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RESUMO - DIREITO CIVIL OAB - PESSOAS, CONTRATOS - PART 1

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RESUMO DIREITO  
CIVIL​ BRASILEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. DAS PESSOAS 
1.2. Pessoa Física 
 
 
A pessoa quando nasce com vida, dispõe de ​personalidade​ e ​capacidade​. 
 
● PERSONALIDADE 
● é ser sujeito de direito ou conjunto de atributos do ser humano(patrimonial e 
extrapatrimonial). 
Maria Helena Diniz diz que “Para a doutrina tradicional​ "pessoa" é o 
ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações​, sendo sinônimo de sujeito de 
direito. O sujeito de direito é aquele que é sujeito de um dever jurídico, de uma pretensão 
ou titularidade jurídica”. 
Fábio Ulhoa explicita que “São sujeitos, entre outros, as pessoas 
naturais (homens e mulheres nascidos com vida), os nascituros (homens e mulheres em 
gestação no útero), as pessoas jurídicas (sociedades empresárias, cooperativas, fundações 
etc.), o condomínio edilício, a massa falida e outros. Todos eles são aptos a titularizar 
direitos e obrigações em variadas medidas e se cumpridas diferentes formalidades”. E 
diferencia os direitos personificados(personalizados) e os 
 
 
 
1 
 
despersonalizados(despersonalizados) - os personificados são para pessoas nascidas 
(quando tem características de personalidade) com vida *o embrião se configura como 
despersonalizado.; 
Kelsen entende que “sob o prisma kelseniano​ é a "pessoa" uma 
construção da ciência do direito​, que com esse entendimento afasta o dualismo: direito 
objetivo e direito subjetivo” 
Pela personalidade a pessoa se torna proprietário de direitos de deveres. 
 
Goffredo Telles Jr., ​os direitos da personalidade são os direitos 
subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio,​ ou seja, a identidade, a liberdade, a 
sociabilidade, a reputação, a honra, a autoria etc. 
 Os direitos de personalidade são ​intransmissíveis​, ​irrevogáveis​, ​indisponíveis​, 
ilimitados​, ​irrenunciáveis​, ​impenhoráveis​ e ​imprescritíveis​. 
 
pg.16 - livro Como Passar Em Concursos Públicos (Coleção Passe em concursos públicos; 
v. 2- 2011) 
 
● CAPACIDADE 
● é poder exercer em nome próprio. 
 
M. H. Diniz explica que​ “para ser "pessoa" basta que o homem exista, e, 
para ser "capaz",​ o ser humano precisa preencher os requisitos necessários para agir por 
si, como sujeito ativo ou passivo de uma relação jurídica. Eis por que os autores 
distinguem entre capacidade de direito ou de gozo e capacidade de exercício ou de fato”. 
A ​capacidade de direito/gozo​ é caracterizada pelo nascimento com vida, e que 
adquire automaticamente personalidade e a titularidade de direitos e deveres. 
A​ capacidade de exercício/fato​ é a aptidão conferida a quem pode ser titular de 
direitos e deveres e que pode agir em seu nome nos atos da vida civil. Assim pode alguém 
ter capacidade de direito e não ter a de exercício, como um bebê que tem uma 
propriedade mas pode exercer, sendo necessária a representação da responsável.  
 
 
 
2 
 
M. H. Diniz diferencia o conceito como “A capacidade jurídica da 
pessoa natural é limitada, pois uma pessoa pode ter o gozo de um direito, sem ter o seu 
exercício por ser incapaz, logo, seu representante legal é quem o exerce em seu nome. ​A 
capacidade de exercício pressupõe a de gozo, mas esta pode subsistir sem a de fato ou 
de exercício.” 
 ​Se 
distinguem a incapacidade relativa ou absoluta: 
M. H. Diniz: "A​ incapacidade será absoluta quando houver proibição total do 
exercício do direito pelo incapaz, acarretando, em caso de violação do preceito, a ​nulidade do ato 
(CC, art. 166, I). Logo, os absolutamente incapazes têm direitos, porém não poderão exercê-los 
direta ou pessoalmente, devendo ser representados.” 
 
