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E book 2 - Contabilidade Geral

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E-book 2
Hamilton Moura
CONTABILIDADE 
GERAL
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
PATRIMÔNIO ������������������������������������������������4
Origens e Aplicações de Recursos �������������������������7
As Demonstrações Contábeis Básicas ������������������9
CICLO CONTÁBIL �������������������������������������� 23
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������28
SÍNTESE �������������������������������������������������������29
2
INTRODUÇÃO
Na sua forma mais simples, a contabilidade é uma 
forma de comunicar a saúde financeira de uma em-
presa ou organização a todas e quaisquer partes 
interessadas� É uma maneira de avaliar os ativos, 
passivos, resultados econômicos e financeiros, ou 
o futuro de uma entidade para todos os investidores 
atuais e futuros� É uma ferramenta vital para todos 
os tipos de negócios que precisam transformar os 
dados de suas transações em informações�
Neste módulo, vamos tratar do objeto de estudo da 
contabilidade: o Patrimônio� Para estudar o patri-
mônio e suas variações ao longo do tempo, a con-
tabilidade rastreia todas as origens e aplicações de 
recursos que vão ocorrendo por meio das transações 
efetuadas pela entidade� Chamamos de entidade 
qualquer ente que possua um patrimônio que possa 
ser estudado pela contabilidade: pessoa física ou 
pessoa jurídica, englobando empresas publicas e 
privadas, associações, sindicatos, organizações não 
governamentais, etc�
Atuando dentro de um ciclo contábil, o contador re-
gistra todas as transações do período e pode apre-
sentar as demonstrações contábeis básicas:
• Demonstração do Resultado
• Demonstração de Fluxo de Caixa
• Balanço Patrimonial
3
PATRIMÔNIO
A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio 
e suas variações, com o objetivo de fornecer infor-
mações úteis para tomada de decisão por parte de 
gestores ou investidores�
A construção da informação contábil é baseada na 
observação de uma entidade e sua atividade espe-
cífica. O processamento dos dados para obter in-
formações é feito operando com uma linguagem 
contábil específica e meios para que eles atendam 
às necessidades do usuário e à legislação vigente�
A contabilidade propõe uma modelagem abrangente 
da entidade baseada em regras que garantem a ob-
tenção de informações contábeis de alta qualidade 
e não apenas uma lista de contas e números�
Além de desempenhar um importante papel no con-
trole da gestão de recursos e sua contribuição para 
a tomada de decisão por diferentes usuários, a con-
tabilidade passou a desempenhar, nos últimos anos, 
um papel do ajuste social, pois as informações das 
grandes empresas que geram impacto em determi-
nados segmentos sociais são de interesse geral�
As demonstrações contábeis são um resumo das 
informações que caracterizam os elementos do patri-
mônio de cada empresa e representam o documento 
oficial de gestão, que deve espelhar uma imagem ver-
dadeira, clara e completa dos ativos, posição finan-
ceira e resultados econômicos obtidos� Além disso, 
4
as demonstrações contábeis mostram os resulta-
dos da administração da entidade, incluindo gestão 
dos recursos que lhes são confiados. Os usuários 
que desejarem avaliar a gestão de uma empresa, ou 
avaliar as decisões que impactam no seu resultado 
econômico – tais como a opção de manter ou vender 
o investimento ou a substituição ou recondução de 
administradores profissionais –, podem utilizar as 
informações produzidas pela contabilidade�
As decisões econômicas tomadas pelos usuários 
das demonstrações contábeis exigem a avaliação de 
capacidade da empresa de gerar caixa ou equivalen-
tes de caixa e resultados econômicos consistentes� 
Em última análise, depende, por exemplo, da capa-
cidade de uma entidade pagar a seus empregados 
e fornecedores, pagar juros, pagar empréstimos e 
remunerar seus proprietários�
Mas o que é patrimônio?
Patrimônio é entendido na contabilidade como o con-
junto de bens, direitos e obrigações de uma entidade�
Toda entidade (pessoa física ou jurídica), ao longo 
de sua vida, adquire bens e direitos e assume obri-
gações, pois as empresas precisam dos bens para 
produzir outros bens e serviços, e comercializá-los; 
assume obrigações de pagar fornecedores, funcio-
nários, governo, sócios, instituições financeiras.
Mas o que são bens?
