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Projeto Pedagógico do Curso de Filosofia Projeto Pedagógico do Curso de Filosofia Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Filosofia do Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL – Campus São Joaquim, atualizado em fevereiro de 2018. 2018 EQUIPE TÉCNICA: PRODUÇÃO: Prof. Me. P. ILMÁRIO DE SOUZA PINHEIRO Coordenador do Curso de Filosofia Prof. Dr. DILSON PASSOS JUNIOR Prof. Dr. LINO RAMPAZZO Prof. Dr. JOSÉ MARCOS MINÉ VANZELLA Prof. Dr. MARIO JOSÉ DIAS Núcleo Docente Estruturante Prof.ª Dr.ª GRASIELE AUGUSTA FERREIRA DO NASCIMENTO Diretora Operacional EQUIPE DE APOIO FRANCIS NANCY MARTINS Secretária Acadêmica JEAN CLEBER GONÇALVES Assessoria de Direção Prof. ARISON HENRIQUE DE ASSIS LOPES Auxiliar de Coordenação SUMÁRIO 1.1 IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................................................. 7 1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO .............................................................................................................. 9 1.3 IDENTIDADE CORPORATIVA ............................................................................................................. 13 1.3.1 Missão ..................................................................................................................................... 16 1.3.2 Visão ....................................................................................................................................... 16 1.3.3 Valores e Princípios de Qualidade ..................................................................................... 16 1.3.4 Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão .......................... 18 1.4 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................................................................. 28 1.4.1 Contextualização ................................................................................................................... 28 1.4.2 Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação ........................................................................................................................................................... 29 1.5 NAP - NÚCLEO DE ASSESSORIA PEDAGÓGICA .............................................................................. 30 LABORATÓRIO DE METODOLOGIAS ATIVAS .......................................................................................... 34 COMISSÃO EXTERNA CONSULTIVA ........................................................................................................ 36 1.6 PASTORAL UNIVERSITÁRIA .............................................................................................................. 36 2. O CURSO DE FILOSOFIA .......................................................................................................... 39 2.1. INSERÇÃO REGIONAL DO CURSO .................................................................................................. 41 2.2. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA ...................................................................................... 43 2.4. OBJETIVOS DO CURSO ................................................................................................................... 45 2.5 PERFIL DO EGRESSO ....................................................................................................................... 46 2.6. COORDENAÇÃO DE CURSO ............................................................................................................ 47 2.7. ARTICULAÇÃO DA GESTÃO DO CURSO COM A GESTÃO INSTITUCIONAL ......................................... 48 2.8. COLEGIADO DE CURSO ................................................................................................................... 49 2.9. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE .............................................................................................. 51 2.10. PPC- PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO ................................................................................... 53 2.10.1 Articulação do PPC com o Projeto Institucional – PPI e PDI ....................................... 55 2.10.2. Coerência do currículo com os objetivos do curso ....................................................... 56 2.10.3. Coerência do currículo com o perfil desejado do egresso .......................................... 57 2.10.4. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN. ............... 60 2.10.5. Adequação da metodologia de ensino à concepção do curso ................................... 61 2.10.6. Coerência dos procedimentos de avaliação dos processos de ensino e aprendizagem com a concepção do curso ................................................................................. 64 2.10.7. Inter-relação das unidades de estudo ............................................................................ 67 5 2.10.8 Matriz Curricular .................................................................................................................. 71 Matriz Curricular: Ingressantes a partir de 2017 .................................................................. 71 2.10.9. Ementérios e bibliografia .................................................................................................. 74 2.11. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ................................................................................. 128 2.11.1. O Estágio como espaço de construção formativa ...................................................... 129 2.11.2. “Estágio: espaço de formação de Liderança”. ................................................................... 132 2.11.3. Favorecer o acesso à universidade .............................................................................. 133 2.11.4. Da condição juvenil ......................................................................................................... 133 2.11.5. Contribuir na formar pessoas comprometidas com a realidade social .................... 135 Metodologia de aplicação do Projeto ............................................................................................. 135 2.12. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ..................................................................................... 137 2.13. ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS...................................................................... 138 2.13.1 Monitoria ............................................................................................................................. 143 2.13.2. Projeto Interdisciplinar ..................................................................................................... 144 Objetivos do Projeto Interdisciplinar ........................................................................................... 145 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES .......................................................................................................... 145 2.14. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS .................................................................................... 145 Flexibilização curricular ................................................................................................................ 147 2.15. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS ...................................................................................... 148 2.16. PRÁTICAS DE EXTENSÃO .................................................................................................... 150 2.17 PRATICAS DE EXTENSÃO E RESPONSABILIDADE SOCIAL REALIZADAS PELO CURSO DE FILOSOFIA. ...........................................................................................................................................154 2.18 PRÁTICAS DE PESQUISA ............................................................................................................. 156 2.19 CULTURA EMPREENDEDORA .................................................................................................. 163 2.20 EDUCAÇÃO AMBIENTAL .......................................................................................................... 169 2.21 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS ........................................................................ 169 2.22 DIREITOS HUMANOS ............................................................................................................... 170 2.23 CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU MOBILIDADE REDUZIDA 171 2.24 TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 176 2.23.1 Material didático institucional ..................................................................................... 177 2.23.2 Mecanismos de integração entre docentes, tutores e estudantes ....................... 180 2.23.3 Procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem .............. 181 3. CORPO DOCENTE E PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ......................................... 182 3.1 POLÍTICA DE CONTRATAÇÃO ......................................................................................................... 182 6 3.2. PLANO DE CARREIRA DOCENTE E DE PESSOAL TÉCNICO ............................................................. 