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Aula 02 - Identificação de Impactos

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Capítulo 2
 Identificação 
de impactos
Como apresentado no capítulo anterior, o estudo de impacto am-
biental (EIA) tem como objetivo identificar todos os impactos prováveis 
e demonstrar quais deles podem ser significativos para, então, propor 
medidas de interferência. Esse conjunto de informações será importan-
te para analisar a viabilidade ambiental do empreendimento, e, por con-
seguinte, recomendar ou não a emissão da licença prévia.
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.Os estudos iniciais do EIA, voltados à caracterização do empreendi-
mento e ao diagnóstico da região afetada, devem ser planejados com 
base em uma identificação preliminar dos prováveis impactos. Apesar 
dessa identificação preliminar não ser apresentada no EIA, ela é par-
te fundamental do planejamento das atividades do estudo. Para ajudar 
nessa tarefa, geralmente são consultados manuais técnicos, estudos 
desenvolvidos para casos semelhantes, publicações científicas e tam-
bém o próprio conhecimento da equipe envolvida no desenvolvimento 
do EIA, sempre buscando reunir impactos comuns do empreendimento 
proposto. Há inclusive várias listas de verificação (checklists) que são 
disponibilizadas por órgãos ambientais no Brasil para garantir que im-
pactos que possam ser relevantes não sejam esquecidos no processo. 
A etapa em que é elaborada a lista de impactos específica para o em-
preendimento em análise no EIA é chamada de identificação de impac-
tos. Destacaremos neste capítulo alguns dos procedimentos e métodos 
adotados para esse fim.
1 Cruzamento das características do projeto 
com as características socioambientais
A identificação de impactos é feita a partir do cruzamento de carac-
terísticas do projeto com características ambientais da localização do 
projeto proposto, de acordo com suas áreas de influência. 
Um certo tipo de projeto costuma ter alguns impactos comuns in-
dependentemente de onde ele se instala. É o caso dos impactos decor-
rentes do barramento de águas em uma barragem ou a modificação da 
orla na implantação de um porto, que são inerentes a esses empreen-
dimentos e que certamente ocorrerão em qualquer localização e para 
todo o tipo de porte e design do projeto.
Porém, há impactos específicos em algumas localizações. Por exem-
plo, em uma região com formações cársticas, os empreendimentos 
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podem vir a impedir o acesso a cavernas ou até suprimir cavidades; se 
na região houver escassez hídrica severa, mesmo projetos com consu-
mo relativamente baixo podem se mostrar inviáveis; em regiões com 
grande número de espécies endêmicas, a supressão de vegetação não 
pode ser compensada de forma que haja equivalência ecológica, levan-
do à perda de biodiversidade. Essas características podem ser modi-
ficadas em maior ou menor grau por um novo projeto, a depender de 
seu porte, das tecnologias que serão adotadas e da forma como serão 
executadas as obras, entre outros aspectos.
Cada característica do projeto e da área deve ser analisada, individual 
e conjuntamente, visando então elencar quais impactos podem ocorrer 
com base nas informações reunidas. Aqueles que foram enumerados 
na identificação preliminar devem ser revisados para verificar se são 
aplicáveis. Além disso, é possível que novos impactos sejam apontados.
É preciso que a análise seja bem detalhada em relação às informa-
ções disponíveis para que nenhum impacto relevante seja esquecido. 
Um exemplo de impacto de grande importância que não foi identifi-
cado ocorreu no caso do projeto de transposição de águas do rio São 
Francisco para o Nordeste setentrional, em que o EIA não apontou o 
impacto indireto da supressão de vegetação para implantação de novas 
áreas de irrigação. No entanto, esse EIA indicou a utilização agrícola 
dessas áreas como efeito positivo do empreendimento (BRASIL, 2004). 
Assim, as áreas foram consideradas na análise, mas um dos impactos 
não foi identificado nem analisado no EIA.
A identificação de impactos é bastante dependente das informa-
ções do diagnóstico e da caracterização do empreendimento, de for-
ma que se essas informações não forem exploradas adequadamente, 
existe grande probabilidade de impactos relevantes não serem iden-
tificados. No caso da Usina Hidrelétrica de Barra Grande, o diagnósti-
co do EIA não mencionou a existência de remanescentes de floresta 
com araucárias que abrigavam importantes espécies ameaçadas de 
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.extinção e alto índice de diversidade genética na área a ser inunda-
da pelo reservatório. As informações dessa área só foram exploradas 
quando foi solicitada a autorização para supressão da vegetação, mui-
to depois da aprovação do EIA e emissão de licença prévia e de insta-
lação (PROCHNOW, 2005).
