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Cefaléia: Tipos e Características

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Luana Villafuerte- 2018.2 
 CEFALÉIA 
(fiz com uma transcrição do drive + minha própria transcrição) 
De uma forma geral é mais comum em mulheres, e 90% da população vai ser acometida por algum tipo de cefaleia ao longo da 
vida. O objetivo é apresentar sobre a Cefaléia doença, que é a primária diferenciando da secundária, atraves de doenças que 
acometem o sistema nervoso central e causam a cefaleia de maneira indireta. 
É um sintoma, uma dor na região encefálica e cervical. As principais representantes dessa dor de forma primaria é a enxaqueca 
com as suas variantes, a cefaleia tensional, e a cefaleia em salvas. Para cada uma dessas principais nomenclaturas há uma 
subgrupos de cefaleias. 
 Mas a cefaleia pode estar associada a doenças 
Quando ela é o principal sintoma e a causa dessa cefaleia é primária (não existe nenhuma alteração estrutural no SN), não há 
nenhuma alteração metabólica  cefaleia primaria 
 O diagnóstico de cefaleias primarias é clinico, geralmente, e depende de uma boa anamnese e exame físico 
 Existem várias, mas precisamos saber só sobre a enxaqueca, cefaleia tencional e cefaleia em salvas 
Se temos uma alteração estrutural do SN (como um tumor, uma artéria rompida por um aneurisma...)  cefaleia secundário a 
uma causa primaria (Seria esse tumor, esse aneurisma, por exemplo) 
 Frequentemente é necessário um exame complementar, para juntar com o raciocínio diagnostico para descobrir as 
causas da cefaleia 
Ela pode ser classificada por alguns autores como: 
 Cefaleia: quando a dor que vai da órbita ocular/pavilhão auditivo para a calota (para cima) 
 Dor facial: quando a dor vai do pavilhão auditivo/órbita para baixo 
 Se é especificamente na região da mandíbula, chamamos de dor temporo-mandibular 
 A utilidade clinica desses nomes é só para fazer o diagnóstico diferencial, sabendo exatamente a topografia da dor. 
Temos que lembrar que o telencéfalo em si não dói. Quem dói é a base da dura-máter (quem inerva é o trigêmeo). 
 Nem tudo que está dentro do crânio dói, mas aquilo que dói eu preciso conhecer. Além disso, a maioria das 
coisas que doem no crânio, são inervados pelo nervo trigêmeo e alguns nervos cervicais 
 
SEMIOLOGIA DA CEFALÉIA: 
INSTALAÇÃO E PROGRESSÃO DA DOR: 
 
É o primeiro passo para podermos diagnosticar uma cefaleia. A instalação pode ser: 
 SÚBITA/AGUDA : É uma dor que subitamente, de um momento para o outro, ela se instalou 
em sua forma completa, em sua intensidade maior. Um exemplo disso é a cefaleia em trovoada 
é comum na ruptura de um aneurisma, é preciso prestar um pouquinho mais de atenção nesses 
casos. 
 Temos uma crise e depois retoma ao patamar normal ou de dor menor 
Luana Villafuerte- 2018.2 
 
 
 SUBAGUDA: “eu nunca tive dor de cabeça, mas, tem 6 semanas que estou tendo uma dor de cabeça chata”. 
 CRONICA: sempre teve dor de cabeça, e está te procurando porque não aguenta mais ter dor ou porque a dor piorou 
 
 
Em relação a progressão, podemos ter: 
 CRÔNICA PROGRESSIVA: Nesse tipo de cefaleia o paciente cursa com uma cefaleia que 
não para de piorar dia a dia, cada dia mais intenso do que outro e não melhora. 
 Pode acontecer, por exemplo, em uma cefaleia refratária, que é secundária a um 
tumor 
 
 
 
 CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA: É aquele paciente que já tem um passado de 
Cefaléia, ela entra em uma crise, depois começa a sair, depois entra em outra 
crise mais branda. São pacientes que cursam com várias crises, uma atrás da 
outra. Então a instalação, deve ser classificada como crônica ou progressiva, ou 
se foi súbita isso ajuda a diferenciar os tipos de cefaleia. 
 Crises maiores ou menores, mas não temos uma progressão 
 
 AGUDA RECIDIVANTE : É aquela cefaleia que é mais esporádica, então de vez 
em quando ela vem e faz uma crise. A enxaqueca esporádica que vem pouco, 
menos de uma vez por mês, mas as vezes leva o paciente para o pronto socorro 
pela incapacidade que traz ao indivíduo. Então ela é um pouco mais espaçada, 
mas ela recorre com uma certa frequência. 
 Não é tão intensa mas começa a se repetir e ,muitas vezes, esse 
intervalo de repetição começa a encurtar, principalmente quando temos um fator desencadeante sem 
tratamento ou quando temos a utilização indevida de medicações 
 
Lembrar de sempre pesquisar sobre os sintomas associados, pois, se temos cefaleia aguda, acompanhado de rigidez na nuca e 
febre, por exemplo, pensamos logo em meningite. Mas, outro exemplo, se ele estava fazendo alguma atividade de esforço e 
teve uma cefaleia súbita, que nunca teve na vida, e que ela está até hoje, e você observa um papiledema, podemos ter um 
aneurisma roto. 
CARACTERIZAÇÃO DA DOR: 
 PULSÁTIL: É sinônimo de latejante ou em um vocabulário mais popular “xunxada”, essa é uma das características da 
enxaqueca – então uma cefaleia pulsátil. 
 
 PRESSÃO/EM APERTO: É sinônimo de aperto e peso, é constante e não fica pulsando é como se o individuo tivesse 
um peso na cabeça. 
 
 NUMULAR/LANCINANTE/EM PONTADA: É sinônimo de dor em facada, e é quando a dor ocorre em um ponto 
específico da cabeça. “Parece que tem uma faca entrando e saindo da minha cabeça” 
 
 
Luana Villafuerte- 2018.2 
LOCALIZAÇÃO DA DOR: 
“ A dor é na cabeça toda? É dos dois lados da cabeça? Irradia para algum lugar?” 
A dica é pedir para o paciente apontar com a ponta dos dedos o local da dor. 
 Se o individuo localizar os seios da face é indicação de sinusopatia causando uma cefaleia secundaria. 
CEFALEIA EM SALVAS : 
 É uma dor lateralizada se apresentando na região ocular, supra orbitaria ou frontal, ou os três ao mesmo tempo, só que 
sempre nessa região/quadrante. 
CEFALEIA DO TIPO TENSIONAL: 
 Não é do tipo lateralizada, ela é bilateral, podendo ser frontal, cervical 
ENXAQUECA: 
 Tem como característica principal a lateralização, mas não em quadrantes e sim em metade da cabeça, geralmente no 
território de inervação do nervo trigêmeo. 
 
 
 
 
INTENSIDADE: 
Existem escalas para classificar essa intensidade, a mais utilizada é a numérica. Essa escala é informada de 0 a dez pelo paciente, 
e dentro dessa escala existe uma subdivisão: 
 0: sem dor 
 De 1 a 3: dor leve 
 De 4 a 6 : Moderada 
 De 7 a 9: Grave ou Intensa 
 10: Insuportável 
Existem outras escalas mais subjetivas, é preferível a numérica. 
Existe tambem a escala baseada na face do paciente, ela 
normalmente é relacionada com a escala numérica, apesar de 
ser muito subjetiva pode ser utilizada quando o paciente não 
consegue verbalizar direito. 
Luana Villafuerte- 2018.2 
Temos que ver se a dor passa ou melhora com a medicação ou não. Se ela melhorava com a medicação e agora não melhora 
mais, ela pode estar se tornando refratária. 
Se o paciente chegar na emergência falando que é a “pior dor de cabeça da vida”, provavelmente é algo grave, não dando 
tempo de fazer exames  diagnóstico tem que ser pela anamnese. 
(Fraca, Moderada, Forte Excruciante ou Muito forte). 
 
