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E-BOOK EM 48h Como Escrever um Best-Seller de Não Ficção, Mesmo Sem Tempo ELDES SAULLO 2ª EDIÇÃO Copyright © 2015 E-book em 48h Como Escrever um Best-Seller de Não Ficção, Mesmo Sem Tempo Eldes Saullo Revisão: Simone Alves Produção Gráfica e Editorial Casa do Escritor ________________________________ Saullo, Eldes, E-book em 48h - Como Escrever um Best-Seller de Não Ficção, Mesmo Sem Tempo – 2ª Edição Eldes Saullo – São Paulo: 2017 ISBN 9781717749055 1. Referência 2. Publicação e Livros 3. Autoria I. Título Reservados todos os direitos. Para minha avó, Maria. Antes de Começarmos Em minha newsletter você tem acesso a centenas de conteúdos gratuitos sobre escritas analítica e criativa e sobre marketing literário. E você ainda recebe dois e-books gratuitos: Inscreva-se em livrosquevendem.com/newsletter/ http://livrosquevendem.com/newsletter/ E mais um Presente para você... Como uma forma de dizer "OBRIGADO!" pela sua compra, eu te ofereço um mapa visual grátis das 48 Horas propostas neste livro. O mapa é um e-book em PDF com 15 páginas, contendo o passo a passo em cada uma das horas, divido por cada etapa: pesquisa, estruturação, primeiro draft, segundo draft, terceiro draft e finalizção. Você pode baixar o seu MAPA VISUAL DAS 48 HORAS em bit.ly/mapa48h http://bit.ly/mapa48h Alguns avisos Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida por fotocópia, microfilme, processo fotomecânico ou eletrônico ou por qualquer tipo de armazenamento ou sistema, sem permissão expressa do autor. Apesar de todas as formas de verificação feitas para checar as informações contidas neste livro, não é responsabilidade do autor, nem do editor, quaisquer erros, omissões ou interpretações contrárias ao tema aqui contido. Este livro é exclusivamente para entretenimento e não deve ser tomado como uma instrução ou comando. O leitor é responsável por suas próprias ações e compreensões. Os conselhos contidos neste livro são para adultos responsáveis, acima de 18 anos e não para menores de idade. Nem o autor, nem o editor assumem quaisquer responsabilidades sobre quaisquer ações e resultados obtidos pelo leitor através da leitura deste material. Quaisquer menções a indivíduos ou marcas são meramente ilustrativas. Sumário INTRODUÇÃO PESQUISA HORAS 1 A 6: PESQUISE SEU NICHO ESTRUTURAÇÃO HORAS 7 A 18: ESTRUTURE SEU LIVRO PRIMEIRO DRAFT HORAS 19 A 38: PRIMEIRO DRAFT – ESCREVA! SEGUNDO DRAFT HORAS 39 A 42: SEGUNDO DRAFT – CORRIJA! TERCEIRO DRAFT HORAS 43 A 46: TERCEIRO DRAFT – REFORCE! QUARTO DRAFT HORAS 47 E 48: QUARTO DRAFT – FINALIZE! AS 48 HORAS EM SEQUÊNCIA O TÍTULO DO SEU LIVRO A CAPA DO SEU LIVRO CONCLUSÃO Introdução “Eu posso falar mais diretamente com a voz da não ficção do que com a da ficção”. Joan Didion Uma das melhores formas de construir reputação e autoridade é escrever um livro de não ficção. Uma das maneiras mais rápidas de se conseguir atingir um objetivo – no caso, escrever um livro em 48 horas – é planejar e seguir um método. Por que você deve ler este livro? Escrever um livro é fácil. Escrever um bom livro e ainda encantar leitores é muito difícil. Escrever um bom livro que encante leitores em um tempo curto é praticamente impossível, diriam os mais céticos. Entretanto, com um método e técnicas para encantar mais leitores, o impossível se torna possível. Aliás, é muito mais fácil do que você imagina. Com doze livros de não ficção publicados na Amazon, além de centenas de artigos escritos em revistas e blogs, aprimorei técnicas para otimizar o tempo, organizar a escrita e “hipnotizar” leitores. Escrevo livros de ficção e não ficção desde 2012. Já são doze títulos publicados, todos eles muito bem avaliados, graças a um método de escrita que apliquei de forma intuitiva, aprimorei com o tempo e passei a utilizar em outros, inclusive este que reluz em seu Kindle. Um método que apresento a você por completo neste livro “E-book em 48h - Como Escrever um Best-Seller de Não Ficção, Mesmo Sem Tempo”. Neste momento, você torce o nariz e se pergunta: Será? Como é possível escrever um bom livro de não ficção, passar meu conhecimento, transmitir minha experiência, transformar a vida do meu leitor com um conteúdo planejado e escrito em apenas 48 horas? A minha resposta é: se você se disciplinar, estabelecer uma agenda conforme a que apresento neste método, é possível sim, escrever um excelente livro neste curto período de tempo. Isto vai requerer que você se prepare, faça uma distribuição “saudável” das horas em uma agenda pessoal e cumpra os prazos que você mesmo vai definir. Fácil, não? Vamos com calma. Sua cabeça coça e você, então, me pergunta: “Mas sobre o que vou escrever?”. Tudo o que você precisa é ter algo a dizer. Pode ser uma história, uma experiência de vida, algum assunto que você conheça a fundo dentro da sua profissão ou hobby. Sugiro que pare um pouco e pense em diversos assuntos que são de seu interesse e que, em especial, podem gerar interesse nos leitores. Faça uma lista de possíveis assuntos e escolha apenas um para começar. Se tiver alguma dificuldade nisto, leia o post “44 dicas para despertar a inspiração”, disponível em meu blog eldessaullo.com Neste livro, meu trabalho é mostrar como você pode escrever um livro de qualidade em 48 Horas. O seu trabalho é escrever. Entretanto, encare isto mais como um investimento do que um trabalho. Um livro bem escrito, além de gerar reputação, também gera royalties e deixa um legado para o futuro. Vai por mim, escrever um livro também é divertido. Mas não pense que é só escrever, publicar e os leitores vão aparecer como um enxame de abelhas querendo comprá-lo. O marketing de livros é um assunto bem extenso que vai além do escopo deste livro. Quando seu livro estiver pronto, você poderá mergulhar mais a fundo nas estratégias para promovê-lo. Então, chegou a hora de conhecer este método, o passo a passo para conseguir cumprir o objetivo de escrever um livro incrível em 48 horas. O método está dividido nos seguintes capítulos: Horas 1 a 6: Pesquisa – 6 horas para descobrir o assunto, seu nicho, sobre o que escrever. A importância de se definir um nicho e o tipo de pesquisa que você pode fazer antes para garantir que seu livro tenha boa aceitação. Horas 7 a 18: Estruturação – 12 horas para planejar um livro com 8 a 10 capítulos. O bom planejamento é o segredo de um livro bem escrito. Neste capítulo, vou mostrar a você como preparar um plano eficiente para seu livro. Horas 19 a 38: Primeiro Draft – 20 horas para escrever a primeira versão do livro, apenas escrever, com o coração, disciplina e uma agenda. Horas 39 a 42: Segundo Draft – 4 horas para você reescrever o livro seguindo um processo bem específico. Reescrever é algo que você precisa fazer com a cabeça, com a mente analítica, por isto, será necessária uma pausa entre as fases de escrita e reescrita. Horas 43 a 46: Terceiro Draft – 4 horas para a lapidação do seu draft. É hora de reforçar seu texto, adicionar um molho e amarrar o conteúdo para que ele fique com mais qualidade. Horas 47 e 48: Finalização–Livro pronto, nas 2 horas finais você dará os últimos retoques, antes de obter opiniões e enviar para a revisão. Você não precisa nem deve ficar obcecado pelas 48 horas e pode levar 49 horas, 55 horas ou até mais, se for o caso. Este método tem como base um processo, os seis apresentados acima. Você pode muito bem expandi-lo em horas mais confortáveis ou espremê-lo, se for um ninja da escrita. Também não tente escrever seu livro em dois dias. Ao ler cada passo, você descobrirá por que não. Não falo de 48 horas seguidas e sim de 48 horas bem distribuídas em sua agenda. O mais importante é seguir o método: 1. Definir e Pesquisar um tema 2. Estruturar 3. Escrever primeiro draft 1. Reescrever segundo draft 2. Reescrever terceiro draft 3. Reescrever draft final Ao final do livro, darei algumas dicas sobre o título do seu livro, além do mapa para você visualizar as 48 horas e dois bônus. O primeirosobre como produzir seu e-book e publicá-lo na Amazon e o segundo com dicas de promoção. Boa leitura, boa escrita e boas vendas! PESQUISA Horas 1 a 6: Pesquise seu nicho “Para criar um livro poderoso, você precisa escolher um tema poderoso”. Herman Melville Antes de você começar a levantar informações sobre seu tema, separe 6 horas para esta etapa de pesquisa. Sugiro que você coloque todas as tarefas apresentadas de hora em hora em sua agenda pessoal, como o Google Calendar ou até mesmo uma agenda tradicional em papel. Você pode distribuí-las da forma que quiser. Minha sugestão para que você seja mais eficiente é que as organize em 2 horas diárias. É melhor fazer campanhas menores e mais produtivas do que campanhas maiores que acabam cansando, algo que pode influenciar na qualidade das ações. Procure escrever em momentos em que seu espírito esteja alerta, em horários em que você se sinta mais atento e descansado. Por exemplo: se você dirige 2 horas, sua atenção é uma. Se dirigir por 6 horas, o cansaço pode impactar sua concentração e, por consequência, sua capacidade de dirigir bem. A escrita funciona da mesma forma: se você escreve por 2 horas, descansado, seu desempenho será muito melhor e mais eficiente do que escrever por um longo período de tempo, cansado e menos atento. Preparado? Vamos, então, arregaçar as mangas e colocar as “mãos na obra”! HORA 1 – Defina um tema para seu livro. “Os dois dias mais importantes da sua vida são: o dia em que você nasce e o dia em que você descobre o porquê”. Mark Twain Creio que nenhuma outra frase causou tanto impacto em minha vida quanto esta que você acabou de ler acima. Durante muito tempo, trabalhei sem estratégia, o que resultou em problemas de foco, falta de motivação e, principalmente, um sentimento de que o que fazia era efêmero, sem chances de inspirar alguém, sem a esperança de criar algo que pudesse se perpetuar no tempo. Nem sempre fui um autor de sucesso. Durante 