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358709520-Gerenciamento-de-residuos

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Gerenciamento 
de Resíduos Sólidos
Daniela Cavalcante Pedroza
1
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Legislação ambiental pertinente aos RSI 
Gestão de Resíduos Sólidos Industriais 
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
2
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
3
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
4
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
PROCESSO INDUSTRIAL
FORNECEDORES
Materiais
Energia
Informações
CLIENTES
Produtos e Serviços
Emissões
Efluentes
Resíduos
5
RESÍDUO E IMPACTO AMBIENTAL
Todo resíduo gerado provoca impactos ao meio ambiente, quer seja:
No seu descarte
Na sua destruição
Mas o que é:
 Meio Ambiente, 
Resíduo e 
Impacto Ambiental?
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
6
MEIO AMBIENTE
Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas
Lei 6.938/1981
Circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas interrelações
NBR ISO 14001:2004
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
7
RESÍDUO
Divergência de opiniões:
Material que não tem mais valor para seu proprietário;
Qualquer material gerado secundariamente por um processo;
Lixo (conceito do passado).
Consenso:
Materiais que não podem mais ser utilizados com a finalidade para as quais foram originalmente produzidos;
Tudo que possa ser reciclado, reaproveitado ou recuperado.
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
8
RESÍDUO
Posição das autoridades
Materiais
Energia
Informações
Emissões Gasosas
Efluentes Líquidos
Produto
Resíduos
Sólidos
Comercialização
Comercialização
Reciclagem ou Utilização
Tratamento
Descarte
Por serem resíduos, há inúmeras restrições que dificultam ou até impedem sua comercialização e utilização.
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
9
RESÍDUO
Posição da INDÚSTRIA
Efluentes Líquidos
Materiais
Energia
Informações
Emissões Gasosas
Produto
Comercialização
Resíduos
Sólidos
Tratamento
Descarte
Sub-produto
Comercialização
Reciclagem ou Utilização
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
10
RESÍDUO
Materiais decorrentes de atividades antrópicas, gerados como sobras de processos ou aqueles que não possam ser utilizados com a finalidade para as quais foram originalmente produzidos.
RESÍDUO SÓLIDO
Resíduos nos estados sólido e semi-sólido que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
ABNT NBR 10.004:2004
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
11
Resíduos Domicilares
	São originados da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens.
Resíduos Industriais 
	São os resíduos originados das atividades dos diversos ramos da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc.
 
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
Resíduos de Serviço de Saúde
		
	Também conhecidos como resíduos hospitalares, os resíduos de serviços de saúde são os resíduos descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias.
Resíduos de Serviços Urbanos
		
	Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU's), são conhecidos também como lixo urbano, são os resíduos resultantes das atividades domésticas e comerciais. 
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
IMPACTO AMBIENTAL
Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização.
NBR ISO 14001:2004
2. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
14
Política Nacional dos Resíduos Sólidos
A Política Nacional de resíduos foi aprovada no congresso nacional a partir do projeto de lei nº 121/2003, regulamentada pela Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010.
2. INTRODUÇÃO
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
LEI 12.305 DE 02/08/2010
A serem adotados pela União isoladamente ou em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e Particulares
REÚNE:
Princípios, Objetivos, Instrumentos, Diretrizes, Metas e Ações
VISANDO
Resíduos ≠ Rejeitos
Destinação final ≠ Disposição final
Geradores
Responsabilidade Compartilhada
Acordo Setoriais (Logística reversa)
Planos de Gestão (Nacional, Estaduais, Microrregionais e Municipais).
Plano de Gerenciamento (Setor Empresarial).
Estrutura da Política Nacional de Resíduos Sólidos: implementação e regulamentação
Acordo Setoriais:
	Instrumentos contratuais entre os poderes públicos, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes para a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos através da logística reversa dos resíduos e embalagens pós consumo. 
Estrutura da Política Nacional de Resíduos Sólidos: implementação e regulamentação
Produtos eletroeletrônicos e seus componentes
 
Pneus
 PRODUTOS OBRIGADOS À LOGÍSTICA REVERSA (ART. 33)‏
Agrotóxicos
 seus
resíduos e
embalagens
Pilhas e Baterias
Lei 7.802/89 e Decreto 4.074/02
LOGÍSTICA REVERSA
20
	Política Estadual dos Resíduos Sólidos Industriais:
	
	Alguns estados brasileiros já estão trabalhando para que seja criada a sua própria política estadual de resíduos sólidos, como é o caso de Minas Gerais que aprovou em janeiro deste ano a lei nº 18.031, de 12-01-2009, que dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos.
2. INTRODUÇÃO
Panorama dos Resíduos Sólidos Industriais no Brasil
 
	O inventário nacional de resíduos sólidos industriais, instituído pela Resolução CONAMA nº 313, de 2002, nos permite acompanhar a geração dos resíduos sólidos industriais pelas centenas de industriais de vários segmentos espalhadas pelo país.
	É através do inventário de resíduos, que o estado pode criar mecanismos para ferramentas adequadas de administração dos resíduos industriais.
2. INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
24
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
Conjunto de ações para identificar, quantificar, caracterizar, classificar, definir e manter critérios para coleta, manuseio, acondicionamento, armazenamento, transporte, disposição de resíduos sólidos. 
É constituído de:
Controle de GERAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO e CLASSIFICAÇÃO
MANUSEIO e ACONDICIONAMENTO
ARMAZENAMENTO
TRANSPORTE EXTERNO
DISPOSIÇÃO
INVENTÁRIO
25
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS 
E COOPERATIVAS DE CATADORES
I – houver cooperativas ou associações de catadores capazes técnica e operacionalmente de realizar o gerenciamento dos resíduos sólidos
II – utilização de cooperativas e associações de catadores no gerenciamento dos resíduos sólidos for economicamente viável;
III - não houver conflito com a segurança operacional do empreendimento.
DEVERÁ justificar quando não incluí-las
O PGRS deverá dispor sobre atuação de cooperativas e de associação catadores quando:
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento TemporárioTransporte Externo
Disposição Final
Inventário
27
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
PRINCÍPIOS
Todo resíduo gerado é uma perda.
Assim, a melhor ação possível sempre será não gerar o resíduo, o que nem sempre é possível.
A minimização da geração de resíduos gera valor para a organização e para a sociedade.
RESÍDUO NÃO É LUCRO
RESÍDUO É PERDA
28
PROPÓSITOS DO CONTROLE DE GERAÇÃO
Conhecer todos os resíduos gerados na empresa, incluindo:
Fonte geradora.
Tipos de resíduos gerados por fonte geradora.
Quantidades de resíduos gerados por fonte geradora.
Monitoramento periódico das quantidades de resíduos gerados.
Definição e implantação de planos de redução da geração de resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
29
FLUXOGRAMA
Mapeamento da Empresa
Avaliação de viabilidade de projetos de redução de geração
Monitoramento da geração
Definição e implantação de Programas de Redução da Geração de Resíduos
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
30
MAPEAMENTO DA EMPRESA
O nível de detalhamento depende da necessidade da empresa de conhecimentos específicos relativos a processos.
