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RESUMO DIREITO CIVIL BRASILEIRO 1. DAS PESSOAS 1.2. Pessoa Física A pessoa quando nasce com vida, dispõe de personalidade e capacidade. ● PERSONALIDADE ● é ser sujeito de direito ou conjunto de atributos do ser humano(patrimonial e extrapatrimonial). Maria Helena Diniz diz que “Para a doutrina tradicional "pessoa" é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direito. O sujeito de direito é aquele que é sujeito de um dever jurídico, de uma pretensão ou titularidade jurídica”. Fábio Ulhoa explicita que “São sujeitos, entre outros, as pessoas naturais (homens e mulheres nascidos com vida), os nascituros (homens e mulheres em gestação no útero), as pessoas jurídicas (sociedades empresárias, cooperativas, fundações etc.), o condomínio edilício, a massa falida e outros. Todos eles são aptos a titularizar direitos e obrigações em variadas medidas e se cumpridas diferentes formalidades”. E diferencia os direitos personificados(personalizados) e os 1 despersonalizados(despersonalizados) - os personificados são para pessoas nascidas (quando tem características de personalidade) com vida *o embrião se configura como despersonalizado.; Kelsen entende que “sob o prisma kelseniano é a "pessoa" uma construção da ciência do direito, que com esse entendimento afasta o dualismo: direito objetivo e direito subjetivo” Pela personalidade a pessoa se torna proprietário de direitos de deveres. Goffredo Telles Jr., os direitos da personalidade são os direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a identidade, a liberdade, a sociabilidade, a reputação, a honra, a autoria etc. Os direitos de personalidade são intransmissíveis, irrevogáveis, indisponíveis, ilimitados, irrenunciáveis, impenhoráveis e imprescritíveis. pg.16 - livro Como Passar Em Concursos Públicos (Coleção Passe em concursos públicos; v. 2- 2011) ● CAPACIDADE ● é poder exercer em nome próprio. M. H. Diniz explica que “para ser "pessoa" basta que o homem exista, e, para ser "capaz", o ser humano precisa preencher os requisitos necessários para agir por si, como sujeito ativo ou passivo de uma relação jurídica. Eis por que os autores distinguem entre capacidade de direito ou de gozo e capacidade de exercício ou de fato”. A capacidade de direito/gozo é caracterizada pelo nascimento com vida, e que adquire automaticamente personalidade e a titularidade de direitos e deveres. A capacidade de exercício/fato é a aptidão conferida a quem pode ser titular de direitos e deveres e que pode agir em seu nome nos atos da vida civil. Assim pode alguém ter capacidade de direito e não ter a de exercício, como um bebê que tem uma propriedade mas pode exercer, sendo necessária a representação da responsável. 2 M. H. Diniz diferencia o conceito como “A capacidade jurídica da pessoa natural é limitada, pois uma pessoa pode ter o gozo de um direito, sem ter o seu exercício por ser incapaz, logo, seu representante legal é quem o exerce em seu nome. A capacidade de exercício pressupõe a de gozo, mas esta pode subsistir sem a de fato ou de exercício.” Se distinguem a incapacidade relativa ou absoluta: M. H. Diniz: "A incapacidade será absoluta quando houver proibição total do exercício do direito pelo incapaz, acarretando, em caso de violação do preceito, a nulidade do ato (CC, art. 166, I). Logo, os absolutamente incapazes têm direitos, porém não poderão exercê-los direta ou pessoalmente, devendo ser representados.” M. H. Diniz: "A incapacidade relativa diz respeito àqueles que podem praticar por si os atos da vida civil desde que assistidos por quem o direito positivo encarrega deste ofício, em razão de parentesco, de relação de ordem civil ou de designação judicial. O efeito da violação desta norma é gerar a anulabilidade do ato jurídico (CC, art. 1 7 1 ,1), dependendo de iniciativa do lesado, havendo até hipóteses em que poderá ser confirmado ou ratificado tal ato praticado por relativamente incapaz sem a assistência de seu representante”. 