20 anos, minha vida foi produzir e entregar websites e sistemas Web, serviços que colocava no ar, os clientes utilizavam por um tempo e, poucos anos depois, eram substituídos por novos websites ou sistemas mais aprimorados ou simplesmente retirados do ar. A verdade é que eu também já tinha começado minha vida profissional em um mercado mais efêmero ainda: a publicidade. Troquei pela tecnologia, acreditando que poderia fugir do “sistema” publicitário, que melhor se explica com a frase: “trabalhar em propaganda é administrar frustrações, onde 90% do que você faz é jogado no lixo e os outros 10% servem para embrulhar peixe”. O embrulho do peixe faz referência aos anúncios que eram criados, aprovados e veiculados – ou seja, estavam entre os 10% que não geravam frustração – mas acabavam servindo de papel de embrulho para o dono da peixaria na feira de domingo. Esta sensação de produzir “lixo” foi crescendo com o tempo, também na área da tecnologia. A frustração só aumentava e, ao contrário de muitos outros admiráveis publicitários e tecnólogos, eu não sabia e nem queria aprender a administrá-la. Então, cheguei a um ponto em que literalmente surtei e, não fosse por Mark Twain, acho que estaria surtado até hoje. O diagnóstico foi simples: eu não tinha um porquê. Defina o seu Porquê Para escrever bons livros, você precisa ter um porquê. Se você escreve sem um motivo nobre, sem ter como objetivo transferir sua experiência ou deixar um legado, sem vontade de fazer a diferença e sem deixar claro o que você acredita, será muito difícil transformar o leitor através do seu livro. Com isto, será também improvável que seu livro se transforme em um Best-Seller. Defina seu porquê antes mesmo de definir um tema para seu livro. Sente-se, respire fundo, não permita que nada o interrompa. Pense, ou melhor, medite no seu “porquê” e escreva-o. Sei que não é uma tarefa trivial, por isto deixo aqui algumas questões para te ajudar: • O que você sonhava ser quanto tinha 10 anos de idade? • Qual é ou quais são seus hobbies prediletos? • Em que assuntos você é bom e sobre os quais as pessoas te consultam com mais frequência? • Sobre o que você gosta de pesquisar ao navegar pela Internet? Que assuntos você mais procura quando está conectado? • O que você conhece em sua profissão que pode ajudar outras pessoas a crescerem profissionalmente? • Do que você realmente gosta, com que temas você realmente se importa hoje? • Que ideia você tem ou já teve que pode mudar o mundo ou, pelo menos, a vida de algumas pessoas? • Qual é a sua seção preferida em uma livraria? Escreva as respostas em um caderno ou em uma ficha. Uma dica importante: não escreva um livro extenso sobre um assunto muito abrangente, um compêndio de 600 páginas sobre determinado tema. Você obterá muito mais sucesso se escrever vários livros menores sobre temas específicos. Ajude seu leitor em assuntos específicos, de forma rápida, clara e direta. O grande segredo para o sucesso de um livro de ficção é: Ajude seu leitor a conseguir o que ele quer. Por exemplo, ao invés de escrever uma Bíblia de 200 mil palavras sobre Fisioterapia, escreva um livro entre 10 e 20 mil palavras sobre incapacidades originadas por disfunções físicas. Depois escreva outro sobre fisioterapia neurofuncional. Com isto, além de contar com mais títulos em seu “catálogo” – o que representa mais royalties – seu público ficará ávido por seus próximos lançamentos, pois escrever uma ou mais séries é uma das principais estratégias para fidelizar leitores. Um dos segredos para construir sua marca como autor é escrever mais de um livro e ser específico, especialmente quando se trata de e-books. O leitor de e-books procura respostas rápidas, passo a passos, dicas objetivas sobre uma parte específica de uma disciplina maior. HORA 2 – Pesquise livros sobre o seu assunto na Amazon. Além de ter algo a dizer, o mais importante é descobrir se existe um público disposto a te ouvir. Seu livro tem mercado? Existem leitores suficientes para que ele obtenha algum sucesso comercial? Para descobrir isto, é preciso trazer seu lado detetive à tona. Pesquisa de mercado é algo que pouca gente faz quando o assunto é escrever. Sim, sei que é chato, que o legal mesmo é escrever “achando” que o livro vai conquistar o mundo e milhões de leitores. Sim, também sei que isto acontece de vez em quando, como acontece de alguém ganhar na Mega-Sena. Para aqueles que não relegam sua escrita à boa vontade da sorte, resta o trabalho árduo que significa fazer pesquisa, planejamento, escrever, reescrever, revisar, publicar com excelência e promover, promover, promover. Comecemos com a pesquisa! Primeiro, acesse os sites nacionais e internacionais da Amazon e pesquise sobre seu tema. Acesse amazon.com.br e confira quem são os autores nacionais que se destacam dentro do seu segmento. Depois descubra o mesmo sobre os autores internacionais em amazon.com Na caixa de pesquisa, coloque a principal palavra-chave relacionada ao seu assunto. Seja específico, tente não ser muito abrangente. Por exemplo, ao invés de buscar “engenharia” ou “medicina”, procure por “engenharia de produção” ou “medicina legal”. A Amazon também é um grande mecanismo de busca – tão poderoso quanto o Google – no comércio de livros e de uma infinidade de produtos. Se você coloca uma palavra-chave no campo de pesquisa e ela não se preenche de forma automática, esta palavra não é muito buscada pelos leitores. Segundo, observe se existem muitos títulos disponíveis para o tema. Se a resposta for não, isto pode ser um indicador de que o segmento desperta pouco interesse. Se seu objetivo é construir uma autoridade no assunto e incrementar seu currículo, isto não tem muita importância, escreva assim mesmo. Agora, se o objetivo é vender, melhor procurar nichos mais promissores. Na Amazon, os nichos que mais vendem na área de não ficção são os relacionados a dinheiro, saúde e relacionamentos. Se você tem informações ou experiências quepodem ajudar seu leitor a ganhar mais dinheiro, ter mais saúde – seja fazendo dietas ou se alimentando corretamente – ou a construir melhores relacionamentos amorosos, sexuais ou de amizade, as chances de ser mais vendido aumentam bastante. Depois disto, com o nicho identificado, anote os principais títulos listados e o nome de cada autor, tanto na Amazon Brasil quanto na Amazon.com. Por último, avalie e escreva quais são as principais palavras-chave que estes autores utilizam para descrever seus livros O principal objetivo desta hora é levantar de dez a vinte palavras-chave relacionadas ao tema do seu livro. HORA 3 – Pesquise livros sobre o seu assunto no Google e no Youtube Acesse o Google e levante dados e informações relacionadas ao seu tema, usando as palavras-chave que anotou na hora anterior. Acesse também o Google News (google.com.br/news) e descubra quais são as últimas notícias dentro do seu nicho. Pesquise quem são os especialistas no seu assunto, o que estão dizendo, tente descobrir uma forma de contatá-los. Veja se eles têm websites, um e-mail ou um formulário de contato em seus sites pessoais ou de suas empresas. Uma dica bastante útil nesta hora é procurar no Youtube (youtube.com). Por exemplo, procure por “Como fazer cupcake recheado”. Repare que antes de você completar a frase, o próprio Youtube irá te sugerir diversas opções. Confira o resultado da busca que você fez. Se retornar muitas opções – na parte de cima tem um número do tipo “Cerca de 40.000 resultados” – isto é um indicador de que o tema é bem procurado e você pode esperar boas vendas do seu livro. Utilize também o Planejador de Palavras-Chave do Google (adwords.google.com.br/keywordplanner), ferramenta que fornece ideias de palavras-chave. O Planejador é utilizado por publicitários para gerar estimativas de tráfego a criar campanhas no Adsense, ferramenta de publicidade do Google. Pesquise o volume de resultados mensais das palavras-chave que você selecionou. Caso os números de buscas sejam pequenos e tenham pouca concorrência, é bem provável que o nicho escolhido não tenha muito apelo de vendas. Você pode encontrar dificuldades na hora de promover seu livro. Procure por palavras que gerem, pelo menos, duas mil buscas por mês. Faça uma busca por blogs do seu segmento e confira os conteúdos, datas de atualização e número de seguidores. Anote todas as informações que achar relevantes e os contatos dos especialistas que conseguir. Para buscar blogs no Google, insira a palavra-chave e o termo abaixo: jardinagem inurl:blog http://www.google.com.br/news http://www.youtube.com http://adwords.google.com.br/keywordplanner HORA 4 – Configure alertas do Google Alerts O Google Alerts (http://google.com/alerts?hl=pt) envia, para seu e-mail, atualizações recentes sobre o segmento com base em palavras-chave que você determinar. Com isto, você se mantem atualizado sobre as últimas notícias, monitora seus concorrentes e também acompanha a evolução do tema, inclusive por região e período. A ferramenta é bem simples: você cadastra uma palavra-chave, o tipo de resultado – notícias, blogs, vídeos, entre outros – idioma, região, frequência e quantos resultados deseja receber, além de informar seu e- mail. Depois de escolher os parâmetros, é só clicar em “Criar Alerta”. Você receberá um alerta das atualizações em sua caixa postal sempre que o Google indexar alguma coisa nova. Caso queira alterar alguma configuração em algum alerta pré-cadastrado, pode fazer isto através do botão “Gerenciar seus alertas”. http://www.google.com/alerts?hl=pt HORA 5 – Pesquise grupos e fóruns sobre o assunto. Utilize o Facebook (http://facebook.com) e o Linkedin (http://linkedin.com) para saber quais são os principais grupos e fóruns de discussão sobre o seu assunto. No Facebook, faça uma busca pelos grupos que discutem seu tema escolhido e anote o nome e o número de membros de cada grupo. Mantenha o foco em grupos com mais de 100 integrantes e peça para participar