Sempre temos que procurar os fatores desencadeantes e de melhora/piora  eles podem ser muito importantes na hora do 
diagnóstico 
 Alimento, cheiro, medicamento, exercício físico... 
SINTOMAS ASSOCIADOS: 
 PRÓDOMOS: É tudo aquilo que antecede a dor propriamente dita. Existem os pródomos que precedem a 
enxaqueca em horas ou dias. 
 O paciente, às vezes, sabe quando vai ter a enxaqueca, apresentando sinais como: Irritabilidade, 
raciocínio lento e sono prejudicado 
 Cada paciente chega com o pródomo diferente, e ele sabe que a enxaqueca vai aparecer dias depois 
 Acontece antes de você sentir a dor, é um aviso 
 Geralmente não é um sinal neurológico 
 
 AURA: Dos sintomas que vem antes, nós temos alguns que são mais sugestivos. Isso é a aura, são 
sintomas neurológicos atribuídos ao córtex ou tronco. 
 Quando você apresenta sinais que duram de cinco minutos até sessenta minutos, e são sintomas 
específicos, e logoem seguida no máximo uma hora a enxaqueca vem, esses sinais já foram 
reconhecidos dentro da classificação como aura da enxaqueca. 
 Ocorre antes ou durante a dor 
 É uma alteração neuro-vascular, sempre (uma vez que é causada pela depressão cortical alastrante) 
Então se o individuo cursa com esses determinados sintomas, você muda a classificação da enxaqueca sendo uma 
enxaqueca com aura, e apresentando um prognostico pior, com um controle mais difícil e as complicações são mais 
presentes. Lembrando que não é qualquer sintoma que a gente vamos associar e chamarmos de aura, são alguns já 
reconhecidos pela sociedade: 
 Distúrbio visual: São os escotomas, ou seja, são pontos luminosos, ziguezagues brilhantes, e 
apresentam a perda ou distorção de uma parte da visão 
 Parestesia ou plegia: da face ou mão, por exemplo. Geralmente são alterações sensitivas ipsilaterais. 
A principal diferença dessa aura para o AVC é a reversibilidade da aura. 
 Alterações motoras e sensitivas 
Ricardo falando: 
O nervo trigêmeo é um dos principais que vão inervar as estruturas cranianas. O gânglio do nervo trigêmeo está na 
parte petrosa do osso temporal. Esse nervo inerva através de terminações nervosas livres, artérias, por exemplo 
Luana Villafuerte- 2018.2 
(artérias são sensíveis a dor). Também temos neurônios indo para o tronco encefálico e para a formação reticular, a 
qual chega nas regiões corticais. 
Um estimulo que para varias pessoas costuma ser inócuo, para algumas pessoas, por motivos, principalmente, de 
predisposição genética, esse estímulo pode causar dor (cheiro, por exemplo). 
 Esse estimulo chegam ao cérebro. O grupo de neurônios do córtex da pessoa que não tem 
sensibilidade, não identificará um problema, uma dor, com aquele estimulo. Porem, em pessoas com 
predisposição, esse estímulo irá causar um “caos elétrico” nesses neurônios, um “curto-circuito no 
córtex”. 
Esse curto-circuito no córtex causa a depressão cortical alastrante: quando eu tenho um estimulo, o córtex 
é hiperexcitado, tendo um fluxo enorme de potássio para fora do neurônios, causando uma alteração 
elétrica naquele neurônios. Mas isso é algo que vai e volta, começando a amplificar. O que acontece é que 
começa a ter uma desorganização, como se fosse um curto-circuito mesmo, nessa região do córtex cerebral. 
Porém, essas alterações elétricas vêm com o estimulo e, quando sai muito potássio, os neurônios ficam no 
período refratário, ele apaga, ficando sem responder a nada. Essa ausência de resposta, essa fase refrataria, 
vem do lobo occipital e se propaga em direção ao lobo frontal. 
Apagão neuronal segue do lobo occipital  lobo frontal. 
O que acontece, então, é uma “onda”, uma “depressão” do sistema nervoso, na qual ele tem uma excitação 
rápida, mas depois cai em um período refratário profundo. Essa depressão do SNC, com as alterações de 
íons, acaba causando desregulação na vascularização também  há a liberação de substancias que vão 
provocar hipoperfusão das áreas que estão sofrendo esse desequilíbrio excitatório dos neurônios. 
 Então, depois de tudo isso acontecendo, temos fatores inflamatórios agindo, uma vez que houve uma 
agressão a esse córtex hipersensível. 
Ele (não consegui ouvir quem) vê que há uma inflamação, trazendo a informação de que “o chefão apagou, 
voltou, mas está ocorrendo uma inflamação”. O trigêmeo vai ativar, provocando uma nova onda de 
depressão cortical, além de ativar o sistema nervoso parassimpático e simpático, causando lacrimejamento, 
rinoreia, fenômenos autonômicos no geral. Além disso, ocorrerá uma dilatação nos vasos (principalmente os 
meníngeos), que começam a pulsar. 
 A causa da dor não é a vasodilatação! A vasodilatação é o efeito causado pela desordem, sensibilidade 
anormal do córtex. 
 Como temos pessoas que ficam cegas, hemiplégicas... por um período e não é um AVC? Porque essa 
onda vai criando apagões em áreas especificas  cada área representa uma função  perda de função 
dessas áreas afetadas. Mas, como é uma disfunção e não uma isquemia real, não temos um AVC, 
temos uma cefaleia (que no caso aqui é uma enxaqueca com aura  essa explicação toda ai em cima 
faz entender mais sobre a aura em si). 
 A depender da intensidade dessa depressão na área A,B, C ou D, teremos uma aura A, B, C ou D. 
 Essa onda provoca alterações no tronco encefálico. Desorganiza eletricamente o sistema nervoso 
 Isso explica também outros sintomas, como vontade de vomitar, náuseas ... 
 Se o paciente fizer atividade física vai piorar, uma vez que já temos vasodilatação, o cérebro já está 
em “curto-circuito” 
Quando o paciente tem enxaqueca sem aura, geralmente não tem a depressão cortical alastrante. A excitabilidade 
anormal do córtex vai ocasionar liberação de citocinas, mas não a ponto de gerar uma depressão. 
 