São considerados bens de uma empresa tudo o que 
possui valor econômico e que possa ser transfor-
5
mado em dinheiro, sendo útil para a realização do 
objetivo social da pessoa jurídica�
Em nosso exemplo, a JR Serviços de Entregas Ltda� 
Necessita, para atingir seu objetivo social, “fazer en-
tregas de objetos, documentos e produtos”, portanto, 
precisa de alguns bens – como de um veículo robus-
to, de um local – para seu funcionamento, alguns 
móveis e equipamentos para sua administração� 
Esses bens fazem parte do patrimônio da empresa�
Em relação aos direitos, toda vez que a JR Serviços 
de Entregas Ltda� faz uma entrega para um cliente, 
ela adquire o direito de receber o valor da entrega 
do seu cliente�
Em relação às obrigações, quando a empresa compra 
a prazo ou faz um empréstimo no banco, ela assume 
a obrigação de pagar essas dívidas�
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo Contabilidade – Patrimônio, do 
professor Mário Junior, para aprofundar o concei-
to de patrimônio e sua composição: https://www.
youtube.com/watch?v=W8YyDkg-wg8
Origens e Aplicações de 
Recursos
Como já observamos, o Sr� José Roberto constituindo 
sua empresa de entregas, a entidade JR Serviços de 
6
https://www.youtube.com/watch?v=W8YyDkg-wg8
https://www.youtube.com/watch?v=W8YyDkg-wg8
Entregas Ltda� Essa entidade adquiriu alguns bens 
e assumiu algumas obrigações em suas operações 
iniciais�
Para melhor organizar as informações, a contabilida-
de faz uma divisão dos bens, direitos e obrigações: 
todos os bens e direitos são classificados no Ativo 
e todas as obrigações da entidade são classificadas 
no Passivo� É fácil entender que no Ativo estão todas 
as aplicações de recursos da entidade: os bens e 
direitos que ela adquiriu; e no Passivo estão todas as 
obrigações da entidade, ou seja, as obrigações que 
assumiu para poder adquirir aqueles bens e direitos�
Para exemplificar, vamos reproduzir uma demons-
tração da JR Serviços de Entregas Ltda�
JR Serviços de Entregas Ltda.
Balanço Patrimonial
06/12/2018
Ativo (aplicações de recursos) Passivo (origens dos recursos)
Caixa R$ 167.000,00
Contas a Receber R$ 1.000,00
Suprimentos R$ 10.000,00
Fornecedores R$ 22.000,00
Financiamento R$ 25.000,00
Veículos R$ 50.000,00
Móveis e Equipam. R$ 20.000,00 Patrimônio Líquido
Capital Social R$ 200.000,00
Lucro R$ 1.000,00
Total R$ 248.000,00 Total R$ 248.000,00
Tabela 1: Balanço Patrimonial hipotético. Fonte: Elaboração própria. 
Observe que a empresa de José Roberto tem R$ 
248�000,00 de origens e o mesmo valor em aplica-
ções� Quais foram as origens dos recursos? 
• Fornecedores R$ 22�000,00
7
• Financiamento R$ 25�000,00
• Capital Social R$ 200�000,00
• Lucro R$ 1�000,00
Falamos que no Passivo estão as obrigações da 
entidade, mas o Capital Social, não é da entidade? 
Não, o Capital Social e o lucro pertencem aos sócios 
da entidade, ou seja, a entidade deve aos sócios� 
Chamamos essa obrigação de não exigível, pois ela 
não tem prazo de vencimento, ao contrário das outras 
obrigações que não estão no Patrimônio Líquido, 
que serão exigidas pelo fornecedor do recurso em 
determinada data�
Podemos expressar o Patrimônio Líquido por meio 
da seguinte equação:
Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo
Ou seja, tudo o que a entidade tem, menos o que ela 
deve a terceiros, pertence aos seus sócios�
As Demonstrações Contábeis 
Básicas
O objetivo das demonstrações contábeis
Embora o objetivo específico e a finalidade das de-
monstrações contábeis possam ser diferentes para 
diferentes órgãos contábeis,no geral é bastante 
similar�
De acordo com o IFRS,
8
o objetivo do relatório contábil-financeiro de 
propósito geral é fornecer informações con-
tábil-financeiras acerca da entidade que as 
reporta (reporting entity) sendo úteis para inves-
tidores existentes e em potencial, a credores por 
empréstimos e outros credores, quando da tomada 
de decisão ligada ao fornecimento de recursos 
para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, 
vender ou manter participações em instrumentos 
patrimoniais e de dívida, e a oferecer ou disponi-
bilizar empréstimos ou outras formas de crédito. 