Determinação das fontes geradoras, podendo envolver:
ÁREA ou SETORES.
PROCESSOS.
ATIVIDADES ou ESTAÇÕES DE TRABALHO.
Determinação dos resíduos gerados por fonte geradora.
Tipo de resíduo.
Estimativa de quantidade gerada por unidade de tempo.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
31
ESTIMATIVA DA QUANTIDADE
Para tal é importante:
Definir unidade de tempo:
Tempo em que o produto é produzido.
Considerar variáveis:
Modo de produção;
Tempo de produção;
Tipo de máquinas e equipamentos do processo.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
32
MONITORAMENTO DA GERAÇÃO
Para cada fonte geradora, deve-se:
Definir frequência de registros dos dados relativos às quantidades.
Definir critérios para compilação, análise de dados e tomada de decisão.
Definir metas para a geração dos principais resíduos.
Especificar responsáveis para:
Registrar, na frequência definida, os dados de geração.
Compilar os dados e criar formas de apresentação dos resultados.
Tomar ações em função dos resultados alcançados.
Monitorar resíduos gerados.
Registrar, compilar e analisar as informações relativas à geração de resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
33
VIABILIDADE DE PROJETOS DE REDUÇÃO
Deve-se identificar onde é viável se implantar projetos para a redução da geração de resíduos. A avaliação de viabilidade deve incluir, mas não se limitar:
Quantidades envolvidas. As maiores quantidades geradas podem permitir a implantação de projetos onde o ganho é maior.
Aspectos econômicos e financeiros:
CUSTO da alteração
CUSTO de matérias-primas.
PREÇO de venda de resíduos.
CUSTO de disposição de resíduos.
Aspectos técnicos | Possibilidade de alteração de:
Matéria-prima.
Produtos.
Processos geradores.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
34
VIABILIDADE DE PROJETOS DE REDUÇÃO
Definindo onde atuar
PRINCÍPIO DE PARETO
Na maioria dos fenômenos, a maioria das consequências ou efeitos (80%) se devem a uma quantidade pequena de causas (20%)
O Princípio de Pareto nos orienta a:
Focalizar nossa atenção nos POUCOS EVENTOS VITAIS
 evitando os 
MUITOS EVENTOS TRIVIAIS
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
35
VIABILIDADE DE PROJETOS DE REDUÇÃO
Análise de Pareto
Após a compilação dos dados relativa à geração dos resíduos, construa gráficos de Pareto para identificar os resíduos mais representativos para a empresa. Adote, por exemplo:
Pareto das quantidades versus resíduos.
Pareto dos custos de disposição versus resíduos.
Pareto dos custos de materiais (desperdício) versus resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
36
VIABILIDADE DE PROJETOS DE REDUÇÃO
Construção do gráfico de Pareto
Colete os dados necessários e os registre numa folha de coleta de dados.
Lixo doméstico
3
1
2
3 
.
.
.
TOTAL
Resíduo
Data
Material não metálico contaminado
Metais não ferrosos
Plástico.
Viruta ou Limalha
Aparas de aço
Material refugado
Papel e papelão
Outros
0
2
.
.
.
27
2
4
3
.
.
.
68
4 
5
3
.
.
.
77
0
3
2
.
.
.
53
6
4
4
.
.
.
197
5
7
17 
.
.
.
252
5
4
1
.
.
.
91
0
4
2
.
.
.
13
0
2
1
.
.
.
15
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
37
VIABILIDADE DE PROJETOS DE REDUÇÃO
Construção do gráfico de Pareto
Liste as quantidades de resíduos na linha horizontal do gráfico e a ocorrência na linha vertical. Liste as quantidades na ordem decrescente de ocorrência, da esquerda para a direita, com barras sobre cada categoria de problema para indicar a sua respectiva ocorrência.
Lixo
Não metálico contaminado
Metais não ferrosos
Plástico
Viruta ou Limalha.
Aparas de aço. 
Material refugado 
Papel e papelão
Outros
PERCENTUAL
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
38
VIABILIDADE DE PROJETOS DE REDUÇÃO
Construção do gráfico de Pareto
Determine o percentual de ocorrência de cada resíduo em relação à quantidade total gerada
Lixo
Não metálico contaminado
Metais não ferrosos
Plástico
Viruta ou Limalha.
Aparas de aço. 
Material refugado 
Papel e papelão
Outros
PERCENTUAL
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
39
PROGRAMAS DE REDUÇÃO
Para cada resíduos onde se determinou a viabilidade de implantação de um programa de redução da geração, deve-se:
Definir a meta de redução a ser alcançada e o respectivos prazo.
Estabelecer um responsável pelo alcance da meta.
Elaborar o Programa de Redução – Plano de Ação:
Ação a ser tomada;
Responsável pela ação;
Prazo para a implantação;
Recursos requeridos.
Definir critérios, frequência e responsável pela avaliação da implantação e do alcance das metas.
Implantar fóruns para avaliação periódica de todos os programas e redefinição de metas.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
i – Controle de Geração
40
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
41
CONCEITOS
CARACTERIZAÇÃO
Processo através do qual determina-se a composição química de um resíduo e suas propriedades físicas, químicas e biológicas.
Notas:
1 - A caracterização de um resíduo deve ser realizada em função de uma necessidade específica, ou seja, deverá ser sempre realizada segundo parâmetros definidos caso a caso.
2 - Não é viável realizar caracterizações somente para se ter em mãos dados gerais sobre o resíduo.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
42
CONCEITOS
CLASSIFICAÇÃO
Processo que envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e características e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.
De acordo com a norma ABNT NBR 10.004, os resíduos podem ser classificados em:
	Perigoso	Classe I
	Não Perigoso	Classe II
	Não Inerte	Classe II.a
	Inerte	Classe II.b
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
43
FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO
Realizar caracterização do resíduo
Resíduo de origem conhecida?
SIM
NÃO
Resíduo perigoso?
Resíduo CLASSE I
Resíduo LIXIVIA ou SOLUBILIZA?
SIM
NÃO
Resíduo 
CLASSE II A
Resíduo 
CLASSE II B
RESÍDUO
NÃO
SIM
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
44
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Coletam-se amostras do resíduo, conforme norma ABNT NBR 10.007:2004.
O uso de tal norma assegura que as amostras coletadas serão representativas do resíduo que se quer caracterizar. A garantia da representatividade se relaciona a:
Quantidade suficiente de material amostrado para que sejam feitas todas as análises necessárias e que sejam mantidas amostras adicionais para uso nos casos onde a contraprova se fizer necessária.
Garantia de que a amostra não serão contaminadas durante ou após a coleta.