184 3.3. PLANO DE EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO PESSOAL DE DOCENTE E PESSOAL TÉCNICO ............................................................................................................................................... 184 4. INFRAESTRUTURA .................................................................................................................. 185 4.1. LABORATÓRIOS ............................................................................................................................. 185 4.2. BIBLIOTECA ................................................................................................................................... 192 Serviços prestados ....................................................................................................................... 192 Política de renovação do acervo ................................................................................................ 193 4.1.1 Infraestrutura física da biblioteca .............................................................................. 194 4.3. SALAS DE AULA ............................................................................................................................. 195 4.4. AUDITÓRIOS E AMBIENTES DE TRABALHO ..................................................................................... 195 Dos auditórios ................................................................................................................................ 195 Dos demais ambientes ................................................................................................................. 196 Condições de acesso para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida ................ 197 5. ATENDIMENTO AO ESTUDANTE .......................................................................................... 198 5.1. ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO ............................................................................................. 198 5.2. POLÍTICA DE BOLSA ...................................................................................................................... 201 5.3. POLÍTICA DE INTERCÂMBIO ........................................................................................................... 203 Monitorias ....................................................................................................................................... 203 6. POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO ................................................................................................... 204 6.1. AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR ....................................................................................... 204 6.2. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................................................................... 205 CURRÍCULO DO COORDENADOR DO CURSO .................................................................................... 210 Relação dos profissionais da equipe técnica-administrativa com suas respectivas formações e títulos, experiência profissional não acadêmica e acadêmica ........................ 210 7 1. A INSTITUIÇÃO 1.1 Identificação O Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) é uma Instituição mantida pelo Liceu Coração de Jesus, localizado no Largo Coração de Jesus, 154, Bairro Campos Elísios, São Paulo, SP, CEP 01215-020. Está registrado sob o n.º 400, no Registro Geral da 1.ª Circunscrição e em 19 de novembro de 1942, teve seu Estatuto Social devidamente registrado sob o n.º 663, no Livro A-1, do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, do Cartório do 4.º Registro de Títulos e Documentos (Cartório Medeiros) da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. O CNPJ é 60.463. 072/0005-20. O UNISAL foi criado pelo Decreto presidencial de 24 de novembro de 1997. A sede fica na cidade de Americana, localizada na Av. de Cillo, 3500, Parque Universitário, CEP 13467-660. A Instituição possui Unidades de Ensino em Americana, Campinas, Lorena e São Paulo. O Reitor é o Professor Dr. P. Ronaldo Zacharias. O Centro Universitário Salesiano de São Paulo foi recredenciado pela 8 Portaria nº 705, de 8 de agosto de 2013, publicado no Diário Oficial da União em 9 de agosto de 2013 (Figura 1). Figura 01 Portaria n o 705 (Fonte: DOU, seção 1, nº 153, 2013, p.20) 9 1.2 Histórico da Instituição O Centro Universitário Salesiano de São Paulo resulta do reconhecimento da qualidade de ensino oferecido pelas Faculdades Salesianas, por intermédio de Decreto Presidencial de 24/11/1997, relevando, assim, os serviços prestados ao Brasil pela congregação salesiana que aqui está presente desde 1883, quando iniciou suas atividades na cidade de Niterói (RJ), com a fundação do seu primeiro colégio. Desde então, vem consolidando sua estrutura administrativa e patrimonial, por meio de vigorosos investimentos na área de educação, o que ocasionou uma significativa expansão de suas escolas nos diversos graus de ensino. Esse crescimento teve ainda maior ênfase nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, em função do próprio carisma salesiano – a educação de jovens – lema maior do fundador da congregação, São João Bosco, e inspirador de todas as suas ações. No âmbito do Ensino Superior, o Liceu Coração de Jesus, em 1939, abriu em São Paulo os primeiros cursos universitários salesianos devidamente reconhecidos pelo governo. A Faculdade de Administração e Finanças, mantida pelos salesianos, funcionou no Liceu até 1964, quanto foi transferida para a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Além disso, os responsáveis pela formação dos salesianos perceberam que era necessário obter o reconhecimento oficial para os estudos de Filosofia realizados pelos estudantes, especialmente os seminaristas. Assim nasce a Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras, em Lorena, São Paulo, que foi autorizada pelo decreto do Presidente da República, de 11 de fevereiro de 1952, e está localizada na Rua Dom Bosco, 284, Centro, CEP 12600-100, Lorena, na região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo. Era a segunda Instituição de Educação Superior particular a se instalar no interior do Estado de São Paulo, e a primeira, particular,no Vale do Paraíba Paulista. Em 1972 os salesianos do Colégio D. Bosco, em Americana, São Paulo, 10 fundaram o Instituto de Ciências Sociais, primeira instituição de Ensino Superior da cidade. Para atender à crescente demanda de especialistas na região de Campinas, São Paulo, polo de excelência em Tecnologia, cria-se, em 1987, a Faculdade Salesiana de Tecnologia (FASTEC), com os Cursos Superiores de Formação de Tecnólogos em Eletrônica Industrial e Instrumentação e Controle, a partir da base tecnológica já oferecida pela Escola Salesiana São José. Assim, quando as Faculdades Salesianas de Lorena, Campinas e Americana se integraram, em 1993, tendo como sede a cidade de Americana (Parecer CFE nº 131/93, homologado pela Portaria nº 209 de 19/2/93) inicia-se o processo, junto ao MEC, para a sua transformação em universidade, tendo o Liceu Coração de Jesus, de São Paulo, como Entidade Mantenedora. O resultado, como dito acima, foi o Decreto Presidencial de 24 de novembro de 1997 que erigiu as Faculdades Salesianas em Centro Universitário Salesiano de São Paulo - UNISAL - com as Unidades que já existiam nas Faculdades Salesianas (Americana, Campinas, Lorena). Com o decreto foi aberto o novo campus de Campinas (Liceu Nossa Senhora Auxiliadora) e uma nova unidade, a de São Paulo, com o campus do Liceu Coração de Jesus e de Santa Terezinha. Em 2005 foi autorizado o funcionamento do Curso de Teologia, no campus Pio XI, no Alto da Lapa. Ressalte-se também que o UNISAL integra, desde o início, o conjunto das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS), que congrega setenta e seis (76) Instituições de Educação Superior da América, Ásia e Europa e se rege pelos documentos: Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior, e Políticas para a presença salesiana na educação superior, aprovados pelo Reitor-Mor da Congregação Salesiana, aos 12 de fevereiro de 2003. As IUS estão integradas em Planos Comuns que definem a Identidade Corporativa, as Políticas que definem a presença Salesiana na educação superior e que articulam uma série de programas de cooperação que permitem as IUS trabalhar em rede. 11 UNISAL – Unidade Lorena - Campus São Joaquim Em Lorena, os primeiros cursos foram os de Filosofia, Geografia, História e Pedagogia. O início das aulas deu-se em 12 de março de 1952. Em 1969 foram criados os cursos de Psicologia e de Ciências (Matemática) e em 1985 o curso de Direito. Em 1999 foram criados os cursos de Administração e de Turismo e, no ano 2000, o curso de Ciência da Computação. Em 2011 foi aberto o Curso de Engenharia de Produção. Em 2012, foram abertos os cursos de Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Gestão de Recursos Humanos e Logística. Em 2013, foi criado o curso de Engenharia Mecânica e em 2014 o Curso de Ciências Contábeis. A Diretoria da Unidade de Lorena é composta pela Diretora Operacional, Prof.ª Dr.