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farmacologia Antifúngicos Fungos e infecções fúngicas Células eucariontes sem mobilidade (não realizam fotossíntese) Natureza parasitária Importância econômica (cogumelos), manufatura de outros produtos (fermentação de bebidas, produção de AB) Aproximadamente 50 são patogênicos Comensais 1970- Aumento das infecções fúngicas secundárias grave) Vs uso de antibióticos AIDS, imunossupressores e agentes quimioterápicos- Aumento das infecções oportunistas) Classificação dos fungos LEVEDURAS -Apresentem-se caracteristicamente sob forma unicelular -Fermentação de bebidas e pão. -Cryptococcus neoformans é uma levedura encapsulada que pode viver tanto em plantas como em animais. -Criptococose- A maioria das infecções ocorrem no pulmão, contudo, a meningite fúngica, especialmente como infecção secundária em pacientes com SIDA FUNGOS SEMELHANTES A LEVEDURAS -Produzem estruturas similares ao micélio (aglomerado de hifas) -Candida albicans é um fungo associado à candidíase ou monilíase -As infecções geralmente são em região genital feminina ou masculina, pele, boca, esôfago e vias urinárias -A candidíase não costuma provocar quadros graves em pessoas com sistema imunológico competente. -A candidíase costuma acometer idosos, pacientes com doenças graves ou indivíduos imunossuprimidos, podendo provocar uma infecção grave ou generalizada FUNGOS FILAMENTOSOS COM MICÉLIO VERDADEIRO -Micélios: Crescimento em bolas (aspergilomas) -Assintomáticos (hemoptise ocasional) -Infecções oculares, cardíacas, cerebrais e medula óssea (hemorragia, cegueira, infarto e morte) -Micocoxitose: Alimentos contaminados (náusea, diarréia e vômitos) -Aspergillus fumigatus (família Trichocomaceae) -É um fungo saprófita presentes no ar atmosférico e habitante da mucosa das vias respiratórias -Agente etiológico da aspergilose FUNGOS DIMÓRFICOS -Podem existir em forma de bolor, hifas, filamentos ou leveduras. -À temperatura ambiente: desenvolvem-se como um bolor -À temperatura corporal: desenvolvem-se como leveduras. -Várias espécies são potenciais patógenos: Paracoccidioides brasiliensis e Histoplasma capsulatum - Paracoccidioides brasiliensis: Afeta principalmente os agricultores que trabalham na com terras que contenham esporos fúngicos. A infecção ocorre pela inalação desses esporos. - Histoplasma capsulatum: O hábitat deste patógeno é o solo contendo fezes de aves e morcegos, podendo persistir no ambiente por longos períodos de tempo. -Pneumocystis carinni: Características fúngicas e de protozoários (Não susceptível a antifúngicos) INFECÇÕES SUPERFICIAIS -Dermatomicoses (cabelo, unha e pele) -Candidíase (mucosas) INFECÇÕES FÚNGICAS SISTÊMICAS -Candidíase -Meningite criptocócica -Endocardite -Aspergilose pulmonar invasiva (Tx de medula) -Blastomicose -Histoplasmose Fármacos antifúngicos Antibióticos antifúngicos -Polienos -Equinocandinas Fármacos sintéticos -Azóis -Pirimidinas fluoradas -Fármacos tóxicos Anfotericina B Suspensão coloidal e desoxicolato sódico Sistema de liberação associado a lipídeos (complexos com lipossomos) Melhora a farmacocinética e reduz efeitos adversos (ligação com o ergosterol) ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS -Pouco absorvidos oralmente (só efetivo para infecções no TGI) -Fortemente ligada às proteínas plasmáticas -Pouca penetração na Barreira Hematoencefálica (aumenta na meningite) -Eliminada lentamente pelos rins (Meia vida de 15 dias) -Associação com flucitosina (meningite criptocócica) MECANISMO DE AÇÃO Seletividade parcial -> Se liga ao ergosterol presente na membrana celular fúngica) Mais afinidade ao ergosterol, mas pode também se ligar a outros esteróis (toxicidade) Seu lado rico em ligações duplas se liga aos lipídeos e suas hidroxilas se ligam as fases aquosas, abrindo os poros na membrana -> Extravasamento de íons e macromoléculas intracelulares). Esse mecanismo de ação culmina na morte do fungo, sendo o medicamento de ação fungicida. ESPECTRO DE AÇÃO Antifúngico de maior espectro -C. albicans, C. neoformans, H. capsulatum, B. dermatidis, C. immitis, A. fumigatus