3 A) o menor tenha 16 (dezesseis) anos completos, concedida por seus pais por instrumento público, independentemente de homologação judicial. 1.3. Pessoa Jurídica ● Entende-se como o conjunto de pessoas físicas que visa algum interesse comum e que é sujeito de direitos e deveres. M. H. Diniz explica que o conceito “surgem assim as chamadas pessoas jurídicas, designadas como pessoas morais (no direito francês), como pessoas coletivas (no direito português), como pessoas civis, místicas, fictícias, abstratas, intelectuais, de existência ideal, universais, compostas, universidades de pessoas e de bens”. Gagliano conceitua “a pessoa jurídica como o grupo humano, criado na forma da lei, e dotado de personalidade jurídica própria, para a realização de fins comuns.” - ESQUEMA DE TEORIAS (reprodução M.H. Diniz, fl.264/265) 4 teoria da ficção legal- Savigny Vareilles- Sommière s teoria da equiparação- Windscheid e Brinz teoria da realidade objetiva ou orgânica- Gierke e Zitelmann teoria da realidade das instituições jurídicas- Hauriou só o homem é capaz de ser sujeito de direito, concluiu que a pessoa jurídica é uma ficção legal, ou seja, uma criação afirma que a pessoa jurídica apenas tem existência na inteligênci a dos a pessoa jurídica é um patrimônio equiparado no seu tratamento jurídico às pessoas naturais. É inaceitável porque eleva os bens à categoria de sujeito de direitos e obrigações, há junto às pessoas naturais, que são organismos físicos, organismos sociais constituídos há um pouco de verdade em cada uma dessas concepções. Como a personalidade humana deriva do direito (tanto que este já privou seres humanos de personalidade — os escravos, p. ex.), da mesma forma ele pode concedê- la a agrupamentos de pessoas ou de bens que tenham por escopo a ● CLASSIFICAÇÕES DE PESSOAS JURÍDICAS ● 1)QUANTO À NACIONALIDADE : a) nacional : é a que tem sede no país e se regula pela legislação pátria. b) estrangeira : deverá ser autorizada e se sujeitar às leis brasileiras e deve ter representantes no Brasil. ● 2)QUANTO À ESTRUTURA INTERNA : a) a universitas personarum :que é a corporação, um conjunto de pessoas que, apenas coletivamente, goza de certos direitos e os exerce por meio de uma vontade única, ex., as associações e as sociedades, b) a universitas bonorum, que é o patrimônio personalizado destinado a um fim que lhe dá unidade, p. ex., as fundações ● 3)QUANTO À FUNÇÕES E CAPACIDADE : ● a) DIREITO PÚBLICO 1. Direito público externo : regulamentadas pelo direito internacional; ex.: MERCOSUL, ONU, UNESCO, etc. 2. direito público interno 2.1. direito público interno de administração direta : entes federativos; 2.2. direito público interno de administração indireta : órgãos descentralizados, criados e regulamentados por lei, com personalidade jurídica própria para o exercício de atividades de interesse público; ex.: INSS, INCRA, INMETRO, USP, CVM, etc. ● b) DIREITO PRIVADO : são criadas por vontade dos particulares. 5 artificial da lei para exercer direitos patrimoniais e facilitar a função de certas entidades juristas, apresenta ndo-se como mera ficção criada pela doutrina confundindo pessoas com coisas. pelas pessoas jurídicas, que têm existência e vontade própria, distinta da de seus membros, tendo por finalidade realizar um objetivo social. realização de interesses humanos. A personalidade jurídica é um atributo que a ordem jurídica estatal outorga a entes que o merecerem. Logo, essa teoria é a que melhor atende à essência da pessoa jurídica, por estabelecer, com propriedade,que a pessoa jurídica é uma realidade jurídica I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 2. BENS Tudo aquilo que pode ser apropriado pelo homem e podem ser objetos de contratos. A) BENS PÚBLICOS E BENS PARTICULARES 6 1. Bens de uso comum do povo 2. Bens B) BENS IMÓVEIS E BENS MÓVEIS 3. FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS Acontecimentos previstos na norma que nascem, modificam, subsistem e extinguem as relações jurídicas. Acontecimentos que têm relevância para a vida jurídica. Dependem ou não da vontade humana. 