Garantia de que a amostra não receba quaisquer influências denatureza química, física ou biológica que possa alterar sua constituição e propriedades.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
45
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Etapas da amostragem:
Determinação de:
Tipo de amostrador
Número de amostras e tamanho de cada amostra:
Pontos de amostragem
Tipos de amostra
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
46
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Tipo de amostrador
O tipo de amostrador depende do resíduo a ser analisado.
	Tipo de resíduo	Amostrador recomendado
	Líquidos ou lodos em tambores, caminhões-tanques, barris ou recipientes similares	Amostrador de resíduo líquido:
polietileno
Vidro
	Líquidos ou lodos em tanques abertos ou Lagoas	Caneca amostradora ou balde de Inox
		Garrafa amostradora pesada
		Garrafa amostradora de profundidades “Van Dorn”
	Sólidos em pó ou granulados em sacos, tambores, barris ou recipientes similares, montes ou pilhas de Resíduos	Amostrador de grãos
		Amostrador “trier”
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
47
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Tipo de amostrador
O tipo de amostrador depende do resíduo a ser analisado.
	Tipo de resíduo	Amostrador recomendado
	Resíduos secos em tanques rasos e sobre o solo	Pá
	Resíduos em tanques rasos ou no solo, a mais de 20 cm de profundidade	Trado
	Resíduos em tanques de armazenagem	Garrafa amostradora pesada
		Garrafa amostradora de profundidades “Van Dorn”
	Outros amostradores podem ser utilizados, desde que atendam às condições mínimas necessárias para garantir a integridade da amostra.	
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
48
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Tipo de amostrador
TRADO.
Este amostrador é normalmente utilizado em sondagens de solo, podendo ser utilizado para amostragem de resíduos. O seu acionamento pode ser manual ou mecânico, e a preservação ou destruição do perfil do material a ser amostrado depende do tipo de broca utilizada.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
49
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Tipo de amostrador
TRIER.
Este amostrador é feito com um tubo longo de aço inox e possui uma parte chanfrada em quase todo o seu comprimento. A ponta e as bordas do chanfro são afiadas para permitir que o material a ser amostrado seja cortado quando o amostrador girar no interior da massa de resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
50
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Tipo de amostrador
Garrafa Van Dorn.
Este amostrador consiste em um cilindro aberto nas extremidades, um suporte pesado, duas rolhas de material inerte e um cabo com mensageiro.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
51
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Pontos de amostragem
	Tipo de recipiente	Ponto de amostragem
	Tambor ou contêiner com abertura na parte Superior	Retirar a amostra através da abertura
	Barris ou recipientes similares	Retirar as amostras pela parte superior dos barris, barrilhetes de fibras e similares.
Coletar as amostras de toda a seção vertical, em pontos opostos e em diagonal, passando pelo centro do recipiente.
	Sacos e similares	Retirar as amostras pela parte superior, evitando fazer furos adicionais por onde o material possa vazar.
Coletar as amostras de toda a seção vertical, em pontos opostos e em diagonal, passando pelo centro do recipiente
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
52
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Pontos de amostragem
	Tipo de recipiente	Ponto de amostragem
	Caminhões-tanque e similares	Retirar as amostras através da abertura superior
do tanque. Se for necessário, retirar a amostra
de sedimentos através da válvula de purga.
Se o tanque for compartimentado, retirar as
amostras de todos os compartimentos.
	Lagoas e tanques abertos	Dividir a área superficial em uma rede
quadriculada imaginária. De cada quadrícula,
retirar as amostras de maneira que as variações
do perfil sejam representadas.
	Leitos de secagem, lagoas secas ou solo contaminado	Dividir a superfície em uma rede quadriculada
imaginária. De cada quadrícula retirar uma
amostra representativa da área contaminada.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
53
AMOSTRAGEM DE RESÍDUOS
Pontos de amostragem
	Tipo de recipiente	Ponto de amostragem
	Montes ou pilhas de resíduos1, 2)	Retirar as amostras de pelo menos três seções
(do topo, do meio e da base). Em cada seção,
devem ser coletadas quatro alíquotas,
eqüidistantes. O amostrador deve penetrar
obliquamente nos montes ou pilhas
	Tanque e/ou contêiner de armazenagem	Retirar a amostra através de abertura própria.
Para tanques e/ou contêiner com profundidades
superiores a 1,5 m, retirar as amostras de
maneira que as variações do perfil sejam
representadas
	Sempre que possível, proceder ao espalhamento do monte ou pilha, efetuando a coleta de amostra por quarteamento. 
Deve-se proceder ao desmonte da pilha ou do monte, caso o amostrador não esteja adequado às condições e dimensões para a coleta de amostra.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
54
CONCEITOS
CLASSIFICAÇÃO
Lembrando, de acordo com a norma ABNT NBR 10.004, os resíduos podem ser classificados em:
	Perigoso	Classe I
	Não Perigoso	Classe II
	Não Inerte	Classe II.a
	Inerte	Classe II.b
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
55
PERICULOSIDADE DE UM RESÍDUO
Característica apresentada por um resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, pode apresentar:
risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices;
riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
56
PERICULOSIDADE DE UM RESÍDUO
Um resíduo é considerado perigoso quando apresentar uma ou mais das seguintes propriedades:
Inflamabilidade
Corrosividade
Reatividade
Toxicidade
Patogenicidade
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
57
FATORES DE PERICULOSIDADE
Inflamabilidade:
Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável se uma amostra dele apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume;
não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosa e persistentemente, dificultando a extinção do fogo;
ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material;
ser um gás comprimido inflamável.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
58
FATORES DE PERICULOSIDADE
Corrosividade:
Um resíduo sólido é caracterizado como corrosivo se uma amostra dele apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou sua mistura com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5;
ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55°C, de acordo com USEPA SW 846 ou equivalente.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
59
FATORES DE PERICULOSIDADE
Reatividade:
Um resíduo sólido é caracterizado como reativo se uma amostra dele apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar;
reagir violentamente com a água;
formar misturas potencialmente explosivas com a água;
gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água;
possuirem sua constituição os íons CN- (cianeto) ou S2 – (sulfeto) em concentrações que ultrapassem os limites de 250 mg de HCN (ácido cianídrico) liberável por quilograma de resíduo ou 500 mg de H2S (ácido sulfídrico) liberável por quilograma de resíduo, de acordo com ensaio estabelecido no USEPA - SW 846;
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
60
FATORES DE PERICULOSIDADE
Reatividade:
Um resíduo sólido é caracterizado como reativo se uma amostra dele apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em ambientes confinados;
ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou explosiva a 25°C e 0,1 MPa (1 atm);
ser explosivo, definido como uma substância fabricada para produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para este fim.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
61
FATORES DE PERICULOSIDADE
Toxicidade:
Propriedade potencial que o agente tóxico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em conseqüência de sua interação com o organismo.