(OLIVEIRA, 2013, p. 3)
O IFRS também declara que essas decisões depen-
dem das expectativas do usuário quanto ao risco, 
valor e época de futuros ingressos líquidos de caixa 
da entidade que reporta�
Abordaremos, inicialmente, como demonstra-
ções contábeis básicas: o Balanço patrimonial, a 
Demonstração do resultado e a Demonstração do 
fluxo de caixa, as demais demonstrações serão ana-
lisadas ao longo do curso�
Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial é uma representação do pa-
trimônio da entidade em determinada data, ou seja, 
é uma fotografia financeira do patrimônio em deter-
minado momento e, por convenção, é dividido em 
dois lados� 
O lado esquerdo do balanço patrimonial engloba to-
das as contas do Ativo da entidade, que representam 
os seus bens e direitos
9
O lado direito, o Passivo do balanço patrimonial, en-
globa todas as contas que representam as obriga-
ções da entidade e o patrimônio líquido que engloba 
as contas que representam as obrigações da em-
presa para com os acionistas� Em ambos os lados, 
as contas são classificadas por liquidez. Entende-
se por liquidez a facilidade de converter os itens 
representados pelas contas, em dinheiro em curto 
prazo� Contas mais líquidas, como Caixa, Contas a 
Receber Estoques, Contas a Pagar são colocadas an-
tes de contas sem liquidez, como Prédio da Fábrica, 
Equipamentos, Veículos e Dívida de Longo Prazo� Os 
ativos e passivos também são separados em duas 
categorias: 
• Ativo Circulante e Ativo não Circulante
• Passivo Circulante e Passivo não Circulante
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa e Bancos R$ Contas a Pagar R$
Contas a Receber R$ Fornecedores R$
Estoques R$ Tributos a Pagar R$
Empréstimos R$
Não Circulante Não Circulante
Permanente Financiamentos R$
Investimentos R$
Imobilizado R$ Patrimônio 
Líquido
Capital Social R$
Reserva de Lucros R$
Total do Ativo R$ Total do Passivo R$
Tabela 2: Representação do patrimônio. Fonte: Elaboração própria.
10
No Ativo Circulante são classificadas as contas que 
representam bens e direitos de curto prazo (geral-
mente um ano), entende-se como curto prazo o que 
pode ser realizado (transformado em dinheiro) dentro 
prazo do ciclo contábil da empresa� Exemplos: Caixa, 
Contas a Receber e Estoques�
No Ativo não Circulante são classificadas as contas 
que representam bens e direitos que ultrapassam um 
ciclo contábil� Exemplo: Contas a Receber a longo pra-
zo, os bens do ativo imobilizado que, por sua própria 
característica, não serão realizados no curto prazo, 
não estão disponíveis para venda, mas para serem 
utilizados na produção de outros bens ou serviços� O 
intangível, como por exemplo, marcas e patentes, que 
também não são realizáveis a curto prazo�
No Passivo Circulante são classificadas todas as 
contas que representam obrigações da entidade, 
cujo vencimento se dará em até um ciclo contá-
bil� Exemplo: Salários a Pagar, Encargos Sociais a 
Pagar, Impostos a Pagar, Fornecedores, Empréstimos 
Bancários, etc�
No Passivo não Circulante são classificadas todas as 
contas que representam obrigações da entidade, cujo 
vencimento se dará após um ciclo contábil� Exemplo: 
Financiamentos e Empréstimos de longo prazo�
No Patrimônio Líquido são classificadas as contas 
que representam obrigações da entidade para com 
os seus sócios ou acionistas� Estas contas não têm 
vencimento definido, pois a quase totalidade das 
11
entidades são constituídas sem prazo para encerrar 
suas atividades�
Assim como os pratos de uma balança, os dois la-
dos do balanço, permanecem em equilíbrio; no prato 
esquerdo está o ativo (aplicações de recursos) e no 
prato direito estão o passivo e patrimônio líquido 
(origens dos recursos)�
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido�
Figura 1: Balança de dois pratos. Fonte: Pixabay.