do grupo. Faça uma pesquisa no Linkedin, a maior rede de perfis profissionais do mundo. Na aba de resultados, escolha cada um dos grupos. Confira o número de integrantes e também solicite sua inscrição no grupo. Para encontrar um fórum no Google, coloque “inurl:forum” no final da busca. Por exemplo, se deseja procurar por fóruns de jardinagem, insira o seguinte na caixa de busca: jardinagem inurl:fórum Comece a interagir nos principais grupos e a construir sua reputação no mercado, estratégia que será importante para seu marketing pessoal no presente e para o marketing de seus livros no futuro. Crie uma planilha e, em cada linha, coloque o título do grupo ou fórum, número atual de integrantes e endereço para poder ter sempre a mão quando precisar. Utilize o Google Drive para criar uma planilha e acessar de qualquer computador ou dispositivo móvel. http://www.facebook.com/ http://www.linkedin.com/ HORA 6 – Descubra quais são os principais problemas do seu público Pesquise nestes grupos e fóruns do Facebook e do Linkedin os temas mais discutidos, quais são as principais dúvidas e quais são os principais problemas, desejos, esperanças e necessidades de seus integrantes. Anote o que for relevante. Estas informações vão se tornar o principal diferencial de atração dos leitores para seu livro. Acesse os principais blogs do seu segmento e confira os comentários dos tópicos para checar a recorrência das dúvidas, problemas e críticas do seu público. Outra ferramenta muito útil para conhecer as principais dúvidas do seu leitor é o Yahoo Respostas (https://br.answers.yahoo.com/). Faça uma busca por uma questão específica e confira o número de resultados que retornam. Este número também é um indicador do potencial de mercado do seu livro Outra boa forma de descobrir as dúvidas é através de FAQs, as áreas de Perguntas Mais Frequentes que existem em muitos websites. No Google, coloque na caixa de pesquisa as seguintes opções: jardinagem inurl:faq jardinagem inurl: “frequent asked questions” jardinagem inurl: “perguntas frequentes” jardinagem inurl: “dúvidas” Dica de ouro: uma das ações mais poderosas para conhecer as dores do seu público e as deficiências de outras publicações do seu segmento é pesquisar as avaliações de usuários feitas nos livros de seus concorrentes na Amazon. Anote o que o leitor gosta e, principalmente, o que ele não gosta no livro que leu. Você pode se surpreender com a quantidade de insights que a simples leitura destas avaliações pode oferecer. Resumindo a Pesquisa Pesquisar seu nicho, seu segmento, seu mercado, além de ser um passo importante na sua estratégia de escrever um bom livro, é muito mais fácil hoje em dia. Você não precisa contratar o IBOPE, nem fazer “focus group” para identificar um mercado potencial do seu produto. Você tem em mãos ferramentas muito mais certeiras e gratuitas, como: Pesquisar no Planejador de Palavras-Chave do Google https://br.answers.yahoo.com/ Pesquisar na Amazon Brasil Pesquisar na Amazon Internacional Pesquisar em outras livrarias online – iBooks, Kobo, Saraiva – ou off- line, na sua livraria preferida. Pesquisar avaliações de leitores em livros do mesmo tema na Amazon Pesquisar no Google, no Youtube e no Yahoo Respostas Pesquisar em Grupos do Facebook, Linkedin e em outros fóruns de discussão Pesquisar em websites de concorrentes. O que mais você pode pesquisar? Com toda a certeza, você saberá levantar muitas questões específicas sobre seu nicho, sobre seu gênero, mas também listo algumas outras perguntas importantes que vão ajudá-lo agora na definição do nicho e, mais à frente, na promoção do seu livro: • Qual é o volume médio de pesquisas mensais da palavra-chave que define seu livro? • Quantos livros são listados após a busca pela mesma palavra-chave nas livrarias online? • Quais são os 10 primeiros livros no ranking na sua categoria? • Quais são os principais grupos e fóruns de discussão na área? • Quem são os principais autores do seu segmento? As respostas para estasperguntas geram benefícios que vão muito além de dados sobre o tamanho e abrangência do mercado. Você vai conhecer muito melhor seu público, descobrirá quais são seus reais interesses, suas esperanças, seus desejos, seus medos e, com isto, escrever um livro melhor, com mais chances de encantar seu leitor. Fica muito mais fácil pescar se você souber não apenas que o lago está repleto de peixes, mas também o tipo de isca com a qual seu peixe sonha. Alguns lagos são muito maiores que outros, o que não significa que você não possa investir na pescaria em lagos menores, um nicho específico, por exemplo, o que requer estratégias – e iscas! – mais assertivas. Considere a pesquisa antes de planejar e escrever seus livros. Você vai se surpreender também como isto pode te inspirar. Pesquisa – Principais Lições • Para escrever bem é necessário ter um porquê. Descubra o seu porquê e dê o primeiro passo para escrever bons livros. • Não escreva grandes livros sobre assuntos abrangentes, prefira livros menores sobre temas específicos. • Liste as cinco coisas que você quer ser, fazer e ter na vida e coloque datas para completar estas metas. • Descubra se seu nicho tem potencial de vendas dentro da Amazon, saiba quem são seus concorrentes. • Pesquise sobre seu segmento no Google, no Google News e no Planejador de Palavras-Chave do Google. Descubra quem são as pessoas que têm conhecimento na área. • Crie alertas do Google sobre as palavras-chaves do seu nicho para manter-se atualizado. • Pesquise fóruns e grupos de discussão sobre seu assunto nos grupos do Facebook e do Linkedin. • Saiba quais são os principais problemas do seu público nos grupos, fóruns, blogs, Yahoo Respostas e, principalmente, lendo as avaliações de leitores nos livros do seu segmento na Amazon. ESTRUTURAÇÃO Horas 7 a 18: Estruture seu livro “Antes da batalha, o planejamento é tudo. Assim que começa o tiroteio, planos são inúteis”. Dwight Eisenhower Chegou a hora de planejar o que você irá escrever. Por mais que, na fase de planejar, o papel aceite tudo e na Hora H os planos não saiam como o esperado, é fundamental ter algo para se guiar e não se desviar do caminho. Em propaganda existe uma frase ótima que diz que planejamento deve ser encarado como um poste de iluminação. Um poste serve para iluminar o caminho e não para se escorar e ficar agarrado a ele. Vamos começar, então, a estruturar o livro. Mais uma vez, reserve os horários em sua agenda para cada hora de planejamento em uma distribuição de tempo que seja agradável para você, sem precisar forçar a barra nem deixar de cumprir seus compromissos diários. HORA 7 – Faça um brainstorm de capítulo Faça uma lista de 15 a 20 tópicos referentes ao assunto do seu livro, tópicos com potencial para se tornarem capítulos. Não faça julgamentos, anote todas as ideias que vierem à sua cabeça, sem considerá-las boas ou ruins. Imagine que você tenha que escrever um índice para seu livro. Quais seriam as divisões que você colocaria? Para te ajudar nisto, uma dica valiosa: baixe uma amostra de livros do seu nicho na Amazon. As amostras geralmente trazem o índice ou sumário do livro. Você não poderá ler cada um deles, já que elas trazem apenas uma pequena parte do início da obra. No entanto, você poderá checar quais são os principais tópicos abordados pelo seu concorrente. Importante: nunca copie uma única linha de livro ou utilize texto ou parte de texto algum sem a devida autorização do autor. Reescreva do seu jeito, com suas palavras. Prepare sua lista dos possíveis capítulos e a deixe de lado por um dia. Com as duas dezenas de capítulos definidos, é hora de fazer uma peneira. HORA 8 – Refine a lista de capítulos Com a lista de capítulos em mãos, adicione mais alguns itens, caso lhe ocorram de um dia para o outro, mas não exagere. Agora é hora de refinar e definir os capítulos que você vai realmente escrever. Faça uma ordenação de sua lista por relevância, pense nos temas que são mais importantes para seu leitor com base nas pesquisas que você fez no Google, Youtube, grupos, fóruns e FAQs. Tenha suas anotações de pesquisa por perto. Selecione os dez primeiros e descarte os outros. Ou melhor, guarde-os para o futuro, para um novo livro ou para posts em seu blog ou nas redes sociais. Se você não tem um blog ou não participa das redes sociais, é melhor começar desde já. Este livro não abrange marketing, mas gostaria de deixar registrado que blog e redes sociais são dois canais de extrema importância para o escritor hoje. Se ainda não atua em nenhum deles, você pode e deve começar mesmo antes de ter um único livro publicado. Voltando às escolhas dos capítulos, sugiro que você feche em oito ou dez. Minha função aqui é te iluminar, mas quem decide de que lado da rua vai seguir, se vai para a esquerda ou para a direita, para cima ou para baixo, é você. Oito ou dez capítulos são bons números e permitem uma boa distribuição ao longo do livro. Ordene-os por importância. Esta ordenação de títulos por relevância não é, necessariamente, a ordem final do sumário do seu livro. Deixe isto para depois. No momento, foque em refinar seu top ten ou top eight. Este é o momento também de se decidir se incluirá participações de outros especialistas para multiplicar e incrementar as opiniões e pontos de vista sobre o tema. Se positivo, sugiro que faça contato com três ou quatro pessoas, no máximo. Caso seja importante o ponto de vista de outros especialistas e, caso tenha levantado bons contatos na sua hora de pesquisa, envie uma ou duas das principais questões para eles. Diga que você está escrevendo um livro e, por ele ser uma personalidade reconhecida e respeitada no mercado, seria muito importante conhecer sua opinião sobre a questão. Não force a barra. Eu envio um e-mail com a entrevista e faço um follow- up uma semana depois para saber se o entrevistado recebeu o e-mail anterior. Se me respondem bem, se não, amém! HORAS 9 e 10 – Faça um Mindmap ou