De forma semelhante, é possível que um impacto seja identificado, 
mas que as informações do diagnóstico e da caracterização do em-
preendimento não sejam suficientes para uma avaliação adequada. 
Hipoteticamente, a comunidade local pode ter mencionado a taboa 
como importante espécie para o artesanato local, todavia, ao buscar 
informações no diagnóstico, há apenas a menção da existência da ta-
boa e que a espécie não está ameaçada de extinção, mas sem trazer 
informações sobre a localização e o futuro da área em que a taboa é co-
letada. Nessas situações, é admissível que sejam elaborados estudos 
complementares que possam auxiliar na caracterização do impacto.
Com isso, há casos em que há informações e o impacto não é iden-
tificado, e há casos em que não há informações adequadas ou a infor-
mação é insuficiente, o que também não permite a adequada identifica-
ção e análise do impacto. Para que nenhum desses problemas ocorra, 
é preciso tanto adotar boas práticas na elaboração do diagnóstico e da 
caracterização do empreendimento quanto adotar métodos sistemáti-
cos para a identificação de impactos.
O diagnóstico do estudo deve ser planejado a partir da tipologia do 
empreendimento, avaliando quais os principais componentes socio-
ambientais podem ser afetados. Por exemplo, se a tipologia for uma 
hidrelétrica, os componentes associados ao curso d’água devem ser 
considerados, como qualidade da água, regime de transporte de sedi-
mentos, processos erosivos, biota aquática, comunidades ribeirinhas 
de pesca, vegetação de APP e da área do reservatório, entre outros. Para 
uma indústria, não se pode negligenciar os estudos de qualidade do ar 
considerando as emissões do processo industrial e associando-se aos 
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limites da bacia aérea. Associada à tipologia, deve-se analisar a sensi-
bilidade do local de instalação, retomando os exemplos citados. Se a 
hidrelétrica for na Amazônia, os componentes associados à biodiver-
sidade devem ser estudados em profundidade. No caso da indústria, 
o estudo da população do entorno é muito importante para avaliar os 
futuros impactos. O diagnóstico também precisa ser analisado quanto 
às suas principais conclusões, com atenção especial para os temas 
mais sensíveis ou prioritários para a qualidade ambiental e qualidade 
de vida.
O projeto deve ser observado em relação a todas as atividades a se-
rem desenvolvidas, a localização das estruturas, consumo de recursos, 
efluentes e emissões esperadas; é preciso também observar possíveis 
impactos de estruturas associadas ao empreendimento. Linhas de 
transmissão que serão implantadas como parte de projetos ou vias de 
acesso, por exemplo, são dois casos em que os impactos podem ser 
analisados apenas parcialmente (BRASIL, 2004). O empreendedor deve 
fornecer informações com detalhamento suficiente para que o item 
de caracterização do empreendimento explicite informações relevan-
tes e permitam a identificação das atividades a serem executadas em 
cada etapa do empreendimento (genericamente identificadas em pla-
nejamento, implantação, operação e desativação). É fundamental que 
sejam disponibilizadas informações sobre o porte de cada ação; por 
exemplo, área afetada, volume de movimento de terra, número de mão 
de obra em cada etapa, volume de insumos necessários, quantitativo de 
caminhões e maquinários, local e detalhamento do canteiro de obras e 
acessos, entre outros.
Um ponto importante que influencia a identificação de impactos é o 
grau de detalhamento do projeto de engenharia que é usado como base 
para a elaboração do EIA. Esses projetos começam a ser desenvolvidos 
em linhas gerais e vão sendo detalhados ao longo do tempo, e é muito 
comum que o EIA seja desenvolvido a partir de um projeto preliminar, 
que é detalhado posteriormente, com a elaboração do projeto básico, e 
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.finalmente, na elaboração do projeto executivo. Com isso, pode haver 
uma grande diferença entre o projeto estudado no EIA e o projeto que 
será implantado. Assim, obviamente, é preciso que a equipe responsá-
vel pelos estudos ambientais esteja sempre munida das informações 
mais recentes do projeto, e que, em fases posteriores do processo de 
AIA, faça as atualizações necessárias.
Finalmente, boas práticas na identificação de impactos demandam 
uma análise conjunta das informações do diagnóstico e do projeto, 
quando a equipe responsável pela elaboração do EIA poderá criar uma 
lista dos impactos do empreendimento em estudo, a ser detalhada e 
caracterizada nas etapas seguintes. O grupo responsável deve buscar 
indicar todos os efeitos que possam ser significativos, incluindo os im-
pactos indiretos, os que terão características de cumulatividade e siner-
gia e também os que só irão se manifestar em longo prazo.