12
https://pixabay.com/illustrations/graphics-design-3d-balance-sheet-875115/
 Demonstração do Resultado
É uma das três demonstrações contábeis básicas 
que as empresas devem preparar, além do balanço 
e da demonstração de fluxo de caixa.
A demonstração do resultado mostra a rentabilida-
de da empresa ao longo de um período de tempo� 
Em primeiro lugar, é preciso definir um período de 
tempo, como um mês, um trimestre ou um ano de 
resultados acumulados. Definido esse período de 
tempo, periodicamente (mês a mês, trimestre a tri-
mestre, ano a ano), a contabilidade fará a apuração 
do resultado desse período, com os procedimentos 
que estudaremos mais adiante�
A “tabela” de demonstração do resultado abaixo é 
apresentada com uma explicação linha a linha para 
que você possa ver o lucro ou a perda após a dedu-
ção de cada despesa�
A linha 1 mostra a receita líquida ou o valor de vendas 
deduzidos os tributos incidentes sobre essas vendas� 
Isso equivale ao montante total de vendas em reais 
que a empresa fez para o período de demonstração 
de resultados� Se sua empresa vendesse 50�000 uni-
dades por R$ 20,00 cada (líquido de tributos), essa li-
nha mostraria R$ 1�000�000,00� A empresa mostraria 
a quantia vendida, mesmo que tenha cobrado, mas 
ainda não tenha recebido o dinheiro de seus clientes�
A linha 2 tem um valor de R$ 500�000 para o custo 
das mercadorias vendidas� Esse custo cobre a custo 
de compra de unidades vendidas do seu produto� 
13
O custo das mercadorias vendidas geralmente é o 
maior gasto da empresa� O custo dos produtos ou 
mercadorias vendidas contém todos os custos direta-
mente relacionados à produção do seu produto, como 
mão de obra direta e compras de matérias-primas�
Se você comprar produtos por atacado e, em seguida, 
revendê-los, você também colocaria sobre essa linha� 
Por exemplo, 50�000 unidades comprados a um custo 
de atacado de R$ 10,50 cada um é igual ao custo de 
R$ 525�000,00 de mercadorias vendidas durante o 
período refletido nesta demonstração do resultado.
Linha 3: Subtraia o custo das mercadorias vendidas 
das vendas líquidas para obter lucro bruto (Linha 3)�
Linha 4: Do lucro bruto de R$ 475�000,00, subtraia 
as despesas de vendas e administração� Esse item 
de R$ 200�000 representa as despesas necessárias 
para realizar as receitas de vendas, não relaciona-
dos à produção dos produtos para venda� Se você 
tiver várias despesas relacionadas, como contas de 
telefone, eletricidade e água, você pode agrupá-las 
em uma única linha chamada “serviços públicos”, 
por exemplo�
As despesas administrativas também incluem cus-
tos como salários, comissões de vendas, aluguel de 
escritórios e taxas legais e contábeis�
A linha 5 mostra a despesa de depreciação da empre-
sa� Quando você compra um prédio ou equipamento 
para o seu negócio, você o deprecia ao longo de um 
período de tempo� A depreciação é uma despesa 
14
não-caixa e serve como um abrigo fiscal, por isso 
é mostrado na demonstração do resultado� Vamos 
supor aqui uma depreciação de R$ 60�000,00�
Linha 6: Depois de subtrair despesas de vendas e 
administrativas e depreciação, você chega ao lucro 
operacional� O lucro operacional também é chamado 
de lucro antes de juros e impostos (EBITDA), que 
neste caso totaliza R$ 215�000,00�
Linha 7: Depois de calcular o EBITDA, adicione as 
despesas de juros da sua empresa� O juro é o que 
você paga em qualquer dívida que sua empresa deve� 
Para calcular os juros da dívida, você precisa saber 
a taxa de juros que está pagando e multiplicá-la pelo 
valor principal de sua dívida� Para este exemplo, o 
montante de jurosé assumido em R$ 40�000,00 e 
vai na linha 7�
Linha 8: Depois de subtrair sua despesa de juros do 
EBITDA, você chega aos lucros antes dos impostos 