e mucor Resistência a Candida lusitaniae e Pseudallescheria boydii USO CLÍNICO Administração local, intratecal e sistêmica Pneumonia fúngica grave, meningite criptocócica, sepse fúngica Obtido resposta clínica contínua terapia com azóis (toxicidade) EFEITOS ADVERSOS Toxicidade renal (mais grave) Hipocalemia e hipomagnesemia Anemia -> diminuição na produção de eritropoetina pelas células renais lesadas Comprometimento da função hepática, trombocitopenia, reações anafiláticas, tromboflebites locais por conta da injeção. Febre, calafrio, espasmo, vômito e cefaléia (na infusão) ->. Administrar dose de 1mg intravenoso e observar as reações. Neurotoxicidade (terapia intratecal) Candidíase oral Pseudomembranosa- Placas brancas e aderentes sobre a mucosa, destacáveis, deixando leito sangrante. Ocorrem principalmente em mucosa jugal, orofaringe e porção lateral do dorso da língua. É raramente dolorosa. Atrófica aguda- Eritematosa local ou difusa, dolorosa.. Áreas de despapilação e desqueratinização em dorso da língua, deixando-a dolorosa, edemaciada e eritematosa. Tem como fatores associados a antibioticoterapia. Atrófica crônica- Eritema difuso com superfície aveludada, associada à forma pseudomembranosa ou como queilite angular. Possui como fatores associados o uso da prótese dentária. Hiperplásica- Infecção crônica, aspecto leucoplásico, não destacável em mucosa jugal, palato e língua. Localizadas na região anterior da mucosa jugal Não podem ser diferenciadas de uma lesão leucoplásica Metabolismo da candida (nitrosaminas) carcinogênico. Nistatina Medicamento antibiótico antifúngico, da classe dos polienos. Encontrado na forma de pomada, creme e suspensão. Isolada a partir de Streptomyces noursei Estrutura e mecanismo de ação semelhantes ao da anfotericina B USO CLÍNICO Candidíase oral Candidíase vulvovaginal POSOLOGIA Bochechar uma colher de sopa, 3 vezes ao dia/ por 7 a 14 dias. Orientar o paciente a não se alimentar ou beber água durante 30 minutos após o bochecho Se candidíase oral- não engolir Candidíase orofaríngea- engolir EFEITOS ADVERSOS Náusea Vômitoos Diarréia Griseofulvina São antibióticos antifúngicos da classe dos polienos Penicillium griseofulvum MECANISMO DE AÇÃO A griseofulvina possui ação fungistática, pois afeta o sistema microtubular dos fungos, o fuso mitótico e os microtúbulos citoplasmáticos. FARMACOCINÉTICA Administrada oralmente Pouco hidrossolúvel Concentra-se na queratina Meia-vida de 24 horas (plasmática) + tempo na pele USO CLÍNICO Infecções na pele Infecções no couro cabeludo Infecções nas unhas Todas causadas por Dermatophytes ou Sporotrychum schenckii EFEITOS ADVERSOS Reações no TGI Erupções cutâneas Febre Reações alérgicas Pouco utilizados em clínica (uso veterinário) Não utilizar em gestantes. Equinocandinas São antibióticos antifúngicos, sendo esta uma nova classe Ativos contra Candida e Aspergillus, as não contra Cryptococcus neoformans Medicamentos aprovados para uso Caspofungina Micafungina Anidulafungina MECANISMO DE AÇÂO Através da inibição da síntese de b 1-3 glucano FARMACOCINÉTICA Uso endovenoso Mais hidrossolúveis Ligação à proteínas plasmáticas Meia vida variável (11-48 horas) dependendo do fármaco. Concentra-se na queratina Meia vida plasmática de 24 horas + tempo na pele.USO CLÍNICO Infecções disseminadas e mucocutâneas de cândida Neutropenia febril Micafungina- profilaxiia em Tx de medula. EFEITOS ADVERSOS Geralmente são bem toleradas Alterações no TGI Rubor Elevações de enzimas hepáticas (micafungina) Liberaçao de histamina na infusão (anidulafungina) Evitar associação com ciclosporina, nifedipina e sirolimo (micafungina) Azóis Fungistáticos sintéticos com amplo espectro de atividade, baseado nos núcleos: Imidazol- menor especificidade para a P450 fúngica, sendo mais tóxico. Ex: cloritrimazol, econazol, fenticonazol, cetoconazol, miconazol, tioconazol e sulconazol. Triazol- maior especificidade para a P450 fúngica, sendo menos tóxicos. Ex: intraconazol, voriconazol e fluconazol. A farmacologia é singular dependente dos fármacos. Interações medicamentosas (mesmo