M. H. Diniz: "A​ incapacidade relativa diz respeito àqueles que podem praticar 
por si os atos da vida civil desde que assistidos por quem o direito positivo encarrega deste ofício, 
em razão de parentesco, de relação de ordem civil ou de designação judicial. O efeito da violação 
desta norma é gerar a​ anulabilidade do ato​ jurídico (CC, art. 1 7 1 ,1), dependendo de iniciativa do 
lesado, havendo até hipóteses em que poderá ser confirmado ou ratificado tal ato praticado por 
relativamente incapaz sem a assistência de seu representante”. 
 
 
 
3 
 
 
A) o menor tenha 16 (dezesseis) anos completos, concedida por seus pais por instrumento 
público, independentemente de homologação judicial. 
1.3. Pessoa Jurídica 
● Entende-se como o conjunto de pessoas físicas que visa algum interesse 
comum e que é sujeito de direitos e deveres. 
M. H. Diniz explica que o conceito “surgem assim as chamadas pessoas 
jurídicas, designadas como pessoas morais (no direito francês), como pessoas coletivas 
(no direito português), como pessoas civis, místicas, fictícias, abstratas, intelectuais, de 
existência ideal, universais, compostas, universidades de pessoas e de bens”. 
Gagliano conceitua “a pessoa jurídica como o grupo humano, criado na 
forma da lei, e dotado de personalidade jurídica própria, para a realização de fins 
comuns.” 
- ESQUEMA DE TEORIAS (reprodução M.H. Diniz, fl.264/265) 
 
 
 
4 
teoria da 
ficção legal- 
Savigny 
Vareilles- 
Sommière
s 
teoria da 
equiparação- 
Windscheid e Brinz 
teoria da 
realidade 
objetiva ou 
orgânica- 
Gierke e 
Zitelmann 
teoria da realidade 
das instituições 
jurídicas- Hauriou 
só o homem é 
capaz 
de ser sujeito 
de direito, 
concluiu que a 
pessoa 
jurídica é uma 
ficção legal, 
ou seja, uma 
criação 
afirma que 
a pessoa 
jurídica 
apenas 
tem 
existência 
na 
inteligênci
a 
dos 
a pessoa jurídica é 
um patrimônio 
equiparado no seu 
tratamento jurídico 
às pessoas naturais. 
É inaceitável porque 
eleva os bens à 
categoria de sujeito 
de direitos e 
obrigações, 
há 
junto às 
pessoas 
naturais, que 
são 
organismos 
físicos, 
organismos 
sociais 
constituídos 
há um pouco de verdade 
em cada uma dessas 
concepções. Como a 
personalidade 
humana deriva do direito 
(tanto que este já privou 
seres humanos 
de personalidade — os 
escravos, p. ex.), da mesma 
forma ele pode concedê- 
la a agrupamentos de 
pessoas ou de bens que 
tenham por escopo a 
 
 
 
 
 
 
● CLASSIFICAÇÕES DE PESSOAS JURÍDICAS  
● 1)QUANTO À NACIONALIDADE :  
a) nacional : é a que tem sede no país e se regula pela 
legislação pátria. 
b) estrangeira : deverá ser autorizada e se sujeitar às leis 
brasileiras e deve ter representantes no Brasil. 
● 2)QUANTO À ESTRUTURA INTERNA : 
a) a universitas personarum :que é a corporação, um conjunto 
de pessoas que, apenas coletivamente, goza de certos 
direitos e os exerce por meio de uma vontade única, ex., as 
associações e as sociedades, 
b) a universitas bonorum, que é o patrimônio personalizado 
destinado a um fim que lhe dá unidade, p. ex., as fundações 
● 3)QUANTO À FUNÇÕES E CAPACIDADE : 
● a) DIREITO PÚBLICO 
1. Direito público externo : regulamentadas pelo direito 
internacional; ex.: MERCOSUL, ONU, UNESCO, etc. 
2. direito público interno  
2.1. direito público interno de administração direta : entes 
federativos;  
2.2. direito público interno de administração indireta : 
órgãos descentralizados, criados e regulamentados por lei, 
com personalidade jurídica própria para o exercício de 
atividades de interesse público; ex.: INSS, INCRA, INMETRO, 
USP, CVM, etc. 
● b) DIREITO PRIVADO : são criadas por vontade dos particulares. 
 