Sublistas para se aprofundar nos capítulos Nas duas horas seguintes, com os capítulos em mãos, pegue cada um dos capítulos definidos e faça associações livres sobre o que você pretende abordar em cada um deles. Imagine que você precise definir subcapítulos. Use Mindmaps ou Sublistas para isto. Um “Mindmap” é um diagrama para visualizar uma informação e suas dependências diretas. Por exemplo, vamos supor que seu livro é sobre cães. A palavra cão é o círculo principal, o título do seu livro. Deste círculo, você puxa uma linha e faz um círculo menor, referente a um capítulo: Filhotes. Deste círculo menor, você puxa diversas linhas e abre novos círculos, subtópicos referentes ao termo filhote: nascimento, primeiros dias, alimentação, perigos, problemas etc. Depois você abre um novo subcírculos para outro capítulo e repete o processo. Desenhe um círculo em uma folha grande. Dentro dele, escreva o título do seu capítulo. Em seguida, crie outros círculos ao redor dele com ideias, palavras, conceitos complementares, similares e até mesmo antagônicos ao tema do seu livro. Destes subcírculos, trace novos círculos com novas associações, abrindo o leque de relações com o tema do capítulo. Concentre-se nos cinco primeiros na HORA 9 e nos cinco últimos na HORA 10. Você também pode utilizar o Freemind, um programa gratuito para fazer mindmaps. Faça download em freemind.sourceforge.net. Outra técnica que você pode utilizar é fazer sublistas. Escreva o título de cada capítulo em uma ficha ou em uma folha independente. Liste tudo o que você pode abordar naquele capítulo, escreva sem julgar, apenas escreva. Recorra às suas anotações de pesquisas, se necessário. Faça uma ficha para cada capítulo. Lembre-se que ideias mirabolantes são muito bem vindas, mesmo que sua especialidade não seja literatura fantástica. Mas você não precisa desenvolver uma lista muito extensa. Minha sugestão é que liste de três a cinco subtópicos por capítulo e faça associações rápidas de uma ou duas linhas para cadauma delas para que você não caia na tentação de escrever um capítulo gigante depois. http://freemind.sourceforge.net/ HORAS 11 e 12 – Defina o PORQUÊ de cada capítulo Agora entramos em uma fase da preparação de extrema importância. Veremos mais a frente, na fase da escrita, sobre como o “PORQUÊ”, o “O QUE” e o “COMO” de todos os capítulos são fundamentais para que o livro seja bem aceito por todos os tipos de leitores. Por hora, concentre-se no planejamento. Defina por que cada capítulo deve fazer parte do seu livro e qual seu objetivo primordial. Responda por que os tópicos abordados em cada um dos capítulos são importantes ou por que representam um problema para o leitor. Mais uma vez, divida esta tarefa em duas partes: a HORA 11 para a primeira metade dos capítulos, a HORA 12 para a segunda metade. Lembre-se que você ainda não está na fase de escrita do livro e que o objetivo aqui é apenas listar o que você poderá escrever em cada capítulo. Para ser mais efetivo na fase do PORQUÊ, pense no que você pode dizer com emoção, algo que ultrapasse a barreira da linguagem e que faça uma ligação direta com o sistema límbico, emocional, do cérebro do leitor. Acrescente na lista de subtópicos de um ou mais capítulos, se achar necessário, uma história ou experiência pessoal que você possa incluir naquele capítulo, algo que você passou e que contribua de forma efetiva para o aprendizado do leitor. Não inclua histórias desnecessárias ou que não acrescentem informações relevantes. HORAS 13, 14 e 15 – Defina o “O QUÊ” de cada capítulo Separe as três horas a seguir para listar teorias, técnicas, métodos ou dicas que podem ajudar o leitor a resolver seu problema. Na etapa do PORQUÊ, você “vende” o conceito, a ideia por trás do tema, o grande cenário. Na fase do “O QUE”, é hora de mostrar o que você sabe. É hora de contar o segredo, explicar o método, dar dicas. Neste momento você responde a pergunta proposta e resolve o problema através de uma ou mais soluções. Aqui você também inclui opiniões e pontos de vista de um ou mais especialistas. Uma forma de fazer isto é através de dicas numeradas. Você começa com uma teoria e em seguida lista as estratégias e discorre brevemente sobre cada uma delas, as possíveis soluções para a resolução do problema. Isto faz com que o leitor racionalize. Depois de emocioná-lo com a questão principal do capítulo, você parte para falar com a metade racional do seu cérebro: No “PORQUÊ” – “Eu sei o quanto você sofre, já passei por isto (sua historia pessoal), com a questão X” – você conversa com o lado emocional do cérebro. No “O QUE” – “Agora que você já tomou conhecimento mais profundo do problema, as cinco dicas a seguir vão te ajudar a resolvê-lo: Dica #1...” – você conversa com o lado racional do cérebro. Gostaria de relembrá-lo que ainda não é hora de escrever, somente listar as possíveis soluções. Liste as estratégias que o leitor pode seguir para atingir os objetivos propostos na definição do capítulo. HORAS 16 e 17 – Defina o “COMO” de cada capítulo Nas duas horas seguintes, mostre “como fazer” em cada um dos capítulos. De forma extremamente simples, através de bullets ou listas numeradas curtas, liste as ações que o leitor pode ou deve fazer para completar uma ou mais estratégias propostas na fase do “PORQUÊ” e do “O QUE”. Você também pode dar exemplos práticos das estratégias que apresentou. No “COMO” – “estas são as ações práticas para você resolver o problema X” – você lista um passo a passo ou dá um exemplo prático que conversa com o lado instintivo do cérebro. Como ainda não entramos na fase de escrita, não se preocupe com muitos detalhes aqui. Por exemplo, se você vai ensinar como criar um anúncio no Facebook, apenas escreva no seu planejamento do capítulo: “listar passos para criar Facebook Ads”. HORA 18 – Agende as fases de Escrita e Reescrita Peter Drucker, um dos maiores especialista em gestão do mundo, afirma que a menos que um compromisso seja feito, existem apenas promessas e esperanças, mas não existem planos. E gestão do tempo é o que você vai precisar nesta hora de começar a escrever seu livro. Antes de sair digitando parágrafos e mais parágrafos, você será muito mais eficiente se agendar suas campanhas de escrita e também de reescrita. Isto mesmo: coloque todos os capítulos na sua agenda para ter uma visão completa do seu trabalho na linha do tempo. “Por que preciso colocar tudo na agenda?”, você me pergunta. Porque nosso cérebro gosta de trabalhar com objetivos claros, sair do ponto A para o ponto B, visualizar as atividades que tem pela frente. Para que isto aconteça de uma maneira fluída e para que a missão seja cumprida, estabelecer seus prazos em uma agenda é uma prática primordial. Aqui vão quatro dicas para que a receita não desande: Dica 1 – Coloque na agenda. Pegue o título de cada um dos seus capítulos e separe 2 horas por dia para cada um deles. Abra sua agenda pessoal e insira o título de cada um dos capítulos nela, dia após dia, separe duas horas para cada um deles. Volto a lembrar: sessões curtas diárias são mais produtivas que sessões gigantes em dias concentrados. Dica 2 – Escreva em paz. Prefira horários em que você esteja mais descansado, quando sua mente estará mais desperta e criativa. Procure também um ambiente onde você possa escrever sem interrupções, desligue o celular, tire o fone do gancho, desligue a Internet. Porém, cada um sabe onde o sapato aperta e não sou eu quem vai dizer para você escrever pela manhã, à tarde, à noite ou de madrugada, nem sugerir que vá escrever em um convento para não ser perturbado. Dica 3 – Programe, desde já, as fases de reescrita. Você já leu em algum lugar que escrever é reescrever? Então, depois de agendar a escrita dos capítulos, aproveite e separe mais 4 horas para o segundo draft e mais 4 horas para o terceiro draft, etapas da reescrita do seu livro. Por fim, reserve mais 2 horas para a finalização. Dica 4 – Evite os adiamentos. Reserve os horários de escrita e reescrita em sua agenda e cuide para que sejam cumpridos. Veja bem: se você precisar de mais ou de menos horas para qualquer uma das tarefas listadas neste livro, gostaria de lembrá-lo novamente que o que vale mesmo neste método é o processo, a luz do poste. Não fique agarrado a ele. Sinta-se livre para escrever no tempo que bem entender, apenas programe-se. Quando peço para que você cuide do cumprimento dos horários, quero alertá-lo para uma prática – e usar a palavra prática para definir isto chega a ser irônico – muito comum do ser humano: a procrastinação, deixar para amanhã ou depois, protelar uma ação. Evite fazer alterações constantes na agenda e postergar o que você programou. Algo que pode ajudar muito nesta etapa é deixar atividades não produtivas de lado. Eu sei que você adora TV e Facebook, mas lembre-se que seu tempo vale ouro. Sei que é divertido, no entanto nada consome mais tempo do que o entretenimento. Claro que ninguém precisa chegar ao extremo de se isolar em uma clínica de dependentes do Facebook – alguns até precisam – mas a verdade é que horas de entretenimento impactam, ou melhor, fulminam horas produtivas. Cuide para não levar 48 semanas para escrever, nem interrompa por muito tempo a campanha de escrita. As chances de você terminar um livro depois de parar por um longo período diminuem, posso te afirmar isto com conhecimento de causa. Para ser bem prático, segue abaixo o exemplo para criar uma agenda com o Google Calendar. Você vai precisar ter uma conta do Google. 1. Acesse google.com/calendar e faça login. 2. Escolha um dia da semana e clique sobre o horário que deseja iniciar, uma janela se abrirá para que você informe “quando”. 3. No campo “o que”, insira o título do primeiro capítulo e clique no botão “Criar Evento”. 4. Coloque o ponteiro do mouse – uma seta bidirecional será mostrada – sobre o horário que acabou de reservar, clique e arraste a base para ampliar seu horário de 1 hora para 2 horas. 