1. FATOS NATURAIS/EM SENTIDO ESTRITO Dependem da vontade(ato)/ omissão humana. A) ordinário/comum: acontecem normalmente ex.:nascimento, morte, avulsão, decurso do tempo, aluvião; B) extraordinário : -caso fortuito : não pode prever e é maior que a vontade humana; -força maior: se prevê mas é maior que a vontade humana. 2. FATOS HUMANOS/EM SENTIDO AMPLO Dependem do ato humano e assim gera consequências jurídicas. A) atos lícitos : Praticado conforme o direito. -atos; -negócios jurídicos; B) atos ilícitos : são as consequências jurídicas alheias às vontades do agente. 7 8 4. OBRIGAÇÕES 5. CONTRATOS ---------------------------------------------- É uma fonte de obrigações, se aplica às regras dos negócios jurídicos. ➔ Acordo bilateral vontades (que adquire, resguarda, extingue, modifica as relações jurídicas); ➔ se aplica a todos contratos : PRINCÍPIOS CONTRATUAIS 1. AUTONOMIA DA VONTADE : tem liberdade para contratar, e fazer negócios com quem quiser. “as partes são livres para contratar, podendo, dentro da lei, estabelecer o que melhor lhe aprouver. Esta liberdade abrange o ('contratar", o "com quem contratar" e o "o que e como contratar''.” “Não pode alguém ser obrigado a contratar. Nem nos contratos compulsórios (água, luz etc.) esta liberdade é suprimida, pois ainda resta a possibilidade de não querer contratar.” ● não é absoluta. - a função social limita essa autonomia, ex.: o contrato de plano de saúde delimitar quantos dias o contratante pode ficar na uti. a) função social do contrato, princípio contratual geral, é exercida como um limitador da liberdade de contratar; 2. SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA : o Estado deve fiscalizar os contratos privados - contratos de seguro, planos de saúde, telefonia - termo : dirigismo contratual. 9 1. presume paritários e simétricos (em regra deve ser por vontade das partes em comum acordo, em exceção ao de adesão e o pacto corvina); 2. revisão contratual é exceção(art 421); 3. boa-fé objetiva; 3. CONSENSUALISMO : para o contrato ser válido, a manifestação do acordo de vontades é imprescindível - *contratos reais só se formam com a entrega. 4. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS : o contrato só produz efeito entre as partes. - exceções - RELATIVAS A TERCEIROS : a) estipulação em favor de terceiro b) promessa por fato de terceiro c) contrato com pessoa a declarar 5. OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS/FORÇA VINCULANTE DOS PROCESSOS : o contrato formado é obrigatório ser cumprido. - Pacta sunt servanda *não é absoluto ❖ clássica : caso fortuito ou força maior, não dá para cumprir por motivos além do inadimplemento. ❖ moderna/cc 2002 : onerosidade excessiva *quando ocorrer alguma das duas hipóteses poderá solicitar revisão ou resolução. 6. REVISÃO DOS CONTRATOS/ ONEROSIDADE EXCESSIVA : “Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis(PANDEMIA-COVID), sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo(REVISÃO), a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.” “Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.” 7. DA BOA-FÉ OBJETIVA : deve agir com ética na formação, execução e nas tratativas do contrato. “determina que as relações jurídicas obrigacionais ou contratuais devem ser pautadas nos preceitos de respeito, cuidado, atenção e informação.” “Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.” - romper com a boa-fé é agir de má-fé - abuso do direito (art 187) - pode responder à responsabilidade civil objetiva. “Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.” ❖ supressio(perda) e surrectio (adquire) : direito pelo lapso temporal (art 330) 10 ❖ tu quoque : dever de mitigar as próprias perdas; ❖ venire contra factum proprium : ❖ duty to mitigate the loss - EN 169, JDC. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS ● fase preliminar “não obrigatoriedade. Isto porque realizar negociações é um direito concedido pelo ordenamento, de natureza constitucional, que autoriza a livre celebração de negócios jurídicos.” “1) Negociações preliminares: fase de debates. Não existe formalização de contrato. Em regra tal fase não vincula as partes à realização da contratação, mas defendo a vinculação ao deveres anexos à boa-fé objetiva. Não haverá vinculação, porém excepcionalmente pode ser sustentada a responsabilidade civil extracontratual ou aquiliana, fundada no princípio de que os interessados na celebração de um contrato deverão comportar-se de boa-fé (Maria Helena Diniz). 2) Fase de proposta: aqui existe formalização, sendo chamada de fase de policitação. Tal fase vincula as partes. Pode se dar entre presentes e pode ocorrer entre ausentes.” VÍCIOS DE CONSENTIMENTO 11 contrato preliminar vincula as partes e deve ter todos requisitos menos a forma; ● falecimento se a obrigação for personalíssima, se extingue o contrato; senão continua a existir perante aos herdeiros/sucessores. ● falência “Trata, a rigor, da hipótese de fundada dúvida sobre a situação patrimonial da outra parte contratual. Assim, “Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la” (CC, art. 477).Percebe-se que Maria tem o direito de recusar o pagamento do preço até que a obra seja concluída ou, pelo menos, até o momento em que o empreiteiro prestar garantia suficiente de que irá realizá-la.” ● contrato entre presentes e ausentes “Presentes são as pessoas que mantêm contato direto e simultâneo uma com a outra, a exemplo daquelas que tratam do negócio pessoalmente, ou que utilizam meio de transmissão imediata da vontade (como o telefone, por exemplo). Observe-se que, em tais casos, o aceitante toma ciência da oferta quase no mesmo instante em que ela é emitida - chat, whatsapp, instagram. Ausentes, por sua vez, são aquelas pessoas que não mantêm contato direto e imediato entre si, caso daquelas que contratam por meio de carta ou telegrama (correspondência epistolar)- email.” presente - deixa de ser obrigatória - não é emitido aceite imediatamente; ausente - deixa a proposta de ser obrigatória - quando a) tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente b) não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado c) se, antes dela, ou simultaneamente, chegar aoconhecimento da outra parte a retratação do proponente. proponente (quem faz a proposta) - aceitante ou oblato (quem recebe/aceita a proposta); CONTRATO NULO E ANULÁVEL ➔ quando a lei descrever como proibido (se não falou nenhuma punição)- é nulo; ex.: pacto corvina (não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva - art. 426 12 CONTRATO DE ADESÃO *Contrato de Adesão - a interpretação das cláusulas será favorável ao aderente (já que ele não teve liberdade de discutir) - cláusulas de renúncia são NULAS. - foro de execução também são NULAS, ex.: cartão de crédito, o contrato diz que o foro deve ser São Paulo, mas a pessoa não se sujeita e deve protocolar ação onde reside, já que a cláusula é nula. VÍCIOS REDIBITÓRIOS A) A demanda redibitória é tempestiva, porque o vício era oculto e, por sua natureza, só podia ser conhecido mais tarde, iniciando o prazo de 30 (trinta) dias da ciência do vício. EVICÇÃO C) Não obstante a cláusula de exclusão da responsabilidade pela evicção, se Maria não sabia do risco, ou, dele informada, não o assumiu, deve José restituir o valor que recebeu pelo bem imóvel. A) podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. B) se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição a parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. ATOS UNILATERAIS Terceiro sem autorização do dono intervém em sua gestão, dirigindo de acordo com o interesse presumido do dono. D) Os atos de solidariedade e espontaneidade de Márcio na proteção dos bens de Bianca são capazes de gerar a responsabilidade desta em reembolsar as despesas necessárias efetivadas, acrescidas de juros legais. ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO “Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, 13 também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.” PROMESSA DE FATO A TERCEIRO Danilo celebrou contrato por instrumento particular com Sandro, por meio do qual aquele prometera que seu irmão, Reinaldo, famoso cantor popular, concederia uma entrevista exclusiva ao programa de rádio apresentado por Sandro, no domingo seguinte. Em contrapartida, caberia a Sandro efetuar o pagamento a Danilo de certa soma em dinheiro. 14 Todavia, chegada a hora do programa, Reinaldo não compareceu à rádio. Dias depois, Danilo procurou Sandro, a fim de cobrar a quantia contratualmente prevista, ao argumento de que, embora não tenha obtido êxito, envidara todos os esforços no sentido de convencer o seu irmão a comparecer. a) não está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por este assumida é de resultado, sendo, ainda, autorizado a Sandro obter ressarcimento por perdas e danos de Danilo. INADIMPLEMENTO D)Em caso de inadimplemento pelo devedor da obrigação assumida no contrato, este pode purgar a mora oferecendo ao credor as prestações vencidas, acrescidas da indenização ao credor dos prejuízos sofridos com a mora. Entretanto, ainda que o devedor se proponha a purgar a mora, poderá o credor rejeitar a prestação por não lhe ser mais útil, transformando a mora em inadimplemento. PACTOS ADJETOS A retrovenda, a preempção e a venda com reserva de domínio RESOLUÇÃO Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com Pedro, pagando um sinal de R $10.000,00. No dia da entrega do veículo, a garagem de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido carro. A) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto, sendo restituído o valor já pago por Maria. 15 16 17 6. COISAS se divide em direito reais, direitos de vizinhança e em posse, então as coisas abrangem tudo. “Direito das Coisas vem a ser um conjunto de normas que regem as relações jurídicas das pessoas, que visa regulamentar as relações entre os homens e as coisas, traçando normas para aquisição, exercício, conservação e perda de poder dos homens sobre as coisas. As coisas precisam ser corpóreas e incorpóreas e ter valor econômico.” (https://jarbassilvagomes.jusbrasil.com.br/artigos/548833374/resumo-direito- das-coisas) “Art. 1.225. São direitos reais: I — a propriedade; II — a superfície; III — as servidões; IV — o usufruto; V — o uso; VI — a habitação; VII — o direito do promitente comprador do imóvel; VIII — o penhor; IX — a hipoteca; X — a anticrese; XI — a concessão de uso especial para fins de moradia; XII — a concessão de direito real de uso; XIII — a laje”. “Os direitos reais na coisa alheia (jus in re aliena) ou direitos reais limitados, por sua vez, podem ser subdivididos em: a) direitos de gozo ou fruição — superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, concessão de uso especial para moradia, concessão de direito real de uso, laje; b) direitos de garantia — penhor, anticrese e hipoteca; c) direito à coisa — promessa de compra e venda” 18 POSSE “Na linha do pensamento de SAVIGNY, a posse tem uma natureza híbrida. Seria, ao mesmo tempo, um fato e um direito. Considerada em si mesmo, a posse seria um fato, mas quanto aos efeitos, seria um direito.(TEORIA SUBJETIVA - ANIMUS + CORPUS = PRECISAVA TER A VONTADE DE SER O POSSUIDOR E CONTROLE MATERIAL DA COISA QUE DESEJA A POSSE) Por outro lado, IHERING apontava no sentido de que a posse era um direito, um interesse juridicamente tutelado.