principio) Maior número de cerpas resistentes- uso para a profilaxia (seleção) MECANISMO DE AÇÃO: Inibição da enzima 3 A do citocromo P450 do fungo (lanosina 14 alfa- desmetilase) USO CLÍNICO Amplo espectro de ação contra candida e cryptococcus neoformans Micoses endêmica (blastomicoses, coccidioidomicoses e hsitoplasmose) Dematófilos Infecções por Aspergillus- Itraconazole voriconazol Infecções por Pseudollereschia (resistentes a anfotericina B) Cetoconazol Fármaco sintético, da classe dos imidazóis 1° a ser sintetizado Pouca especificidade para P450 fúngica Não mais utilizado por via sistêmica nos Estados Unidos Uso tópico Bem absorvido pelo TGI e amplamente distribuido, exceto pelo sistema nervoso central Metabolizado no fígado e excretado na bile e urina EFEITOS ADVERSOS -Toxicidade hepática (potencialmente fatal) -Alterações do TGI, pruridos, inibição da síntese de testosterona -Interações com ciclosporina e astemizol (maior absorção de cetoconazol) Rifampcina e antagonista H2 (menor absorção de cetoconazol) POSOLOGIA Adultos- 1 comprimido de 200mg/ 1 vez ao dia, junto a uma refeição Obs.: Quando a resposta clínica for insuficiente a dose poderá ser aumentada para 2 comprimidos de 200mg, totalizando 400mg. (sempre uma vez ao dia) Duração usual do tratamento Micoses no couro cabeludo- 4 semanas Foliculite por Malassezia- 2 a 4 semanas Candidíase mucocutânea crônica- 2 a 4 semenas. Miconazol Administrado topicamente par infecções orais e do TGI Meia vida curta (tomar de 8/8 horas) Bem distribuido nos ossos, articulações e tecido pulmonar Não atravessa a barreira hematoencefálica Inativado no fígado EFEITOS ADVERSOS Alterações do TGI Pruridos Discrasia sanguínea Alguns relatos isolados de lesão hepática USO CLÍNICO Tratamento de queilite angular (sabe-se que a queilite angular é colonizada tanto por fungos, quanto por bacterias da cavidade oral, por conta do contato com a saliva. Sendo então o miconazol indicado para seu traamento, por ter uma ampla ação contra fungos e bactérias) POSOLOGIA Dose infantil (6 a 24 meses)- ¼ da colher de chá, por 4 vezes ao dia. 2 anos de idade e adultos- ½ da colher de chá (2,5ml) 4 vezes ao dia. Cobrir a lesão e não comer, nem beber por 30 minutos após a aplicação. CONTRA-INDICAÇÔES Não usar em crianças menores de 6 anos Drogas metabolizadas pela CYP3A4- Astemizol, bepridil, cisaprida, dofetilida, halofantrina, mizolastina, pimozida, quinidina, sertindol e terfenadina, alcaloides de ergot, inibidores de HMG-coA redutase(sinvastatina e lovastatina) triazolam e midazolam oral. Usar com cuidado em pacientes que fazem uso de varfarina Outros imidazóis Clotrimazol Econonazol Tioconazol Sulconazol Itraconazol Fármacosintético, da classe dos triazóis Disponível na forma de adminitração oral e endovenosa, em doses de 100 a 400mg/dia Administração deve ser feita com alimento (pois a redução no pH melhora a absorção) Não afeta a esteroidogênese Potente atividade antifúngica (limitada pela biodisponibilidade, muito lipossolúvel) Rifamicina reduz a biodisponibilidade EFEITOS ADVERSOS Pouco frequentes Mas podem estar associados a hepatotoxicidade, sindrome de Stevens-Johnson, alterações no TGI, Cefaléia e reações alérgicas na pele. INDICAÇÕES Escolha para fungos dimórficos Histoplasma, Blastomyces e Sporothrix Substituído pelo voriconazol no tratamento da aspergilose Dermatofitoses e onicomicoses Candidíase- oral (100mg – 1 cápsula, por 15 dias) Fluconazol Fármaco sintético da classe dos triazóis Disponível para administração oral e endovenosa (dose de 100 a 800mg/dia) Alto grau de hidrossolubilidade Boa penetração no líquido cefalorraquidiano EFEITOS ADVERSOS São menores (+ seletivos para fungos) Síndrome de Stevens-Johnson (rara) Alterações no TGI Cefaléia USO CLÍNICO Escolha para meningite criptocócica dimórficos Histoplasma, Blastomyces e Sporothrix Candidemia e candidíase mucocutânea Não possui atividade para Aspergillus ou fungos filamentosos Profilaxia em Tx de medula e AIDS (preocupação com a resistência) Resumindo os mecanismos de ação...
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