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Clínica I Anamnese e exames iniciais Anamnese Subjetiva- anamnese Percepção dos sintomas e descrição dos sinais- o paciente relata. Objetiva- exame físico Descrição dos sinais e pesquisa dos sintomas (manobras semiotécnicas)- o profissional relata. Fases Porque iniciar pela anamnese? “O paciente tem a necessidade de ser ouvido antes de tudo.” Quando se inicia pelo exame físico, há uma tendência de direcionamento da anamnese, pelas hipóteses diagnósticas imediatamente realizadas. – perturbações da espontaneidade do relato Criação do vínculo afetivo Estabelece conexão pessoal necessária aos cuidados com o paciente. A maioria dos diagnósticos é baseada nesta etapa de anamnese Duração maior do que o exame físico O examinador deve olhar nos olhos do paciente, alinhando os olhos na mesma altura, despojar-se de suas crenças, julgamentos e preconceitos. (aceitar as características oriundas do paciente) e NÃO interpretar sintomas de forma prematura Tipos de perguntas Abertas- paciente pode se abrir sobre o assunto Fechadas- respostas curtas Dirigidas- embutem respostas (devem ser evitadas) Contraditórias- confrontamento Indiretas- esclarecem outros problemas O que deve conter na anamnese? Informação pessoal- permite que o profissional se apresente, cumprimente e conheça seu paciente de forma adequada. Avalia características epidemiológicas de determinadas doenças . Queixa principal- Motivo da ida ao profissional, nem sempre coincide com o problema do paciente ou com a urgência. Geralmente é uma questão aberta “o que te trouxe aqui?” Conforme a gravidade pode ser necessário abreviar outros passos para atender demanda detectada. História da doença atual (da queixa principal)- Narrativa cronológica é clara sobre a queixa principal. O paciente tende a focar no estado atual, por isso alguns artifícios podem ser utilizados, como: reflexão, repetição de palavras, empatia, esclarecimento. Quando o paciente não souber descrever deve-se dar preferência a questões de múltipla escolha. Datas dos primeiros sinais e sintomas Descrição desses primeiros sinais e sintomas Caracterização da sintomatologia: percepção, periodicidade, freqüência, alívios e agravamentos. BIOGRAFIA QUEIXA PRINCIPAL HISTÓRIA ODONTOESTOMATOLÓGICA HISTÓRIA MÉDICA Desenvolvimento -> evolução até o presente Tratamentos e resultados Exames complementares disponíveis (já realizados) Estado atual da doença. História odontoestomatológica- Não se resume à história dental, deve constar as experiências que afetaram o sistema odontoestomatognático e as visitas anteriores feitas à outros dentistas. Tratamento médico atual- Informar as doenças presentes, suas durações, descrição de tratamento e conseqüências. Podem ou não ter importância para o diagnóstico. Ainda que não tenha aparentemente importância, fornece informações para que não se interfira no tratamento médico. História médica progressa- Eventualmente os pacientes informam o que consideram de interesse ao cirurgião-dentista. As perguntas presentes podem constranger o paciente, não cabendo ao profissional fazer julgamentos. Devendo-se atentar em conhecer os dados, mas também em saber o que fazer com os dados e informações coletadas. Ao final o paciente deverá assinar o termo afirmando a veracidade das informações prestadas e se responsabilizando pelo o que foi respondido. Aferição dos sinais vitais Pressão arterial 1. Primeiramente deve-se procurar pela pulsação na dobra do braço esquerdo, posicionando o estetoscópio no local. 2. Em seguida deve-se colocar a braçadeira no braço esquerdo (2 a 3 cm da dobra do braço) 3. Apertando-a e posicionando o fio por cima do braço 4. Em seguida deve-se fechar a válvula da bomba 5. O estetoscópio deve ser posicionado no ouvido e deve-se encher a braçadeira até os 180mmHg ou até ouvir a pulsação. 