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O que você acha sobre nosso momento de recreação as sextas
A moda das palavras empatia e ‘cultura do engajamento’ estão em alta ultimamente. “Uma equipe feliz e engajada com a empresa, produz mais e com maior qualidade.” Li essa frase em um artigo qualquer na web e bem, é verdade. Mas, como ter empatia e senso de equipe se todos estão distante? E qual o real impacto das recreações em grupo para o aumento do engajamento?
Tenho me perguntado isso a uns dias, cheguei a algumas conclusões pessoas, que em pouco ou nada podem refletir a opinião dos demais. Ou muito pode refletir...
O home ofice
Sempre adorei estudar, e mais tarde, trabalhar em casa, sozinha e com um chiclete de hortelã. Dessa forma, sempre achei que o meu rendimento era maior, assim como concentração e a sensação de liberdade. Sem contar o conforto, nada é melhor do que usar uma roupa confortável e uma almofada nas costas ou colo. 
Porém, aprendi rapidamente em meu primeiro trabalho nessa modalidade o outro lado da moeda. O lado difícil e sufocante estar em home-office, mais ainda, como é solitário. E me deparei com dois grandes desafios.
O primeiro desafio
Assim como todo mundo, sempre ouvi a máxima do ‘acabou o horário de trabalho, deixe os problemas do trabalho, no trabalho”. Ou então, “não leve os problemas do trabalho para casa”. Mas, como deixar os problemas do trabalho no trabalho, se eu moro no trabalho? Como delimitar um limite, se estou a 400 metros do meu “escritório”?
Uma rotina foi a solução encontrada. Ter uma rotina fixa onde tudo tem um momento para ser feito foi uma solução simples e necessária. Assim como fácil me adaptar, afinal, somos seres de hábitos e em 21 dias, temos um novo habito para “chamar de seu”. 
A rotina, e um sistema de recompensas e “punições”, resolve o primeiro problema. Embora, aprendi que deve haver cuidado para não ficar neurótico com prazos e demandas, seja para trabalho, faculdade, compromissos e etc. 
O segundo desafio
Ter uma personalidade extrovertida e falante como a minha, em contraste com um ambiente silencioso, ou não tanto, da minha casa, pode ser sufocante e solitário. O senso de equipe e de time? Esquecível, afinal, eu não vejo ninguém! Eu não posso abraçar, experimentar um lanche diferente, me preocupar se alguém vai comer o meu bolo na geladeira, roubar a minha caneta ou apenas ir na mesa ao lado e puxar um assunto idiota sobre o tempo. 
Na maior parte dos dias, minha equipe é um mouse com parkinson, o teclado com uma necessidade insaciável por pilhas novas e a Barbie sorridente estampada na caixa dos chicletes.
Por isso, os jogos em equipe as sextas feiras e os momentos de happy hour são uma boa válvula de escape e desconcentração. 
Jogos todas as sextas
Quando foi proposto uma hora de jogo as sextas feiras, achei divertido, mas tive receio de isso se tornasse um problema, já que era algo novo e que nunca havia feito. Vai que alguém se chateasse?
Na teoria é simples, semana difícil, então uma partida de amoug us é o momento ideal para matar seu chefe ou alguém que complicou a sua semana.
Na prática? É muito mais divertido. A sensação de felicidade e plenitude ao saber que você está se vingando de quem falou que seu texto precisava de mais alguma coisa ou que havia uma vírgula errada. 
Brincadeiras à parte, esse é um momento de aproximação necessário, principalmente nos dias de hoje, onde crises e suicídios estampam os noticiários. Onde tragédias e problemas são comentados em cada fila que você pega. As pessoas realmente gostam de falar coisas ruins.
O senso de time pode não ser totalmente alcançado, afinal, ele nem é algo totalmente palpável ou fácil de descrever, mas as partidas são realmente um momento onde podemos nos distrair e interagir. Conversar sobre algo que todos vão estar inteirados, sem excluir ninguém e sem se preocupando com nada mais do que aniquilar o coleguinha ou desmascarar o impostor. 
Essa é uma ótima forma de terminar a sexta feira, de relaxar e de, por uma hora, não se preocupar com nada que acontece ao seu redor. Depois que acaba o tempo do jogo, vou almoçar com mais energia e animação do que normalmente teria naquele horário. 
Ah, e algo ótimo, o que acontece no jogo, fica no jogo. as