na Linha 8, no valor de R$ 175�000,00
Linha 9: Preencha a quantia que você paga em im-
postos na Linha 9� A alíquota de imposto, neste 
exemplo, é de 30%, ou R$ 52�500,00�
Linha 10: Depois de subtrair a despesa com impos-
tos, você chegará aos ganhos disponíveis para os 
seus acionistas ordinários, que estão indicados na 
Linha 10, no valor de R$ 122�500,00�
Linha 11: Se você tem investidores em sua empre-
sa, a Linha 11 é onde você registra os dividendos� 
15
Suponha que essa empresa pagará dividendos de 
R$ 40�000,00 a seus acionistas�
Linha 12: Subtraindo todas as despesas abaixo da 
linha 3, lucro bruto, calculamos o lucro líquido da 
sua empresa� Isso representa o dinheiro que você 
deixou para reinvestir na empresa, na forma de lu-
cros retidos�
Transfira esse valor de lucro líquido para o seu ba-
lanço, no final do seu período contábil, para a conta 
de Reserva de Lucros� Além de ser reinvestido na 
empresa, esse valor também pode ser usado para 
pagar dividendos futuros�
A tabela abaixo mostra um exemplo de demonstra-
ção do resultado muito simplificada. A demonstração 
de resultados da sua empresa pode ser um pouco 
mais complexa e conter mais itens� Esta demonstra-
ção deve servir para dar a você um esquema básico e 
uma ideia de como uma demonstração do resultado 
funciona�
ABC Indústria e Comércio de Utilidades Ltda.
Demonstração do Resultado
 Exercício findo em 31/12/2018
linha item valor
1 Vendas R$ 1�000�000,00
2 Custo dos Produtos 
Vendidos
R$ 525�000,00
3 Lucro Bruto R$ 475�000,00
4 Despesas Comerciais 
e Administrativas
R$ 200�000,00
5 Depreciação R$ 60�000,00
16
6 Lucro Operacional 
(EBITDA)
R$ 175�000,00
7 Juros R$ 40�000,00
8 Lucro Antes dos 
Impostos (EBITDA)
9 Impostos (30%) R$ 52�500,00
10 Lucro Disponível para 
Acionistas
R$ 122�500,00
11 Dividendos R$ 40�000,00
12 Lucro Líquido R$ 82�500,00
Tabela 3: Demonstração do Resultado.
A demonstração do resultado de uma empresa é 
tão precisa quanto à qualidade de seus dados� É in-
teressante revisar as transações contábeis em um 
nível detalhado, especialmente se um dos itens de 
linha em sua demonstração de receita parece excep-
cionalmente grande ou pequeno, destoando do que 
normalmente ocorre�
Podcast 1 
 Demonstração de Fluxo de Caixa
A Demonstração de Fluxo de Caixa é uma das três 
principais demonstrações contábeis que reporta o 
caixa gerado e gasto durante um período específico 
de tempo (um mês, um trimestre ou um ano, por 
exemplo). A demonstração de fluxo de caixa atua 
como uma ponte entre a demonstração do resultado 
e o balanço, mostrando como o dinheiro entra e sai 
do negócio�
17
https://famonline.instructure.com/files/118401/download?download_frd=1
Três seções da demonstração de fluxo de caixa:
Atividades operacionais: As principais atividades 
geradoras de receita de uma organização e outras 
atividades que não são de investimento ou financia-
mento; quaisquer fluxos de caixa de ativo circulante 
e passivo circulante�
Atividades de investimento: Quaisquer fluxos de 
caixa proveniente da aquisição e alienação de ati-
vos para o longo prazo e outros investimentos não 
incluídos em equivalentes de caixa�
Atividades de financiamento: Quaisquer fluxos de 
caixa que resultem em mudanças no tamanho e na 
composição do capital acionário contribuído ou dos 
empréstimos da entidade (ou seja, títulos, ações, 
dividendos)�
Definições de fluxo de caixa
Fluxo de caixa: entradas e saídas de caixa e equiva-
lentes de caixa� Em alguns estudos é representado 
pelo diagrama abaixo, as setas voltadas para cima 
indicam entradas de caixa e as setas voltadas para 
baixo indicam saídas de caixa�
18
Fluxo de caixa positivo 
indica entrada de caixa
1 2 3 4
Fluxos de caixa negativos – indicam
saídas de caixa
Figura 2: Fluxos de Caixa. 