OUTROS SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS SÃO: 
Luana Villafuerte- 2018.2 
 
 Náuseas ou Vômitos: Podem ser vistas na enxaqueca, mas tambem faz parte das cefaleias secundarias, 
como visto na Meningite. 
 Fonofobia e Fotofobia: É a intolerância a estímulos luminosos e auditivos, é preciso perguntar se o paciente 
prefere ficar no quarto escuro e com a televisão desligada do que nos ambientes normais. Normalmente 
estão associados a enxaqueca. 
 Cefaleia tensional pode ter foto ou fonofobia, não é só a enxaqueca 
 Sonolência e Confusão mental: Esses sintomas podem estar associados tanto a cefaleias primárias quanto a 
secundárias, nesses casos tanto a Hipertensão intracraniana quanto a Febre, que pode ser gerada por 
causas infecciosas como a meningite, encefalite, abscesso, são derivadas de cefaleias secundárias. 
 
FATORES DESENCADEANTES: 
São fatores denominados de gatilho que podem ser um sorvete, chocolate, atividades físicas extenuantes, perfumes ou cheiros 
específicos. Lembrando que a TPM, é um fator associado a apresentação cíclica da enxaqueca, ou seja, é um período em que 
existe uma curva hormonal e nesse momento você tem uma alteração vascular e dos fluxos de líquidos e o cérebro pode ser 
sensível a essas mudanças, geralmente aparecem no período pré menstrual , mas só tem associação com o ciclo não sendo 
considerado um fator desencadeante. 
 Pode ser que tenha uma cefaleia primaria que é provocada ou piorada por esses fatores ou pode ser uma cefaleia 
secundaria, como um aneurisma, que pode “pocar” com alguns fatores, como a atividade física 
 
