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N1 - Gestão Democrática e o Projeto Político Pedagógico Segundo a LDB (lei de Diretrizes e Básicas da Educação Básica) o Projeto Político Pedagógico só pode existir em uma Gestão Democrática, participativa onde todos vão atuar com conhecimento e competência. Um ponto-chave na Gestão Democrática é que todos avaliam e são avaliados, inclusive a própria gestão. Nisto, temos constantemente Avaliações Diagnósticas sobre a Gestão e sobre o trabalho pedagógico. Portanto, uma solução viável para que o trabalho pedagógico aconteça de forma efetiva entre professores e alunos no processo de ensino e aprendizagem é preciso utilizar-se de uma Avaliação Diagnóstica constante, para assim traçar planos de intervenção na prática pedagógica. E não só a Diagnóstica que é essencial na criação de projetos, planos de ensino para o PPP, mas a Avaliação Formativa, preocupada com a formação crítica dos alunos, no que tange a autonomia, liberdade, ou seja, valores humanos para o exercício da cidadania. Como afirma o patrono da educação brasileira: Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar-aprender participamos de uma experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e com a seriedade (FREIRE, 1996, p. 24). Partindo de valores na educação, concepções e saberes podemos construir o Projeto Político Pedagógico, organizado para configurar todo trabalho pedagógico da escola, sua missão, sendo a ferramenta de planejamento e avaliação, e como já abordamos anteriormente no caso a Avaliação Diagnóstica e a Avaliação Formativa como norteadores na prática pedagógica e no cumprimento dos maiores objetivos da educação como a construção da autonomia do aluno, que nos dias de atuais fala-se em protagonismo juvenil. O PPP prevê e dá uma direção à Gestão Escolar, pressupõe o compromisso com a formação do cidadão para um determinado tipo de sociedade, ou seja, é o compromisso com a formação do cidadão. Nisto, vem a seguinte questão: Que cidadão queremos formar? Logo, se queremos um cidadão livre, autônomo e emancipado estamos falando de uma Gestão Democrática. E o professor no planejamento da aula, partindo dos documentos da escola como o PPP pensando a Avaliação contínua, precisa: O novo professor precisaria, no mínimo, de adquirir sólida cultura geral, capacidade de aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional e dos meios de informação, habilidade de articular as aulas com mídias e multimídias. (LIBÂNEO, 2002, p.28). Quando nos deparamos com as tendências pedagógicas que irão nortear a Gestão Democrática e o PPP, temos a tendência Crítica-social dos conteúdos, que é uma via que valoriza características de todas as tendências pedagógicas em seu aspecto positivo, sendo seu principal expoente Libâneo que em uma gestão democrática e se utilizando do PPP na elaboração de avaliações somativas, formativas e diagnósticas parte da seguinte questão: O que é necessário para formação de um aluno crítica e autônomo? Nisto, afirma o autor: O professor precisa juntar a cultura geral, a especialização disciplinar e a busca de acontecimentos conexos com sua matéria, porque formar o cidadão hoje é, também, ajudá-lo a se capacitar para lidar praticamente com noções e problemas surgidos nas mais variadas situações, tanto do trabalho quanto sociais, culturais, éticas. (LIBÂNEO, 2002, p.43). A escola tem como tarefa primordial a difusão de conteúdo, não só conteúdos abstratos, presente em uma tendência tradicional, por exemplo, mas conteúdos vivos, concretos, indissociáveis da vida concreta. Para Libâneo “a educação é uma ação mediadora no seio da prática social”, são os conteúdos/culturais universais, como a arte, a ciência, a filosofia por exemplo, que se constituíram em domínios do conhecimento relativamente autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados perante as realidades sociais. Para o autor, não basta temas-gerados, como foram propostos por Paulo Freire, mas é preciso trabalhar a cultura popular e a cultura erudita, ou seja, ir além da sua realidade, ultrapassar a experiência, os estereótipos e a ideologia dominante. Portanto, é papel do professor, dos gestores e de todos da escola ter estes princípios básicos para avaliar, formar pessoas a partir de sua subjetividade, que as constituem como algo importante com seus valores e princípios. O aluno deve participar ativamente do processo. Referências Bibliográficas: FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? novas exigências educativas e profissão docente / José Carlos Libâneo. – 6. ed.- São Paulo: Cortez, 2002. São Paulo: Saraiva, 1996. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.
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