Saldo de caixa: disponibilidades em dinheiro e depó-
sitos à vista (saldo em caixa no balanço patrimonial)
Equivalentes de Caixa: os equivalentes de caixa 
incluem o caixa mantido como depósitos bancários, 
investimentos de curto prazo e qualquer outro ativo 
de conversão de caixa muito facilmente.
Classificações de fluxo de caixa
Fluxo de Caixa Operacional
As atividades operacionais são as principais ativida-
des geradoras de receita da entidade. O Fluxo de 
Caixa das Operações normalmente inclui os fluxos 
de caixa associados a vendas, compras e outras 
despesas.
19
O contador ou o diretor financeiro da empresa pode 
escolher entre o método direto ou indireto do fluxo 
de caixa operacional:
Método Direto: Os fluxos de caixa operacionais são 
apresentados como uma lista de fluxos de caixa; 
recebimento de vendas, pagamento de despesas de 
capital, etc� Método simples, mas raramente é usado, 
o métdo indireto é mais comum�
Exemplo:
Fluxo de Caixa pelo método direto
Das Atividades Operacionais R$
(+) Recebimentos de Clientes e outros
(-) Pagamentos a fornecedores
(-) Pagamentos a funcionários
(-) Pagamentos ao governo
(-) Pagamentos a outros credores
(=) Disponibilidades geradas pelas Atividades Operacionais
 
Das Atividades de Investimentos R$
(+) Recebimento de Venda de Imobilizado
(-) Aquisição de ativo permanente
(+) Recebimento de dividendos
(=) Disponibilidades geradas pelas atividades de 
Investimentos
 
Das Atividades de Financiamento R$
(+) Empréstimos contratados
(-) Amortização de empréstimos
(+) Emissão de debêntures
(+) Integralização de capital
(-) Pagamento de dividendos
(=) Disponibilidades geradas pelas atividades de 
financiamento
 
Aumento / Redução nas disponibilidades 
Disponível no início do período 
Disponível no final do período 
Tabela 4:  Fluxo de Caixa pelo método direto. 
20
Método indireto: Os fluxos de caixa operacionais são 
apresentados como uma reconciliação do lucro para 
o fluxo de caixa.
Para preparar o fluxo de caixa pelo método indireto 
é preciso estar com o balanço patrimonial de dois 
exercícios e a demonstração do resultado em mão�
Partindo do lucro líquido do último exercício contábil, 
somamos as despesas que foram lançadas na de-
monstração do resultado, mas que não implicaram 
em saídas de caixa, como por exemplo, depreciações 
e amortizações�
Em seguida, com base nas variações das contas 
do ativo e passivo de um exercício para o outro, po-
demos preparar a demonstração de fluxo de caixa. 
Quando a variação de uma conta liberar recursos 
para o fluxo de caixa, ela entra com sinal positivo; e, 
quanto à variação retirar recursos do fluxo de caixa, 
ela entra com sinal negativo�
Os itens na demonstração de fluxo de caixa não são 
todos os fluxos de caixa reais; por esse motivo, o 
saldo de caixa é diferente do lucro�
Fluxo de Caixa de Investimento
O Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento in-
clui a aquisição e alienação de ativos não circulantes 
e outros investimentos não incluídos em equivalentes 
de caixa. Os fluxos de caixa de investimentos nor-
malmente incluem os fluxos de caixa associados 
à compra ou venda de ativos imobilizados, outros 
ativos não circulantes e outros ativos financeiros.
21
O dinheiro gasto na compra de ativo imobilizado é 
chamado de despesas de capital�
Fluxo de Caixa de Financiamento
Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamento 
são atividades que resultam em mudanças no ta-
manho e na composição do capital acionário ou dos 
empréstimos da entidade. Os fluxos de caixa de fi-
nanciamento normalmente incluem fluxos de caixa 
associados a empréstimos e empréstimos bancários, 
e a emissão e recompra de ações�
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo “Contabilidade Básica – Demons-
tração dos Fluxos de Caixa”, do professor Renato Cha-
ves, para saber mais sobre a elaboração da demons-
tração do fluxo de caixa. https://www.youtube.com/
watch?v=EwIkFBBf9T4
22
https://www.youtube.com/watch?v=EwIkFBBf9T4 
https://www.youtube.com/watch?v=EwIkFBBf9T4 
CICLO CONTÁBIL
O ciclo contábil compreende um períodode tempo 
no qual são consideradas as transações de uma em-
presa para apurar o seu resultado econômico e ao 
fim do qual a contabilidade possa apresentar sua 
situação patrimonial e financeira.