ª Grasiele Augusta Ferreira do Nascimento e pelo Gerente Financeiro, Prof. Me. P. Mauro Bombo. A Unidade possui atualmente, 17 cursos de graduação: Administração, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Direito, Engenharia de Produção, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica, Gestão de Recursos Humanos, Bacharelado em Filosofia, Licenciatura em Filosofia, Licenciatura em História, Logística, Licenciatura em Matemática, Pedagogia, Psicologia, Tecnologia de Gestão de Recursos Humanos e Tecnologia em Logística. A formação continuada é realizada através de cursos de extensão, Lato Sensu e Stricto Sensu. Os cursos de Lato Sensu abrangem as seguintes áreas: Administração, Direito, Educação, Meio Ambiente, Psicologia e Tecnologia. Em 2009 a instituição contava com 1011 alunos, em 2010 com 980 alunos, em 2011 com 1056 alunos, em 2012 com 996 alunos, em 2013 com 1.114 alunos, em 2014 com 1.100 e em 2015 com 1.090. O Programa de Mestrado em Direito, autorizado pelo Parecer CNE/CES 46/2013, tem como objetivo preparar e formar professores e pesquisadores 12 aptos a desenvolver e a implementar técnicas jurídicas de aprendizagem da ciência jurídica; e produzir sólido conhecimento científico, através do desenvolvimento da pesquisa para a concretização dos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais e dos Direitos de Titularidade Difusa e Coletiva. O Mestrado em Direito do UNISAL desenvolve estudos e pesquisas sobre a Concretização dos Direitos Sociais, Difusos e Coletivos a partir de duas linhas de pesquisa: Direitos sociais, econômicos e culturais; Direitos de titularidade difusa e coletiva. O corpo técnico administrativo, conta em 2017 com cento e setenta e oito (178) colaboradores. São pessoas com experiência em suas funções, comprometidas com a Missão, Identidade e Valores da Instituição e da Congregação Salesiana. O UNISAL, em sua Unidade de Lorena, possui uma série de vínculos com o município e com a região do Vale do Paraíba. É vocação da Instituição a responsabilidade social. A Unidade mantém uma série de atividades sociais com o objetivo de contribuir com a qualidade de vida e com a inserção social. Através do Centro de Extensão Universitária e Ação Comunitária P. Carlos Leôncio da Silva, da Empresa Júnior, do Núcleo de Práticas Jurídicas - NPJ, do Núcleo de Psicologia Aplicada - SPA, do CESAPER - Centro Salesiano de Pesquisas Regionais, da Oficina Pedagógica e de parcerias firmadas com entidades, como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Confederação das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e Prefeituras do Vale do Paraíba, o UNISAL – unidade de Lorena, vincula-se à região contribuindo de forma positiva para o seu desenvolvimento. Para a Iniciação Científica o UNISAL conta com o BIC-SAL; BID-SAL e BIT-SAL, programas de bolsas destinadas aos melhores projetos de iniciação científica. Os alunos que são contemplados ganham uma bolsa de um ano para desenvolverem seus projetos. Contamos ainda com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ, com o Programa Institucional de 13 Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico PIBITI/CNPQ e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência PIBIDI/CAPES/CNPQ. Todos os anos, a Instituição organiza um encontro de iniciação científica, aberto a toda comunidade acadêmica. A Unidade de Lorena organiza anualmente uma mostra de estágio e produção científica e busca captar bolsas da FAPESP e CNPq. O UNISAL mantém o Centro e Núcleos de Pesquisa, que gerencia os diversos grupos de Pesquisa. Em Lorena temos os grupos de pesquisa: - Desenvolvimento humano e saúde mental – DHSM; - Psicopatologia da aprendizagem: subjetividade e linguagem – SUBVIR; - Grupo de pesquisa de bioética e biodireito; - Violências na escola; - Gestão Ambiental; - Direito das Minorias; - Direito Ambiental; - Centro de Estudos do Meio Ambiente – CEMEA; - Desempenho Acadêmico e Metodologias Aplicadas – DAMA; O UNISAL instituiu em 2004 a Comissão Própria de Avaliação (CPA) conforme as Diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Na Unidade de Lorena há dois membros da CPA. As Avaliações são planejadas anualmente e os resultados são discutidos, apresentados para a comunidade acadêmica e servem de referência para o planejamento do Colegiado e Diretoria da Unidade de Lorena. 1.3 Identidade Corporativa O UNISAL definiu sua identidade corporativa a partir do documento Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS). Tal documento define as IUS como: 14 - instituições de ensino superior: comunidade acadêmica - formada por docentes, estudantes e pessoaladministrativo – que “promove de modo rigoroso, crítico e propositivo o desenvolvimento da pessoa humana e do patrimônio cultural da sociedade, mediante a pesquisa, a docência, a formação superior”.1 - de inspiração cristã: sua visão do mundo e da pessoa humana tem raízes no Evangelho de Jesus e é demonstrada pela comunidade acadêmica. - caráter católico: a instituição assume que sua origem e permanência se dão no coração da Igreja, por meio de expressões de comunhão e partilha com a comunidade. - índole salesiana: opção prioritária pelos jovens, especialmente os desprestigiados socialmente; “uma relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e evangelização, profissionalismo e integridade de vida (...); uma experiência comunitária baseada na ‘presença’, com espírito de família, dos docentes e o pessoal de gestão entre e para os estudantes; um estilo acadêmico e educativo de relacionamento baseado num amor manifestado aos alunos e por eles percebido”.2 Enfim, um apreço pela pessoa fundado na confiança, no cuidado, no amor demonstrado. A educação superior é uma vocação dos salesianos pela própria finalidade educativa de toda obra da Congregação Salesiana, pois se considera que em nossos tempos, tendo em vista a crise de identidade, fins e valores pela qual educadores e educação passam, há necessidade de: - uma presença qualificada nos campos em que se promove a mudança social, especialmente juvenil; - uma contribuição salesiana à formação qualificada dos jovens para o acesso ao mercado de trabalho e para um responsável empenho social, de 1 Documento Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS), fevereiro de 2003, pág.11. 2 Documento Identidade das Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS), fevereiro de 2003, pág. 12. 15 modo que tal empenho ultrapasse as exigências e as necessidades do mercado, produzindo mudanças e novos desenvolvimentos na mesma sociedade; - um acompanhamento educativo evangelizador dos jovens durante uma etapa em que tomam decisões importantes para sua vida. Trata-se, no fundo, de um serviço de orientação vocacional tanto para opções fundamentais em sua vida quanto para sua profissão; - uma constante reflexão científica sobre o sistema educativo salesiano, enquanto teoria e práxis, uma confrontação com o mundo da cultura e da ciência e também uma tentativa de contribuição salesiana específica na área da educação. No Estatuto do UNISAL, art.7º, definimos como objetivos: I - reconhecer e respeitar a pessoa no que diz respeito à sua dignidade e cultivar a sensibilização nas ações voltadas às causas humanitárias, ecológicas e religiosas; II - formar e aperfeiçoar profissionais capacitados para as diferentes áreas do saber, habilitando-os para a inserção e a participação no desenvolvimento da sociedade; III - assegurar o ensino de qualidade, as atividades de extensão e a atividades investigativas, visando o desenvolvimento educacional; IV - estimular a criação da cultura, e, o desenvolvimento do saber científico e do pensamento reflexivo; V - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações e de outras formas de comunicação; VI - prestar serviço qualificado à comunidade, estabelecendo uma relação de reciprocidade, estimulando o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica; VII - estimular a formação continuada e criar condições para sua concretização; VIII - prover de mecanismos que garantam o padrão de qualidade de sua atuação, respeitando as diretrizes e critérios do sistema educacional; IX - buscar intercâmbio e interação com instituições que promovam a educação, a ciência, a cultura e arte, 16 especialmente com as IUS (Instituições Salesianas de Educação Superior). Portanto, as necessidades e os objetivos apontados justificam a presença da Congregação Salesiana e do UNISAL na educação superior. Os salesianos não abdicam de educar e qualificar jovens, de formar o cidadão, de formar para a vida, para o trabalho, para a convivência social. 1.3.1 Missão “O UNISAL, fundado em princípios éticos, cristãos e salesianos, tem por missão contribuir para a formação integral de cidadãos, através da produção e difusão do conhecimento e da cultura, em um contexto de pluralidade”. 1.3.2 Visão “Consolidar-se como Instituição de educação superior nacional e internacionalmente reconhecida como centro de excelência na produção e transmissão de conhecimentos e na qualidade de serviços prestados à comunidade.” 