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PERIODONTIA PERIODONTO “Unidade Formada pela Gengiva, Osso Alveolar, Ligamento Peiodontal e Cemento Radicular, Cuja Função é a Proteção e Sustentação do Dente” · Periodonto de Proteção Gengiva · Periodonto de Sustentação Ligamento Periodontal, Cemento e Osso Funções do Aparelho de Inserção • Ligar o Dente ao Alojamento Ósseo • Suportar e Dirigir as Forças Geradas pela Mastigação, Fonação e Deglutição • Ajustar as Alterações Estruturais Associadas ao Uso e Envelhecimento MUCOSA ORAL Dividida em 3 tipos • Mucosa de Revestimento (mucosa alveolar) • Mucosa Mastigatória (Gengiva e Palato Duro) • Mucosa Especializada (Dorso da Língua) GENGIVA Tipos de Gengiva • Gengiva livre · Marginal · Papilar · Gengiva Inserida Gengiva livre Marginal • Faixa Estreita que Contorna o Colo dos Dentes (0,5 a 2 mm) • Se estende da margem gengival livre até a junção cemento esmalte. • Vertente Externa: Tecido Epitelial Escamoso Estratificado Queratinizado • Vertente Interna: Não Queratinizado Gengiva Inserida • Mede de 1 a 9 mm • Unida Ao Dente e Osso Alveolar • Estende-se da junção cemento-esmalte até a junção mucogengival Gengiva Livre Papilar • Gengiva Marginal que Preenche o Espaço Interproximal • Fator que Influenciam a Forma • Extensão Vestibulo-Lingual dos Dentes • Formação do “COL” “Depressão em forma de cela que representa o encontro entre as papilas vestibulares e linguais” SULCO GENGIVAL • “Espaço Virtual Existente entre o Esmalte e a vertente Interna da Gengiva Marginal” • Formado por 3 Paredes Uma de Tecido Duro Duas por Tecidos Moles Profundidade do Sulco Gengival Saudável que se Estende da Borda Livre da Gengiva Marginal até a Porção mais Coronária do Epitélio Juncional - Varia de indivíduo para Indivíduo e de Região para Região - Profundidade Média: 0,5 a 3 mm Gengiva X Mucosa Alveolar •Epitélio da Mucosa –Poucas Camadas de Células –Não é Ceratinizado –Maior Suprimento Vascular •Epitélio Gengival –Numerosas Camadas de Células –Revestimento de Ceratina EPITÉLIO GENGIVAL Epitélio Oral : voltado para a cavidade oral Epitélio do Sulco: voltado para o dente Epitélio Juncional: promove a adesão entre a gengiva e o dente EPITÉLIO ORAL Pavimentoso, Estratificado, Queratinizado 1. Camada Basal 2. Camada Espinhosa 3. Camada Granulosa 4. Camada Ceratinizada · Melanócitos: células que contém pigmentos EPITELIO JUNCIONAL • É uma Faixa de Epitélio Escamoso estratificado Não Queratinizado que liga a Gengiva ao Dente • Durante a Erupção Dentária o Epitélio Juncional é Constantemente Reposicionado Tecido Conjuntivo •Fibras Colágenas • Fibroblastos, Mastócitos, Macrófagos, Linfócitos, Neutrófilos, Plasmócitos *Mastócito - Produz substâncias vasoativas e controlam o fluxo de sangue através do tecido (sistema microvascular) • Macrófago – Fagocitose • Neutrófilos + Linfócitos + Plasmócitos = Defesa do tecido conjuntivo FIBRAS: produzidas pelos fibroblastos a) Colágenas b) Reticulares c) Oxitalâmicas e) Elásticas FIBRAS GENGIVAIS Fibras Gengivais (Colágenas) • Funções : · Abraçar Firmemente o Dente, Promovendo Rigidez Necessária à Gengiva • Classificação: · Dento-Gengivais · Dento-Periosteais · Fibras Transeptais · Fibras Circulares Fibras Circulares - Circundam o dente à maneira de um anel ou punho Dento-Gengivais - Estão embutidas no cemento supra-alveolar da raiz e se projetam em forma de leque em direção ao tecido gengival livre. Dento-Periosteais - Inserem-se na mesma porção do cemento que as fibras dentogengivais, porém fazem trajetória em sentido apical