Para ajudar nessa trabalhosa tarefa de identificação, algumas fer-
ramentas são frequentemente usadas. Neste capítulo vamos explorar 
duas delas: a matriz de identificação e as redes de impactos ou diagra-
mas de interação. Essas ferramentas são importantes para o estabe-
lecimento de relações de causa e efeito, considerando as ações pro-
postas pelo empreendimento como as causas, e os impactos, como 
efeitos. Esse estabelecimento de causalidade é fundamental para iden-
tificar as consequências de cada uma das ações previstas e permite 
ainda evidenciar a cumulatividade de alguns impactos (quando vários 
deles incidem sobre um mesmo componente) e direcionar a proposi-
ção de medidas mitigadoras às suas causas (DUARTE; SÁNCHEZ, 2015; 
PERDICOÚLIS; GLASSON, 2006; 2012).
2 Definindo enunciados dos impactos 
Antes de explorarmos os métodos, vale destacar um aspecto rele-
vante sobre a identificação de impactos: sua definição de enunciado. 
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Esse tema é relevante pois há uma grande heterogeneidade na forma 
como os impactos são denominados. Por vezes eles podem ser apre-
sentados de forma genérica ou mesmo incorreta (BRASIL, 2004).
Os enunciados dos impactos podem ser abrangentes ou mais deta-
lhados, em outras palavras, podem agregar vários impactos menores 
ou semelhantes sob um único título ou privilegiar a especificação e o 
tratamento em separado de cada um deles. A opção por formatos mais 
agregados ou desagregados resultará em um número de impactos 
maior ou menor. Isso não é necessariamente um problema, obviamen-
te, o essencial é que todos os impactos sejam contemplados. No entan-
to, é preciso considerar que optar por formas mais agregadas ou menos 
agregadas traz consequências para as etapas seguintes, em que é reali-
zada a caracterização e avaliação de cada um dos impactos, bem como 
a indicação de proposta de medidas mitigadoras e monitoramento.
Para apresentar enunciados de impactos de forma adequada, é pre-
ciso ter em mente o conceito de impacto ambiental – alterações impos-
tas ao ambiente pela ação humana. Por isso, o enunciado do impacto 
deve, obrigatoriamente, indicar qual alteração está ocorrendo. Segundo 
Sánchez (2013), esses enunciados devem ser concisos, suficientemente 
precisos para evitar ambiguidades na interpretação, logo, precisam ser 
sintéticos, autoexplicativos e descrever o sentido das alterações (se se-
rão positivos ou negativos).
Um impacto descrito de forma genérica, como “alteração da qualidade 
de vida”, é incapaz de comunicar qual mudança poderá ocorrer. Em vez de 
adotar esse enunciado, que diz respeito a uma série de mudanças, o me-
lhor seria detalhar cada uma das alterações em enunciados separados. 
Impactos socioeconômicos usualmente são descrições de processos 
sociais e há variadas formas de apresentá-los (VANCLAY et al., 2015). 
Esses processos estão muitas vezes estreitamente relacionados, sendo 
que um decorre do outro e/ou não ocorre sem o outro. Por exemplo, a 
contratação de mão de obra que privilegie a qualificação de trabalhadores 
locais gerará aumento da qualificação da mão de obra, da massa salarial, 
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.da renda da população e do número de trabalhadores empregados. Uma 
única ação gera impactos distintos e positivos nesse caso. 
Já a migração – quando muitas pessoas são atraídas para 
os municípios em que há previsão de contratação de mão de obra – 
provoca aumento populacional repentino, comumente não acompanha-
do por aumento da oferta de serviços públicos e infraestrutura. Alguns 
dos impactos sociais que decorrem desse processo migratório são au-
mento da demanda por: 
 • equipamentos e serviços públicos para saúde;
 • equipamentos e serviços públicos para educação;
 • segurança pública;
 • infraestrutura viária;
 • infraestrutura e serviços de comunicação;
 • infraestrutura e serviços de saneamento(esgotamento 
sanitário, abastecimento de água e coleta e destinação 
de resíduos sólidos).