6. Em seguida deve-se abrir a válvula lentamente, enquanto observa-se o manômetro. 7. Ao se ouvir a primeira bulha no estetoscópio deve-se registrar a pressão indicada no manômetro. 8. Por conseguinte, deve-se continuar esvaziando a braçadeira até deixar de ouvir o som, registrando pressão da última bulha. Observações a junção dos dois resultados corresponde a pressão do paciente – VALOR NORMAL = 120x80mmHg Pulso (Frequência Cardíaca) 1. Deve-se manter paciente confortável 2. Em seguida deve-se palpar a artéria escolhida (geralmente radial) 3. Posicionar polpa digital do dedo médio e indicador sobre a artéria de forma superficial 4. Deve comprimir levemente a artéria 5. Por conseguinte, deve-se contar os batimentos por 1 minuto e anotar. Observações VALOR NORMAL = Até 2 anos – 120 a 140bpm / 8 a 17 anos – 80 a 100bpm / Adulto sedentário – 70 a 80bpm / Adultos que praticam atividade física e idosos – 50 a 60bpm Frequência respiratória 1. Posicionar paciente de forma confortável 2. Posicionar dedos no pulso próximo artéria radial como se fosse aferir FC 3. Disfarçadamente, sem que o paciente note, deve-se observar seus movimentos respiratórios por 1 minuto e anotar. Observações VALOR NORMAL = Adultos – 12 a 20rpm / Crianças – 20 a 30rpm / bebês – 30 a 60rpm Glicemia em jejum Necessário medir caso o paciente seja descompensado. Hipoglicemia- 70mg/dl Normal- até 110mg/dl Pré-diabetes- 111 a 126mg/dl Diabetes- acima de 126mg/dl Temperatura Deve ser medida utilizando-se o termômetro NORMAL- aprox. 36,8° Exame extra-oral Realizar inspeção e só em seguida a palpação Palpação da face – músculos mastigatórios, região de glândula salivar, lábios. Palpação no pescoço – região de linfonodos Cabeça – Assimetrias Anotar caso seja identificada alguma alteração, caso nada seja identificado deve-se anotar “NDN” (nada digno de nota) Exame intra-oral Realizar inspeção e depois palpação Devendo-se avaliar textura, elasticidade, presença de lesões. Regiões à ser avaliadas- Palato, amígdalas, mucosa jugal, região retromolar, língua, assoalho, freios labial/lingual, gengivas. Anotar caso seja identificada alguma alteração, caso nada seja identificado deve-se anotar “NDN” (nada digno de nota) Exames periodontais Servem para diagnosticar doenças do periodonto Normalidade da gengiva COR ROSADA TEXTURA CASCA DE LARANJA CONTORNO REGULAR/NORMAL INSERÇÃO NORMAL/VISÍVEL PAPILAS ADERIDAS PLACAS AUSENTES Normalidade da gengiva COR ERITEMATOSA TEXTURA FRIÁVEL/AMOLECIDA CONTORNO ALTERADO SUPURAÇÃO PRESENTE BIOFILME/CÁL. PRESENTE PAPILAS DESADERIDAS SANGRAMENTO PRESENTE MOBILIDADE PRESENTE Biofilme Microcolonias de bactérias distribuídas de forma não- aleatória em matriz formada Associada à superfície de qualquer material duro-não descamativo Componentes nutricionais penetram por difusão molecular ou através de canais Ambiente especializado, que confere proteção e sobrevivência para as bactérias Instrumentais para sondagem Sonda OMS- Exame periodontal simplificado (PSR) Sonda William- Profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, sangramento à sondagem. Sonda Carolina do Norte- Profundidade da sondagem nível de inserção, sangramento à sondagem Sonda Nabers- Verificar lesão defurca Posicionamento da sonda A sonda deve ser posicionada ao longo eixo do dente nas faces livres e interdentais, de dentes anteriores. PERIODONTO PROTEÇÃO (GENGIVITE) GENGIVA MARGINAL GENGIVA INSERIDA GENGIVA INTERDENTAL SUSTENTAÇÃO (PERIODONTITE) CEMENTO LIGAMENTO PERIODONTAL OSSO ALVEOLAR Col sonda deve penetrar no tecido levemente inclinada com apoio no ponto de contato em direção ao col gengival Terminologias Sulco gengival= histológico (0,69mm) + ep. Juncional = 3mm Sangramento= inflamação gengival Bolsa periodontal= sonda penetra mais que 3mm Recessão gengival= gengiva eleva e raiz é exposta Lesão de furca= entre dentes multirradiculares, podendo ser grau I, II ou III. ISG Índice de Sangramento Gengival 1. Introduzir a sonda OMS no sulco gengival (0,5mm) 2. Friccionar sonda por toda a margem gengival (V, L, M, D) 3. Anotar pontos sangrantes 4. Cálculo: 𝑛° 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠. 