sobre a crista óssea para terminar na gengiva inserida Fibras Transeptais - Estendem-se entre os cementos dos dentes vizinhos. Seguem trajeto retilíneo. PERIODONTO DE INSERÇÃO Ligamento Periodontal -- Tec conjuntivo frouxo • Função Amortecedora • Função Formativa: Rico em Osteoblastos, Fibroblastos e Cementoblastos • Função Nutritiva e Sensorial: Nutre o Cemento, Osso e a Gengiva • Elemento Principal: Fibras Colágenas Ligamento Periodontal • Fibras da Crista Alveolar ACF • Fibras Horizontais HF • Fibras Oblíquas OF • Fibras Apicais APF Fibras da Crista Dental - Abaixo do Epitélio Juncional, Evita a Extrusão Dentária Fibras Horizontais - Menor Grupo, Amortecem as Forças Laterais Fibras Oblíquas - Maior Grupo, Evita a Intrusão Dentária e Lateralidade Fibras Apicais - Evita a Movimentação dentária na Região de Ápice Fibras de Sharpey - Quando as Fibras Penetram no Cemento ou no Osso Cemento - Tecido Calcificado Especializado que Recobre a Raiz dos Dentes - É avascular, não é inervado. - Sofre deposição contínua ao longo da vida. - Constituído por fibras colágenas e hidroxiapatita Primário ou acelular: formado com a raiz e a erupção do dente Secundário ou celular: formado após a erupção e em resposta as demandas funcionais - Produzido pelos cementoblastos – Cementócitos OSSO Osso Alveolar: - desenvolve-se com a erupção dos dentes - Reabsorvido quando os dentes são perdidos - Constitui o aparelho de inserção do dente - Distribuir e absorver forças geradas •Osteoblastos são células produtoras de tecido ósseo •Localizam-se na superfície mais externa •Osteócito Osteoclasto Lacunas de Howship VASCULARIZAÇÃO • Principal suprimento sanguíneo do ligamento vem das artérias dentárias que emitem três ramos: ••ramos no ligamento periodontal, provenientes dos vasos apicais que suprem a polpa dentária. •ramos dos vasos intra-alveolares que atravessam a parede alveolar e se dirigem para o periodonto. •ramos das artérias gengivais - estes entram no ligamento periodontal a partir da direção coronária. • Os capilares formam uma rica rede no ligamento e os vasos linfáticos seguem o trajeto dos vasos sangüíneos, proporcionando a drenagem linfática. EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL EPIDEMIA Doença de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade. EPIDEMIOLOGIA Estuda os fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças em grupos de pessoas. A DOENÇA PERIODONTAL É UMA INFECÇÃO, CRÔNICA, QUE AFETA OS TECIDOS DE SUPORTE E SUSTENTAÇÃO DOS DENTES DE MANEIRA IRREVERSÍVEL. · METODOLOGIA MÉTODOS PARA EXAMESISTEMAS DE ÍNDICES · O REGISTRO DA PROFUNDIDADE A SONDAGEM DOS NÍVEIS CLÍNICOS DE INSERÇÃO E AS AVALIAÇÕES RADIOGRÁFICAS DO OSSO ALVEOLAR. · AVALIAÇÃO DA INFLAMAÇÃO NOS TECIDOS PERIODONTAIS · A PRESENÇA DE INFLAMAÇÃO NA GENGIVA MARGINAL É USUALMENTE REGISTRADA ATRAVÉS DE AVALIAÇÕES COM A SONDA PERIODONTAL. AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DA PERDA DO OSSO ALVEOLAR • DEVEMOS OBSERVAR: 1-PRESENÇA DE UMA LÂMINA DURA INTACTA; 2-A EXTENSÃO DO ESPAÇO DO LIGAMENTO PERIODONTAL; 3-A MORFOLOGIA DA CRISTA ÓSSEA (APARÊNCIA UNIFORME OU ANGULAR); 4-DISTÂNCIA ENTRE A JUNÇÃO CEMENTO-ESMALTE. A PREVALÊNCIA DA DP VARIA DE ACORDO COM AS SUA CARACTERÍSTICAS GEOGRAFICA E/OU RACIAIS EM DIFERENTES POPULAÇÕES. • A DOENÇA PARECE AFETAR AS MULHERES COM MAIOR REQUÊNCIA DO QUE OS HOMENS. DOENÇA PERIODON A PERIODONTITE, SEGUNDO EXAMES EPIDEMIOLÓGICOS É RESPONSÁVEL POR 30-35% DE TODAS AS EXTRAÇÕES ENQUANTO A CÁRIE E SUAS CONSEQUÊNCIAS POR ATÉ 50%. Fatores ambientais, adquiridos e