1.3.3 Valores e Princípios de Qualidade A prática educativa do UNISAL apoia-se nos seguintes valores: Amorevolezza, Diálogo, Ética, Profissionalismo e Solidariedade. - Amorevolezza: É o canal de acesso ao diálogo educativo, caracterizado por demonstrações recíprocas de afeto entre educador e educando que possibilitam as trocas simbólicas dos valores e dos significados de vida. A amorevolezza, a razão e a religião compõem um harmonioso movimento pedagógico, expressão de uma espiritualidade relacional que exige equilíbrio afetivo, fidelidade na doação, diálogo educativo, paciência histórica e clima de amizade e serviço; - Diálogo: É o elemento constitutivo e fundante da pessoa humana, necessitada das trocas simbólicas com o outro para sua realização pessoal e social. Apresenta-se como pressuposto o debate e à participação da 17 comunidade, respaldando a gestão dos diversos processos institucionais; - Ética: é o compromisso com os valores que humanizam a pessoa e a levam a agir de forma livre e responsável, consciente e solidária; - Profissionalismo: é condição para que a intervenção seja competente e a presença qualificada, tanto técnica quanto profissionalmente, habilitando a pessoa a buscar constantemente soluções teórico-práticas para os desafios e necessidades sociais, e a se inserir no mercado de trabalho, contribuindo para a construção de uma sociedade cidadã; - Solidariedade: é a atitude de reconhecimento, respeito e cuidado da pessoa humana e dos demais seres vivos, que se manifesta pelo cultivo da sensibilidade e da partilha nas ações voltadas às causas humanitárias, ecológicas e religiosas, na defesa da dignidade humana e na promoção dos direitos humanos. Tais valores implicam compromissos com: - A qualidade: busca de perfeição que se pode adquirir e oferecer; - A igualdade: todos os indivíduos são iguais perante a sociedade, com os mesmos direitos e deveres; - A democracia: compatibilização entre a liberdade e a obediência às normas, -A participação crítica e responsável: empenho dos indivíduos na constituição da ordem social; -O humanismo: visão otimista da pessoa humana, que rompe com o individualismo, e implica atitudes de respeito e promoção da sua singularidade e dignidade; - A transcendência: realidade inerente à “integralidade da pessoa”, criada à imagem e semelhança de Deus e aberta à verdade e à solidariedade com seus semelhantes. No UNISAL, os valores que fundamentam a prática educativa 18 institucional são os alicerces para consolidar a Missão e atingir o que se projeta como Visão. Assim, a concretização dos valores requer estudantes protagonistas e corresponsáveis, profissionais e professore competentes em sua área de atuação, responsáveis em relação aos seus compromissos, com sensibilidade para o mundo juvenil, capacidade de acolhida e de ser presença junto aos estudantes e identificados com o projeto institucional. A instituiçãoentende que a qualidade de todos os serviços corporativos dependerá da aplicação do “estilo salesiano de educar”, da formação integral, do bom clima organizacional, do investimento na capacitação das pessoas, do vínculo com a comunidade e da seriedade na prestação dos serviços educacionais e administrativos. 1.3.4 Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão O UNISAL, no seu projeto institucional cristão e salesianamente orientado, privilegia e difunde as atividades investigativas e a cultura, organiza o ensino, visa o saber, ao saber fazer, ao saber ser e ao saber comunicar e partilhar. Isso implica: I. uma concepção da pessoa humana inspirada no Evangelho, que a põe no centro da vida e que a promove na sua integralidade; II. uma consciência ética fundada nos valores institucionais, dando atenção especial à promoção da justiça e à cultura da solidariedade, mediante um modelo de desenvolvimento sustentável em escala humana de relações de igualdade e reciprocidade e de qualidade de vida; III. um diálogo entre culturas e religiões diversas, entre cultura ciência técnica profissão e fé, capaz de iluminar cristãmente a realidade e a vida ou de inculturar o Evangelho; IV. uma atenção especial ao âmbito da educação, à formação dos educadores, ao campo da técnica e do trabalho, e ao mundo da comunicação; 19 V. uma ação social colaborativa e construtora de uma sociedade justa, pacífica e fraterna, articulada a projetos do Estado e da Sociedade Civil; VI. uma gestão de qualidade capaz de adotar mecanismos racionais e estratégicos, tendo em vista a concretização da missão e visão institucionais. Assim, é compromisso de ensino no UNISAL aprimorar o processo formativo, proporcionando ao aluno: - crescimento pessoal; - conhecimentos: cultura básica geral, cultura acadêmica, cultura profissional; - competências e habilidades para intervenção genérica e especializada; - atitudes e valores; - enriquecimento da experiência. Tal concepção de formação busca atender tanto às necessidades de um desempenho profissional de excelência - sem estabelecer uma dependência absoluta em relação às exigências, muitas vezes discutíveis, do mercado de trabalho – quanto ao enriquecimento pessoal e melhoria da qualidade de vida das pessoas. As concepções filosóficas do UNISAL, portanto, se explicitam: - no cultivo da Cultura da Pessoa, como sujeito e personalidade, como o grande desafio, - no cultivo da cultura da Transcendência como sentido profundo da vida, - numa especial sensibilidade diante da Condição Juvenil, organizando-se para contribuir na construção de uma sociedade mais aberta ao desenvolvimento integral dos jovens, 20 - em uma postura ecoeducativa, a partir da Cultura da Vida, em defesa da vida humana e do meio ambiente. O UNISAL entende que é preciso articular as práticas de ensino, pesquisa e extensão, por isso, tem em suas políticas uma série de práticas que incentivam a indissociabilidade e a elaboração de projetos articulados. A aprovação e a institucionalização das Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão representam um avanço para a gestão acadêmica qualificada do UNISAL e permite que cada um dos cursos de graduação e pós-graduação proponha em seus Projetos Pedagógicos projetos e práticas sintonizadas com as políticas institucionais. Com as Políticas, o UNISAL incentiva cada um dos gestores acadêmicos, em parceria com os docentes e discentes, a fortalecerem ações que tenham incidência para a qualidade da Instituição e dos cursos. A Política de Ensino define que o UNISAL quer manter as referências do PDI e sintonizar-se com as melhores tendências da educação superior do século XXI. O documento de Políticas de Ensino declara que: Os princípios que norteiam as políticas de ensino da instituição fundamentam-se na aprendizagem como um processo dinâmico; na construção das habilidades e competências das quais o educando necessita para ampliar sua empregabilidade; na concepção acadêmica que transcende a mera organização dos currículos em um conjunto de disciplinas fragmentadas, na avaliação que supera notas ou conceitos restritos a processos formais e valoriza as competências e habilidades; no docente como mediador e articulador do processo de ensino- aprendizagem e ainda no aluno como sujeito do próprio processo. Sob tais princípios, entende-se que: a) A aprendizagem é um processo dinâmico, que se realiza passo a passo, em uma gradualidade de ritmos e propostas que devem 21 considerar as características e peculiaridades de cada aluno, assim como, as especificidades de cada curso; b) A aprendizagem como processo contínuo consiste em transformar o conhecimento adquirido pelo aluno em habilidades e competências que, de fato, viabilizem sua atuação plena, como profissional e como cidadão capaz de interagir com o meio sócio profissional; refletir; ponderar; argumentar; conciliar; comparar; sintetizar; decidir rápida e precisamente, sempre em bases justas e coerentes. Trata-se de reconhecer as possibilidades de traduzir conhecimento em desenvolvimento, entendido não somente a partir da perspectiva econômica, mas também sob uma ótica humanística. c) Ao docente cabe o papel de mediador e articulador no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo assim, o objetivo maior de um projeto pedagógico institucional que é, essencialmente, o desenvolvimento humano, social e técnico-cultural. d) O desenvolvimento da dimensão técnica é apenas uma parte das muitas dimensões e das aptidões que constituem uma aprendizagem de nível superior. A qualificação profissional passa pela aquisição de competências técnicas, mas envolve também o desenvolvimento de aptidões filosóficas, políticas e éticas; e) A aprendizagem de temas contemporâneos promove a formação além da sala da aula e dos mecanismos formais da academia; permite ao aluno conhecer os temas locais e globais, instigando-o à reflexão sobre questões ambientais, culturais, sociais, políticas e econômicas; f) A aprendizagem deve favorecer a formação de cidadãos sintonizados com a sociedade contemporânea e instigar no aluno a capacidade de criticar, sintetizar e se expressar. 