Um resíduo sólido é caracterizado como tóxico se uma amostra dele apresentar, entre outras, as seguintes propriedades:
ser comprovadamente letal ao homem;
possuir substância em concentração comprovadamente letal ao homem ou estudos do resíduo que demonstrem uma DL50 oral para ratos menor que 50 mg/kg ou CL50 inalação para ratos menor que 2 mg/L ou uma DL50 dérmica para coelhos menor que 200 mg/kg.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
62
FATORES DE PERICULOSIDADE
Patogenicidade:
Um resíduo sólido é caracterizado como patogênico se uma amostra dele contiver ou se houver suspeita de conter um ou mais dos elementos abaixo capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais :
Microorganismos patogênicos;
Proteínas virais;
Ácido desoxiribonucléico (ADN) ou ácido ribonucléico (ARN);
Recombinantes;
Organismos geneticamente modificados;
Plasmídios;
Cloroplastos
Mitocôndrias ou toxinas
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
63
FATORES DE PERICULOSIDADE
Patogenicidade:
Os resíduos de serviços de saúde deverão ser classificados conforme ABNT NBR 12808.
Os resíduos gerados nas estações de tratamento de esgotos domésticos e os resíduos sólidos domiciliares, excetuando-se os originados na assistência à saúde da pessoa ou animal, não serão classificados segundo os critérios de patogenicidade.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
64
RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS
São aqueles que não apresentam quaisquer das propriedades de periculosidade relacionadas anteriormente.
Resíduos não perigosos podem ser:
INERTES:
NÃO INERTES:
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
65
RESÍDUOS INERTES
Quaisquer resíduos que e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.
Resíduos que não solubilizam nem lixiviam.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
66
RESÍDUOS NÃO INERTES
Quaisquer resíduos que e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, tiverem um ou mais de seus constituintes solubilizados ou lixiviados
Podem ter propriedades, tais como:
Biodegradabilidade;
Combustibilidade;
Solubilidade em água.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
67
LIXIVIAÇÃO
Processo para determinação da capacidade de transferência de substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no resíduo sólido, por meio de dissolução no meio extrator.
ABNT NBR 10.005:2004
Operação de separar de certas substâncias, por meio de lavagem, os sais nela contidos.
Aurélio Buarque de Holanda – Dicionário Aurélio Básico de Língua Portuguesa, 1ª edição
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
68
LIXIVIAÇÃO
O processo de lixiviação é constituído das seguintes etapas:
Coleta da amostra;
Pesagem de massa;
Testes preliminares para determinação do pH;
 Dependendo do resultado do pH utilizar ácido acético (quando o pH > 5) + NaOH 1N (hidróxido de sódio 1 Normal) (quando o pH < 5);
Agitação por 16 a 18 horas em recipiente fechado;
Filtragem;
Análise do extrato filtrado.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
69
SOLUBILIZAÇÃO
Tornar (uma substância) solúvel.
Aurélio Buarque de Holanda – Dicionário Aurélio Básico de Língua Portuguesa, 1ª edição
SOLÚVEL
Que se pode solver, dissolver ou resolver.
Aurélio Buarque de Holanda – Dicionário Aurélio Básico de Língua Portuguesa, 1ª edição
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
70
SOLUBILIZAÇÃO
O processo de solubilização é constituído das seguintes etapas:
Coleta da amostra;
Pesagem de massa;
Adição de água à amostra de agitação da mesma;
Repouso por 7 (sete) dias;
Filtragem;
Análise do extrato filtrado.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
ii – Caracterização e Classificação
71
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
72
CONTROLE DA MANUSEIO
O controle de manuseio de resíduos inclui:
Definição de implementação de sistema de identificação de resíduos.
Seleção de acondicionadores apropriados.
Implementação da segregação dos resíduos de acordo com suas características.
Definição e implementação de métodos de manuseio
Implementação da proteção ao trabalhador envolvido com a manuseio de resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
73
IDENTIFICAÇÃO
A correta identificação dos resíduos visa, entre outras coisas:
Proteger trabalhadores quanto à exposição ou contato com eventuais resíduos perigosos.
Prevenir a mistura inadvertida de resíduos diferentes, principalmente resíduos perigosos com não perigosos.
Prevenir a disposição inadequada de resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
74
IDENTIFICAÇÃO
A identificação deve:
Ser individualizada para cada acondicionador usado.
Conter, no mínimo:
Nome do resíduo.
Classificação do resíduo:
Perigoso
Não perigoso
Pode-se usar, por exemplo, uma etiqueta com o nome do resíduo, combinada com o Diamante de Hommel.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
75
IDENTIFICAÇÃO
O Diamante de Hommel:
O diamante de HOMMEL não informa qual é a substância química, mas indica todos os riscos envolvendo o produto químico em questão.
Os riscos representados no Diamante de Hommel são os seguintes:
INFLAMABILIDADE
PERIGO PARA SAÚDE
REATIVIDADE
RISCOS ESPECIAIS
 
2
0
0
0
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diamante de Hommel
 
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
76
IDENTIFICAÇÃO
O Diamante de Hommel:
INFLAMABILIDADE
Representada pela cor VERMELHA.
Escala:
4 – Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos
3 – Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente
2 – Produtos que entram em ignição quando aquecidos moderadamente
1 – Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição
0 – Produtos que não queimam
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
77
IDENTIFICAÇÃO
O Diamante de Hommel:
PERIGO À SAÚDE
Representado pela cor AZUL.
Escala:
4 – Produto Letal
3 – Produto severamente perigoso
2 – Produto moderadamente perigoso
1 – Produto levemente perigoso
0 – Produto não perigoso ou de risco mínimo
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
78
IDENTIFICAÇÃO
O Diamante de Hommel:
REATIVIDADE
Representada pela cor AMARELA.
Escala:
4 – Capaz de detonação ou decomposição com explosão a temperatura ambiente
3 – Capaz de detonação ou decomposiçãocom explosão quando exposto a fonte de energia severa
2 – Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou pressões elevadas
1 – Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido
0 – Normalmente estável
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
79
IDENTIFICAÇÃO
O Diamante de Hommel:
RISCOS ESPECIAIS
Representada pela cor BRANCA.
Símbolos:
OXY – Oxidante forte
ACID – Ácido forte
ALK – Alcalino forte
 – Evite o uso de água 
 – Radioativo
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
80
ACONDICIONADORES
Acondicionadores são dispositivos ou equipamentos destinados ao acondicionamento correto dos resíduos sólidos em recipientes padronizados.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
81
ACONDICIONADORES
Resíduos podem ser acondicionados em:
Contêineres;
Tambores;
Tanques ou
A granel
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
82
ACONDICIONADORES
Os acondicionadores devem atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:
Compatibilidade:
O material do recipiente deve ser compatível com equipamento usado para transportá-lo e ser adequado ao mesmo.
O material do recipiente deve ser compatível com o resíduo a ser contido, não podendo reagir quimicamente com mesmo.
Estanqueidade:
O recipiente deve ser isento de vazamento e ser dotado de proteção para evitar a inserção de água ou outros materiais no resíduo.
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
83
ACONDICIONADORES
Os acondicionadores devem atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:
Resistência física:
O recipiente deve ter resistência suficiente para suportar a quantidade de resíduo a ser contida e a sua movimentação.
