração: 3 – 5 horas Salmerol, metaprotenerol Inalação, duração 8- 12hrs, via intravenosa e oral METILXANTINAS: TEOFILINA, TEOBROMINA E CAFEÍNA FARMAC O AÇÃO FARMACODINA MICA USO CLÍNICO REAÇÕES ADVERSAS TEOFILIN A / AMINOFIL INA metilxantin a: inibição das fofodiester ases e bloqueia receptores de adenosina EFEITOS SOBRE O SNC, RINS, MÚSCULOS CARDÍACO E ESQUELÉTICO BRONCO DILATAD OR, BEM ABSORVI DAS NO TGI ANOREXIA, NAÚSEAS, VOMITOS, DESCONFO RTO ABDOMINAL , CEFALEIA AGENTES ANTIMUSCARÍNICOS Folhas da datura stamonium – usada como tratamento para asma na índia – atropina FARMACO AÇÃO USO CLÍNICO REAÇÃO ADVERSA Ipratrópio (atrovent) Inibição competitiva da acetilcolina Bronco dilatadores efetivos – ação mais longa Dor de cabeça; tontura; tosse; boca seca; náuseas; alterações nos movimentos e ritmo intestinais Tiotrópio e aclidínio COSTICOSTERÓIDES – GLICOCORTICÓIDES – TRATAMENTO DA ASMA - Ampla eficácia anti-inflamatoria: inibição da produção de citocinas anti- inflamatorias - não produzem relaxamento direto da musculatura lisa das vias respiratórias, mas reduzem a hiper-reatividade brônquica e a frequência das crises de asma quando utilizados regularmente - efeito mais importante: inibição da infiltração de linfócitos, eosinófiloes e mastócitos nas vias respiratórias de asmáticos FARMACO AÇÃO USO CLÍNICO EFEITOS ADVERSOS Prednisona Metilpredinisona Inibição da produção de citocinas, infiltração de leucócitos, anti- inflamatorio, antirreumático e antialérgico Tratamento de urgência – dose oral diária de 30 a 60mg de prednisona ou dose intravenosa de 1mg/kg de metilprednisona a cada 6 a 12 hrs Alterações nos ossos e músculos, úcera péptica, tontura, dor de cabeça, catarata, glaucoma, depressão e insonia Corticosteroides inalatórios: beclometasona, budesonida, ciclesonida, flunisolida, fluticasona, mometasona, triancinolona São efetivos apenas equanto estão sendo administrados Com absorção sistêmica mínima. Candidíase de orofaringe INIBIDORES DA VIA DOS LEUCOTRIENOS OUTROS FÁRMACOS: anticorpos monoclonais ANTI-IgE - omalizumabe TRATAMENTO DA ASMA AGUDA Crises graves: oxigenoterapia: administração frequente e continua de salbutamol em aerossol e tratamento sistêmico – prednisona ou metilprednisona (0,5mg/kg a cada 6 ou 15hrs) TRATAMENTO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Pacientes idosos – tabagismo prolongado - inflamação neutrofilica: responde mal a corticosteroides Alivio dos sintomas agudos: inalação de um B-agonista de ação curta: salbutamol ou de um anticolinérgico: brometo de ipratrópio ou de ambos combinados ANTI-HISTAMINICOS Histamina: principal mediador da inflamação, da anafilaxia e da secreção ácida do estômago, componente de venenos e secreções irritantes Síntese: formada pela descarboxilação do AA histidina por ação da enzima L-histidina-descaroxilase presente em todos os tecidos de mamíferos que contêm histamina. Outros locais incluem a epiderme, a mucosa gástrica, os neurônios do SNC e as célulsa de tecidos que se regeneram oi crescem rapidamente. Armazenamento: o principal local na maior parte dos tecidos é o mastócito mas no sangue ela é armazenada nos basófilos Liberação imunológica: são responsáveis pelo mecanismo fisiopatológico mais importante de liberação pelos mastócitos e basófilos. A sensibilização por anticorpos IgE permite a desgranulação explosiva quando o antígeno se liga Mecanismo mediador de reações alérgicas imediatas (tipo I) Morfina libera histamina (por isso não é indicado para pacientes com asma), tubocurarina, suxametônio também liberam. Ações: estimula vários músculos lisos, intensa ação vasodepressora. Participa da resposta alérgica imediata, importante regulador da secreção ácida gástrica, modulador da liberação dos neurotransmissores no SNC e SNP Possui efeitos periféricos indesejáveis: não tem aplicação clínica no tratamento de doenças Sistema nervoso: Estimulante de terminações nervosas que medeiam dor e prurido (receptor H1 Importante componente da resposta e das reações urticariformes a picada de inseto e urtiga Subtipo de receptor Distribuição Mecanismo H1 Músculo liso, endotélio, cérebro H2 Mucosa gástrica, músculo cardíaco, mastócitos, cérebro H3 Autorreceptores e heterorreceptores pre- sinápticos: cérebro, plexo mioentérico, outros neurônios H4 Eosinófilos, neutrólifos e células TCD4 - Intoxicação por peixes escombrídeos (atum): evidências de que a histamina produzida por ação bacteriana na carne do peixe é o maior agente causador - a histamina não deve ser administrada em pacientes com asma, nem aos que apresentam doença ulcerosa ativa ou sangramento GI - antagonista fisiológico: EPINFERINA: exerce ação sobre o músculo liso, oposta à ação da histamina, mas em diferentes receptores. Clinicamente importante em casos de anafilaxia sistêmica. - inibidores da liberação: cromoglicato dissódico, nedocrolina: reduzem a desgranulação dos mastócitos desencadeada por interação antígeno-IgE (usado no tratamento de asma) - antagonistas dos receptores histamínicos: compostos que antagonizam competitivamente muitas ações da histamina sobre o músculo liso: Antagonistas seletivos H2: terapia efetiva da doença péptica Não se dispõe de antagonistas H3 e H4 para uso clínico Parcialmente seletivos H3: TIOPERAMIDA E CLOBEMPROPITO - propriedades farmacológicas: todos os antagonistas dos receptores H1 são agonistas inversos; reduzem a atividade constitutiva do receptor e competem com a histamina; a histamina induz a conformação plenamente ativa, já o anti-histaminico provoca uma conformação inativa Cinética: Rapidamente absorvidos após administração oral 1º geração: penetram facilmente no SNC 2º geração: metabolizados pelo CYP3A4, duração 12-24horas Duração: 4-6 horas (maioria) após dose única Metabólitos ativos disponíveis como fármacos - hidroxizina: CETIRIZINA - Terfenadina: FEXOFENADINA- loratadina: DESLORATADINA Reações alérgicas: - usados na prevenção e no tratamento sintomático - rinite alérgica: segunda linha depois dos glicocorticoides - urticaria: fármacos de escolha, mais efetivos se administrados antes da exposição - asma: ineficazes devido a ação de outros mediadores - escolhe-se o antagonista com base na minimização de efeitos sedativos
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