 
 
5 
artificial da lei 
para exercer 
direitos 
patrimoniais e 
facilitar 
a função de 
certas 
entidades 
juristas, 
apresenta
ndo-se 
como 
mera 
ficção 
criada pela 
doutrina 
 
confundindo 
pessoas com coisas. 
 
pelas pessoas 
jurídicas, que 
têm existência 
e vontade 
própria, 
distinta da de 
seus 
membros, 
tendo por 
finalidade 
realizar um 
objetivo 
social. 
realização 
de interesses humanos. A 
personalidade jurídica é um 
atributo que 
a ordem jurídica estatal 
outorga a entes que o 
merecerem. Logo, essa 
teoria 
é a que melhor atende à 
essência da pessoa 
jurídica, por estabelecer, 
com 
propriedade,que a pessoa 
jurídica é uma realidade 
jurídica 
 
 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas;  
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
 
 
 
 
 2. BENS 
Tudo aquilo que pode ser apropriado pelo homem e podem ser objetos 
de contratos. 
A) BENS PÚBLICOS E BENS PARTICULARES  
 
 
 
 
6 
 
1. Bens de uso comum do povo 
2. Bens  
B) BENS IMÓVEIS E BENS MÓVEIS  
3. FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
Acontecimentos previstos na norma que nascem, modificam, subsistem e extinguem as 
relações jurídicas. 
 
Acontecimentos que têm relevância para a vida jurídica. 
 
Dependem ou não da vontade humana. 
 
1. FATOS NATURAIS/EM SENTIDO ESTRITO 
Dependem da vontade(ato)/ omissão humana. 
 
A) ordinário/comum: acontecem normalmente ex.:nascimento, morte, avulsão, decurso 
do tempo, aluvião; 
B) extraordinário : -caso fortuito : não pode prever e é maior que a vontade humana; 
-força maior: se prevê mas é maior que a vontade humana. 
 
2. FATOS HUMANOS/EM SENTIDO AMPLO 
Dependem do ato humano e assim gera consequências jurídicas. 
A) atos lícitos : Praticado conforme o direito. -atos; -negócios jurídicos; 
B) atos ilícitos : são as consequências jurídicas alheias às vontades do agente. 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
4. OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
5. CONTRATOS​ ---------------------------------------------- 
 
 
É uma fonte de obrigações, se aplica às regras dos negócios jurídicos. 
 
➔ Acordo bilateral vontades (que adquire, resguarda, extingue, modifica as relações 
jurídicas); 
➔ se aplica a todos contratos : 
 
PRINCÍPIOS CONTRATUAIS  
1. AUTONOMIA DA VONTADE : tem liberdade para contratar, e fazer negócios com 
quem quiser.  
“as partes são livres para contratar, podendo, dentro da lei, estabelecer o que melhor 
lhe aprouver. Esta liberdade abrange o ('contratar", o "com quem contratar" e o "o que 
e como contratar''.” 
 
“Não pode alguém ser obrigado a contratar. Nem nos contratos compulsórios (água, 
luz etc.) esta liberdade é suprimida, pois ainda resta a possibilidade de não querer 
contratar.” 
 
● não é absoluta. - a função social limita essa autonomia, ex.: o contrato de 
plano de saúde delimitar quantos dias o contratante pode ficar na uti. 
a) função social do contrato, princípio contratual geral, é exercida como um limitador da 
liberdade de contratar; 
 
2. SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA : o Estado deve fiscalizar os contratos privados - 
contratos de seguro, planos de saúde, telefonia - termo : dirigismo contratual. 
 
 
 
 
9 
1. presume paritários e simétricos (em regra deve ser por vontade das partes em 
comum acordo, ​em exceção ao de adesão e o pacto corvina); 
2. revisão contratual é exceção(art 421); 
3. boa-fé objetiva; 
 
3. CONSENSUALISMO :​ para o contrato ser válido, a manifestação do acordo de 
vontades é imprescindível -  
*contratos reais só se formam com a entrega.  
  