Detalhar os impactos dessa forma pode ser fundamental para uma 
proposição adequada de medidas mitigadoras que sejam focadas em 
cada um desses processos. Também seria possível demonstrar clara-
mente quais atores precisariam ser envolvidos em cada caso e suas 
atribuições – órgãos ligados a saúde, educação, segurança, obras pú-
blicas e saneamento. A avaliação de importância de cada um deles 
também poderia ser diferente, uma vez que talvez haja infraestrutura 
suficiente para educação, mas não para saúde e saneamento. 
A avaliação de impactos sociais (AIS) pode ser conduzida de forma 
paralela ao desenvolvimento do EIA, o que é adotado em alguns paí-
ses, como Austrália, África do Sul e Estados Unidos (ESTEVES; FRANKS; 
VANCLAY, 2012). Nesses casos, o processo de AIS começa antes dos 
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estudos ambientais e analisa impactos, propõe e implementa medidas 
que ocorrem ainda na fase de planejamento. No Brasil, ainda que haja 
identificação de impactos da fase de planejamento, quando o EIA é 
aprovado e a LP emitida, muitos deles já ocorreram ou estão em curso. 
Desse modo, o EIA ainda não tem as medidas mitigadoras detalhadas 
e aprovadas, pois isso só ocorre após a elaboração do PBA e a emissão 
da LI. Ainda assim, o empreendedor poderá iniciar o gerenciamento de 
impactos na etapa de planejamento de forma voluntária. 
PARA SABER MAIS 
Conceitos, boas práticas e métodos da AIS podem ser adotados no con-
texto brasileiro tanto para a fase de planejamento quanto para as pos-
teriores (HANNA et al., 2014; MONTAÑO, 2014). Um importante manual 
dessa área é o Social impact assessment: guidance for assessing and 
managing the social impacts of projects (VANCLAY et al., 2015), que foi 
elaborado a partir da experiência prática de profissionais e pesquisa-
dores de vários países e publicado pela Associação Internacional para 
Avaliação de Impacto (IAIA) em 2015.
 
Outra questão relevante na definição dos impactos é explicitar o sen-
tido da alteração. É comum encontrar o impacto descrito como “criação 
de expectativas” na etapa de planejamento dos empreendimentos. Ora, 
quando há a divulgação da intenção de instalar um novo empreendi-
mento em uma região, moradores e migrantes podem ficar receosos e 
ter uma expectativa negativa em relação às transformações que pode-
rão ocorrer no modo de vida. Ao mesmo tempo, têm expectativas posi-
tivas quanto aos benefícios com a geração de empregos e mesmo com 
a movimentação na região. Por isso, seria possível diferenciar o impacto 
“criação de expectativas positivas” do impacto “criação de expectativas 
negativas”, já que se trata de dois impactos distintos, que também exigi-
rão medidas que os acompanhem. 
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.IMPORTANTE 
A definição dos enunciados dos impactos ambientais e sociais deve indi-
car o tipo de alteração prevista e o processo, propriedade ou componente 
afetado. É possível também incluir a descrição da causa do impacto se 
isso tornar a definição mais precisa e clara. Como exemplos de enuncia-
dos podemos então citar: aumento do incômodo à população devido ao 
ruído na fase de obras ou à geração de poeira; perda de indivíduos da 
fauna por atropelamento ou por aumento de atividades de caça.
 
3 Matrizes de identificação
As matrizes de identificação de impactos são amplamente adotadas 
nos EIAs brasileiros. Uma matriz consiste em uma tabela com infor-
mações sobre o empreendimento e a região, uma em linhas e a outra 
em colunas, que permite a verificação da relação entre cada elemento 
individualmente.
As matrizes cruzam informações das fases ou atividades do empre-
endimento e os componentes ambientais por cada um dos meios. No 
lugar dos componentes, podem também apresentar processos ambien-
tais e sociais. De modo geral, são listadas as etapas do projeto, seus 
componentes ou processos, que são contrapostos às características 
dos meios estudados, marcando de diferentes modos as relações en-
contradas. Tais marcações são, então, descritas nas etapas seguintes 
do EIA. Acompanhe nos exemplos dos quadros 1 e 2 as matrizes apre-
sentadas em dois EIAs.
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Quadro 1 – Trecho da matriz de identificação de impactos apresentada em um EIA 
de usina de cana-de-açúcar
Meio ambiente Atividades de ampliação e operação
Planejamento Implantação Operação
Ambiente Componentes 
1 Compatibilidade 
legal
2 Obras de 
ampliação
3 Processo 
agrícola 
4 Processo 
industrial
5 Suporte
AID – Área de influência direta
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Clima
Temperatura
Umidade do ar
Chuva
Ventos
Qualidade do ar N N
Ruído N N N
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Geologia
Geomorfologia
Pedologia N N
Geotecnia (erosão) N N
Aptidão agrícola 
do solo
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Hidrogeologia
Qualidade das águas 
subterrâneas
N N P e N
Suscetibilidade ao 
assoreamento
N N
Suscetibilidade à 
inundação
Qualidade das águas 
superficiais
N N P
Legenda: N – impactos negativos P – impactos positivos
Fonte: Proamb (2010).
