Buscar

TIPOS DE DOR, DOR NOCICEPTIVA E NEUROPÁTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1) DESCREVER OS TIPOS DE DOR.
Conforme a Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP), dor é “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou descrita nos termos de tal lesão”. Dor é algo subjetivo, e está relacionada há lesão tecidual real ou potencial para tal. Além de ser uma experiência corporal é também emocional. Experiências não desagradáveis não são consideradas como dor, já experiências desagradáveis anormais, nomeadas disestesia, podem ser doloridas, mas é algo subjetivo por poder não ter qualidade sensitivas que desenvolvem uma dor. A dor psicológica também pode existir, dependendo do relato subjetivo, independente de lesão tecidual neste caso. A dor é apresentada e reconhecida pelo ser humano através de experiências de vida e não é dependente exclusivamente de estimulação de neurônios sensitivos.
Quanto ao mecanismo de ação:
-NOCICEPTIVA: função protetora, alertando o sujeito sobre o desenvolvimento de uma lesão, levando-o a proteção. Ela ocorre através da sensibilização de neurônios periféricos.
-NEUROPÁTICA: reação inadequada, que é consequência de uma lesão do sistema nervoso independente da estimulação nociceptiva. Afeta o sistema somatossensitivo.
Quando a resolução: 
-AGUDA: intensa e dura curto período, normalmente desaparece com cicatrização do local da lesão, e indica que o corpo está sendo ferido de alguma maneira. Até 3 ou 6 meses de duração, dependendo da literatura. Ex.: dor pós-cirurgia. 
-CRÔNICA: persistente, sem função de alertar, longo tempo de duração, mínimo mais de 3 ou 6 meses, variando intensidade (leve ou forte/severa). Gera estresse físico, emocional social e econômico, difícil o diagnóstico e o tratamento. 
-DISRUPTIVA: dor persistente mesmo ao fazer uso de medicação analgésica para a dor, ela rompe o alivio dolorido sentido pelos analgésicos, aparece rapidamente, dura até uma hora, sendo mais intensa que a dor crônica. Como exemplo, dor oncológica. Tratada com dose adicional de analgésico ou outro medicamento.
-RÁPIDA: 0,1 segundo após estímulo doloroso.
-LENTA: 1 segundo após estímulo. Associada aos tecidos, sensação de queimação e de dor crônica.
2) CARACTERIZAR A DOR POR NOCICEPÇÃO.
Experiência dolorosa mais comum, desenvolvida pela ativação de receptores e do sistema somatossensorial. Fundamentalmente, é um fenômeno de transdução de estímulos possivelmente nocivos, através de energia mecânica, química ou térmica, por energia eletroquímica nas fibras finas Aδ e C. essa dor é ocasionada por infamações, processos isquêmicos, infiltrativos ou traumatismos. Essa dor pode ocorrer por inervação visceral ou somática. Sendo que a VISCERAL envolve diferentes órgãos e sistemas do organismo, sensíveis a inflamação, isquemia, e insensíveis ao corte e queimação, é uma dor mal localizada por apresentar poucos receptores e divergência das aferências sensoriais, que são compostas por fibras amielínicas que conduzem a informação mais lentamente. Esse tipo de dor pode provocar sudorese, enjoo e vômitos, variação da PA e FC, mal estar, além de, postura antálgica de flexão de tronco e abdome por ser uma dor de localização média em relação ao organismo. Essa dor quando atinge a superfície a inervação coincide com a dor somática (dor viscero-somática), sendo essa mais aguda e localizada. 
Irradiação das dores viscerais: Isquemia Coronariana= membro superior esquerdo e mandíbula; Pâncreas= região dorsal. Apendicite= fossa ilíaca direita. Lesão subdiafragmática= fossa supraclavicular. Essas dores podem provocar hiperalgesia. 
SOMÁTICA, bem localizada, apresenta piora quando há movimentação e estímulos mecânicos. Pacientes relatam a dor como um aperto, peso ou pressão. Dores ortopédicas são exemplos. Como lesões dermatológicas.
REFERÊNCIA
Tratado de neurologia da Academia Brasileira de Neurologia / [organizadores] Rubens Gagliardi, Osvaldo M. Takayanagui; [ilustração Margareth Baldissara]. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. Pág.: 912.
3) DIFERENCIAR A DOR POR NOCICEPÇÃO DA DOR NEUROPÁTICA.
Enquanto a dor por nocicepção está condicionada a estimulação dos receptores nociceptivos a dor neuropática não está relacionada a receptores, mas sim, diretamente ao sistema nervoso central pelas vias espinotalâmicocorticais e fibras (C e Aδ) do sistema nervoso periférico. Essa dor provoca sinais como hipoestesia (diminui sensação) térmica, hipoalgesia (diminui sensação de dor) e hipoestesia tátil superficial. Sinais de hiperalgesia e alodínea podem ocorrer, como hipersensibilidade e hiperpatia (excesso de sensibilidade a dor). A ressonância magnética é exame utilizado para diagnosticar lesões no SNC ou SNP. 
A dor nociceptiva tem função protetora e indica ao sistema nervoso que algo de errado está ocorrendo e provocando lesão tecidual em algum lugar do corpo, apresenta localização bem definida quando somática. Essa dor pode ser somática ou visceral, ambas possuem particularidades, mas estão relacionadas a receptortes nociceptivos. Esta dor quando somática transmite sensação de pressão, aperto ou peso, já a visceral pode provocar sudorese, enjoo e vomito, alteração em PA e FC, mal-estar, queimação e sinais de inflamação.

Continue navegando