As cinco fases do ciclo contábil são: captação, reco-
nhecimento, processo de acumulação, sumarização 
e evidenciação�
Apresentamos abaixo, de forma mais operacional, 
as seguintes etapas que envolvem o ciclo contábil:
Etapa 1 - Transações
As transações da empresa iniciam o processo� Se 
não houver transações, não haverá nada para acom-
panhar� Elas podem incluir um pagamento de dívida, 
qualquer compra ou aquisição de ativos, receita de 
vendas ou quaisquer despesas incorridas�
Etapa 2 - Registro no livro Diário
Com as transações efetuadas, são classificadas de 
acordo com o plano de contas e registradas no livro 
diário da empresa, em ordem cronológica� Ao debitar 
uma ou mais contas e creditar uma ou mais contas, 
os débitos e créditos devem sempre equilibrar; o valor 
total debitado em uma ou mais contas deve ser igual 
ao valor creditado em outra(s) conta(s)� 
23
Etapa 3 - Registro no livro Razão 
Os lançamentos no Diário são lançados no Razão, 
onde cada conta recebe seus débitos ou créditos que 
foram lançados no livro Diário; temos, então, um resu-
mo de todas as transações para contas individuais�
Etapa 4 - Balancete de Verificação do livro Razão
No final do período contábil (que pode ser trimestral, 
mensal ou anual, dependendo da empresa), é apura-
do o saldo de cada uma das contas e apresentado 
um relatório dessas contas com seus saldos deve-
dores e credores� O valor total dos saldos devedores 
deve ser igual ao valor total dos saldos credores; 
caso isso não aconteça, o contador deve fazer uma 
verificação em todas as contas e encontrar o erro.
Etapa 5 - Encerramento das contas de resultado
As contas de resultado (receitas, custos e despesas) 
são contas transitórias, o seu saldo credor ou deve-
dor deve ser transferido para uma conta de apuração 
do resultado do exercício� Essa conta recebe todos 
os créditos das contas de receita e todos os débitos 
das contas de custos e despesas, apura-se então o 
seu saldo, e esse saldo será o resultado do exercício� 
Se o saldo for credor, a empresa terá apresentado 
um lucro; mas se for devedor, ela terá apresentado 
um prejuízo no exercício�
24
Podcast 2 
As contas de receita e despesa são fechadas e 
zeradas para o próximo ciclo contábil� Isso ocorre 
porque as contas de receita e despesa são contas 
da demonstração do resultado que mostram o de-
sempenho de um período específico. As contas do 
balanço não são fechadas porque mostram a po-
sição financeira da empresa em um determinado 
momento; os saldos finais das contas patrimoniais 
de um exercício contábil serão os saldos iniciais do 
próximo período�
O saldo dessa conta de apuração deve ser transfe-
rido para uma conta patrimonial, lucro do exercício 
ou reserva de lucros�
Etapa 6 - Balancete de Verificação após o encer-
ramento das contas de resultado
Após encerrar e transferir os saldos das contas de 
resultado para a conta patrimonial, o contador deve 
fazer um novo balancete de verificação, fazendo 
eventuais ajustes necessários nas contas, antes de 
elaborar as demonstrações contábeis�
Etapa 7 - Elaboração das Demonstrações 
Contábeis
Após o encerramento das contas de resultado e 
transferência para a conta patrimonial, o contador 
pode preparar as demonstrações contábeis: o ba-
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https://famonline.instructure.com/files/118402/download?download_frd=1
lanço patrimonial, demonstração do resultado e de-
monstração e o fluxo de caixa.
Com base na conta de apuração do resultado do 
exercício, ou nos saldos das contas de resultado, é 
possível preparar a demonstração do resultado�
Com base no balancete de verificação após o encer-
ramento das contas de resultado, é possível preparar 
o balanço patrimonial�
E, finalmente, tendo os dois primeiros demonstra-
tivos, é possível preparar a demonstração de fluxo 
de caixa�
O livro Razão serve como olhos e ouvidos dos conta-
dores e mostra todas as transações que ocorreram 
na empresa de forma organizada� Essencialmente 
é uma enorme compilação de todas as transações 
registradas em um documento específico ou um sof-
tware de contabilidade, que é o método predominan-
te hoje em dia� Por exemplo, se você quiser ver as 
alterações nos níveis de caixa, durante o curso da 
empresa, e todas as transações relevantes, consulte 
o livro Razão da conta Caixa, que mostra todos os 
débitos e créditos em dinheiro�
26
Elaboração das
demonstrações contábeis
Análise: Apuração do
resultado Balancetes
Registros:
Diário Razão
Coleta de dados
Identificação das transações
Figura 3: Ciclo Contábil. 