5. Repita o procedimento para os outros capítulos, distribuindoa escrita deles pelos dias subsequentes. 6. Depois do último capítulo, reserve mais duas horas por dia para o Segundo Draft. 7. Depois do Segundo Draft, reserve mais duas horas por dia para o Terceiro Draft. 8. Depois do Terceiro Draft, reserve mais duas horas para a Finalização do livro. 7. Como eu já disse antes, você também pode fazer isto no modo analógico, usando sua agendinha em papel da Tilibra. http://www.google.com/calendar 8. Então, vamos escrever! Estruturação – Principais Lições • Crie uma lista de 20 capítulos possíveis para seu livro. Utilize suas pesquisas, baixe amostras de outros livros para obter outras ideias. Contate especialistas para obter opiniões diversas sobre o tema. Defina os capítulos que seu livro terá. • Liste de três a cinco subtópicos que você pretende abordar em cada um dos capítulos. Faça mindmaps para associar ideias. • Defina o “porquê” de cada capítulo: por que aquele capítulo é importante ou que problema do leitor ele resolve? Por que o leitor deve lê-lo? • Defina o “o quê” de cada capítulo: o que o leitor pode fazer para conseguir resolver o problema ou ter sua pergunta principal respondida? Que estratégias que você conhece a fundo podem ser úteis para que o leitor cumpra os objetivos propostos? • Defina o “como” de cada capítulo: como o leitor pode atingir a solução do problema através de um passo a passo simples e direto? Com uma lista numerada, por exemplo. • Prepare a agenda de escrita e reescrita. Coloque cada capítulo em sua agenda em horários que funcionem para você. PRIMEIRO DRAFT Horas 19 a 38: Primeiro Draft – Escreva! “Estilo é esquecer todos os estilos”. Jules Renard Com as anotações que você fez anteriormente em mãos – mindmaps, brainstorms, sublistas – sente-se diante do computador no horário que você programou para cada capítulo e... ESCREVA! Escreva boas redações. Uma boa redação tem começo, meio e fim. Conecte os subtemas e escreva um texto que faça sentido. Uma boa técnica para isto é fazer perguntas. Faça uma pergunta mental sobre o tópico e cada subtópico e responda cada uma delas através do seu texto. Com isto, seu livro irá responder às questões dos leitores. Responda em um tom de conversa, como se estivesse explicando para um amigo. Inclua uma história ou uma experiência pessoal. Agora, preste bem atenção, pois vou contar para você os dois grandes segredos para escrever um excelente livro de não ficção. Usar este método tornará seu livro mais forte, com maior potencial de agradar leitores e muito acima da média das porcarias que infestam a Amazon e o mercado. Primeiro Segredo Para que serve um livro de não ficção, afinal? Serve para que o leitor aprenda alguma coisa, um ou mais métodos ou estratégias para alcançar algum objetivo, seja a resolução de um problema, seja seu crescimento pessoal, profissional, cultural, espiritual. Serve para que o leitor satisfaça um desejo, cure uma dor, reforce uma esperança ou aprenda algo novo. Desta forma, se o objetivo do leitor é APRENDER, seu objetivo, como autor, é ENSINAR. Por muito tempo penei com didática, sobre as maneiras de ensinar, em especial para adultos. Até que descobri uma autora americana que mudou minha forma de encarar a educação. A Doutora Jane Vella, autora de diversos livros sobre educação, desenvolveu um método – ela lecionou por 40 anos em três continentes – imbatível para o ensino: as pessoas aprendem muito melhor através do diálogo do que através do tradicional modelo unilateral “professor sabe tudo, aluno sabe nada”. Agora, imagine que você seja pai ou mãe de três filhos, cada um com um perfil psicológico diferente. O primeiro é emotivo, o segundo é racional e o terceiro é prático. Cada um deles corresponde a um tipo de leitor, cada um deles utiliza mais uma parte do cérebro do que outra. Então, eis a fórmula do bom livro: “Dialogue com os três cérebros do seu leitor: emocional, racional e instintivo”. Mas como você faz isto em um livro, onde não há o lado do aluno na conversa? Isto nos leva ao segundo segredo... Segundo Segredo Somos uma máquina de aprender. Como você já viu acima, nosso cérebro – em especial no que diz respeito ao aprendizado – possui três partes distintas e cada pessoa utiliza uma parte com maior frequência e propriedade do que a outra: o cérebro racional, o cérebro emocional e o cérebro instintivo formam um espetacular aparelho três em um. Porém, cada indivíduo tem um lado que predomina sobre os outros. Conhecemos diversas pessoas que possuem uma inteligência racional sem precedentes, outras que têm uma inteligência emocional extremamente desenvolvida e outras que possuem uma inteligência instintiva e prática como nenhuma outra. Todas elas compõem o nosso grupo de leitores, os nossos “filhos” Ao mesmo tempo, todas as pessoas possuem os três cérebros – emocional, racional e instintivo – mesmo que um deles se sobressaia sobre os outros Vamos supor que o mundo seja dividido igualmente entre pessoas emocionais, racionais e instintivas. Se você escreve um livro só para pessoas emocionais, está descartando 66% do público interessado no seu livro. Pior, as pessoas racionais e instintivas poderão fazer avaliações negativas, porque você não “conversou” com elas no livro. “O livro é muito verborrágico e pouco prático”, “o livro é muito técnico”, “O livro não ensina como fazer” podem ser algumas das críticas. Sabendo disto, você “dialoga” com todos os seus filhos ao conversar com cada uma das partes do cérebro no mesmo conteúdo. Você já sabe como fazer isto: Para dialogar com o leitor emocional, utilize o “PORQUÊ”. Para dialogar com o leitor racional, utilize o “O QUÊ”. Para dialogar com o leitor instintivo, utilize o “COMO”. Simples, não? Com isto, você não deixa nenhum tipo de leitor de fora do aprendizado e cada um deles sente que participa do diálogo com você. Em minhas aulas de marketing, defendo o e-mail como uma das principais estratégias do autor não só pelo marketing. O e-mail também torna este diálogo com o leitor mais efetivo. Mas isto é assunto para outro livro. Se quiser saber mais sobre a teoria do cérebro trino, faça uma busca no Google. Recomendo também a leitura do livro “Brain Rules: 12 Principles for Surviving and Thriving at Work, Home, and School” ou “O Cérebro Governa: 12 Princípios para Sobreviver e Prosperar no Trabalho, em Casa e na Escola”, em uma tradução livre, do autor americano John Medina. Uma dica muito importante: escreva com o coração, sem parar para fazer revisões ou correções. Use cada uma das horas destinadas à escrita para descarregar palavras no respectivo capítulo. Não tente reescrever enquanto escreve ou você vai acabar se complicando. Desenvolva e siga seu próprio estilo. Não tente imitar o jeito de escrever de outro escritor, pois isto vai bloquear sua criatividade. Crie seu próprio estilo, converse com o leitor e lembre-se: estilo, assim como tecnologia, é um meio. Mantenha o foco no fim. Outra dica que vale a pena ressaltar é que você não precisa escrever os capítulos exatamente na ordem que eles entrarão no livro, a ordenação poderá mudar conforme você verá no terceiro draft Cuide apenas para que seu texto tenha, ao menos, 10 mil caracteres no total. Como você já viu, a Amazon tem uma função, as amostras, que trazem as primeiras páginas do livro, as quais você pode ler antes de comprá-lo Uma amostra apresenta algo em torno de 10% do conteúdo. 10 mil caracteres significam que seu livro terá, pelo menos, 40 páginas. Com isto, na amostra, você garante que o leitor tenha informações suficientes para se interessar, deixar de ser mão de vaca e comprar os outros 90%. Um alerta importantíssimo: no dia a dia da escrita, não caia na tentação de julgar seu trabalho. Acordou de bem com a vida, escreva. Acordou de mal com a vida, escreva. Com isto, você evita que o julgamento indiscriminado sabote seu projeto. Siga em frente sem medo, mantenha o foco no resultado. Termine seu livro. Agora, vou ajudar você a escrevero melhor texto, o conteúdo do livro que vai transformá-lo em um expert instantâneo e, quem sabe, dominar seu mercado. Primeira parte do texto: Por quê? Inicie cada capítulo com o “porquê”, apresente o problema ou a questão principal do tópico. Guie o leitor. Responda por que é importante aprender o que ele está aprendendo. Responda por que ele deve se importar com aquilo, por que ele deve ler aquilo. Utilize palavras emocionais capazes de ultrapassar o filtro racional, palavras que produzam imagens em sua mente. E que palavras são estas? São palavras que emulam sentidos visuais, auditivos ou sinestésicos. Não vou entrar em muitos detalhes porque esta não é uma obra sobre hipnose, mas aqui vão alguns exemplos: Você emula o sentido visual no leitor utilizando palavras que remetam a brilho, tamanho, ampliação, cor. Você emula o sentido auditivo no leitor utilizando palavras que remetam a tom, tempo, volume, ritmo, timbre. Você emula o sentido sinestésico no leitor utilizando palavras que remetam a pressão, localização, extensão, temperatura, movimento. Escreva dois ou três parágrafos “emocionais” para abrir seu capítulo e dialogue com o filho que utiliza o sistema límbico ou mamífero inferior com mais frequência. Este tipo de leitor tem necessidade de saber por que precisa aprender sobre aquilo antes de tomar qualquer atitude. Ao contrário do ditado em português que diz “seja curto e grosso”, prefira a versão em inglês: “Be short and sweet!” Seja curto e doce. Você já deve saber que o segredo de um livro de ficção de sucesso está em sua trama. O segredo do sucesso de um livro de não ficção está na sua clareza. Seja breve, claro e doce! Faça perguntas mentais e as responda. Isso mesmo. Você se lembra das perguntas que você angariou na fase de pesquisa? Responda todas elas. Apresente o cenário, uma visão abrangente do tema, diga como aquilo pode afetá-lo – na dor ou no prazer – como indivíduo. Fale de