Durabilidade:
O recipiente deve possibilitar um número elevado de reutilizações.
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
84
SEGREGAÇÃO
A segregação dos resíduos ainda na fonte geradora é uma atitude fundamental para seu adequado gerenciamento.
Dentre outros objetivos da segregação destacam-se:
Evitar a mistura de resíduos incompatíveis, evitando conseqüências tais como, geração de calor; fogo; explosões; geração de fumos ou gases; volatilização de inflamáveis e tóxicos; solubilização de substâncias tóxicas.
Evitar a contaminação dos resíduos, para que os mesmos possam ser reciclados ou utilizados.
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
85
SEGREGAÇÃO
Segregar os resíduos significa implementar a COLETA SELETIVA.
Coleta Seletiva de Resíduos consiste em:
Separar os diferentes tipos de resíduo (papel, plástico, metal, vidro, etc.) no momento de jogá-lo na lixeira. 
	Resíduo selecionado (descartar no lugar certo) permite a separação de materiais com vista a:
Comercialização daqueles que apresentam algum valor no mercado.
Definição da melhor forma de disposição.
 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
86
SEGREGAÇÃO
Como funciona a COLETA SELETIVA.
Para cada tipo de resíduo, define-se um tipo apropriado de acondicionador. Cada acondicionador terá uma cor específica para cada tipo de resíduo.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
87
SEGREGAÇÃO
Vantagens da COLETA SELETIVA.
Permite que sejam implantados Programas de Redução da Geração para os resíduos escolhidos pela organização.
Diminui o desperdício.
Reduz o consumo de energia.
Diminui a poluição do solo, água e ar.
Diminui a exploração de recursos naturais.
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários.
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
88
SEGREGAÇÃO
Dificuldades para a manutenção da eficácia da COLETA SELETIVA.
Educar as pessoas para que as mesmas respeitem as diretrizes da coleta. 
	Não basta definir, adquirir e distribuir os coletores nas instalações da empresa. É necessário capacitar as pessoas, supervisioná-las e monitorar o funcionamento da Coleta Seletiva.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
89
MÉTODOS DE MANUSEIO
Métodos adequados de manuseio devem ser definidos e implementados para:
Não permitir que resíduos não contaminados por resíduos perigosos sejam contaminados por estes.
Não permitir que os resíduos sejam expostos às intempéries, aumento sua quantidade.
Prevenir que resíduos ou líquidos que escoem dos mesmos atinjam o solo ou coleções hídricas.
Proteger a segurança e saúde daqueles que eventualmente se envolvam no manuseio dos resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
90
PROTEÇÃO DO TRABALHADOR
A organização deve:
Retirar os resíduos dos limites da indústria e dispô-los de forma a prevenir quaisquer danos à segurança e saúde dos trabalhados e impactos ao meio ambiente.
Prover ferramentas adequadas para manusear os resíduos, de forma a evitar contato direto do trabalhador com estes, improvisações e eventuais acidentes de trabalho.
Prover Equipamentos de Proteção Individual – EPI – adequado ao manuseio dos resíduos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
91
PROTEÇÃO DO TRABALHADOR
Os equipamento de proteção individual devem incluir, quando aplicável, mas não se limitar a:
Proteção da face e olhos;
Proteção respiratória;
Proteção dos membros;
Proteção da pele.
Controle médico quando a exposição do trabalhador ao resíduo puder provocar doenças.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iii – Manuseio
92
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
93
INFRA-ESTRUTURA
GENERALIDADES
A organização deve prover infra-estrutura para o armazenamento adequado dos resíduos. Isto inclui:
Locais separados para armazenar resíduos perigosos e os não perigosos.
Segregação entre resíduos que sejam incompatíveis entre si.
Sistema para prevenir o acesso de pessoas não autorizadas.
Proteção contra intempéries.
Proteção contra contaminação do solo.
Drenagem de percolados.
Prevenção de acúmulo de gases perigosos.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
94
ESCOLHA DO LOCAL
O local a ser utilizado para o armazenamento de resíduos deve ser tal que:
o perigo de contaminação ambiental seja minimizado;
a aceitação da instalação pela população seja maximizada;
 evite, ao máximo, a alteração da ecologia da região;
esteja de acordo com o zoneamento da região.
Deve-se respeitar as distâncias indicadas pela legislação vigente no que se refere a mananciais hídricos, lençol freático, etc., deverão ser consideradas também as distâncias recomendadas de núcleos habitacionais, logradouros públicos, rede viária, atividades industriais, etc.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
95
ESCOLHA DO LOCAL
A seleção do local deve levar em conta também:
as condições de quaisquer operações industriais na vizinhança que poderão gerar faíscas, vapores reativos, umidade excessiva, etc. e atingir os resíduos estocados;
os riscos potenciais de fenômenos naturais ou artificiais como: elevada precipitação pluviométrica, ventanias, inundações, marés altas, queda de barreiras, deslizamentos de terra, afundamento do terreno, erosão, etc.
O local de armazenamento deve ser aprovado pelo Órgão Estadual de Controle Ambiental, atendendo a legislação específica.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
96
ISOLAMENTO E SINALIZAÇÃO
O local de armazenamento de resíduos perigosos deve possuir:
sistema de isolamento tal que impeça o acesso de pessoas estranhas;
sinalização de segurança que identifique a instalação para os riscos de acesso ao local;
áreas definidas, isoladas e sinalizadas para armazenamento de resíduos compatíveis.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
97
ILUMINAÇÃO E FORÇA
Uma instalação de armazenamento de resíduos perigosos deve ser suprida de iluminação e força, de modo a permitir uma ação de emergência, mesmo à noite, além de possibilitar o uso imediato de equipamentos como bombas, compressores, etc.
No caso de áreas de armazenamento de resíduos inflamáveis, os equipamentos elétricos devem estar de acordo com os requisitospara áreas classificadas.
COMUNICAÇÃO
O local deve possuir um sistema de comunicação interno e externo, além de permitir o seu uso em ações de emergência.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
98
ACESSOS
Tanto os acessos internos quanto os externos devem ser protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas.
TREINAMENTO
A correta operação de uma instalação de armazenamento é fundamental na minimização de possíveis efeitos danosos ao meio ambiente. Assim, a capacitação do operador é um fator primordial e os responsáveis pelas instalações devem fornecer treinamento adequado aos seus funcionários.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
99
TREINAMENTO
O treinamento deve incluir:
a forma de operação da instalação;
procedimentos para o preenchimento dos quadros de registro de movimentação e armazenamento de resíduos;
apresentação e simulação do plano de emergência.