27
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos que patrimônio é o objeto de estudo da 
contabilidade e que é composto por bens, direitos e 
obrigações�
O estudo do patrimônio, com o método das partidas 
dobradas, possibilita que a contabilidade produza 
relatórios com informações úteis para a tomada de 
decisões dos administradores, acionistas, investi-
dores e todos os demais usuários interessados nas 
informações econômico-financeiras da entidade.
Para que essas informações sejam obtidas, não é 
suficiente o seu registro pelo método das partidas 
dobradas, é necessário também que se estabeleça 
um ciclo contábil, um período de tempo no qual os re-
sultados serão apurados e, ao final, do qual seja apu-
rada a posição patrimonial e financeira da entidade.
Dentro desse ciclo contábil, apresentamos as várias 
etapas que devem ser seguidas para obter com êxito 
as informações necessárias aos seus usuários�
28
Síntese
Os recursos são originados pelas obrigações que a 
empresa assume.
Origens de recursos
Todas as aplicações de recursos são representadas 
por bens e direitos.
Aplicações de recursos
Patrimônio
Líquido 
obrigações da
empresa com os sócios.
Passivo obrigações comterceiros.
Ativo bens e direitos.
posição patrimonial e financeira.
Balanço Patrimonial 
resultado econômico.
Demonstração do Resultado 
resultado financeiro.
Demonstração do Fluxo de Caixa 
Linguagem dos negócios
Demonstrações
contábeis básicas
CONTABILIDADE GERAL
Patrimônio
bens, direitos e
obrigações.
Ciclo
Contábil
Captação
Sumarização
Evidenciação
Reconhecimento
Processo de
Acumulação
Referências 
Bibliográficas 
& Consultadas
CHAVES, Renato� Contabilidade Básica – 
Demonstração do Fluxo de Caixa� Vídeo 
disponível em https://www.youtube.com/
watch?v=EwIkFBBf9T4� Acesso em: 14 jul� 2019� 
FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; 
SOUZA, Clóvis de; TAKAKURA, Massakazu� 
Contabilidade: Teoria e Prática� 6� ed� São Paulo: 
Atlas, 2011�
GELBECKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo 
dos; IUDÍCIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu� 
Manual de Contabilidade Societária. 3� ed� São 
Paulo: Atlas, 2018� [Minha Biblioteca]
IUDÍCIBUS, Sergio de� et al� Contabilidade 
Introdutória. 12� ed� São Paulo: Atlas, 2019� [Minha 
Biblioteca]
\IUDÍCIBUS� Sergio de; MARION, José Carlos� 
Curso de contabilidade para não contadores: para 
as áreas de administração, economia, direito e 
engenharia� 8� ed� São Paulo: Atlas, 2019� [Minha 
Biblioteca]
JUNIOR, Mário� Contabilidade – Patrimônio� 
Vídeo disponíel em https://www.youtube.com/
watch?v=W8YyDkg-wg8� Acesso em: 14 jul� 2019�
MARION, José Carlos� Contabilidade básica. 12� 
ed� São Paulo: Atlas, 2018� [Minha Biblioteca]
MARION, José Carlos� Contabilidade empresarial. 
16� ed� São Paulo: Atlas, 2013� [Minha Biblioteca]
OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva; SANTOS, Dalgi 
Siqueira� IFRS e CPC: Guia de Aplicação Contábil 
para Contexto Brasileiro� São Paulo: Saraiva, 2013� 
[Minha Biblioteca]
PADOVEZE, Clóvis Luiz� Introdução à Contabilidade 
para não contadores. 2� ed� São Paulo: Cengage 
Learning, 2016� [Minha Biblioteca]
PADOVEZE, Clóvis Luís� Manual de contabilidade 
básica: contabilidade introdutória e intermediária� 
10� ed� São Paulo: Atlas, 2018� [Minha Biblioteca]�
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