comportamentais • Microbiota específica – a etiologia microbiana da gengivite e da periodontite. Tabagismo - está relacionado com a diminuição dos mecanismos de defesa, tanto no local da lesão quanto sistêmicas. Diabetes Mellitus- é uma desordem patológica de origem endócrina que provoca inúmeras alterações de ordem sistêmica. Tem sido considerado que o diabetes influencia na instalação e progressão da doença periodontal, a exemplo da dificuldade cicatricial, mas também sofre influência da mesma, posto que o curso clínico da doença periodontal pode alterar o metabolismo da glicose e, consequentemente, dificultar o controle do diabetes. Relação entre a doença periodontal e as doenças sistêmicas • Estudos têm mostrado que há uma forte relação entrea infecção periodontal e outras doenças do corpo, por isso chamadas sistêmicas. • doenças cardiovasculares • respiratórias, • algumas complicações na gestação, como o nascimento de bebês prematuros e com baixo peso. • Isto se deve ao fato de que os microrganismos presentes na periodontite podem migrar pela corrente sanguínea para órgãos como o coração, o pulmão e outros. DP X Doenças cardiovasculares • Endocardite bacteriana falta de cuidados com a saúde bucal levam ao acúmulo de bactérias, bactérias essas, que podem cair na corrente sanguínea durante um procedimento cirúrgico ou a partir da ferida da gengivite ou periodontite, chegando ao coração e se instalar em uma válvula, gerando a endocardite infecciosa. ETIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL Fator determinante: é imperativo para que a doença aconteça. Fatores Predisponentes: interferem direta ou indiretamente na retenção de placa, facilitando a instalação e progressão da doença periodontal. Fatores modificadores: agem modificando o curso da doença, podendo piorar ou proteger, e podem ser locais ou ambientais e sistêmicos. Fator Determinante • Placa Bacteriana / Biofilme dental Comunidade microbiana que se forma sobre os dentes e outras superfícies não-renováveis presentes na cavidade bucal (implantes, coroas e aparelhos ortodônticos). Neisseria gonorrhoeae - Treponema pallidum - Streptococci sp. - Mycobacterium chelonae Matéria Alba : acumulação leve de bactérias e células que não fazem parte de uma estrutura organizada e pode ser facilmente removida com jato de água. Placa bacteriana: bactérias presentes em matriz de glicoproteínas salivares e polissacarídeos extracelulares Cálculo: depósito duro de placa calcificada, coberto por placa não mineralizada. matriz contém: células epiteliais, macrófagos e linfócitos -Localização: -Supra ou sub gengival Cálculo dentário ou tártaro - Placa bacteriana mineralizada que se forma sobre a superfície de dentes, próteses, restaurações e implantes - Superfície porosa dificulta a higienização Fatores Predisponentes Locais: Toda condição que facilita o acúmulo de biofilme ---Margem de restauração -- Próteses mal adaptadas -- Materiais dentais pouco polidos -- Dentes apinhados -- Aparelho ortodôntico -- Tabagismo -- Má higiene Sistêmicos: --Sistema Imunológico -- Hereditariedade Fatores Modificadores Sistêmicos: Respiração bucal Fatores genéticos Fumo Medicamentos Diabetes Estresse Nutrição Gravidez HIV MATÉRIA ALBA DEPÓSITO DE COR AMARELADA , MOLE E ESPESSO. FORMADA PELO ACÚMULO DE BACTÉRIAS,CÉLULAS TECIDUAIS, PROTEINAS SALIVARES E POUCA OU NENHUMA PARTÍCULA ALIMENTAR. DESPROVIDA DE ESTRUTURA ORGANIZADA. MENOS ADERENTE QUE O BIOFILME. PLACA MASSA BRANCA , ACINZENTADA OU AMARELADA COM ASPECTO GLOBULAR A LOCALIZAÇÃO E O RITMO DE FORMAÇÃO