Deve ser feito, também, um registro contendo uma descrição do programa de treinamento realizado por cada indivíduo na instalação.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
100
CONTROLE DA POLUIÇÃO
Todos os sistemas de armazenamento de resíduos perigosos devem considerar a necessidade de equipamentos de controle de poluição ou sistemas de tratamento de poluentes ambientais, em função das características dos resíduos, das condições de armazenamento e da operação do sistema.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
101
BACIA DE CONTENÇÃO
Instalação para armazenamento em tanques, tambores, contêineres deve estar provida de uma bacia de contenção de líquidos projetada e operada de forma a obedecer às seguintes condições:
a base da bacia de contenção deve se apresentar livre de rachaduras ou buracos e estar suficientemente impermeabilizada;
a base deve ser inclinada ou todo o sistema de contenção deve ser projetado e operado de modo a drenar e remover os líquidos citados anteriormente;
a bacia de contenção deve ter capacidade suficiente para conter, no mínimo, 10% do volume total do maior recipiente armazenado, qualquer que seja o seu tamanho;
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
102
BACIA DE CONTENÇÃO
Instalação deve obedecer às seguintes condições:
a bacia deve ser construída de tal forma que impeça o fluxo do escoamento superficial da vizinhança para seu interior;
quando houver sistema fixo de água para combate a incêndios, a bacia deve possuir dreno com válvula de bloqueio, externo à bacia, dimensionado adequadamente de modo a eliminar risco de transbordamento;
quaisquer vazamentos ou derramamentos de resíduos, como também as águas pluviais retidas, devem ser periodicamente removidos da caixa de acumulação, de modo a evitar transbordamento do sistema de coleta; se o material coletado estiver contaminado com substâncias tóxicas e que lhe conferem periculosidade, o seu manuseio e destino final devem ser tal que o meio ambiente seja adequadamente protegido;
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
103
BACIA DE CONTENÇÃO
Instalação deve obedecer às seguintes condições:
no caso do armazenamento de resíduos perigosos incompatíveis, prever bacias de contenção independentes, para cada área, de forma a evitar riscos de misturas no caso de acidentes.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
iv – Armazenamento Temporário
104
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
105
CONDIÇÕES GERAIS
O transporte externo deve respeitar, pelo menos:
Os requisitos legais apropriados;
Adequação do veículo ao transporte;
Manutenção e conservação do veículo;
Capacitação dos condutores
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
106
REQUISITOS LEGAIS
Requisitos legais incluem, mas não se limitam:
Resolução ANTT no 420/2004, para transporte de resíduos Classe I:
Disposições gerais e definições
Classificação por característica de produto químico
Procedimento para expedição
Resolução ANP no 15/2006, para transporte de óleo :
Aparência
Composição
Volatilidade, etc
Portaria ANP nº 125/99, para regulamentação da:
Atividade de recolhimento
Coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado
Decreto nº 96044/88, para regulamentação para transporte rodoviário de produtos perigosos
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
107
ADEQUAÇÃO DO VEÍCULO
Para transporte de resíduos, o veículo deve ser dotado de:
Carroceria isenta de furos e rachaduras;
Sistema de segurança adequado, direção, freios, equipamentos de segurança etc. 
Sinalização apropriada (painel de segurança e rótulo de risco), adotando como referência a ABNT NBR 7500:2005, com atualização em 2007.
Kit de emergência; (RESOLUÇÃO ANTT 420/2004)
Ficha de Emergência, conforme ABNT NBR 7503:1982, com atualização em 2005. 
Envelope de emergência, conforme ABNT NBR 7504:1983, CANCELADA e substituída pela NBR 7503:2005.
Preenchimento da ficha de emergência para o transporte de cargas perigosas ABNT NBR 8285:1996, CANCELADA e substituída pela NBR 7503:2005. 
Veículos-tanques devem possuir certificação de acordo com os requisitos do INMETRO.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
108
Sinalização apropriada (painel de segurança e rótulo de risco) 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
109
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO
O veículo deve ser mantido adequado, o que inclui:
Emissão de fumaça preta dentro dos limites especificado pela Resolução IBAMA 85/96 e Portaria MINTER 100/80.
Isenção de vazamento de quaisquer fluidos, incluindo aqueles que possam escoar do resíduo.
Operacionalidade dos sistemas de controle e segurança do veículo, incluindo transmissão, câmbio, direção, freios, iluminação e sinalização.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
110
CAPACITAÇÃO DOS CONDUTORES
A capacitação inclui:
Habilitação conforme definido no Código Brasileiro de Trânsito, lei federal no 9.503/97
Curso de Direção Defensiva;
Curso MOPP – Manuseio e Operação com Produtos Perigosos –, para o transporte de resíduos Classe I. Isto inclui:
Movimentação de cargas perigosas
Procedimentos em caso de acidentes ambientais
etc
Condições adequada de saúde.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
111
LICENCIAMENTO DO TRANSPORTE
O licenciamento consiste das seguintes etapas:
Preenchimento do FCEI para atividade de transporte de carga perigosa;
Homologação do FCE no órgão ambiental;
Após o recebimento do FOB (Formulário de Orientação Básica), seguir os requisitos exigidos pelo órgão ambiental; 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
112
LICENCIAMENTO DO TRANSPORTE
MODELO FOB
Requerimento da L.O. conforme modelo; 
Cópia do certificado da L.O. da empresa geradora do resíduo;
PCA com ART;
Cópia da publicação do pedido da L.O. em jornal de acordo com a DN COPAM 13/95;
Cópia digital da documentação;
Comprovação de pagamento (o valor é estipulado em função do porte e potencial poluidor) 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
113
LICENCIAMENTO DO TRANSPORTE
INFORMAÇÕES SOLICITADAS PARA ELABORAÇÃO PCA
Identificação da Empresa responsável pelo Transporte objeto do Licenciamento;
Caracterização dos Veículos/Equipamentos utilizados no transporte objeto do licenciamento;
Caracterização do Resíduo (preencher os dados, abaixo referenciados, por produto transportado);
Caracterização do(s) condutor(es); constando:
CURSO MOPP
DATA DE REALIZAÇÃO
Nº DO CERTIFICADO
INSTITUIÇÃO
Medidas de controle de medidas prevenção de acidentes;
Plano de viagem;
Caracterização da(s) rota(s). 
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
114
MANIFESTO DE TRANSPORTE
O manifesto controla a saída do resíduos, o seu itinerário e atesta a sua destinação final. Inclui informações sobre:
Gerador do resíduo;
Resíduo a ser transportado;
Transportador;
Destino.
3GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
115
MODELO DE MANIFESTO DE TRANSPORTE
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
MODELO DE MANIFESTO DE TRANSPORTE
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
MODELO DE MANIFESTO DE TRANSPORTE
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
MODELO DE MANIFESTO DE TRANSPORTE
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
v – Transporte Externo
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final | Destinação Final
Inventário
120
GENERALIDADES
A Disposição Final deve ser feita de forma a eliminar ou minimizar os impactos ambientais.
A escolha da forma de disposição depende, entre outros fatores de:
Caracterização e classificação do resíduo.
Custo da disposição:
Disposição de resíduos perigosos em aterros classe I têm custo atual inferior à incineração ou co-processamento.
Valor apurado com a venda do resíduo.
