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RESUMO PROCESSO PENAL I INTRODUÇÃO: Processo penal é um conjunto de normas que tem o objetivo de aplicar a um caso concreto a pena. Trata-se de uma seqüência de procedimentos processuais, a fim de solucionar o fato e punir o causador do crime. É de responsabilidade do Poder Judiciário julgar e resolver os conflitos com o devido processo legal, é através dele que o Estado exerce seu “jus puniendi”, ou seja, direito de punir. PRINCIPIOS (15): VERDADADE REAL: O juiz pode pedir a produção de mais provas se houver alguma duvida. IGUALDADE DAS PARTES: As partes do processo penal 1: quem acusa, 2: quem defende, 3: quem decide. Possuem igualdade de direito e deveres. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA: Direito de participar, de contestar a acusação, de saber de todos os atos. INICIATIVA DAS PARTES: É necessário a iniciativa de uma das partes para que se entre com a ação, o MP ou o Juiz não podem entrar com uma ação sozinhos, salvo disposição em contrário. IDENTIDADE FISICA DO JUIZ: O juiz que deu inicio ao processo deve sentenciar. JUIZ NATURAL: As partes devem ter conhecimento do juiz que julgará o caso, desde a distribuição. DEVIDO PROCESSO LEGAL: Não se pode prender sem ser flagrante, salvo nos casos de ser prisão preventiva ou temporária, até a sentença do juiz. INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS ILÍCITAS: As provas devem ser produzidas apenas por meios lícitos, não podem ser provas que ferem direitos e garantias fundamentais a não ser que beneficie o imputado. Delação não é uma prova. IN DUBIO PRO RÉU: No caso de duvida, o juiz devera julgar o imputado inocente. OBRIGATORIEDADE/LEGALIDADE: O MP não poderá deixar de agir quando notar que existe fato tipíco, ilícto e culpavel. PRESUNÇÃO DE INOCENCIA: Até a sua sentença, o imputado deve ser considerado inocente. DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: Direito ao recurso em segunda estância quando se discorda da sentença proferida na primeira. PUBLICIDADE: Os atos e audiências devem ser de portas abertas. EXCEÇÕES: Art. 729, CPP. PERSUASÃO RACIONAL DE LIVRE CONVENCIMENTO: Tudo o que não está nos autos, não existe e não deve ser considerado para o julgamento do processo. IMPARCIALIDADE DO JUIZ: O Juiz deve ser imparcial sobre o processo e as partes. JURISDICIONALIDADE: Todos tem o direito a ser julgado por um juiz natural, imparcial e garantidor. INQUÉRITO POLICIAL: é um conjunto de provas realizadas pela Policia Civil ou Policia Judiciaria visando elucidar as infrações penais e sua autoria e sua finalidade é investigar o fato ilícito e seu possível autor. – Art. 27, CPP. · Quando ocorre o fato criminoso, típico e culpável, a polícia é chamada, deve se dirigir ao local e realizar os procedimentos pré processuais como isolar o local, colher as provas e os depoimentos das testemunhas. · É uma peça administrativa, mas não desprezavel, que deve ser escrita, sigilosa – menos pro advogado – e inquisitiva. · Qualquer medida que os policiais precisem tomar que viole os direitos fundamentais, devem ter um mandado do juiz autorizando o ato. PERSECUÇÃO PENAL: como deve ser realizado o inquérito. Art. 6°, CPP. RECONHECIMENTO DO AUTOR PELA VÍTIMA: pode ser por fotos guardadas no sistema da delegacia, por desenho pela discrição feita pela vitíma ou o reconhecimento onde ficam 5 pessoas com caracteristicas parecidas. PRAZO: Art. 10, CPP – quando estiver o imputado preso não pode ocorrer a dilatação do prazo. INICIAÇÃO: O inquérito se inicia com a portaria ou a prisão em flagrante e termina com um relatório do delegado de polícia. · Quando tem a requisição do MP, a polícia não pode negar, quando houver uma requerimento do ofendido e o MP acreditar que não existe necessidade, a polícia pode se negar a fazer. INQUÉRITO POLICIAL NA AÇÃO PENAL PRIVADA: Art. 5°, CPP. PRAZO: Art. 38. ARQUIVAMENTO: Os autos do inquérito é encaminhado para o Juiz e depois é distribuído para o MP – Art. 10. · Delegado NÃO pode arquivar, o MP pode requerer o arquivamento, mas apenas o Juiz pode arquivar o inquérito. DELAÇÃO PREMIADA: Tem a vantagem de redução da pena de 1/3 a 2/3 ou perdão judicial caso seja réu primario. No caso de sequestro para ocorrer a delação a vitima só precisa ser encontrada com vida; Usar a liberdade de alguém como moeda de troca para a delação é crime. MINISTÉRIO PUBLICO: OFERECER A DENUNCIA: Tendo os requisitos necessários, abre-se a denuncia. – Art. 46. PEDIR