VARIAM EM FUNÇÃO DE FATORES DETERMINANTES COMO HIGIENE BUCAL , DIETA E COMPOSIÇÃO E QUANTIDADE DO FLUXO SALIVAR FORMAÇÃO DO BIOFILME 1. FORMAÇÃO DA PELÍCULA ADQUIRIDA 2. COLONIZAÇÃO INICIAL 3. CO-AGREGAÇÃO 4. MATURAÇÃO 1. PELÍCULA ADQUIRIDA PELÍCULA COMPOSTA DE GLICOPROTEINAS SALIVARES - (MUCINA) ELEMENTOS DO FLUÍDO GENGIVAL PRESENÇA DE ANTICORPOS ( IgA e IgG ) AÇÃO PROTETORA E LUBRIFICAÇÃO DOS TECIDOS ADESÃO BACTERIANA RÁPIDA AO CONTATO POLÍMEROS EXTRACELULARES QUE INTERAGEM COM RECEPTORES DA PELÍCULA ADQUIRIDA ADESINAS FÍMBRIAS POR EXPOSIÇÃO PROLONGADA 2. COLONIZAÇÃO DO BIOFILME 1ª FASE - COCOS GRAM + 24 Hs ESTREPTOCOCOS - S. sanguis CÉLULAS EPITELIAIS E PMNs (polimorfonucleares) 2ª FASE - BASTONETES E FILAMENTOS GRAM + ACTNOMYCES viscosus 3ª FASE - RECEPTORES DE SUPERFÍCIE PERMITEM ADESÃO DE BACTÉRIAS GRAM - DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES NÍVEL DE OXIGÊNIO PROFUNDIDADE DA BOLSA · AERÓBIOS - INÍCIO DA DOENÇA · ANAERÓBIOS - PROGRESSÃO DA DOENÇA MICRORGANISMOS PERIODONTOPATOGÊNICOS SÃO ANAERÓBIOS E PORTANTO NÃO CONTRIBUEM PARA A COLONIZAÇÃO INICIAL BOLSAS RASAS PRODUTOS DA DIETA NA SALIVA BOLSAS PROFUNDAS NUTRIENTES DO SANGUE E TECIDOS PERIODONTAIS FLUÍDO GENGIVAL PRODUTOS DA LISE TECIDUAL PROFUNDAS - BACTÉRIAS FIRMEMENTE UNIDAS A PELÍCULA SUPERFICIAIS - CAMADA IRREGULAR E FROUXA EXTENDENDO-SE AO MEIO CIRCUNDANTE 3. CO – AGREGAÇÃO 4. MATURAÇÃO FAVORECENDO O CRESCIMENTO DE ANAERÓBIOS. PREDOMINÂNCIA DE POLISSACARÍDEOS ESTRUTURA DO BIOFILME MATERIAIS ORGÂNICOS: GLICOPROTEINAS DA SALIVA, ALBUMINA DO FLUÍDO GENGIVAL E LIPÍDEOS DAS MEMBRANAS CELULARES DO HOSPEDEIRO E BACTERIANAS, LEVANAS E GLICANAS INORGÂNICOS : CÁLCIO, FÓSFORO,SÓDIO SALIVA -SUPRA GENGIVAL FLUÍDO - SUB GENGIVAL · COCOS E BASTONETES GRAM · FILAMENTOSOS E ESPIROQUETAS NO FUNDO DA BOLSA · BARREIRA DE LEUCÓCITOS ENTRE A PLACA E O EPITÉLIO JUNCIONAL · ASSACAROLÍTICOS E ANAERÓBIOS · CAPACIDADE DE INVADIR OS TECIDOS PERIODONTAIS E TUBULOS DENTINÁRIOS · CAMADAS SUPERFICIAIS MAIS FROUXAS E MENOS ORGANIZADAS TRANSMISSIBILIDADE ESPÉCIES SUB GENGIVAIS NORMALMENTE NÃO SÃO ENCONTRADAS NO AR, ÁGUA, SOLO OU OUTROS ANIMAIS. · TRANSMISSÃO VERTICAL – PAIS –FILHOS. · TRANSMISSÃO HORIZONTAL - ENTRE OUTROS INDIVÍDUOS. (transmissão através da saliva) CÁLCULO DENTAL PLACA BACTERIANA CALCIFICADA · MASSA ADERENTE DE COR AMARELADA PODENDO SOFRER ESCURECIMENTOS EM FUNÇÃO DE HÁBITOS , DE CONSISTÊNCIA DURA E FACILMENTE REMOVIDA DA SUPERFÍCIE DENTAL. · MAIOR QUANTIDADE PRÓXIMA A ABERTURA DAS GLÂNDULAS SALIVARES. · MASSA CALCIFICADA DEVIDO A DEPOSIÇÃO DE COMPONENTES DO FLUÍDO GENGIVAL DE COR MARRON ESCURO A PRETA, GERALMENTE DENSO , DE CONSISTÊNCIA PÉTREA E FORTEMENTE ADERIDO A SUPERFÍCIE DENTAL · ÍNTIMO CONTATO COM A SUP. DENTAL DEVIDO A CALCIFICAÇÃO DA PELÍCULA. · IRREGULARIDADES DA SUP. RADICULAR SÃO PREENCHIDAS PELA MASSA CALCIFICADA. MECANISMOS DE PATOGENICIDADE DO BIOFILME BACTERIAS CAPAZES DE : 1. COLONIZAR ÁREA SUBGENGIVAL ADERIR EM SUPERFÍCIES POSSÍVEIS FÍMBRIAS RECEPTORES DE SUPERFÍCIE CO-AGREGAÇÃO MULTIPLICAR-SE COMPETIR COM OUTRAS ESPÉCIES DEFENDER-SE DO SISTEMA IMUNE 2. PRODUZIR FATORES QUE AGRIDAM O HOSPEDEIRO TERMINAR AULA Classificação das Doenças Periodontais Periodonto saudável • Clinicamente observa-se apenas os tecidos gengivais • Gengiva cor rosa pálida, de aspecto pontilhado, fortemente aderida aos tecidos subjacentes, e com margem em ponta de faca • Margem gengival com contorno parabólico • Papilas interdentais firmes, sem sangramento a sondagem delicada. Ocupa todo o espaço abaixo das áreas de contato. Diagnóstico • Avaliação clínica tradicional: - Presença ou ausência de sinais clínicos de inflamação - Profundidade de sondagem - Extensão e padrão de perda de inserção clínica e osso. - História médica e dentária do paciente - Presença ou ausência de sinais e sintomas diversos: dor ,ulceração, quantidade de placa e cálculo observável. O QUE É A DOENÇA PERIODONTAL? São todas as condições patológicas que acometem as estruturas do periodonto de proteção (gengiva livre e gengiva inserida) e/ou sustentação (osso alveolar, cemento e ligamento periodontal). A partir disso há um desequilíbrio entre agressão e defesa nesses tecidos, resultando em reações inflamatórias que acometem a gengiva (gengivite), que podem ou não progredir, com o tempo, paraos tecidos de suporte dos dentes (periodontite) Gengivite • É a presença da inflamação gengival sem perda da ligação com o tecido conjuntivo A. Lesões Gengivais induzidas pelo biofilme Gengivite associada ao biofilme •Paciente saudável, sem comprometimento sistêmico •As profundidades de sondagem (PCS) oscilam de 1 a 3 mm •Sinais clínicos de inflamação: sangramento à sondagem (rubor, tumor,calor,dor) •Placa normalmente presente, Não leva a perda de inserção e não observa-se perda óssea radiograficamente Tratamento: • Higiene •Avaliação da higiene bucal do paciente •Orientação da higiene bucal: Técnica higiene (escova comum, escovas de tufo, escovas interdentais, fio dental, controle químico) •Raspagem, Alisamento e Polimento dental •Remoção de placa, tártaro e produtos bacterianos dos dentes •Reavaliação – Manutenção e controle 2 Doença Gengivalmodificada por fatores sistêmicos a) Associada ao sistema endócrino - Gengivite associada à puberdade -Gengivite associada ao ciclo menstrual - Gravidez (gengivite, granuloma piogênico) - Gengivite associada a Diabetes b) Associada a discrasias sanguíneas - Leucemia - Outros 3. Doenças Gengivais modificadas por medicamentos doenças gengivais influenciada por drogas a) Drogas que induzem a doenças gengivais - Indutoras de hiperplasia gengival - Indutoras de gengivite (contraceptivos orais e outras) •Medicamentos : · Fenitoína (Dilantin, Park Davis...) Droga antiepilética · Ciclosporina (Sandimmune, Sandoz...) - Droga imunossupressiva (reduz a produção de linfócitos) · Nefedipina (Adalat, Miles, Procardia, Pfizer) - Droga anti-hipertensiva e utilizadas para espasmos coronários · contraceptivos orais contém progesterona e estrógeno sintéticos Tratamento: • Troca de medicamentos (sempre em contato com o médico responsável) •Raspagem-alisamento-polimento •Tratamento cirúrgico •Normalmente o supercrescimento é interproximal 4. Doenças Gengivais modificadas por má nutrição (desnutrição) * Deficiência em ácido ascórbico · ESCORBUTO -Inflamação aguda -Edemas -Hemorragia -Crescimento gengival Condições piores: •Patologias periodontais severas •Mobilidade dental aumentada •Destruição aumentada do ligamento periodontal •Anormalidades ósseas •Exfoliação dos dentes Tratamento: Sistêmico – complementação da dieta com vitamina C Local – Controle profissional, e químico de placa (Clorexidina) * Vitamina D •Interfere na mineralização da matriz óssea •Raquitismo em crianças (Receptores defeituosos dos metabólitos da vit. D) •Osteomalácia em adultos (Função defeituosa do fígado e rins) •Raquitismo •Cavidade bucal: alterações radiográficas nos alvéolos, perda da lâmina dura, destruição do ligamento e reabsorção óssea B. Lesões Gengivais não induzidas pelo biofilme 1. Doenças Gengivais originárias de bactérias específicas - Neisseria