benefícios, “o que o leitor ganha”, e não de funcionalidades, detalhes técnicos ou especificações racionais, “o que ele leva”. Este é o momento de vender uma ideia, um conceito e não as maneiras de executá-los. Acrescente tempero com sua experiência pessoal ou profissional. Um parágrafo curto é o suficiente, atente-se apenas para que a história tenha conexão com o cenário e não seja algo gratuito apenas para se gabar. Aliás, você cria uma conexão com o leitor quando introduz sua experiência de forma humilde. Você pode até contar depois sobre como aquela estratégia espetacular o fez ganhar milhões de dólares, porém mostre que você é um indivíduo bacana. Ninguém tem paciência para egos falantes e inflados, se me permitem a aliteração. Depois de conectar-se com o lado emocional do leitor, finalize o PORQUÊ com uma frase que prepare o cérebro dele para a troca da chave para O QUE. Nos parágrafos seguintes, vou lhe mostrar seis estratégias para fazer isto. Segunda parte do texto: O QUÊ? Agora é a hora de dialogar com o leitor que utiliza com mais frequência o neocórtex, o único lado do cérebro capaz de desenvolver o pensamento abstrato, o único capaz de inventar coisas. O “O QUE” é o filé mignon do seu capítulo, onde você coloca seu conhecimento para desfilar, guia seu filho do primeiro passo à juventude do conhecimento. Como já disse mais acima, é hora de dar dicas, contar o segredo, explicar o método. Aqui vão algumas estratégias para isto: Estratégia #1 - Numere Qual é a melhor forma de conversar com cientistas? Da mesma forma que estou fazendo com você neste capítulo sobre o draft da escrita. Com números: primeira dica, estratégia número 1, primeiro passo, primeira parte etc. Você pode utilizar outras formas de organização se quiser. Pode utilizar letras, posições de um time de futebol, fases de procedimentos. O importante é que você guie o leitor do princípio ao fim através de uma maneira lógica, começando pelo passo mais simples até o passo mais complexo. Estratégia #2 - Organize O filho racional ama números, ama a ordem. Seu cérebro gosta de organizar as informações, é objetivo. Seus cinco lobos – frontal, parietal, temporal, occipital e insular – trabalham como um computador, recebendo e decodificando estímulos, antes de armazená-los. Porém, se você deixa um passo importante de fora do processo, ele pode se perder. Caso não possa assumir que seu filho já saiba fazer algo, cuide para que este algo seja incluído na lição. Estratégia #3 - Foque Também não é possível ensinar seu filho com uma conversa que comece com “Em primeiro lugar...” e termine com “Em vigésimo lugar...” Ele vai te ignorar a partir do sétimo, se não o fizer antes. Então, cuide para que cada passo seja extremamente interessante e tente manter a conversa entre três e cinco passos, no máximo. Se não for possível, estude a possibilidade de inserir a estratégia em outro tópico ou até mesmo em outro capítulo. Estratégia #4 - Analise Suposições, teorias e premissas são os combustíveis da razão, então mostre o seu ponto de vista, confronte com o de outro especialista. Levante opiniões contrárias que refutem uma estratégia em especial. A controvérsia também é uma excelente forma de mostrar os dois lados de uma mesma moeda. Estratégia #5 - Resolva Nesta vida nós aprendemos de duas formas: estudando ou sofrendo, através da experiência própria ou de terceiros. Apresente os obstáculos ou as dificuldades que você, alguém próximo ou um especialista enfrentou para superar o problema e seus leitores se tornarão seus fãs. Por quê? Porque eles se sentirão donos de informações privilegiadas – eles pagaram por isto – não encontram aquele passo ou informação em um tutorial qualquer na Internet. Você que chegou a este quinto conselho prestando atenção, pode agora escrever um grande livro – na qualidade do conteúdo e não na extensão – porque as estratégias que você aprendeu vão possibilitar isto, sem dúvida alguma. Faça o mesmo com seu leitor, transmita a ele o sentimento de “missão cumprida”. Sim, agora você pode. Mas ainda falta dizer como... Terceira parte do texto: COMO? Dizer “COMO” é extremamente simples. Esta é a hora em que você manda seu filho prático arrumar o quarto e deixa uma listinha com o que ele deve fazer, por onde começar, por onde terminar. O COMO é uma receita de bolo. Não enfeite, não faça firulas, vá direto ao ponto e guie o leitor passo a passo, item por item, uma instrução por linha: 1. Clique no menu Iniciar 2. Clique em Painel de Controle 3. Clique em Opções de Internet 4. Em Histórico de Navegação, clique no botão “Excluir...” 5. Selecione os itens que deseja excluir e clique no botão Excluir. 6. Pronto! Seu histórico de navegação foi apagado. No seu caso, em particular, meu caro leitor escritor, independente ou não, a receita do bolo é a seguinte para cada capítulo: 1. Escreva o “PORQUÊ” e converse com o lado emocional do seu leitor. 2. Acrescente sua experiência pessoal. 3. Escreva o “O QUE” para falar com o lado racional do leitor. 4. Acrescente opiniões de terceiros, teorias contrárias ou a favor, dados de pesquisas. 5. Liste “COMO”. Sumarize as melhores práticas ou estratégias, faça uma lista de estratégias a evitar, liste recursos como websites ou e-books que você mencionou no texto, tudo para conversar com o lado prático do seu leitor. 6. Finalize com citações ou frases marcantes na abertura de cada capítulo, um passo opcional. 7. Seja absolutamente claro. Repito: prime pela clareza. Outra forma de dizer “COMO” é dar exemplos práticos de como aquelas estratégias transformaram a sua vida ou o seu negócio. Depois de caprichar na conversa tripla com seu leitor, seu livro, finalmente, estará pronto. Não tão rápido! Seu livro estará pronto para reescrever. No entanto, por mais que a vontade seja insuportável, NÃO inicie a fase de REESCRITA tão logo acabe de escrever. Deixe seu texto de lado por uma semana pelo menos e, somente depois disto, comece a reescrevê-lo. Falaremos disto nas próximas horas. Primeiro Draft – Principais Lições Dialogue com seu leitor, nãotente empurrar os ensinamentos goela abaixo no estilo daqueles professores sisudos de antigamente. Alguns autores ainda insistem neste modelo. Ensine como se tivesse que ensinar três filhos – um emotivo, um racional e outro prático – ao mesmo tempo. Os três filhos são pessoas distintas e a mesma pessoa. Não, não estou ficando louco, as pessoas têm “tripla personalidade”. Mas em cada um de nós, uma delas se sobressai. Use o “PORQUÊ” para conversar com o filho emotivo. Comece seu texto com o “porquê”. Use o “O QUE” para conversar com o filho racional. Apresente as estratégias de forma organizada. Desfile seu conhecimento. Use o “COMO” para conversar com o filho prático. Liste as ações no estilo receita de bolo. Dê exemplos práticos. Escreva sem parar para revisar ou corrigir, capítulo por capítulo. Quando finalizar todos eles, dê uma pausa antes de começar a reescrevê-los. SEGUNDO DRAFT Horas 39 a 42: Segundo Draft – Corrija! “Livros não são escritos. São reescritos”. Michael Crichton Sete dias se passaram e a emoção de terminar seu livro já esfriou. Você já postou nas redes sociais que sua mais nova obra está quase pronta e a caminho. Por que você precisa dar um tempo? Nos dias anteriores, você colocou todo seu coração no processo de escrita. Agora é a hora de você girar a chave do cérebro emocional para o racional, de colocar sua mente analítica em ação. Afinal de contas, você também é um ser com tripla personalidade. As grandes melhorias de um livro acontecem ao reescrevê-lo. Porém, algumas pessoas têm sérios problemas nesta etapa e a transformam em um processo interminável. Mais uma vez, mantenha o foco em finalizar seu livro, coloque tudo na agenda. A melhor forma de reescrever seu livro é quebrar este processo em três partes: correção, reforço, finalização. Não tente fazer todas as mudanças em apenas uma campanha, pois cada uma delas tem um propósito e você será muito mais eficaz se trabalhar por etapas. Neste segundo draft, o objetivo é corrigir alguns defeitos. Veja bem, o objetivo não é revisar, isto será feito depois da finalização do livro e não por você. Então, para o segundo draft, a primeira etapa da reescrita, siga o CHECKLIST das tarefas de correção: 1 – Lave a gramática Verifique a gramática do seu texto. Gramática é o conjunto de regras que determinam o uso considerado correto da língua escrita. Não se assuste. O revisor vai ser muito mais eficiente neste quesito. No entanto, você já pode ajudá-lo ao verificar se não existe uma ou outra aberração gramatical, como, por exemplo: “escrevi esta estratégia para mim fazer entender...” Compreende? Emprego equivocado de pronomes, tempos verbais, regência, concordância verbal e nominal e colocação pronominal fazem parte da tribo dos erros gramaticais. Você não precisa ser um mestre da língua portuguesa e saber disto tudo. Seu revisor precisa. 2 – Encere a ortografia Verifique a ortografia, regras que regem a escrita correta das palavras. No Word, clique na tecla F7 para que o revisor ortográfico te ilumine em grande parte do caminho. Não confie cegamente neste recurso, pois ele contém algumas falhas sérias. Cuide apenas para não deixar alguns “abacachis” no texto, já que abacaxi é com X. Um dos erros ortográficos que mais me irritam nestes dias de comunicação desenfreada pelas redes sociais é o uso do verbo no infinitivo sem o R no final – “você não pode escreve desta forma” – como se este R fosse substituído por um acento circunflexo: é ESCREVER e não ESCREVÊ, câmbio! Você não deve escrever desta forma. Grafia incorreta de palavras, impropriedades no vocabulário e acentuação errada fazem parte deste submundo que espanta leitores e gera avaliações negativas. 