 
FATORES DE MELHORA: 
A Cefaléia por alteração no fluxo liquórico, por exemplo, em uma hidrocefalia aguda, tem característica de piorar quando o 
paciente deita. Já no caso de uma cefaleia da hipotensão liquórica quando o paciente tem uma fistula liquórica, e a dor piora 
quando o indivíduo senta, mas melhora quando ele deita. Isso porque pela lei da gravidade o liquor tem a tendência a descer, 
então se ele tem pouco liquido e ele desce, o cérebro tende a “murchar” e a comprimir certas estruturas provocando dor. 
Existem pessoas que fazem exercícios físicos regulares apresentam menos enxaqueca, as vezes beber mais água ajudam a 
melhoras essas dores. 
DIFERENÇAS ENTRE AS CEFALEIAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS: 
A cefaleia primária é a doença, enquanto a secundária tem uma doença por trás causando essa dor, a dor vem apenas como 
um sinal e sintoma associado. 
 Um exemplo da primária é a enxaqueca, que pode ser tensional e em salva, é possível também ser uma cefaleia hipnica 
que é a do sono. 
As cefaleias secundárias podem ser apresentados como uma enxaqueca, mas a diferença é que vai estar associado a outros 
sinais como a febre. Outros exemplos são os de tumores cerebrais, hemorragias cerebrais, outros tipos de infecções cerebrais. 
CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS: 
PRIMÁRIAS: 
Luana Villafuerte- 2018.2 
Cefaleia primária é toda aquela que eu não consigo estabelecer uma relação com causa estrutural, metabólica ou infecção. 
Assim, se não encontramos nenhuma alteração desses tipos, temos uma cefaleia primaria 
1. Migrânea/enxaqueca dor mais longa e mais forte. 
2. Cefaleia do tipo tensional 
3. Cefaleia em salvas 
4. Cefaleias trigemino autonômicas 
As trigêmino autonômicas, elas são desautonomia 
associadas ao local da dor. Geralmente eu curso com 
dores oculares, orbitárias, dor na fronte que são os casos 
das cefaleias em salva associadas a sintomas 
desautonomicos no mesmo lugar da dor. Esses sintomas 
são: 
 RINORRÉIA: são secreções hialinas em uma só narina 
do mesmo lado da dor. 
 OBSTRUÇAO NASAL 
 PTOSE PALPEBRAL 
 SUDORESE : em apenas um quadrante, aqueles que 
estão sofrendo com a dor. 
 LACRIMEJAMENTO : em apenas um olho do lado 
ipsilateral da dor de cabeça. 
 HIPEREMIA: alteração da coloração da pele. 
Todos esses são sintomas autonômicos, ou seja, são mediados 
pelo sistema nervoso simpático ou parassimpático. No caso da 
salva o que é ativado de forma significativa é o sistema 
parassimpático, ele é hiperestimulado podendo cursar com 
miose associadas. 
É recomendado que se faça o exame de fundo do olho, se for 
encontrado um papiledema agudo no paciente é um indicativo 
de edema cerebral. Além disso, no ponto de vista de neuro é preciso realizar a depender do paciente os sinais de Kerning, 
Laségue, Brudzinski e pesquisa de rigidez de nuca. Lembrando que migrania é a mesma coisa que enxaqueca, além disso a 
cefaleia é um sintoma e enxaqueca é a doença. 
SECUNDÁRIAS: 
Se temos uma lesão estrutural, algum desequilíbrio metabólico ou infecção, a cefaleia será uma secundária. A dor é secundário a 
uma doença estabelecida no organismo. 
1. Trauma cefálico ou cervical 
2. Doenças vasculares cranianas 
3. Transtornos intracranianos não vasculares 
4. Infecções 
Existem tambem as nevralgias, que são dores especificas em nervos cranianos causados por irritação. São vários tipos de nervos 
cranianos que podem ser lesados no cérebro que podem levar a uma dor crônica naquele dermatómo do nervo cutâneo. 
Qual é a mais comum? Cefaleia do tipo tensional. 
Qual é a mais incapacitante? Enxaqueca 
 No entanto dentro de um pronto socorro é possível identificar mais casos de enxaqueca. Isso por causa da intensidade 
da dor. 
Luana Villafuerte- 2018.2 
 Para diferenciar essas duas: 
Na do tipo tensional, a duração pela classificação internacional pode ser de 30 minutos a sete dias. Já a enxaqueca pode 
ter no máximo três dias de dor, mais do que isso já é preciso pensar em outras coisas. 
A dor tensional é do tipo em aperto ou em peso, diferentemente da enxaqueca que se apresenta como latejante e 
pulsátil. A região tensional geralmente é bilateral, já a enxaqueca é unilateral (sendo uma característica para 
diagnostico). Um fator agravante da enxaqueca é a prática de atividade física ou esforços. 
Quando dormimos e a dor melhora, é porque, ao dormir, “desligamos” o córtex, desativando-o e melhorando a “bagunça” 
elétrica. 
 