gonorrhea · Bactéria gran negativa Aeróbia · Adere nas superfícies das células epitelias do hospedeiro · Sexualmente transmissível · Tratamento local e antibióticoterapia - Treponema pallidum · Causadora da SÍFILIS · Dentes em forma de barril Molares hipoplásicos (amora) - Espécies de Streptococcus sp - Outras 2. Doenças gengivais de origem Viral a) Infecções pelo vírus Herpes – Gengivoestomatite herpética primária · Múltiplas vesículas úlceras bucais puntiformes Severa inflamação gengival · Tratamento: Dieta leve Enxaguatórios e cremes dentais bucais brandos Analgésicos Antipiréticos Aciclovir sistêmico – reduz a duração e a frequência da reinfecção - Herpes recorrente (herpes oral recidivante) - Varicella Zoster · Lesões na gengiva palatina •Normalmente de forma unilateral •Numerosas vesículas ou ulcerações pequenas •Cercadas por uma área eritomatosa •Rompem-se por trauma - Úlceras Dolorosas •Cura rápida – poucos dias •Tratamento: Dieta leve (líquida), remoção não traumática de placa, bochechos de Clorexidina 3. Doenças gengivais de origem fúngica a. Infecções por espécies de Candida · SAPINHO Lesões de gengiva e mucosa Tratamento: aplicação de antifúngicos tópicos pacientes com baixa resistência: antifúngico sistêmico b. eritema gengival linear · Associada ao HIV · Limitada aos tecidos moles · Estendendo-se apicalmente da gengiva marginal até a mucosa alveolar · Petéquias ou lesão pontuada na gengiva inserida Sangramento induzido ou espontâneo · Não responde bem ao tratamento periodontal convencional · Nenhuma evidência radiográfica de perda óssea Tratamento: Antibióticos sistêmicos, enxaguantes bucais antibacteriano em conjunto com tratamento periodontal (raspagem) c. histoplasmose Pacientes imunocomprometidos Nódulos na mucosa Úlceras endurecidas específicas d. outras 4. Lesões gengivais de origem genética a. fibromatose gengival hereditária b. outras 5. Manifestações gengivais de condições sistêmicas a) Desordens muco-cutâneas 1) líquen plano 2) penfigóide 3) pênfigo vulgar 4) eritema multiforme 5) lúpus eritomatoso b) Reações alérgicas 1) Materiais restauradores a. mercúrio b. níquel c. acrílico d. outros 2) Reações atribuídas a: a. dentifrícios, cremes dentais b. enxaguatórios bucais, antiséptico bucais c. aditivos de gomas de mascar d. alimentos e aditivos 6. Lesões traumáticas (acidentais, iatrogênicas) a. agressao química b. agressao física c. agressao térmica 7. Reações de corpo estranho 8. Outras não identificadas PERIODONTITE É marcada por perda de inserção e sinais clínicos de inflamação II. PERIODONTITE CRÔNICA A)Localizada B) Generalizada São idênticas com relação a etiologia e patogênese Induzida por placa, mas a resposta do hospedeiro é a maior responsável pela destruição tecidual É a principal causa de perda periodontal em todo mundo Prevalente nos adultos, mas pode ocorrer em crianças e adolescentes Taxa de progressão lenta e moderada, mas pode ter períodos de progressão rápida · Quantidade de destruição consistente com com a presença de fatores locais · Pode estar associada a fatores locais predisponentes (fatores iatrogênicos ou dentários) · Pode ser modificada pelas doenças sistêmicas (diabetes mellitus) · Cálculo subgengival é um achado frequente · Sangramento a sondagem ou presença de supuração · Mobilidade dental leve podem ser encontrados TRATAMENTO Rompimento, remoção e controle dos biofilmes subgengivais da placa. III. PERIODONTITE AGRESSIVA • É menos comum que a crônica • Afeta uma faixa mais estreita de pacientes jovens • Encontrada nas formas localizada