(TEORIA OBJETIVA = BASTA-SE O ANIMUS E O POSSUIDOR AGIR COMO O PROPRIETÁRIO DE FATO)” Entende-se que o Código Civil Brasileiro aceita a teoria objetiva de Ihering, já que : “todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.” POSSE E DETENÇÃO POSSUIDOR - é aquele que tem de fato o exercício pleno ou não de qualquer dos poderes da propriedade; DETENTOR - é aquele que conserva a posse em nome alheio ou segue ordens do possuidor; ex.: caseiro, motorista,etc. 19 “se deixa de cumprir instruções, passando a atuar com liberdade no exercício de poderes inerentes à propriedade — usando ou fruindo —, poderá converter a sua detenção em posse, conforme já decidiu o Superior Tribunal de Justiça.” ** a ocupação de bens públicos resulta em mera detenção Q.: Sobre o constituto possessório, assinale a alternativa correta. (C) Representa uma tradição ficta. R.: O Constituto possessório caracteriza-se quando um possuidor em nome próprio passa a ter a coisa em nome de outro, mudando o caráter de sua posse. É o caso do dono que venda a coisa e passa a nela ficar como locatário ou comodatário. O constituto possessório é uma forma de aquisição de posse do tipo derivada (e não originária), pois a nova posse guarda vínculo com a posse anterior. Trata-se, na verdade, de uma tradição ficta, pois a coisa é entregue (tradição) para quem já estava com ela (ficta). POSSE DIRETA, INDIRETA e outras classificações 1. Quanto ao exercício e gozo: posse direta- quem tem a coisa em seu poder; ex.:locatário posse indireta -a quem se cede temporariamente a posse direta; ex.: locador (ele passa a posse a locatário por certo período) 2. Quanto à existência de vício: posse justa - não é violenta, injusta, clandestina e sem força posse injusta- é a que for violenta, clandestina ou precária #posse violenta - obtida mediante força física ou grave ameaça; posse clandestina - obtida às escondidas; *depois de cessar a violência, se torna posse. posse precária - quem recebe a coisa com o dever de, posteriormente, restituir, mas não devolve. 3. Quanto à legitimidade do título(ou ao elemento subjetivo): posse de boa fé - quem ignora vício ou obstáculo que impede de adquirir a coisa; posse de má fé - a posse de quem conhece o vício ou o obstáculo que impede a aquisição; 20 “possuidor de boa fé - tem direito aos frutos, indenização das benfeitorias necessárias e úteis (podendo retê-las até ser restituído); e as benfeitorias voluptuárias (luxo) tem direito a elas desde que elas não acarrete dano ao bem. E pelas despesas de produção e custeio dos frutos pendentes. possuidor de má fé - tem só pelas benfeitorias necessárias e pelas despesas de produção e custeio dos frutos.” (A) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, mas tem direito de ser ressarcido pelas despesas de produção e custeio. R.: de acordo com o art. 1.216 do CC, o possuidor de má-fé (que é o que temos no caso presente, pois era alguém que sabia que não tinha direitos sobre a coisa) responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; todavia, esse possuidor, ainda que de má-fé, tem, segundo a lei, direito às despesas da produção e custeio, de modo a não haver enriquecimento sem causa do legítimo possuidor da coisa; (C) Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções, com direito a indenização se procede de boa-fé. 21 4. Quanto ao tempo (posse nova e posse velha) Posse nova ou de força nova é a que tem menos de ano e dia. Posse velha ou de força velha é a que tem mais de ano e dia. AQUISIÇÃO, EFEITOS E PERDA aquisição 22 desde o momento em que se torna possível do exercício, em nome próprio 1. apreensão das coisas - apropriação unilateral da coisa, seja coisa sem dono(res derelicta), de ninguém (res nullius), a coisa é retirada sem a permissÃO 2. fato de dispor da coisa/direito 3. modos de aquisição em geral perda da posse 1. abandono 2. tradição 3. destruição da coisa 4. colocação fora do comércio 5. posse de outrem 6. posse ficta SUPERFÍCIE Arts. 1369 a 1377 23 24 FONTES: ❏ PASTA - DIREITO CIVIL : https://drive.google.com/drive/folders/1PLS0b5WiYjoxTN_Qp9UOf86SrWDqMlNb?usp =sharing ❏ Manual-de-Direito-Civil-2020-Volume-U%CC%81nico-Pablo-Stolze-Gagliano.pdf ❏ Maria helena diniz - Curso de Direito Civil 1 ❏ 25 https://drive.google.com/drive/folders/1PLS0b5WiYjoxTN_Qp9UOf86SrWDqMlNb?usp=sharing https://drive.google.com/drive/folders/1PLS0b5WiYjoxTN_Qp9UOf86SrWDqMlNb?usp=sharing
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