MIGRÂNEA SEM AURA: 
 Localização unilateral 
 Qualidade pulsátil 
 Intensidade da dor moderada ou severa 
 Exacerbada por atividade física 
 Sinais/sintomas associados: náusea e/ou vômitos, além de fotofobia e fonofobia 
O diagnóstico pode ser dado de acordo com a história do paciente. É preciso então ter tido pelo menos cinco crises de dor, a 
duração deve estar dentro do tempo estabelecido para a dor, o tipo e a intensidade, associadas a fatores desencadeantes, como 
a prática de atividade física, são indicativos de enxaqueca. Dos sinais que vão ser apresentados, só é preciso ter um ou outro 
associado, e não podem vir apresentados com febre. 
 
MIGRÂNEA COM AURA: 
Nesse caso são necessários apenas dois ataques para diagnostico. A classificação fala que as dores são idênticas, e que os 
critérios são idênticos, então (dos quatro critérios é preciso ter pelo menos dois, como a unilateralidade), só que nesse caso o 
paciente vai cursar com aura. Apresentando sintomas como: 
 Sintomas visuais positivos : moscas volantes, manchas ou linhas 
 Sintomas visuais negativos: perda de visão homônima 
 Sintomas sensitivos (positivos ou negativos): ou seja, diminuição da sensibilidade de um lado do corpo ou aumento da 
sensibilidade como Hiperalgesia, Disestesia associado a Migrânea 
 Sintomas da linguagem – Paciente cursa com alteração da linguagem fugaz, com duração de cinco a sessenta minutos. 
Para ser caracterizada como aura é preciso ter alguns critérios, então pelo menos duas das quatro características seguintes: 
1. Dura mais do que cinco minutos, podendo chegar até sessenta minutos. 
2. Pelo menos uma das auras que o paciente está tendo, deve ser unilateral. 
3. E é acompanhada em seguida em até uma hora depois pela própria enxaqueca. 
Afastar AIT, o ataque isquêmico transitório, por imagem e ressonância. Geralmente se o paciente apresenta um histórico, é 
possível desconfiar de aura, mas se é a primeira vez é importante realizar esses exames para descartar esse tipo de hipótese. 
Dentro da classificação nós temos outros tipos de auras, por exemplo: aura típica com cefaleia, ou seja, é uma cefaleia que não 
tem característica de Migrânea, mas vem antecedida da aura. Além disso, nós temos a aura típica sem a cefaleia, o paciente não 
chega a desenvolver a Migrânea. Existe também a enxaqueca com aura de tronco cerebral nesse caso os sintomas variam – e 
remetem a sintomas com alterações no tronco encefálico como alteração da motricidade ocular, a enxaqueca hemiplégica que 
vem com déficit motor, geralmente possuem outros casos na família. E por fim, a enxaqueca retiniana, bem rara, que está 
associada a alteração de apenas um olho. 
Luana Villafuerte- 2018.2 
 
CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL: 
Geralmente já apresentou mais de 10 crises com essas características, com duração de 30 minutos até 7 dias sem parar. Devem 
ter pelo menos duas dessas características: 
 Localização bilateral 
 Caráter em pressão ou aperto (geralmente não é pulsátil, mas pode ser) 
 Intensidade leve ou moderada  dificilmente esse paciente procura o médico 
 Não é agravada por atividade física rotineira 
 Ausência de náusea ou vômito 
 Ausência concomitante de fotofobia ou fonofobia  Você pode ter ou um ou outro, mas não os dois juntos (não é 
regra, pode ocorrer com foto ou fonofobia em alguns casos) 
 
Apresentando esses sintomas de forma bem mais leve do que na Migrânea. E afastando causas secundárias, 
provavelmente o diagnostico com essas características é do tipo tensional. 
 
CEFALÉIA EM SALVAS: 
É mais comum em homens, que estão entre a 3ª e 4ª décadas de vida. Nesse tipo de cefaleia, o paciente fica desesperado, 
podendo até tentar suicido devido a tamanha dor (chega a ser mais intensa que a migranea) 
 Além diss, pode ser comumente associada ao etilismo e tabagismo. 
Ela faz parte do grupo das cefaleias trigemino autonômicas, ou seja, ela dá desautonomia associada aos sintomas, gerando olho 
vermelho (hiperemia ocular), rinorreia, congestão nasal, hiperemia da hemiface, edema palpebral, ptose e miose 
Principal fator desencadeante dessa cefaleia é a ingestão alcoólica (isso ocorre em até 70% dos indivíduos). 
Para diagnostico é preciso de pelo menos cinco crises, cursando com dor severa ou muito severa, sendo unilateral atingindo a 
parte orbitaria, supra-orbitária e/ou temporal. É um tipo de cefaleia de curta duração, de 15 a 180 minutos. 
É uma dor enorme na órbita unilateral, parece que está “enfiando uma faca” 
 Vai aumentando entre 3 e 5 minutos, podendo durar até 2 horas 
 Esse episódio pode se repetir varias vezes ao dia 
 Os episódios acontecem geralmente de noite, chegando a acordar o paciente  a intensidade da dor vence as barreiras 
da formação reticular e acorda o córtex 
 É aguda, passando ser recorrente caso não haja tratamento 
Sintomas associados: 
 (Nesse caso é preciso de apenas um desses sintomas) 
 Hiperemia conjuntival e/ou lacrimejo - ipsilaterais 
 Congestão nasal e/ou rinorreia - ipsilaterais 
 Edema palpebral - ipsilateral 
 Sudoresefrontal e facial - ipsilateral 
 Miose e/ou ptose - ipsilateral 
 Sensação de inquietude ou agitação 
 Rubor da face, plenitude auricular (sensação de ouvido cheio) - ipsilateral 
As crises têm uma frequência de uma a cada dois dias a oito por dia. 
O melhor tratamento para sair da crise é oxigenioterapia 
 
Luana Villafuerte- 2018.2 
 
HEMICRÂNIA PAROXÍSTICA: 
Dentre as trigemino autonômicas, nós temos esse tipo de cefaleia que é parente da em salvas. Só que ela é uma dor mais curta 
ainda de dois a trinta minutos, sendo unilateral atingindo a parte orbitraria, supra-orbitária e/ou temporal. Essas crises são 
mais frequentes e de duração mais curta do que a cefaleia em salvas, cursam com sinais de desautonomia e são vistas mais 
comumente em mulheres. Além disso, possuem uma boa resposta a indometacina – é um anti-inflamatório. 
É preciso de pelo menos vinte crises semelhantes, cursando com dor severa de classificação 7 em diante, com duração de dois a 
trinta minutos. As crises têm uma frequência superior a 5% em mais da metade do tempo, embora possam ocorrer em períodos 
de menor frequência. Então, a cefaleia em salvas vai de uma crise a cada dois dias até oito por dia, já a hemicrânia paroxística 
tem frequência de cinco por dia. 
 