3 – Retire o lixo pesado dos gerúndios e advérbios Outros dois monstros que assustam os leitores são: o excesso de gerúndios e de advérbios, em especial os terminados em “mente”, como perfeitamente ou inutilmente. “Novamente”, não estou aqui para dizer que não se deve usar advérbios. Stephen King, o mestre dos livros de suspense e terror diz que “a estrada para o inferno é pavimentada por advérbios”. O excesso de advérbios sobrecarrega a leitura tornando-a mais truncada. Com relação ao gerúndio, não transforme sua obra em um manual de telemarketing do tipo “Eu vou estar apresentando neste livro alguns conceitos importantes para o senhor estar tendo uma solução para o seu problema.” Não mate seu leitor de desgosto tão rápido assim! 4 – Retire a poeira dos pronomes possessivos e artigos indefinidos dos cantos Mais dois fantasmas da leitura fluída: excesso de pronomes possessivos e de artigos indefinidos. A leitura fica mais pesada se eles aparecem em grande quantidade. Pronomes possessivos são aqueles que indicam a posse: meu, teu, seu, nosso e vosso, no masculino ou no feminino, no singular ou no plural. Dizer que “você tem o livro em mãos” é muito mais elegante do que dizer que “você tem o livro em suas mãos”. Já o excesso de artigos indefinidos – um, uma, uns, umas – torna “um” texto muito mais truncado, mais feio e difícil de ler. Verifique também se existem muitas palavras repetidas no mesmo parágrafo. Busque sinônimos ou reescreva a frase de um ângulo que evite a repetição. 5 – Queime a voz passiva Remova a voz passiva do verbo. Se você matou algumas aulas de português, vai gostar de descobrir que o verbo tem três vozes: ativa, passiva e reflexiva. Fiquemos com as duas primeiras, já que “nenhum especialista feriu-se durante a criação deste livro”. Na voz ativa, o sujeito é o agente, é ele quem age. Na voz passiva, o sujeito é o paciente, ele recebe a ação que o verbo expressa. Ao invés de usar “o objetivo foi alcançado pelo especialista”, prefira “o especialista alcançou o objetivo”. Tem muito mais força. Faça esta primeira limpeza. Não se preocupe com a perfeição, deixe a faxina pesada para o revisor depois. Siga estes passos: 1. Aperte a tecla F7 e faça a revisão do texto completo utilizando o corretor ortográfico do Word. Sim, assumo que você reescreva no programa Microsoft Word 2. Separe entre 10 a 20 minutos para cada capítulo 3. Faça a primeira leitura e busque por aberrações gramaticais. Se não encontrar nenhuma, não se preocupe, seu revisor vai encontrar 4. Faça a segunda leitura com foco nos gerúndios, advérbios fracos, pronomes possessivos e artigos indefinidos. 5. Faça a terceira leitura e mude a voz passiva para ativa. No próximo draft – a terceira campanha – será a hora de reforçar e refinar seu texto. Faça mais uma breve pausa de um ou dois dias e parta para a etapa do reforço. Segundo Draft – Principais Lições Não reescreva tão logo acabe de reescrever. Dê um tempo para que sua mente saia do modo criativo emocional para o modo analítico racional. Faça a revisão gramatical e ortográfica. Detone os “vamos estar fazendo” e “perfeitamentes”. Remova “seus pronomes possessivos” e “uns artigos indefinidos”. Passe o raio laser na voz passiva. TERCEIRO DRAFT Horas 43 a 46: Terceiro Draft – Reforce! “Se soa como escrito, eu reescrevo”. Elmore Leonard Vale a pena repetir, pela terceira vez, que as grandes melhorias do livro ocorrem ao reescrevê-lo. O motivo disto é que seu cérebro analítico consegue visualizar inconsistências que não são percebidas quando o emocional está no comando. Além disto, nesta etapa você também consegue enxergar pontos que podem funcionar melhor se colocados de outro ângulo, pode ter novas ideias e ainda enxergar novas formas para explicar melhor as coisas. Horas 43 e 44 – Reforce os Capítulos • Reforce o “PORQUÊ” de cada capítulo. Tente produzir imagens vivas na cabeça do seu leitor. Reflita e mostre por que é realmente importante aquele tópico. Reforce suas histórias. • Dê um gás no “O QUE” de cada capítulo. Confira se as estratégias para cumprir os objetivos são suficientes. O que mais pode ser feito? Que estratégia é irrelevante? Pode ser cortada? • Refine o “COMO” de cada capítulo. Cheque se os passos estão claros. Reproduza-os, se necessário, e observese existe alguma falha que possa comprometer o cumprimento da tarefa. • Amarre cada capítulo com uma frase final que remeta ao próximo capítulo. Horas 45 e 46 – Escreva a Introdução e a Conclusão do seu Livro Na HORA 45, escreva um texto de três ou quatro parágrafos para abrir o livro: a Introdução. A introdução deve trazer “O GRANDE PORQUÊ” do seu livro. Por que você escreveu este livro, por que o leitor deve lê-lo e por que ele precisa fazer isto agora mesmo. Em seguida, liste os capítulos e faça uma breve descrição do que o leitor vai encontrar em cada um deles, mostre como o livro pode ajudá-lo. Termine com um convite à leitura, um chamado para a ação. Resumindo, uma boa introdução contém: • O “GRANDE PORQUÊ” do seu livro e por que o leitor precisa lê-lo até o fim. • A lista dos capítulos com um breve resumo do que o leitor vai aprender em cada um deles. • O convite para a ação, no caso, partir para o primeiro capítulo e começar a ler. Na HORA 46, escreva a Conclusão do livro, nada muito extenso. Lembre- se que o grande objetivo de uma conclusão é ressoar, “ecoar pela eternidade”. A melhor maneira de fazer isto é dizer como o leitor pode levar o aprendizado que obteve com o livro a um novo patamar. Existem diversas formas de fazer isto e não é imperativo que você utilize todas. Elas podem ser combinadas em um ou dois parágrafos. • Parabenize-o por completar a leitura. • Relembre-o sobre tudo o que aprendeu. • Aponte caminhos que ele pode tomar a partir de agora. • Dê uma breve visão de futuro. • Ressalte a transformação que obteve ao adquirir o conhecimento. Para finalizar o livro, inclua suas informações pessoais: uma breve biografia, links para seus websites, blogs, redes sociais. De uma forma bem resumida, na INTRODUÇÃO, você diz ao seu leitor tudo o que ele vai aprender no livro. No CONTEÚDO você ensina. Na CONCLUSÃO, você relembra o leitor de tudo o que ele aprendeu. Terceiro Draft – Principais Lições • Reforce o “PORQUÊ”, o “O QUE” e o “COMO” de cada capítulo. • Amarre cada capítulo com uma frase final que direcione a mente do leitor para o próximo capítulo. • Escreva a introdução com “O GRANDE PORQUÊ” do seu livro e por que o leitor precisa lê-lo agora. Diga o que ele irá aprender. • Escreva uma conclusão que “ecoe pela eternidade”. Relembre o que ele aprendeu. Passe ao leitor a sensação de dever cumprido. QUARTO DRAFT Horas 47 e 48: Quarto Draft – Finalize! “Nada aumenta a autoestima e a autoconfiança como a realização”. Thomas Carlyle O objetivo do quarto e último draft é cortar excessos, aparar arestas. Lembre-se que você já passou por três drafts e agora precisa apenas dar o retoque final. Evite polir demais o carro. Sugiro que você também faça uma breve pausa, um dia, talvez, antes de colocar o ponto final na fase de reescrita. Tente se colocar no papel do leitor. Para checar o andamento e progressão do texto de forma efetiva, minha sugestão é LEIA EM VOZ ALTA! Faça uma leitura geral do livro apenas para ter certeza de que tudo o que você tinha a dizer sobre o tema está ali e está bem dito. Corrija mais um erro ou outro – sim, você vai encontrá-los. Remova frases ou palavras que não contribuem para o texto. Antes de encerrar, aplique os conhecimentos do segundo draft – correções gramaticais e ortográficas – na introdução e na conclusão que você escreveu no terceiro draft. Reforce-os, se necessário. Coloque o ponto final. Pronto! Meus parabéns, agora você tem um original pronto para ser formatado e publicado. Antes de fazer isto, peça opiniões sobre seu livro a parentes e amigos de confiança. Apenas tome cuidado para não ficar paralisado por opiniões divergentes ou demora nas respostas. Tome cuidado também para não criar um Frankenstein ao fazer enxertos com sugestões de todo mundo. Considere a contratação de um editor profissional para obter uma opinião mais treinada que pode ajudar com algumas melhorias no seu texto. Talvez você queira fazer alguns ajustes depois de obter as opiniões, sejam elas profissionais ou não. Depois disto, registre sua obra na Biblioteca Nacional. Saiba mais em bn.br O próximo passo é contratar um revisor profissional para que ele faça a revisão final do livro. Nunca faça você mesmo a revisão. Seu texto precisa passar por olhos mais treinados em ortografia, gramática, regência etc. Você pode contratar um revisor profissional nos websites de freelancers. Certifique-se da qualidade do profissional antes de fechar negócio. Os bons websites do gênero possuem sistemas de avaliação da qualidade do trabalho do profissional. Quarto Draft – Principais Lições • Faça uma última leitura geral e corte excessos. Você vai encontrar mais alguns erros. • Peça a opinião de terceiros sem deixar que isto o paralise, atrase ou transforme seu livro em um monstrengo. • Não faça você mesmo a revisão. Contrate um revisor profissional. http://www.bn.br As 48 Horas em Sequência Lembre-se que um bom livro é aquele que ajuda o leitor a obter respostas, a alcançar o que foi prometido no título. Distribua as horas em sua agenda de uma forma adequada à sua realidade e com a qual você se sinta confortável. Confira o checklist nas páginas a seguir conforme avance no projeto do seu livro: PESQUISA HORA 1 – Defina o tema do livro HORA 2 – Pesquise livros sobre o seu assunto na Amazon. HORA 3 – Pesquise livros sobre o seu assunto no Google e no Youtube. HORA 4 – Configure alertas de suas palavras-chave do Google Alerts. HORA 5 – Pesquise grupos, fóruns e FAQs sobre o assunto. HORA 6 – Descubra quais são os principais problemas do seu público. ESTRUTURAÇÃO HORA 7 – Faça um brainstorm de 15 a 20 . HORA 8 – Refine a lista com 10 capítulos. HORA 9 – Faça Mindmap ou Sublistas de 3 a 5 itens para primeira metade dos capítulos. HORA 10 – Faça Mindmap ou Sublistas de 3 a 5 itens para segunda metade dos capítulos. HORA 11 – Defina o PORQUÊ de cada capítulo. HORA 