22 Para atingir os resultados o UNISAL propõe as seguintes estratégias: I. Fomentar ações acadêmicas que favoreçam a formação humana, cidadã, ética, social, cristã e salesiana. Instigar a formação de alunos críticos, capazes de entender a sociedade contemporânea, comprometer-se com as demandas sociais e com os jovens de classes sociais economicamente menos favorecidas; II. Manter um programa de ensino estruturado que organiza e digitaliza os conteúdos das disciplinas e das atividades previstas pelos Projetos Pedagógicos dos Cursos através de recursos e ações presenciais e à distância favorecendo o processo de ensino- aprendizagem e o desenvolvimento da autonomia intelectual dos alunos, a partir da promoção de uma aprendizagem que incentive o desenvolvimento de habilidades e competências individuais e coletivas; que fomentem ações proativas para os estudos durante a formação acadêmica e que, ao mesmo tempo, favoreçam o exercício contínuo da aprendizagem durante toda a vida; III. Implementar diretrizes e projetos que fomentem a empregabilidade (oferta de estágio e trabalho efetivo) para os alunos visando aperfeiçoar o que tem sido o seu principal objetivo: o equilíbrio entre o enfoque teórico dos cursos e a conduta prática a ser comprovada e exercida nos primeiros contatos com o mercado de trabalho; IV. Promover a inclusão social e econômica do aluno, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento econômico das regiões onde estão inseridas as Unidades Universitárias; V. Consolidar a Pós-Graduação como instrumento de qualificação continuada, de possibilidadede atualização, de aperfeiçoamento profissional e de busca de inserção no mercado de trabalho. No que se refere à Política de Pesquisa, o UNISAL tem o seguinte posicionamento: “A Política de Pesquisa de uma IES está relacionada à sua Missão e aos seus Valores institucionais. O UNISAL 23 serve à comunidade gerando conhecimento e recursos importantes para o desenvolvimento científico, econômico, profissional, social e cultural prioritariamente das regiões em que se localiza; contribui para o bem-estar da sociedade e, assim, garante melhoria de vida na busca dialógica da verdade. Tendo por missão contribuir na formação integral de cidadãos, através da produção e difusão de conhecimento e de cultura, mostra-se plenamente alinhado com uma Política de Pesquisa tratada neste documento. Os valores apregoados pelo UNISAL (amorevolezza, diálogo, ética, profissionalismo e solidariedade) garantem um canal de diálogo entre o educador e o educando, que é prioritário nas relações necessárias ao processo de investigação científica, técnica e cultural. A ética é fundamental nas ações de pesquisa, garantindo o devido respeito ao objeto de pesquisa. O profissionalismo garante as competências oferecidas pelo pesquisador e que são desenvolvidas no corpo discente por meio de ações proativas pautadas no princípio da formação para a pesquisa. O rigor científico no desenvolvimento de conteúdos da pesquisa e da docência também está declarado no PDI do UNISAL, bem como a necessária interdisciplinaridade em ações investigativas, princípio norteador das relações entre áreas na IES. A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão se realiza com a construção de um ambiente acadêmico e científico pluralista, capaz de formar cidadãos éticos e profissionais competentes, com uma postura crítico- reflexiva, investigativa e autônoma, propiciando o desenvolvimento de suas competências política, social, religiosa e ética, garantindo seu compromisso com um processo de humanização e construção socialmente responsável e empreendedora de sua realidade. A indissociabilidade é a essência que orienta a transformação permanente da Instituição, sendo conditio sine qua non para a realização de sua missão. É realizada a partir da relação dinâmica entre a teoria e a prática, numa visão integral do ser humano e numa relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e religiosidade; também promove o desenvolvimento rigoroso, crítico, propositivo e sustentável da pessoa humana. O UNISAL vincula o ensino que desenvolve às atividades investigativas. Para isso, estimula seus alunos à atividade criadora e investigativa, desenvolvida individualmente e/ou em equipe, dentro de uma determinada disciplina ou área, tornando-a veículo 24 facilitador do despertar de vocações e aperfeiçoamento de habilidades. Para o cumprimento destas atribuições, os Centros e os Núcleos de Pesquisa do UNISAL estabelecem uma conexão dos agentes de pesquisa com a Graduação e a Iniciação Científica.” Para atingir os resultados em sua Política de Pesquisa o UNISAL tem as seguintes estratégias: a. busca constante por fontes de recursos e fomento; b. garantia permanente da relevância científica e social da produção intelectual dos projetos e ações de pesquisa da IES; c. integração entre os diversos níveis acadêmicos da IES; d. indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão; e. ampla divulgação e socialização do conhecimento gerado pelos programas de pesquisa institucionais, garantida pela manutenção dos veículos de comunicação integrados e disponíveis; f. integração contínua com outras instituições; g. integração contínua com as demandas corporativas do entorno; h. integração perene com as demandas mais urgentes da comunidade do entorno. No que se refere à Política de Extensão e Ação Comunitária, os princípios são: I. Priorizar o atendimento aos jovens socialmente desfavorecidos, por meio de práticas, que assegurem a indissociabilidade com o ensino e com a pesquisa; II. Possibilitar, com base nas diretrizes do IUS Formation Ministry Group, que a Formação e a Pastoral sejam entendidas como uma ação unitária, acadêmica e de formação integral; III. Contribuir na relação com o Ensino, para o desenvolvimento de um Processo Pedagógico inovador e possibilitar a realimentação do Projeto Pedagógico Institucional (PPI); IV. Proporcionar, na interação com a Pesquisa, a realização de projetos motivados pela prática social e pelas demandas da sociedade, servindo como suporte científico para a apreensão crítica do real; V. Tornar de relevância social o conhecimento produzido e compartilhado dentro do espaço 25 acadêmico, proporcionando a convivência entre o saber científico e o técnico, e o saber popular; VI. Oferecer condições para os profissionais traduzirem, para o campo operativo, os conhecimentos que vêm produzindo; VII. Criar instrumentos centrados na construção da cidadania, que interpretem o contexto histórico- cultural da sociedade, na direção de um compromisso com as lutas de transformação social e cultural; VIII. Estabelecer parcerias com segmentos da sociedade, visando à contribuição para seu processo organizativo e à diminuição das desigualdades sociais, econômicas e políticas, favorecendo a transformação social e cultural; IX. Avaliar, constantemente, as necessidades do entorno, oferecendo cursos e atividades que atendam às demandas da população; X. Buscar contato, manifestar interesse, promover encontros e acolher representantes comunitários e entidades em geral, demonstrando a disposição de ouvir e aprender com a Comunidade; XI. Incentivar o trabalho voluntário, junto ao alunado, por meio de ações específicas. Sensibilizar os alunos do UNISAL sobre a importância de tornarem-se agentes transformadores dos problemas das comunidades em que vivem, por meio da educação de qualidade e da formação cidadã que recebem. Para se atingir os resultados, o UNISAL estabeleceu as seguintes ações: 1. Divulgação pelas Unidades de indicadores de ordem quantitativa cujo objetivo é o de gerar e manter a cultura do acompanhamento, em prol da manutenção do compromisso qualitativo; 2. Comunicação permanente com a comunidade universitária quanto às atividades que estão sendo fomentadas institucionalmente, objetivando a geração da cultura da comunicação como meio eficaz de ampliar os resultados esperados; 3. Pesquisas de opinião direcionadas à comunidade interna e externa – identificação de interesses, críticas e/ ou sugestões —; 4. Avaliação Institucional (CPA – Comissão Própria de Avaliação) como meio de diagnóstico de eventuais falhas processuais, com o objetivo de implementar ações corretivas; 5. Acompanhamento sistemático de ordem financeira das ações da Extensão e Ação Comunitária. 26 Entendida como prática acadêmica, a extensão visa interligar o UNISAL em suas atividades de ensino com as demandas da sociedade, buscando respeitar o compromisso social da Instituição. Dessa forma, a extensão tende a ter maior chance de se realizar na medida em que o ensino esteja cada vez mais vinculado às necessidades da sociedade dentro da qual se insere a Instituição. Na sua relação com o ensino, a extensão deve contribuir para o desenvolvimento de um processo pedagógico inovador, capaz de colocar as exigências para se trabalhar técnica e didaticamente a criatividade, a participação e a pluralidade, com metodologias e conteúdos diversificados, numa perspectiva de ampliação do conceito de “sala de aula”. Da relação entre ensino e extensão espera-se que o conhecimento produzido seja capaz de contribuir para a transformação da sociedade. A pesquisa realizada “via” extensão é suscitada pela prática social, pelas demandas postas pela sociedade e devem estar crivadaspelo rigor científico e compromisso social, de modo a propiciar a elaboração de novos instrumentos teórico-práticos. Desta forma, pretende contribuir para o implemento pedagógico do presente curso, para a reformulação de seu currículo e para o desenvolvimento de metodologias e tecnologias capazes de enfrentar os problemas sociais, levando a uma reorganização do conhecimento produzido no próprio Centro Universitário. Em síntese, a relevância da extensão está contida na relação que ela estabelece com a pesquisa e com o ensino, como uma dimensão acadêmica e comunitária que se caracteriza pela interação entre o UNISAL e a Sociedade. A Extensão somente pode ser apreendida em face de uma concepção de educação intrínseca a um projeto político-pedagógico. A IES, assim entendida, opta por comprometer-se com a produção de um saber socialmente construído e historicamente preservado nos diversos níveis de saber, voltado ao atendimento dos interesses da comunidade e sociedade de maneira geral. Desta forma, busca, a partir da valorização do estudo teórico-prático, contribuir 27 para a construção da cidadania e do desenvolvimento sócio-político-econômico e do meio ambiente sustentável, ou seja, das condições sociais que promovam a melhoria da qualidade de vida, em nível local, regional ou nacional. Assim, a ação e extensão comunitárias constituem-se em espaço de construção de tecnologias e metodologias sintonizadas com a prática social, fortalecendo a organização da sociedade numa perspectiva de transformação social. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases, o ensino superior, entre outras finalidades, deve “[...] promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônios da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação”. Determina ainda que cabe às Instituições de Ensino Superior “[...] estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular, no âmbito local e regional, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade” (LDB, cap. IV, art. 43, incisos IV e VI). No mesmo sentido, o Projeto de Reforma Universitária aponta para a responsabilidade das IES de prestar sua contribuição, de forma decisiva, na construção de um “[...] projeto de desenvolvimento nacional, que compatibilize crescimento sustentável com equidade e justiça social”. Essa relação de reciprocidade marca a inserção da Instituição na realidade sócio-cultural-ambiental e econômica, explicitando o caráter público do seu Projeto Político-Pedagógico, na medida em que se torna promotora e executora de ações sociais, antecedendo, complementando e, muitas vezes, superando a complexa atuação do próprio Estado, sem, contudo, substituí-lo. A concretização deste mister se dá no desenvolvimento das atividades de ação e extensão comunitárias inerentes às IES. O Campus Lorena do UNISAL criou o Centro de Extensão e Ação Comunitária P. Carlos Leôncio da Silva, com o objetivo de ser um Centro articulador das atividades de extensão dos cursos de graduação e das 28 diferentes entidades de caráter social de Lorena e região, em especial, com o Projeto de Vida Melhor (PROVIM), obra social dos salesianos. Com o Centro de Extensão, o UNISAL quer reforçar a atuação regional e consolidar a Política de Extensão e Ação Comunitária. O Centro conta com orçamento próprio e uma equipe que atua de forma integrada com a Direção do Campus e com a Pró Reitoria de Extensão e Ação Comunitária. Como afirmamos, as Políticas permitem coerências entre os projetos, ações e programas do UNISAL. O diálogo contínuo entre as Pró Reitorias e os diversos gestores acadêmico institucionalizam as práticas previstas nos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação e pós-graduação. 1.4 Avaliação Institucional A Avaliação Institucional é considerada atividade de suma importância, imprescindível para o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuos do UNISAL, posto que uma Gestão de Qualidade implica rever-se sempre para zelar pela Identidade da Instituição. A Avaliação Institucional consta, incisivamente, dos principais documentos norteadores do UNISAL, como o “Plano de Desenvolvimento Institucional”, a “Identidade” e as “Políticas” das Instituições Universitárias Salesianas, em âmbito mundial. Por isso, o UNISAL assume a Avaliação Institucional como um elemento indispensável, à medida que ela permite o acompanhamento de todas as nossas atividades e inspira ações de melhoria. Desde a constituição do UNISAL existe uma Comissão Própria de Avaliação, com representação dos diversos setores da comunidade educativa, que é responsável pela condução do processo de auto-avaliação. 1.4.1 Contextualização O projeto de auto-avaliação, em vigor até 2004, contempla 16 tipos diferentes de avaliação, aplicados com periodicidade variada, desde anuais até trienais. Vêm sendo avaliados tanto aspectos acadêmicos, em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, como administrativos; tanto de caráter interno 29 (como avaliação de disciplinas, de infraestrutura e de condições de trabalho), quanto de caráter externo (avaliação dos relacionamentos externos e do compromisso social). As avaliações vêm sendo realizadas, tanto por agentes internos quanto externos, sendo levantados dados qualitativos e quantitativos. Desde a sua implementação, existe a efetiva participação de toda a comunidade acadêmica nos processos de auto-avaliação do UNISAL. Os alunos avaliam docentes, disciplinas e aspectos gerais da instituição, como infraestrutura e serviços. Docentes avaliam a coordenação e os mesmos aspectos gerais avaliados pelos alunos. Funcionários avaliam suas condições de trabalho. As divulgações têm sido as mais amplas possíveis, ocorrendo em diversas instâncias. Os resultados de avaliações de disciplinas são consolidados por docente, por turma, por série, por curso, por unidade e geral. Os resultados individuais dos docentes são divulgados somente a eles e aos seus superiores. Todas as outras consolidações são amplamente divulgadas: o aluno recebe o resultado de sua turma, de seu curso, de sua Unidade e do UNISAL, por meio de gráficos afixados em sala de aula. O coordenador recebe os resultados de seu curso, da unidade e do Centro, e assim por diante. Os diretores, pró-reitores e o reitor recebem um CD com a consolidação de todos os dados. A divulgação das outras avaliações segue a mesma lógica, ou seja, os resultados são divulgados às partes interessadas, guardando-se sigilo ligado a questões éticas. 1.4.2 Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação Consolidou-se, no UNISAL, a proposta feita pela Comissão Própria de Avaliação, indicando que os membros dos fóruns constituíssem grupos permanentes de qualidade, recebendo os resultados de todas as avaliações, cuidando de sua interpretação articulada em parceria com a Comissão de Avaliação e da implementação das ações, atuando de forma parcialmente independente dos colegiados (seriam subconjuntos destes), cabendo a estes últimos a aprovação das ações sugeridas pelos grupos de qualidade. Os 30 grupos enviam as informações a respeito das ações adotadas para registro da Comissão de Avaliação. Esta mesma estrutura de Avaliação Institucional foi mantida e adaptada para as novas orientações a partir da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004. Em abril de 2006 foi encaminhado ao MEC o relatório final da Avaliação Institucional do UNISAL – período de setembro de 2004 a abril de 2006. Desde então a Comissão Própria de Avaliação Institucional vem trabalhando na informatização dos instrumentos de avaliação, com o intuito de aperfeiçoar os processos de coleta de dados, análise dos resultadose divulgação destes para a comunidade educativa. Em maio de 2008 foi encaminhado ao MEC o relatório final da Avaliação Institucional do UNISAL – período de maio de 2006 a novembro de 2008. Este processo de coleta de dados já foi realizado em parte com a utilização do portal universitário. A Avaliação Institucional no UNISAL é organizada segundo o princípio da integração, uma vez que os diversos estudos, reflexões e valorações são articuladas em função da compreensão global da instituição. 1.5 NAP - Núcleo de Assessoria Pedagógica O Núcleo de Assessoria Pedagógica, criado em 2006, nasceu da preocupação da direção do Centro Universitário Salesiano de São Paulo com a formação e a prática pedagógica dos docentes frente às demandas do mundo contemporâneo e aos desafios do Ensino Superior. O projeto foi construído coletivamente por representantes das diversas áreas do conhecimento de todas as unidades do UNISAL, com o intuito de oferecer uma visão integrada. São atribuições do NAP: pesquisar as principais necessidades pedagógicas do corpo docente; propor reflexão contínua sobre a prática pedagógica da comunidade educativa do UNISAL; desenvolver um programa de formação continuada do UNISAL buscando a qualidade dos processos educativos; estimular a produção científica e didático-pedagógica do corpo docente; motivar ações pedagógicas interdisciplinares; contribuir na organização de atividades de formação de educadores e eventos promovidos pelo UNISAL; 31 produzir conhecimentos que contribuam na melhoria das ações educativas; contribuir com a construção do perfil do docente que atua no UNISAL, segundo princípios salesianos de educação; criar estratégias para busca constante de novos saberes da área da Educação que possam contribuir para a melhoria da prática pedagógica; criar condições para o desenvolvimento de competências pedagógicas do docente para atuação no ensino a distância. Projetos e Serviços NAP Formação Pedagógica Programação pedagógica das semanas de planejamento no início de cada semestre com: minicursos de formação pedagógica a partir das necessidades indicadas pelo processo de avaliação institucional; oficinas sobre avaliação do processo ensino aprendizagem; estratégias de ensino; como avaliar trabalhos em grupo; como preparar provas operatórias; instrumentos de avaliação; interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Sala de Leitura Sala de Leitura é um projeto do UNISAL (Lorena) que visa promover a leitura de textos literários e científicos. A ideia surgiu de uma inquietação da comunidade educativa sobre como mobilizar/incentivar os universitários para leituras cada vez mais densas e reflexivas. O objetivo é provocar nos alunos universitários o resgate do prazer da leitura. Por isso, a sala de leitura será um ambiente eclético, trilhando um caminho do mais popular ao mais erudito. Assessoria Pedagógica Tal assessoria se realizará pelas seguintes ações: - Assessoria às coordenações na construção e avaliação dos Projetos Pedagógicos dos cursos; - Apoio às coordenações de curso na leitura crítica dos planos 32 de curso; - Atendimento personalizado aos professores para discussão dos planos de curso e sua aplicabilidade no contexto da sala de aula; - Participação nas reuniões de colegiado; - Assessoria aos professores na confecção de planos de ensino, plano das aulas estruturadas e avaliações; - Participação nas