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.Como é possível verificar no quadro 1, a matriz inclui mais informa-
ções do que apenas se o impacto existe ou não. No exemplo, a identi-
ficação apresenta também a natureza do impacto. Alguns modelos de 
matrizes diferenciam já nesta etapa quem serão os afetados em cada 
um dos casos, bem como exibem dados comparativos entre diferentes 
alternativas (GLASSON; THÉRIVEL; CHADWICK, 2012).
Quadro 2 – Trecho da matriz de identificação de impactos do EIA do prolongamento 
da Rodovia SP-083 – Fase 2 
ASPECTOS AMBIENTAIS (AA)
AA.1 MEIO FÍSICO AA.2 MEIO BIÓTICO
ATIVIDADES 
IMPACTANTES 
(AI)
AA.1.1 
Terrenos
AA.1.2 AA.1.3 AA.1.4 AA.2.3 Recursos Recursos AA.2.1 AA.2.2 Qualidade Unid. de hídricos hídricos Vegetação Faunado ar conserv.superficiais subterrâneos
AI.1. ETAPA DE 
PLANEJAMENTO
AI.1.1 
Divulgação do 
empreendimento
AI.1.2 
Desapropriação
AI.2. ETAPA DE 
CONSTRUÇÃO
AI.2.1 Liberação 
da faixa de 
domínio
AI.2.2 Contratação 
de mão de obra
AI.2.3 Contratação 
de serviços
(cont.)
37 Identificação de impactos
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aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo.
ASPECTOS AMBIENTAIS (AA)
ATIVIDADES 
IMPACTANTES 
(AI)
AA.1 MEIO FÍSICO AA.2 MEIO BIÓTICO
AA.1.1 
Terrenos
AA.1.2 
Recursos 
hídricos 
superficiais
AA.1.3 
Recursos 
hídricos 
subterrâneos
AA.1.4 
qualidade 
do ar
AA.2.1 
Vegetação
AA.2.2 
Fauna
AA.2.3 
Unid. de 
conserv.
AI.2.6 Limpeza 
epreparação do 
terreno
IP.1.1
IP.2.1 /
IP.2.2
IP.4.1
IP.5.1 
IP.5.2
IP.6.1 
IP.6.3 IP.7.1
AI.2.7 
Demolições IP.4.1 P.6.3
Fonte: Geotec (2016, p. 35).
No quadro 2, nas células, há a indicação de um código que é adotado 
nas seções seguintes do EIA, visando garantir que os impactos identifica-
dos na matriz serão todos descritos nas seções seguintes do EIA. Note 
que mais de um impacto pode ocorrer em um mesmo cruzamento.
Como um ponto forte, as matrizes conseguem sintetizar uma quan-
tidade grande de informações e permitem identificar rapidamente os 
componentes mais afetados e as atividades relevantes para o contexto 
da avaliação de impactos ambientais. Como ponto negativo, as relações 
de causa e efeito não ficam claras na matriz e precisam ser explicadas 
em texto. A equipe responsável pelo desenvolvimento do EIA também 
deverá ter o cuidado de extrair da matriz todos os impactos identifica-
dos, para então apresentá-los em detalhes nas seções subsequentes 
do EIA, em que é feita análise, valoração de impactos e a proposição de 
medidas (GLASSON; THÉRIVEL; CHADWICK, 2012).
As matrizes podem também incluir resultados das análises sobre 
os impactos, de forma que, além de evidenciá-los, também já demons-
trariam suas características. No quadro 3 temos um exemplo de matriz 
que traz a identificação de atividades, aspectos e impactos. Ela também 
confere uma qualificação de importância para os diferentes impactos 
que já estão apresentados com seus enunciados no lado direito. 