100 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 5. Diagnóstico: ISG < 10% - saúde gengival 10% < ISG < 30% - gengivite localizada ISG > 30% - gengivite generalizada O que pode influenciar na sondagem? Espessura da sonda Posição da sonda Anatomia dental Pressão aplicada (25g) PSR Periodontal Screning and Recording É o levantamento e registro de dados periodontais, consistindo em um meio rápido e efetivo para levantamento periodontal, pois sinaliza informações necessárias com pouca documentação. Códigos PSR Cód 0 Sem sangramento, sem fatores retentivos, faixa preta totalmente visível Cód 1 Presença de sangramento, ausência de fatores retentivos e faixa preta totalmente visível Cód 2 Presença de fatores retentivos de biofilme, faixa preta totalmente visível Cód 3 Faixa preta da sonda parcialmente visível Cód 4 Faixa preta totalmente submersa Cód X Sextantes com menos de dois dentes, ou edêntulos Cód * Utilizado para indicar mobilidade, envolvimento da furca, recessão gengival e problemas mucogengivais. Fatores retentivos de biofilme São fatores presentes na cavidade oral que retém placa bacteriana, representando locais de dificuldade para paciente realizar higienização. Cálculo dental Restos radiculares Cavidades de cáries Hiperplasias gengivais Apinhamento dentário Aparelhos ortodônticos Mobilidade dentária Utilizar cabo do espelho clínico e dedo ou cabo do espelho clínico mais outro instrumento metálico 1. Fazer movimentos da vestibular para lingual/palatina 2. Fazer movimentos da mesial para distal 3. Fazer movimentos de intrusão (ocluso- apical) 4. Diagnóstico Grau I- entre 0,2-1mm na direção horizontal Grau II- excedendo 1mm na direção horizontal Grau III- direção horizontal e vertical Profilaxia Consiste na remoção dos depósitos moles remanescentes nos dentes, facilitando a visualização VANTAGENS PSR • FACILIDADE DE DETECÇÃO DE DOENÇA PERIODONTAL • AVALIAÇÃO COMPLETA DOS SÍTIOS • REGISTRO FACILITADO DOS DADOS • EXAME RÁPIDO • NÃO REQUER APARATOLOGIA COMPLEA E CARA • FACIL ALCANCE DE UTILIZAÇÃO PELOS PROFISSIONAIS DESVANTAGENS PSR • NÃO SUBSTITUI EXAMES MAIS DETALHADOS • CONCEBIDO PRIMARIAMENTE PARA PACIENTES ADULTOS • NÃO LEVA EM CONSIDERAÇÃO A PERDA DE INSERÇÃO CLÍNICA (SUBESTIMAÇÃO DA SEVERIDADE DA DOENÇA PERIODONTAL) das cáries. Como fazer? 1. Acoplar baixa rotação 2. Acoplar taças de borracha ou escova de Robinson 3. Passar pasta profilática sobre superfície dentária. 4. Acionar baixa rotação apoiando-a sobre o dente, sem friccionar demais e sem exercer muita força. Atenção – Cuidado com a gengiva. A taça de borracha deve ser utilizada para faces livres, enquanto a escova de Robinson deve ser utilizada para superfície oclusal e em pacientes ortodônticos. A PEDRA POMES deve ser utilizada somente se houver alguma mancha ou rugosidade na superfície coronária. Odontograma Oferece um registro detalhado sobre a história clínica do paciente, podendo ser utilizado como ferramenta de identificação. Como fazer? 1. Manter campos limpos (Profilaxia prévia, remoção do biofilme), seco (usar seringa tríplice), e bem iluminado (iluminação indireta e/ou direta) 2. Inspeção visual, tátil da presença de cáries, restaurações, ausência dentária, necessidades de exodontias, tratamento endodôntico. Regras de preenchimento Caneta vermelha procedimentos a ser realizados Caneta azul procedimento já realizados Cárie ou restaurações deve-se pintar a face Exodontia deve-se marcar X Tratamento endodôntico deve-se traçar linha sobre elemento dentário
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