“RED FLAGS” 
 São sinais de Alerta para a Cefaleia Secundária: 
 Febre 
 Sinais e Sintomas de Hipertensão Intracraniana (Cefaleias, vômitos, náuseas, piora quando o paciente deita, edema de 
papila) 
 Neoplasias (pois pode indicar metaplasia – aumento do tumor ou sangramento) 
 HIV – Aids 
 Inicio após os 50 anos de idade (tem que ter começado depois dessa idade – pensando em neoplasias, arterite 
temporal) 
 Mudança de padrão da Cefaleia 
 Súbita 
 Progressiva 
 Esforço físico ou durante o ato sexual 
 Exame físico alterado 
 
Avaliação da cefaleia aguda: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luana Villafuerte- 2018.2 
CASOS CLÍNICOS 
Caso 1 
Paciente de 78 anos com início a 2 meses de cefaleia pulsátil em região temporal esquerda, progressiva de moderada 
intensidade. Nega antecedente de cefaleia. Associado ao quadro vem com fraqueza generalizada e dores no corpo. (VHS: 120 
mm) 
SECUNDÁRIA: ARTERITE TEMPORAL 
Caso 2 
Paciente 26 anos, gênero feminino, vem com queixa há 6 horas de cefaleia pulsátil unilateral, de forte intensidade com fono e 
fotofobia, com náuseas e piora com exercício. Precedendo a dor apresenta escotomas cintilantes. Refere episódios prévios em 
períodos menstruais desde os 14 anos. Exame físico: sem alterações 
PRIMÁRIA: ENXAQUECA COM AURA 
Caso 3 
Em um plantão no pronto-socorro você atende uma paciente, 30 anos, gênero masculino, iniciou há cerca de 1 semanas 
episódios de cefaléia unilateral, periorbitária, de muito forte intensidade (10/10 em escala de dor), em pontada, com duração 
em média de 50 minutos e cerca de 2 – 3 episódios ao dia. Durante a dor, a paciente fica bastante agitada e apresenta hiperemia 
ocular, lacrimejamento e rinorréia ipsilateral. Refere episódios semelhantes há 1 ano. 
PRIMÁRIA- CEFALEIA EM SALVAS 
Caso 4 
Paciente de 22 anos, gênero feminino, Natural de São Paulo, Procedente de Salvador, sem comorbidades prévias, vem com 
queixa de odinofagia acompanhado de mal-estar geral e febre há 5 dias. Há 2 dias relata surgimento de cefaléia de forte 
intensidade, holocraniana, em aperto, pior em região de nuca, sem fatores de melhora ou piora. Acompanhando a cefaléia, 
apresentou vômitos em jato. Há 1 dia, paciente evoluiu com confusão mental e sonolência TC CRÂNIO: NORMAL 
SECUNDÁRIA- MENINGITE MENIGOCÓCIA 
Caso 5 
Paciente de 50 anos, masculino, com quadro de cefaleia holocraniana de caráter progressivo há 2 meses. Vem com vômitos há 2 
dias. Ao exame sonolento e confuso. Fundo de Olho com papiledema. 
SECUNDÁRIO – TUMOR CEREBRAL 
Caso 6 
 Paciente do gênero masculino de 30 anos deu entrada na emergência com quadro de cefaleia súbita, durante ato sexual. Ao 
exame: sonolento com rigidez nucal. 
SECUNDÁRIA- HEMORRAGIA SUBARACNOÍDEA 
Caso 7 
Paciente masculino de 19 anos, vem com relato que há cerca de 7 dias vem com quadro de febre alta, mialgia predominante em 
panturrilhas e cefaleia retro orbitária de forte intensidade. 
EF: BEG. 
EN: Sem alterações 
HEMOGRAMA: PLAQUETOPENIA E. SOROLOGIA + PARA DENGUE 
SECUNDÁRIA- DENGUE 
Luana Villafuerte- 2018.2

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