Potencial de geração de passivo ambiental no futuro:
No co-processamento, o resíduo é transformado em cimento, não gerando qualquer potencial de passivo ambiental futuro;
Resíduos disposto em aterro podem gerar futuramente necessidade de aplicação de outra disposição
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
121
HIERARQUIA DAS AÇÕES NO MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (ART. 9º)‏
D e s t i n a ç ã o F i n a l
(A partir de 02/08/2014)
DISPOSIÇÃO FINAL
Os tipos de disposição podem ser os seguintes ou outros:
Aterros Sanitários;
Aterros Industriais;
Destinação final:
Incineração;
Co-processamento em Fornos de Clínquer;
Neutralização e Inertização.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
123
  ATIVIDADES PROIBIDAS NAS ÁREAS DE DISPOSIÇÃO FINAL (ART. 48)‏
utilização dos rejeitos dispostos como alimentação
catação
criação de animais domésticos
 fixação de habitações temporárias ou permanentes 
outras atividades vedadas pelo poder público
ATERROS SANITÁRIOS
São usados para a disposição de lixo doméstico.
Devem incluir:
Impermeabilização de solo.
Captação e tratamento de chorume.
Drenagem de gases.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
125
ATERROS INDUSTRIAIS
São usados para a disposição de resíduos industriais.
Devem incluir:
Impermeabilização de solo
Captação e tratamento dos líquidos
Drenagem de gases
Cobertura
Monitoramento das estruturas e estabilidade geotécnica
Monitoramento dos gases, líquidos, do aqüífero e do entorno do aterro.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
126
INCINERAÇÃO
Consiste na queima do resíduo, sob condições controladas, em câmara fechada.
Incineradores devem incluir:
Sistema de controle de alimentação de resíduos;
Sistema de captação e tratamento dos gases gerados;
Sistema de captação de efluentes, caso se use sistema de tratamento gases por via úmida.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
127
INCINERADOR
Insumos
Combustíveis
Energia
Resíduos
RESÍDUOS SÓLIDOS
M. P. Gases
Emissão atmosférica
Emissão atmosférica
ECP
(seco)
ECP
(úmido)
Efluente 
ETE
Efluente
Tratado
INCINERAÇÃO
Princípio de funcionamento:
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
128
CO-PROCESSAMENTO
Consiste no uso do resíduo – principalmente o de Classe I – com combustível ou matéria-prima para a produção de clinquer.
O clinquer após moagem é transformado em cimento.
Além do licenciamento para a produção de cimento, a industria produtora de cimento deve possuir licenciamento específico para o co-processamento.
Tal licenciamento é feito de acordo com os requisitos da Resolução CONAMA no 264, de 26 de agosto de 1999;
Cada tipo de resíduo a ser co-processado requer um licenciamento específico:
No processo de licenciamento a indústria deve demonstrar viabilidade no uso do resíduo.
A industria deve evidência eficácia dos controle de poluição, através de Teste de Queima.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
129
CO-PROCESSAMENTO
Princípio de funcionamento:
FORNO DE CLINQUER
Insumos
Combustíveis
Energia
Resíduos
ECP
(seco)
Resíduos Sólidos
M. P. Gases
CLINQUER
Emissão Atmosférica
Monitoramento on-line
Material Particulado
Analisador de Gases
Monitoramento on-line
Taxa de Alimentação
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
130
PRINCIPAIS DELIBERAÇÕES
	Criação de GT's Temáticos (5 Grupos)
	Com a finalidade de fazer estudos de viabilidade técnica e econômica, elaborar propostas de modelagem da Logística Reversa e subsídios para o edital de chamamento dos Acordos Setoriais, o Comitê Orientador, por recomendação do Grupo Técnico de Assessoramento (GTA), criou cinco grupos de técnicos temáticos.
GTT01 – Descarte de Medicamentos
Coordenação: Daniela Buosi – Ministério da Saúde
GTT02 – Embalagens em Geral
		Coordenação: Silvano Silvério da Costa – Ministério do Meio Ambiente
GTT03 – Embalagens de Óleos Lubrificantes e Seus Resíduos
Coordenação: Ênio Pereira – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
GTT04 – Eletroeletrônicos 
Coordenação: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
GTT05 – Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista
Coordenação: Sergia de Souza Oliveira – Ministério do Meio Ambiente
PRINCIPAIS DELIBERAÇÕES
DIRETRIZES PARA DISPOSIÇÃO E DESTINAÇÃO
	RESÍDUO	LEGISLAÇÃO	DISPOSIÇÃO/ DESTINAÇÃO
	Lixo Doméstico	Portaria Minter Nº 53	Aterro Sanitário
	Sobras de Restaurante	Portaria Minter Nº 53	Aterro Sanitário
	Papel, Plástico e Madeira	Portaria Minter Nº 53	Reciclagem
	Metais	Portaria Minter Nº 53	Refusão
	Metais	Portaria Minter Nº 53	Refusão
	Resíduos Classe II	Portaria Minter Nº 53	Aterros
	Óleo	Portaria Minter Nº 53
Portaria ANP Nº 125, 127 e 138
Portaria Interministerial Nº 1
Resolução Conama Nº 09	Rerrefino
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
133
DIRETRIZES PARA DISPOSIÇÃO E DESTINAÇÃO
	Estopas, Toalhas, papel e plástico contaminado com óleo	Portaria Minter Nº 53
Resolução CONAMA Nº 264
	Incineração
Co-processamento
	RESÍDUO	LEGISLAÇÃO	DISPOSIÇÃO/ DESTINAÇÃO
	Lâmpadas	Portaria Minter Nº 53	Reciclagem
	Pneus	Portaria Minter Nº 53
Resolução CONAMA Nº 258
Resolução CONAMA Nº 264	Reciclagem
Co-processamento
Incineração
	Pilhas e Bateriais	Portaria Minter Nº 53
Resolução CONAMA Nº 257	Devolução ao Fabricante
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
134
DIRETRIZES PARA DISPOSIÇÃO E DESTINAÇÃO
	RESÍDUO	LEGISLAÇÃO	DISPOSIÇÃO/ DESTINAÇÃO
	Lodo de Fossa Séptica	Portaria Minter Nº 53	Aterro
Adubação do Solo
	Resíduos de Serviço de Saúde	Portaria Minter Nº 53
Resolução CONAMA Nº 05 
Resolução CONAMA Nº 283
Portaria ANVISA Nº 33	Incineração;
Desinfecção e Disposição em Aterro
	Resíduos Radioativos	Portaria Minter Nº 53
Resolução CNEN Nº 12	Entrega na CNEN
	Borra de Tinta	Portaria Minter Nº 53
Resolução CONAMA Nº 264	Reciclagem
Co-processamento
	Embalagens de Agrotóxicos	Portaria Minter Nº 53
Decreto Federal 4.074	Devolução ao Fabricante
135
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vi – Disposição Final |Destinação Final
135
ÍNDICE
Plano de Curso
Introdução e Definições
Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Controle de Geração
Caracterização e Classificação
Manuseio
Armazenamento Temporário
Transporte Externo
Disposição Final
Inventário
136
GENERALIDADES
De acordo com a Resolução CONAMA no 313, de 29/10/2002:
Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais: é o conjunto de informações sobre a geração, características, armazenamento, transporte, tratamento, reutilização, reciclagem, recuperação e disposição final dos resíduos sólidos gerados pelas indústrias do país.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vii – Inventário de Resíduos
137
REQUISITOS
Resolução CONAMA no 313, de 29/10/2002,especifica que:
Art. 4º As indústrias ... deverão, no prazo MÁXIMO DE UM ANO após a publicação desta Resolução, ou de acordo com o estabelecido pelo órgão estadual de meio ambiente, apresentar a este, informações sobre geração, características, armazenamento, transporte e destinação de seus resíduos sólidos.