O ARQUIVAMENTO: Não estando presente os requerimentos necessários, pede-se o arquivamento do inquérito. – Art. 28. NOVAS DELIGÊNCIAS: Ao receber o inquérito, pede-se a produção de mais e/ou novas provas para acreditar no crime e então abrir o processo. AÇÃO PENAL: em regra a ação penal é promovida pelo Estado, exercida pelo MP. MP: dono da ação. – Delegado: investiga e manda para o MP. – Queixa Crime: petição incial da ação penal privada. Art. 24, CPP: Para existir ação penal é necessário o acusado e o MP. · O Direito de ação é subjetivo, público e abstrato. · O Estado não pode punir sem o processo. CONDIÇÕES DA AÇÃO: Possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade para agir. PRAZO PRESCRICIONAL: 6 meses a partir do conhecimento do autor, respeitando a prescrição do crime. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: - Requisitos de validade do processo, este deve ser instaurado perante o juiz competente e imparcial, e as partes devem ter capacidade para estar em juizo; - As partes também devem estar represntadas por advogados regularmente inscritos na OAB. - A petição inicial deve conter requisitos legal – Art. 41, CPP – e a citaçãi di réu deve ser feita com estrita obediência às normas processuais. - O aditamento da denuncia é possível em qualquer momento do processo. CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL: 1- AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA – Art. 129, CF. PRINCIPIOS: Oficialidade: Uma vez iniciado, deve ser impulsionado pelo juiz, independente da vontade das partes. Indisponibilidade: O MP não pode desistir da ação penal. – Art. 42, CPP. Legalidade/Obrigatoriedade: Se houver os elementos mínimos, o MP deve entrar com a ação. – Art. 28, CPP Inadmissibilidade: Todos que cometeram o crime devem ser processados, sem distinção alguma. Intranscedência: A pena não pode passar da pessoa do acusado. DENUNCIA: Tudo o que está no inquérito. REQUISITOS: Arts. 41 e 395, CPP. 2- AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO – Arts. 24, 25, 31, 34, 36, CPP. – É necessário a vontade da vítima para se entrar com a ação. Ex: Estupro. · A vítima pode se retratar até o oferecimento da denúncia, depois disso a ação pertence ao MP. REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: - Crimes contra a honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro; - Casos de persecução a crimes praticados no estrangeiro brasileiro; - Nos crimes de injúria praticados contra o presidente brasileiro. DA DENÚNCIA E DA QUEIXA – Art. 41 - Endereçamento; Descrição complera dos fatos (383, CPP); Qualificação do denunciado; Rol de testemunhas (Ordinário e 1° fase do juri: 8 testemunhas, Sumário e 2° fase: 5); Pedido de condenação; Assinatura. RECURSOS CABÍVEIS: Não se fala em recurso do arquivamento do inquérito, quando o juiz recebe a denúncia; Rejeita: Estreita do promotor para a segunda estância; Juizado Especial: Apelação. 3- AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA – interessam somente a vítima privativamente. 3.1. COMUM 3.2. PERSONALÍSSIMA: único exemplo art. 236, CP. 3.3 SUBSIDIÁRIA DA PUBLICA PRINCIPIOS: Oportunidade/Conveniencia: Se não houver relevante valor social, pode existir um outro tipo de punição. Disponibilidade: Existe a faculdade de apresentar ou não sua pretensão em juizo. Indivisibilidade: Todos os autores do crime devem ser processados juntos, sem distinção. REQUISITOS: Queixa crime, denuncia, petição inicial; Querelante e querelado; MP como fiscal da lei. EXTINÇÃO DA AÇÃO PENAL PRIVADA: RENUNCIA: Antes do processo, o autor desiste do direito. Unilateral; (104, CP e 49, CPP) PERDÃO: Depois de proposta a ação penal. O réu deve concordar, então é bilateral. Expresso ou Tácito e o prazo é de 3 dias para a aceitação do imputado.PEREMPÇÃO (terminativo): Art. 60, CPP. 3.3 SUBSIDIÁRIA DA PUBLICA: Art. 5°, LIX, CF e 24, CPP – Ação penal para quando o MP fica inérte e perde algum prazo. · Nome do MP nesse processo é INTERVENIENTE ADESIVO OBRIGATÓRIA. PRAZO: Art. 46, CPP. RECURSO: Rejeição da queixa – Art. 581, CPP. AÇÃO CIVIL “EX DELICTO” – Art. 63, 64, 65, 66, 67, 68, 386, CPP e 91, CP – Ação de indenização para a vítima pelo dano sofrido. · No crime de tráfico de drogas não se fala em indenização. · A reponsabilidade civil é independe da criminal, ou seja, ela independe da sentença no juízo criminal · Aquele que causar dano a outrem deverá indenizar o prejuízo causado.
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