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Organização da produção agropecuária - Resumo 2ª Parte Os problemas ambientais rurais – Desmatamento: corte de matas originais, para uso do espaço; – Erosão: perda de solo, por causa de seu uso incorreto. Associado a chuvas e ventos, provoca o soterramento de rios e lagos, comprometendo os recursos hídricos; – Redução da biodiversidade: desaparecimento de espécies locais, ocasionado pelo desmatamento; – Esgotamento de recursos hídricos: boa parte da água disponível é consumida pela irrigação; – Poluição: água, ar e solo comprometidos pelas queimadas, fumaça proveniente de tratores, uso de fertilizantes e defensivos agrícolas e decomposição de restos de cultura; – Desertificação: o uso inadequado do solo o deixa infértil, criando grandes áreas desertas; – Geração de resíduos: as fezes animais, geradas por espécies criadas em confinamento, são as principais poluidoras de ambientes rurais. População rural e o trabalhador agrícola Países e regiões em que predominam modernas técnicas de produção, os agricultores são a minoria dos trabalhadores e até mesmo dos moradores do espaço rural. Isso porque os habitantes da zona rural, em sua maioria, trabalham em atividades não agrícolas ou em cidades próximas. Ecoturismo e turismo rural, hotéis-fazenda, campings, pousadas, sítios, casas de campo, restaurantes típicos, parques temáticos, prática de esportes variados, transportes, produção de energia, abastecimento de água, etc. Onde a agropecuária é descapitalizada, com emprego de técnicas rudimentares de produção, como é predominante nos países de menor renda, a maioria dos trabalhadores rurais se dedica a atividades diretamente ligadas à agropecuária. Em países desenvolvidos, como Suíça e Noruega, o percentual de população residente na zona rural é relativamente alto, e o número de trabalhadores agrícolas, pequeno. A produção agropecuária mundial Ao longo do século XX, os países desenvolvidos e várias regiões agrícolas de países emergentes intensificaram a produção agropecuária por meio da modernização das técnicas de cultivo e criação. Apesar disso do grande volume, a participação das atividades agrícolas na economia desses países é reduzida. A China é o maior produtor mundial de alimentos. Embora seja o maior produtor mundial de alimentos, para abastecer seu enorme mercado interno, a China depende da importação de vários produtos agrícolas, e o Brasil é um de seus principais fornecedores, com destaque para a soja. Em contrapartida, a China é um dos principais fornecedores de defensivos agrícolas para o Brasil. Biotecnologia e produtos transgênicos A biotecnologia compreende o desenvolvimento de técnicas voltadas à adaptação ou ao aprimoramento de características dos organismos animais e vegetais, visando ao aumento da produção e à melhoria da qualidade dos produtos. Em meados da década de 1990, porém, um ramo da biotecnologia − a pesquisa genômica − passou a lidar com um novo campo que gerou muita controvérsia: a produção de organismos geneticamente modificados (OGMs), mais conhecidos como transgênicos. Outras modificações genéticas mais antigas, como o melhoramento das sementes ou o aumento na proporção de nutrientes dos alimentos, nunca chegaram a ser criticadas da mesma maneira. Na foto, plantação de trigo em Tibagi (PR), em 2014. A biotecnologia possibilita: cultivar plantas de clima temperado, como a soja, o trigo e a uva, em regiões de clima tropical; acelerar o ritmo de crescimento das plantas e a engorda dos animais; aumentar o teor de proteínas, vitaminas e sais minerais em algumas frutas, verduras, legumes e cereais; aumentar o intervalo de tempo entre o amadurecimento e a deterioração das frutas; entre outras inovações que beneficiam os produtores, os comerciantes e os consumidores. Aspectos positivos são elevação nos índices de produtividade, redução no uso de agrotóxicos e consequente redução dos custos de produção e das agressões ambientais, além de criação de plantas resistentes a vírus, fungos e insetos. Aspectos negativos destaca-se a falta de conclusões confiáveis sobre os eventuais impactos ambientais do seu cultivo em grande escala. O cultivo de plantas transgênicas é pesquisado e liberado caso a caso. Saber que atualmente o algodão ou o milho transgênicos não oferecem riscos ao meio ambiente nem à saúde das pessoas não significa que outros tipos de OGMs sejam igualmente seguros. No Brasil, a regulamentação e a fiscalização do uso de alimentos transgênicos ficou a cargo da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Agricultura orgânica https://petcienciasrurais.wordpress.com/2012/05/27/centro-de-inteligencia-em-organicos-e-criado-para-fortalecer-cadeia-produtiva/ A agricultura orgânica é um sistema de produção que não utiliza nenhum produto agroquímico – fertilizantes, inseticidas, herbicidas –ou, muito menos, geneticamente modificados. A adubação do solo é realizada com matéria orgânica e o combate às pragas, com controle biológico – uso de predadores naturais. O equilíbrio ecológico do solo – suporte para a fixação das raízes e sua fonte de nutrientes é fundamental nesse tipo de agricultura. Esse tipo de agricultura valoriza a manutenção de faixas de vegetação nativa, além da rotação e associação de culturas, e por isso envolve somente propriedades policultoras com suas vantagens socioeconômicas e ambientais inerentes: na grande maioria, a produção é obtida em pequenas propriedades familiares, o que aumenta a oferta de ocupação produtiva à população rural e diminui a migração para as cidades, além de promover maior preservação dos solos e não usar insumos químicos. No caso da criação de animais, desde o nascimento eles recebem rações produzidas com matérias-primas livres de agrotóxicos e de adubos químicos, e não são submetidos ao crescimento acelerado com a ajuda de hormônios. http://www2.camara.leg.br/a-camara/programas-institucionais/inclusao-social-e-equidade/ecocamara/o-ecocamara/noticias/uma-comparacao-entre-a-agricultura-convencional-e A produção dos hoje chamados alimentos orgânicos iniciou na Europa nos anos 70 com o objetivo de produzir alimentos livres de resíduos de agrotóxicos usados no modelo convencional industrial de produção. Embora amplamente divulgados os benefícios dos orgânicos como aumento de componentes bioativos e vitaminas, não há consenso na ciência sobre esses benefícios. O uso dos agrotóxicos no Brasil e no mundo começou a ser intensificado a partir das décadas de 60 e 70, com a chamada revolução verde. A revolução verde foi um processo de mudança da política agrícola no país implementado a partir da segunda guerra mundial. https://www.nationalgeographicbrasil.com https://www.gazetadopovo.com.br/ https://cienciainformativa.com.br/ Bibliografia Moreira, João C. Sene, Eustáquio. Geografia geral e do Brasil : espaço geográfico e globalização : ensino médio. 3. ed. São Paulo : Scipione, 2016. Vol.3
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