§ 1º As informações previstas neste artigo deverão ser prestadas ao órgão estadual de meio ambiente e atualizadas a cada VINTE E QUATRO MESES, ou em menor prazo, de acordo com o estabelecido pelo próprio órgão.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vii – Inventário de Resíduos
138
REQUISITOS
Resolução CONAMA no 313, de 29/10/2002, especifica que:
Art. 5º As indústrias deverão indicar as informações que considerarem sigilosas.
Art. 8º As indústrias, a partir de sessenta dias da data de publicação desta Resolução, deverão registrar MENSALMENTE e manter na unidade industrial os dados de geração e destinação dos resíduos gerados.
Art. 9º O não cumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará os infratores as penalidades e sanções previstas Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto nº 3179, de 21 de setembro de 1999.
3 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
vii – Inventário de Resíduos
139
Bibliografia
Algumas especificações técnicas
ABNT NBR 10004. Resíduos Sólidos – Classificação. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 2004. 
ABNT NBR 10005. Procedimentos para obtenção de extrato lixiviado de Resíduos Sólidos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT NBR 10006. Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de Resíduos Sólidos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 2004.
ABNT NBR 10007. Amostragem de Resíduos Sólidos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 2004. 
ABNT NBR 11.174: Armazenamento de resíduos inertes e não inertes. Associação Brasileira de Normas Técnicas. São Paulo, 1990.
ABNT NBR 11.175: Incineração de resíduos sólidos perigosos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. São Paulo, 1990.
ABNT NBR 7500:2005: Transporte de Resíduos Perigosos. Associação Brasileira de Normas Técnicas. São Paulo, 1990.
BRASIL. Lei Federal 12.305, de 02/08/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 
BRASIL. Decreto 7.404, de 23/12/2010. Cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 6 de 06/09/1991. Dispõe sobre o licenciamento de obras de resíduos industriais perigosos. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 9 de 19/09/1993. Estabelece definições e torna obrigatório o recolhimento e destinação adequada de todo óleo lubrificante usado ou contaminado.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 23 de 12/12/1996. Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução n° 401 de 04/11/2008. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.
 
Obrigada!
Daniela Cavalcante Pedroza
daniela@verdeghaia.com.br
www.verdeghaia.com.br | (55) 31 2127.9140
Diretora Técnica da Verde Ghaia
Engenheira Ambiental
Esp. Engenharia de Segurança do Trabalho.
Auditora Líder em Qualidade.
Auditora Líder em Meio Ambiente
Auditora Líder em Saúde e Segurança do Trabalho.
Auditora Líder em Engenharia de Alimentos.
JOGUE
LIMPO
REJEITOS
PRETO
Resíduos de cigarro,
papéis carbono
plastificado e
metalizados,
alimentos
etc.
JOGUE
LIMPO
REJEITOS
PRETO
Resíduos de cigarro,
papéis carbono
plastificado e
metalizados,
alimentos
etc.
JOGUE
LIMPO
PAPEL
AZUL
Jornais, revistas, 
aparas de 
formulários, caixas 
de papelão, etc.
JOGUE
LIMPO
PAPEL
AZUL
Jornais, revistas, 
aparas de 
formulários, caixas 
de papelão, etc.
JOGUE
LIMPO
PLÁSTICO
VERMELHO
Copos descartáveis, 
sacos, potes, etc.
JOGUE
LIMPO
PLÁSTICO
VERMELHO
Copos descartáveis, 
sacos, potes, etc.
JOGUE
LIMPO
METAL
AMARELO
Latas de 
refrigerantes, 
embalagens 
metálicas, etc.
JOGUE
LIMPO
METAL
AMARELO
Latas de 
refrigerantes, 
embalagens 
metálicas, etc.
JOGUE
LIMPO
VIDRO
VERDE
Vidros de 
gatorede, copos, 
garrafas, etc.
JOGUE
LIMPO
VIDRO
VERDE
Vidros de 
gatorede, copos, 
garrafas, etc.
1. GERADOR:
EMPRESA: 
ÁREA:
ENDEREÇO: 
INSC. EST.: C.G.C.: 
CONTATO: ___________________________________________________
FONE: 
MODELO
MANIFESTO PARA TRANSPORTE DE RESÍDUOS
MTR. Nº. ________
2. RESÍDUO A SER TRANSPORTADO:
DESCRIÇÃO (1): _____________________________________________________________________________
QUANTIDADE:________________
ESTADO FÍSICO (1): ( ) 
SÓLIDO 
 ( ) 
PASTOSO
 ( ) 
LODO/LAMA
 ( )
 PÓ
 ( ) 
LÍQUIDO
CÓD. CLASSIF. (1): __________ CÓD. ONU (2): _________
TIPO DE ACONDICIONAMENTO (1): ( ) TAMBOR DE 200 l ( ) CAÇAMBA (CONTÊINER) ( ) BOMBONAS ( ) BAGS 
 ( ) GRANEL ( ) FARDOS ( ) OUTRAS (especificar):_____________
DATA DE SAÍDA: ___/___/___
3. TRANSPORTADOR: 
EMPRESA: ____________________________________________ FONE: ( ) ____-_________
ENDEREÇO: _________________________________________ CIDADE:____________________ U.F:____
INSC. EST.: ________________________________ C.G.C: ___________________
PLACA DO VEÍCULO: _______ - _______________
ITINERÁRIO 
(conforme contrato):
" Certifico que as informações foram conferidas e me responsabilizo pelo adequado transporte e itinerário, 
 até o destinatário , sem adição de materiais à carga."
RESPONSÁVEL: _________________________________________ ASSINAT.:_________________
4. DESTINO:
EMPRESA: ______________________________________________ FONE: ( ) ____-_________
ENDEREÇO: _________________________________________ CIDADE:____________________ U.F:____
 "CERTIFICO TER RECEBIDO OS RESÍDUOS ESPECIFICADOS NO ÍTEM 2 DESTE REGISTRO"
DATA DO RECEBIMENTO: ____/____/____
RESPONSÁVEL: ______________________________ ASSINAT.:_________________
5. OBSERVAÇÕES:

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