4. RELATIVIDADE DOS CONTRATOS ​: o contrato só produz efeito entre as partes. 
- exceções - RELATIVAS A TERCEIROS : 
a) estipulação em favor de terceiro  
b) promessa por fato de terceiro  
c) contrato com pessoa a declarar  
 
5. OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS/FORÇA VINCULANTE DOS PROCESSOS : o 
contrato formado é obrigatório ser cumprido. -​ ​Pacta sunt servanda 
*não é absoluto 
❖ clássica : caso fortuito ou força maior, não dá para cumprir por motivos além 
do inadimplemento. 
❖ moderna/cc 2002 : onerosidade excessiva 
*quando ocorrer alguma das duas hipóteses poderá ​solicitar revisão ou 
resolução. 
 
6. REVISÃO DOS CONTRATOS/ ONEROSIDADE EXCESSIVA :  
“​Art. 317. Quando,​ por motivos imprevisíveis(PANDEMIA-COVID)​, sobrevier 
desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua 
execução, poderá o juiz ​corrigi-lo(REVISÃO), ​a pedido da parte, de modo que assegure, 
quanto possível, o valor real da prestação.” 
 
“Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, ​se a prestação de uma 
das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, 
em ​virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis​, poderá o devedor pedir 
a ​resolução do contrato.​ Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da 
citação.” 
 
7. DA BOA-FÉ OBJETIVA : deve agir com ética na formação, execução e nas tratativas 
do contrato. 
“determina que as relações jurídicas obrigacionais ou contratuais devem ser 
pautadas nos preceitos de respeito, cuidado, atenção e informação.” 
 
“​Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, 
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.” 
 
- romper com a boa-fé é agir de má-fé - abuso do direito (art 187) - pode responder à 
responsabilidade civil objetiva. 
“​Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,​ excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu ​fim econômico ou social, pela boa-fé 
ou pelos bons costumes.” 
 
❖ supressio(perda) e surrectio (adquire) : direito pelo lapso temporal (art 330) 
 
 
 
10 
 
❖ tu quoque : dever de mitigar as próprias perdas; 
❖ venire contra factum proprium :  
❖ duty to mitigate the loss - EN 169, JDC. 
 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
● fase preliminar  
“não obrigatoriedade. Isto porque realizar negociações é um direito concedido 
pelo ordenamento, de natureza constitucional, que autoriza a livre celebração 
de negócios jurídicos.” 
 
“1) Negociações preliminares: fase de debates. Não existe formalização de contrato. Em 
regra tal fase não vincula as partes à realização da contratação, mas defendo a 
vinculação ao deveres anexos à boa-fé objetiva. Não haverá vinculação, porém 
excepcionalmente pode ser sustentada a responsabilidade civil extracontratual ou 
aquiliana, fundada no princípio de que os interessados na celebração de um contrato 
deverão comportar-se de boa-fé (Maria Helena Diniz). 
 
2) Fase de proposta: aqui existe formalização, sendo chamada de fase de policitação. Tal 
fase vincula as partes. Pode se dar entre presentes e pode ocorrer entre ausentes.” 
 
 
VÍCIOS DE CONSENTIMENTO  
 
 
 
 
 
11 
 
 
contrato preliminar 
vincula as partes e deve ter todos requisitos menos a forma; 
 
● falecimento  
se a obrigação for personalíssima, se extingue o contrato; senão continua a existir 
perante aos herdeiros/sucessores. 
 
● falência 
“Trata, a rigor, da hipótese de fundada dúvida sobre a situação patrimonial da outra parte 
contratual. Assim, “Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a 
uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar 
duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe 
incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la” 
(CC, art. 477).Percebe-se que Maria tem o direito de recusar o pagamento do preço até que a 
obra seja concluída ou, pelo menos, até o momento em que o empreiteiro prestar garantia 
suficiente de que irá realizá-la.” 
 