38
Im
pactos am
bientais: análise e m
edidas
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
Quadro 3 – Exemplo de matriz de identificação com indicação de características dos impactos 
ATIVIDADES QUE COMPÕEM OS
ALTEAMENTOS DA BARRAGEM B5
ASPECTOS AMBIENTAIS DECORRENTES 
DO EMPREENDIMENTO
IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES 
DO EMPREENDIMENTO
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MUDANÇA DE USO DO SOLO
X X X X X X ALTERAÇÃO DA TOPOGRAFIA LOCAL 
X PERDA DE VEGETAÇÃO NATIVA 
X X PERDA DE ÁREAS POTENCIAIS DE CULTURA E PASTAGEM 
X X X X X X X MODIFICAÇÃO DAS FORMAS DE USO DO SOLO 
X X GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS 
X X X X X X CARREAMENTO DE PARTÍCULAS SÓLIDAS 
EMISSÕES
X X X X X X EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADO 
(cont.)
39
 Identificação de im
pactos
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
ATIVIDADES QUE COMPÕEM OS
ALTEAMENTOS DA BARRAGEM B5
ASPECTOS AMBIENTAIS DECORRENTES 
DO EMPREENDIMENTO
IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES 
DO EMPREENDIMENTO
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X X X X EMISSÃO DE RUÍDOS 
X X X X
EMISSÃO DE POLUENTES DE MOTORES DE COMBUSTÃO 
INTERNA 
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
X X X CONTENÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
X X X X INTERFERÊNCIA POTENCIAL EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS 
X X GERAÇÃO DE IMPOSTOS E TAXAS 
 Legenda:
 – Fase de implantação
 – Fase de operação
 
 – Fase de desativação
 – Impacto de pequena importância
 
 – Impacto de média importância
 – Impacto de grande importância
Fonte: adaptado de Sánchez e Hacking (2002, p. 25-38).
40 Impactos ambientais: análise e medidas Ma
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4 Redes de impactos
As redes de impactos ou diagramas de integração buscam demons-
trar a relação entre ações do empreendimento e os impactos de cada 
uma delas, em representações gráficas semelhantes a fluxogramas. 
Esse tipo de método estabelece cadeias de causa e efeito capazes de 
explicitar objetivamente a origem dos impactos de um empreendimento 
(CANTER, 1996; PERDICOÚLIS; GLASSON, 2006) e também é útil para 
demonstrar impactos que decorrem de outros impactos. 
Isso é relevante porque existe uma hierarquia entre eles. Os impactos 
que decorrem diretamente da ação do empreendimento são os primários; 
os decorrentes deste serão secundários, depois terciários e assim sucessi-
vamente. Também é comum encontrar essa divisão apenas entre impactos 
diretos, que seriam os primários, e indiretos, todos os outros subsequentes 
(GLASSON; THÉRIVEL; CHADWICK, 2012; SÁNCHEZ, 2013).
Um modelo que segue a lógica dessas redes e é adotado em alguns 
EIAs produzidos no Brasil é o Magia (modelo de avaliação e gestão de 
impactos ambientais). Ele foi desenvolvido na década de 1980 e nor-
teou, inicialmente, os estudos de impacto ambiental de grandes hidrelé-
tricas, sendo utilizado em grandes empreendimentos nas regiões Norte 
e Centro-Oeste do país (MACEDO, 1987). 
A figura 1 reproduz um dos diagramas apresentados no EIA da UHE 
(usina hidrelétrica) Santo Antônio do Jari. INAs são intervenções am-
bientais, ações diretamente associadas ao empreendimento. Elas irão 
gerar PINs, processos indutores que determinam modificações físicas 
e funcionais sobre o ambiente. As modificações sobre bens ambientais 
causadas pelos PINs são os impactos ambientais, denominados IMPs. 
Nesse modelo, as caixas são ainda nomeadas com diferentes códigos 
que permitem uma fácil correlaçãocom o texto do estudo.
41 Identificação de impactos
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Figura 1 – Rede de impacto apresentada no EIA da UHE Santo Antônio do Jari 
INA 04
Instalação / operação
canteiro de obras
PIN 15
Transporte de equipamentos
materiais e insumos constr.
PIN 17
Operação de máquinas
e equipamentos
PIN 18
Geração de descartes
PIN 35
Lançamento
de efluentes
PIN 20
Terraplanagem
PIN 37
Operação da central
de britagem
PIN 38
Geração de energia
elétrica (diesel)
PIN 16
Supressão da 
cobertura vegetal
PIN 19
Alteração do tráfego
de veículos
IMP 21
Incômodos relacionados 
a ruídos e vibrações
IMP 28
Alteração da qualidade
da água
PIN 39
Geração de material
particulado
PIN 40
Emissão de gases
IMP 17
Perda de áreas de
extração vegetal
PIN 24
Mortandade da fauna
IMP 18
Aumento do risco de 
acidentes rodoviários
IMP 07
Risco de atrito
com a população
IMP 19
Sobrecarga capacidade
local de disposição de
resíduos sólidos
IMP 04
Indução a processos
erosivos
IMP 06
Queda da qualidade
do ar
IMP 20
Pressão sobre
ecossistemas terrestres
Fonte: Ecology Brasil (2009, p. 41).