12 – Defina o PORQUÊ de cada capítulo. HORA 13 – Defina o “O QUÊ” de cada capítulo. HORA 14 – Defina o “O QUÊ” de cada capítulo. HORA 15 – Defina o “O QUÊ” de cada capítulo. HORA 16 – Defina o “COMO” de cada capítulo. HORA 17 – Defina o “COMO” de cada capítulo. HORA 18 – Agende as fases de Escrita e Reescrita. ESCRITA – PRIMEIRO DRAFT PORQUE: Lembre-se de responder às questões enquanto escreve. Conte histórias breves. Fale com o emocional. O QUE: Segredo, dicas, método. Dados, opiniões e pontos de vista. Entregue benefícios: o que o leitor ganha. Fale com o racional. COMO: Exemplos ou passo a passos numerados. Fale com o prático. HORA 19 – Escreva o Capítulo 1. HORA 20 – Escreva o Capítulo 1. HORA 21 – Escreva o Capítulo 2. HORA 22 – Escreva o Capítulo 2. HORA 23 – Escreva o Capítulo 3. HORA 24 – Escreva o Capítulo 3. HORA 25 – Escreva o Capítulo 4. HORA 26 – Escreva o Capítulo 4. HORA 27 – Escreva o Capítulo 5. HORA 28 – Escreva o Capítulo 5. HORA 29 – Escreva o Capítulo 6. HORA 30 – Escreva o Capítulo 6. HORA 31 – Escreva o Capítulo 7. HORA 32 – Escreva o Capítulo 7. HORA 33 – Escreva o Capítulo 8. HORA 34 – Escreva o Capítulo 8. HORA 35 – Escreva o Capítulo 9. HORA 36 – Escreva o Capítulo 9. HORA 37 – Escreva o Capítulo 10. HORA 38 – Escreva o Capítulo 10 . Faça uma PAUSA de uma semana! REESCRITA – SEGUNDO DRAFT HORA 39 – Passe o Corretor Ortográfico do Word – Tecla F7. HORA 40 – Procure por erros gramaticais. HORA 41 – Atente para advérbios, gerúndios, pronomes possessivos e artigos indefinidos. HORA 42 – Remova a voz passiva. REESCRITA – TERCEIRO DRAFT HORA 43 – Reforce a primeira metade dos capítulos: PORQUE, O QUE e COMO. HORA 44 – Reforce a segunda metade dos capítulos: PORQUE, O QUE e COMO. HORA 45 – Escreva a INTRODUÇÃO do livro. HORA 46 – Escreva a CONCLUSÃO do livro. Faça uma PAUSA de um ou dois dias. REESCRITA – QUARTO DRAFT HORA 47 – Leia em voz alta, apare arestas, chequea progressão e fluidez em VOZ ALTA. HORA 48 – Reaplique as etapas do segundo draft na Introdução e na Conclusão e coloque o PONTO FINAL. O Título do Seu Livro Você escreveu um bom livro e agora precisa, com apenas uma única frase, mostrar para o leitor que transformação, experiência ou resultados ele pode esperar do seu conteúdo. O título é a ponta do iceberg, a placa que diz ao prospecto o que existe atrás da porta. Título vende! O objetivo principal do título é chamar a Atenção e Despertar o Interesse. Que grande promessa você pode fazer para que o leitor saia do transe cotidiano e acorde para seu livro? Você tem menos de cinco segundos para conseguir isto. Portanto, não subestime o poder de um título. Para criar o título do seu livro, siga os sete P’s do título: Pesquise: estude o mercado e observe os títulos de seus concorrentes. Quais títulos do mesmo tema chamam mais sua atenção? Quais deles você fica morrendo de vontade de comprar? Pratique: faça um brainstorm de ideias. Escreva e reescreva diversos títulos com palavras e ordens diferentes. Inclua palavras-chave sobre seu assunto ou tema. Experimente combinações diferentes. Seja claro. Pense fora da caixa: seja criativo no título cuidando para que a compreensão do que se trata seu livro não seja perdida. Demonstre toda a sua personalidade no título. Fuja do lugar comum. Prometa: todo título é uma promessa que o autor faz ao seu leitor. Que problema ou dor você promete resolver ou curar no seu livro? Não faça promessas que não são cumpridas no conteúdo. Tente manter seu título o mais enxuto possível. Até três palavras é o ideal. Potencialize com um Subtítulo: como títulos curtos funcionam melhor, use um subtítulo para fortalecê-lo. A melhor frase que você pode usar como subtítulo é aquela que reforça o principal benefício do seu livro. Lembre-se que benefício não é característica, nem especificação. Benefício tem a ver com seu leitor e não com você ou com seu produto. Dê um Polimento: Eleja os três títulos que você mais gosta e reescreva-os tentando reduzir o número de palavras sem prejudicar o sentido e a força. Peça opinião a parentes, amigos, livreiros e para seu público. Decida-se por um deles e comemore. Bom, você pensou em um título curto e matador. Como você é um autor de não ficção, você PRECISA de um subtítulo. Primeiro porque ele reforça o título, segundo porque ele ajuda nas buscas, leia tráfego orgânico. A seguir, algumas técnicas para criar subtítulos irresistíveis para o leitor. Uma boa fonte para eles é a mídia. Um breve passar de olhos em sites de revistas como a Cosmopolitan, por exemplo, é o suficiente para você descobrir o que chamo de “chamada comichão”, pois fazem os leitores se coçarem de curiosidade. São eles... 1. AMEAÇAS Você já sabe que um dos grandes motivadores humanos é o medo nascido e nutrido em nosso mais remoto instinto: a sobrevivência. O homem foge da dor. Por isto, subtítulos que apelam para este impulso elementar do ser humano têm tanto poder de atração. A fórmula é bem simples: uma grande ameaça ou um inimigo comum versus a paz do seu público. Um exemplo são os subtítulos que questionam ou ressaltam o quanto seu grupo, sua audiência, uma pessoa ou um objeto de valor estão protegidos ou livres de uma ameaça. Por exemplo: “Sete sinais de que a humanidade corre perigo.” Outros colocam o inimigo comum da sua audiência diante de uma verdade ou prometem revelar suas mentiras: “A grande mentira do marketing multinível.” Subtítulos ameaçadores também colocam produtos, serviços, profissionais e empresas sob suspeita ou prometem expor práticas que você desconhece ou abomina, mas que são comuns em um determinado meio. Por exemplo: “13 estratégias que o adestrador do seu cão não te contaria” 2. BENEFÍCIOS Os subtítulos simples com benefícios também têm grande poder de captura, pois atuam em outro instinto básico do ser humano: a obtenção de prazer. O segredo aqui é ressaltar soluções práticas e rápidas para algum processo muito tedioso ou problemático, enfim, algo que traga benefício imediato para seu público com o molho do “rápido”, do “fácil” ou de ambos. Por exemplo: “O guia minimalista para produzir um evento” Você também pode prometer a solução para um problema recorrente da sua audiência: “Como assumir o controle sobre sua vida financeira” 3. AUTORIDADE A autoridade tem um enorme poder de persuasão, já dizia Robert Cialdini. Por isto, sete entre dez dentistas recomendam aquela pasta de dente. Nos subtítulos, a autoridade de um grupo ou de uma pessoa é usada para despertar seu interesse. O objetivo aqui é bem claro: pegar carona na experiência e habilidade de alguém com muita credibilidade para facilitar a vida, solucionar um problema ou ajudar sua audiência a ganhar algo como dinheiro, saúde ou aprimorar seus relacionamentos ou autoconhecimento. Tipo... “72 conselhos de Jesus Cristo essenciais para sua vida” Usar grupos reconhecidos pela forma como encaram um problema ou pelo conhecimento que têm sobre determinado assunto também é uma opção: “Os segredos dos japoneses para uma vida mais feliz” 4. ERROS Em qualquer área de atuação humana, nosso principal objetivo é acertar. Nada melhor do que subtítulos que chamam a atenção para os erros a serem evitados. Por exemplo: “Os erros na educação de seu filho que você não sabe que está cometendo” 5. COMO FAZER Como já foi dito, nossos instintos mais básicos são fugir da dor e buscar prazer. Repare que os verbos são de ação: “fugir” e “buscar”. Nada melhor para conquistar as mentes e o interesse do leitor do que “vender” ação: como fazer, como ser, como ter, como lidar, enfim, como fugir da dor ou como satisfazer seus desejos. A fórmula mais simples do Subtítulo com “Como” é constituída de uma frase única contendo um verbo de ação forte e o resultado esperado. Podem ser ou não arrematados com um adjetivo forte. Por exemplo: “Como lidar com pessoas explosivas” A locução conjuntiva “mesmo que” seguida de um obstáculo comum aumenta muito o poder de persuasão deste tipo de título: “Como comprar um imóvel, mesmo que você não seja um expert.” Outra forma de ser mais efetivo é contrapor com um resultado indesejado: “Como investir em ações sem perder o sono” Você também pode utilizar conjunções aditivas ou explicativas, como nos exemplos abaixo: “Como criar trutas e ganhar dinheiro com pesqueiros” O tempo curto também é um grande aliado dos Títulos com “Como”: “Como escrever um livro em 48 horas”. Outro complemento poderoso é o contraponto inteligência versus burrice. Para que ele tenha efeito, você precisa fazer o leitor se colocar no grupo inteligente, como no exemplo abaixo: “Como ser high-tech em um mundo de médicos ultrapassados” 6. LISTAS Este tipo é muito utilizado por sites como o Buzzfeed que começou como um laboratório para viralizar notícias. Começam com um número e um substantivo forte, como em: “17 maneiras de fazer cupcakes deliciosos” São bem efetivos também quando completados com “ser” ou “ter”. Outros substantivos que também são fortes nestes tipos de títulos são “recursos”, “segredos”, “razões”, “leis”, “regras”, “passos”, “coisas”. “13 segredos da construção que todo engenheiro deveria saber” “6 passos para se aposentar mais cedo” “9 razões surpreendentes pelas quais você não fica rico” Eles ficam mais fortes ainda se você combiná-los com a audiência da sua audiência ou com os objetivos do seu público: “As 7 leis invioláveis da Psiquiatria” 7. CRIATIVOS Ser original também é um grande imã de leitores. A criatividade também é capaz de despertar o prospecto do seu transe. Antes de sair repetindo fórmulas ou se prender a regras, lembre-se da frase de Jack Kerouac: “As grandes conquistas não são feitas por aqueles que se rendem às tendências, aos modismos passageiros e à opinião popular”. A Capa do Seu Livro A embalagem do seu produto, o livro. Nada prejudica mais as vendas do que um design amador de capa. O leitor passa os olhos pelas páginas de busca e em milésimos
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