● contrato entre presentes e ausentes  
“Presentes são as pessoas que mantêm contato direto e simultâneo uma com 
a outra, a exemplo daquelas que tratam do negócio pessoalmente, ou que 
utilizam meio de transmissão imediata da vontade (como o telefone, por 
exemplo). Observe-se que, em tais casos, o aceitante toma ciência da oferta 
quase no mesmo instante em que ela é emitida - chat, whatsapp, instagram. 
Ausentes, ​por sua vez, são aquelas pessoas que ​não​ mantêm contato direto 
e imediato entre si​, caso daquelas que contratam por meio de carta ou 
telegrama (correspondência epistolar)- email.” 
 
presente - deixa de ser obrigatória - não é emitido aceite imediatamente; 
ausente - deixa a proposta de ser obrigatória - quando   
a) tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente 
b) não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado 
c) se, antes dela, ou simultaneamente, chegar aoconhecimento da outra parte a retratação do 
proponente. 
 
proponente (quem faz a proposta) - aceitante ou oblato (quem recebe/aceita a proposta); 
 
CONTRATO NULO E ANULÁVEL 
➔ quando a lei descrever como proibido (se não falou nenhuma punição)- é nulo; ex.: 
pacto corvina (não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva - art. 426 
 
 
 
 
 
12 
 
CONTRATO DE ADESÃO 
*Contrato de Adesão - a interpretação das cláusulas será favorável ao aderente (já que 
ele não teve liberdade de discutir) 
- cláusulas de renúncia são NULAS. 
- foro de execução também são NULAS, ex.: cartão de crédito, o contrato diz que o 
foro deve ser São Paulo, mas a pessoa não se sujeita e deve protocolar ação onde 
reside, já que a cláusula é nula. 
 
VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
  
A) A demanda redibitória é tempestiva, porque o vício era oculto e, por sua natureza, só podia 
ser conhecido mais tarde, iniciando o prazo de 30 (trinta) dias da ciência do vício. 
 
EVICÇÃO  
C) Não obstante a cláusula de exclusão da responsabilidade pela evicção, se Maria não sabia do 
risco, ou, dele informada, não o assumiu, deve José restituir o valor que recebeu pelo bem imóvel. 
 
A) podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a 
responsabilidade pela evicção. 
 
 
B) se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do 
contrato e a restituição a parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. 
 
ATOS UNILATERAIS  
Terceiro sem autorização do dono intervém em sua gestão, dirigindo de acordo com o 
interesse presumido do dono. 
 
D) Os atos de solidariedade e espontaneidade de Márcio na proteção dos bens de Bianca 
são capazes de gerar a responsabilidade desta em reembolsar as despesas necessárias 
efetivadas, acrescidas de juros legais. 
 
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO 
 
“Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da 
obrigação. Parágrafo único. ​Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, 
 
 
 
13 
 
também é permitido exigi-la, ​ficando, todavia, sujeito às condições e normas do 
contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.” 
 
 
 
PROMESSA DE FATO A TERCEIRO  
Danilo celebrou contrato por instrumento particular com Sandro, por meio do qual aquele 
prometera que seu irmão, Reinaldo, famoso cantor popular, concederia uma entrevista 
exclusiva ao programa de rádio apresentado por Sandro, no domingo seguinte. Em 
contrapartida, caberia a Sandro efetuar o pagamento a Danilo de certa soma em dinheiro. 
 
 
 
14 
 
Todavia, chegada a hora do programa, Reinaldo não compareceu à rádio. Dias depois, 
Danilo procurou Sandro, a fim de cobrar a quantia contratualmente prevista, ao 
argumento de que, embora não tenha obtido êxito, envidara todos os esforços no sentido 
de convencer o seu irmão a comparecer.  
 
a) não está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por este assumida é 
de resultado, sendo, ainda, autorizado a Sandro obter ressarcimento por perdas e danos 
de Danilo. 
 
INADIMPLEMENTO  
D)Em caso de inadimplemento pelo devedor da obrigação assumida no contrato, este 
pode purgar a mora oferecendo ao credor as prestações vencidas, acrescidas da 
indenização ao credor dos prejuízos sofridos com a mora. Entretanto, ainda que o devedor 
se proponha a purgar a mora, poderá o credor rejeitar a prestação por não lhe ser mais 
útil, transformando a mora em inadimplemento. 
 