Para construir uma rede de impactos é preciso atentar-se ao esta-
belecimento correto das relações existentes. Afinal, mostrar como as 
ações do empreendimento estão ligadas aos impactos é a principal 
42 Impactos ambientais: análise e medidas Ma
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.razão para o uso das redes. Deste modo, apresentar conexões difíceis 
de compreender ou então incompletas faz o uso desse método se tor-
nar injustificado. É importante que os profissionais de diferentes áreas 
que participam da elaboração do EIA verifiquem os diagramas e façam 
suas contribuições. Essa não é uma tarefa fácil, mas uma rede de im-
pactos bem estabelecida traz muita clareza em relação às ações/fontes 
geradoras dos impactos e permite direcionar melhor a proposição de 
medidas mitigadoras.
Vamos explorar algumas das sequências estabelecidas na rede de 
impactos da figura 1. A atividade de instalação e operação do canteiro 
de obras demanda transporte de equipamentos, materiais e insumos de 
construção (PIN15), considerado um processo indutor. Esse transporte, 
por sua vez, altera o tráfego (PIN19), que aí vai gerar um impacto de au-
mento do risco de acidentes rodoviários (IMP18). Essa mesma ativida-
de também induz o lançamento de efluentes (PIN35) e o impacto altera-
ção da qualidade da água (IMP28). Um leitor atento poderá notar que a 
alteração da qualidade da água é considerada um impacto, enquanto no 
caso do ar foi usado o termo queda na qualidade (IMP06), com indica-
ção do sentido da alteração. Já a indução a processos erosivos (IMP04) 
não é dada como processo indutor, mas como impacto, em vez da ace-
leração ou desencadeamento de processos erosivos. Outras conexões 
também seriam possíveis – o impacto pressão sobre os ecossistemas 
terrestres (IMP20), descrito em termos gerais, poderia estar conectado 
ao processo indutor da supressão da cobertura vegetal, e o risco de atri-
to com a população (IMP07), a depender do contexto e do uso da área, 
estar ligado ao impacto de perda de área de extração vegetal (IMP17). 
O impacto indução a processos erosivos (IMP04) certamente deve-
ria estar conectado ao de alteração da qualidade da água (IMP28), que 
nesse exemplo não está ligada a nenhum processo indutor relacionado 
aos processos de movimentação de solo. Em diagramas ou redes de 
impacto em outros EIAs, alguns processos indutores desse exemplo 
poderiam ser apresentados como atividades do empreendimento. É o 
43 Identificação de impactos
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caso de terraplenagem, operação de máquinas e equipamentos e tam-
bém operação da central de britagem.
Note que alguns desses pontos não são apenas questões de reda-
ção, mas expressões de conceitos adotados. É importante que o EIA 
seja consistente e coerente ao longo de todo o relatório para que o leitor 
compreenda de forma correta as terminologias empregadas.
Outro modelo de diagrama de impacto é feito a partir do estabeleci-
mento de relações entre atividades, aspectos e impactos ambientais, 
como definido na ISO 14001, que dá as orientações para implantação 
de sistemas de gestão ambiental (SGA). O processo de AIA é iniciado 
muito antes do SGA e tem caráter preventivo, enquanto o SGA está fo-
cado no controle e monitoramento de impactos em atividades já im-
plantadas. Ainda assim, o estabelecimento de relações entre ações e 
impactos em ambos os casos segue uma lógica semelhante, de forma 
que o procedimento estabelecido na norma ISO 14001 pode ser adap-
tado para aplicação em um EIA. Esse modelo tem a vantagem de ser já 
conhecido e aplicado por muitas empresas no Brasil e no mundo, mas 
ainda é pouco empregado na elaboração de EIAs.