e generalizada • Exceto pela presença de periodontite, os pacientes são clinicamente saudáveis • Rápida perda de inserção e destruição óssea • As quantidades de depósitos microbianos são inconsistentes com a severidade da destruição do tecido periodontal TRATAMENTO Rompimento mecânico dos biofilmes, suplementado com antibióticos sistêmicos IV. PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE DOENÇAS SISTÊMICAS · Existe um impedimento significante na habilidade dos neutrófilos de combater as infecções ou uma destruição severa no número de neutrófilos funcionais · Os biofilmes são etiologicamente importantes nesse grupo de infecções periodontais · A resistência do hospedeiro severamente diminuída, associada à doença sistêmica, é um determinante principal no desenvolvimento da periodontite observada · A doença sistêmica é um modificador tão dominante da infecção periodontal que a infecção é considerada uma característica secundária da doença sistêmica V. DOENCAS PERIODONTAIS NECROSANTES A. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) B. Periodontite Ulcerativa Necrosante (PUN) • Início rápido da dor associado ao desenvolvimento de lesões ulcerativas e necrosantes da gengiva marginal, envolvendo particularmente os sítios interproximais • Predispõem a resistência sistêmica diminuída frente a infecção bacteriana dos tecidos periodontais A. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) • E uma infecção periodontal aguda • Presença de necrose e ulceração interproximal (forma de cratera, ou aparência picotada) • História de início rápido de sensibilidade e dor gengival B. Periodontite Ulcerativa Necrosante (PUN) • Halitose marcante • Cobertura pseudomembranosa nas áreas ulceradas (filme composto por fibrina, bactérias, cels epiteliais) • Pode ser removida pelas forças friccionais da mastigação Fatores Predisponentes • Estresse emocional • Consumo exagerado de cigarro • Falta de sono • Hábitos dietéticos pobres • Imunossupressão VI. ABSCESSOS PERIODONTAIS Um abscesso é uma coleção circunscrita de pus A. Abscesso gengival B. Abscesso periodontal C. Abscesso pericoronário A. Abscesso gengival (Está localizado na gengiva marginal e papilar) B. Abscesso periodontal (Está localizado dentro dos tecidos adjacentes as bolsas periodontais que podem lesar ligamento periodontal e osso alveolar) C. Abscesso pericoronário (Desenvolve-se dentro dos tecidos que circundam a coroa de dentes parcialmente irrompidos) • Inchaço gengival • Fístula com drenagem• Dor a percussão • Mobilidade aumentada Fatores predisponentes: Bolsas periodontais profundas Remoção parcial do cálculo Fechamento do orifício da bolsa por corpos estranhos Administração de antibíóticos para pacientes com periodontite, na ausência de terapia mecânica VII. PERIODONTITE ASSOCIADA A LESÕES ENDODÔNTICAS VIII) DEFORMIDADES ADQUIRIDAS OU DESENVOLVIMENTO Deformidades são importantes modificadores da suscetibilidade às infecções periodontais ou podem influenciar os resultados do tratamento A. Fatores dentários localizados que modificam ou predispõem a indução de biofilme, induzindo doenças gengivais ou periodontais. 1. Fatores anatômicos dentais (projeçôes cervicais do esmalte, pérolas de esmalte, anatomia da furca,posição dental, sulco nas raízes) 2. Restaurações com retenção,excesso - aparelhos dentais 3. Fraturas radiculares •Princípios de normalidade •Doença periodontal •Gengivite •Com biofilme •Sem biofilme •Com influência de fatores sistêmicos •Periodontite •Com ou sem influência de fatores sistêmicos •Fatores locais