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Fitoterapia Alterações do sistema digestivo Dispepsia Distúrbios associados a excessos alimentares, alterações fisiológicas e funcionais crônicas – síndrome da má digestão e absorção de nutrientes da dieta. Principais sintomas: sensação de estomago pesado, flatulência, sensação de sonolência pós prandial, regurgitação acidas e acidez estomacal, eructações; progressão – estômago revirado, náusea, vômito e enxaqueca; cronicamente – edemas emaciação, perda ponderal, fezes oleosas e volumosas, anemia, glossite – processos ulcerativos da mucosa digestiva. Tratamento: eupépticos, coleréticos e colagogos. • Eupépticos: exercitar as secreções digestivas como óleos essenciais e substâncias amargas. Estimuladores de apetite. Mecanismos envolvidos: estímulos nervosos, estímulo direto sobre a musculatura lisa = aumento tônus e aumento peristaltismo; relaxamento esfíncter esofagiano inferior = eructação, diminui flatulência; atuação dos p.a sobre o bolo alimentar: emulsificação de gordura e liberação de gases retidos no bolo digestivo; aumento de secreção gástrica e hepática e ação antisséptica dos óleos essenciais sobre bactérias no bolo digestivo. Drogas eupépticas Boldo do Chile- Peumus boldus – folhas Camomila- Matricaria recutita- capítulos florais Genciana – Genciana lutea – Raizes Gengibre- Gengibre officinale- Rizomas Hortelã – Mentha sp_- Sumidades floridas Jurubeba – Solanum paniculatum – folhas raizes e frutos Quassia – Quassia amara- Lenho Carminativas: • Eliminar excesso de gases • Óleos essenciais e flavonoides • Ação espasmolítica – secretolitica e antiseptica • Combinação com drogas amargas, espasmoliticas , picantes e sedativas – administração durante ou após as refeições. Infusão carminativa • Valeriana officinalis ( raiz) 25 g; • Carum carvi ( fruto) 25g; • Mentha piperita ( folha) 25 g; • Camomila ( sumidade floral) 25 g; • Dose : 2 colheres de chá por xícara; • Tomar 1 xicara após o almoço e o jantar. Infusão tônica – amarga/orexígena • Gentiana lutea ( raiz); • Citrus auratium ( casca) 20 g 20 g; • Centaurium erythea ( sumidade floral) 20 g; • Artemisia absinthium ( sumidade floral) 20 g; • Cinnamomum zeylanicum 20 g; • Dose: 1 colher de sopa por xicara. Tampar. • Abafar 10 minutos. Tomar 1 hora antes das refeições. Cápsulas carminativas • Extrato seco de Coriandrum sativum 100 g; • Extrato seco de Pimpinella anisum 75 g; • Extrato seco de Foeniculum vulgare 75 g; • Para uma capsula n° 1; • Dose: tomar 3 capsulas diárias, após as refeições. Alachofa: Antioxidante – luteolina-7-glicosideo, cinarina, acido clorogênico; redução de AST e ALT – guanosia trifosfato (GTP); Efeito benéfico na concentração de colesterol total; HDL e LDL; a efetividade do extrato frente aos transtornos digestivos (vômitos, dor abdominal, náuseas, flatulências, etc.) Boldo: hepatoprotetor - proteção contra agentes externos toxicos ao hepatocito – infecciosos ou contaminantes. Dieta - gorduras carboidratos de assimilaçao rápida. Aumento de colina e lecitina ( solubilização). Masticação lenta e pausada + liquidos antes/após. Plantas coleréticas Colerétia e colagoga Plantas colagogas Plantas hepatoprotetoras Gastrite / Úlcera ● ↓ da secreção do HCL e pepsina: espinheira santa, guaçatonga, zedoária e mil em ramas. ● Proteção da mucosa gástrica: alcaçuz, malva, espinheira santa. ● ↓ da dor com analgésicos e espasmolítico: camomila, melissa, macela, hortelã e funcho. ● Antiinflamatórios: alcaçuz, calêndula, mil folhas, espinheira santa, macela, camomila e erva baleeira. ● Sedativo: melissa, capim limão e valeriana. ● Carminativo: funcho, erva doce e zedoária. ● Antimicrobianos: alcaçuz, espinheira santa, aquiléia, tomilho e alecrim. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL É toda alteração funcional do trânsito intestinal – localizada no intestino grosso– devida a uma deficiência na intensidade dos movimentos peristálticos, resultando em atraso na evacuação das fezes. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL ATÔNICA: redução da motricidade do cólon, cuja causa está na menor tonicidade e/ou potência da musculatura intestinal e mesmo extra-intestinal (parede do abdome, diafragma e pelve). CONSTIPAÇÃO INTESTINAL ESPÁSTICA: reflete um estado de hipotonia neurogênica do cólon. Pode acontecer o caso de uma constipação com fundo hipertônico (cólon irritável) para a qual seria necessária a associação de um laxante suave e um antiespasmódico. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL DISCINÉTICA: reflete uma perda de função evacuatória localizada na parte terminal do intestino grosso, onde o reflexo evacuatório normal se encontra prejudicado. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL FORMADORES DE MASSA: são substâncias que aumentam, em razão de sua massa, o volume do conteúdo intestinal, colaborando para incrementar a atividade motora. (12 a 24 horas). CONSTIPAÇÃO INTESTINAL FORMADORES DE MASSA: PRODUTOS RICOS EM CELULOSE: Farelo de trigo (12-30g/dia), grãos integrais, fibras. Estimulador mecânico e geração de ácidospelas bactérias. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL FORMADORES DE MASSA: PRODUTOS RICOS EM MUCILAGENS: Recomenda-se o uso de bastante água (200- 250mL por tomada) Tratamento de pelo menos 2 a 3 dias. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL OSMÓTICOS: PRODUTOS RICOS EM MANITOL E SORBITOL: Hoje em dia são produzidos por hemi-síntese. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL OLEOSOS OU LUBRIFICANTES: Substâncias que exercem um efeito lubrificante, umidificante e amolecedor sobre a matéria fecal, mudando assim sua consistência para melhorar o trânsito intestinal. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL ESTIMULANTES POR CONTATO: Laxantes antraquinônicos ou hidroxiantracênicos.O mecanismo de ação é um aumento na permeabilidade da mucosa intestinal associada a um gradiente retrógrado de água e eletrólitos, através da mesma, em direção a luz intestinal. Contra-indicação: obstrução intestinal total ou parcial, apendicites, dores abdominais de etiologia desconhecida, doença de Crohn, colite ulcerativa, gravidez, puerpério, crianças menores de 10 anos, desidratação severa. Devido a hipocalemia que pode provocar, não se recomenda com heterosídeos cardiotônicos, antiarritimicos e diuréticos. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL ESTIMULANTES NÃO ANTRACÊNCICOS: Estão em desuso por sua forma drástica de atuar e efeitos secundários que geram.
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