Semanas de Planejamento; - Elaboração de Minicursos de Formação Pedagógica sobre Estratégias de Ensino Aprendizagem, Avaliação do Processo de Aprendizagem. Acompanhamento do Processo de Avaliação Institucional A avaliação Institucional ocorre semestralmente e conta com a participação direta dos alunos. Uma vez colhido e analisado os resultados, cabe ao NAP, o estudo de estratégias que possam acompanhar os docentes na busca da melhoria da qualidade de serviços prestados aos discentes, entre elas destacam-se: - Entrevistas com professores para reflexão sobre sua prática docente; - Acompanhamento da prática pedagógica dos professores; - Assessoria ao professor. Projeto Professor Observador Tem a finalidade de discutir criticamente as práticas didáticas usuais no ensino superior; partilhar práticas e projetos de sucesso no processo ensino- aprendizagem e mobilizar professores, pesquisadores e gestores do ensino universitário a repensar as práticas pedagógicas, a partir da observação orientada, por meio de Roteiro de Observação elaborado pelo NAP, da ação 33 de professores em sala de aula. Curso de Formação Docente Proposta que objetiva atrair e desenvolver profissionais interessados na carreira docente, por meio de um plano estruturado de formação e acompanhamento, visando ao atendimento dos objetivos estratégicos do UNISAL. O Seminário de Didática para o Ensino Superior - (SEDIES) É um evento acadêmico e científico, idealizado e organizado pelo NAP e que teve sua primeira edição ano de 2010 e, desde então, acontece anualmente, de forma itinerante, sendo sediado em outras instituições de ensino superior, mas sempre sob a supervisão do NAP. Objetivos: a. Disseminar o conhecimento teórico e prático sobre Didática e práticas pedagógicas inovadoras no ensino superior; b. Discutir criticamente as práticas didáticas usuais no ensino superior; c. Partilhar práticas e projetos de sucesso no processo ensino- aprendizagem; d. Mobilizar professores, pesquisadores e gestores do ensino universitário a repensar as práticas pedagógicas; e. Ampliar a integração dos diferentes cursos e instituições. Público Alvo: professores universitários, integrantes do corpo docente das universidades participantes, interessados na pesquisa a respeito de didática para a docência no ensino superior. 34 Laboratório De Metodologias Ativas Atendendo as demandas do mundo contemporâneo e as dificuldades encontradas no processo ensino-aprendizagem na graduação, em 2013, foi criado, no campus de Lorena, o Laboratório de Metodologias Inovadoras (LMI), como mais uma estratégia para manter e melhorar a qualidade de ensino, característica prioritária do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (cf. Laboratório de Metodologias Inovadoras em www.labmi.com.br) A partir de estudos, visitas e cursos na Harvard University e MIT, Boston, Massachussets, a consolidação e implementação do LMI aconteceu no UNISAL/Lorena com os seguintes objetivos: I. Descobrir e pesquisar metodologias ativas de aprendizagem; II. Conhecer, com densidade, o embasamento teórico e os procedimentos de aplicação de metodologias ativas de aprendizagem; III. Analisar as fases que compõem cada um dos procedimentos de aplicação de metodologias ativas de aprendizagem; IV. Adaptar aos contextos específicos do ensino superior e educação básica da educação brasileira os atos identificáveis em cada uma das fases dos procedimentos; V. Aplicar, nos diferentes contextos do ensino superior e educação básica, metodologias ativas de aprendizagem já adaptadas para a educação brasileira; VI. Avaliar as experiências de aplicação de metodologias ativas de aprendizagem nos contextos do ensino superior e na educação básica; VII. Formar – permanentemente – micronúcleos docentes para conhecimento, aplicação e compartilhamento dos resultados da prática das metodologias ativas de aprendizagem; VIII. Produzir e aplicar instrumentos para medir quantitativa e qualitativamente o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos em disciplinas que utilizam metodologias ativas de aprendizagem; 35 IX. Publicar em periódicos científicos nacionais e internacionais os resultados de pesquisas realizadas no LMI em relação às metodologias ativas e seus impactos na aprendizagem; X. Realizar eventos sobre o tema “MetodologiasAtivas” – de alcance regional, nacional e internacional – para divulgação de pesquisas e produção de conhecimento. De forma geral, o trabalho desenvolvido com as metodologias ativas é colaborativo, destaca o uso de um contexto ativo para o aprendizado, promove o desenvolvimento da habilidade de trabalhar com outro(s) aluno(s) formando um par, aprendizagem entre pares ou em grupo, e também estimula o estudo individual, de acordo com os interesses e o ritmo de cada estudante. O aprendizado passa a ser protagonizado pelo aluno e os professores atuam como mediadores de todo o processo. O professor não "ensina" da maneira tradicional; permite e estimula a discussão dos alunos, conduzindo-a quando necessário e indicando os recursos didáticos úteis para cada situação. As metodologias ativas estão alicerçadas em um princípio teórico significativo: a autonomia, algo explícito na invocação de Paulo Freire. Aprendizagem ativa redefine a prática de aula muitas vezes vista pelo prisma estático do aprendizado, onde o conhecimento é transmitido para as mentes vazias e passivas dos estudantes. Aprendizagem ativa significa aprendizado dinâmico onde, através de atividades baseadas em projetos, colaborativas e centradas em soluções de problemas, os estudantes desempenham um papel vital na criação de novos conhecimentos que podem ser aplicados a outras áreas acadêmicas e profissionais. Um dos proponentes deste modelo, como já dito, foi Paulo Freire (2009) que desencorajava o modelo “bancário” de educação, no qual os docentes depositavam conhecimento nas mentes dos estudantes, da mesma forma que depositamos dinheiro numa conta corrente, para que os estudantes possam gastá-lo na hora das provas. A tecnologia pode desempenhar um importante papel no ensino, 36 garantindo que a aprendizagem seja o resultado do diálogo e da produção de novos conhecimentos através das novas mídias, tornando o conteúdo mais relevante. Em resumo, a aprendizagem ativa funda-se na participação ativa do sujeito, sua atividade autoestruturante, o que supõe a participação pessoal do aluno na aquisição de conhecimentos, de maneira que eles não sejam uma repetição ou cópia dos formulados pelo professor ou pelo livro-texto, mas uma reelaboração pessoal. Comissão Externa Consultiva O UNISAL, Unidade de Lorena, formou em 2009, uma Comissão Externa Consultiva composta por pessoas que representam os diversos setores da sociedade. Cabe à Comissão Consultiva fazer indicações estratégicas para o UNISAL, propor projetos, opinar sobre os projetos e práticas acadêmicas e administrativas, além de colaborar com a implementação do planejamento estratégico institucional. A formação da Comissão acompanha uma das tendências das melhores instituições de educação superior do mundo, que é a participação de setores da sociedade na gestão institucional. A Comissão não exerce um poder diretivo e de decisão, mas sim, de indicação de diretrizes e diálogo com os gestores do UNISAL. Os Conselheiros são convidados a opinarem sobre a dinâmica acadêmica, inclusive dos Projetos Pedagógicos Institucionais. 1.6 Pastoral Universitária O Centro Universitário Salesiano de São Paulo, UNISAL, Unidade de Lorena, instituição universitária “Nascida do coração da igreja, como centro incomparável de criatividade e irradiação do saber para o bem da humanidade”3, a fim de consagrar-se inteiramente à causa da verdade e garantir uma presença cristã no mundo universitário, tem na Pastoral 3 Ex Cordie Eclesiae, número 1. 37 Universitária Salesiana um feixe de atividades que oferecem ao ambiente educativo a ocasião de integrar a vida com a fé. A Pastoral Universitária Salesiana preocupa-se, especialmente, “em encarnar a fé em suas atividades cotidianas”4. Por isso, o ambiente educativo (clima de relações que torna possível a ação formativa e pastoral) 5 é seu elemento chave e, deste modo, suas ações implicam, especialmente, em: - revelar um ambiente familiar, caracterizado pela acolhida e disponibilidade; - orientar e estimular uma formação humana que evidencie o respeito e a disponibilidade para o encontro pessoal entre todos os membros da comunidade acadêmica; - exercitar uma preocupação e atenção visível à juventude, aos estudantes; - priorizar o reflexo da prática dos valores que se transmitem - como solidariedade, justiça, liberdade, respeito, igualdade – em todos os setores da universidade. A Pastoral Universitária Salesiana é, portanto, entendida como uma ação unitária – acadêmica e de formação integral – dirigida e endereçada a toda a comunidade universitária e que supõe: I. um modelo de formação e pastoral bem definido e formulado por escrito que: a. seja coerente ao mesmo tempo com a liberdade dos estudantes e com a identidade da instituição na qual se formam; b. emane, de maneira natural, da implementação e desenvolvimento do tecido curricular e da ação formativa de todo o trabalho universitário; 4 Ex Cordie Eclesiae, número 39. 5 Declaração do IUS FORMATION-MINISTRY GROUP, 2010. 