O mecanismo ou processo pelo qual uma ação humana causa um 
impacto é definido como aspecto ambiental. Segundo a norma NBR ISO 
14001, este é o “elemento das atividades de um empreendimento que inte-
rage ou pode interagir com o meio ambiente” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2015, p. 3). Um aspecto ambiental é inerente a 
uma atividade, ocorrendo independentemente das características socio-
ambientais locais. Como exemplo, tem-se que a operação de um canteiro 
de obras (atividade) apresenta como um aspecto ambiental típico a gera-
ção de ruídos, que pode ter diferentes impactos de acordo com os recep-
tores na área: como afugentamento e perturbação comportamental da 
fauna (descanso, alimentação, reprodução, comunicação, socialização, 
etc.); e aumento da incidência de doenças ocupacionais e do incômodo 
à população, dependendo de características de ocupação do entorno. A 
representação gráfica dessas relações é apresentada na figura 2.
44 Impactos ambientais: análise e medidas Ma
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Figura 2 - Representação da relação entre atividades, aspectos e impactos
Operação do canteiro 
de obras (atividade)
Geração de 
ruídos (aspecto)
Dispersão desordenada 
da fauna
(impacto 2)
Aumento da incidência de 
doenças ocupacionais 
(impacto 3)
Aumento do incômodo à 
população (impacto 4)
Perturbação comportamental 
da fauna
(impacto 1)
Fonte: adaptado de Brasil (2016).
Esse modelo tem sido estimulado desde 2016 nos licenciamentos 
ambientais federais conduzidos pelo Ibama (BRASIL, 2016), sendo que 
houve a preparação de dois manuais com orientações para uso desse 
método, aplicado a sistemas de transmissão de energia e a rodovias.
As vantagens das redes de impactos residem no fato de incluírem 
uma clara evidenciação das relações existentes entre atividades, pro-
cessos e impactos e as inter-relações entre estes. As redes são de fácil 
leitura e especialmente úteis para a identificação de impactos indiretos 
e cumulativos, que não são claramente percebidos na elaboração de 
listas de impactos (GLASSON; THÉRIVEL; CHADWICK, 2012).Como 
desvantagens, em situações complexas, as redes podem se tornar 
difíceis de ler/compreender, devido ao grande número de processos, 
impactos e relações. Como limitações, elas não são indicadas para 
expressar características dos impactos, como significância, reversibi-
lidade ou duração, nem permitem a inclusão de informações sobre o 
estado atual dos componentes, o que seria útil para visualizar quais 
impactos incidem sobre temas mais sensíveis.
45 Identificação de impactos
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Já a cadeia causal apresentada pelo Ibama tem como vantagem o 
estabelecimento de relações simples entre atividades, aspectos e im-
pactos, além de contar com os conceitos dos dois últimos mais co-
nhecidos entre os que atuam com a norma ISO 14001. Esse modelo, 
entretanto, da forma como está proposto, não prevê a identificação de 
cadeias de impactos indiretos, além de compartilhar as mesmas limita-
ções apresentadas no parágrafo anterior para redes de impactos.
É importante ressaltar que esses exemplos apresentados são ape-
nas algumas das possibilidades de métodos para identificação de im-
pactos e foram selecionados por terem aplicação em casos reais. No 
entanto, a equipe responsável pela elaboração do EIA poderá desenvol-
ver um modelo próprio de matriz de identificação ou rede de impactos. 
Considerações finais
Neste capítulo exploramos elementos importantes para a identifica-
ção de impactos, a qual deve ocorrer após uma análise conjunta das 
informações do diagnóstico e da caracterização do empreendimento. 
A partir dessa análise, é possível obter uma lista de impactos, sendo 
que cada um deles deve ser identificado e estudado com detalhes nas 
seções seguintes do EIA. 
Para isso, recomenda-se a adoção de métodos de identificação a 
partir da análise simples das atividades e de impactos potenciais, ou 
então de métodos que permitam identificar graficamente as relações 
entre ações do empreendimento e os impactos causados, como as ma-
trizes e as redes de impactos.
Para uma adequada identificação de impactos, é preciso que as 
informações do diagnóstico e da caracterização do empreendimento 
apresentem as informações necessárias. Isso porque há casos em que 
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.elas são insuficientes ou inexistentes, de forma a restringir a identifica-
ção de todos os impactos. 
Neste capítulo exploramos também a importância de que os enun-
ciados dos impactos sejam claros e precisos, indicando qual altera-
ção ambiental ou social está ocorrendo e qual processo, propriedade 
ou componente está sendo afetado, podendo também ser indicada a 
causa do impacto. Enunciados precisos garantem melhor comunicação 
aos leitores e analistas do EIA.
Após a identificação, cada um dos impactos deverá ser caracterizado 
e estudado em maiores detalhes, como abordaremos nos próximos capí-
tulos. Detalharemos o que é importante na descrição e previsão dos im-
pactos e também os parâmetros usados para classificá-los e valorá-los. 
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