 
PACTOS ADJETOS  
A retrovenda, a preempção e a venda com reserva de domínio 
 
RESOLUÇÃO  
 
Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com Pedro, pagando um 
sinal de R $10.000,00. No dia da entrega do veículo, a garagem de Pedro foi invadida por 
bandidos, que furtaram o referido carro.  
A) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto, sendo restituído o 
valor já pago por Maria. 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
16 
 
  
 
 
17 
 
 
 
 
 
6. COISAS 
 
se divide em direito reais, direitos de vizinhança e em posse, então as coisas 
abrangem tudo. 
“​Direito das Coisas vem a ser um conjunto de normas que regem as relações 
jurídicas das pessoas, que visa regulamentar as relações entre os homens e as 
coisas, traçando normas para aquisição, exercício, conservação e perda de 
poder dos homens sobre as coisas. As coisas precisam ser corpóreas e 
incorpóreas e ter valor econômico.” 
(https://jarbassilvagomes.jusbrasil.com.br/artigos/548833374/resumo-direito-
das-coisas) 
 
“Art. 1.225. São direitos reais: 
I — a propriedade; 
II — a superfície; 
III — as servidões; 
IV — o usufruto; 
V — o uso; 
VI — a habitação; 
VII — o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII — o penhor; 
IX — a hipoteca; 
X — a anticrese; 
XI — a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII — a concessão de direito real de uso; 
XIII — a laje”. 
 
“Os direitos reais na coisa alheia (jus in re aliena) ou direitos reais limitados, 
por sua vez, podem ser subdivididos em: 
a) direitos de gozo ou fruição — superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, 
concessão de uso especial para moradia, concessão de direito real de uso, 
laje; 
b) direitos de garantia — penhor, anticrese e hipoteca; 
c) direito à coisa — promessa de compra e venda” 
 
 
 
 
18 
 
 
POSSE 
“Na linha do pensamento de SAVIGNY, a posse tem uma natureza híbrida. 
Seria, ao mesmo tempo, um fato e um direito. Considerada em si mesmo, a 
posse seria um fato, mas quanto aos efeitos, seria um direito.(TEORIA 
SUBJETIVA - ANIMUS + CORPUS = PRECISAVA TER A VONTADE DE SER O 
POSSUIDOR E CONTROLE MATERIAL DA COISA QUE DESEJA A POSSE) 
Por outro lado, IHERING apontava no sentido de que a posse era um direito, 
um interesse juridicamente tutelado.(TEORIA OBJETIVA = BASTA-SE O ANIMUS 
E O POSSUIDOR AGIR COMO O PROPRIETÁRIO DE FATO)” 
 
Entende-se que o Código Civil Brasileiro aceita a teoria objetiva de Ihering, já que : 
 
“todo aquele que ​tem de fato o exercício, pleno ou não,​ de algum dos poderes 
inerentes à propriedade.” 
 
 
POSSE E DETENÇÃO 
POSSUIDOR - é aquele que tem de fato o exercício pleno ou não de qualquer dos poderes 
da propriedade; 
 
DETENTOR - é aquele que conserva a posse em nome alheio ou segue ordens do 
possuidor; ex.: caseiro, motorista,etc. 
 
 
 
19 
 
 
“se deixa de cumprir instruções, passando a atuar com liberdade no exercício 
de poderes inerentes à propriedade — usando ou fruindo —, poderá converter 
a sua detenção em posse, conforme já decidiu o Superior Tribunal de Justiça.” 
 
** a ocupação de bens públicos resulta em mera detenção 
 
Q.: Sobre o constituto possessório, assinale a alternativa correta. (C) Representa uma 
tradição ficta. R.: O Constituto​ possessório​ caracteriza-se quando um ​possuidor em nome 
próprio passa a ter a coisa em nome de outro, mudando o caráter de sua posse.​ É o caso 
do dono que venda a coisa e passa a nela ficar como locatário ou comodatário. O 
constituto possessório é uma forma de aquisição de posse do tipo derivada (e não 
originária), pois a nova posse guarda vínculo com a posse anterior. Trata-se, na verdade, 
de uma​ tradição ficta, ​pois a coisa é entregue (tradição) para quem já estava com ela 
(ficta). 
 