38 c. se realize durante o período de estudos, mesmo que se deva projetar-se também à busca-facilitação do futuro trabalho e, na medida do possível, prolongar-se em um acompanhamento pessoal durante os primeiros anos do egresso; II. a orientação humana, vocacional, profissional e ocupacional dos estudantes e dos egressos; III. o oferecimento: a. do anúncio de Jesus Cristo e seu Evangelho, acompanhando aos que dão livremente sua adesão pessoal mediante itinerários de educação na fé, celebrações litúrgicas e sacramentais, e a inserção e experiência em comunidades, b. de um serviço de acolhida e acompanhamento a cada membro da comunidade acadêmica sem sua condição e situação pessoal de crente ou não crente; III. a possibilidade de experiências de compromisso social e cristão – sob fórmulas institucionalizadas ou mais abertas a tais como serviço ou voluntariado, inclusive profissional, dos estudantes em curso, dos egressos, do professorado e do pessoal não docente – com a consequente formação-preparação específica para tal.6 Em resumo, as atividades da Pastoral Universitária Salesiana do UNISAL, unidade de Lorena, têm por base os seguintes princípios7: 1. Dar boas-vindas e acolhimento a todos os estudantes em uma comunidade, em um campus, que celebra o amor de Deus para todos. 2. Criar oportunidades para que os estudantes experiência, reflitam e ajam, a partir de um compromisso com a justiça, a misericórdia e a compaixão, à luz da doutrina social da Igreja Católica, a fim de 6 Declaração do IUS FORMATION-MINISTRY GROUP, 2010, [12]. 7 Princípios inspirados no texto PRINCIPLES OF GOOD PRACTICE FOR STUDENT AFFAIRS AT CATHOLIC COLLEGES AND UNIVERSITIES, 2007. 39 desenvolver o respeito e a responsabilidade de todos, especialmente em relação aos mais necessitados. 3. Desafiar os estudantes a altos padrões de comportamento e responsabilidade, por meio da formação do caráter e virtudes. 4. Auxiliar os estudantes a discernir e responder as suas vocações, compreendendo o potencial de suas contribuições profissionais, a fim de possam escolher o foco de suas carreiras. Esses princípios, as ações e bases explicitadas sintetizam o esforço que a Pastoral Universitária Salesiana faz, cotidianamente, a fim de que se caminhe na direção da unidade e totalidade da proposta educativo-pastoral, superando uma prática que considera a pastoral como um setor da universidade, destinado aos aspectos religiosos da ação educativa. O que se propõe é, no entanto, diverso: pensar a ação pastoral como unidade orgânica, ou seja,como um processo único que, articulado aos demais elementos do ambiente universitário de uma instituição católica, de índole salesiana, que se qualificam reciprocamente, contribua para o desenvolvimento integral do jovem, na totalidade de seu ser. A partir de tais pressupostos, a Pastoral Universitária Salesiana, na estreita relação entre as dimensões educativa e evangelizadora propõe: “uma educação que desenvolve o sentido religioso da vida e abre e favorece o processo de evangelização, e uma evangelização que propõe à educação um modelo de humanidade plenamente realizada e respeita a dinâmica educativa em seu desenvolvimento.” (Atos 407, página 06) 2. O Curso de Filosofia Quadro Síntese do Curso de Filosofia Nome do curso: Licenciatura em Filosofia Nome da Mantida: Centro Universitário salesiano de São Paulo – Unidade de 40 Ensino de Lorena – Campus São Joaquim Endereço de funcionamento do Curso: Rua Dom Bosco, 284 – Centro – Lorena/SP. Carga Horária Total do Curso: 4760 Coordenador do Curso: Prof. Me. P. Ilmário de Souza Pinheiro. Tempo de exercício na IES: 03 anos Tempo de exercício na função de coordenador do curso: 02 anos Número de Vagas: 60 (sessenta) vagas anuais Regime Escolar Adotado: Seriado semestral Turno de Funcionamento: Matutino e Vespertino (com eletivas) Horário de Funcionamento: das 08h às 11h35 Prazos para Integralização Curricular: mínimo de 06 e máximo de 12 semestres Início das Atividades Letivas e Situação Atual: 1954 Conclusão da Primeira Turma: 1957. Número Atual de Docentes (2017): 13 docentes, sendo 06 doutores, 04 mestres e 01 especialista. Quadro 1 – Síntese do Curso de Filosofia Publicações legais de reconhecimento e autorização de funcionamento do Curso Número Data Publicação Órgão Decreto Federal 30.552 14/02/1952 20/02/1952 CES/MEC Parecer 285/1951 10/10/1951 Decreto 35.740 29/06/1954 17/07/1954 D.O U Portaria 2.291/2005 30 de junho 04/07/2005 Tabela 1 – Publicações de Reconhecimento e Autorização do Curso de Filosofia Renovação de Reconhecimento – Junho de 2005 Organização didático-pedagógica Corpo docente Instalações Conceito CB CB CB Tabela 2 – Renovação de Reconhecimento do Curso de Filosofia 41 Resultado do ENADE – 2011 Ano Média da Formação Geral Média do Componente Específico Média Geral Enade Conceito (1 a 5) IDD Índice (1-5) Conceito Curso* (1 a 5) Ing Conc Ing Conc Ing Conc 2011 4 4 Tabela 3 – Resultado do Último ENADE As tabelas abaixo mostram a evolução do número de alunos matriculados e concluintes nos últimos anos. Número de Alunos Matriculados nos últimos 5 anos 2010 2011 2012 2013 2014 1º ano 35 alunos 25 alunos 18 alunos 15 alunos 30 alunos 2º ano 26 alunos 17 alunos 17 alunos 20 alunos 12 alunos 3º ano 18 alunos 25 alunos 20 alunos 20 alunos 21 alunos Total 79 alunos 67 alunos 55 alunos 55 alunos Tabela 4 – Total de Alunos Matriculados nos Últimos 5 Anos Alunos Concluintes 2008 2009 2010 2011 2012 2013 31 18 16 19 17 18 Tabela 5 – Total de Alunos Concluintes nos últimos 5 anos 2.1. Inserção Regional do Curso A história do curso de Filosofia, criado no ano de 1952, está diretamente vinculada com a criação da Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_form_g http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_form_g http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_form_g http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_form_e http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_form_e http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_form_e http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_enade_c http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_enade_c http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_enade_c http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_idd_i http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_idd_i http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_idd_i http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_conc_c http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_conc_c http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_conc_c http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_ing http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_conc http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_ing http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_conc http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_ing http://enade2005.inep.gov.br/novo/Site/?c=CUniversidade&m=mostrar_lista_area#g_conc 42 Letras, que se instala em Lorena como o primeiro curso superior da Região. Próprio da natureza de muitos cursos de Filosofia, ela veio a ser parte integrante na formação do clero e principalmente dos salesianos. Com o passar do tempo, o curso foi se firmando e sua orientação, a partir de 1965, com a alteração curricular, contemplava também a formação de professores para a região do Vale do Paraíba. Suas opções de formação abrangiam desde um currículo geral que permitia ao egresso o registro em Filosofia, História, Psicologia e Sociologia, prevendo também a autorização em Biologia, até currículos mais específicos que permitiam ao licenciado o direito às disciplinas do Campo das Ciências Sociais e das Ciências Naturais (Ciências, Matemática, Química). Na medida em que a Faculdade se estabelecia na região como centro de excelência na educação, seus horizontes foram se abrindo e as licenciaturas começaram a se desligar do curso de Filosofia. As autorizações para os cursos de Ciências, Psicologia, História e Matemática fizeram a Filosofia retomar o seu foco específico: a formação do licenciado em Filosofia e dos religiosos e, ao mesmo tempo, compor as matrizes curriculares de todos os outros cursos. As contínuas reformas do Ensino, por parte do Governo Federal, principalmente nas décadas de 70 e 80, fizeram com que a Filosofia perdesse espaço, limitando-se àquelas escolas que tivessem como opção em seu currículo a disciplina. A procura pelo curso ficou limitada, sendo seu maior número de alunos constituído por postulantes à vida religiosa. A tendência desta nossa época, ao contrário, vislumbra um novo cenário, uma vez que, a partir de 2005, o debate sobre a obrigatoriedade do ensino da Filosofia nas escolas de Ensino Médio se tornou mais forte, obrigando os Estados a abrirem concurso público justamente para atender a esta exigência legal. O cenário regional vislumbra um crescimento econômico e social importante, principalmente após a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Esta medida política abre, aos profissionais egressos do curso de Filosofia, uma oportunidade maior de inserção no mercado de 43 trabalho uma vez que a demanda exigirá o fortalecimento dos vínculos de formação qualificada em todos os segmentos da Educação Básica. Embora, por exigência legal, a obrigatoriedade do ensino de filosofia esteja circunscrito ao Ensino Médio, percebe-se que muitas escolas estão introduzindo-a, já na primeira fase do Ensino Fundamental, utilizando principalmente como metodologia a “Educação para o Pensar”. Um aspecto importante, por se tratar de um curso de Licenciatura, é perceber que hoje o UNISAL possui vínculos de parceria com aproximadamente
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