 
POSSE DIRETA, INDIRETA e outras classificações 
1. Quanto ao exercício e gozo: 
posse direta- quem tem a coisa em seu poder; ex.:locatário 
posse indireta -a quem se cede temporariamente a posse direta; ex.: locador (ele passa                           
a posse a locatário por certo período) 
 
2. Quanto à existência de vício: 
posse justa - não é violenta, injusta, clandestina e sem força 
posse injusta- é a que for violenta, clandestina ou precária 
#posse violenta - obtida mediante força física ou grave ameaça;  
posse clandestina - obtida às escondidas; 
*depois de cessar a violência, se torna posse. 
posse precária - quem recebe a coisa com o dever de, posteriormente, restituir, mas                           
não devolve. 
 
3. Quanto à legitimidade do título(ou ao elemento subjetivo): 
posse de boa fé - quem ignora vício ou obstáculo que impede de adquirir a coisa; 
posse de má fé - a posse de quem conhece o vício ou o obstáculo que impede a                                   
aquisição; 
 
 
 
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“possuidor de boa fé - tem direito aos frutos, indenização das benfeitorias necessárias e úteis (podendo                               
retê-las até ser restituído); e as benfeitorias voluptuárias (luxo) tem direito a elas desde que elas não                                 
acarrete dano ao bem. E pelas despesas de produção e custeio dos frutos pendentes. 
possuidor de má fé - tem só pelas benfeitorias necessárias e pelas despesas de produção e custeio dos                                   
frutos.” 
 
(A) Francisco deve restituir a Gabriel todos os frutos colhidos e percebidos, mas tem direito de ser                                 
ressarcido pelas despesas de produção e custeio. R.: de acordo com o art. 1.216 do CC, ​o possuidor de                                     
má-fé (que é o que temos no caso presente, pois era alguém que sabia que não tinha direitos sobre a                                       
coisa) responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de                                   
perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; todavia, esse possuidor, ainda que de má-fé,                                 
tem, segundo a lei, ​direito às despesas da produção e custeio​, de modo a não haver enriquecimento sem                                   
causa do legítimo possuidor da coisa; 
 
 
 
(C) Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do                           
proprietário, as sementes, plantas e construções, ​com direito a indenização se procede                       
de ​boa-fé.  
 
 
 
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4. Quanto ao tempo (posse nova e posse velha) 
Posse nova ou de força nova é a que tem menos de ano e dia. 
Posse velha ou de força velha é a que tem mais de ano e dia. 
 
 
AQUISIÇÃO, EFEITOS E PERDA  
 
aquisição  
 
 
 
 
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desde o momento em que se torna possível do exercício, em nome próprio 
1. apreensão das coisas - apropriação unilateral da coisa, seja coisa sem dono(res 
derelicta), de ninguém (res nullius), a coisa é retirada sem a permissÃO  
2. fato de dispor da coisa/direito  
3. modos de aquisição em geral 
 
 
perda da posse  
1. abandono 
2. tradição  
3. destruição da coisa 
4. colocação fora do comércio 
5. posse de outrem  
6. posse ficta  
 
 
 
 
 
SUPERFÍCIE 
Arts. 1369 a 1377 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FONTES: 
 
❏ PASTA - DIREITO CIVIL : 
https://drive.google.com/drive/folders/1PLS0b5WiYjoxTN_Qp9UOf86SrWDqMlNb?usp
=sharing 
 
❏ Manual-de-Direito-Civil-2020-Volume-U%CC%81nico-Pablo-Stolze-Gagliano.pdf 
❏ Maria helena diniz - Curso de Direito Civil 1  
❏  
 
 
 
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https://drive.google.com/drive/folders/1PLS0b5WiYjoxTN_Qp9UOf86SrWDqMlNb?usp=sharing
https://drive.google.com/drive/folders/1PLS0b5WiYjoxTN_Qp9UOf86SrWDqMlNb?usp=sharing

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